KERNER, Ina. Tudo É Interseccional
KERNER, Ina. Tudo É Interseccional
KERNER, Ina. Tudo É Interseccional
Tudo é interseccional?
Sobre a relação entre racismo e sexismo*
Ina Kerner
tradução de Bianca Tavolari
RESUMO
O artigo propõe a diferenciação de quatro modos de relação
entre racismo e sexismo. O primeiro estabelece semelhanças; o segundo, diferenças entre eles; o terceiro, acoplamentos
entre ambos, e o quarto, cruzamentos, entrelaçamentos ou intersecções. Um modelo crítico que abarque semelhanças,
diferenças, ligações e intersecções permite uma compreensão das relações entre racismo e sexismo mais abrangente do
que a tentativa de formular a relação em apenas uma dimensão.
PALAVRAS‑CHAVE: Racismo, Sexismo, Interseccionalidade, Reconhecimento
ABSTRACT
The article diffrentiates four modes of relating racism and
sexism. The first calls attention to similarities between the two phenomena; the second, to differences; the third, to
couplings, and the forth to intersections. A model that encompasses similarities, differences, couplings and intersec‑
tions, the author stresses, has a much wider critical reach than a one-dimensional one.
KEYWORDS: Racism, Sexism, Intersectionality, Recognition
Semelhanças
Diferenças
Ligações
Intersecções
Não está claro o que precisamente se quer dizer com o termo “in‑
tersecção” nas discussões atuais. Se seguirmos o posicionamento de
[23] “Sex, race, and biopower: A fou-
Ladelle McWhorter23, então as intersecções são atualmente proclama‑ cauldian genealogy”. Hypathia, vol. 3,
das em relação a estruturas sociais, significados históricos, relações de n-º 19, 2004, pp. 38-62.
Conclusão
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