03 o Testemunho Cristão É Influente X
03 o Testemunho Cristão É Influente X
03 o Testemunho Cristão É Influente X
·
72 os CRISTAoS E OS DESAFIOS CONTFMPoRANFOS
cavalos ou burros, que nao tern entendimento, enos diz para nao sermos
1
crian<;as quanto ao modo de pensar, mas adultos (SI32.9j ICo 14.20).
A sf SUA
( J
Em segundo lugar, ele nos deu a Biblia e seu testemunho de Cristo,
para direcionar e guiar nosso raciocinio. Ao absorver 0 ensino biblico, (
nossos pensamentos se conformarao cada vez mais com os de Deus. 1sso
NDSSD MUNDD PlURAlISTA.·
I
nao acontece por memorizarmos varios textos-prova, os quais recitamos
em momentos convenientes, cada urn rotulado para responder a uma
pergunta. Antes, isso acontece por termos compreendido os grandes
temas e os principios das Escrituras, alem da estrutura de quatro partes
UTESTEMUNHU [RISTAU INflUENTEl t
que estamos abordando neste capitulo.
o EspfRITO SANTO
o terceiro dom de Deus e 0 Espirito Santo, 0 Espirito da verdade, que
nos abre as Escrituras e ilumina nossa mente de tal maneira que podemos
entende-Ias e aplica-Ias.
A COMUNIDADE CRISTA
Em quarto lugar, Deus nos deu a comunidade crista como 0 contexto
dentro do qual raciocinamos. Sua heterogeneidade e a melhor defesa ACEITAMOS au E DEVEMOS nos envolver no mundo e lutamos para
contra uma visao limitada. A 19reja tern membros de ambos os sexos, de pensar de urn modo cristao. Como resultado, desenvolvemos algumas
todas as idades, temperamentos, experiencias e culturas. Cada igreja local conviccoes muito fortes, mas outras pessoas nao compartilham delas. De
deve refletir essa diversidade multicor. Com compreensoes tao valiosas fato, o~ cristaos ocidentais se encontram cada vez mais em descompasso
contribuindo para a interpreta<;ao das Escrituras a partir de diferentes com a sociedade pas-crista. Dessa forma, como podemos ter esperan<;a
experiencias, sera dificil manter nossos preconceitos. l de influenciar 0 nosso pais para que haja urn retorno aos valores cristaos
Ao usarmos esses quatro dons juntos - uma mente, urn livro, urn
I e m suas leis , suas instituicoes
, e sua cultura? Os cristaos deveriam ten tar
impor seus pontos de vista a uma na<;ao que volta suas costas para Deus?
professor e uma escola -, deve ser possivel desenvolvermos cad a vez mais
uma mente crista e aprendermos a pensar corretamente.
No restante deste livro, isso sera mostrado explicita ou implicitamente CHEGANDO A UM ACORDO COM 0 PLURALISMO
em todos os capitulos. 1ndependentemente de 0 assunto ser 0 processo Na Europa, na America e naqueles paises da Comunidade Britanica de
politico, 0 qual ja mencionei, ou temas ligados a sexualidade, guerra ou Na<;oes que herdaram a "civiliza<;ao crista" ocidental, certamente precisa-
meio ambiente, a mente crista e diferente na abordagem, humilde na mos chegar a urn acordo com 0 novo pLuralismo, que faz referencia a uma
atitude e piedosa no carater. sociedade composta por diferentes grupos, como etnicos e religiosos, que
, . HS =::::::>"
74 os CRISTAoS F OS OFSAFIOS CONTFMPORANFOS
(
a urn indice elevado. Em grande parte dos paises subdesenvolvidos, ha
o primeiro e 0 processo de secularizac;:ao, visto como a influencia de- muitas pessoas se unindo a igreja. Ate mesmo em paises como a China,
crescente da 19reja sobre as pessoas e as instituic;:oes. Apesar de 72% da onde ha perseguic;:ao, a igreja esta crescendo.
populac;:ao se declarar crista no censo de 2001 do Reino Unido, isso foi urn
declinio se comparado com os 76% de 1980. Urn indicador do declinio e
a quantidade de pessoas que sao membros de igrejas no Reino Unido em UM AUMENTO DAS ALTERNATIVAS RELIGIOSAS
relac;:ao a quanti dade total de pessoas desse lugar. Em 1990, uma em cada
nove pessoas da populac;:ao era membro de alguma igreja. Em 2020, sera
apenas uma pessoa em cad a 14. 1 Se as tendencias atuais estiverem certas,
f Ao mesmo tempo em que ha urn declinio do cristianismo, acontece
urn aumento das alternativas religiosas. A segunda causa do pluralismo
e a politica liberal de imigrac;:ao dos anos imediatos ao pos-guerra. Em
de 1990 para 2040 a frequencia de comparecimento a igreja aos domingos consequencia disso, a maioria dos paises ocidentais hoje tern em suas
deve cair pela metade no Reino Unido. Assim, independentemente do populac;:oes grupos etnicos consideravelmente grandes da Africa, Asia,
que acontecer com 0 numero de predios onde acontecem os cultos ou Oriente Medio e Caribe. lsso possibilita a todos nos uma rica experiencia
com 0 numero de ministros, 0 numero de pessoas que frequentam a de diversidade cultural. Mas tambem leva a uma competic;:ao religiosa e a
igreja sera significativamente reduzido. E importante observar tambem consequentes demandas pela identificac;:ao de outras religioes no sistema
que esses numeros decrescentes fazem parte de urn padrao maior, urn educacional, nas leis e nas instituic;:oes desses paises.
padrao de declinio que existe desde a Segunda Guerra Mundial. Nos ultimos anos, tern havido no Reino Unido uma preocupac;:ao a
Apesar de 0 conjunto de membros das igrejas, no geral, ter continuado respeito da influencia dos grupos religiosos sobre a cultura atual. Como
a diminuir nos ultimos anos, as estatisticas nao sao tao deprimentes como a tensao entre os islamicos e 0 ocidente cresceu, as vezes essa tensao e
parecem ser a primeira vista. Muitas igrejas evangelicas e carismaticas es- projetada sobre muc;:ulmanos que praticam sua religiao pacificamente
tao experimentando periodos de crescimento e ha urn novo interesse na em nossa sociedade. E importante respeitar 0 direito que os muc;:ulma-
implantac;:ao de igrejas, bern como na investigac;:ao de novas formas de ser nos e os membros de outras religioes tem de cultuar livremente, porem
igreja, 0 que tern sido estimulado, em parte, pela crise atual. Ao considerar e importante tambem ter 0 dire ito de debater e discordar uns dos outros
as previsoes para 2040, pode-se ver que, entre as varias denominac;:oes, em questoes ligadas a maneira como vivemos juntos e a forma como or-
aquelas que sao maiores e que estao crescendo. lsso acontece com os ganizamos nossa sociedade. No Canada, mais especificamente no est ado
anglicanos, com a Christian Brethren, com a Fellowship oflndependent de Ontario, algumas decisoes podem ser conduzidas pelos principios
Evangelical Churches e com a carismatica New Churches. A palavra de fe da comunidade em vez de pela regulamentac;:ao do Estado. Em
maiores, em cada urn desses casos, refere-se a denominac;:ao especifica, outras palavras, e possivel, por exemplo, que 0 processo de urn divorcio
mas tambem as igrejas que sao maiores estao crescendo - apesar de mais seja conduzido segundo leis judaicas ou muc;:ulmanas em vez de pela
provavelmente estarem crescendo no numero de frequent adores do que legislac;:ao secular. lsso acontece ha algum tempo e atualmente existe urn
no numero de membros. Entretanto, se 0 numero total de membros das debate a respeito de sua continuidade ou nao. Em oposic;:ao, existem
igrejas tern reduzido, isso so pode significar que nas igrejas menores 0 aqueles grupos que acreditam que a condic;:ao das mulheres e arruinada
numero de membros tern diminuido, enquanto ele aumenta nas igrejas quando acontecem divorcios sob a shariah. * Assim, mesmo respeitando
maiores. 2 Em especial, a proporc;:ao de evangelicos tern crescido tanto no
mundo desenvolvido quanta no mundo subdesenvolvido, 0 que pode * C6digo de leis do islamismo. (NT)
iLl ==::::::""
os CRISTAos EOS DESAFIOS CONTEMPORANmS
pessoa tern uma visao do que seja a verdade e ninguem tern 0 direito
77
influenciar nosso comportamento e nossas institui<;:6es sociais. Essa e a Na a<;:ao social, semelhantemente, nao devemos tentar impor, pela
razao pela qual os cristaos se opoem a autocracia e apoiam a democracia. for<;:a, os padroes cristaos a um publico que seja relutante, nem devemos
A autocracia esmaga as consciencias; a democracia, pelo menos na teoria, permanecer calados e passivos diante da decadencia contemporanea;
respeita-as, po is os governos democraticos obtem "seus justos poderes do tambem nao devemos confiar exc1usivamente na afirma<;:ao dogmatica de
consentimento dos governados", como afirma a Dec1ara<;:ao de Indepen- valores biblicos. Em vez disso, devemos argumentar com as pessoas sobre
dencia dos Estados Unidos. 7 No entanto, uma vez que as leis tenham os beneficios da moralidade crista, recomendando a eles a lei de Deus
sido promulgadas, seja na democracia ou seja na autocracia, todos os por meio de argumentos racionais. N6s cremos que as leis de Deus sao
cidadaos ficam sob a restri<;:ao das leis, sao obrigados a obedece-Ias. Eles boas em si mesmas e universais em sua aplica<;:ao, uma vez que, longe de
nao podem fazer 0 que querem. Porem, em questoes de grande impor- serem arbitrarias, elas sao perfeitamente adequadas aos seres humanos
tancia, como 0 recrutamento militar em tempos de guerra, um governo que Deus criou. Essa e a reivindica<;:ao de Deus a respeito de suas leis
civilizado permitira uma oposi\;ao consciente. Essa provisao tambem e fruto desde 0 principio. Ele as deu e disse: "[ ... J para 0 seu pr6prio bem"
de um raciocinio cristao. (Dt 10.13), e pediu ao povo que as obedecessem, "assim tudo iria bem
Assim, tanto a doutrina biblica sobre Deus quanto a doutrina sobre com eles e com seus descendentes para sempre" (Dt 5.29). Deste modo,
os seres humanos guiam nosso comportamento em uma sociedade plu- havia uma correspondencia essencial entre 0 que era "bom e certo perante
ralista, de forma que a primeira des carta 0 laissez-faire e a ultima des carta o Senhor" e "tudo fir] bem com voces" (Dt 12.28). 0 born e 0 bern coin-
a imposi<;:ao. Devido a Deus ser quem ele e, n6s nao podemos ficar in- cidem. N6s acreditamos tambem que todos tem uma no<;:ao disso, mas,
diferentes quando a sua verdade e a sua lei sao desrespeitadas, mas, por por serem incapazes ou por serem relutantes em reconhece-Ia, precisamos
causa dos seres humanos serem quem eles sao, n6s nao podemos tentar desenvolver argumentos que demonstrem que as leis de Deus vis am ao
imp6-las pela for<;:a. nosso bem-estar enquanto individuos e enquanto sociedade.
o que, entao, os cristaos devem fazer? N6s devemos procurar educar a Portanto, precis amos de uma apologetica doutrinaria no evangelismo -
consciencia publica para conhecer e desejar a vontade de Deus. A Igreja para debater a verdade do evangelho - e uma apologetic a etica na a<;:ao
deve buscar ser a consciencia da na<;:ao. Se nao devemos impor a vontade social - para argumentar a bondade da lei moral. Apologetas de ambos
de Deus pela legisla<;:ao, tambem nao devemos convencer as pessoas a os tip os sao procurados urgentemente nas igrejas do mundo hoje.
seu respeito meramente pela cita<;:ao biblica. Ambas as abordagens sao Em muitos sentidos, esse livro proporciona um conjunto de exemplos
exemplos de autoridade que vern de cirna, com a qual as pessoas se ofend em de persuasao pelo argumento. Desejo que, qualquer que seja 0 assunto
e ficam resistentes. Mais efetiva e a autoridade que vern de baixo, a verdade que voce discutir ou a campanha que voce organizar, voce descubra que os
intrinseca e 0 valor de algo, os quais sao autoevidentes e, portanto, va- capitulos seguintes fornecem uma mistura de criterios biblicos e analises
lidam a si pr6prios. Nao que as duas autoridades sejam incompativeis; sociais, a qual e necessaria para sermos cristaos inform ados e entrarmos
a autoridade de Deus esta, essencialmente, em ambas. Esse principio se nos debates atuais com confian<;:a.
aplica igualmente ao evangelismo e a a<;:ao social.
No evangelismo, nao devemos tentar for<;:ar as pessoas a acreditarem
no evangelho; tambem nao devemos permanecer calados, como se FRAGMENTA~AO E ALlENA~AO
f6ssemos indiferentes a sua resposta, nem devemos confiar exc1usiva- Quando vemos 0 pluralismo como uma expressao da diferen<;:a, conc1u-
mente na proc1ama<;:ao dogmatica dos textos biblicos - a qual e vital, imos que precisamos de uma tolerancia verdadeira, de respeito e de nos
assim como a exposi<;:ao biblica competente. Antes, devemos, como prepararmos para a persuasao. Mas uma sociedade que esta perdendo os
os ap6stolos, argumentar com as pessoas sobre a natureza e sobre as valores que antes eram compartilhados tambem experimenta 0 pluralismo
Escrituras, recomendando 0 evangelho de Deus a elas por meio de como uma forma de fragmenta<;:ao e, eventualmente, como uma forma de
argumentos racionais. alienacao. lsso certamente e 0 que acontece na Gra-Bretanha hoje e em
------------------------------------------------------,~--------------------~~~~-------------
r4 OS CRISTMs EOS OESAFIOS CONTEMPORANEOS
NOf,f,O MIJNDO PIIJRALISTA: 0 TESTEMUNHO CRISTAo t INFLUENTE? 85
o TESTEMUNHO DA BfBUA
tares "ecoem em todas as pens6es e em todas as fabricas do reino". 0
doutor Lucas term ina seu livro com a en cant ad ora declara<;:ao de que a Portanto, 0 pessimismo cristao nao tern fundamento hist6rico. Ele
"democracia s6 pode florescer em uma terra de pubs" .11 tambem e absurdo do ponto de vista teo16gico. Ja vimos que a mente
Para mim e triste que muitos cristaos se contaminem com a aliena<;:ao. crista mantem unidos os acontecimentos biblicos da cria<;:ao, da queda,
"De fato" - eles concord am - "a procura da justi<;:a social e nosso interesse da reden<;:ao e da consuma<;:ao. Os pessimistas cristaos concentram-se na
e nao podemos escapar disso. Mas os obstaculos sao imensos. Nao apenas queda - "os seres humanos sao incorrigiveis" - e na consuma<;:ao - "Cristo
os r:RISTMS F OS DFSAFIOS CONTFMPORANFOS NOSSO MIINf)() PUJRALISTA: () TFSTFMlJNHO r.RISTAo t INFLlIFNTF? 87
esta vindo para colocar tudo no lugar certo" - e acham que essas verdades Voces sao 0 sal da terra. Mas se 0 sal perder 0 seu sabor, como restaur:i-lo?
justificam 0 desespero social. Mas eles ignoram a cria<;:ao e a reden<;:ao. A Nao servira para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.
imagem divina nos seres humanos nao foi removida. Apesar de maus, eles Voces sao a luz do mundo. Nao se pode esconder uma cidade construida
sobre um monte. E, tambem, ninguem acende uma candeia e a coloca
ainda podem fazer 0 bern, como Jesus claramente ensinou em Mateus 7.1l.
debaixo de uma vasi1ha. Pelo contrario, c010ca-a no 1ugar apropriado, e
A evidencia disso esta diante dos nossos olhos. Muitas pessoas que nao
assim ilumina a todos os que estao na casa. Assim brilhe a 1uz de voces
sao cristas tern bons casamentos, sao bons pais, sao profissionais com diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e g10rifiquem ao
alto padrao de qualidade ou sao ativistas preocupados com 0 mundo Pai de voces, que esta nos ceus.
no qual vivemos. Isso e, em parte, porque a verdade da lei de Deus esta
- Mateus 5.13-16
escrita no cora<;:ao de todo ser humano e, em parte, porque os valores do
reino de Deus, quando incorporados a comunidade crista, sao muitas Todos sao familiarizados com 0 sal e com a luz. Eles estao em prati-
vezes reconhecidos e, em certa medida, ate imitados por pessoas de fora camente todas as casas do mundo. 0 proprio Jesus quando menino, em
da propria comunidade. Dessa forma, 0 evangelho tern produzido frutos sua casa, em Nazare, deve ter visto muitas vezes Maria, sua mae, acender
na sociedade ocidental por muitas gera<;:6es. as lamp ad as quando 0 sol se punha e usar 0 sal como conservante na
Alem disso, Jesus Cristo redime as pessoas e as faz novas. Dizer cozinha. Ele sabia de sua utili dade pratica.
que pessoas regeneradas e renovadas nada podem fazer para refrear ou Por isso, essas foram as imagens que Jesus usou mais tarde para ilustrar
reformar a sociedade e uma ideia absurda. Isso e 0 que impulsiona 0 a influencia que ele esperava que seus discipulos exercessem na sociedade.
livro de Charles Colson, Kingdoms in Conflict [Reinos em conflitoJ. Os Naquela epoca, seus discipulos eram poucos, eles eram 0 nucleo inicial
valores radicais do reino de Deus, 0 qual foi inaugurado por Jesus Cris- de sua nova sociedade, porem ja deveriam ser sal e luz para toda a terra.
to, confrontam, desafiam e mudam 0 reino dos homens, especialmente o que isso significava? Duas verdades aqui nao podem escapar.
por intermedio da a<;:ao daquilo que Edmund Burke chamou, no seculo
18, de "pequenos pelot6es". Charles Colson tinha em mente pequenas
associa<;:6es voluntarias de pessoas que amam a Deus e 0 proximo, que
os CRISTAOS DEVEM SER INCONFUND[VEIS
mostram valores elevados em meio ao secularismo, que se recusam a con- Em primeiro lugar, os cristaos devem ser fundamental mente diferentes
cordar com 0 mal, que se op6em a injusti<;:a e que espalham misericordia daqueles que nao sao cristaos. Ambas as imagens - 0 sal e a luz - distinguem
e reconcilia<;:ao no mundoY as duas comunidades. 0 mundo e sombrio - conCluiu Jesus - mas voces
o testemunho da historia associado ao das Escrituras mostra que devem ser a sua luz. 0 mundo e decadente, mas voces devem ser 0
o povo cristao tern tido grande influencia na sociedade. Nao somos sal que impede sua deteriora<;:ao. Na lingua inglesa, poderiamos dizer
impotentes. As coisas podem ser difereI)tes. Nikolai Berdyaev resumiu que as duas comunidades sao tao diferentes quanto 0 giZ e a queijo ou
muito bern a situa<;:ao com estas palavras: ''A pecaminosidade da natureza o oleo e a dgua. Esse e urn dos principais assuntos em toda a Biblia.
humana nao significa que reformas e melhorias sociais sejam impossiveis. Deus chama, do mundo para si, urn povo cuja voca<;:ao e ser santo ou
Ela significa apenas que nao pode haver uma ordem social perfeita e diferente. "Sejam santos" - diz Deus a eles varias vezes - "porque eu
absoluta [. .. J antes da transfigura<;:ao do mundo".14 sou santo".
Portanto, os cristaos devem manter sua distin<;:ao crista. Se 0 sal nao
mantiver sua salinidade, para nada serve. Se a luz nao mantiver seu brilho,
A NATUREZA DA INFLUENCIA CRISTA
torna-se inutil. Assim, nos que afirmamos ser seguidores de Cristo temos
Deixo agora a historia e as Escrituras e volto-me para a expectativa que de fazer duas coisas se quisermos fazer algo born por ele. Devemos mer-
Cristo tinha em rela<;:ao aos seus seguidores. Ele expressou isso de modo gulhar no mundo. No entanto, ao fazer isso, devemos tambem evitar que
bern vivido no Sermao do Monte, a partir das metaforas do sal e da luz: nos tornemos semelhantes ao mundo. Devemos manter as convic<;:6es, os
88 os CRISTAos E OS DESAFIOS CONTEMPoRANEOS Nnssn MIJN(')n rIIJRI'IIISTI'I: n TFSTFMUNHO CRISTAo t INFLIJENTE? 89
valores, os padroes e 0 estilo de vida cristaos. Voltamos a identidade dupla dcscrcviam-se como "evange1icos nascidos de novo" 17. Em 2005, 45%
da Igreja - santidade e mundanidade -, a qual mencionei no capitulo 2. dos adultos americanos frequentavam uma igreja aos finais de semana,
Se for questionado 0 que sao a salinidade e 0 brilho da santidade crista, nao inc1uindo nisso eventos especiais como casamentos ou velorioS.1 8
o restante do Sermao do Monte nos dara a resposta. Ne1e, Jesus nos diz Por que, entao, esse grande exercito de soldados cristaos nao tern
para nao sermos iguais as pessoas ao nosso redor: "Nao sejam iguais a tido mais sucesso no combate as for~as do mal? Esta e a explica~ao do
e1es" (Mt 6.8). Antes, e1e nos chama a uma justi~a me1hor - a do cora- futurologista americano Tom Sine: "Temos sido extremamente eficien-
cao -, a urn amor maior - que abarca ate mesmo os inimigos -, a uma tes em diluir seu ensino rigido [de Cristo] e em mutilar seu evangelho
devo~ao rna is profunda - que inc1ui crian~as chegando ao Pai - e a uma radical. Isso explica por que [... ] fazemos uma diferen~a tao pequena na
ambicao mais nobre - bus car, em primeiro lugar, 0 governo de Deus e moralidade da nossa sociedade, 0 que e embara~oso" .19 Mais importante
a sua justi~a.15 E apenas quando escolhemos e seguimos 0 seu caminho do que meros numeros de discipulos profess os e a qualidade do seu dis-
que nosso sal mantem sua salinidade e nossa luz brilha, de forma que cipulado - manter os padroes de Cristo sem compromete-los - e a sua
podemos ser testemunhas e servos eficientes e podemos manifestar uma a~ao estrategica - usar as posi~oes de influencia para Cristo.
influencia saudave1 na sociedade. Nosso habito como cristaos e de lamentar os padroes depravados
do mundo com urn ar de des animo urn tanto farisaico. Criticamos sua
os CRISTAOS DEVEM SER INFLUENTES violencia, sua desonestidade, sua imoralidade, sua negligencia com a vida
humana e sua ganancia materialista. "0 mundo vai de mal a pior" - dize-
Em segundo lugar, os cristaos devem permear a sociedade. Apesar de os mos encolhendo os ombros. Mas de quem e a culpa? Deixe-me explicar de
cristaos serem moral e espiritualmente diferentes dos nao cristaos - ao outra forma. Se a casa estiver escura ao anoitecer, nao faz sentido culpar
menos deveriam ser -, e1es nao devem viver segregados socialmente. Ao a casa, pois isso e 0 que acontece quando 0 sol se poe. A pergunta a ser
contrario, a sua luz deve brilhar na escuridao e 0 seu sal deve infiltrar a feita e: "Onde esta a luz?". Da mesma forma, se a carne estragar e for im-
carne em decomposi~ao. possive1 come-la, nao faz sentido culpar a carne, pois isso e 0 que acontece
Os cristaos podem influenciar a sociedade ate mesmo quando essa quando as bacterias sao deixadas ao leu para reproduzirem-se. A pergunta
rejeita veementemente a fe crista. Antes de haver refrigera~ao, 0 sal e: "Onde esta 0 sal?". Assim tambem, se a sociedade se deteriora e seus
era 0 melhor conservante conhecido. Ele era esfregado no peixe ou na padroes dec1inam ao ponto de ela se tornar como uma noite escura ou
carne, os quais poderiam tambem ser deixados de molho nele. Assim, a como urn peixe fedorento, nao faz sentido acusar a sociedade, pois isso e
decomposi~ao bacteriana era retardada, apesar de nao ser completamente o que acontece quando homens e mulheres decaidos sao deixados a sua
impedida. A luz e ainda rna is eficaz, obviamente, pois, quando aces a, ela propria sorte e 0 egoismo humano nao e contido. As perguntas a serem
dissipa totalmente a escuridao. Jesus deve ter imaginado que, da mesma feitas sao: "Onde esta a Igreja? Por que a luz e 0 sal de Jesus Cristo nao
forma, os cristaos podem ser urn obstaculo a decadencia moral e podem estao permeando e mudando a nossa sociedade?". Euma hipocrisia total
espantar a escuridao do mal. William Temple escreveu sobre "a purifi- de nossa parte demonstrar surpresa, indiferen~a ou apreensao diante
ca~ao contagiante da vida e dos relacionamentos daqueles que carre gam desse contexto. 0 Senhor Jesus nos disse para sermos 0 sal e a luz do
consigo alguma coisa da mentalidade de Cristo". 16 mundo. Se a escuridao e a podridao abundam, grande parte da culpa e
Isso induz a seguinte pergunta: por que os cristaos nao influenciam nossa e devemos aceita-la.
muito mais 0 mundo nao cristao em favor do bern? Espero que meus Esse propos ito e essa expectativa de Cristo conosco deveriam ser
amigos americanos me perdoem por usar os Estados Unidos como suficientes para superar 0 nosso sentimento de aliena~ao. Podemos ser
exemplo. As estatisticas sobre 0 cristianismo americano sao surpreen- excluidos por algumas pessoas no trabalho ou em nossa comunidade local.
dentes. De acordo com uma pesquisa de opiniao publica, em 2002, A sociedade secular pode esfor~ar-se ao maximo para nos empurrar para
85% dos americanos consideravam-se "cristaos", sendo que 41% dentro de urn espa~o limitado, onde the interessa que estejamos. Mas
--------------------------------------------------------------------------~ __ ~r_--------------------------?---------------------------~---------------
t INFLLJENTE?
90 os r.RISTArlS r OS DFSAFIOS CONTEMPORANFnS NOSSO MUNDO PLURALISTA: 0 TESTEMlJNHO CRISTAe 91
devemos nos recusar a ser marginalizados e procurar ocupar uma esfera manter as condi<,:()es de paz e de ordem, nas quais a igreja fica livre para
de influencia para Cristo. A ambiyao e 0 desejo de ser bem-sucedido. obedecer a Deus e para pregar 0 evangelho.
Nada ha de errado com ela, se estiver genuinamente subordinada a Na teoria, estamos convencidos do dever de orar. Mesmo assim,
vontade e a gloria de Deus. E verdade que 0 poder pode corromper. E alguns ativistas sociais cristaos raramente param para orar. E algumas
verdade tambem que 0 poder de Cristo e melhor demonstrado na nossa igrejas parecem nao levar esse dever a serio. Se na comunidade - alias, no
fraqueza. E, realmente, continuaremos a nos sentir inadequados. Ainda mundo - existe rna is violencia do que paz, mais opressao do que justiya,
assim, devemos estar determinados pela sua graya a entrar em algum mais secularismo do que devoyao religiosa nao e porque os cristaos e as
segmento secular da sociedade e a erguer sua bandeira nele, mantendo, igrejas nao estao orando como deveriam?
sem concessoes, seus padroes de amor, de verdade e de bondade. Nos tambem nos alegramos com 0 crescimento de movimentos pa-
Como podemos exercer alguma influencia para Cristo? 0 que signi- raeclesiasticos cujo objetivo e estimular as orayoes do povo de Deus, por
fica, na pratica, ser 0 sal e a luz do mundo? 0 que podemos fazer para exemplo 0 Lydia Fellowship, 0 Crosswinds e 0 Intercessors for Britain,
que haja mudanyas sociais? Tentarei desenvolver seis caminhos, em pares. no Reino Unido, e 0 Intercessors for America e 0 Movimento AD 2000 20
nos Estados Unidos.
A ORACAO E 0 EVANGELISMO
o PODER DO EVANGELHO
Em primeiro lugar, ha 0 poder da orayao. Imploro que nao descarte isso
como se fosse urn lugar-comum religioso, uma moeda de troca conven- Em segundo lugar, volto-me do poder da orayao para 0 poder do evan-
cionada no meio cristao. Realmente nao e. Nao podemos ler a Biblia sem gelho e, assim, para 0 evangelismo. Este livro e sobre a responsabilidade
ficarmos impressionados com sua constante enfase na eficacia da orayao. social crista, nao sobre evangelismo. No entanto, os dois estao intima-
mente ligados. Apesar de diferentes cristaos receberem diferentes dons e
chamados e apesar de, em algumas situayoes, ser perfeitamente adequado
o PODER DA ORAQAo
se concentrar apenas no evangelismo ou na ayao social, sem comb ina-los,
"A orayao de urn justo e poderosa e eficaz" - escreveu Tiago (5.16). "Tam- de forma geral e na teoria, eles nao podem ser separados. Nosso amor
bern Ihes digo" - disse Jesus - "que se dois de voces concordarem na pelo proximo sera concretizado em urn interesse holistico por todas as
terra em qualquer assunto sobre 0 qual pedirem, isso lhes sera feito por suas necessidades - pelas necessidades de seu corpo, de sua alma e de sua
meu Pai que esta nos ceus" (Mt 18.19). Nos nao afirmamos entender a comunidade. Essa e a razao por que, no ministerio de Jesus, as palavras
logica da intercessao, mas, de alguma forma, ela nos capacita a entrar no e as obras seguiam juntas. Como 0 Relatorio de Grand Rapids coloca,
campo do conflito espiritual e a nos alinhar aos bons propositos de Deus, o evangelismo e a atividade social sao "como as duas laminas de uma
de modo que seu poder e liberado e os principados do mal sao detidos. tesoura ou as duas asas de urn passaro".n
A orayao e uma parte indispensavel da vida individual do cristao. Ela Contudo, ha dois modos particulares de se ver 0 evangelismo, segundo
tambem e indispensavel para a vida da igreja local. Paulo deu-Ihe priorida- os quais ele e urn preludio necessaria a acao social e urn fundamento
de: "Antes de tudo, recomendo que se fayam suplicas, orayoes, interces- para a mesma.
soes e ayoes de grayas por todos os homens; pelos reis e por todos os que
exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacifica,
com toda a piedade e dignidade. Isso e born e agradavel perante Deus,
o evangelho muda as pessoas
nosso Salvador, que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem Em primeiro lugar, 0 evangelho muda as pessoas. Todo cristao deve ser
ao conhecimento da verdade" (lTm 2.1-4). Aqui esta uma orayao pelos capaz de repetir as palavras de Paulo com convicyao: "Nao me envergo-
lideres nacionais, para que eles possam cumprir sua responsabilidade de nho do evangelho, porque e 0 poder de Deus para a salvayao de todo
12 os CRISTAos EOS DESAFIOS CONTEMPORANEOS NOSSO MI INDO PI IIRAlISTA: 0 TESTEMUNHO CRISTAo t INFLUENTE? 93
aquele que ere" (Rm 1.16). Nos sabemos disso pela nossa propria vida Raymond Johnston chamou, certa vez, de "uma atmosfera antisseptica",
e tambem podemos ver isso na vida de outros. Se 0 pecado e, em sua isto e, uma atmosfera onde a blasfemia, 0 egoismo, a cobi<;:a, a desones-
raiz, egoista, entao a transforma<;:ao do egocentrismo para 0 alocentrismo tidade, a imoralidade, a cruel dade e a injusti<;:a dificilmente florescem.
e parte essencial da salva<;:ao. A fe leva ao amor e 0 amor, ao servi<;:o. Urn pais permeado pelo evangelho nao e urn solo no qual essas ervas
Assim, a atividade social, que e 0 servi<;:o amoroso ao necessitado, deve daninhas conseguem criar raizes facilmente, muito menos se desenvol-
ser 0 resultado obrigatorio da fe salvifica, apesar de termos de confessar verem com abundancia.
que nao e sempre assim.
Existem situa<;:oes nas quais a mudan<;:a social positiva acontece in-
dependentemente de iniciativas cristas explicitas. Assim, nao devemos o evangelho muda as culturas
conectar 0 evangelismo a mudan<;:a social tao rigidamente a ponto de Em segundo lugar, 0 evangelho que mud a as pessoas tambem muda as
afirmarmos que 0 primeiro sempre acarreta a segunda e a segunda nunca culturas. Urn dos maiores impedimentos a mudan<;:a social e 0 conserva-
acontece sem 0 primeiro. No entanto, essas sao exce<;:oes que confirm am dorismo cultural. As institui<;:oes, as leis e os costumes de urn pais levam
a regra. Ainda insistimos que 0 evangelismo e 0 principal instrumento seculos para serem desenvolvidos; assim, eles tern uma resistencia natural
para a mudan<;:a social, pois 0 evangelho transforma as pessoas e pessoas a reformas. Em alguns casos, a ambiguidade moral da cultura e que e
transform ad as podem mudar a sociedade. Vimos que a sociedade precisa o obstaculo. Todo programa politico, todo sistema economico ou todo
do sal e da luz, mas e somente 0 evangelho que pode cri<i-los. Dessa forma, plano de desenvolvimento depende de valores que 0 motivem e 0 susten-
podemos afirmar sem constrangimento que 0 evangelismo tern primazia tern. Ele nao pode ser executado sem honestidade e sem urn determinado
sobre a a<;:ao social. Falando de forma logica, "a responsabilidade social nivel de apoio. Assim, 0 progresso sera efetivamente impedido se a cultura
crista pressupoe cristaos socialmente responsaveis" e e 0 evangelho que nacional- e a religiao ou a ideologia que a molda - tolerar a corrup<;:ao e 0
os prodUZ. 22 egoismo e nao incentivar 0 autocontrole ou 0 autossacrificio. Em uma
Quando John V. Taylor, que mais tarde se tomou bispo de Winchester, situa<;:ao assim, a cultura se torn a urn obstaculo ao desenvolvimento.
ainda era secretario-geral da Sociedade Missionaria da 19reja, ele descre- Portanto, e totalmente logico 0 que Brian Griffiths conclui em seu livro
veu no CMS Newsletter, em maio de 1972, suas rea<;:oes ao livro Calcutta que trata de ahordagens cristas da vida econ6mica:
[Calcuta], de Geoffrey Moorhouse. Na verdade, ele descreveu suas rea<;:oes
o cristianisll10 comeca com a fe em Cristo e termina com 0 servico no
a aparente desesperan<;:a que havia em rela<;:ao aos problemas daquela mundo 1... 1 Pur isso ~u creio que 0 evangelismo e parte indispe~savel
cidade. "Mas, invariavelmente, 0 que faz a balan<;:a pender mais para a no estalll'lecimcnto de uma ordem economica rna is justa. A obediencia
fe do que para 0 desespero" - escreveu ele - "e a pessoa que ve alem da a Cristo rCllllcr mudan<;:a. 0 mundo passa a ser 0 mundo de Cristo; 0
situa<;:ao". Tais pessoas nao estao nem "presas" a cidade nem "indiferentes" pobre, 0 fraco e 0 sofredor, homens, mulheres e crian<;:as criados a sua
a ela. "Elas transcenderam a situa<;:ao [.. .] Salva<;:ao nao e 0 mesmo que imagl'll1; a injllsti<;:a, uma afronta a sua cria<;:ao. 0 desespero, a indife-
solu<;:ao: a salva<;:ao precede a solu<;:ao e faz desta uma possibilidade [... J A ren\:l l' a alls0ncia de dire<;:ao para viver sao substituidos por esperan<;:a,
salva<;:ao pessoal - que e equivalente a prime ira marcha - ainda e a forma responsahilidade e prop6sito e, acima de tudo, 0 egoismo e transformado
pelo all1or..' \
de iniciar as mudan<;:as. Ela e a chave para destrancar a porta do deter-
minismo e tornar possivel a 'salva<;:ao' de organiza<;:oes e de institui<;:oes
Assim, () cvangelho muda tanto as pessoas quanta as culturas. 1sso
corporativas - que e equivalente a segunda marcha -, pois gera pessoas
nao significa dizer que seja impossivel haver progresso sem evangelismo,
que conseguem transcender a situa<;:ao".
mas qUl' () progresso e dificultado se nao houver as mudan<;:as culturais
Ha outra forma de 0 evangelismo facilitar a implanta<;:ao de melhorias
que 0 evangclho traz, ou e facilitado par tais mudan<;:as, quando elas
sociais. Quando 0 evangelho e pregado de forma fiel e amp la, ele nao
estao presentes. E quanto rna is 0 evangelho se espalha, mais esperan-
somente traz uma renova<;:ao radical para as pessoas como produz 0 que
<;:osa a sitlla<;:ao se torna. Ate mesmo urn pequeno grupo de cristaos
os CRISTAos E OS DESAFIOS CONTEMPORANEOS N()S~~() MIJNDO PI URALISTA () TFSTEMUNHO CRISTAo t INFLUENTE? 95
envolvidos na vida publica e capaz de iniciar uma mudan<;a social, mas illfhll'llll' do que normal mente se imagina, especialmente na forma<;ao
sua influencia provavelmente sera bern maior se eles tiverem urn apoio da opini;\o Pllhlica -, somos chamados, como cristaos, a testemunhar
maci<;o das bases, como aconteceu com os reformadores evangelicos a k'i e 0 evangelho de Deus sem temor ou apologia, por meio de cart as
britanicos do seculo 19. Logo, cristaos de todos os paises deveriam orar l' artigos a serem escritos para jornais locais e nacionais, por meio de
por uma aceita<;ao mais ampla do evangelho. Como os evangelicos discussoes em cas a e no trabalho, oportunidades no radio e na televi-
americanos do seculo 19 viram claramente, 0 reavivamento e a reforma s;\(), por meio da poesia, do teatro e das can<;6es populares. Alem disso,
caminham juntos. ('OlnO foi com Jesus, assim tambem e com seus seguidoresj a verdadeira