Boas Novas de Grande Alegria - John Piper
Boas Novas de Grande Alegria - John Piper
Boas Novas de Grande Alegria - John Piper
Devocionais Diários de
Alegria Inabalável,
Por John Piper
Copyright © 2017 Editora Fiel.
•
O que Jesus quer neste Natal? Nós podemos ver a resposta em suas ora-
ções. O que ele pedia a Deus? A sua mais longa oração está em João 17.
Vejamos o clímax do seu desejo:
Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles este-
jam comigo (v.24)
Às vezes, nós ouvimos dizerem que Deus criou o homem porque estava
solitário. Então dizem: “Deus nos criou para que estivéssemos com ele.”
Jesus concorda com isso? Bem, de fato ele diz que realmente queria que es-
tivéssemos com ele! Sim, mas por quê? Consideremos o resto do versículo.
Por que Jesus queria que nós estivéssemos com ele?
Essa seria uma maneira estranha de expressar solidão. “Eu quero eles
comigo para que possam ver a minha glória.” Certamente isso não expressa
sua solidão. Isso expressa sua preocupação quanto à satisfação de nosso
anseio, e não de sua solidão. Jesus não é solitário. Ele e o Pai e o Espírito
são profundamente satisfeitos na comunhão da Trindade. Nós, não eles,
estamos famintos por algo. E o que Jesus deseja para o Natal é que experi-
mentemos aquilo para o qual fomos realmente feitos: contemplar e desfru-
tar de sua glória.
Mas isso é apenas a metade do que Jesus queria nesses versos finais e
culminantes de sua oração. Como escrevi, nós, de fato, fomos feitos para
contemplar e desfrutar de sua glória. Era isso que ele queria? Que nós não
apenas vejamos sua glória, mas que a experimentemos, saboreemos, valo-
rizemos e amemos? Considere o verso 26, o último verso:
E eu lhes fiz conhecer o Teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o
amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
Esse é o final da oração. Qual é o propósito final de Jesus para nós? Não
que nós simplesmente vejamos sua glória, mas que nós o amemos com o
mesmo amor que o Pai tem por ele: “para que o amor com que me [o Pai]
tens amado esteja neles.” O anseio e propósito de Jesus é que nós vejamos
sua glória e então sejamos capazes de amar o que vemos, com o mesmo
amor que o Pai tem pelo Filho. E ele não quer dizer que nós meramente
imitemos o amor do Pai pelo Filho. Ele quer dizer que o próprio amor do Pai
se torne o nosso amor pelo Filho – que nós amemos o Filho com o amor do
Pai pelo Filho. Isso é o que o Espírito se torna e derrama em nossas vidas:
Amor ao Filho pelo Pai através do Espírito.
O que Jesus mais quer para o Natal é que seus eleitos estejam reunidos e
então alcancem o que mais desejam: contemplar sua glória e então desfru-
tá-la com o mesmo desfrutar do Pai pelo Filho.
O que eu mais quero para o Natal esse ano é juntar-me a você (e a mui-
tos outros) em contemplar Cristo em toda sua plenitude e que, juntos, nós
sejamos capazes de amar o que vemos, com um amor que vai muito além de
nossa vaga capacidade humana.
Isso é o que Jesus pede por nós neste Natal: “Pai, mostre a eles a minha
glória e dê-lhes o mesmo deleite em mim que Tu tens por mim.” Ó, que nós
possamos contemplar a Cristo com os olhos de Deus e desfrutar de Cristo
com o coração de Deus. Essa é a essência do céu. Este é o presente que Cris-
to veio comprar para pecadores ao preço de sua morte em nosso lugar.
PREPARE O CAMINHO
O que João Batista fez por Israel, o Advento pode fazer por nós. Não
deixe que o Natal o encontre despreparado. Digo, espiritualmente despre-
parado. A alegria e o impacto do Natal serão muito maiores se você estiver
pronto!
Para que você se prepare...
Primeiramente, medite sobre o fato de que precisamos de um Salvador.
O Natal é uma acusação antes de se tornar uma alegria. Ele não cumprirá
o seu propósito até que sintamos desesperadamente a necessidade de um
Salvador. Que essas breves meditações sobre o Advento ajudem a despertar
em você um senso amargo e doce de necessidade do Salvador.
Em segundo lugar, faça um autoexame sério. O Advento é para o Natal o
que a Quaresma é para a Páscoa. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu cora-
ção, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum ca-
minho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139.23-24). Que todo
coração prepare pousada para Cristo... pela limpeza da casa.
Em terceiro lugar, desenvolva uma antecipação, expectativa e entusias-
mo centrados em Deus em sua casa — especialmente para as crianças. Se
você estiver exultante por Cristo, elas também estarão. Se você só consegue
tornar o Natal emocionante pelas coisas materiais, como as crianças terão
sede de Deus? Dobre os esforços da sua imaginação para tornar visível para
as crianças a maravilha da chegada do Rei.
Em quarto lugar, tenha muito contato com as Escrituras e memorize as
grandes passagens! “Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR?” (Jere-
mias 23.29)! Esteja ao redor do fogo nessa época do Advento. É aconche-
gante. É brilhante em cores da graça. É cura para mil dores. É luz para as
noites escuras.
2 D E D E Z E MBRO
Paz para quem? Há uma observação séria emitida no louvor dos anjos.
Paz entre os homens sobre quem o favor de Deus está. Paz entre os homens
a quem ele quer bem. Sem fé é impossível agradar a Deus. Então, o Natal
não traz paz para todos.
“O julgamento é este”, disse Jesus, “que a luz veio ao mundo, e os ho-
mens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más”.
Ou como o velho Simeão disse quando viu o menino Jesus: “Eis que este
menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de mui-
tos em Israel e para ser alvo de contradição... para que se manifestem os
pensamentos de muitos corações”. Oh, quantos observam um dia de Natal
sombrio e frio e veem nada mais do que isso.
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quan-
tos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber,
aos que creem no seu nome”. Foi somente para os seus discípulos que Jesus
disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o
mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
As pessoas que desfrutam da paz de Deus, que excede todo o entendi-
mento, são aquelas que em tudo, por meio da oração e súplica, fazem as
suas necessidades conhecidas a Deus.
A chave que abre o cofre do tesouro da paz de Deus é a fé nas promessas
de Deus. Assim, Paulo ora: “O Deus da esperança vos encha de todo o gozo
e paz no vosso crer”. E quando nós confiamos nas promessas de Deus e te-
mos alegria, paz e amor, então, Deus é glorificado.
Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele
quer bem — homens que creriam.
7 D E D E Z E MBRO
MESSIAS PARA OS MAGOS
Ao contrário de Lucas, Mateus não nos fala sobre os pastores que vêm
visitar Jesus no estábulo. Seu foco é imediatamente sobre os estrangeiros
que vêm do Oriente para adorar a Jesus.
Assim sendo, Mateus retrata Jesus no início e no fim do seu evangelho
como um Messias universal para as nações, não apenas para os judeus.
Aqui, os primeiros adoradores são magos da corte, astrólogos ou sábios,
que não vinham de Israel, mas do Oriente — talvez da Babilônia. Eles eram
gentios. Imundos.
E no fim de Mateus, as últimas palavras de Jesus são: “Toda a autoridade
me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações” (Mateus 28.18-19).
Isso não apenas abriu a porta para que nós, gentios, nos alegrássemos
no Messias, como também acrescentou prova de que Jesus era o Messias.
Pois uma das profecias repetidas era que as nações e os reis, de fato, viriam
a ele como o governador do mundo. Por exemplo, Isaías 60.3: “As nações
se encaminham para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu”.
Desse modo, Mateus acrescenta provas à messianidade de Jesus e de-
monstra que ele é o Messias — um Rei e Cumpridor da Promessa — para
todas as nações, não apenas para Israel.
8 D E D E ZEMBRO
A ESTRELA SOBRENATURAL
DE BELÉM
Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela
no Oriente e viemos para adorá-lo. (Mateus 2.2)
SUBSTITUINDO AS SOMBRAS
Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo
sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como
ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu,
não o homem. (Hebreus 8.1-2)
Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo
sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como
ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu,
não o homem. (Hebreus 8.1-2)
O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que
tenham vida e a tenham em abundância. (João 10.10)
A MAIOR SALVAÇÃO
IMAGINÁVEL
Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a
casa de Israel e com a casa de Judá. (Jeremias 31.31)
O MODELO DO NATAL
PARA MISSÕES
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
(João 17.18)
GREVE DE NATAL
O NASCIMENTO DO ANCIÃO
DE DIAS
Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes
que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar
testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
(João 18.37)
Esse é um grande texto para o Natal, embora relate o fim da vida de Je-
sus na terra, não o começo.
A singularidade do nascimento de Jesus é que ele não teve a sua origem
no seu nascimento. Ele existia antes de nascer numa manjedoura. A pessoa,
o caráter e a personalidade de Jesus de Nazaré existiam antes que o homem
Jesus de Nazaré nascesse.
A palavra teológica para descrever esse mistério não é criação, mas en-
carnação. A pessoa, não o corpo, mas a personalidade essencial de Jesus
existia antes dele nascer como homem. Seu nascimento não foi um sur-
gimento de uma nova pessoa, mas uma vinda ao mundo de uma pessoa
infinitamente antiga.
Miquéias 5.2 expressa essa verdade, 700 anos antes de Jesus nascer:
E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milha-
res de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são
desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
O mistério do nascimento de Jesus não é simplesmente que ele nasceu
de uma virgem. Esse milagre foi intencionado por Deus para testemunhar
um milagre ainda maior: o menino nascido no Natal era uma pessoa que
existia “desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.
22 D E D E ZE MBRO
Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que
não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais
vida em seu nome. (João 20.30-31)
O PRESENTE INDESCRITÍVEL
DE DEUS
Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante
a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos
pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por
nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a
reconciliação. (Romanos 5.10-11)
O FILHO DE DEUS SE
MANIFESTOU
Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a
justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede
do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se
manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. (1 João 3.7-8)
Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a
justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede
do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se mani-
festou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. (1 João 3.7-8)
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