Talit e Tzitzit - Coisas Judaicas

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Blog judaico

05/06/2018

Talit e Tsitsit

Entre Franjas e Nós


Uma vestimenta especial nos lembra das 613 mitsvot…Nossas preces
embrulhadas em um manto: reverência com amor.

Disse Rabi Shimon bar Yochai: "Quando o homem levanta de


manhã e coloca os tefilin e tsitsit, a Shechiná (Presença
Divina) paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo, Israel,
através do qual Serei Glorificado.’"

O exército de cada soberano traja-se com seu uniforme distinto; é o


símbolo da lealdade que o soldado deve a seu rei. O povo de Israel
também possui suas insígnias especiais que o identificam como o
servo de D’us. Uma delas são os tsitsit.

Há dois tipos de talit: o talit catán (pequeno), também chamado de


"tsitsit", usado durante o dia debaixo da camisa; e o talit gadol
(grande), usado somente na Prece Matinal. As franjas do talit,

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denominadas tsitsit, funcionam como lembrete de todas as mitsvot
da Torá. Ao colocar o talit, deve-se ter em mente que D’us nos
ordenou que nos envolvêssemos nele a fim de que possamos nos
lembrar de cumprir todos Seus mandamentos.

Vestimentas

A Torá exige que os tsitsit fiquem ligados às vestes humanas e esta


relação pode ser detectada numa breve revisão da origem e do
significado dos trajes humanos.

De acordo com a Torá, as roupas têm a sua procedência no pecado


de Adam e Chava. O homem foi criado perfeito, sem ter quaisquer
maldade em seu interior. Não tinha más inclinações e nem conhecia
tentação alguma por prazeres físicos. Na pureza de sua mente, o
sentimento de vergonha era completamente desconhecido. Todos os
órgãos e membros do seu corpo eram iguais, cada um tendo que
cumprir a sua parte na execução da missão Divina do homem sobre
a terra. Em qualquer ocasião, fosse um exercício aparentemente
espiritual ou um ato físico, só havia uma consideração: o
cumprimento da Vontade Divina.

Após ter pecado ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento,


adquiriu consciência do prazer físico do qual não se dava conta antes,
quando sua alma predominava sobre as coisas materiais. Em sua
mente então contaminada, o bem já não era mais puramente bom.
Percebeu que certas partes do seu corpo estavam mais diretamente
associadas com o senso do prazer físico. A exposição destes
membros fazia agora surgir nele um sentimento de vergonha por dois
motivos: primeiro, porque eram uma lembrança da humilhante
queda do homem sob o poder da luxúria e em segundo lugar, porque
significavam uma fonte de tentação.

Por esses motivos, o homem sentiu-se envergonhado com a sua


nudez e quis cobrir o seu corpo.
Após o seu pecado, Adam e Chava tiveram a sensação e a consciência
do nu e prepararam para si roupas para cobrir seus corpos. Assim,
as roupas lembram ao homem sua queda do estado de pureza
absoluta para outro da sucetibilidade à tentação e uma luta interna
entre as aspirações da alma Divina e as paixões do corpo físico.

Talvez, por este motivo (para ser um lembrete) somos obrigados a


prender as franjas dos tsitsit à nossa roupa. Pois os tsitsit não fazem
parte integrante do traje e não possuem utilidade material. Os tsitsit
e as vestes servem assim essencialmente ao mesmo propósito: os
tsitsit advertindo-nos para ficarmos em guarda contra as inclinações
do "coração e dos olhos" – (os dois provocadores do pecado) e o traje

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de uma lembrança vivIda na primeira vez em que o homem sucumbiu
ao pecado.

O propósito

A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes naTorá:

a)"…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas
vestes, pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um
cordão azul celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis
todos os mandamentos de D’us e os cumprireis e não errareis indo
atrás (do pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos
olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e
cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com
vosso D’us." (Bamidbar. XV: 38:41)

b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua


vestimenta com que te cobrires." (Devarim XII:12)

A própria Torá assim explica o propósito dessa mitsvá. Na primeira


passagem citada encontramos tanto as metas imediatas como
aquelas a prazo longo. As imediatas consistem em um princípio
positivo e um negativo:

Lembrete permanente

Ao mandar olhar para os tsitsit D'us queria que o homem atingisse


vários objetivos.

a) nos lembra todos os mandamentos para que os observemos;

b) evita que sigamos as inclinações do nosso coração e dos nossos


olhos que tendem a nos levar para a infidelidade (a D’us).

c) para lembrarmos e observarmos os mandamentos de D’us; e

d) nos elevar a um nível de santidade e nos tornar santificados


perante D’us.

Como podem estas singelas franjas, ligadas ao nosso traje, atingir


uma meta tão elevada e abrangente? Como pode a visão dos tsitsit
nos ajudar a compreender o nosso "eu" espiritual e alcançar nosso
objetivo de perfeição humana?

Para entender isso, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos


aspectos simbólicos deste preceito. Nossa pesquisa nos revelará que
poucos mandamentos são tão ricos em simbolismo e contêm tantas
alusões e lembretes como essa mitsvá. E uma vez que tenhamos

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aprendido a reconhecer e a apreciar esses símbolos e alusões
compreenderemos a eficácia do tsitsit e porque foi dito que este único
preceito é eqüivalente a todas as mitsvot daTorá (Menachot 43b).

A mulher está isenta deste preceito, pois a Torá reconhece sua


conexão muito mais direta com D’us através de sua natureza e
sensibilidade natas e a considera bastante ciente dos seus deveres,
não necessitando do lembrete constante dos tsitsit para recordar-se
dos mandamentos daTorá.

Tsitsit e Cohen Gadol

O termo tsitsit lembra o tsits, a placa de ouro usada pelo cohen gadol,
o Sumo Sacerdote, na qual estavam gravadas as palavras "Santidade
a D’us" (Shemot 28:36). Assim como tsits é derivado do hebraico
"fitar" porque era usado na testa um lugar visível a todos. Tsitsit
também é derivado da mesma raíz. Tsitsit se refere também aos
cabelos, ou "franjas" na fronte. Assim, essa palavra denota que as
franjas devem ser vistas, olhadas: e sua melhor tradução é portanto
"franjas à mostra" (i.e., as franjas ligadas à veste a fim de serem
vistas). Na verdade e mais a fundo, o relacionamento tsits/tsitsit é
mais do que etimológico e os tsitsit do homem comum são de fato
um modelo do tsits do cohen gadol.

Significado

Os tsitsit pelo seu nome e maneira com que estão ligados à roupa,
aludem aos 613 preceitos daTorá: o eqüivalente numérico da palavra
tsitsit é 600; some a isso 8 pelo número de fios e 5 pelo número dos
nós e terá 613. Os cinco nós indicam também que temos de nos
amarrar aos cinco Livros de Moisés, ao passo que os oito fios sugerem
os oito órgãos do corpo que estimulam o homem a pecar (os ouvidos,
olhos, boca, nariz, mãos, pés, genitais e o coração), que devem ser
subjugados e santificados.

Assim, a vista dos tsitsit serve ao propósito de lembrar o homem as


suas obrigações Divinas (os 613 preceitos daTorá) e protegê-lo de
cair vítima dos atos pecaminosos relacionados com os órgãos
mencionados. A visão atenta dos tsitsit serve como lembrete que
conduz a uma observância consistente daTorá ("e o vereis e
lembrareis… e os cumprireis").

Os tsitsit devem portanto ser usados em peças de roupa regulares


(quadradas, de quatro pontas) e não devem ser restritos ao talit (xale
de orações) usado somente na hora das preces. Pois, como Ibn Ezra
escreve em seu comentário, "É mais importante estar envergando os
tsitsit em outras horas que não as da oração, a fim de lembrar em

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todos os momentos a não se desviar e cometer um pecado; pois na
hora da prece o homem não peca."

E embora aTorá exija tsitsit somente numa peça de quatro cantos,


sugerindo assim que, em faltando tal peça de roupa, a pessoa está
isenta de sua obrigação, Rabi Isaac Abarbanel nota em seu
comentário: "Eles devem fazer para si tsitsit …pelas suas gerações…"
para ensinar que, mesmo no decorrer das gerações, quando os
israelitas não costumarem mais a usar trajes de quatro pontas,
deverão, assim mesmo fazer algumas peças de quatro pontas e
colocar os tsitsit ligados nelas. Daí se vê claramente o conceito
errôneo daqueles que argumentam que, se a pessoa não deseja usar
um traje de quatro pontas, fica isenta da mitsvá do tsitsit.

O fio azul, extinto

As franjas à mostra despertam no homem uma consciência direta da


Presença Divina. Esta era a função especial que tinha o fio azul
(Techelet) cuja coloração era obtida através da extração do pigmento
do Chilazon, um peixe, e especialmente processado; atualmente
extinto. Por que o azul foi escolhido entre todas as cores?

Porque o azul se assemelha à cor do mar e o mar parece com a cor


do céu e o céu se assemelha à ‘cor ’ do Trono de Glória de D’us!"

A vista dos tsitsit induz uma visão mental, uma consciência da


Shechiná (Presença Divina). Em qualquer uma das direções — leste,
oeste, sul e norte — que nos voltemos (aludidas pela especificação
da peça de quatro cantos), os tsitsit nos tornam conscientes da
presença de D’us. Hoje não temos mais um fio azul porque oChilazon
(um anfíbio conchífero) do qual o pigmento azul era extraído está
atualmente oculto e desconhecido. Mas o seu significado continua
válido quando lemos o preceito deTechelet . Já que em hebraico a
palavraTechelet é parecida comTachlit que quer dizer "meta final", o
significado doTechelet vem lembrar ao homem que o último e
definitivo objetivo de tudo é a Shechiná.

A passagem da Torá

A passagem da Torá que determina o preceito do tsitsit põe em


contraste a lembrança e a observância dos "mandamentos de D’us"
com o seguir "atrás do vosso (próprio) coração e dos vossos
(próprios) olhos, atrás dos quais vos desviais".

Esta contraposição sugere mais do que o sentido literal aparente.


Pois aTorá não especifica um "andar atrás" de inclinações
pecaminosas, mas pronuncia uma advertência geral e abrangente,
de "não seguir atrás do vosso coração e dos vossos olhos" —

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independente de quais sejam as intenções. Ao ponderarmos este
constraste, seu sentido latente se torna óbvio:

O coração é a sede das emoções humanas, dos sentimentos pessoais


do homem. Os olhos, na terminologia daTorá, configuram sabedoria
e intelecto. A Torá no contexto da mitsvá do tsitsit , assim nos
adverte para "não ireis atrás do vosso coração (as emoções e
sentimentos) e vossos olhos (o intelecto), atrás dos quais vos
desviais".

Não é, pois, a nossa opinião e nossos ideais pessoais (não importa


quão nobres e elevados possam parecer), que devemos seguir, mas
sim os mandamentos de D’us. Mesmo quando nosso coração e nossa
mente aquiescem em assuntos daTorá por causa do apelo intelectual
ou atração sentimental, nós temos de observar os preceitos e as
instruções daTorá como mandamentos de D’us.

É tão somente a natureza supra-racional e supra-sentimental dos


mandamentos como decretos Divinos que lhes empresta seu caráter
de verdade e de relevância absolutas.

Racionalismo e sentimentalismo como critérios únicos e


independentes são caminhos essencialmente perigosos e geralmente
enganadores "atrás dos quais vos desviais."

Segundo os nossos livros sagrados, o motivo de envolver o corpo


com o talit sensibiliza o coração do homem e o desperta para um
sentimento de temor a D’us.

A razão pela qual os tsitsiyot também são chamados naTorá


deGuedilim, é que, segundo o costume judaico, mesmo um menino
pequeno deve vestir o talit catan a fim de educá-lo quanto ao
cumprimento das mitsvot, para que, ao crescer, sinta cada vez mais
o gosto e a "doçura" delas.
Por isso são denominados de Guedilim (do hebraico Guidul que
significa"crescimento"), pois as mitsvot vão crescendo com ele.

O motivo do número de voltas entre cada espaço de nós nos tsitsiyot


, respectivamente 7, 8, 11 e 13 é que eles totalizam o mesmo valor
numérico das palavras Hashem Echad (D’us Único) que, em hebraico,
é 39.

O valor numérico da palavra tsitsit em hebraico é o mesmo das


palavras hebraicas tsedacot (que significa "justiças") enesher (que
significa "água"). Isso nos esclarece que quem guarda a mitvá do
tsitsit terá o mérito de contemplar a Face da Shechiná (Presença
Divina), conforme está escrito: "Eu com justiça verei Tua Face"; e

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merece também que se concretize (sobre ele) a profecia: "E vos
transportarei sobre asas de águias."

A palavra Ure‘item (que significa "e vocês verão" os tsitsiyot) tem o


mesmo valor numérico que a palavra tsitsit bayom ("de dia" —
quando se aplica a mitsvá do tsitsit).

O motivo pelo qual envolvemo-nos no talit ainda antes de colocar os


tefilin, é que a mitsvá de tsitsit é mais freqüente (pois vestimos
mesmo no Shabat e nos dias santificados) e isto lhe dá prioridade.
Em cada borda do talit encontramos 5 nós, ou seja 20 nas 4 pontas,
eqüivalentes às mãos e aos pés nos quais encontramos 20 dedos.
Isto transmite a idéia que todos os membros humanos encontram-
se a serviço de D’us.

Os livros místicos relacionam a mitsvá de tsitsit com a visão profética


de mercavá ("carruagem") que consiste num dos assuntos mais
profundos do Tanach e que é explicado nos livros clássicos da Cabalá
e Chassidut. O profeta Yechezkel visualiza quatro formas diferentes,
anjos com asas, etc. A intenção de D’us na criação do homem é que
ele assimile as características dos seres superiores. O corpo do
homem é um só, mas se ramifica em quatro órgãos fundamentais: o
cérebro, o coração, a língua e o Berit Milá que devem ser suportes
da "Carruagem" Divina. (A idéia do conceito Mercavá -Carruagem,
segundo os ensinamentos de Chassidut, define de forma alegórica a
submissão e anulação dos interesses e tendências pessoais perante
D’us: assim como a carruagem não possui vontade própria e é
submissa àquele que a dirige.)

Este é o motivo de envolver-se com o talit de quatro pontas


(eqüivalentes aos quatro seres da Mercavá) e esta também é a razão
da Torá chamar as pontas de Cnafot (da mesma raíz queCnafayim
em hebraico, cujo significado é "asas", fazendo da lusão à elevação
do homem através desta mitsvá. E por este motivo também é que
de cada uma das quatro pontas saem oito fios, iguais ao número de
faces e asas de cada um dos seres da mercavá totalizando 32,
eqüivalente aos 32 caminhos da Chochmá (Sabedoria).

Leis referentes ao talit

Os tsitsit devem ser colocados em qualquer vestimenta que cubra o


corpo e que tenha 4 pontas (bordas) — duas na frente e duas atrás.

• Os fios (do tsitsit) devem ser preparados (desde a fiação),


trançados e colocados apropriadamente na veste, especialmente com
o intuito da mitsvá do tsitsit.

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• Os tsitsit e a veste devem ser do mesmo material. É preferivel,
porém que sejam ambos de lã, ou pelo menos que os fios sejam de
lã.
• Comprimento dos fios de tsitsit deve ser de no mínimo 24cm e de
preferência acompanhando a seguinte proporção: 1/3 de
comprimento para os nós e espaços intermediários (do tsitsit) e os
2/3 restantes para o fios soltos (após o último nó).
• Se um dos fios soltos do tsitsit se romper, o talit ainda permanece
casher. No caso de mais de um fio ter se cortado, um Rabino
ortodoxo deverá ser consultado.
• Os fios do tsitsit devem ser trançados e caso um deles se desfie,
esta parte é considerada ausente.
• A obrigatoriedade do tsitsit se aplica (apenas) nas horas diúrnas.
Portanto a respectiva berachá, bênção, não deve ser pronunciada
antes do amanhecer ou após o pôr-do-sol.
• Apesar da obrigação recair apenas nos horários diurnos, é costume
vestir o talit catan também ao dormir durante a noite, para que dessa
forma mesmo ao permanecer desacordado após o início do dia, já
estejamos cumprindo a mitsvá. Assim também, de acordo com os
ensinamentos, é meritório vestir o talit catan mesmo de noite. Porém
ao amanhecer, a berachá do talit catan deve ser recitada sobre uma
outra veste. Não havendo outro talit catan, costuma-se mover os fios
dos tsitsit, recitando então a berachá.
• Segundo o costume Chabad somente homens casados vestem o
talit gadol, recitando a berachá apenas sobre este talit com a
intenção que ela recaia também sobre o talit catan.
• Ao tomar um talit emprestado para rezar, costuma-se recitar a
berachá sobre o talit, a não ser que esteja sendo utilizado somente
ao ser chamado naTorá; neste caso não se recita a berachá.
• Se após vestir o talit gadol, este caiu completamente do corpo,
deve-se repetir todo o processo da Atifá, inclusive recitar a berachá
novamente. Se isto acontecer quando a pessoa se encontra no meio
da prece, quando não é permitida a interrupção por conversa, coloca-
se o talit, mas espera-se até depois da Amidá, Prece Silenciosa, para
recitar a berachá. Se o talit caiu durante a Amidá, a própria colocação
do Talit também é efetuada depois.
• Mas se o talit permanecer no corpo, mesmo que parcialmente, não
precisa repetir a berachá. Se ficou apenas nas mãos é considerado
como se tivesse caído totalmente.
• Se alguém tirou seu talit gadol com a intenção de recolocá-lo em
seguida, já que teve este pensamento, não é necessário repetir a
berachá.
• A veste do talit, mesmo quando invalidado, não deve ser utilizada
de forma desprezível, uma vez que já foi usada para uma mitsvá.
• Caso um dos fios de tsitsit tenha caído ou sido cortado não se deve
jogá-lo fora ou empregá-lo de maneira desprezível. É costume
utilizá-lo como marcador de algum livro sagrado (já que se trata de

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um objeto com o qual foi realizada uma mitsvá), para que continue
a desempenhar uma função semelhante.
• É recomendável evitar, ao vestir o talit , que os tsitsiyot se arrastem
pelo chão.
• A parte da veste do talit catan ou gadol que foi colocada (vestida)
na frente ou em cima, deve permanecer sempre na mesma posição,
em todas as vezes que for vestida. Para tanto é costume fazer um
sinal que sirva de lembrete na extremidade superior interna do talit
gadol e na parte dianteira do talit catan.
• A largura do talit catan deve ser de no mínimo uma Amá , ou seja
48 cm e o comprimento deve ser de no mínimo duas Amót , excluindo
o orifício central, por onde o talit é vestido, de forma que resta uma
Amá no peito (pela frente) e uma Amá por trás. Ao usar um talit
catan menor do que estas medidas no dia de Shabat, cria-se o
problema adicional de estar carregando no Shabat.
• Deve-se tomar cuidado para não usar um talit gadol estreito ou
curto demais. O seu tamanho mínimo é o necessário para poder
envolver a cabeça e uma boa parte do corpo ao mesmo tempo.
• Para meninos de 6 a 13 anos de idade, que já devem usar o talit
catan a fim de se acostumar com a mitsvá de tsitsit pode-se basear
nas opiniões que permitem medidas menores das mencionadas
acima para o talit catan. Nosso costume é de iniciá-los nesta mitsvá
desde os três anos de idade.
• Deve-se procurar um talit bonito, assim como todas as mitsvot
devem ser realizadas da melhor maneira e minuciosamente (Hildur
Mitsvá).
• Assim também ao comprar os tsitsit, deve-se verificar o seu estado
e adquirí-los de pessoa de confiança, para ter certeza que todo o
material empregado foi preparado especificamente para a mitsvá de
tsitsit e que possua as medidas certas.

A maneira correta de vestir o talit catan e o talit gadol

Se ao vestir o talit catan, as mãos da pessoa estavam sujas ou


impuras, estando inapta a pronunciar a berachá, ela deve ser dita
mais tarde, após netilat yadayim (depois de abluir as mãos),
movendo os tsisiyot, etc.

Deve-se separar os fios dos tsitsit um do outro, de forma que estejam


sempre soltos (e não entrelaçados).

Ao vestir o talit catan ou gadol deve-se meditar na intenção Divina


ao ordenar este preceito, de nos lembrar de todas as mitsvot e
cumpri-las além (é óbvio) da intenção de cumprir a própria mitsvá
do tsitsit.

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Antes de pronunciar a bênção referente aos tsitsit, deve-se verificá-
los atenciosamente, de modo a certificar-se que estão casher (aptos
ao uso) a fim de evitar pronunciar a bênção em vão.

Este exame é sempre necessário a não ser que a pessoa se atrase


por causa da verificação e isto não lhe permitirá rezar junto com a
congregação.

A berachá de tsitsit e (no caso do talit gadol) seu envolvimento no


corpo — devem ser feitas em pé.

Ao falar o trecho de "Baruch Sheamar " na prece, seguram-se na


mão direita os dois tsitsiyot da frente (do talit catan para solteiros e
do talit gadol para os casados) e no fim deste trecho ("Melech
Mehulat Batishbachot") se beija os fios do tsitsit.

Na bênção anterior ao Shemá Yisrael (em Shacharit, Prece da Manhã)


ao chegar na palavra "Vahaviênu" pegam-se os dois tsitsiyot da
frente e em seguida os de trás, primeiro do lado esquerdo e depois
do direito.

Seguram-se todos os tsitsiyot na mão esquerda entre o anular e o


minguinho e perto do coração. Chegando no terceiro capítulo do
Shemá ("Vayômer") , seguram-se as pontas dos tsitsiyot também
com a mão direita. Ao mencionar as seguintes seis palavras —
1)tsitsit, 2) tsitsit, 3)Letsitsit, 4) Emêt, 5) Cayemet, 6) Laad —
passamos os tsitsiyot nos olhos e em seguida os beijamos.

Bênção pronunciada ao colocar o talit Catan

Tratando-se de homem solteiro que não veste talit gadol, deve-se


vestir o talit catan, recitar a berachá, segurando e movendo os
tsitsiot antes de pronunciá-la.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM, ASHER


KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU AL MITSVAT TSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos


santificou com Seus mandamentos e nos ordenou sobre a mitsvá de
tsitsit ."

Talit Gadol

Antes de envolver-se no talit gadol, coloca-se o talit dobrado no


ombro direito. Procede-se a verificação dos tsitsiot enquanto
recitam-se os seguintes versículos:

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BARECHI NAFSHI ET A-DO-NAI. A-DO-NAI E-LO-HAI GADALTA
MEOD, HOD VEHADAR LAVASHTA. OTÉ OR CASSALMÁ, NOTÉ
SHAMAYIM CAYERIA.

(Salmos CIV:1-2)

"Abençoe, ó minha alma, ao Senhor. Ó Senhor, meu D’us. Tu és


magnificamente exaltado. Tu Te vestiste de majestade e esplendor.
Tu Te envolves de luz como um manto. Tu expandes os céus como
uma cortina."

Depois abre-se o talit completamente. Antes de se envolver no talit,


recita-se a seguinte berachá:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM ASHER


KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU LEHIT ‘ATÊF
BETSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos


santificou com Seus mandamentos e nos ordenou envolver-se em
tsitsit."

Após a berachá cobre-se a cabeça até (inclusive) os olhos com o talit


permanecendo assim (por um curto espaço de tempo) envolvido à
moda árabe, tomando as duas extremidades do lado direito e
jogando-as ao ombro esquerdo (por trás). Enquanto envolto no talit
recitam-se os seguintes versos:

MA YACAR CHASDECHÁ E-LO-HIM, UVENEI ADAM BETSEL.


KENAFECHÁ YECHESSAYUN. YIRVEYUN MIDESHEN BETECHA,
VENACHAL ADANECHA TASHKÊM, KI IMECHÁ MECOR CHAYIM,
BEORECHÁ NIR‘É OR. MESHOCH CHASDECHÁ LEVODEECHÁ,
VETSIDCATÊCHA LEYISHREI LEV.
(Salmos XXXVI:8-11)

"Como é preciosa Tua bondade, ó D’us; os filhos dos homens se


refugiam na sombra de Tuas asas. Eles se saciarão com a delícia de
Tua Casa e Tu lhes darás de beber do rio da Tua bem-aventurança.
Pois Contigo está a Fonte da Vida, na Tua Luz veremos luz. Concede
Tua Bondade para Teus conhecedores e Tua Justiça para os de
coração reto."

Durante as orações é nosso costume permanecer com o talit cobrindo


a cabeça.

Coisas Judaicas às terça-feira, junho 05, 2018

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