A Criança Interior e Os Seus Arquétipos PDF
A Criança Interior e Os Seus Arquétipos PDF
A Criança Interior e Os Seus Arquétipos PDF
"Em todo adulto espreita uma criança - uma criança eterna, algo que está
sempre vindo a ser, que nunca está completo, e que solicita, atenção e
educação incessantes. Essa é a parte da personalidade humana que quer
desenvolver-se e tornar-se completa"
Carl Gustav Jung (1875-196)
Antes de eu falar sobre o que é ser criança, gostaria de trazer para você
informações sobre o período da infância. A infância é um período que vai
desde o nascimento até em torno dos 12 anos de idade. Este momento da
nossa vida é marcado com um grande desenvolvimento físico e psicológico,
envolvendo fortes mudanças no desenvolvimento da sua personalidade. O
desenvolvimento da criança implica uma serie de aprendizagens que serão
essenciais para a sua formação mais tarde, como adulto. Nos primeiros anos
de vida, a criança deve ser estimulada para despertar os seus sentidos e a fala
(linguagem). Com o passar do tempo, a criança vai aprimorando sua
capacidade de se comunicar e é introduzida na escola, onde ela vai assimilar
os valores culturais. A concepção de criança é construída pela cultura, ou seja,
ela é socialmente determinada pelo ambiente em que vive, pois precisa
exprimir as aspirações da sociedade e dos adultos a sua volta. Portanto, o seu
responsável que ira legitima-la como um individuo na sociedade. As crianças
são muito receptivas as influencias do seu meio. Da mesma forma, que a
criança transforma as relações a sua volta, ela se modifica em contato com o
ambiente. Não sei se todos sabem, mas por curiosidade o sentimento da
infância é recente na história e o seu aparecimento ocorre em meados do
século XIX. Mas o que chama mais atenção é que os Direitos Internacionais da
criança e do adolescente, foram proclamados pelas Nações Unidas na década
de 1950, a Constituição Federal em 1988 e o ECA somente em 1990, onde o
Estado assumiu a responsabilidade pelos desvalidos e reconheceu a criança e
o adolescente como sujeitos de direitos.
Mas o que é ser criança ? Para explicar o que é ser criança encontrei um
poema longo num site e eu achei que ele expressa muito o tema do nosso
artigo. Eu não coloquei ele todo porque é muito extenso, mas para quem
estiver interessado em ler inteiro, segue abaixo a referência.
O site é: http://saltitandocomaspalavras.blogspot.fr
Acredito que a nossa criança interior é que guarda a verdadeira voz do nosso
espirito, que é aquilo que a nossa alma deseja seguir como caminho de vida!!!!
O que é arquétipo ?
Os arquétipos são imagens primordiais ou imagens psíquicas do nosso
inconsciente coletivo. O inconsciente coletivo é a parte do inconsciente
individual que resulta da experiência ancestral da espécie, ou seja, ele contém
material psíquico que não provêm da experiência pessoal. Os conteúdos
psíquicos do inconsciente são os arquétipos, que possui uma forma de
pensamento universal com muita carga afetiva. Os arquétipos são
determinantes inatos da nossa vida mental e eles são originados através de
repetições de uma mesma experiência durante muitas gerações. Dessa forma,
pode-se dizer que os arquétipos são heranças genéticas dos nossos
ancestrais, que pertenceram a uma determinada civilização ou povo que
passaram pelas mesmas experiências. Isto nos leva de forma inconsciente a
comportar-se de modo semelhante aos ancestrais quando devemos enfrentar
situações similares. A experiência arquetípica vai se realizar através da
emoção sentida quando atravessamos acontecimentos importantes na nossa
vida, como por exemplo, um casamento, nascimento de filho, morte etc. Jung
foi um dos primeiros psiquiatras a investigar profundamente as produções
artísticas em todas as partes do mundo e durante as suas pesquisas ele
percebeu que muitas pinturas, lendas, contos etc., repetiam os mesmos
símbolos (lembrando que os símbolos são algo dinâmico e vivo, que vai além
do consciente), ou seja, possuíam arquétipos comuns. Estou explicando de
forma objetiva o que é arquétipo, porque a infância é um período muito
importante na vida de todos nos e também possui os seus arquétipos, como
veremos a seguir.
Os arquétipos da criança
A criança divina diz respeito ao eixo central que, tendo uma origem narcísica,
permite a coesão do self. Trata-se de uma representação do “sopro divino”, de
uma integração com a natureza, de um saber direto, intuitivo". (Carl Jung)
Seu papel é despertar o reino de Deus dentro de nos, nos levando a um estado
de consciência mais amplo. A criança Sagrada, brinca, tem alegria e
espontaneidade , ou seja, é a manifestação do eu superior (a essência maior
que ha dentro de nos). Talvez seja por isso, que Jesus dizia : « - Deixai as
crianças virem a mim, porque a elas pertencem o reino de Deus ».
Criança Órfã: esta relacionada ao sentimento das pessoas que não se sentem
como parte sua própria família. Dessa forma, inconscientemente a pessoa
acaba desenvolvendo uma independência muito jovem. O seu aspecto
negativo faz com que a pessoa guarde dentro da sua alma o sentimento de
abandono, rejeição e muitas vezes acaba buscando outras famílias para
experimentar o sentimento de união familiar. Ao entra em contato com a
criança órfã, a pessoa ira ter um ganho de consciência está em constatar que
curar essas feridas requer amadurecimento e assumir a vida adulta,
estabelecendo relações maduras.
Como nos já vimos acima, agora podemos compreender melhor que dentro de
cada um de nos, existe uma criança interior. Essa criança interior nada mais é
a criança que fomos um dia. Ela vai nos acompanhar durante todo o percurso
da nossa vida e influenciar em nossa decisões e comportamentos no nosso
cotidiano. Mesmo que tenhamos atingido a idade adulta, alguns dos nosso
comportamentos continuam sendo exatamente iguais quando éramos crianças.
A criança interior nada mais é que o nosso verdadeiro EU, aquele eu bem
profundo dentro da gente que corresponde a nossa verdadeira essência. Nossa
verdadeira essência aparece quando fazemos coisas que nos da prazer e nos
fazem bem. Quando passamos por situações de muita violência na infância,
pode-se acarretaram prejuízos na vida adulta. Por isso, é importante
conversarmos com a nossa criança interior e ajudá-la a compreender e a
racionalizar a situações difíceis que ela teve que enfrentar, para que assim ela
possa desapegar-se desses traumas alojados no seu coração. Acho importante
acolhemos todas as partes da nossa criança interior, tudo o que ela traz, tanto
suas tendências boas como ruins, para que assim estejamos livres para
encontrar e melhor ainda, expressar a nossa verdadeira essência que existe
dentro de nos. Quando a criança interior esta desperta em nos de forma
saudável ela nos traz coragem, entusiasmo e equilíbrio. Assim sendo, podemos
também nos tornarmos mais capazes de transmitir amor a nossa volta e a
nossa família.