Cadernos de Apoio e Aprendizagem: Lingua Portuguesa
Cadernos de Apoio e Aprendizagem: Lingua Portuguesa
Cadernos de apoio
e aprendizagem
LINGUA PORTUGUESA
o
8
ano
Edição revisada e atualizada
2014
Prefeitura da Cidade de São Paulo
Prefeito
Fernando Haddad
Equipe de Revisão
Equipe DOT - Ensino Fundamental e Médio
Cristhiane de Souza, Humberto Luis de Jesus, Ione Aparecida
Cardoso Oliveira, Kátia Cristina Lima Santana, Leila de Cássia
José Mendes da Silva
Equipe Núcleo de Avaliação Educacional
André Marchesini Gabrielli, Daniel Fabri Bagatini, Fernando
Gonsales, Marcela Cristina Evaristo, Márcia Martins Castaldo
Equipe de Editorial
Coordenadora do Centro de Multimeios
Magaly Ivanov
Equipe de Artes Gráficas / Centro de Multimeios
Ana Rita da Costa, Katia Marinho Hembik, Magda Perez Avilez
CTP, impressão e acabamento:
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Carta aos educadores e às famílias
LINGUA PORTUGUESA
o
8
ano
2ª linha:
CEU EMEF Três Pontes - 2013 - Foto: Ana Karla Chaves Muner
EMEF Dr. Antonio Carlos Abreu Sodré - 2010 - Foto: Lilian Borges
CEU EMEF Cândida Dora Pino Petrini - 2012 - Foto: Vivian Lins
CECI Tenondé Porã - 2010 - Foto: Lilian Borges
CEU EMEF Hermes Ferreira de Souza - 2012 - Foto: Vivian Lins
EMEF Profª Maria Berenice dos Santos - 2010 - Foto: Neila Gomes
Produção coletiva.
O livro do professor está disponível no portal da Secretaria Municipal de Edu-
cação de São Paulo.
A 1ª edição desta obra, Cadernos de Apoio e Aprendizagem – Matemática e
Língua Portuguesa, foi organizada pela Fundação Padre Anchieta e produzida com a
supervisão e orientação pedagógica da Divisão de Orientação Técnica da Secretaria
Municipal de Educação de São Paulo.
Unidade 2 – D
o lirismo à crítica social: a crônica nossa
de todo dia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
atividade 1 Flashes da história da crônica no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
atividade 2 A vida dá crônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
atividade 3 A crônica da vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119
atividade 4 Diferentes perspectivas, crônicas diversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
atividade 5 A crônica e o jornal: retomando uma relação íntima. . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
atividade 6 De olho na vida: escolhendo o tema para uma crônica. . . . . . . . . . . . . . . . 146
atividade 7 Escrevendo uma crônica para o livro da turma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
atividade 8 Escolhendo uma crônica e montando o livro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
Unidade 3 – C
onsultando verbetes para aprender
sobre o mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
Atividade 1 Comparando verbetes de enciclopédia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Atividade 2 Divulgando o conhecimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166
Atividade 3 Discutindo os verbetes temáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
Atividade 4 Produzindo verbetes temáticos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
Atividade 5 Expondo o verbete para todos! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Unidade 4 – Poemas para ver e ouvir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179
Atividade 1 Apreciando poemas visuais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
Atividade 2 Primeiras brincadeiras com palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184
Atividade 3 Poucas palavras: seis poemas ainda mais visuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185
Atividade 4 Poemas quase visuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
Atividade 5 Conhecendo as origens da poesia visual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 194
Atividade 6 O que aprendemos sobre a poesia visual?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
Atividade 7 Provérbios visuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
Atividade 8 Meu poema visual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
Atividade 9 Que movimento é esse? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
Atividade 10 Manos e minas do hip hop. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
Atividade 11 Compondo um rap. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209
Atividade 12 Apresentação hip hop. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211
Unidade 5 – V
ida social, pública e política:
para que servem os estatutos? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
Atividade 1 Código de Defesa do Consumidor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216
Atividade 2 Estatuto da Criança e do Adolescente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
Atividade 3 Declaração Universal dos Direitos Humanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
Atividade 4 Debate regrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
Unidade 1
Spacca
Spacca
Quem paga
a conta?
3. Produzir um jornal impresso ou de TV ou
rádio custa dinheiro: todos os que trabalham
nos jornais recebem salário, trabalham com
equipamentos que precisam ser
constantemente atualizados etc. Isso sem falar
no preço do papel, da eletricidade e em outros
gastos. Quem financia tudo isso no caso do
jornal, impresso ou eletrônico?
Ricardo Azoury/Pulsar Imagens
Agora, vamos ver algumas mudanças nos jornais ao longo dos anos. Muitas
tiveram a intenção de atrair mais leitores.
●●
●● Lettras e Artes
c – 17 OU
grande ab
DIÁRIO Do
LANCE! – 20 NOV. 2006
. 2009
11 ago
o–5a
ALÚrgic
DO MET
Cada tipo de jornal procura apresentar o que é de interesse de seu público JORNAL
leitor. Mas há, também, outra forma de distinguir os jornais: pelo modo como
noticiam os fatos. A maneira escolhida pode nos informar se esse jornal é do
tipo informativo, investigativo ou sensacionalista.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua
portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
Quem é o provável público leitor desse jornal? Que pistas nos permitem
perceber isso?
Texto 1
“Escolha técnica” não valeu para cidades-sedes
da Copa 2014
Rodrigo Mattos
da Folha de S.Paulo, enviado especial a Nassau
A escolha das sedes brasileiras para a Copa 2014 foi puramente técnica. Era
o que repetiam os dirigentes da Fifa e da CBF após anunciar Belo Horizonte,
Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife,
Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo para receber o Mundial.
Mas, na prática, o relatório técnico de inspetores da Fifa Cartola: forma coloquial
foi apenas o ponto de partida, que fez o primeiro corte da linguagem do
futebol. Refere-se aos
e apenas definiu as nove mais bem preparadas. Havia dirigentes dos clubes,
dúvida da Fifa sobre as últimas três vagas, que foram grêmios e associações,
definidas pelo deslumbre de cartolas, política e até por ou seja, cargos
relacionados ao poder.
erros das campanhas.
“Foi difícil a definição de três. Duas estavam definitivamente fora.
Outras nove já eram garantidas. Então, tínhamos seis para três vagas.
Essas seis tinham condições de ser sede”, afirmou o secretário-geral da
Fifa, Jerome Valcke.
Texto 2
Texto 3
Copa 2014
Adoro futebol! Nem por isso concordo com o investimento astronômico
que será feito em Manaus (assim como no restante do país) para sediar
a Copa 2014. Fico pensando: será que todo esse dinheiro não seria mais
bem aplicado se se pudesse construir mais escolas e hospitais, investir no
atendimento à saúde da população, melhorar a vida dos trabalhadores?! É,
mas isso deve ser muito entediante. Melhor mesmo é gritar “Gol!” (ou não!)
– ainda que seja sentado no sofá e em frente à TV, já que o preço do ingresso
a R$ 150,00 não vai possibilitar a participação da maioria dos brasileiros!
Maria Elizabete Salomão (Manaus – AM)
Copa 2014
Os pessimistas que me perdoem! Mas criticar o investimento público e o
uso político que se fará em Natal e no Brasil para sediar os jogos da Copa
2014 é ignorar a contrapartida financeira e a visibilidade internacional
que Natal (e o restante do país) terá com a realização desse evento. Dá
para imaginar os ganhos do setor turístico? Essas são oportunidades que
não se pode perder!
José Augusto Campos (Mossoró – RN)
Texto 5
Duke
Texto 6
Angeli
João Marcos
b) Agora, responda: O que esses sete textos têm em comum? Qual é o texto
principal do qual todos os outros foram criados?
Ivan Cabral
André Marangoni/www.crabjelly.com
Arquivo/AE
jornalista poderia colocar no papel. A
audiência das TVs que transmitiram
o incêndio foi enorme. Poderíamos pensar que, no dia seguinte, quase
ninguém se interessaria por ler sobre a tragédia no jornal, uma vez que já
sabiam do fato e tinham tido a oportunidade de acompanhar tudo pela
TV. Mas, ao contrário, no dia seguinte ao incêndio, todos os jornais da
cidade esgotaram sua tiragem e, no fim de semana seguinte, as revistas
que traziam reportagens sobre o incêndio também tiveram sua tiragem
aumentada.
ROSSI, Clóvis O que é jornalismo? São Paulo: Brasiliense, 1980.
Talvez seja um choque para você, mas o “real time” não nasceu com a
Internet...
Quando o avião se chocou contra a primeira torre, Elisa estava trabalhando
em casa, a tevê ligada. A programação foi interrompida e a bióloga girou a
cadeira, ainda sem entender o fogaréu que saía do World Trade Center. Ficou
alguns segundos apática, até que pulou de supetão e soltou um berro:
— Credo!
Neste mesmo instante, seu filho Joca acessava, no quarto,
Bruno Rodrigues
todos os sites noticiosos que podia, em busca de qualquer é professor de
nova informação. Foi então que o outro avião arrebentou webwriting e
com a segunda torre. Os dedos pararam no teclado, e ele editor do site
Petrobras.
sussurrou alguma coisa que parecia ser...
a) Quem é capaz de dar a notícia assim que ela acontece? Por quê?
Sim
Presença de
chamadas e
títulos
Som
Presença de som
e imagem
Mediano
Grau de (dependendo
detalhamento/
profundidade na
da relevância
disponibilização do tema, pode
ser grande).
Recursos usados
Fato relatado Observações
(imagens, entrevistas etc.)
Notícia 1
Notícia 2
Notícia 3
Notícia 4
Notícia 5
Notícia 6
7. Depois de ver tantos telejornais, vocês vão encenar um. Pode ser um telejornal
informativo ou uma paródia de um noticiário de TV. Cada grupo, de quatro a
cinco alunos, deverá escolher três ou quatro notícias curtas. Possibilidades:
a) Notícias estranhas ou bizarras
b) Notícias da escola
c) Notícias da semana
Dois alunos do grupo serão os apresentadores do telejornal. Simulem os
apresentadores que, em geral, “dividem” a leitura de uma notícia para
conferir mais agilidade ao jornal. As notícias deverão ter uma chamada
(“título/manchete”), um lide e mais dois ou três parágrafos de detalhamento
dos fatos. Se quiserem incrementar o telejornal, chamem repórteres “em
campo” (os outros colegas do grupo) que darão mais detalhes sobre a notícia
(um aluno pode se fazer passar por um entrevistado envolvido nos fatos).
Folha online/folhapress
As principais agências de notícias Blog ou blogue são sites que permitem rápidas atualizações
estão localizadas nos países centrais pelos seus usuários. Podem ser mantidos por uma ou mais
pessoas. Os blogs têm temas dos mais variados tipos. Quem
e relatam os fatos de seu ponto
define o tema, assim como o que será postado no blog, é seu
de vista. Muito do que sabemos moderador, ou “blogueiro”.
sobre, por exemplo, uma guerra Os blogs pessoais, em geral, tratam daquilo que o
seu moderador gosta ou curte, geralmente nas áreas de
no Oriente Médio, é pelos “olhos” cultura, lazer e entretenimento, podendo também falar de
dessas agências. Para conhecermos política, economia, fatos cotidianos etc. Há também outro
tipo de blog, o jornalístico, que trata especificamente das
outros pontos de vista, precisamos notícias que estão circulando no momento. Diferentemente
ser proativos. A busca por blogs, de um jornal online, o blog tende a ser mais opinativo; seu
moderador, além de dar a notícia, tece comentários sobre
twitters ou sites de ONG ou outras ela, diz se é contra ou a favor e pode até abrir um espaço
organizações pode ajudar, pois para fóruns de discussão entre seus visitantes.
a) uma fábrica de tecidos ao lado de sua escola pegou fogo durante a noite,
mas ninguém ficou ferido (só assustado);
b) os bombeiros só foram acionados meia hora após o princípio do
incêndio e o fogo se alastrou para construções vizinhas, atingindo uma
loja, o depósito e o muro da escola;
c) segundo a perícia, o alarme de incêndio do prédio estava quebrado e
parte dos extintores estava com a data de validade vencida;
d) de acordo com testemunhas que passavam pelo local, o vigia do prédio,
Epaminondas da Silva, estava dormindo em sua guarita quando o fogo
começou no 2o andar;
2. Atividade adaptada de BARBOSA, Jacqueline Peixoto. Notícias. São Paulo: FTD, 2001.
FAMÍLIAS DO
PALACE 2 TÊM DE SAIR DE HOTÉIS
(Folha de S.Paulo, 17/4/1998)
b) Agora, leia uma notícia publicada dez anos depois para ver o que
aconteceu com esses moradores. Você diria que superaram esse
acidente?
B) FATOS: Uma aluna da Uniban que vestia uma minissaia curta foi
agredida verbalmente por alunos, tendo de sair da universidade escoltada
pela polícia.
A primeira página
É a vitrine do jornal. Sua “carta de apresentação”. Mais do que qualquer outra
página, deve convidar à leitura. Vamos analisar algumas primeiras páginas.
. 2009
ora, 26 set
Jornal Ag
3. Atividade adaptada de BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Notícias. São Paulo: FTD, 2001.
4. Sequência de eventos retirada de LAGE, Nilson. Estrutura da notícia. São Paulo: Ática, 1983.
2o parágrafo:
3o parágrafo:
4o parágrafo:
Soubemos que o cantor Michael Jackson, 50, morreu após sofrer parada
cardíaca na sua casa em Los Angeles (EUA). Nosso correspondente nos
informou que o anúncio da morte foi feito às 14h26 locais (18h26 de
Brasília) pelo Centro Médico da Universidade da Califórnia, para onde ele
foi levado, em coma profundo, depois de ser encontrado por paramédicos
dos bombeiros sem sinais de pulso ou respiração.
Até a conclusão desta edição, não tivemos acesso às causas, só soubemos
que Brian Oxman, advogado ligado aos Jackson, disse que ele teria
problemas com uso excessivo de remédios vendidos sob receita médica.
●● Que diferenças você nota? Por que as notícias não são escritas desse
modo? Converse com a turma sobre isso.
O uso de declarações
4. Muitas vezes, uma notícia inclui o que alguém envolvido com o fato
relatado disse. Assim, podemos ter algo como no trecho abaixo:
“Para nós, a lei foi um grande problema. 14 artigos dificultam a
regulamentação de uma rádio comunitária na periferia”, completa a
coordenadora.
Num ritual repetido quase todos os fi- crença de que o ato de levar livros a
nais de semana da década passada em pessoas que não os têm poderia, de
La Gloria, região da Colômbia fatigada alguma forma, melhorar esta região
pela guerra, Luis Soriano reuniu seus empobrecida – e talvez a Colômbia.
dois burros, Alfa e Beto, na frente de Ao fazer isso, Soriano emergiu como
sua casa numa recente tarde de sábado. o mais conhecido residente de La Glo-
Já transpirando sob o implacável sol, ria, uma cidade que se sente isolada
ele amarrou nas costas dos animais bol- dos ritmos do mundo maior. Soriano
sas com a palavra “Biblioburro” pintada nunca saiu da Colômbia – mas se man-
em letras azuis, e as encheu com uma tém dedicado a trazer a seu povo um
eclética carga de livros destinados aos toque do mundo externo. Seu projeto
habitantes das pequenas vilas mais ganhou a aprovação de especialistas
além. [...] em alfabetização do país e é o assunto
“Comecei com 70 livros, e agora tenho de um novo documentário do cineasta
uma coleção com mais de 4.800”, disse colombiano Carlos Rendon Zipaguata.
Soriano, 36 anos, professor de escola pri-
mária que vive aqui numa pequena casa
com sua esposa, seus três filhos, e livros
empilhados até o teto.
“Tudo começou como uma necessida-
de; então se tornou uma obrigação; e
depois disso, um hábito”, explicou ele,
scott dalton/The New York Times
O sentido geral das frases é o mesmo? Qual das duas formulações é mais
adequada para uma notícia? Por quê?
Filipe Araújo/AE
a) Nessa reportagem o que essas fotos podem ilustrar? O que poderia ser
feito para minimizar o problema do trânsito?
Kim Kyung-Hoon/Reuters
empurrar vigorosamente os passageiros
vagão adentro. Tudo para manter a
eficiência no atendimento à população.
Sem atrasos, sem demora. [...]
O desconforto de viajar colado ao corpo de estranhos é compensado
não só pela pontualidade, mas também pela organização e abrangência
da rede. São 283 estações e 292 quilômetros de linhas, cinco vezes a
extensão do metrô de São Paulo. Graças a isso, a maioria dos habitantes
da Região Metropolitana abre mão do veículo próprio. Segundo o último
relatório anual do Governo Metropolitano de Tóquio, de 2006, o número
de passageiros do sistema, que inclui ônibus, metrô, trens de superfície
e bondes, chega a 43 milhões por dia – ele supera o da população total
porque as pessoas fazem mais de uma viagem diariamente. Desse total,
66% utilizaram os 7,5 mil km de linhas de trens metropolitanos. [...]
O investimento em transporte de massa foi a saída encontrada pelas
autoridades para que Tóquio suportasse a explosão populacional. [...]