Introducao A Engenharia PDF
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Introdução à
Engenharia
Apresentação
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Introdução à Engenha-
ria, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autô-
nomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as)
uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................... 5
1 O ENGENHEIRO........................................................................................................................................... 7
1.1 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................11
1.2 Atividades Propostas....................................................................................................................................................12
3 PRODUTIVIDADE.....................................................................................................................................19
3.1 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................24
3.2 Atividades Propostas....................................................................................................................................................24
6 COMUNICAÇÃO........................................................................................................................................35
6.1 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................37
6.2 Atividades Propostas....................................................................................................................................................37
7 CRIATIVIDADE............................................................................................................................................39
7.1 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................40
7.2 Atividades Propostas....................................................................................................................................................40
8 OTIMIZAÇÃO...............................................................................................................................................41
8.1 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................45
8.2 Atividades Propostas....................................................................................................................................................45
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................51
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS.........................................53
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................................57
ANEXO..................................................................................................................................................................59
INTRODUÇÃO
Esta apostila tem o objetivo de introduzir o(a) aluno(a) no mundo da engenharia. Todos nós conhe-
cemos algum engenheiro, mas raramente conhecemos as competências e habilidades que formaram
esse engenheiro. Nesta apostila, estudaremos o engenheiro de produção e o engenheiro ambiental, seu
comportamento, suas atribuições, suas áreas de atuação e o mercado de trabalho.
Também estudaremos o Sistema Internacional de Unidades (SI), sua importância e abrangência;
aprenderemos o conceito de produtividade e a aplicação prática nas empresas; veremos as boas práticas
na construção de tabelas e gráficos, ferramentas tão importantes no dia a dia do engenheiro; faremos
menção ao projeto, início de tudo na engenharia; entraremos no tema comunicação para engenheiros,
cuja necessidade de aprimoramento muitas vezes passa despercebida; abordaremos a criatividade, que
precisa ser muito aguçada e desenvolvida nesses profissionais; e, por fim, mas não menos importante
por isso, consideraremos a consciência ambiental e a sustentabilidade, tão comentadas nos dias de hoje,
mas que, para que tomem lugar efetivo na vida do engenheiro, precisam ser discutidas desde o primeiro
dia de aula.
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1 O ENGENHEIRO
Basta olhar ao redor para vermos a importân- Depois de definir o engenheiro, temos que
cia dos engenheiros. Nossas roupas foram fabrica- definir engenharia e, para isso, vamos ao dicioná-
das em máquinas desenvolvidas por engenheiros. rio: “Aplicação de conhecimentos científicos e em-
Nosso relógio, nosso telefone celular, o computa- píricos, e certas habilitações específicas, à criação
dor, enfim, quase tudo que temos ou usamos, in- de estruturas, dispositivos e processos para con-
clusive a energia elétrica e as lâmpadas que estão verter recursos naturais em formas adequadas ao
nos iluminando, foi desenvolvido, projetado e exe- atendimento das necessidades humanas.” (FERREI-
cutado por engenheiros. RA, 2000, p. 267).
Você sabe o que as personalidades a seguir, De acordo com Bazzo e Pereira (2008), as atri-
com sobrenomes famosos, têm em comum? buições legais de um engenheiro, dentro de suas
Yasser Arafat, Alexandre Gustave Eiffel, Osa- competências técnicas legais, são:
ma Bin Laden, Boris Yeltsin, Henry Laurence Gantt, administrar;
Henry Ford, Alfred Hitchcock, Karl Benz, Jimmy Car- analisar;
ter, Joseph Bombardier, Jacques Cousteau, Rudolf assessorar;
Diesel, Ferdinand Porsche, Alexander Graham Bell, avaliar;
Scott Adams, Edwin Armstrong, Rowan Atkinson,
construir;
Ray Dolby, Michael Bloomberg, Thomas Edison,
William Hewlett, David Packard, Guglielmo Mar- consultar;
coni, Arthur Nielsen, Nikola Tesla e George Westin- controlar;
ghouse são engenheiros! desenvolver;
Todos nós também conhecemos algum en- dirigir;
genheiro, no círculo de amigos, na empresa, na vi- emitir parecer;
zinhança ou até remotamente, pela televisão, mas
ensinar;
vamos agora definir o engenheiro. Segundo Holt-
ensaiar;
zapple e Reece (2006, p. 1),
especificar;
engenheiros são indivíduos que combi- estudar;
nam conhecimentos da ciência, da mate- executar;
mática e da economia para solucionar pro-
blemas técnicos com os quais a sociedade experimentar;
se depara. É o conhecimento prático que fiscalizar;
distingue os engenheiros dos cientistas,
que também são mestres da ciência e da gerenciar;
matemática. Essa ênfase na praticidade foi manter;
eloqüentemente relatada pelo engenhei-
operar;
ro A. M. Wellington (1847-1895) que des-
creveu a engenharia como ‘a arte de fazer pesquisar;
bem, com um dólar, aquilo que qualquer planejar;
outro pode fazer com dois’.
produzir;
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Esses números indicam, como atestou ele, a carên- as assimetrias competitivas sem esses profissionais
cia na formação de engenheiros para que induzam e sem educação.” (FNE, 2009).
e contribuam para o desenvolvimento nacional. Para corroborar com nossas definições, o Mi-
Nesse mesmo congresso, o deputado federal Ciro nistério da Educação (MEC) ainda dispõe em seu
Gomes discursou sobre a conjuntura e os enge- sítio na internet os referenciais nacionais para os
nheiros e disse: “Esta é uma nação por fazer e fal- cursos de engenharia, assim dispostos:
tam engenheiros para tanto. Não há como superar
PERFIL DO EGRESSO
ÁREAS DE ATUAÇÃO
O Engenheiro de Produção é habilitado para trabalhar em empresas de manufatura dos mais diversos
setores, como metalúrgica, mecânica, química, construção civil, eletroeletrônica, agroindústria; em
organizações de prestação de serviços, como bancos, empresas de comércio, instituições de pesquisa
e ensino e órgãos governamentais.
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PERFIL DO EGRESSO
ÁREAS DE ATUAÇÃO
Dicionário
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, abordamos a importância dos engenheiros para o dia a dia da
sociedade. Citamos as atribuições legais que esse profissional precisa ter e desenvolver, tais como: admi-
nistrar, assessorar, controlar e vistoriar.
As competências e habilitações do engenheiro de Produção e Ambiental também foram mencio-
nadas, pois hoje esses profissionais ocupam uma posição estratégica na empresa ou instituição que es-
tão inseridos.
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1. A formação atual de um engenheiro exige novas dimensões de conhecimento. Quais são elas?
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2 SISTEMAS INTERNACIONAL DE UNIDADES
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, o obje- sim foi criado o Sistema Métrico Decimal,
tivo é apresentar o Sistema Internacional de Uni- constituído inicialmente de três unidades
básicas: o metro, que deu nome ao siste-
dades (SI) e como devemos realizar a conversão de
ma, o litro e o quilograma. (posteriormen-
maneira correta. te, esse sistema seria substituído pelo Sis-
Muitos livros e sítios da internet apresentam tema Internacional de Unidades – SI)
esses materiais e alguns sítios, inclusive, já fazem O Sistema Internacional de Unidades – SI
o cálculo da conversão automaticamente, on-line, foi sancionado em 1960 pela Conferên-
cia Geral de Pesos e Medidas e constitui
como, por exemplo, o sítio do Instituto de Pesos
a expressão moderna e atualizada do an-
e Medidas (IPEM) de São Paulo, cujo endereço é tigo Sistema Métrico Decimal, ampliado
http://www.ipem.sp.gov.br/5mt/cv2/index.htm. de modo a abranger os diversos tipos de
Para vender ou comprar algo, para fazer uma grandezas físicas, compreendendo não
somente as medições que ordinariamen-
deliciosa comida, para fabricar um bem ou cons- te interessam ao comércio e à indústria
truir um prédio, temos a necessidade de medidas. (domínio da metrologia legal), mas esten-
Por exemplo, compramos açúcar por quilograma, dendo-se completamente a tudo o que diz
gasolina por litro, numa determinada receita usa- respeito à ciência da medição.
mos 250 mililitros de água, numa construção utili- O Brasil adotou o Sistema Internacional de
Unidades – SI em 1962. A Resolução nº 12
zamos 100 metros de barras de ferro etc.
de 1988 do Conselho Nacional de Metro-
A necessidade de medir é muito grande e an- logia, Normalização e Qualidade Industrial
tiga e acompanha o homem desde a sua origem. – CONMETRO ratificou a adoção do SI no
Por muito tempo, cada região teve seu próprio sis- País e tornou seu uso obrigatório em todo
o território nacional.
tema de medidas, diferente dos outros, o que oca-
sionava muitos transtornos, inclusive na hora do
comércio entre as nações. No SI, temos duas classes de unidades: as uni-
Para resolver esses impasses, era necessário dades de base e as unidades derivadas. A divisão
converter uma medida em outra e também era das unidades nessas duas classes é arbitrária, por-
muito importante converter uma moeda em outra, que não é uma imposição da física.
para que os negócios pudessem ser fechados. Em De acordo com o Instituto Nacional de Me-
muitos países, inclusive no Brasil dos tempos do trologia, Normalização e Qualidade Industrial (IN-
Império, a instituição que cuidava da moeda tam- METRO, 2007), a Conferência Geral de Pesos e Me-
bém cuidava do sistema de medidas. didas, levando em consideração as vantagens de
O IPEM (2010) relata o seguinte em seu sítio adotar um tema prático único para ser utilizado
na internet sobre a origem do SI: mundialmente nas relações internacionais, no en-
sino e no trabalho científico, decidiu basear o SI em
Em 1789, numa tentativa de resolver esse sete unidades, consideradas independentes sob o
problema, o Governo francês pediu à Aca- ponto de vista dimensional: o metro, o quilograma,
demia de Ciência da França que criasse um o segundo, o ampère, o kelvin, o mol e a candela.
sistema de medidas baseado numa ‘cons-
tante natural’, ou seja, não arbitrária. As-
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Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura termodinâmica kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd
Fonte: Inmetro (2007).
A segunda classe de unidades do SI elenca as unidades que podem ser formadas combinando
unidades de base, segundo relações algébricas que interligam as grandezas correspondentes. Conforme
o Inmetro (2007), diversas dessas expressões algébricas, em razão de unidades de base, podem ser subs-
tituídas por nomes e símbolos especiais, o que permite sua utilização na formação de outras unidades
derivadas.
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De acordo com o Inmetro (2007), certas unidades derivadas, que são mencionadas na Tabela 3,
receberam nome especial e símbolo particular, por questões de comodidade. Esses nomes e símbolos
podem ser utilizados para expressar outras unidades derivadas. Os nomes especiais e os símbolos parti-
culares permitem expressar, de maneira mais simples, unidades frequentemente utilizadas.
Tabela 4 – Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares.
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Tabela 5 – Exemplos de unidades SI derivadas, cujos nomes e símbolos compreendem unidades SI derivadas
tendo nomes especiais e símbolos particulares.
Os usuários do SI precisam empregar conjuntamente certas unidades que não fazem parte
dele, mas estão amplamente difundidas. Essas unidades têm papel tão importante que é necessário
conservá-las para uso geral com o SI.
Dicionário
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É necessário admitir, também, algumas outras unidades que não pertencem ao SI, cujo uso é útil
em domínios especializados da pesquisa científica.
Tabela 8 – Unidades fora do SI, em uso com ele, cujo valor em Unidades SI é obtido experimentalmente.
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Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, apresentamos o SI, que é dividido em 2 classes (unidades de
base e derivadas), suas conversões e importâncias que precisam fazer parte do conhecimento técnico do
engenheiro.
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3 PRODUTIVIDADE
A intenção deste capítulo é fazer com que viço. A produtividade é a relação entre a quantida-
você tenha contato com algumas técnicas para re- de ou valor produzido e a quantidade ou valor dos
solução de problemas, comuns aos engenheiros, e insumos utilizados.
entenda o conceito de produtividade.
Segundo Martins e Laugeni (2005), no fim
do século XIX, nos Estados Unidos, surgiram os Atenção
trabalhos de Frederick W. Taylor, pai da Adminis- Produzir mais utilizando menos recursos é
tração Científica. Neles, aparece a sistematização aumentar a produtividade!
do conceito de produtividade, ou seja, a procura
por melhores métodos de trabalho e processos de
produção, com o objetivo de melhorar a produtivi-
dade com o menor custo possível. Esse objetivo é A Figura 1 é uma representação clássica de
perseguido até hoje pelas empresas, mudando-se um sistema de produção.
apenas as técnicas utilizadas. Todo sistema de produção compõe-se de
Inicialmente, vamos observar alguns concei- três elementos básicos: as entradas (também co-
tos importantes, como a diferença de produção nhecidas com inputs), as saídas (também conheci-
e produtividade. A Produção pode ser entendida das como outputs) e as funções de transformação.
como a quantidade produzida de um bem ou ser-
EMPRESA
A E A
M Mão-de-obra N S M
B T A B
I Capital R Í Produtos I
Funções de
E A transformação D E
N Energia D A Serviços N
T A S T
E Outros insumos S E
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As entradas ou inputs são os insumos, ou seja, Dessa forma, pode-se falar da produtividade
o conjunto de todos os recursos necessários, tais do capital, das matérias-primas, da mão de obra e
como: mão de obra, capital, energia elétrica, ma- outros. Em outras palavras, produtividade é pro-
téria-prima, informações e outros. Eles são trans- duzir mais e melhor, em menos tempo e gastando
formados em saídas ou outputs, pelas funções de menos, com foco no lucro e na competitividade.
transformação, como decisões e processos, entre As empresas calculam a sua produtividade
outros fatores. As saídas ou outputs são os produ- de tempos em tempos para avaliar seu desempe-
tos manufaturados, serviços prestados ou informa- nho. Também comparam sua produtividade com a
ções fornecidas. dos concorrentes, para verificar seu nível de com-
As funções de transformação ou função pro- petitividade.
dução são entendidas como um conjunto de ati-
vidades que levam à transformação de um bem
Saiba mais
tangível em outro com maior utilidade e, conse-
quentemente, com mais valor. Qualquer organiza-
ção possui uma função produção, porque produz
“As estatísticas de renda per capita são
algum tipo de bem ou serviço.
usadas para se ter uma ideia grosseira
Portanto, os sistemas de produção são aque- do nível de vida dos habitantes de vários
les que têm por objetivo a fabricação de bens ma- países e da produtividade industrial des-
nufaturados, a prestação de serviços ou o forneci- ses mesmos países.” (SANTIAGO, 2010).
mento de informações.
Em 1950, a Comunidade Econômica Europeia
(CEE) apresentou uma definição formal de produti-
Vamos examinar alguns exemplos de cálculo
vidade como sendo “o quociente obtido pela divi-
de produtividade.
são do produzido por um dos fatores de produção”.
Exemplo 1
Determinar a produtividade parcial da mão de obra de uma empresa que produziu 180.000 tone-
ladas de cimento em um determinado ano, utilizando 150 funcionários, que trabalharam em média 160
horas/mês.
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Solução:
A fórmula da produtividade é:
P = OUTPUT/INPUT
Ou
m ano ano
Em que cortamos mês (m) com mês (m) e sobra H.h/ano como unidade.
Resposta: A produtividade é 0,63 t/h.H, que significa que cada homem trabalhando durante uma hora
produz para a empresa 0,63 tonelada de cimento, em média.
Exemplo 2
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Solução:
INPUT: $500.000,00
unidade
INPUT $500.000,00
Nesse caso, cortamos cifrão com cifrão e temos unidade, ou seja, um número puro, que podemos
transformar em porcentagem, dessa forma:
Exemplo 3
Uma empresa fabricante de alimentos produziu, em 2006, 840.000 toneladas com o emprego de
7.530 colaboradores. Em 2007, sua produção foi de 799.000 toneladas, com o emprego de 6.790 colabo-
radores. Determine as produtividades em 2006 e 2007 e sua variação.
Solução:
Em 2006:
INPUT 7.530 H
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Em 2007:
INPUT 6.790 H
Variação = rP = P depois
P antes
Onde:
111,55
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Prezado(a) aluno(a), neste capítulo apresentamos algumas técnicas para a resolução de problemas
envolvendo o conceito de produtividade.
2. (Fundação Carlos Chagas – 2008 – METRÔ-SP – Analista Trainee) Nos anos de 2006 e de 2007,
respectivamente, a empresa AlfaMetro obteve os seguintes resultados de produção:
3. Um fazendeiro colheu 50.000 dúzias de laranja, em uma área de 12.000m², utilizando 28 fun-
cionários, que trabalharam em média 8 horas por dia, durante 18 dias. Seu vizinho, também
produtor de laranjas, colheu 70.000 dúzias, em uma área de 18.000 m², utilizando 34 funcioná-
rios, que trabalharam em média 9 horas por dia, durante 24 dias. Pergunta-se:
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4 CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS
Todo engenheiro deve saber construir e interpretar tabelas e gráficos, pois são ferramentas valiosas
e muitos dados são apresentados dessa forma. Neste capítulo nosso objetivo é sugerir boas práticas na
construção destes.
Tabelas:
As tabelas devem explicar um determinado evento, ou seja, devem ter significado próprio;
Todas as tabelas devem ter um título e este deve ser autoexplicativo. Nele, podem constar as
unidades de medida que serão utilizadas no corpo da tabela;
O cabeçalho sempre deve ser delimitado por traços horizontais;
Toda tabela deve ter uma fonte, ou seja, quem foi o responsável pelo levantamento dos dados;
Sempre que possível, ordene os dados de colunas e/ou linhas de sua tabela de maneira cres-
cente ou decrescente;
As tabelas devem ter totais de linhas e/ou colunas para que as comparações sejam facilitadas;
Se uma tabela tiver muitas linhas em seu corpo, estas devem estar em cores diferentes, alterna-
das ou com espaçamentos diferentes e alternados, para facilitar a visualização;
As células de uma tabela não devem ficar em branco, por convenção temos:
... Dado desconhecido
– Dado omitido Dicionário
X Dado inexistente
Convenção: acordo, pacto, contrato; conven-
ção verbal. Na linguagem vulgar, aquilo que
está geralmente admitido ou tacitamente con-
tratado; convenções sociais.
Utilize somente as casas decimais necessárias, pois o excesso pode desviar a atenção das com-
parações que realmente são importantes;
Se uma tabela precisar ser dividida em mais páginas, o cabeçalho deve ser repetido em todas
as páginas, com o título apresentado apenas na primeira página.
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Exemplo de tabela:
Gráficos:
Assim como as tabelas, os gráficos devem explicar um determinado evento, ou seja, devem ter
significado próprio;
Todos os gráficos devem ter um título, acima ou abaixo do gráfico, e este deve ser autoexpli-
cativo. Também devem ter escala, para serem interpretados sem necessidade de explicações
adicionais;
Para cada tipo de evento, existe um tipo gráfico mais apropriado. Preste muita atenção na es-
colha do gráfico;
Quando o gráfico tem como base um eixo cartesiano, no eixo das abscissas (x), a escala cresce
da esquerda para direita e deve ser escrita embaixo do eixo; no eixo das ordenadas, a escala
cresce de baixo para cima e deve ser escrita à esquerda do eixo. Em ambos, devem estar inclu-
sas as unidades de medida e podem ser utilizadas setas para indicar essa orientação. A escala
deve ser iniciada em zero, mas, quando esta estiver deslocada, devemos fazer uma indicação
de “quebra” nos eixos para mostrar esse deslocamento;
As escalas dos eixos são muito importantes para não distorcer as informações que se pretende
transmitir. Para comparar as informações de dois os mais gráficos, devemos utilizar a mesma
escala;
Sempre que necessário, inclua uma legenda para facilitar o entendimento do gráfico;
Todo gráfico deve ter uma fonte, ou seja, quem foi o responsável pelo levantamento dos dados,
exibido no seu rodapé.
Atenção
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1. Gráfico de linhas: deve ser utilizado para mostrar evolução ou tendências nos dados no mes-
mo intervalo de tempo;
Fonte: Fictícia
2. Gráfico de colunas ou barras: deve ser utilizado para demonstrar as alterações de dados em
um período de tempo ou representar comparações entre dados. No gráfico de colunas, as
categorias são organizadas na horizontal e os valores são distribuídos na vertical, para enfati-
zar as variações ao longo do tempo. Os gráficos de barras são semelhantes, mas, ao invés de
colunas (verticais), temos barras (horizontais); estes melhor representam comparações entre
dados individuais;
Fonte: Fictícia
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Fonte: CETESB
3. Gráfico circular: também chamado gráfico de pizza, por sua forma característica, esse gráfico
serve para mostrar o tamanho proporcional de itens que constituem uma série de dados e é
muito útil quando você deseja dar ênfase a um dado em relação aos outros.
Fonte: Fictícia
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Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, mostramos alguns exemplos de tabelas e gráficos que o enge-
nheiro deve saber construir e interpretar, dando o significado correto do que está sendo representado.
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CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE
5 PROJETOS
Caro(a) aluno(a), transformar uma ideia em algo tangível depende de um projeto. Essa transfor-
mação do imaginário em real, para satisfazer alguma necessidade humana, é o que move a engenharia.
Neste capítulo, iremos apresentar alguns conceitos de desenvolvimento de projetos, sem a menor
pretensão de esgotar o assunto, que será tratado em outras disciplinas do curso, mas nosso objetivo é
instigar os(as) alunos(as) ao estudo de projetos.
De acordo com Holtzapple e Reece (2006), o método de projeto de engenharia contém os seguin-
tes elementos:
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Fase 1: a identificação da necessidade pode ser realizada por qualquer pessoa, mas o enge-
nheiro deve definir o problema, pois sempre existe uma maneira melhor, ou mais viável, para
satisfazer uma necessidade;
Fase 2: a montagem da equipe de projeto deve ser multidisciplinar, com pessoas das mais va-
riadas áreas, pois, dessa forma, podemos abranger com mais recursos todas as variáveis do
projeto. O tamanho da equipe deve ser proporcional ao tamanho e complexidade do projeto;
Fase 3: os projetos sempre apresentam limi-
tações. Essas limitações podem ser de orça- Atenção
mento, de tempo (ou prazo), de pessoas, de Fase 4: buscar soluções significa que o en-
legislação, de viabilidade de produção, entre genheiro deve sempre pensar na melhor
outros fatores. Quanto aos critérios de suces- solução para o problema apresentado e,
so, podemos citar a estética (ou design), de- para isso, pode usar muitas técnicas, como
sempenho, qualidade, custo, segurança, ma- identificar os parâmetros críticos, utilizar
analogias, trocar funções, separar funções,
nutenção, entre muitos outros critérios;
eliminar necessidades etc.;
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6 COMUNICAÇÃO
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Permita-se cometer erros, se exercite ho- A linguagem técnica deve ser clara e objetiva,
ras antes, para que o corpo esteja bem sem dar margem a outras interpretações. Ao usar-
relaxado, e se entregue ao público; mos essa linguagem, temos que levar em conta o
estilo: olhe nos olhos do seu público, fale público-alvo, para usarmos uma terminologia ade-
com a voz alta e confiante, não se fixe quada para que o público seja atingido sem ruído
nos slides, não se distraia com seu reló- na comunicação. Ler com frequência e consultar
gio, anel ou moedas no bolso. Esteja bem dicionários enriquece o vocabulário técnico.
arrumado para mostrar respeito pela Segundo Bazzo e Pereira (2008) um texto téc-
audiência e seja otimista. nico deve ser:
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7 CRIATIVIDADE
pensamento sem fronteiras: é pensar na mem em traços vagos. Conforme Bazzo e Pereira
engenharia em geral, sem ficar restrito a (2008), as etapas do processo criativo são:
uma única habilitação, combinando co-
nhecimentos de todas as especialidades, preparação;
de maneira generalista; esforço concentrado;
interesses amplos: é preciso ter equilíbrio
afastamento do problema;
entre as necessidades intelectuais, físicas
e emocionais; visão da ideia;
informação especializada: problemas fá- revisão das soluções.
ceis podem ser resolvidos com informa-
ções largamente difundidas. Problemas
Manter a perseverança e a liberdade de pen-
difíceis precisam de informações espe-
sar faz com que estimulemos a criatividade e saia-
cializadas, que nem sempre estão dispo-
mos da mesmice profissional. Além da criatividade,
níveis;
a experiência e o bom-senso são vitais para a atua-
trabalha com a natureza: a natureza po-
ção do engenheiro.
derá guiar o engenheiro até a solução de
um problema. Fique atento(a) às suas so-
luções;
Atenção
possui uma “caixa de ferramentas” de en-
genharia: o engenheiro precisa de uma Sintetizar ideias e concatenar combina-
grande “caixa” para armazenar todas as ções são atividades dos criativos e o en-
ferramentas adquiridas com sua experi- genheiro deve desenvolver a criatividade
para potencializar a quantidade e qualida-
ência.
de de soluções, exercitando sempre a ima-
ginação. A criatividade é uma capacidade
Anotar ideias é um bom hábito para o pro- inerente ao ser humano e todos podem
cesso criativo. Registrar faz com que as ideias não desenvolver esse potencial.
se percam nem sejam esquecidas ou se transfor-
Prezado(a) aluno(a), um engenheiro criativo, que inova, que surpreende, realmente se destaca em
sua atuação: “pense fora da caixa!”.
A capacidade de síntese também deve ser estimulada e desenvolvida, pois, assim, a imaginação é
exercitada.
Dica: tenha o hábito de anotar ideias!
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8 OTIMIZAÇÃO
WHAT: O que será feito (etapas); WHERE: Onde cada etapa será executa-
HOW: Como deverá ser realizada cada da (local);
tarefa/etapa (método); WHEN: Quando cada uma das tarefas
WHY: Por que deve ser executada a tare- deverá ser executada (tempo);
fa (justificativa); WHO: Quem realizará as tarefas (respon-
sabilidade).
Exemplo do 5W1H:
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5. É possível aumento e redução nas variá- Também pode ser utilizado um modelo de
veis do processo? registro de atividades que Agregam Valor (AV) e
6. A escala do projeto modifica variáveis? que Não Agregam Valor (NAV), no qual se separa
as atividades que agregam valor das que não agre-
7. Podem-se combinar duas ou mais ope- gam. A atividade que agrega valor é aquela que
rações em uma só? adiciona algo no produto que o cliente valoriza e
8. Há backup de dispositivos, ferramentas e se dispõe a pagar.
meios de armazenamento de materiais? Na Figura 3, temos uma carta AV/NAV, na
9. As operações podem ser realizadas em qual estão demonstradas as atividades, separadas
paralelo? nas que agregam e nas que não agregam valor, e
o tempo gasto em cada uma delas. O objetivo da
10. Pode-se mudar a sequência das opera-
empresa é verificar a possibilidade de extinguir as
ções?
atividades que não agregam valor ou diminuir seu
11. Há diferenças ou características comuns tempo e concentrar-se nas atividades que agre-
a peças e operações? gam valor.
12. Há movimentos ou deslocamentos em
vazio?
Saiba mais
A Análise do Valor teve origem durante a 2ª Guerra Mundial, como resultado da aplicação de conceitos
desenvolvidos por Lawrence D. Miles que na época, era engenheiro do Departamento de Compras da
General Eletric Co. Durante a guerra, o Governo dos Estados Unidos, determinou que a disponibilidade
das matérias-primas ‘nobres’ – como níquel, cromo e platina, ficasse reservada exclusivamente para uso da
indústria de material bélico ou de interesse militar. Isto fez com que a indústria, em geral sentisse a neces-
sidade de encontrar materiais alternativos para mantê-la em funcionamento. Lawrence D. Miles, aplicando
o seu raciocínio lógico e os conceitos por ele desenvolvidos, obteve grandes resultados, pois além de con-
seguir redução de custos, notou melhorias tanto na qualidade como no desempenho dos produtos ana-
lisados. Terminada a guerra, Miles estende a aplicação destes conceitos para a concepção de um produto,
com o intuito de substituir as soluções tradicionais por outras mais econômicas. (ABEAV, 2011).
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Figura 4 – Otimização.
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Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, vimos que o engenheiro precisa ser um profissional completo
e diferenciado no mercado. Para isso, ele deve dominar com excelência a otimização dos processos, a fim
de que os custos, o consumo e o tempo sejam os menores possíveis.
2. Cite quatro atividades que não agregam valor em uma produção industrial.
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CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E
9 SUSTENTABILIDADE
Caro(a) aluno(a), para o completo entendi- cientes para diminuir a agressão ao meio ambiente
mento do capítulo, algumas definições se fazem quando pensamos no conceito de sustentabilida-
necessárias. Como abordaremos o meio ambiente de. É nesse contexto que as técnicas de Produção
como cenário, este deve ser o primeiro a ser con- Mais Limpa (P+L) surgem para aumentar a eficiên-
ceituado e, para isso, voltemos ao Dicionário Au- cia nos processos das empresas, fazendo com que
rélio: “meio ambiente é o conjunto de condições estas gerem menos resíduos.
e influências naturais que cercam um ser vivo ou
uma comunidade e que agem sobre eles.” (FERREI- Dicionário
RA, 2000). De acordo com Batalha et al. (2008), o
uso do meio ambiente para a produção de merca- Técnicas de fim de tubo: são ações que apenas
ajudam a diminuir o impacto ambiental de de-
dorias ocorre, sobretudo, por meio da exploração terminados resíduos, ao dar-lhes tratamento.
dos recursos naturais. Entretanto, a grande maioria Portanto, o Fim de Tubo só é válido para tratar
desses recursos não é renovável, ou seja, eles são li- aqueles resíduos que não puderam ser evitados
no processo, sendo considerado uma alternati-
mitados em nosso planeta. Vem daí a preocupação va de remediação (FIESP, 2010).
com a conservação do meio ambiente, de forma a
utilizar, mas não esgotar, seus recursos.
Outra definição importante e muito difundi- Podemos encontrar muitas definições de
da é a de desenvolvimento sustentável. Desenvol- P+L, mas a elaborada pela United Nations Indus-
vimento sustentável é o desenvolvimento capaz de trial Development Organization (UNIDO, 2010) é
suprir as necessidades da geração atual, garantin- bem completa:
do a capacidade de atender às necessidades das
futuras gerações; é o desenvolvimento que não Produção Mais Limpa significa a aplicação con-
tínua de uma estratégia econômica, ambiental
esgota os recursos para o futuro. Essa é a principal
e tecnológica integrada aos processos e pro-
definição, entre muitas, e surgiu no Relatório Brun- dutos, a fim de aumentar a eficiência no uso
dtland, criado pela Comissão Mundial sobre Meio de matérias-primas, água e energia, através da
não geração, minimização ou reciclagem de
Ambiente e Desenvolvimento, criada pela Organi-
resíduos gerados, com benefícios ambientais e
zação das Nações Unidas (ONU) para discutir e con- econômicos para os processos produtivos.
ciliar dois objetivos: o desenvolvimento da econo-
mia e a conservação do meio ambiente.
Durante muitos anos, a pujança de nossa
indústria foi caracterizada por chaminés soltando
grande quantidade de fumaça preta no ar. Quanto
mais fumaça, maior era a capacidade produtiva da
empresa e maior o seu poder. O tempo passou e
as mudanças climáticas trouxeram consigo o alerta
de que o caminho da humanidade estava errado. O
controle corretivo ou as técnicas de fim de tubo
para tratar os resíduos industriais já não são sufi-
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Energia
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Eis algumas premissas que precisam ser con- A engenharia tem muita responsabilidade
sideradas para que haja sobrevivência no planeta. sobre esse novo panorama, pois ela colocou à dis-
posição das pessoas tecnologias de geração de
suprimento de energia e matéria (que é energia, saneamento, construção civil, transportes,
finito e conhecido); ou seja, benefícios para que houvesse longevida-
capacidade de reciclar matéria e absor- de, saúde e conforto para o ser humano. Contudo,
ver resíduos para evitar a deterioração da com o crescimento populacional, a degradação do
qualidade de vida. meio ambiente e a poluição, principalmente nos
grandes centros urbanos, aumentaram muito nos
últimos anos.
O que é mais preocupante é o desenvolvi-
A partir disso, a engenharia precisou criar
mento da sociedade humana, pois o crescimento
práticas para combater a degradação ambiental,
populacional é incompatível com a finitude do am-
como a de utilizar tecnologias de produção mais
biente, dos recursos naturais e da capacidade de
limpa, e fica ainda o desafio em desenvolver outras,
reciclar a matéria. Estaremos, então, caminhando
para que os impactos negativos ao meio ambiente
para o colapso do planeta?
sejam minimizados.
Segundo Braga et al. (2002), o modelo de de-
A chave para o sucesso é racionalizar o con-
senvolvimento sustentável tem a seguinte base:
sumo de recursos, favorecer a reciclagem e o reuso
dos materiais para a restauração do meio ambiente
dependência de energia do Sol;
e proporcionar o desenvolvimento diário de uma
uso racional da energia e da matéria (evi- consciência ecológica, responsável e sustentável
tar o desperdício);
para as próximas gerações.
controle da poluição;
controle do crescimento populacional
(estabilização da população).
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, focamos que o engenheiro deve ter desenvolvida a consciência
ambiental e sustentável, pois o meio ambiente é o cenário no qual se desenvolvem os projetos e sabe-
mos que os recursos naturais são finitos.
O engenheiro deve se preocupar com as técnicas de P+L, incentivando sua equipe e empresa a
gerarem menos resíduos e reutilizarem materiais extraídos do meio ambiente.
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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que um engenheiro tenha sucesso na profissão escolhida, ele precisa de muitos atributos, que
devem ser desenvolvidos durante todo o curso de graduação. Esses atributos vão muito além da parte
técnica, que não pode ser deixada de lado nunca, mas devem ser acrescentados a ela.
O conhecimento das ferramentas da engenharia e de sua aplicação é fundamental para uma for-
mação sólida, mas a criatividade na solução de problemas, o uso correto e eficiente da comunicação, e o
desenvolvimento de projetos levando em conta a maior produtividade através da produção mais limpa,
otimizando todos os processos, produtivos ou administrativos, da empresa, sem desconsiderar os prin-
cípios éticos, são diferenciais para os egressos que terão a responsabilidade de conduzir o crescimento
sustentável do Brasil.
Para conseguirmos isso, não podemos esquecer o principal: estudar!
Cabe a todo estudante de engenharia dedicar-se muito aos estudos. Não adianta deixar para estu-
dar na véspera da prova; o estudo tem de ser um ato contínuo, para que o conteúdo seja fixado e o apro-
veitamento seja satisfatório. O aluno deve ter o estudo como hábito, reservando algumas horas todos os
dias para ler e fazer exercícios.
A estrada é longa, o caminho nem sempre é fácil, mas o destino é recompensador.
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
Capítulo 1
1. Os cursos universitários vêm discutindo um novo modelo que possibilite uma formação mais
ampliada do engenheiro, envolvendo questões que incluam as dimensões humana e social,
econômica e política.
Capítulo 2
2. Quilo é um prefixo que significa mil. Por exemplo, um kg é o mesmo que mil gramas.
Capítulo 3
1.
2007:
INPUT 14.000.000 m
2008:
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INPUT 14.200.000 m
0,48
2. e.
2006:
2007:
3.
Área Plantada:
Fazendeiro:
INPUT 12.000 m²
Vizinho:
INPUT 18.000 m²
Mão de Obra:
Fazendeiro:
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Introdução à Engenharia
Vizinho:
Resposta: O fazendeiro teve maior produtividade em área plantada e em mão de obra do que seu
vizinho.
Capítulo 4
1. O gráfico de linhas deve ser utilizado para mostrar evolução ou tendências nos dados no mes-
mo intervalo de tempo.
2. O gráfico de colunas ou de barras deve ser utilizado para demonstrar as alterações de dados
em um período de tempo ou representar comparações entre dados.
3. O gráfico circular serve para mostrar o tamanho proporcional de itens que constituem uma
série de dados e é muito útil quando você deseja dar ênfase a um dado em relação aos outros.
4.
Capítulo 5
1. Pois, dessa forma, podemos abranger com mais recursos todas as variáveis do projeto.
3.
Capítulo 6
1. Resposta pessoal.
2.
Capítulo 7
1. O engenheiro é um profissional que precisa ser criativo, pois, para satisfazer as necessidades
humanas, muitas vezes precisa inovar, usando, para isso, uma grande dose de criatividade.
2.
Capítulo 8
1. Processo: percurso realizado por um material desde que entra na empresa até que dela sai
com um grau determinado de transformação. Operação: é o trabalho desenvolvido sobre o
material por homens ou máquinas em um determinado tempo. Um processo, normalmente,
é constituído de diversas operações.
Capítulo 9
1. As técnicas de fim de tubo são utilizadas para tratamento e disposição final dos resíduos ge-
rados, enquanto a P+L se preocupa com a economia de recursos e diminuição da geração de
resíduos.
2. Resposta pessoal.
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REFERÊNCIAS
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: <www.mec.gov.br>. Acesso em: 28 ago. 2010.
FEDERAÇÃO das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Disponível em: <www.fiesp.com.br>. Acesso
em: 15 set. 2010.
FEDERAÇÃO Nacional dos Engenheiros (FNE). Disponível em: <www.fne.org.br>. Acesso em: 24 jun.
2009.
FERREIRA, A. B. H. Miniaurélio Século XXI: o minidicionário da língua portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2000.
INSTITUTO de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM). Disponível em: <www.ipem.sp.gov.br>.
Acesso em: 8 set. 2010.
MARTINS, P. G; ALT, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2006.
MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
SANTIAGO, E. Renda per capita. InfoEscola, Economia, 8 abr. 2010. Disponível em: <http://www.
infoescola.com/economia/renda-per-capita/>. Acesso em: 21 ago. 2011.
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UNITED Nations Educational, Scientific and Educational Organization (UNESCO). Disponível em: <www.
unesco.org.br>. Acesso em: 24 jun. 2009.
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ANEXO
Código de ética profissional do engenheiro, de acordo com a Federação Nacional dos Engenheiros
(FNE, 2009):
1º - Interessar-se pelo bem público e com tal finalidade contribuir com seus conhecimentos, capacidade
e experiência para melhor servir à humanidade;
a) Cooperar para o progresso da coletividade, trazendo seu concurso intelectual e material para as obras
de cultura, ilustração técnica, ciência aplicada e investigação científica.
c) Não se expressar publicamente sobre assuntos técnicos sem estar devidamente capacitado para tal e,
quando solicitado a emitir sua opinião, somente fazê-lo com conhecimento da finalidade da solicitação
e se em benefício da coletividade.
2º - Considerar a profissão como alto título de honra e não praticar nem permitir a prática de atos que
comprometam a sua dignidade;
b) Prestigiar as entidades de classe, contribuindo, sempre que solicitado, para o sucesso das suas iniciativas
em proveito da profissão, dos profissionais e da coletividade.
c) Não nomear nem contribuir para que se nomeiem pessoas que não tenham a necessária habilitação
profissional para cargos rigorosamente técnicos.
d) Não se associar a qualquer empreendimento de caráter duvidoso ou que não se coadune com os
princípios da ética.
e) Não aceitar tarefas para as quais não esteja preparado ou que não se ajustem às disposições vigentes,
ou ainda que possam prestar-se a malícia ou dolo.
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f) Não subscrever, não expedir e nem contribuir para que se expeçam títulos, diplomas, licenças ou
atestados de idoneidade profissional, senão às pessoas que preencham os requisitos indispensáveis para
exercer a profissão.
g) Realizar de maneira digna a publicidade que efetue de sua empresa ou atividade profissional,
impedindo toda e qualquer manifestação que possa comprometer o conceito da sua profissão ou de
colegas.
h) Não utilizar sua posição para obter vantagens pessoais, quando ocupar um cargo ou função em
organização profissional.
b) Não criticar de maneira desleal os trabalhos de outro profissional ou as determinações daquele que
tenha atribuições superiores.
c) Não se interpor entre outros profissionais e seus clientes sem ser solicitada sua intervenção e, neste
caso, evitar, na medida do possível, que se cometa injustiça.
4º - Não praticar qualquer ato que, direta ou indiretamente, possa prejudicar legítimos interesses de
outros profissionais;
a) Não se aproveitar nem concorrer para que se aproveitem de idéias, planos ou projetos de autoria de
outros profissionais, sem a necessária citação ou autorização expressa.
b) Não injuriar outro profissional, nem criticar de maneira desprimorosa sua atuação ou a de entidades
de classe.
e) Não procurar suplantar outro profissional depois de ter este tomado providências para a obtenção de
emprego ou serviço.
f) Não tentar obter emprego ou serviço à base de menores salários ou honorários, nem pelo
desmerecimento da capacidade alheia.
g) Não rever ou corrigir o trabalho de outro profissional, salvo com o consentimento deste e sempre após
o término de suas funções.
h) Não intervir num projeto em detrimento de outros profissionais que já tenham atuado ativamente em
sua elaboração, tendo presentes os preceitos legais vigentes.
5º - Não solicitar nem submeter propostas contendo condições que constituam competição de preços
por serviços profissionais;
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a) Não competir por meio de reduções de remuneração ou qualquer outra forma de concessão.
b) Não propor serviços com redução de preços, após haver conhecido propostas de outros profissionais.
c) Manter-se atualizado quanto a tabelas de honorários, salários e dados de custo recomendados pelos
órgãos de classe competentes e adotá-los como base para serviços profissionais.
d) Não aceitar registro diferenciado entre a remuneração constante na carteira de trabalho e o que
efetivamente lhe é pago.
6º - Atuar dentro da melhor técnica e do mais elevado espírito público, devendo, quando consultor,
limitar seus pareceres às matérias específicas que tenham sido objeto da consulta;
a) Na qualidade de consultor, perito ou árbitro independente, agir com absoluta imparcialidade e não
levar em conta nenhuma consideração de ordem pessoal.
b) Quando servir em julgamento, perícia ou comissão técnica, somente expressar a sua opinião se
baseada em conhecimentos adequados e convicção honesta.
c) Não atuar como consultor sem o conhecimento dos profissionais encarregados diretamente do serviço.
d) Se atuar como consultor em outro país, observar as normas nele vigentes sobre conduta profissional,
ou, no caso de inexistência de normas específicas, adotar as estabelecidas pela FMOI – Fédération
Mondiale de Organisations d’Ingénieurs.
7º - Exercer o trabalho profissional com lealdade, dedicação e honestidade para com seus clientes e
empregadores ou chefes, e com espírito de justiça e eqüidade para com os contratantes e empreiteiros;
a) Considerar como confidencial toda informação técnica, financeira ou de outra natureza, que obtenha
sobre os interesses de seu cliente ou empregador.
b) Receber somente de uma única fonte honorários ou compensações pelo mesmo serviço prestado,
salvo se, para proceder de modo diverso, tiver havido consentimento de todas as partes interessadas.
c) Não praticar quaisquer atos que possam comprometer a confiança que lhe é depositada pelo seu
cliente ou empregador.
8º - Ter sempre em vista o bem-estar e o progresso funcional dos seus empregados ou subordinados e
tratá-los com retidão, justiça e humanidade;
a) Facilitar e estimular a atividade funcional de seus empregados, não criando obstáculos aos seus anseios
de promoção e melhoria.
b) Defender o princípio de fixar para seus subordinados ou empregados, sem distinção, salários adequados
à responsabilidade, eficiência e ao grau de perfeição do serviço que executam.
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d) Não utilizar sua condição de empregador ou chefe para desrespeitar a dignidade de subordinado seu
nem para induzir um profissional a infringir qualquer dispositivo deste Código de Ética.
a) Manter-se em dia com a legislação vigente e procurar difundi-la, a fim de que seja prestigiado e
defendido o legítimo exercício da profissão.
c) Ter sempre presente que as infrações deste Código de Ética serão julgadas pelas câmaras especializadas
instituídas nos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREAs – cabendo recurso
para os referidos Conselhos Regionais e, em última instância, para o CONFEA – Conselho Federal de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, conforme dispõe a legislação vigente.
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