8-Equilibrio Estatico B

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Universidade de São Paulo

Instituto de Física de São Carlos - IFSC

FCM 208 Física (Arquitetura)

Equilíbrio Estático e Análise de Estruturas

Prof. Dr. José Pedro Donoso


O arco: símbolo do poderio
romano

A força graciosa do arco, uma


forma herdada dos etruscos, foi
habilmente explorada para
sustentar pesados aquedutos
sobre vales.
Os arcos solitários precissavam de
pilares possantes para absorver a
pressão que a curva exercía do
centro para fora

Numa cadeia de arcos, no entanto, diminuía a pressão sobre as pilastras e a


construção se tornava mais econômica. Como mostra a figura, o empuxo dos
arcos contíguos resolvia-se verticalmente nos pilares e a carga era transferida
com segurança para os alicerces. O conhecimento do arco levou à abóbada.

História em Revista: Impérios em ascenção. Time Life & Editora Cidade Cultural, 1990
Aqueduto sobre três níveis de arcos da Pont du Gard

Famosos por suas


realizações em
engenharia, os romanos
se orgulhavam
particularmente dos
aquedutos. Este, ao
norte de Nimes, França,
foi construido no século I
a.C. Mede 49 m de altura
por 270 m de largura, e
leva água da cidade de
Uzes, a uns 24 km de
distância.

Civilizações perdidas: Roma. Time - Life Livros & Abril Coleções, 1998
O mercado municipal de Esmirna foi projetado e construído pelos romanos quando
o primitivo foi destruído por um terremoto. Esta arcada, duas vezes milenar, formava
no subsolo, o primeiro plano de uma estrutura maciça de três andares.

Biblioteca de História Universal Life: Roma Imperial


Livraria José Olympio Editora, 1980
Aqueduto de Segóvia
Espanha

Seus arcos, em duas ordens


superpostas, na extensão de
800 metros,formam a parte final
de um sistema de cerca de 100
kilometros construídos pelos
romanos para trazer a cidade a
água das nascentes situadas
nas montanhas.

Biblioteca de História Universal Life


Roma Imperial
José Olympio Editora, 1980
A propriedade mais notável do arco é que as
pedras que o compõem permanecem em equilíbrio
devido somente às forças mútuas de contato, sem
necessidade de argamassa para cimentá-las umas
às outras. Cada pedra atua basicamente em
compresão. A estrutura do arco canaliza a carga
para a base

Considere que o arco representado na figura está


em equilíbrio e que cada uma de suas pedras tem
massa15 kg. Determine a direção e o sentido da
resultante das forças que as pedras laterais, D e E,
exercem sobre a pedra central C e calcule seu
módulo.

Resposta: vertical, para cima, de 150 N

Hecht, Physics (Brooks/Cole Publ. Co)


F. Ramalho: Física (Editora Moderna)
Exemplo da técnica construtiva romana: Basílica de Majencio e de Constantino

Os arcos triplos da
Basílica (306 a 312 d.C.)
domina a extremidade
oriental do Foro romano.
Os terremotos reduziram a
estrutura a um terço de seu
tamanho original. Os arcos
remanescentes, cada um
com 24 m de altura e 20 de
largura, faziam parte do
interior abobadado. Servia
para a administração da
justiça e direito civil.

E. Pucci, Toda Roma. Bonechi editore


O Panteão

Por volta de 120 d.C., o imperador


Adriano, homem culto e
apaixonado pela arquitetura,
encomendou uma edificação que
ficaria como monumento às mais
altas aspirações da Roma
imperial. O Panteão substituiú um
antigo templo erigido em 27 a.C.
por Marcos Agripa.

A imesa fachada em colunatas quase obscurece o restante da estrutura. As


colunas coríntias do pórtico estão distribuidas em três fileiras. Cada um dos fustes
de granito têm 60 toneladas e mede 12.5 m de atura por 1.5 m de diâmetro.

E. Pucci, Toda Roma (Bonechi editore)


Civilizações perdidas: Roma (Time - Life & Abril Coleções)
O amplo espaço interno do Panteão está dominado pela admirável abobada.
A luz ilumina o salão despido de janelas através de um orifício na parte superior.
Moldados na superfície interna do domo de concreto há 140 divisões quadradas
ornamentadas com relevos, dispostos em 5 fileiras horizontais de 28 elementos
cada uma, que vão diminuindo de tamanho em direção ao topo.
O salão interior do Panteão é uma vasta
rotunda coberta cujo diámetro equivale à
altura. Reforçada por uma rede de arcos
presos às paredes (para aliviar a tensão)
a estrutura se assenta sobre um alicerce
circular de concreto com mais de 7 metros
de largura e 4.5 de profundidade, do qual
se elevam 8 pilares de concreto
distanciados para criar os 7 recuos
(nichos). Cada pilar foi disfarçado como
fachada do templo, com colunas
caneladas e um pedestal para estátuas.

O domo foi ornamentado de caixotões


para reduzir o peso e escorado do lado de
for a com botaréus à maneira de degraus
de escada.

História em Revista: Impérios em ascenção.


Time Life & Editora Cidade Cultural, 1990
Civilizações perdidas: Roma (Time - Life & Abril Coleções)
Em 609 d.C., o imperador Focas ofereceu
o edifício ao Papa Bonifacio IV, que o
transforma em uma igreja, a de Santa
Maria dos Mártires. Com o tempo, várias
torres foram adicionadas ao pórtico.

Atualmente o Panteão continua a ser uma


igréja, más é também um santuário
nacional, onde estão enterrados dois reis
italianos e o mestre do Renascimento
Rafael.

O edifício permanece essencialmente


idêntico ao que era na época de sua
construção, sendo um dos mais
completos e esclarecedores testemunhos
da arquitetura do mundo clássico.

Civilizações perdidas: Roma


(Time - Life & Abril Coleções)
O arco gótico foi uma das grandes invenções da idade
média. Ocupando o mesmo espaço com arcos elevados
as forças de reação horizontal são reduzidas. Estes
arcos elevados canalizam a carga diretamente para o
solo. Nesta estrutura não há esforços laterais, como no
arco circular. Como resultado, as paredes podem ser
mais leves e delgadas. Isto possibilitou a arquitetura das
catedrais góticas

Modelo de acrilico (plástico) de uma estrutura de


arco submetido a esforço. A fotografia é feita com
luz polarizada, o que permite observar as regiões
onde os esforços são maiores. Estes modelos são
de muita utilidade para otimizar os projetos de
arquitetura.

E. Hecht, Physics. Ed. Brooks/Cole Publ. 1994


R. Serway, Physics. Ed. Saunders College, 1996
Catedral gótica de Chartres (1240)

O uso do arco ogival e da abóbada de cruz


representa uma nova flexibilidade na estrutura.
Isto permitiú ao arquiteto arredondar as
arestas, reduzindo o volume de alvenaria. As
arquivoltas permitem reduzir a estrutura.
As paredes foram transformadas em
cristais reforçados por delicadas
nervuras conseguindo-se desse modo
que ganhassem em elegância.

O sucesso arquitetônico da Catedral de


Chartres prestou-se a todo tipo de
imitações. O estilo gótico que
corporificava tornou-se o modelo
internacional até o século XV, e as
catedrais góticas foram construídas por
toda a Europa.

J. Ardagh, C. Jones, França


(Ediciones Folio, Barcelona, 2007)
Análise de estruturas tipo telhado
Templo Grego

Nesta reprodução de um típico


templo grego são visíveis seus
componentes arquitetônicos e
decorativos. Os primeiros
templos foram feitos com
alicerces de pedra, armação de
sustentação e travejamento de
madeira, erguidos em tijolos
crus rebocados. As colunas da
peristasis, que ocupavam ao
menos tres lados do edifício,
ajudavam a sustentar o teto. A
partir de X – VII a.C., o templo
assume dimensões
monumentais.

F. Durando, A Grécia Antiga


Editora Folio, 2005
Adoção da andaimarias e
sistemas de elevação dos
blocos na construção de
um templo de pedra

Os blocos podiam
apresentar saliências,
caneluras, pegas ou
encaixes a que se podiam
prender laços, ganchos
metálicos e cunhas

F. Durando, Grécia Antiga


Editora Folio, 2005
Ekklesiasterion de Priene

Ampla sala para as


assembléias de Priene, antiga
polis da Cária. Século IV a.C.
A cobertura estava apoiada
sobre fortes armações de
madeira. A espetacular
impressão que causava o
teatro, o estádio e outras
infra-estruturas representa o
aspecto mais interessante de
Priene, que se antecipa em
mais de meio século às
cidades helenísticas
cenográficas da Asia Menor.

F. Durando, A Grécia Antiga


Editora Folio, 2005
Uma pessoa de 900 N de peso está no topo de
uma escada de duas pernas. A meia-altura da
escada há uma travessa de segurança. O ângulo
de abertura, no topo, é θ = 30º

(a) Qual é a força exercida pelo piso sobre cada


perna da escada?
(b) Calcular a tensão na braçadeira.
(c) Se a braçadeira for fixada mais baixo, sua
tração será maior ou menor?

Respostas:
(a) 450 N (b) 241 N (C) a tensaõ diminui.

P. Tipler, Física, Vol. 1 (Editora LTC)

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