Estratégias de Marketing Digital Da Nike - Análise Do Case Nike Plus
Estratégias de Marketing Digital Da Nike - Análise Do Case Nike Plus
Estratégias de Marketing Digital Da Nike - Análise Do Case Nike Plus
Bibliografia: f. 67 – 69.
CDD 659
Dedico esse trabalho a meus avós, aos meus pais e a todos
os mestres que tive ao longo desses anos de faculdade.
Dedico também aos colegas que fizeram parte dessa
caminhada.
AGRADECIMENTOS
O presente trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de marketing digital da Nike,
focando no case Nike Plus. A escolha do tema justifica-se pelo fato de que nos últimos anos
o case Nike Plus obteve uma das maiores taxas de engajamento do público no meio digital.
Para se ter uma base referencial em relação ao tema abordado, foram utilizadas as obras de
autores relacionados à administração, marketing, e alguns mais específicos sobre marketing
digital. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho foi a indutiva, pois
parte da coleta de dados e informações disponíveis sobre a empresa. Após essa coleta de
dados ocorre um aprofundamento de pesquisa focando em como são utilizadas as
ferramentas de marketing digital para a interação com o público no case Nike Plus.
A conclusão é fundamentada na análise crítica do resultado do trabalho de coleta e análise
de dados em relação ao marketing digital da Nike, tendo como foco o case Nike Plus.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................11
1.1 TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA ................................................................12
1.2 OBJETIVOS ...........................................................................................................13
1.2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................13
1.2.2 Objetivos específicos ..........................................................................................13
1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................13
1.4 ESTRUTURA DO TRABLHO ..............................................................................14
2 REVISÃO DE LITERATURA ..............................................................................15
2.1 MARKETING .......................................................................................................16
2.1.1 Necessidades, desejos e demandas ...................................................................21
2.2 MIX DE MARKETING ........................................................................................23
2.2.1 Produto ..............................................................................................................24
2.2.2 Preço ..................................................................................................................25
2.2.3 Praça ..................................................................................................................25
2.2.4 Promoção ..........................................................................................................25
2.3 MARKETING DIGITAL .....................................................................................27
2.3.1 Marketing de conteúdo ....................................................................................29
2.3.2 Marketing nas mídias sociais ..........................................................................30
2.3.3 Mobile marketing .............................................................................................32
2.3.4 E-mail marketing .............................................................................................34
2.3.5 E-commerce ......................................................................................................36
2.3.6 SEM e SEO .......................................................................................................37
2.3.7 Landing pages ...................................................................................................38
3 ANÁLISE DO DADOS ..........................................................................................39
3.1 HISTÓRIA DA NIKE ...........................................................................................40
3.1.1 Comunicação .....................................................................................................45
3.2 MARKETING DIGITAL ......................................................................................50
3.2.1 S.E.O e S.E.M. da Nike ....................................................................................51
3.2.2 Redes sociais .....................................................................................................54
3.2.3 E-mail marketing .............................................................................................55
3.2.4 Site .....................................................................................................................57
3.3 CASE NIKE PLUS ..............................................................................................57
3.3.1 Site Nike + ........................................................................................................58
3.3.2 Redes Sociais Nike + .......................................................................................59
3.3.3 Aplicativos Nike + ...........................................................................................62
3.3.4 Dispositivos Nike + ..........................................................................................64
4 CONCLUSÃO .......................................................................................................66
5 REFERÊNCIAS ....................................................................................................67
ANEXO A – Declaração de responsabilidade .......................................................70
11
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
Atualmente o meio digital está ganhando força e mais pessoas estão tendo
acesso à internet. Para que se consiga atingir esse público com uma comunicação eficaz
e eficiente é necessária a utilização de algumas ferramentas de marketing digital. O tema
escolhido para análise foi a estratégia de marketing digital da Nike, focando no case
Nike Plus, por ser mundial e considerado um dos mais eficazes e abrangentes.
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
Na humanidade, desde muito tempo atrás, existem relações de trocas. Para que
ocorram essas relações, é necessária a existência da comunicação, que segundo Perez e
Bairon (2002, p.14) “é tornar comum, fazer saber, estabelecer comunhão por meio do
intercâmbio de informações”.
Essas relações de troca foram se modificando com o passar do tempo, e
surgiram ferramentas e novas estratégias para fazer com que mais pessoas saibam sobre
determinado produto ou serviço. Essa evolução da comunicação resultou no atual
Marketing 3.0. Segundo Kotler (2009, p.23) “à medida que os consumidores vão se
tornando mais colaborativos, culturais e espirituais, o caráter do marketing também se
transforma.” No meio digital há uma evolução e assim surge a Web 3.0, que “será uma
caixa de soluções às necessidades e desejos dos usuários, automatizando os processos
de tradução destas demandas em tarefas práticas e objetivos”. (THIAGO, 2015).
2.1 MARKETING
Pinheiro e Gullo (2005, p.20) dizem que “marketing é o processo que facilita
a troca de valores entre um comprador e um vendedor”. Complementando o
pensamento, Las Casas (1997, p.26) afirma que o processo de marketing é realizado
“visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando
sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-
estar da sociedade”.
Com o passar dos anos o marketing evoluiu, através de algumas correntes de
pensamento. Hoje em dia se tem nova visão de marketing. Segundo Kolter e Armstrong
(2007, p.04) “hoje, o marketing não deve ser entendido no velho sentido de efetuar uma
venda, mas no novo sentido de satisfazer as necessidades dos clientes”.
A sociedade evoluiu e o marketing consequentemente também evoluiu.
Segundo Sandhusen (2003, p.12), “à medida que o marketing evoluiu de seu inicio de
autossuficiente para as diversas, complexas e dinâmicas instituições atuais, quatro
diferentes filosofias de marketing também evoluíram para atender às necessidades das
partes do processo de troca”.
Com base em Cobra (1992, p.29), “depois de estar orientada para o campo e
para a produção de insumos agrícolas, a sociedade passou a dirigir seus esforços para a
produção industrial”. Ainda conforme Cobra (1992, p.29) “é a preocupação com a
colocação dos excedentes de produção decorrentes da Revolução Industrial que
acelerou a busca da adoção dos conceitos de marketing para identificar mercados e a
forma de atingi-los”.
Desse modo surgiu a primeira filosofia de marketing que, conforme Sandhusen
(2003, p.12) “foi a filosofia da produção: durante a Revolução Industrial, quando os
principais centros de produção e as cadeias de distribuição se estabeleceram, a filosofia
de produção se voltava para a produção e distribuição dos produtos em quantidade
suficiente para atender à crescente demanda”. Cobra (1992, p.30) complementa
afirmando que “o enfoque básico era a produção de mercadorias ou serviços em escala
crescente que possibilita-se redução de custos apoiada em fabricação seriada e
padronizada”. Essa orientação com foco na produção “sustenta que os consumidores
dão preferência a produtos fáceis de encontrar e de baixo custo”. (KOTLER, 2000,
p.39).
Em determinado momento, a quantidade produzida era maior do que a
consumida. Para resolver esse problema “a filosofia de produção foi substituída pela
filosofia de vendas no início dos anos 1920”. (SANDHUSEN, 2003, p.13). Nessa época,
18
(2003, p.13) escreve que “a filosofia do conceito de marketing difere das filosofias
anteriores que enfatizam os produtos (‘um bom produto vender-se-á por si’) e as vendas
(‘não de o peixe, ensine a pescar’) de várias maneiras significativas”. Esse novo
conceito “define a missão da empresa de acordo com os benefícios e as satisfações que
se oferecem aos clientes, e não de acordo com os produtos que ele faz e vende”.
(SANDHUSEN, 2003, p.13).
A filosofia do conceito de markeitng “enfatiza uma comunicação de mão dupla
para identificar as necessidades dos clientes e, então, desenvolver e comercializar
produtos para atender tais necessidades”. (SANDHUSEN, 2003, p.13). O autor (2003,
p.13) complementa afirmando que “já não há mais ênfase numa comunicação de mão
única para persuadir as pessoas a comprar produtos já produzidos”.
Essa filosofia “considera o marketing não como uma ‘caçada’, mas como um
‘cultivo’”. (KOTLER, ARMSTRONG, 2007, p.08). Continuando nessa linha de
pensamento afirma-se que “a meta não é encontrar os clientes certos para o seu produto,
mas encontrar os produtos certos para os seus clientes”. (KOTLER, ARMSTRONG,
2007, p.08). Essa filosofia “enfatiza tanto o planejamento de curto quanto o de longo
prazo para obter lucros pela satisfação das necessidades do cliente”. (SANDHUSEN,
2003, p.13). A filosofia de orientação para o marketing “enfatiza uma integração total
de sistemas de todos os departamentos para atingir metas lucrativas”. (SANDHUSEN,
2003, p.13). Complementando a ideia anterior, Sandhusen (2003, p.13) diz que “já não
há mais o enfoque exclusivo nos esforços de departamentos isolados e no poder de
vendas”.
Segundo Pinho (2001, p.22), “levando-se em consideração que se deve
produzir aquilo que os consumidores desejam, a questão está em saber que os mercados
existem e quais produtos e serviços eles estão receptivos”. Para Kotler (2000 p.42) “as
empresas têm maiores chances de se saírem bem quando escolhem seus mercados-alvo
com cuidado e preparam programas de marketing customizados”. Assim sendo, Kotler
e Armstrong (2007, p.08) afirmam que “empresas orientadas para o cliente pesquisam
seus clientes atuais para aprender sobre seus desejos, reunir ideias para novos produtos
e serviços e testar melhorias propostas para o produto”.
20
Para Kotler e Armstrong (2007, p.04) “os desejos são uma forma que as
necessidades humanas assumem quando são moldadas pela cultura e pela personalidade
individual”. Complementando o pensamento os autores Kotler e Armstrong (2007, p.04)
afirmam que “os desejos são compartilhados por uma sociedade e são descritos em
termos de objetos que satisfarão as necessidades. Quando apoiados pelo poder de
compra, os desejos tornam-se demandas”.
Segundo Kotler (2000, p.32) “demandas são desejos por produtos específicos
apoiados por uma possibilidade de pagar”. Complementando o raciocínio, Sandhusen
(2003, p. 03) afirma que “as trocas são os processos pelos quais duas ou mais partes dão
algo de valor uma à outra, satisfazendo desejos”. Ainda, Kotler (2000, p.34) afirma que
a troca “que é o conceito central de marketing, envolve a obtenção de um produto
desejado de alguém se oferecendo algo em troca”.
Kotler e Armstrong (2007, p.04) escrevem que “as empresas que se destacam
por sua orientação de marketing procuram aprender e entender as necessidades, os
desejos e as demandas de seus clientes. Elas conduzem pesquisa com os clientes e
analisam montanhas de dados”.
Existem oito tipos de demanda. A primeira delas, segundo Kotler (2009, p.34),
é a “demanda negativa: o mercado está em situação de demanda negativa quando grande
23
parte do mesmo não gosta do produto e pode até pagar para evita-lo”. O segundo tipo
de demanda, segundo Kotler (2009, p.34), é a “demanda inexistente: Os consumidores-
alvo podem estar indiferentes ou desinteressados pelo produto”. A demanda latente é o
terceiro tipo de demanda e ocorre quando “muitos consumidores podem sentir forte
necessidade que não pode ser satisfeita por qualquer produto existente”. (KOTLER,
2009, p. 34). Já a demanda declinante é quando a “organização, mais cedo ou mais tarde,
enfrenta demanda declinante por um ou mais de seus produtos”. (KOTLER, 2009, p.
34).
Kotler (2009, p.34) afirma que “muitas organizações enfrentam demanda que
varia em base sazonal, diária ou mesmo, horária, causando problemas de capacidade
ideal ou de saturação”. Essa é a demanda irregular. Já a demanda plena ocorre quando
as empresas “estão satisfeitas com seus volumes de negócios”. (KOTLER, 2009, p.34).
Ainda existe a demanda excessiva que segundo Kotler (2009, p.34) é o momento no
qual “algumas organizações enfrentam um nível de demanda superior ao que podem ou
desejam atender”. Por fim existe a demanda indesejada que é quando “os produtos
indesejados atrairão esforços organizados para desencorajar seu consumo”. (KOTLER,
2009, p.34).
Para que esses desejos e demandas possam ser sanados é necessário ter um
produto, com um preço, com uma divulgação ou promoção e um local que possa ser
vendido esse produto. Daí surge o mix de marketing.
gostos dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos”. (COBRA, 1992, p.
43). Para satisfazer as necessidades dos clientes os produtos e serviços “devem ser
colocados em embalagens que agradem e chamem a atenção do cliente, disponíveis em
diversas dimensões e com uma quantidade que garanta a obtenção de retornos lucrativos
à empresa”. (COBRA, 1992, p.43).
2.2.1 Produto
2.2.2 Preço
2.2.3 Praça
2.2.4 Promoção
26
público-alvo, que informação o público-alvo busca, que conteúdo produzir para seu
público-alvo, como produzir esse conteúdo”. (TORRES, 2010, p.14).
Para que haja uma constante geração de conteúdo uma ferramenta importante
é o blog. Segundo Torres (2010, p.15), “para produzir conteúdo constante é necessária
uma ferramenta de publicação”.
Para que haja uma integração maior entre o site e o blog, “os artigos publicados
podem ainda ser incorporados na página principal do site, como uma área de notícias,
novidades ou informações”. (TORRES, 2010, p.15).
Uma boa forma de divulgação é a “integração do Blog ao Twitter, de maneira
que toda vez que for colocado conteúdo, ele aparecerá para os seguidores do Twitter”.
(TORRES, 2010, p.16).
Mas após criado o conteúdo é necessário a divulgação do mesmo. É “preciso
entrar em contato com a sua audiência, levar seus materiais até eles e convida-los à
consumirem tudo o que você produziu”. (ROCKCONTENT, 2014, p.15). Para que o
conteúdo produzido chegue ao público são utilizadas as mídias sociais.
Nas redes sociais existem laços fortes e fracos entre as pessoas. Laços fortes
podem “ser visualizados pelo número de mensagens trocadas entre os indivíduos, assim
como o número de conexões em comum. Já os laços fracos compartilham poucas
conexões e mensagens entre os indivíduos”. (MORITA, 2010, p.34). A algum tempo
atrás “as pessoas, de maneira inconsciente, selecionavam seus próprios laços fortes,
através dos mais diversos critérios”. (MORITA, 2010, p.34). Porém atualmente “esse
trabalho já não é mais necessário, uma vez que a própria rede se encarrega de manter os
laços, sejam eles fortes ou fracos”. (MORITA, 2010, p.34).
Essa integração se estende para o mundo off-line também. Isso fica bem claro
quando “em metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Nova York ou
Tóquio, conhecemos pessoas que por sua vez conhecem alguém da nossa rede de
relacionamentos”. (MORITA, 2010, p.35). As redes sociais têm influência nas finanças,
sendo que “socialnomics é o termo com o qual Qualman descreve a economia na era
das redes sociais digitais, em que os consumidores e as sociedades que eles criam on-
line exercem uma influência profunda na economia e nos negócios que nela operam”.
(GABRIEL, 2010, p.87).
A cada dia que passa o número de usuários das redes sociais cresce. “Acessadas
por 2/3 dos internautas, já representam 10% do tempo total gasto na internet, atingindo
o 4.º lugar no ranking de acessos. Sites de busca, portais e softwares estão nas primeiras
colocações”. (MORITA, 2010, p.37).
“Apesar da 4.ª colocação obtiveram um crescimento duas vezes maior que o
segundo lugar – 5,4% versus 2,7% da modalidade e-mail, a qual ocupa o 5.º lugar”.
(MORITA, 2010, p.37). A ilustração a seguir demonstra esse crescimento:
Nos dias de hoje “a velocidade das informações está cada vez mais rápida.
Precisamos saber o que aconteceu há algumas horas, minutos e até no presente
segundo”. (MORITA, 2010, p.58). Com o crescimento de smartphones é importante que
o conteúdo chegue esses aparelhos. Por isso é fundamental ter uma estratégia de mobile
marketing.
p.262). A partir dessa mensuração são extraídos dados valiosos “para a análise do
comportamento do público-alvo e o ajuste das ações de marketing”. (GABRIEL, 2010,
p.262).
Outa ferramenta que o e-mail marketing oferece é a integração entre
plataformas permitindo “que as call-to-action direcionem ações às mais diversas mídias
– telefone, sites, televisão, redes sociais etc.” (GABRIEL, 2010, p.262).
O e-mail marketing tem como vantagem permitir aos profissionais de
marketing a possibilidade de integração com as redes sociais, utilizando o “envio de um
trecho do artigo por e-mail e o link do artigo completo em um blog, ou oferecem aos
clientes a opção de receber informações por meio de newsletter por e-mail”.
(STRAUSS; FROST, p.218, 2012).
Um fator importante é a permanência do e-mail que “pode ser guardado e
permanece com o público-alvo, permitindo que seja lido mais de uma vez em situações
distintas”. (GABRIEL, 2010, p.263). Além disso, o preço baixo é um fator estimulante,
pois “o custo de envio de produção e envio de e-mail marketing é barato quando
comparado ao de outras formas de comunicação direta, como mala-direta por correio,
por exemplo”. (GABRIEL, 2010, p.263).
Pode-se caracterizar o e-mail marketing pelo seu conteúdo multimídia, pois
“permite não apenas o uso de textos, mas também de imagens e até mesmo vídeos,
possibilitando o emprego da forma mais adequada de comunicação que impacte os
diversos tipos de públicos”. (GABRIEL, 2010, p.263).
“Os profissionais de marketing digital devem lembrar que o e-mail não é
simplesmente um correio postal sem papel e postagem”. (STRAUSS; FROST, p.218,
2012). “O e-mail oferece a oportunidade para o diálogo real com os individuais, bem
como um meio para desenvolver relacionamentos profundos e abrangentes com os
clientes, em vez de simplesmente utilizá-lo para adquirir clientes”. (STRAUSS;
FROST, p.218, 2012).
Segundo Gabriel (2010, p.263), “a segmentação com precisão permite
aprofundar o conhecimento de cada pessoa para a qual a mensagem será enviada”.
Ainda segundo Gabriel (2010, p.263), “em razão da especificidade da audiência, é
possível detalhar as mensagens de e-mail marketing de uma forma mais rica e
personalizada que nas demais plataformas de comunicação, que atingem audiências
mais amplas e gerais”.
36
2.3.5 E-commerce
longínquos rincões”. (MORITA, 2010, p.66). Já para quem vende as vantagens são
“menores custos fixos e de estoque, maior variedade de itens disponíveis nas prateleiras
e possibilidades de ofertas diferenciadas”. (MORITA, 2010, p.66). No presente “é cada
vez mais comum o mesmo produto ter preços diferenciados nas lojas virtuais e
convencionais da mesma rede”. (MORITA, 2010, p.66).
Os teóricos classificam o comércio eletrônico em cinco grandes categorias,
dependendo de quem está envolvido nas transações realizadas. A primeira delas é a
business to business (B2B). O business to business “tem avançado tanto na quantidade
quanto na qualidade e profundidade das transações”. (MORITA, 2010, p.66). A
tecnologia avançou e atualmente “muitas empresas possuem sistemas de gerenciamento
cada vez mais integrados, facilitando a vida dos gestores”. (MORITA, 2010, p.67). Com
os bancos de dados as “informações detalhadas podem ser obtidas tanto das áreas
funcionais – finanças, vendas, produção – quanto dos processos produtivos – fabricação,
vendas, estoque, recebimento”. (MORITA, 2010, p.67).
Porém para que o usuário saiba que uma página de determinada empresa existe
ele precisa visualizar isso nos buscadores. Essa visualização se dá através de um a boa
colocação. Isso se dá através de estratégias de marketing de busca (SEM e SEO).
Segundo Gabriel (2010, p.253) “landing page é a página que aparece para uma
pessoa quando ela clica um anúncio, link de um resultado de busca (orgânica ou links
patrocinados), link em uma peça de e-mail marketing. Assim sendo a landing page “é a
página onde a pessoa vai “aterrissar” na web depois de clicar um link com algum tipo
de anúncio”. (GABRIEL, 2010, p.354).
Para se manter a unidade “essa página deve mostrar um conteúdo que é uma
extensão do anúncio ou link clicado, pois, caso contrário a pessoa não reconhece a
conexão com o que está buscando e não permanece na página”. (GABRIEL, 2010,
p.354). Ainda para Gabriel (2010, p.354), “a função da landing page não é apenas atrair
o público-alvo, mas também, principalmente, realizar o objetivo de marketing da
página, convertendo visitantes em usuários, de acordo com o plano estabelecido”.
No próximo capítulo do presente trabalho será realizada a coleta de dados em
relação à Nike e a análise dos mesmos com embasamento teórico nos autores citados no
Capítulo 2.
39
obras que as contêm”. (GIL, 2002, p.44). Nesse trabalho foram utilizadas várias
referências bibliográficas para se ter conceitos baseados em autores como Kotler, Cobra,
Sandhusen, Pinho, Gabriel, entre outros. Através desses conceitos se pode analisar as
informações coletadas com um embasamento teórico.
A pesquisa bibliográfica tem como principal vantagem “permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela
que poderia pesquisar diretamente”. (GIL, 2002, p.45). Ainda segundo Gil (2002, p.45),
“essa vantagem torna-se particularmente importante quando o problema de pesquisa
requer dados muito dispersos pelo espaço”.
Por fim, será feito um estudo de caso que tem pode ser dividido em sete etapas
que segundo Gil (2002, p.137), são a “formulação do problema, definição da unidade-
caso, determinação do número de casos, elaboração do protocolo, coleta de dados,
avaliação e análise dos dados, e preparação do relatório”.
Para que se entenda o contexto do nascimento, crescimento e expansão da Nike
será feito um histórico da empresa.
Ilustração 6: Swoosh
Fonte: Mundo das Marcas (2015).
Entre os anos de 1993 e 1997, a Nike passou por um período difícil da sua
história, “devido a um plano de expansão e acusações de utilização de mão infantil em
suas fábricas no continente asiático, o que levou a uma forte queda nas vendas e
consequentemente no faturamento”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015). Em
consequência disso foi necessário um reposicionamento da Nike “decidimos que éramos
uma empresa de artigos esportivos e não apenas uma empresa de calçados”, afirmou
Phill Knight tempos depois”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015). “A nova visão
traduziu-se em contratos de publicidade e patrocínios que tinham como objetivo
alcançar uma audiência esportiva mais ampla, patrocinado assim atletas individuais,
como o jogador de golfe Tiger Woods”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015).
Em 2002 a Nike “anunciou a compra da marca de roupas e equipamentos de
surfe Hurley. No ano seguinte, adquiriu por U$ 305 milhões a fabricante do tradicional
tênis All Star, a Converse”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015). “A compra da marca All
Star iria ajudar a ocupar um espaço que a empresa ainda não havia conseguido se fixar:
tênis de preço mais acessível”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015).
Em 2006 a Nike lança a campanha Joga Bonito. Nessa campanha, “o ex-
jogador francês Eric Cantona, frustrado com os aspectos negativos do futebol, cria uma
emissora para transmitir seu próprio manifesto defendendo os atributos que podem
salvar o esporte que ele ama: honra, garra, habilidade, alegria e espírito de equipe”.
(MUNDO DAS MARCAS, 2015).
“Atualmente a Nike trabalha com duas grandes categorias de produtos:
Performance (produtos para uso esportivo) e Sport Culture (produtos para uso casual
inspirados no esporte)”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015). Um dos lançamentos mais
recentes é o Nike Roshe Flyknit, “um tênis cujos designers da empresa conseguiram
criar um estilo dinâmico ao reunir 12 cores diferentes de fios que foram trabalhados em
ordem aleatória para criar os cabedais, fazendo como que não existam tênis exatamente
iguais”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015).
“Por tudo isso, a Nike pertence àquele escasso time de empresas reputadas por
revolucionar o setor em que operam”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015). Considerada
a “maior fabricante mundial de artigos esportivos, a empresa foi pioneira no movimento
de terceirização da produção, que acabou por se tornar um padrão global”. (MUNDO
DAS MARCAS, 2015). “Sem fábricas próprias, a Nike passou a se concentrar na
inteligência de marketing, design e inovação”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015).
44
Nike, essa experiência ajudou a fidelizar clientes e divulgar a marca com custos muito
baixos”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015).
3.1.1 Comunicação
Em 1987 ocorreu uma campanha que teve como nome Revolução, tendo como
destaque o tênis Nike Air, que permitia ver o sistema de amortecimento. No ano
seguinte, em 1988, aconteceu uma campanha denominada Just do It, que se tornou o
slogan da Nike, chamando os consumidores para a prática de atividades físicas.
(PAOLUCCI; AZEVEDO JUNIOR, 2007, p.10).
Em 1992, aconteceu uma campanha que tinha como nome Hare Jordan na qual
o jogador de basquete americano Mike Jordan contracenava com o personagem Bugs
Nunny (Pernalonga). (PAOLUCCI; AZEVEDO JUNIOR, 2007, p.10).
Em 1997, quando Ronaldo foi escolhido o melhor jogador do mundo pela Fifa,
a Nike fez a campanha Ronaldo FIFA que teve como finalidade fazer a ligação entre a
Nike e atletas de ponta. (PAOLUCCI; AZEVEDO JUNIOR, 2007, p.11).
Em 2000 com a campanha Beach Soccer ocorreu um reposicionamento da Nike
no qual se associava a performance diferenciada de seus patrocinados à qualidade da
empresa. Tinha como intenção passar a mensagem de que seus atletas utilizam seus
produtos tanto para a prática profissional de esportes como para os momentos de lazer.
(PAOLUCCI; AZEVEDO JUNIOR, 2007, p.11).
Ainda no ano de 2000 foi lançada a campanha Anti-stress, que tinha como
objetivo mostrar a prática de atividades físicas como uma forma de relaxar e aliviar as
tensões do cotidiano. (PAOLUCCI; AZEVEDO JUNIOR, 2007, p.11).
No ano de 2001 entrou no ar a campanha denominada Shox boing, que teve
como foco o lançamento da linha de amortecimento Shox. Essa campanha tinha como
plano de fundo a ideia de que todo mundo usa, sendo ressaltado os atletas do dia a dia e
não mais os atletas de ponta. (PAOLUCCI; AZEVEDO JUNIOR, 2007, p.11).
Em 2001 foram lançadas duas campanhas com ideia similar, a Street Basketball
e a Street Football que mostravam atletas de ponta patrocinados pela Nike, jogando e
se divertindo, mostrando suas habilidades, ginga e competência. Um fator que chama a
atenção nessas duas campanhas é a sincronia que ocorre entre a música e o jogo.
(PAOLUCCI; AZEVEDO JUNIOR, 2007, p.11).
O ano de 2002 teve como campanha o Torneio Secreto na qual 24 atletas da
elite mundial do futebol disputavam um torneio secreto em um navio e o primeiro que
fizesse um gol ganhava a partida. Essa campanha envolveu vários canais de
comunicação como rádio, tv, cinema, meio digital, outdoor entre outros. Como teaser a
Nike tinha espalhado escorpiões grafitados, representando a capacidade de ataque.
(PAOLUCCI; AZEVEDO JUNIOR, 2007, p.12).
A campanha mais recente feita para a Nike+, no ano de 2015, tem como nome
“Your Year”. Com a chamada “Outdo You” ela incentiva os usuários a superarem seus
próprios limites, afirmando que o ano de 2014 foi apenas um “aquecimento” para o ano
de 2015.
Buscas pagas
Ano Mês Buscas orgânicas (Google) Total
(AdWords)
Jan - - -
Fev - - -
Mar - - -
Abr - - -
Mai - - -
Jun - - -
2011
Jul 5.822 - 5.822
Ago 5.698 - 5.698
Set 5.698 - 5.698
Out 5.720 - 5.720
Nov 5.720 - 5.720
Dez - - -
Total 28.658
Ilustração 15: Comparação entre busca orgânica e busca paga – 2011
Fonte: Semrush (2015).
52
Buscas pagas
Ano Mês Buscas orgânicas (Google) Total
(AdWords)
Jan - -
Fev - -
Mar - -
Mai - -
Jun - -
2013
Jul 2.498 - 2.498
Através da tabela acima se nota que até o mês de Setembro do ano de 2013 se
obteve poucos acessos através da busca orgânica e até aquele momento não tinha sido
contabilizada nenhuma visita através de busca paga. A partir do mês de Outubro ocorreu
um aumento significativo no fluxo, com 44.4118 acessos através da busca paga e cerca
de 4.977 acessos através da busca orgânica.
Se nota uma conexão de ações entre a busca paga e a busca orgânica. A partir
do momento em que se tem um investimento nas buscas pagas, consequentemente
ocorre um aumento nas buscas orgânicas.
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Buscas pagas
Ano Mês Buscas orgânicas (Google) Total
(AdWords)
Buscas pagas
Ano Mês Buscas orgânicas (Google) Total
(AdWords)
A utilização das redes sociais é essencial para qualquer empresa que queira
criar e manter uma comunicação ativa com o cliente. Além de um importante canal de
comunicação, se pode interagir e promover produtos e serviços através do seu alcance
mundial e de seu custo reduzido.
Analisando-se redes sociais da Nike nota-se uma interligação, se utilizando o
Facebook, o Twitter, o YouTube, o Instagram e o Google +, para manter seu público
atualizado sobre o lançamento de novos produtos, informar sobre eventos que ocorrem
e divulgar conteúdo relevante para os consumidores de seus produtos.
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No Brasil, as principais páginas são Nike Sportwear, Nike Corre (Nike +), Nike
Skateboarding e Nike Futebol além das páginas dos aplicativos, como Nike + Running.
As redes sociais possuem um custo/benefício extremamente vantajoso em
relação ao meio não digital. Somente a página da Nike Corre (Nike +) possui 2,5
milhões de curtidas, ou seja, são milhões de pessoas que irão visualizar novidades e
conteúdo em relação aos produtos da empresa à um investimento muito baixo. (NIKE+,
2015).
Os conteúdos abordados nas redes sociais variam. As postagens tratam de
assuntos como o lançamento de novos produtos, eventos que acontecerão, interações
com o público, dicas sobre como melhorar o rendimento nas atividades físicas entre
outros assuntos que são de interesse do público.
Outro meio de comunicação utilizado pela empresa para entrar em contato com
o público é o e-mail marketing.
entre e-mail marketing e site faz aumentar o resultado de buscas orgânicas do site,
melhorando sua posição nos sites de pesquisa, como Google.
Isso mostra que para se ter um resultado satisfatório na comunicação digital se
deve trabalhar com as ferramentas disponíveis de forma integrada, fazendo com que a
possibilidade de conversão seja maior.
Além do benefício de manter informado o usuário, a periodicidade do e-mail
marketing ajuda na formação do branding da Nike, pois a repetição gera a fixação.
3.2.4 Site
A partir de análise nota-se que o site é uma das principais ferramentas em uma
campanha digital, pois é lá que a maioria das conversões serão realizadas, onde os
usuários encontrarão maior número de informações sobre os produtos e serviços de uma
empresa e um dos principais meios de comunicação da empresa com o público e vice-
versa.
“A comunidade Nike Plus conta com mais de 5.5 milhões de usuários, já obteve
60 milhões de acessos em 160 países”. (MUNDO DAS MARCAS, 2015). Nessa
comunidade se pode trocar informações entre pessoas, comparar dados coletados
durante a corrida, compartilhar playlists para embalar os exercícios, entre outras opções
de interação.
Essas ações são feitas através de aplicativos de coleta de dados, ou através de
outros produtos da Nike, como o Nike + SportWatch GPS. O site Nike + é o canal
utilizado para a disponibilização desses dados.
Uma campanha com o nome “Encontre sua grandeza” foi realizada integrando
duas redes sociais. Nessa camapanha se foi realizado um post no Facebook com um link
no final do post apontando para a página do YouTube da Nike +, onde o cliente pode
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visualizar um vídeo que incentiva o usuário a ultrapassar suas próprias barreiras e então
encontrar sua própria grandeza. (NIKE+, 2015).
Através da análise, constata-se que a Nike utiliza algumas outras ações nas
redes sociais como posts de interação com o público, de dicas de saúde, reunião para
treinos
As redes sociais também são utilizadas como meio de divulgação para os
aplicativos da Nike, como é o caso da Nike Running App e o Nike Traning Club.
(NIKE+, 2015).
O Nike Running App é um aplicativo para monitorar os treinos. Ele serve para
ter um controle maior sobre informações como percurso, distância, ritmo, tempo e
calorias queimadas e criar a própria playlist de músicas para a corrida. (NIKE, 2015).
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Esses aplicativos podem ser baixados gratuitamente para celulares que utilizam
o sistema Android ou iOS através do Facebook, do Google Play ou da Apple Store.
Pode-se também assistir aos treinos através de uma TV ou de um tablete, usando um
cabo HDMI. (NIKE, 2015).
A Nike disponibiliza dispositivos para aprimorar o desempenho dos usuários
nas corrida e práticas esportivas.
Existe dois tipos de dispositivos que a Nike comercializa para o público, sendo
eles o relógio Nike + SportWatch GPS e o sistema integrado entre tênis e o iPod.
O relógio Nike + SportWatch GPS pode armazenar até 15 horas de corrida,
tem uma bateria de duração de 8 horas, é resistente à água e à transpiração e pode se
conectar à rede Nike + através de um cabo USB e do software Nike + Connect. (NIKE
PLUS, 2015). Tem como funções medir o ritmo da corrida, as calorias gastas,
monitoramento de batimentos cardíacos, marca as voltas e os intervalos, além de possuir
um GPS integrado. As informações coletadas pelo relógio podem ser disponibilizadas
no site Nike +. (NIKE PLUS, 2015).
Através da análise do site Nike Plus constata-se que além do relógio existe
também a possibilidade de integração entre tênis da Nike e o iPod Nano, da Apple. Foi
através desse dispositivo que teve início a comunidade Nike+.
Esse dispositivo exerce algumas funções como medir a distância percorrida, o
ritmo, medir a quantidade de calorias gastas além de se reproduzir música. (NIKE
PLUS, 2015).
4 CONCLUSÃO
5 REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2002.
KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 12. ed. São Paulo:
Pearson, 2007.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: Conceitos, exercícios e casos. 4 ed. São
Paulo: Atlas S.A., 1997.
MORITA, Marcos. Marketing digital. 1. ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010.
PINHO, José Benedio. Comunicação em marketing. 5. ed. São Paulo: Papirus, 2001.
THIAGO, Assis. WEB 3.0 – Internet Viva e Inteligente. Mas já?. Disponível em:
<http://www.tiespecialistas.com.br/2013/03/web-3-0-internet-viva-e-inteligente-mas-
ja/>. Acesso em: 19 abr. 2015.