Construções Rurais
Construções Rurais
Construções Rurais
ÍNDICE
ASSUNTO Página
Programa da disciplina 3
Data das avaliações 5
Referências bibliográficas 6
Projetos rurais 7
I- Materiais de construção 8
Areia 11
Pedra 13
Cal 14
Cimento 15
Produtos cerâmicos 17
Madeira 18
Concreto 20
Dosagem do concreto 24
Exercícios - Materiais de construção 27
Resistência dos materiais 30
Laje 33
Exercícios – Laje 41
Pilar 42
Exercícios – Pilar 45
Orçamento 46
Cronograma 47
Anexos 48
Cimento 49
Madeiras 52
Confecção do concreto 53
3
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
IDENTIFICAÇÃO
DISCIPLINA CURSOS DEPARTAMENTO
CONSTRUÇÕES RURAIS AGRONOMIA CIÊNCIAS AMBIENTAIS E
ZOOTECNIA TECNOLÓGICAS
PRÉ-REQUISITOS
DESENHO - FÍSICA
PROFESSOR
FRANCISCO XAVIER DE OLIVEIRA FILHO
CARGA HORÁRIA
o
TEÓRICA-PRÁTICA N DE CRÉDITOS CARGA HORÁRIA TOTAL
45 3 45
OBJETIVO
Dar um conhecimento básico sobre a técnica de construção de tal forma que, através
de métodos de racionalização da produção, de instalações para animais, casas rurais,
edificações, conforto térmico e armazenamento se possa alcançar uma maior produtividade
agropecuária.
EMENTA
Materiais de construção;
Composição de traço;
Estudo elementar do concreto;
Cálculo estrutural;
Etapas de uma construção;
Orçamento;
Cronograma;
Projetos rurais.
4
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
o
N DA UNIDADE No de HORAS
UNIDADE T P TP
I MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: 15
1.1. Agregados
1.1.1. Areia:
1.1.1.1. Classificação.
1.1.1.2. Tipos de acordo com sua procedência.
1.1.1.3. Módulo de finura.
1.1.1.4. Impureza.
1.1.1.5. Umidade.
1.1.1.6. Inchamento.
1.1.1.7. Uso.
1.1.2. Pedra:
1.1.2.1. Extração.
1.1.2.2. Desmonte das rochas.
1.1.2.3. Propriedades.
1.1.2.4. Uso.
1.1.3. Brita:
1.1.3.1. Tipos de britador.
1.1.3.2. Tipos de peneiras.
1.1.3.3. Diâmetro máximo.
1.1.3.4. Classificação em função do seu diâmetro.
máximo.
1.1.3.5. Uso
1.1.4. Pedregulho ou seixo rolado
1.2. Aglomerantes
1.2.1. Cal:
1.2.1.1. Obtenção de cal virgem.
1.2.1.2. Cal extinta.
1.2.1.3. Uso.
1.2.2. Cimento Portland:
1.2.2.1. Composição mineralógica.
1.2.2.2. Operação da fabricação.
1.2.2.3. Classes.
1.2.2.4. Uso.
1.3. Materiais cerâmicos
1.3.1. Tijolos:
1.3.1.1. Tipos.
1.3.1.2. Vantagens do tijolo furado sobre o maciço.
1.3.1.3. Uso.
1.3.2. Telha:
1.3.2.1. Tipos.
1.3.2.2. Características.
1.4. Madeiras:
1.4.1. Tipo.
1.4. 2. Preservação.
5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
No DE REFERÊNCIAS
ORDEM
REFERÊNCIAS
1 ABNT. Instalações elétricas de baixa tensão. 2a ed. Rio de Janeiro, ABNT, 1990.
174p. (NBR 5410/90).
2 ARAÚJO, R.C.L.; RODRIGUES, E.H.V.; FREITAS, E.G.A. Materiais de
construção. Rio de Janeiro, Editora Universidade Rural, 2000. 203p. (Coleção
Construções Rurais, 1)
3 BERALDO, A.L.; NÄÄS, I.A.; FREIRE, W.J. Construções rurais. Materiais. Rio de
Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1991. 167p.
4 CAPUTO, H.P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Vol. 1 e 2. Rio de Janeiro,
Livros Técnicos e Científicos, 1977.
5 CARNEIRO, O. Construções rurais. São Paulo, Nobel, 1979. 719p.
6 COSERN. Norma para fornecimento de energia elétrica em baixa tensão,
320/220V. Natal, COSERN,1990. 41p.
7 COTRIM, A. A. M. B. Instalações elétricas. 3ª ed. São Paulo, Mc Graw Hill, 1982.
423p.
8 CREDER, H. Instalações elétricas. 11 ed. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e
Científicos, 1991. 489p.
9 NASH, W. Resistências dos materiais. São Paulo, Schaum / McGraw-Hill, 1985.
521p.
10 PEREIRA. M.F. Construções rurais. São Paulo, Nobel, 1986. 331p.
11 PETRUCCI, E. Materiais de construção. In: VARGAS, M.; PETRUCCI, E.; CASTRO,
S.; NEVES, E. Manual do engenheiro. Vol.4. Porto Alegre, Globo, 1979, p. 321-
496.
12 PIANCA, J.B. Manual do construtor. Porto Alegre, Globo, 1979. 169p.
13 PIANCA, J.B.; PIANCA, P. Construção civil. In: PIANCA, J.B.; PIANCA, P.;
BLESSMANN, J.; SAN MARTIN, F.J. Manual do engenheiro. Vol. 7. Porto
Alegre, Globo, 1979. p.1-278.
14 SAN MARTIN, F.J. Teoria e cálculo das lajes. In: PIANCA, J.B.; PIANCA, P.;
BLESSMANN, J.; SAN MARTIN, F.J. Manual do engenheiro. Vol. 7. Porto
Alegre, Globo, 1979. p.375-705.
15 SENAR. Construções rurais. Vol. 1 e 2. Brasília, SENAR,. 1981. (CBR – Coleção
Básica Rural, 17)
16 TCPO-7. Tabelas de composições de preços para orçamento. São Paulo, Pini.
1980. 702p.
17 VARGAS, M.; Fundações. In: VARGAS, M.; PETRUCCI, E.; CASTRO, S.; NEVES,
E. Manual do engenheiro. Vol.4. Porto Alegre, Globo, 1979, p. 184-319.
18 HOPKINSON, P. R.G. Iluminação natural. Lisboa, Fundação Calousste
Gulbenkian, 1966, 776 p.
19 I. A. ALENCAR. Conforto térmico e produção animal. Fortaleza, UFC,
Departamento de Engenharia Agrícola. 1986. 105p.
20 OLIVEIRA, P. N. Engenharia para aqüicultura. Recife. UFRPE. 1999. 290p.
7
3 - PLANTA DE SITUAÇÃO.
4 - PLANTA DE LOCAÇÃO.
5 - PLANTA DE COBERTURA.
6 – ESPECIFICAÇÕES.
7 – CRONOGRAMA.
8 – ORÇAMENTO.
9 - MEMÓRIA DE CÁLCULO
______:_____ POCILGA
8
I - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:
- HISTÓRICO: Desde de épocas remotas que o homem se utiliza dos materiais encontrados na
natureza para construir seus abrigos e proteger-se das intempéries climáticas.
MATERIAIS
NATURAIS ARTIFICIAIS
NATURAIS: São os materiais utilizados da forma em que se encontram na natureza, como as areias
e os pedregulhos.
ARTIFICIAIS: São os materiais resultantes de um processo industrial de transformação, como
tijolos, telhas, cal, cimento.
- É considerado um bom material de construção aquele que melhor atende às condições exigidas pela
obra. Na escolha do material adequado devem ser consideradas as seguintes características:
TÉCNICAS, ECONÔMICAS E ESTÉTICAS.
CONDIÇÕES DE EMPREGO
CONDIÇÕES TÉCNICAS:
RESISTÊNCIA: O material deve apresentar resistência mecânica compatível com os esforços a que
vai ser submetido.
TRABALHABILIDADE: Adaptabilidade e aplicabilidade do material em virtude de seu peso,
forma, dimensão, dureza e plasticidade.
DURABILIDADE: Caracteriza-se pela resistência que o material oferece às ações dos agentes
exteriores.
HIGIENE: O material não deve causar danos à saúde do operador.
CONDIÇÕES ECONÔMICAS: Constituem requisito de grande importância a ser observado na
aquisição de um material para construção. Deve-se considerar o custo de seu transporte, sua aplicação
e montagem e sua conservação. Considerar o custo de aquisição versus durabilidade, aplicação,
transporte, conservação e mão de obra especializada.
ESTÉTICA: Embora não seja prioritária de forma geral, dependendo do objetivo da construção, o
projeto deverá apresentar um conjunto harmonioso para fachadas e acabamentos.
Obs.: A ABNT é responsável pela padronização, terminologia e normatização dos materiais de
construção.
AGREGADOS
I - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:
AGLOMERANTES
- Sua principal função na composição das argamassas e concretos é econômica, mas também tem
influencia decisiva na qualidade final desses produtos, ajudando a aumentar a resistência mecânica
ao desgaste e ao fogo e diminuindo a retração.
AGREGADO FINO OU MIÚDO: O agregado é considerado como fino quando o seu diâmetro
máximo é menor ou igual 4,8mm (Dmax1 < = 4,8mm).
1
DIÂMETRO MÁXIMO - (Dmax): É a abertura da malha da peneira na qual o percentual retido
acumulado é inferior ou igual a 5%.
10
a) AGREGADO FINO:
11
a.1) - AREIA
FINA
a.1.1) CLASSIFICAÇÃO: MÉDIA
GROSSA
AREIA FINA: A que passa na peneira 0,3mm ou o módulo de finura 2 < 2,39
AREIA MÉDIA: A que passa na peneira 1,2 mm e é retida na 0,3 mm ou
2,39 < = módulo de finura < 3,87
AREIA RIO
a.1.2) - TIPOS DE ACORDO COM SUA PROCEDÊNCIA: AREIA DE MAR
AREIA DE MINAS
AREIA DE RIO: É obtida através de dragagem dos leitos dos rios, nos locais onde a velocidade é
menor. Essa areia é constituída pelos grãos das rochas, os quais foram carregados pela água e
sedimentados nos locais de baixa velocidade. Comumente é limpa, possui grãos arredondados e
polidos. A composição granulométrica varia de rio para rio.
AREIA DE MAR: É obtida nas praias ou suas proximidades. Seus grãos são finos e possuem forma
arredondada. Possui o inconveniente de apresentar cloretos os quais prejudicam a qualidade das
2
Módulo de finura: A soma dos percentuais retidos acumulados dividido por 100. Obs.: As peneiras adicionais não são
computadas.
12
argamassas. Pode ser usada em obras marítimas e no caso de ser utilizada em outras obras deve-se
fazer uma lavagem com água doce.
AREIA DE MINAS: Encontra-se nos depósitos sedimentados de épocas passadas, como nos leitos
dos rios que secaram ou então em regiões que foram inundadas. Deve-se fazer uma lavagem neste
tipo de areia para retirar as impurezas.
ARGILA
a.1.3) - IMPUREZAS: MATERIAL PULVERULENTO
MATÉRIA ORGÂNICA
ARGILA: Caso a argila esteja bem distribuída e em pequenas quantidades ela poderá ser benéfica na
qualidade das argamassas ou concretos. A presença de torrões de argila na areia é prejudicial,
devendo ter no máximo 1,5% (NBR 7211/83).
MATÉRIA ORGÂNICA: A matéria orgânica é a impureza mais frequente presente nas areias. Em
geral são detritos de origem vegetal encontrados sob a forma de partículas minúsculas. A matéria
orgânica torna mais demorado o endurecimento da argamassa, provoca trincas, prejudica a reação
química do cimento e induz a corrosão da ferragem.
a.1.4) UMIDADE: O teor de água (Ta) na areia é um dado importante, pois o mesmo altera
substancialmente o fator água/cimento. Além disso, é necessário fazer correção no traço quando a
areia apresenta umidade.
Ph - Ps
Ta(%) = ----------- x 100
Ps
Onde, Ta = teor de água
Ph = peso úmido
Ps = peso seco
b.1) - PEDRA: Deve ser resistente, não desagregável e não sujeita a decomposição pela ação de
agentes exteriores, como umidade, sol, etc.
EXPLORAÇÃO À CÉU ABERTO
b.2) - EXTRAÇÃO: EXPLORAÇÃO POR MEIO DE GALERIA
EXPLORAÇÃO À CÉU ABERTO: Este processo é usado quando a rocha aflora ou quando a
camada de terra sobre a rocha é de pequena espessura.
b.4) – PROPRIEDADE: Avalia-se a durabilidade de uma pedra pela sua capacidade de resistir aos
agentes destrutivos mecânicos ou químicos.
BRITADOR DE ROLOS: Consiste de dois rolos que giram em sentido contrário e são espaçados de
certa distancia. A superfície do rolo pode ser lisa ou dentada.
BRITADOR DE MARTELO: Nos britadores de martelo o material é jogado através de pás móveis,
contra a superfície interna do britador e o choque provoca a trituração das pedras.
BRITADOR DE BOLAS: Os britadores de bolas consistem de um cilindro fechado, no qual se
coloca as pedras e algumas bolas de aço. O cilindro girando, as bolas giram desordenadamente
chocando-se com as pedras e fazendo a trituração.
OBS.: Após a realização da britagem o material deve ser peneirado.
b.5.2) - TIPOS DE PENEIRAS: CILÍNDRICAS DE MOVIMENTO ROTATIVO
14
Confecção de concreto
b.7) USO (brita, seixo): Soltas sobre pátio
Revestimento de ambientes abertos
CAL EXTINTA OU APAGADA: É a transformação dos óxidos em hidratados, pela adição da água.
CaO + H2O Ca (OH)2 + CALOR
15
Nome técnico CP Sigla Classe (resistência aos 28 dias) Identificação do tipo e classe
Cimento Portland Comum CP 1 25 CO I – 25
32 CO I – 32
40 CO I – 40
GIPSO: É o sulfato de cálcio hidratado - CaSO 42h2O- que é adicionado ao cimento Portland na fase
final de sua fabricação com o propósito de retardar o tempo de pega. É encontrado em estado natural
nas jazidas com o nome de gesso.
PREPARO E DOSAGEM DA
MISTURA CRUA;
HOMOGENEIZAÇÃO;
1.2.2.4. OPERAÇÕES DE FABRICAÇÃO CLIQUERIZAÇÃO ;
ESFRIAMENTO;
ADIÇÕES FINAIS E MOAGEM;
ENSACAMENTO.
PREPARO E DOSAGEM DA MISTURA CRUA: Calcário e argila em proporções pré-
determinadas são enviadas ao “moinho de cru” onde processa-se a redução dos diâmetros das
partículas e inicia-se a mistura interna das matérias primas.
16
Portland Comum
Alto-Forno
1.2.2.3 TIPO DE CIMENTO: Pozolânico
Alta Resistência Inicial
Branco
- Branco: Diferencia dos demais pela coloração, sendo que no processo de fabricação do seu
clinquer é eliminado o ferro contido na argila.
TELHA CERÂMICA: Na fabricação das telhas são usados o mesmo processo e a mesma matéria-
prima do tijolo cerâmico. A diferença está na argila, que deve ser fina e homogênea, aumentando
assim, a impermeabilidade e diminuindo deformações na peça durante o cozimento.
QUALIDADES:
1 - Regularidade de forma e dimensão;
2 - Arestas finas e superfícies sem rugosidade;
3 - Homogeneidade de massa sem trincas;
4 - Fraca absorção de água;
5 – Impermeabilidade (não apresentar vazamento ou formação de gotas);
6 - Peso reduzido.
USO: Coberturas
1.4. MADEIRA: É um material de construção de múltiplas aplicações que vem sendo utilizado
desde épocas remotas.
- Toda madeira empregada em construções deve ser seca, sem furos e desempenada.
- A madeira, como material de construção é um produto do beneficiamento do tronco de árvores, que
é conhecido como “lenho”.
- Lenho: É o núcleo do tronco, sendo, portanto, a parte resistente da árvore. É constituído pelo
alburno que é a parte mais externa, e pelo cerne que é a parte central do tronco, sendo formado por
células mortas ou esclerosadas. Este fato torna-o mais resistente visto não existir nesta região a seiva,
e consequentemente não ser atrativo a insetos e outros agentes de deterioração.
- A madeira como material de construção é depois do aço o material mais utilizado.
1.4.1 - VANTAGENS:
- Fácil deterioração quando exposta à ação do tempo ou em contato com a umidade sem proteção
conveniente, ficando vulnerável à ação de agentes destruidores: fungos e bactérias (podridão),
insetos, moluscos;
- Perda de qualidade quando usada verde ou sem a devida secagem;
- É combustível.
1.4.3.1 - Umidade: Após a extração da árvore, sua seiva permanece no material em três estados: a
água de constituição, a de impregnação e a livre.
- Água de constituição: Não pode ser eliminada nem na secagem, sendo portanto impossível a sua
retirada. Quando a madeira contêm somente esta água diz-se que a madeira está completamente seca.
Para atingir esta condição basta a madeira ser deixada em estufa a uma temperatura de 100 a 150°C.
- Água de impregnação: aparece entre as fibras e células lenhosas. Esta água provoca um
inchamento considerável na madeira, alterando todo o comportamento físico mecânico do material.
Quando esta água impregna toda a madeira sem escorrimento diz-se que a madeira atingiu o teor de
umidade de saturação ao ar.
- Água livre: Após a madeira se encontrar neste estado qualquer outro incremento de umidade pouco
importa na sua qualidade, pois está somente preenchendo vasos capilares.
MADEIRA DE PEQUENA RESISTÊNCIA: São mais leves e logo apodrecem quando expostas
sem pintura ou preservativos aos agentes do tempo ou em contato com a umidade.
Exemplos: Pinho, Cedro, Canela, Maçaranduba.
IMPREGNAÇÃO SUPERFICIAL;
1.4.5.1 - MEIOS DE PROTEÇÃO: IMPREGNAÇÃO SOB PRESSÃO REDUZIDA
IMPREGNAÇÃO SOB PRESSÃO ELEVADA.
Cobertura
Fundações
Acabamento
1.4.6 - USO: Estrutura
Matéria prima para papéis, resinas, plásticos
Como combustível
2.1 - CONCRETO: É um aglomerado artificial, obtido pela mistura do aglomerante, areia, brita e
água. O concreto é um material de construção utilizado desde a época do império romano, era
constituído por uma mistura homogênea de aglomerantes, cal, cinza vulcânica, pozolana natural e
água. Com estes materiais foram realizadas imensas obras de engenharia
DILATAÇÃO TÉRMICA;
2.1.1- PROPRIEDADES: PERMEABILIDADE;
RESISTÊNCIA.
PERMEABILIDADE: todo concreto é permeável. Deve- alisar a superfície com algum aditivo para
evitar a permeabilização.
RESISTÊNCIA: A resistência aumenta continuamente com o tempo. Esse aumento é maior nos
primeiros dias (até 2 anos). Depois é muito lentamente. Quanto maior o fator água/cimento, menor a
resistência.
21
CURA: A cura do concreto é uma operação que consiste em evitar a evaporação prematura da água,
tendo como objetivo evitar fissuras por retrações, preservando a qualidade final para dar o máximo
de durabilidade ao concreto endurecido.
- È recomendado que se inicie o processo de cura logo após a pega e mantido no mínimo durante os 7
primeiros dias de idade do concreto, o ideal é que estenda até 14 dias. A cura pode ser efetuado
através dos métodos:
- Molhagem contínua da superfície do concreto;
- Proteção por tecidos de aniagem mantidos úmidos na superfície do concreto - pó de serra, areia ou
sacos vazios de cimento desde que mantidos úmidos poderão ser utilizados para cura do concreto;
- Lonas plásticas ou papéis betumados impermeáveis, mantidos sobre a superfície exposta e de cor
clara para evitar aquecimento e retração térmica do concreto;
- Aplicação de produtos químicos através de emulsões que formam películas impermeáveis sobre a
superfície do concreto.
- Nas fábricas de pré-moldados de artefatos de concreto é bem aceito aplicar o processo de cura a
vapor, em torno de 24 h obtém aproximadamente 80% da resistência de 28 dias.
Início de pega: Define-se o início de pega como o intervalo de tempo transcorrido desde a adição de
água ao cimento até o momento em que a agulha de Vicat correspondente penetra na pasta até uma
distância de (4+1)mm da placa base, ou seja, é o instante em que a pasta começa a endurecer perdendo a
sua plasticidade.
- O tempo de vibração, esta limitado entre 10 e 30 segundos, mais isto depende muito da altura da
camada, trabalhabilidade e plasticidade do concreto.
A mistura ideal tem por objetivo a obtenção de um sistema homogêneo onde todos os
componentes do concreto estejam em contato entre si. Para o concreto encontrar-se em boas
condições de homogeneidade, a sua composição deverá ser a mesma em qualquer ponto da massa, e
também ter a integridade, isto é, a mistura deve ser tal que todas as partículas sólidas estejam em
contato com a água de amassamento.
PESO;
- REPRESENTAÇÃO DO TRAÇO: VOLUME;
MISTO.
1 : Pa : Pb : Px
1 = kg do aglomerante;
Pa = kg de areia;
Pb = kg de brita;
Px = kg de água.
2.1.5.2. - TRAÇO EM VOLUME: 1/c : Pa/a : Pb/b : Px
- Fator água/cimento;
Idade;
Forma e granulometria dos agregados;
Tipo de adensamento;
Condições de cura.
2.3.1. - ROTEIRO:
24
- O fator água/cimento (Px) é a relação entre o peso da água e o peso do cimento empregado no
traço.
- Quanto maior for o fator água/cimento, menor será a resistência à compressão do concreto.
- A lei de Abrams (R=A/Bx) é utilizada no Brasil, para escolher o fator água/cimento apropriado à
obtenção da resistência desejada à compressão.
- Com o valor do Tc28, entra-se no gráfico 01 e determina-se o fator água/cimento.
350
300
T C 2 8 - R e s is t ê n c ia a o s 2 8 d ia s
250
200
150
100
50
0
0 ,5
0 ,6
0 ,7
0 ,8
0 ,4 8
0 ,5 6
0 ,6 2
0 ,6 4
0 ,7 8
0 ,4 6
0 ,5 2
0 ,5 4
0 ,5 8
0 ,6 6
0 ,6 8
0 ,7 2
0 ,7 4
0 ,7 6
0 ,8 2
F a t o r Á g u a - C im e n t o ( x )
4º) DETERMINAR O PESO DOS AGREGADOS ( Pm) ( peso dos agregados: areia + brita )
1ª ) Pm = P a + P b
100. Px
2º ) Pm = ----------- - 1
A%
5º) DETERMINAR O PESO DA AREIA (Pa).
- As Tabelas 02 e 03, fornecem a relação entre a quantidade de agregado graúdo e miúdo, para
obtenção de uma trabalhabilidade adequada, em função do tipo do agregado e das condições de
adensamento.
Tabela 02: Adensamento manual
% de areia
Agregado graúdo Fina Média Grossa
Seixo 34 39 44
Brita 44 49 54
7º) TRAÇO : 1 : Pa : Pb : Px
1000
Cc (CONSUMO DE CIMENTO) = ----------------------------------
26
1 Pa Pb
----- + ----- + ----- + x
c a b
c = peso específico real do cimento
a = peso específico real da areia
b = peso específico real da brita
Consumo de areia: Ca = Pa . Cc;
Consumo de brita: Cb = Pb . Cc;
Consumo de água: Cx = Px . Cc.
V
h = ----------------
1400 (Lxc)
EXERCÍCIOS:
2-) Cite as condições de emprego que um material de construção deve apresentar e comente sobre
duas delas.
Dmax:__________________________ Classificação:_______________________
ABERTURA MATERIAL PERCENTAGEM PERCENTAGEM
EM mm RETIDO RETIDA RETIDA ACUMULADA
76 mm 0
50mm 0
38 mm 0
25 mm 0
19 mm 5
9,5mm 10
4,8mm 5
2,4mm 105
1,2mm 100
0,6mm 100
0,3mm 75
0,15mm 100
TOTAL 500g
Dmax:_________________ Classificação:______________________________
8-) Qual o tipo de impureza mais frequente na areia e o que ela provoca?.
9-) Determine o teor de umidade de uma areia com peso úmido de 150g e peso seco de 120g.
11-) Quais são as qualidades que uma pedra deve apresentar para que possa ser utilizada como
material de construção?
20-) Quais as condições para que uma madeira possa ser considerada como seca ?
DADOS:
Teor de água = 10%;
Traço com 25 kg de cimento;
Tensão de ruptura = 200 kgf/cm2
Controle rigoroso;
Adensamento mecânico;
Agregado graúdo = brita;
Agregado miúdo = areia grossa
Peça: Altura = 0,10m;
Largura = 10,0m;
Comprimento = 20,0m
Menor distância entre os ferros = 0,05m
Dados:
Teor de água = 5%;
Traço com 50 kg de cimento;
Tensão de compressão aos 28 dias = 225 kgf/cm2
Controle razoável;
Adensamento manual;
Agregado graúdo = seixo;
Agregado miúdo = areia média
Peça: Altura = 0,10m;
Largura = 5,0m;
Comprimento = 10,0m
33 – Dados:
Traço com 100 kg de cimento;
Tensão de compressão aos 28 dias = 150 kgf/cm2
Controle regular;
Adensamento mecânico;
Agregado graúdo = seixo;
Agregado miúdo = areia grossa
Peça: Altura = 0,10m;
Largura = 5,0m;
Comprimento = 10,0m
Menor distância entre os ferros = 0,05m
RESOLUÇÃO:
CONVENÇÕES:
30
________________ Bi-apoiada;
CARGAS:
MOMENTO FLETOR:
EQUAÇÕES:
100 kg 150 kg
34-)
___________________
200 kg 100 kg
35-)
200 kg/m
50 kg/m
↑
a-------------- c ----- d ------ b
3m 2m 2m
__________________________
37-)
100 kg
200 kg/m
50 kg/m
a---------------- c -------------- b
1m 1m
200 kg/m
50 kg/m
_______________________________
39-)
200 kg/m
100 kg/m
50 kg/m
_______________________________
50 kg 100 kg 200 kg
40-)
200 kg/m
100 kg/m
50 kg/m
_______________________________
41-)
q/m
_______________________________
a---------------------------------------------- b
L
CÁLCULO ESTRUTURAL
1- CLASSIFICAÇÃO:
vão maior
Laje armada em uma direção: -------------- > 2
vão menor
vão maior
Laje armada em duas direções: --------------- <= 2
vão menor
Peso próprio
permanente revestimento
2- CARGAS parede
CARGA ACIDENTAL: toda carga que pode atuar sobre a laje, em função do seu uso :
pessoas, móveis, materiais diversos, veículos, etc. (tabela 04)
TABELA 05
h(espessura da laje) = 7 cm
TABELA 06
h(espessura da laje) = 8 cm
TABELA 07
h(espessura da laje) = 9 cm
TABELA 08
h(espessura da laje) = 10 cm
TABELA 09
h(espessura da laje) = 11 cm
TABELA 10
40
h(espessura da laje) = 12 cm
DADOS:
42-)
Destina-se a uma residência (sala);
Dimensões da laje : 0,08 m x 3,00 m x 8,00 m
41
43-)
Destina-se a uma sala de leitura;
Dimensões da laje: 0,10 m x 3,00 m x 3,00 m;
Dimensões da parede (tijolo furado) : 0,15 m x 2,0 m x 2,00 m;
44-)
Destina-se forro sem acesso;
Dimensões da laje: 0,09 m x 3,00 m x 4,00 m
Dimensões da parede (tijolo furado): 0,15 m x 3,00 m x 1,50 m
45-)
Destina-se a um terraço sem acesso ao público;
Dimensões da laje: 0,12 m x 3,00 m x 9,00 m
Dimensões da parede (tijolo furado): 0,15 m x 2,00 m x 1,00 m
46-)
Destina-se a um restaurante;
Dimensões da laje: 0,10 m x 3,00 m x 8,00 m
Dimensões da parede (tijolo furado): 0,15 m x 3,00 m x 1,00 m
47-)
Destina-se a uma loja;
Dimensões da laje: 0,11 m x 3,00 m x 7,00 m
PILAR
ROTEIRO:
CA = Carga aplicada.
CF
STC=---------------------------------- , onde, TCK=Tensão característica
0,85 x TCD + 0,008 x TE
TCK
TCD (Tensão de cálculo) = ------
1,4
TE = Tensão de escoamento do ferro (tabela 13 )
7º) DETALHE.
1/4 6,35 0,250 0,32 0,64 0,95 1,27 1,58 1,90 2,22 2,54 2,86 3,18 3,50 3,82 4,14 4,46 4,82
5/16 7,94 0,383 0,49 0,98 1,47 1,96 2,47 2,96 3,45 3,94 4,43 4,92 5,41 5,90 6,39 6,83 7,37
3/8 9,52 0,563 0,71 1,43 2,14 2,85 3,56 4,27 4,98 5,70 6,41 7,12 7,83 8,54 9,25 9,94 10,37
1/2 12,70 0,965 1,27 2,53 3,80 5,07 6,33 7,60 8,87 10,14 11,41 12,65 13,95 15,22 16,49 17,76 19,03
5/8 15,87 1,518 1,98 3,96 5,94 7,92 9,90 11,88 13,8 15,83 17,81 19,79 21,77 23,75 25,73 27,72 20,70
3/4 19,05 2,220 2,85 5,70 8,55 11,40 14,25 17,10 19,95 22,80 25,65 28,50 31,35 34,20 37,05 39,90 42,75
7/8 22,22 3,040 3,88 7,76 11,64 15,51 19,40 23,28 27,15 31,03 34,91 35,78 42,67 46,55 50,43 54,20 58,18
1 25,40 3,920 5,07 10,12 15,20 20,26 25,34 30,40 35,17 40,54 45,61 50,68 55,75 60,82 65,89 70,95 76,00
1 1/8 28,57 4,995 6,41 12,82 19,24 25,65 32,07 38,48 44,89 51,30 57,71 61,12 70,83 76,94 83,35 89,76 96,17
1 1/4 31,75 6,170 7,92 15,83 23,75 31,67 39,59 47,50 65,42 63,34 71,21 79,18 87,10 95,02 102,9 110,86 118,78
_ 3,4 0,071 0,09 0,18 0,27 0,36 0,45 0,54 0,64 0,72 0,82 0,91 1,00 1,09 1,18 1,27 1,36
_ 4,2 0,108 0,14 0,28 0,42 0,55 0,69 0,83 0,97 1,11 1,25 1,39 1,52 1,66 1,80 1,94 2,06
_ 4,6 0,120 0,17 0,33 0,49 0,66 0,83 1,00 1,16 1,33 1,49 1,66 1,83 1,99 2,16 2,33 2,40
EXERCÍCIOS: Determine a ferragem e faça o detalhe para os pilares abaixo.
48-) Dados:
AÇO: = CA40B
T CK = 140 kg/cm2
CA = 50.000 kg
Altura do pilar = 4,0m
Seção do pilar = 0,15m x 0,15m
49-) Dados:
AÇO = CA60B
TCK = 150 kg/cm2
CA = 60.000 kg
Altura do pilar = 4,0m
Diâmetro da seção do pilar = 0,15m
15 cm
15 cm
51-) Dados: AÇO = CA32
TCK = 120 kg/cm2
Espessura da viga e da alvenaria de tijolo: 0,3 m
Dimensões do pilar = 0,20 x 0,15 x 4.0 m
3,0m
30,0 m
Viga de concreto armado
1,0 m
P
I
L
A
R
ORÇAMENTO:
CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
% 50,00 50,000
1.0 OBRA: Restauração de um banheiro, de uma caixa d’água e de um arquivo morto da pós-graduação 12.249,00 9,45
R$ 6.124,50 6.124,50
% 100,00 -
2.0 OBRA: Fixação, iluminação eabertura de letreiro da UFERSA em duas placas de concreto. 760,00 0,59
R$ 760,00
% 100,00
3.0 OBRA: Fixação de bancos de concreto 1.050,00 0,81
R$ 1.050,00
% 50,00 50,00
4.0 OBRA: Restauração do Laboratório de Microbiologia. 2.345,00 1,81
Rr$ 1.172,50 1.172,50
% 50,00 50,00
5.0 OBRA: Restauração do Laboratório de Histologia. 2.345,00 1,81
R$ 1.172,50 1.172,50
% 100,00
6.0 Restauração de salas de professor 1.598,00 1,23
R$ 1.598,00
% 100,00
7.0 Construção de uma quadra de voley 5.113,60 3,95
R$ 5.113,60
% 50,00 50,00
8.0 OBRA: Restauração da quadra de futsal. 33.875,00 26,14
R$ 16.937,50 16.937,50
% 40,00 40,00 20,00
9.0 OBRA: Restauração do prédio de Química 30.798,80 23,76
R$ 12.319,52 12.319,52 6.159,76
% 100,00
10.0 Colocação de forro nde gesso 675,00 0,52
R$ 675,00
% 100,00
11.0 OBRA: Recuperação da estrutura metálica da cobertura do Laboratório . de Hidráulica 6.175,00 4,76
R$ 6.175,00
% 50,00 50,00
12.0 OBRA: Reposição de esquadrias, pavimentação e recuperação de uma laje maciça de conncreto 32.616,00 25,17
R$ 16.308,00 16.308,00
100,00 % 23,14 41,69 35,17
TOTAL GERAL 129.600,40
129.600,40 R$ 29.985,62 54.034,52 45.580,26