Construcoes e Instalacoes Rurais
Construcoes e Instalacoes Rurais
Construcoes e Instalacoes Rurais
INSTALAES RURAIS
PROF. FREDERICO CSSIO MOREIRA MARTINS
Prezado(a) estudante,
Tendo em vista a relevncia das construes e instalaes rurais no dia-dia do
homem do campo, esperamos despertar em voc durante esta disciplina o senso
crtico para o assunto.
Por meio da apresentao dos principais tipos de materiais utilizados, dos
tipos de instalaes e das tcnicas construtivas, desejvel que o Tcnico Agrcola
consiga alm de interpretar as situaes que lhe forem apresentadas, seja capaz de
atuar nas tomadas de decises com significativa consistncia tcnica.
As construes e instalaes rurais assumem grande importncia em qualquer
tipo de planejamento para fomento de atividades agropecurias. Seja na criao de
animais, seja na agricultura em geral, elas esto sempre presentes.
O seu campo de atuao bastante amplo. Se tratando da rea zootcnica, o
aumento da produtividade, se faz por meio de mtodos de racionalizao do sistema
produtivo. Por exemplo, as instalaes para animais, o armazenamento e
beneficiamento da produo, o aproveitamento de subprodutos, e principalmente no
processo de industrializao e comercializao.
Portanto, pelas suas caractersticas prprias, as construes e instalaes rurais
requerem conhecimentos intimamente relacionados com a rea agronmica e
veterinria, os quais, aliados simplicidade e a economia de execuo, iro
proporcionar, dentro da tcnica, o desejvel funcionamento das mesmas.
Bons estudos!
Para refletir...
De que vale o domnio da tcnica de produo se o meio no estiver
condicionado explorao da atividade?
Sumrio
1
1.1
Agregados
Os agregados so materiais rochosos na forma granular, sem forma e volume
1.2.1
Quanto origem
So denominados naturais aqueles que so extrados da natureza na forma de
fragmentos como areia e pedregulho. Os artificiais so os materiais que passam por
processos de fragmentao, como pedra e areia britada.
Agregado grado (dimetro mnimo superior a 4,8 mm) => Brita, seixo rolado
Utilizao dos materiais:
Agregados midos
Areia => grossa concretos
Areia => mdia argamassas de assentamento e revestimento
Areia => fina argamassa de acabamento
Agregados grados
Britas: Provm da desagregao de rochas granticas ou calcreas. Utilizada
em concretos, lastros em estradas, etc. Observar que quando utilizada em concreto
armado, no pode exceder a 1/3 da pea a concretar.
Seixo rolado: Provm de leitos de rios e deve ser lavado para ser utilizado.
Utilizado em concreto, porm com resistncia menor que o feito com brita.
1.3
Aglomerantes
Os aglomerantes so os produtos ativos empregados para a confeco de
CAL
1.3.1
CIMENTO
GESSO
Cal
Obtida por meio da calcinao de rochas calcreas, sua pega ocorre na
presena do ar. A Cal utilizada em construes pode ser classificada como cal
hidratada e cal hidrulica.
Gesso
Utilizado em acabamentos, e devido ao fato de absorver lentamente a umidade
Cimento Portland
Composto por calcrio, argila, gesso e outras adies, sendo constitudo por
diversos xidos. (CaO, Fe2O3, SiO2, Al2O3). Difere da Cal hidratada por ter maior
porcentagem de argila e a pega de seus produtos ocorre mais rapidamente e tem maior
resistncia a esforos mecnicos.
Processo fsico- qumico de solidificao do cimento.
PEGA
Em resumo o cimento obtido pela mistura do clnquer (cimento numa fase
bsica de fabrico) modo com gesso e outras adies.
1.3.3.1 Classificao dos cimentos:
Em funo de sua composio:
Cimento portland comum (CP I)
Cimento portland composto (CPII-F, CP II-E, CP II-Z)
Cimento portland de alto-forno (CP III)
Cimento portland pozolnico (CP IV)
7
ATENO...
1.3.4
Argamassas
As argamassas so pastas de aglomerante e gua, as quais se incorpora um
material inerte, como a areia ou saibro. Devem ser resistentes aos esforos, cargas e
choques e tambm aos agentes atmosfricos e ao desgaste.
O que um trao?
Trao Expressa a dosagem dos elementos que compem as argamassas e
concretos. O trao normalmente expresso em volume. Ex. 1:3, sendo a primeira
parte o aglomerante e a outra o material inerte. Em geral maior concentrao do
aglomerante maior a resistncia da argamassa.
interessante ressaltar que a gua utilizada na preparao deve ser isenta de
sais e material orgnico. A gua portanto, confere a consistncia das argamassas.
Qual a finalidade da argamassa?
Finalidade So utilizadas em assentamentos e em revestimentos.
As argamassas devem satisfazer as seguintes condies, dependendo de sua
finalidade: resistncia mecnica; compacidade (relativo ao grau de compactao);
impermeabilidade; constncia de volume; aderncia e durabilidade.
Os aglomerantes podem ser simples (um aglomerante) ou mistos (mais de um
aglomerante).
Como exemplo
Conretos!
O que um concreto?
So pastas de cimento e gua, s quais se incorpora a areia e pedra (ou
pedregulho).
Propriedades:
Pesos especfico: 2.200 a 2.600 kgf.cm-3;
Porosidade: depende das relaes gua/cimento e cimento/agregado;
Dilatao: 0,01mm.oC-1.m-1;
Resistncia: nos concretos, o mais importante a resistncia
compresso.
A aplicao do concreto deve ser rpida para que o concreto no perca sua
trabalhabilidade nem a homogeneidade.
Algumas definies:
a) Lanamento
a colocao do concreto nas frmas ou local de aplicao.
b) Adensamento
Compreende a compactao do concreto, buscando a eliminao do ar. Facilita
o arranjo interno dos agregados e melhora o contato do concreto com as frmas e
ferragens. Essa etapa pode ser feita de forma manual ou mecnica.
c) Cura
o conjunto de medidas que tem por objetivo evitar a evaporao da gua
utilizada na mistura do concreto e que dever reagir com o cimento, hidratando- o. Os
mtodos de cura so: asperso, submerso, recobrimento, conservao das formas,
entre outros.
O processo de cura requer uma proteo nos 7 primeiros dias
visto que o concreto ainda no se encontra com sua resistncia total.
ATENO...
d) Desforma
a retirada das frmas de concreto, devendo ser planejada para que evite o
aparecimento de tenses diferentes das que foro projetadas para suportar as peas
concretadas. Portanto, os prazos pr- definidos devem ser respeitados.
1.3.4.2 Tipos de concreto
O que um concreto de cascalho tipo ciclpico?
um concreto utilizado em obras de pouca importncia e sujeita a pequenas
cargas como terreiros de caf, currais, etc.
Se caracteriza por ser um cascalho misturado areia em propores variadas e
a porcentagem tambm variada de terra.
a) Concreto ciclpico
produto do concreto simples ao qual se incorpora pedras de mo, dispostas
regularmente em camadas de modo a serem envolvidas pela massa. Ex. 1:4:8 com
40%. de pedra de mo.
b) Concreto armado
a unio de concreto simples s armaduras de ao. Sabe-se que o concreto
simples resiste bem aos esforos de compresso e muito pouco aos demais esforos.
Portanto, elementos estruturais so solicitados por outros esforos (trao, flexo,
compresso e cisalhamento).
10
1.4
Produtos cermicos
Os produtos cermicos so produtos obtidos pela moldagem, secagem e
b) Telhas
Telhas Planas, curvas, canal e colonial
c) Ladrilhos
Azulejos: so feitos com faiana (argila branca), recebendo tratamento com
substncias a base de silicatos e xidos que se vitrificam ao forno. O que torna sua
face brilhante e impermevel, e as superfcies por eles revestidas lavveis.
11
1.5
Blocos de concreto
Os blocos de concreto so pedras artificiais feitas a partir de mistura de
1.6
Materiais de fibrocimento
Os materiais de fibrocimento so obtidos a partir de uma mistura ntima de
12
1.7
Madeira
A madeira um material de largo emprego e grande importncia nas
Desvantagens do uso da
de
absorver choques;
Bom
isolante
Material heterogneo;
Formas limitadas = alongadas
resistncia mecnica;
Grande
madeira:
de
seo
transversal
reduzida;
trmico
acstico;
Apresenta grande variedade
de padres;
funo
temperatura
da
umidade
mais
alta
=
a
Produtos siderrgicos
Os produtos siderrgicos so obtidos por meio da reduo do minrio de ferro
metal, em fornos a altas temperaturas, Em funo dos diferentes processos, obtmse: ferro forjado, ferro fundido e ao.
Estas so algumas das aplicaes: Ao inox, folhas de flandres (folhas de ao),
tubos, ferros redondos para concreto armado, dobradias, etc.
13
proteger as superfcies com uma pelcula resistente que impede a ao dos agentes
de destruio ou corroso. Essa pelcula pode ser tintas, vernizes, lacas ou esmalte.
Algumas definies:
a) Tinta
a disperso de um ou mais pigmentos em um veculo que quando aplicada
em uma camada adequada forma um filme opaco e aderente no substrato; portanto e
uma composio lquida pigmentada que se converte em pelcula slida quando
aplicada.
b) Vernizes
Os vernizes so solues de gomas ou resinas, naturais ou sintticas, em um
veculo (leo secativo, solvente voltil). Ou melhor, so solues que so convertidas
em uma pelcula til transparente ou translcida. Podem ser a base de leo ou base
de solventes.
c) Lacas
As lacas so compostas de um produto inerte voltil, uma resina sinttica, um
plastificante, cargas e, ocasionalmente um corante.
14
d) Esmalte
Os esmaltes so obtidos adicionando-se pigmentos aos vernizes ou s lacas,
resultando da uma verdadeira tinta caracterizada pela capacidade de formar um filme
excepcionalmente liso.
1.10 Materiais plsticos
Nas construes e instalaes rurais os plsticos so bastante utilizados. um
produto derivado do petrleo e tem com principais aplicaes os tubos para gua,
esgoto, a fiao eltrica, os reservatrios de gua, no acabamento, etc.
2
2.1
fazer uma obra praticamente perfeita, no menor tempo possvel e ao menor custo,
aproveitando o mximo rendimento das ferramentas e da mo-de-obra. Este
considerado o princpio fundamental das construes.
Logicamente muito difcil, seno impossvel, fazer- se a obra perfeita, mas
deve-se procurar, por todos os meios, aproximar-se desta situao. Para que isto seja
possvel torna-se necessrio, acentuada ateno em todas as fases de construo. Estas
fases so trabalhos preliminares, de execuo e de acabamento.
2.2
a) Trabalhos preliminares
So os trabalhos iniciais que atecedem a construo propriamente dita, dentre
eles: elaborao do programa, escolha do local, estudo do subsolo, anteprojeto e
projeto, organizao da praa de trabalho, terraplenagem ou acerto do terreno e
locao da obra.
b) Trabalhos de execuo
Consta da construo propriamente dita, dentre eles: abertura das valas de
fundao, consolidao do terreno, alicerce, baldrames, obras em concreto, aterros e
apiloamento, paredes e divisrias, armao de andaimes, engradamento e cobertura do
15
16
2.2.2
O projeto
Os projetos so inmeros, tais como: estrutural, arquitetnico, hidrulico,
3
3.1
17
3.2
Planta baixa
Definio: Do ponto de vista da Geometria Descritiva, diz-se que a planta
baixa a seo obtida pela passagem de um plano horizontal pela edificao a uma
altura de, aproximadamente, 1,50 metros.
Como feita: A partir da perspectiva isomtrica da edificao em estudo,
passar-se- um plano horizontal, segundo a altura j definida no pargrafo anterior,
de forma a seccionar a edificao em suas paredes, portas e janelas. Em seguida,
retira-se a parte superior da seo e determina-se a vista superior da parte restante da
referida seo, que corresponde Planta Baixa.
A representao final da Planta Baixa realizada com todos os elementos
prescritos pela norma de representao grfica (NBR 6492).
A planta baixa em sua apresentao final, deve conter todos os elementos
abaixo relacionados, a saber:
Paredes
Linhas de cotas
Nome dos compartimentos
Portas
Projeo do beiral
rea dos compartimentos
Janelas
Peas do banheiro
Cotas dos pisos dos compartimentos
Diferenas de nveis entre pisos
18
Peas da cozinha
Cotas das dimenses dos compartimentos
Pisos impermeabilizados
Peas da rea de servio
Linha, sentido e denominao dos cortes verticais
Recomenda-se que as plantas baixas sejam desenhadas nas escalas de 1:50
ou 1:100!
ATENO...
Exemplo de planta baixa
3.2.2
Cortes verticais
Definio: Os cortes verticais so obtidos pela passagem de planos verticais
todos os
19
Fachadas
Definio: A fachada de uma edificao constituda pela projeo
ortogonal
da
determinado
face
externa
da
edificao. O
nmero
de
fachadas
ser
considerados importantes. Caso este opte por uma fachada, esta ser normalmente a
que voltada para a via pblica onde se localiza a frente do terreno onde a edificao
ser construda. A fachada deve ser executa nas escalas de 1:50 ou 1:100. Este
desenho no cotado.
20
3.2.4
Diagramas de cobertura
Definio: Desenhado, geralmente, na escala 1:100 ou 1:200, a Planta de
21
As coberturas so classificadas:
1. Quanto ao nmero de guas
uma gua ou meia gua, duas guas, quatro guas, tipo shed, telhado de
lanternin.
22
Plantas de situao
Definio: A Planta de Situao, como o prprio nome diz, contextualiza o
lote no entorno dentro do qual ele se localiza, enquanto que a locao, situa a
edificao dentro do lote, com os seus respectivos afastamentos. Alm de conter
todas as dimenses necessrias contextualizao e locao, este desenho deve,
obrigatoriamente, conter a indicao do Norte. As escalas mais usuais para este
desenho so: 1:200, 1:250 e algumas vezes 1:500.
23
4.1
Introduo
Diversas so as instalaes rurais construdas com fins de preservao da
qualidade dos produtos produzidos ou utilizados nos sistemas agrcolas. Dentre estas
instalaes podemos destacar os silos, armazns, galpes e reservatrios.
A definio das caractersticas tcnicas e a localizao de uma unidade
armazenadora esto relacionadas sua rea de influncia. No caso especfico de
unidades na fazenda, a caracterizao da rea se faz pelo levantamento da rea
plantada, da produtividade, dos tipos de produtos, do tempo de armazenagem, das
condies de transporte em diferentes pocas do ano, do nvel de desenvolvimento
tecnolgico da propriedade e da capacidade de adoo de novas tecnologias pelo
proprietrio.
4.2
4.2.1
Unidades armazenadoras
Silos
Definio: uma benfeitoria agrcola destinada ao armazenamento produtos
25
26
silos
mais
freqentemente
utilizados
so
os
horizontais,
do
27
O fundo do silo deve ter uma leve declividade para o lado da "boca de
descarregamento" para que a umidade escorrida da silagem (o "chorume") escorra
para fora. Deve ainda haver valetas ao redor do silo para evitar que a gua da chuva
entre no silo e apodrea a silagem.
4.2.1.4 Dimensionamento de silos para forragens
a) Tamanho dos silos
Para se planejar o tamanho de um silo a ser construdo preciso saber quantas
cabeas de gado vo ser alimentadas, qual a quantidade de silagem a ser fornecida
por cabea por dia e por quantos dias. A esta quantidade acrescenta-se, por
segurana, mais 15% para compensar as perdas que ocorrem no processo de
ensilagem. Para o silo-trincheira estima-se que uma tonelada (1.000 kg) de silagem
ocupe 2 m3 de silo, e com este dado ser possvel calcular o volume total da
trincheira.
b) O comprimento mnimo (C)
Um silo-trincheira ou de superfcie tem seu comprimento mnimo determinado
por meio da multiplicao do nmero de dias de utilizao do silo (ou o nmero de
dias de alimentao dos bovinos) por 0,15 m, pois 15 centmetros a espessura
mnima da fatia de silagem a ser retirada diariamente do silo depois de aberto.
ATENO!
aconselhvel ainda ter silos de tamanho tal que se possa ench-lo em trs
dias. Isto depende do maquinrio disponvel para o trabalho. Encher todo o silo em
um dia apenas no vantagem porque a forragem tende a "abaixar" demais e o topo
da massa ensilada perde sua forma abaulada. Um silo que demore mais de trs dias
para ser enchido tambm no vantajoso, porque a fermentao comea a acontecer
e, como h presena de ar (porque o silo ainda no foi vedado), esta no ser uma
fermentao de boa qualidade.
28
4.2.2
30
IMPORTANTE
31
CONSIDERAES
IMPORTANTES
Piso do armazm
Os pisos dos armazns podem ser de madeira ou de concreto. O piso de
madeira um piso de boas caractersticas quanto ao isolamento de calor, porm
apresenta elevado custo, no ser um piso impermevel e ter a durabilidade reduzida.
O piso de concreto geralmente mais utilizado, mais barato que o de madeira e mais
durvel, porm no um bom isolante trmico.
Armazenagem a granel
Em comparao armazenagem convencional (em sacos), a granelizao
apresenta algumas vantagens, como:
- reduo do custo de operao devido eliminao de sacaria;
- maior facilidade na operao de controle de pragas; e
- manuseio facilitado e menor uso de mo-de-obra.
4.2.3
Reservatrios
32
Aplicaes:
So utilizados para garantir a quantidade de gua, para as demandas de equilbrio,
de emergncia e anti-incndio de uma propriedade;
Para garantir uma aduo com vazo e altura manomtrica constantes;
Permitir menores dimetros de tubulao no sistema;
Ofertar melhores condies de presso.
4.2.3.1 Classificaes
a) De acordo com a localizao no terreno:
enterrado (quando completamente embutido no terreno);
semi-enterrado ou semi-apoiado(altura lquida com uma parte abaixo do nvel do
terreno;
apoiado (laje de fundo apoiada no terreno);
elevado (reservatrio apoiado em estruturas de elevao);
stand pipe (reservatrio elevado com a estrutura de elevao embutida de modo a
manter contnua o permetro da seco transversal da edificao).
Os tipos mais comuns so os semi-enterrados e os elevados. Os elevados so
projetados para quando h necessidade de garantia de uma presso mnima na rede e
as cotas do terreno disponveis no oferecem condies para que o mesmo seja
apoiado ou semi-enterrado, isto , necessita-se de uma cota piezomtrica de montante
superior cota de apoio do reservatrio no terreno local.
Desde que as cotas do terreno sejam favorveis, sempre a preferncia ser pela
construo de reservatrios semi-enterrados, dependendo dos custos de escavao e
de elevao, bem como da estabilidade permanente da construo, principalmente
quando a reserva de gua for superior a 500m3. Reservatrios elevados com volumes
superiores implicam em custos significativamente mais altos, notadamente os de
construo, e preocupaes adicionais com a estabilidade estrutural.
Portanto a preferncia pelo semi-apoiado, considerando-se problemas
construtivos, de escavao, de empuxos e de elevao. Quando os volumes a
armazenar forem grandes, principalmente acima dos 800m , e houver necessidade de
3
33
Neste caso toda a gua distribuda pela rede a jusante ser bombeada do
reservatrio inferior para o superior a medida que a demanda for solicitando,
mantendo-se sempre um volume mnimo no reservatrio superior de modo a manter a
continuidade do abastecimento em caso de interrupo neste bombeamento.
b) De acordo com a localizao no sistema:
34
4.2.3.2
Volume a armazenar
a) Reservas
Os reservatrios de distribuio so dimensionados de modo que tenham
capacidade de acumular um volume til que supra as demandas de equilbrio, de
emergncia e antiincndio.
b) Reserva de equilbrio
Definio: A reserva de equilbrio assim denominada porque acumulada
nas horas de menor consumo para compensao nas de maior demanda, ou seja, como
o consumo flutuante e a vazo de aduo constante, principalmente nas adues
por recalque, nas horas em que o consumo for inferior a demanda o reservatrio enche
para que nas horas onde o consumo na rede for maior o volume acumulado
anteriormente compense o dficit em relao a vazo que entra.
Para que a reserva de equilbrio seja a menor possvel devemos colocar a
aduo no intervalo onde o consumo for mais intenso, de modo que a quantidade de
gua que saia permita o menor acmulo possvel no reservatrio.
=>Alguns conceitos:
Aduo o conjunto de encanamentos, peas especiais e outros elementos
destinados a promover o transporte da gua em um sistema de abastecimento.
Recalque consiste no bombeamento de gua geralmente de um cota de
nvel mais baixa para outra mais elevada.
Vazo o volume de determinado fluido que passa por uma determinada
seo de um conduto livre ou forado, por uma unidade de tempo.
35
5
5.1
36
5.2
Fatores ambientais
Abrigos
A justificativa bsica de um abrigo poder alterar ou modificar o ambiente em
IMPORTANTE!
37
5.2.2
Troca de Ar
Animais confinados em ambientes fechados tendem a alterar a composio do
Modificaes Climticas
Existem vrios meios de controlar e/ou alterar o ambiente para os animais:
1. Sombra => orientao, localizao.
2. Materiais de construo => propriedades dos materiais, tintas.
3. Arredores => gramado, proximidade a outras estruturas, rvores.
4. gua diretamente sobre os animais => asperso direta
5. No confinamento parcial => orientao, contraventamento, estruturas abertas,
paredes parciais para proteo radiao, movimento de ar, resfriamento
evaporativo.
6. Confinamento total orientao, material de construo, pintura, insolao,
isolamento, localizao e nmero de animais, uso de gua, equipamentos,
ventilao natural ou forada, resfriamento evaporativo e ar condicionado.
5.4
5) Psicrometria
6) Balano trmico dos animais
7) Condensao nas paredes e tetos
8) Ventilao
9) Drenagem e trato dos excrementos
10) Calor ou frio suplementar.
5.5
5.5.1
Umidade
O nvel de umidade no ar ambiente tem um significante efeito na razo de
Perdas no evaporativas
Conduo
Processo de transferncia de calor por meio contnuo, no qual a energia
passada de partcula para partcula. Uma partcula com temperatura maior (mais
agitada) transfere energia para a partcula vizinha que passa a vibrar mais
intensamente. Ex. Aquecimento de um metal.
5.6.2
Conveco
Transporte de energia pr mistura em adio a conduo. Est associada com
39
5.6.3
Radiao
a transferncia de energia trmica atravs de ondas eletromagnticas e
e conduo. Tem-se
estabelecido que qualquer objeto numa temperatura acima do zero absoluto emite
radiao trmica. Trata-se da nica forma de propagao de calor que pode ocorrer
tanto no vcuo quanto em outros meios. Ex. Trata-se da nica forma de propagao
de calor que pode ocorrer tanto no vcuo quanto em outros meios.
5.7
5.8
Edificaes agrcolas
Tm a funo de adequar a edificao ao clima de um determinado local e a
40
5.8.1
calor ou frio que possa ser adotado em todas as regies do mundo, porque cada regio
climtica impe uma exigncia prpria de arranjos com vistas ao conforto trmico. A
exemplo disso, poderamos citar o Brasil, que, devido ao seu grande territrio,
exigido um tipo de arquitetura diferente para cada uma dessas regies.
5.8.2
LEMBRE-SE!
41
b) Secundrias:
As modificaes secundrias correspondem ao manejo do microambiente
interno das instalaes. Geralmente envolvem um nvel mais alto de sofisticao e
compreendem processos artificiais de ventilao, aquecimento e refrigerao.
As modificaes secundrias, contudo, devem vir apenas aps esgotados todos
os recursos das modificaes primrias e quando se pretende aumentar a densidade de
alojamento de animais.
5.8.3
Localizao
A localizao das edificaes de suma importncia para a obteno de
42
Tipos de cobertura
A principal proteo contra a insolao direta conseguida atravs da
Isopor => sap => madeiriti => alumnio simples => barro =>
amianto => Chapa zincada ou ferro galvanizado.
5.9.2 Associao de materiais ou tcnicas s coberturas convencionais
Para melhorar o comportamento trmico das coberturas, pode-se lanar mo
de alguns artifcios:
Uso de forros sob a cobertura;
Pinturas com cores claras e escuras;
Pintura reflexiva;
Uso de materiais isolantes;
Materiais de grande inrcia trmica.
43
5.9.3
Inclinao do telhado
A inclinao do telhado afeta o condicionamento trmico ambiental no interior
45
Este tpico foi extrado e adaptado de GOUVEA, I. 2009. Construes rurais. Artigo tcnico. Disponvel em: http://www.arquitetando.xpg.com.br/constr%20rurais.htm
Arquitetando. Acesso em 17/04/2012.
6.1
47
Algumas informaes:
at 8 de largura - 2,80 m p direito
8 a 9m de largura 3,15m p direito
9 a 10m de largura 3,50m p direito
10 a 12m de largura 4,20m p direito
12 a 14m de largura 4,90m p direito
d) Comprimento
O comprimento do avirio deve ser estabelecido para se evitar problemas com
terraplenagem, comedouros e bebedouros automticos. No deve ultrapassar 200m.
Na prtica os comprimentos de 100 125m tm-se mostrados satisfatrios ao manejo
das aves, porm aconselhado divisrias internas ao longo do avirio em lotes de at
2.000 aves para diminuir a competio e facilitar o manejo das aves. Estas divisrias
devem ser removveis, e de tela, para no impedir a ventilao e com altura de 50cm,
para facilitar o deslocamento do avicultor. O piso importante para proteger o interior
do avirio contra a entrada de umidade e facilitar o manejo. Este deve ser de material
lavvel, impermevel, no liso com espessura de 6 a 8cm de concreto no trao 1:4:8
(cimento, areia e brita) ou 1:10 (cimento e cascalho), revestido com 2cm de espessura
de argamassa 1:4 (cimento e areia). Pode ser construdo em tijolo deitado que
apresenta boas condies de isolamento trmico. O piso de cho batido, no isola bem
a umidade e de difcil limpeza e desinfeco, no entanto , tem-se propagado por
diminuir o custo de instalao do avirio. Dever ter inclinao transversal de 2% do
centro para as extremidades do avirio e estar a pelo menos 20cm acima do cho
adjacente e sem ralos, pois permite a entrada de pequenos roedores e insetos
indesejveis.
e) Fechamentos
A parede protege os frangos de vrios fluxos de energia radiante mas tambm
reduz a movimentao do ar. A altura da mureta deve ser de 20cm tem se mostrado
satisfatria por permitir a entrada de ar ao nvel das aves e no permitir a entrada de
gua da chuva e nem que a cama seja jogada para fora do avirio. As muretas devero
ter a parte superior chanfrada, pois facilita a limpeza e no permite o empoleiramento
48
de aves. Entre a mureta e o telhado, deve ser colocado tela. A tela tem a finalidade de
proteger a cortina e evitar a entrada de pssaros, que alm de trazerem enfermidades
podero consumir rao das aves. A malha da tela deve ser de 2,5 cm, fio 16. Tem-se
tido boa aceitao das telas de PVC (plstico) por no enferrujarem, no provocarem
rasgos nas cortinas, terem maior durabilidade e possibilidade de reaproveitamento. Os
oites ou paredes das extremidades do avirio devem ser fechados at o teto. Para
climas quentes, que no possuem correntes de ventos provindas do sul, recomenda-se
que os oites sejam de tela como nas laterais e providos de cortinas. Os oites devem
ser protegidos do sol nascente e poente, pintando as paredes com cores claras,
sombreando-os por meio de vegetao, beirais ou sombrites. Dependendo da regio,
os oites podem ser de madeira, telhas onduladas, fibra de vidro, lminas de isopor ou
alvenaria. O oito do lado leste pode ser de 15cm de espessura, sendo o do lado oeste
de 25cm, em material com menor condutividade trmica, como, por exemplo, o tijolo
cermico ou mesmo a madeira.
Instalar cortinas nas laterais, pelo lado de fora, para evitar penetrao de sol,
chuva e controlar a ventilao no interior do avirio. As cortinas podero ser de
plstico especial tranado, lona ou PVC, confeccionadas em fibras diversas, porosas
para permitirem a troca gasosa com o exterior, funcionando apenas como quebravento, sem capacidade de isolamento trmico. Devem ser fixadas para possibilitar
ventilao diferenciada para condio de inverno e vero. Para atender ambas
situaes ideal que seja fixada a dois teros da altura do p-direito e que seja aberta
das extremidades para o ponto de fixao. Sob condies de inverno esta deve ser
aberta de cima para baixo e em condies de vero, de baixo para cima. Para se obter
maior eficincia da ventilao natural devido ao termosifo e ao vento, deve-se abrir
as duas partes, juntando-as na altura da fixao. Nos primeiros dias de vida,
recomenda-se o uso de sobrecortinas em regies frias, para auxiliar a cortina
propriamente dita, evitando a entrada de correntes de ar no avirio. A sobrecortina
deve ser fixada na parte interna do avirio, de tal forma que se sobreponha a tela,
evitando a entrada de correntes de ar. O avirio dever ter portas nas extremidades
para facilitar, ao avicultor, o fluxo interno e as prticas de manejo. Estas devem ter
pedilvio fixo, que ultrapasse a largura das portas em 40cm de cada lado, largura de
1m e profundidade de 5 a 10cm. Para facilitar o carregamento de aves, a carga nova e
a descarga de cama velha conveniente tambm a instalao de 1 porta em cada
extremidade do avirio, que permita a entrada de 1 veculo ou trator.
49
f) Inclinao do telhado
A inclinao do telhado afeta o condicionamento trmico ambiental no interior
do avirio, atravs da mudana do coeficiente de forma correspondente as trocas de
calor por radiao entre o animal e o telhado, e modificando a altura entre as aberturas
de entrada e sada de ar (lanternim). Quanto maior a inclinao do telhado, maior ser
a ventilao natural devido ao termossifo. Inclinaes entre 20 e 30 tm sido
consideradas adequadas, para atender as condies estruturais e trmicas.
g) Lanternim
O lanternim, abertura na parte superior do telhado, indispensvel para se
conseguir adequada ventilao, pois, permite a renovao contnua do ar pelo
processo de termossifo resultando em ambiente confortvel. Deve ser em duas guas,
disposto longitudinalmente na cobertura. Este deve permitir abertura mnima de 10%
da largura do avirio, com sobreposio de telhados com afastamento de 5% da
largura do avirio ou 40cm no mnimo. Deve ser equipado, com sistema que permita
fcil fechamento e com tela de arame nas aberturas para evitar a entrada de pssaros.
h) Circunvizinhana
A qualidade das vizinhanas afeta a radiosidade (quantidade de energia
radiante levada pela superfcie por unidade de tempo e por unidade de rea - emitida,
refletida, transmitida e combinada). comum instalar gramados em toda a rea
delimitada aos avirios pois reduz a quantidade de luz refletida e o calor que penetra
nos mesmos. O gramado dever ser de crescimento rpido que feche bem o solo no
permitindo a propagao de plantas invasoras. Dever ser constantemente aparado
para evitar a proliferao de insetos. So necessrios 5m de largura para trnsito de
veculos no abastecimento de rao e carregamento de aves, na lateral das edificaes
e portanto no planejamento e terraplanagem, essa largura deve ser adicionada.
i) Sombreiro
O emprego de rvores altas produz micro clima ameno nas instalaes, devido
projeo de sombra sobre o telhado. Para as regies onde o inverno mais intenso
as rvores devem ser caduciflias. Assim, durante o inverno as folhas caem
50
6.1.1
Dicas importantes
A alimentao corresponde aproximadamente a 70% do custo de produo,
6.2
a) Ventilao e insolao
Os sunos, principalmente os de raa, necessitam de ambiente higinico e
salubre para que sua explorao econmica produza bons resultados. A concepo
popular de que o porco um animal que vive em lugares sujos inteiramente falsa.
52
53
54
Piso
A execuo do mesmo deve ser realizada com certos cuidados. A superfcie
no pode ser lisa e deixa-se pequena declividade direo s valetas coletoras de guas
servidas, de modo a permitir boa limpeza do abrigo.
O piso mais usado o de concreto simples, com trao de 1:3:5 de cimento,
areia e brita, na espessura de 0,08 a 0,10 m. Por sobre essa laje feito um
revestimento de cimento e areia, com trao 1:4, alisado a desempenadeira.
Utiliza-se tambm o piso de tijolos macios rejuntados com argamassa de
cimento e saibro e depois recobertos de maneira idntica ao anterior.
55
exames
ginecolgicos
inseminao artificial;
descorna;
vacinao;
e embarque
desembarque.
6.3.1
Construo do curral
a) Localizao
O terreno escolhido deve estar bem posicionado em relao sede e s
invernadas, visando facilidade de acesso e manejo. A localizao no centro da
propriedade, antecedendo a construo de cercas e outras benfeitorias, a melhor
opo. Entretanto, atravs de simples instalaes de acesso ao curral, construdas com
cercas de arame, possvel garantir uma eficiente conduo dos animais ao interior
do curral. O local deve ser firme e seco, preferencialmente plano, no sujeito
eroso.
b) Dimensionamento
A capacidade total do curral calculada em 500 reses, levando-se em conta a
rea til e a relao de 2 m 2/cabea. Quando o manejo inclui aparte, a lotao fica
restrita aos currais de depsito (200/300 reses), reservando-se os currais de aparte
para separao dos animais. Outras benfeitorias, que devem ser construdas anexas ao
curral (curralo, manga de recolhida, piquetes, etc.), alm de facilitar o manejo e
acesso ao interior do mesmo, permitem ampliar, com instalaes simples, a
capacidade de reunir animais que sero trabalhados em lotes de at 500 reses por vez.
c) Preparo do terreno
Procede-se, inicialmente, limpeza do terreno, que deve ficar livre de toda
vegetao e detritos. Posteriormente, faz-se uma movimentao de terra no crculo
aproximado onde dever ser instalado o curral, no sentido de fora para dentro, visando
obter uma superfcie redonda, semelhante a uma calota esfrica, com cerca de 2% de
inclinao. Esta operao visa favorecer o escoamento das guas pluviais, impedindo
a formao de lama nos pontos de maior movimentao de gado. Finalmente,
acrescenta-se uma camada de cascalho em toda a rea, com uma faixa excedente em
volta do curral e proximidades do embarcadouro, seguido de compactao para
acabamento.
57
d) Marcao do curral
Escolhido e preparado o terreno para a instalao do curral, determina-se a
posio do mesmo, considerando a facilidade de acesso e a insolao. A orientao
leste/oeste, em seu maior eixo, a posio desejvel, impedindo maior penetrao dos
raios solares nas laterais do galpo. A partir do centro da rea preparada, utilizando
estacas, procede-se marcao do galpo, brete, tronco de conteno e apartadouro.
Posteriormente, marcam-se as cercas externas, subdivises e porteiras.
e) Recomendaes especiais
Uma planta baixa detalhada, facilitar a demarcao e construo do
curral. Se o local escolhido for inclinado, necessrio nivel-lo antes do preparo da
rea. conveniente, alm disso, nas imediaes do curral, fazer proteo contra a
eroso.
A inclinao dada ao terreno na superfcie da calota esfrica, no deve
ultrapassar a 2%, para evitar problemas no assentamento (fixao) e abertura das
porteiras.
O eixo do conjunto brete, tronco de conteno e apartadouro deve ser em nvel
ou com pequeno aclive, evitando-se o declive. Quando o terreno for excessivamente
arenoso ou no apresentar boas condies de drenagem, conveniente proceder
concretagem dos palanques.
Outros materiais podem ser utilizados na construo de currais, como
cordoalhas de ao, vergalhes de ferro, arames galvanizados etc., cuja opo depende
da convenincia local, da facilidade de aquisio e do custo.
Os portes corredios utilizados no brete e embarcadouro, podem ser
construdos tambm com canos de ferro galvanizado, fornecendo-lhes maior
resistncia. conveniente aplicar tinta preservativa, base de alcatro lquido e
creosol ou produto similar, em todo madeiramento sujeito ao do tempo. Sob a
cobertura do galpo usa-se normalmente tinta a leo. Construdo o curral, pode-se
fazer a arborizao da rea de servio com espcies apropriadas para sombra.
58
6.3.2
Principais componentes
a) Cercas e porteiras
As cercas so destinadas a garantir a conteno dos animais no interior do
curral, devendo ter 2,00 m de altura nas cercas internas e 2,15 m nas cercas externas.
Compem-se de lances (vos), constitudos de palanques e rguas. Os palanques
devem ser de madeira de alta resistncia e durabilidade, geralmente aroeira, com
comprimento de 3,00 - 3,30 m e seco quadrada (0,15 x 0,15 m) ou mais comumente
circular, com cerca de 0,18-0,25 m de dimetro no topo.
b) Galpo
Destina-se ao abrigo do brete, tronco de conteno e apartadouro, alm de
garantir conforto no servio, devendo ter dimenses compatveis com essa proteo,
especialmente contra o sol e a chuva. Deve ser do tipo aberto em duas guas. Em
geral, o comprimento de 4,00 m, podendo ter seco quadrada (0,16 x 0, 16 m) ou
circular (0,20 m de dimetro no topo). O piso do galpo pode ser pavimentado com
material de mdia resistncia. O mais indicado concreto (0,05 m de espessura) com
acabamento de cimento rstico. Pode ter pequena inclinao para as laterais (2%),
para facilitar a limpeza. O piso do corredor central do brete, do tronco de conteno e
do apartadouro, bem como da rampa do embarcadouro, devem ser preferencialmente
de concreto com, aproximadamente, 0,08 m de espessura e superfcie dotada de
agarradeiras.
c) Seringa
o compartimento do curral que sofre os maiores impactos do gado,
constituindo-se no ponto nevrlgico do manejo; dele depende a rapidez e a eficincia
no encaminhamento dos animais ao brete. A seringa dupla e em forma de cunha um
dos tipos que oferece melhor facilidade de manejo, permitindo retorno e fluxo
contnuo dos animais.
d) Brete
Construdo sob o galpo, destina-se ao encaminhamento individual dos
animais ao tronco de conteno. Permite ainda, tratos sanitrios e outras tarefas que
independem de maior conteno. O brete deve ter 1,60 m de altura com plataformas
59
e) Tronco de conteno
Trata-se de pea pr-fabricada, disponvel no mercado, montado geralmente na
parte final do brete . o componente mais verstil do curral e destina-se,
basicamente, a conter os animais, facilitando os tratos a que os mesmos so
submetidos rotineiramente. As principais caractersticas desejveis para o tronco so a
resistncia, durabilidade, possibilidade de conter bovinos de porte variado, alm da
facilidade de manipular o animal quando no seu interior.
f) Apartadouro
O apartadouro tambm situa-se na parte final do brete aps o tronco de
conteno, e destina-se separao dos animais. composto de portas de acesso aos
currais, comandadas lateralmente de cima de uma plataforma.
g) Embarcadouro
O embarcadouro o conjunto formado por um corredor estreito (0,70 m) e
rampa de embarque. Permite a carga e descarga de animais em gaiolas boiadeiras,
utilizadas no transporte rodovirio.
6.3.3
Instalaes complementares
A conduo dos animais para o interior do curral, uma tarefa que pode
60
a) Corredores
Podero ser construdos com aramadas de 4-5 fios de arame liso, postes ou
lascas de madeira com 8-10 cm de dimetro no topo e 2,20 m de comprimento e
moires ou palanques de madeira, com 18-20 cm de dimetro no topo e 2,50 m de
comprimento. Os postes, cravados a 0,70 m de profundidade, podem ser distanciados
entre si de 8-10 m, intercalados com 3-4 balancins de madeira serrada, medindo
3x4x100 cm, instalados nos vos. Os moires sero cravados a 1,00 m de
profundidade, a cada 100 m de distncia como esticadores e no incio e final das
cercas.
b) Depsitos
Trata-se de reas destinadas ao depsito de animais, permitindo separ-los em
lotes, visando facilitar o manejo. As cercas destas instalaes podero ser semelhantes
as dos corredores, entretanto, como pelo menos 5 fios de arame, distncia de 6,00 m
entre postes e 3 balancins (3x4x120 cm) nos vos. Um dos depsitos sugerido
opcional.
c) Manga de recolhida
Este componente, construdo tambm com cercas de arame liso, na forma de
cunha, realmente aquele que garante a entrada dos animais no interior do curral. As
cercas devem ser reforadas, com materiais semelhantes aos mencionados
anteriormente, entretanto, posicionados a menor distncia e sem balancins. Os postes
devem manter 2,00 m de distncia entre si. Utilizar-se- 7 fios de arame liso e a
chegada das cercas ao curral, dever ter, de cada lado, dois lances de 3,00 m de
comprimento, construdos em madeira, semelhante as do curral. Opcionalmente os 23 fios inferiores das cercas das laterais da manga de recolhida, podero ser
removveis, para facilitar o manejo de bezerros nas ocasies de aparte de gado de cria,
possibilitando o reencontro de vacas apartadas em lotes e respectivas crias.
d) Ptio do curral
um componente opcional, podendo ser construdo tambm com cercas de
arame, semelhante as dos depsitos. Facilita o manejo do gado, servindo como rea
auxiliar de espera e para montarias, devendo ser mantida gramada.
61
6.3.4
Dicas importantes
Recomenda-se que, os arames das cercas, sejam instalados e mantidos sempre
6.4
minerais (saleiro);
Curral de espera;
Bebedouros; - Reservatrios;
Curral de manobra;
Curral
de
bebedouros;
alimentao
com
Esterqueiras;
Mata-burros.
62
63
individuais e rea para circulao dos animais, que serve para exerccio e acesso ao
cocho e bebedouro.
6.4.1
Benfeitorias necessrias
a) Estbulo de ordenha
Os estbulos, locais onde as vacas so ordenhadas e muitas vezes alimentadas,
compem-se basicamente de :
Curral de espera;
Sala de ordenha;
Sala de leite;
Escritrio e depsito para rao concentrada (caso seja fornecida durante a
ordenha);
banheiro com rouparia;
Sala de mquinas;
Bezerreiro.
No caso das vacas ordenhadas com bezerro ao p (mestias de zebu), h
necessidade da construo de bezerreiro anexo sala de ordenha. O projeto deve
prever boas condies de higine e conforto para os animais e facilitar o servio do
ordenhador, para que seja possvel obter aumentos significativos de produtividade.
Nos modelos de estbulos convencionais, as vacas entram todas de uma s vez
e recebem os alimentos concentrados e volumosos durante a ordenha, o que exige
maior rea construda (custo maior) e permanncia dos animais no local por mais
tempo. Alm disso, a limpeza fica mais difcil, h maior possibilidade de
contaminao do leite e aumento no custo dos equipamentos utilizados.
b) Curral de espera
O curral de espera, anexo ao estbulo de ordenha, usado para reunir as vacas
antes da ordenha. Na produo de leite nos sistemas intensivos mais modernos, o
curral de espera deve ser coberto, para oferecer sombra e maior conforto s vacas. A
rea necessria por animal de 2 metros quadrados para raas de pequeno porte e 2,5
metros quadrados para raas de grande porte. O curral de espera deve ter lava-ps
logo na entrada, para reduzir a sujeira das patas dos animais vindos dos pastos. O
lava-ps um rebaixo no piso, com comprimento mnimo de 5m, contendo gua. Ele
64
usado para amolecer e tirar o barro aderido aos cascos dos animais, evitando sujar a
sala de ordenha, Deve ser construdo com uma profundidade de 20cm e ter um ralo no
fundo, para limpezas peridicas. O fundo e as paredes do lava-ps devem ser
revestidos com argamassa de impermeabilizao.
c) Sala de ordenha.
A ordenha uma das atividades mais importantes no sistema de produo de
leite. Por isso, as vacas necessitam ficar num lugar limpo e confortvel. Os locais
onde elas so ordenhadas, ou salas de ordenha, podem ser: - Sem fosso: em geral,
indicadas para ordenha manual e mecnica; - Com fosso: em geral, indicadas apenas
para ordenha mecnica. Atualmente, a sala de ordenha mais recomendada a que se
destina a lotes menores de vacas, ordenhadas simultaneamente. Desta forma, entram e
saem grupos de vacas e no todas de uma s vez, reduzindo a rea do estbulo e o
custo de equipamentos. O nmero de animais por grupo estabelecido de acordo com
o tamanho do rebanho e a capacidade do sistema de ordenha. A sala de ordenha sem
fosso a mais comum. Contudo, no oferece maior conforto para o ordenhador no seu
trabalho. Pode ser em ala simples ou dupla. A sala de ordenha sem fosso em ala
simples recomendada para pequenos rebanhos (at 20 vacas). Sua principal
vantagem a utilizao de galpes de uma gua, pois sua largura, em geral, de 4m.
O p-direito deve ter 3m, no mnimo. O modelo em ala dupla recomendado para
rebanhos maiores, com at 60 vacas (ordenha manual) ou at 100 vacas (ordenha
mecnica). A principal vantagem desse sistema o manuseio de 2 grupos na ordenha.
Enquanto o primeiro est sendo ordenhado, o segundo preparado, agilizando o
processo. Nesse caso, o galpo um pouco mais largo (7m). O p-direito tambm
deve ter 3m, no mnimo. A sala de ordenha com fosco, usada para ordenha mecnica,
um modelo mais moderno, que aumenta o conforto e a eficincia do ordenhador. O
modelo espinha de peixe o mais usado porque permite o manejo dos animais em
grupos e aumenta muito a eficincia da ordenha. Prprio para rebanhos com mais de
30 vacas, pode ter uma ou duas alas permitindo a ordenha de grupos de 3 a 12
animais ao mesmo tempo, dependendo do nmero de contenes. A principal
vantagem o menor tempo gasto por ordenha. Assim, possvel ordenhar mais vacas
num determinado perodo. .
As salas de ordenha com fosso devem ter p-direito mnimo de 3m e fosso de
1,8m de largura, com profundidade de 0,9m. Em geral, a altura do galpo de 6,6m.
65
66
g) Bezerreiro.
Os estbulos destinados a animais mestios de zebu dispem, em geral, de
bezerreiro ( alojamento para os bezerros), anexo sala de ordenha, para manter os
bezerros durante a retirada do leite. O bezerreiro deve ter baias individuais para os
animais mais novos e coletivos para os maiores. Na criao de vacas de maior
aptido leiteira ( holandeses, jrseys, etc.), como a presena do bezerro no
necessria na ordenha, so muito usados bezerreiros individuais, construdos nos
piquetes. Os bezerreiros individuais permitem melhor manejo dos animais, com
reduo significativa da incidncia de doenas. Eles devem ser transportveis,
permitindo sua remoo peridica para outros locais. Por isso, devem ser construdos
com materiais durveis. Chapas de fibrocimento podem ser usadas com sucesso com
elementos de vibrao.
6.4.2
67
6.4.3
ser de uma ou duas guas. Um modo fcil de constru-los utilizar estruturas prmoldadas de concreto. Nesses galpes, o piso de concreto tambm deve ter 10cm de
espessura e inclinao de 1% ( 1cm por metro) no sentido do comprimento e ranhuras
superfciais com 1cm de largura e 2cm de profundidade a cada 15cm, feitas com
sarrafos de madeira com as mesmas dimenses dos sulcos. Isso evita que os animais
escorreguem.
Consideraes finais
Como pde ser observado a utilizao das construes e instalaes rurais no
68
Referncias bibliogrficas
estruturais
(www.fec.unicamp.br/~
69