Redação 3º Ano
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TEXTO I
FAKE NEWS SÃO NOTÍCIAS FALSAS, MAS QUE APARENTAM SER VERDADEIRAS.
Não é uma piada, uma obra de ficção ou uma peça lúdica, mas sim uma mentira revestida de artifícios que lhe conferem
aparência de verdade.
Fake news não é uma novidade na sociedade, mas a escala em que pode ser produzida e difundida é que a eleva em nova
categoria, poluindo e colocando em xeque todas as demais notícias, afinal, como descobrir a falsidade de uma notícia?
No geral não é tão fácil descobrir uma notícia falsa, pois há a criação de um novo “mercado” com as empresas que produzem e
disseminam Fake News constituindo verdadeiras indústrias que “caçam” cliques a qualquer custo, se utilizando de todos os
recursos disponíveis para envolver inúmeras pessoas que sequer sabem que estão sendo utilizadas como peça chave dessa
difusão.
Infelizmente é muito comum o uso das primeiras vítimas como uma espécie de elo para compor uma corrente difusora das Fake
News. Assim, aquelas pessoas que de boa-fé acreditaram estar em contato com uma verdadeira notícia, passam – ainda que
sem perceber – a colaborar com a disseminação e difusão dessas notícias falsas.
Mas não é impossível detectá-las e combatê-las, há técnicas e cuidados que colaboram para mudar este cenário, sendo a
educação digital uma ferramenta para fortalecer ainda mais a liberdade de expressão e o uso democrático da internet.
TEXTO II
As notícias falsas divulgadas pela internet (fake news) foram tema da palestra do o professor Walter Capanema, coordenador-
geral dos cursos de Direito Eletrônico da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), nesta quarta-feira, dia 14,
no auditório desembargador Roberto Leite Ventura. […]
O professor mostrou fotos manipuladas por aplicativos e imagens falsas, como uma rachadura na ponte Rio-Niterói. Capanema
alertou que provocar alarme produzindo pânico está previsto no artigo 41 da lei das Contravenções Penais.
“Se a pessoa cria um perigo, manda uma mensagem que provoca alarme, ela pode ser conduzida ao juizado especial,
possivelmente vai ser processada e pode responder pelo artigo 41 da Lei das Contravenções Penais”, alertou Walter Capanema.
Capanema destacou ainda que as fake news podem levar o autor a responder por questões de responsabilidade civil, calúnia,
injúria, difamação e até incitação ao homicídio, como o caso que aconteceu em 2014, no Guarujá, no litoral paulista, com a dona
de casa Fabiane Maria de Jesus, espancada até a morte por moradores da cidade, depois da divulgação de boatos de
envolvimento em rituais de magia negra com crianças.
TEXTO III
PROJETO DE LEI Nº , DE 2017 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)
Dispõe sobre a tipificação criminal da divulgação ou compartilhamento de informação falsa ou incompleta na rede mundial de
computadores e dá outras providências.
JUSTIFICATIVA
A rápida disseminação de informações pela internet tem sido um campo fértil para a proliferação de notícias falsas ou
incompletas.
Atos desta natureza causam sérios prejuízos, muitas vezes irreparáveis, tanto para pessoas físicas ou jurídicas, as quais não têm
garantido o direito de defesa sobre os fatos falsamente divulgados.
A presente medida tipifica penalmente o ato de divulgar ou compartilhar notícia falsa na rede mundial de computadores, de
modo a combater esta prática nefasta.
Assim, contamos com o apoio dos nobres parlamentares à presente proposição.
Sala das Sessões, 1º de fevereiro de 2017.
DEPUTADO LUIZ CARLOS HAULY
PSDB-PR
Disponível em:
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=03D41E8B902E935F8C5C2F228D635FC2.proposicoesWebExterno1?codteor=1522471&filenam
e=PL+6812/2017 Acesso em 26 outubro 2017
TEXTO 1
Brasil é o 4º país mais corrupto do mundo, segundo Fórum Econômico Mundial
O Brasil é a quarta nação mais corrupta do mundo, segundo o índice de corrupção do Fórum Econômico Mundial. O país está
atrás apenas do Chade, da Bolívia e da Venezuela, que lidera o ranking. A corrupção é um dos elementos que a organização
suíça inclui em seu índice anual de competitividade, baseado em uma pesquisa com 15.000 líderes empresariais de 141
economias do mundo.
Fonte: Claudia Altamirano, El País, 6/10/2016 Disponível em: http://bit.ly/2dES4Dm Acessado em: 15/6/2017
TEXTO 2
“Não existe país com governo corrupto e população honesta” – Leandro Karnal
O atual momento político vivido pelo Brasil reforça a discussão sobre o papel da ética no cotidiano. Esta é a oportunidade de se
exercitar esta postura tão cobrada de governos e empresas, estimulada principalmente pelas revelações com as investigações da
Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Há um interesse coletivo sobre o tema atualmente. Mas, está faltando, além da crítica à falta de ética em Brasília e das grandes
empreiteiras, que nós consigamos pensar na microfísica do poder, ou seja, na falta de ética na escola, nas famílias e nas
empresas. Não existe país no mundo em que o governo seja corrupto e a população honesta e vice-versa.
Fonte: Portal Raízes, sem data. Disponível em: http://bit.ly/1spj6m5 Acessado em: 15/6/2017
TEXTO 3
Você ensina seu filho a ser ético?
Você está em uma festa em um buffet infantil e observa seu filho na paciente fila do Arvorismo. De repente, a criança que
estava por último é arrancada de seu lugar e colocada, pela mãe, como primeira da fila, passando à frente de todos os outros
que haviam chegado antes. A indignação das outras crianças da fila é notória. Eles reclamam, protestam. A mãe, com sua
arrogância, ignora. Quem poderia decidir ali o que estava certo ou errado era a monitora. Mas esta, sabe-se lá por qual motivo,
não se opõe. E aquela criança aprende, em um local lúdico e divertido, que é correto levar vantagem em detrimento do outro.
“Minha mãe me ensinou a furar fila. Que legal!”, é o que vai ficar registrado em sua mente. O perigo disso tudo é: se a criança
não aprende em casa, a vida ensina. Daí o erro que muitos pais cometem em querer proteger sua cria.
Fonte: Lucy De Miguel, revista Na Mochila, sem data. Disponível em: http://bit.ly/2sup4VJ Acessado em: 15/6/2017
TEXTO 4
Tudo o que não puder contar, não faça: integridade é não agir errado mesmo sozinho
Immanuel Kant, famoso filósofo alemão do século, 18 dizia – “Tudo o que não puder contar como faz, não faça!”. Arremato esta
frase com o que Spinoza refletia sobre o direito natural ser compatível com a democracia – “É nas grandes massas que a
natureza melhor se manifesta”.
Ao jogarmos um simples papelzinho pela janela não temos consciência alguma de que não se trata apenas de um simples
papelzinho. O que está por trás disso é absolutamente sério. O que estamos fazendo conosco, com o meio em que vivemos e
com o mundo? Há que se dizer que culpar terceiros sempre nos traz alívio. Irresponsabilidade e caráter são questões
inadmissíveis, não é mesmo?
Fonte: Mario Sergio Cortella, site mariosergiocortella.com, 15/6/2016 Disponível em: http://bit.ly/2tstbPg Acessado em:
15/6/2017
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o
tema “CAMINHOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE BRASILEIRA MAIS ÉTICA”, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e
coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Redação
= ARGUMENTAÇÃO = 4. PARA CADA TESE, APONTE UM ARGUMENTO E UM
CONTRA-ARGUMENTO.
Tese: ponto de vista sobre o tema, proposição. A) O voto no Brasil deve ser facultativo.
B) O aborto deve ser descriminalizado.
Ex: Bullying mata. C) O consumo de maconha não deve ser liberado no
Brasil.
Argumentação: defesa da tese com a intenção de D) A redução da maioridade penal diminuiria a
convencimento. Usa dados, exemplos, citações, criminalidade no Brasil.
comparações e, principalmente, o raciocínio lógico.
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Ex: O bullying diminui a autoestima da vítima que acaba RESPOSTAS
cometendo suicídio.
1. CAUSAS
Autoria: significa ser autor das próprias ideias, ser a) MORTALIDADE INFANTIL
capaz de construir a argumentação sem apoiar-se nos - Ausência de acompanhamento médico,
textos motivadores da prova ou no senso comum (ideia - deficiência na assistência hospitalar,
sem comprovação científica). - desnutrição,
- deficit nos serviços de saneamento ambiental.
Ex, de Senso Comum: - rendimentos familiares,
1. Gato preto dá azar. - alimentação,
2. Querer é poder. - condições higiênicas e sanitárias,
3. Manga com leite mata. - condições de habitação.
4. Depressão é frescura,
5. Toda mulher nasceu pra ser mãe, b) COTAS RACIAIS E SOCIAIS
- aumentou a demanda de alunos negros e de alunos
CAUSA X CONSEQUÊNCIA oriundos de escolas públicas na Universidade.
- a maioria dos cotistas são provenientes de famílias de
Causa: Perguntamos ao tema “por quê?”. baixa renda
- possibilitou o acesso de índios, quilombolas às
Consequência: O que acontece em razão disso (da universidades.
causa)? - minimiza a diferença de oportunidades (esc púb x part).
Ex: O consumo de drogas tem crescido entre jovens. Lei de cotas (Dilma): 50% das vagas em instituições e
universidades federais destinadas a estudantes egressos
Causa (por quê?): Muitos jovens refugiam-se nas drogas de escolas públicas e com renda familiar igual ou inferior
para esquecer seus problemas. a um salário-mínimo e meio per capita, também adota
critérios raciais para a cota (pretos, partos e indígenas).
Consequência (o que acontece em razão disso?): acabam
se tornando dependentes químicos e transformam-se em C) PROPAGANDA INFANTIL PROIBIDA
pessoas inúteis para si mesmas e para a sociedade. - redução de transtornos alimentares,
- o aumento da produtividade (incluindo na vida adulta)
EXERCÍCIO - uma melhor qualidade de vida psicológica e social, com
menos conflitos familiares.
1. APONTE TRÊS CAUSAS PARA CADA UM DOS TEMAS A
SEGUIR. (Por quê?) "As crianças passariam a consumir menos alimentos e
bebidas com alto teor calórico [...], levando a uma
A) No Brasil, o índice de mortalidade infantil é alto. redução das despesas com saúde associadas a doenças
B) O Brasil acertou em implementar cotas raciais e causadas por comer demais ou por manter hábitos
sociais nas universidades. alimentares ruins (como a obesidade)"
C) Alguns anúncios e propagandas direcionados a
crianças devem ser proibidos. D) PREÇO INJUSTO DA PASSAGEM DE ÔNIBUS
D) O preço da passagem de ônibus em Belém não é justo. - Os ônibus não oferecem conforto (lotação, climatização)
- O serviço prestado por motoristas e cobradores é de
2. APONTE AS CONSEQUÊNCIAS PARA CADA CAUSA DO péssima qualidade
EXERCÍCIO ANTERIOR. (O que acontece em razão - veículos em condições ruins
disso?) - demora do transporte devido ao número insuficiente de
veículos
3. APONTE A CAUSA E SUA RESPECTIVA =========================================
CONSEQUÊNCIA PARA CADA TEMA.
ÚLTIMAS COLOCAÇÕES
Nós brasileiros frequentemente reclamamos, e com razão, dos nossos ilustres governantes e líderes.
Principalmente quando tomam atitudes que visam apenas benefícios próprios. Quantos aumentos de salários
parlamentares e arquivamento de falcatruas fomos obrigados a engolir?
Mas convenhamos, esse não é o caso. A decisão do STF a favor da constitucionalidade das cotas raciais e a
aprovação do senado destinando 50% das vagas nas universidades federais para alunos da rede pública foram
decisões a favor daqueles que tiveram, por tanto tempo, tantas oportunidades a menos. Torço para que a
presidenta Dilma tenha a coragem de sancionar a lei e enfrentar a chuva de criticas que virá posteriormente.
No momento penso assim. Posso evidentemente mudar de lado, mas frente aos argumentos demasiadamente
baseados em teorias e leis, peço algumas atitudes e reflexões. Se você é contra a cota social, irei respeita-lo.
Mas vivencie um mês numa típica escola pública. Caso seja contra as cotas raciais, novamente irei respeita-lo.
Mas gostaria que visitasse algumas favelas e cadeias. Talvez não mude de opinião, mas certamente sairá
menos convicto de seus posicionamentos. De certo, em meio a condomínios, bares e drinks sofisticados não
há razão para as cotas. Mas olhando das favelas, das escolas públicas e das cadeias, as cotas fazem
todo sentido.
*Fernando Buglia é formado em física pela UNICAMP e atua como professor de ensino médio e cursinho
pré-vestibular na rede particular. Também é um dos criadores do site Infoenem.
Desde que o primeiro aluno negro ingressou em uma universidade pública pelo
sistema de cotas, há dez anos, muita bobagem foi dita por aí. Os críticos ferozes
afirmaram que o modelo rebaixaria o nível educacional e degradaria as universidades.
Eles também disseram que os cotistas jamais acompanhariam o ritmo de seus colegas
mais iluminados e isso resultaria na desistência dos negros e pobres beneficiados
pelos programas de inclusão. Os arautos do pessimismo profetizaram discrepâncias
do próprio vestibular, pois os cotistas seriam aprovados com notas vexatórias se
comparadas com o desempenho da turma considerada mais capaz. Para os
apocalípticos, o sistema de cotas culminaria numa decrepitude completa: o ódio racial
seria instalado nas salas de aula universitárias, enquanto negros e brancos
construiriam muros imaginários entre si. A segregação venceria e a mediocridade dos
cotistas acabaria de vez com o mundo acadêmico brasileiro. Mas, surpresa: nada
disso aconteceu. Um por um, todos os argumentos foram derrotados pela simples
constatação da realidade. “Até agora, nenhuma das justificativas das pessoas
contrárias às cotas se mostrou verdadeira”, diz Ricardo Vieiralves de Castro, reitor da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).