Igreja Voz Da Verdade - Seita Unicista

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IGREJA VOZ DA VERDADE – SEITA UNICISTA

INTRODUÇÃO

A Igreja Voz da Verdade é uma igreja unicista. Esse grupo religioso ficou
conhecido no meio evangélico por causa do conjunto de mesmo nome. O Pastor e
vocalista Carlos A Moysés costuma distribuir em seus shows, um CD cujo título é O
Mistério de Deus – Cristo. Nele o referido pastor faz apologia das doutrinas unicistas,
que sustenta haver uma única pessoa que se manifestou ora como Pai, ora como o
Filho e como Espírito Santo cujo nome seria Jesus. Prega ainda o batismo somente
em nome de Jesus.

I – HISTÓRIA DA IGREJA VOZ DA VERDADE

Dados do site oficial diz que esta igreja foi fundada oficialmente em 1978 em
Santo André – São Paulo – por Fued Moysés. Ele se converteu no cinema, durante
uma sessão do filme Quo Vadis. Fued conta que Jesus lhe tocou a face, saindo da tela
de projeção em carne e osso, e, naquele momento, ter-lhe-ia dado a incumbência de
pregar o Evangelho, mas infelizmente o pastor de origem árabe, recebeu a influência
de missionários unicistas americanos, que fundaram a Igreja Pentecostal Unida no
Brasil. Conta o pastor Carlos Moysés, que quando seu pai começou a pregar a
doutrina unicista, perdeu metade dos membros da igreja.

Os jovens gostam ou gostavam muito desse conjunto, por causa de seu estilo,
que se ajusta ou ajustava bem ao espírito juvenil.

Há três grupos religiosos que com muita facilidade ainda têm acesso a púlpitos
de muitas igrejas genuinamente evangélicas e conseguem se camuflar no meio do
povo de Deus. Eles não são ortodoxos, ou seja, são contra o Cristianismo histórico,
revelado na Bíblia e, por isso, representam uma ameaça à unidade e a doutrina da
Igreja. São eles: a Igreja Local de Witness Lee, a Igreja Voz da Verdade e a Igreja
Adventista.

1 – ONDE ESTÁ O PROBLEMA?

Antes de tudo é preciso escoimar a acusação por vezes perpetuada de que


nós estamos perseguindo o tal conjunto e sua igreja. Longe disso, tão somente
queremos alertar aqueles que buscam com sinceridade a verdade do evangelho a
discernir melhor entre heresia e ortodoxia. Mas há quem afirme que se trata de uma
questão meramente secundária, isso de ambas as partes. Outros entendem que o
problema não é grave, dizendo que o Espírito Santo não está preocupado com
sistemas teológicos como trinitarismo, nem com o unicismo. Respeitamos tais
opiniões, todavia afirmar tal coisa é o mesmo que dizer que o Espírito Santo não está
preocupado com a verdade, sendo que ambas as correntes: trinitarismo e unicismo se
excluem mutuamente. Por isso, apresentaremos a raiz do problema, para que cada
cristão possa discernir e compreender a questão. Antes, porém, convém analisar as
raízes históricas da teologia unicista.
II – ANTECEDENTES HISTÓRICOS

1 – DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA HERESIA

No segundo século da era cristã, a Igreja saiu ilesa contra o gnosticismo


(doutrina que negava o Jesus homem). Diziam que Ele teve um corpo docético –
fantasma – e por isso não sofreu.

PERGUNTAS QUE SURGIRAM:

. Se Jesus é Deus absoluto como fica o monoteísmo judaico—cristão?


. Se o Logos é subordinado ao Pai, isso não compromete a divindade de Jesus?
Para tentar responder a estas questões surgiram algumas tendências heréticas, tais
como:

MONARQUIANISMO – expressão derivada da exclamação: “Monarchiam


tenemus. “conservamos a monarquia” ( Tertuliano, Adv. Praxeam 3). Apresentava
duas correntes: os dinâmicos e os modais:
DINÁMICOS – diziam que Deus deu força e poder (dynamis ) a Jesus,
adotando-o como Filho. Negando assim a divindade absoluta de Jesus, e também a
Trindade – era o prenúncio do arianismo, que negava a eternidade de Jesus.
MODAIS – ensinavam que as três Pessoas da divindade se manifestavam por
vários modos, daí o nome modalista. Desenvolveram a ideia de que o Pai nasceu e o
Pai sofreu, sendo eles jocosamente classificados por Cipriano de patripassionistas.

2 – HISTÓRIA DO UNICISMO MODERNO (O RETORNO DA VELHA


HERESIA SABELIANA)

Essa doutrina surgiu em uma reunião pentecostal das igrejas Assembléias de


Deus realizada em abril de 1913, em Arroyo Seco, nos arredores de Los Angeles, na
Califórnia, numa cerimônia de batismo. O preletor, R. E. McAlister, disse que os
apóstolos batizavam em nome do Senhor Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, e quando as pessoas ouviram isso ficaram atônitas. McAlister foi
notificado que seu ensino possuía elementos heréticos. Ele tentou esclarecer sua
prédica, mas ela já havia produzido efeito. Um de seus ouvintes era John Sheppe que
após aquela mensagem, passou uma noite em oração, refletindo a mensagem de
McAlister e concluiu que Deus havia revelado o batismo verdadeiro que seria somente
em nome de Jesus. Também Franck J. Ewart, australiano, adotou essa doutrina e em
15 de abril de 1914 levantou uma tenda em Belvedere, ainda nos arredores de Los
Angeles, e passou a pregar sobre a fórmula batismal de Atos 2.38.
Comparando com Mateus 28.19, chegou à conclusão de que o nome de Deus seria
então somente o nome Jesus.
É verdade que o batismo somente no nome de Jesus era praticado por
pastores pentecostais como Howard Goss e Andrew Urshan, mas foi somente com
Franck J. Ewart que o batismo em nome de Jesus desenvolveu teor teológico próprio.
Assim, em 15 de abril de 1914, Franck J. Ewart e Glenn Cook se batizaram
mutuamente com a nova fórmula. Esse movimento começou então a crescer em cima
dessa polêmica e ficou conhecido por vários nomes como: Nova
Questão, movimento Somente Jesus, o Nome de Jesus,
Apostólico, ou Pentecostalismo Unicista.
A essência da doutrina unicista é a centralização no nome de Jesus. Os
teólogos unicistas entendem que a expressão em nome, de Mateus 28.19 referindo ao
Pai, Filho e Espírito Santo são apenas nomes singulares de Jesus. Assim, o que
parecia ser apenas uma polêmica referente à fórmula batismal resultou na negação da
doutrina da Trindade. Os unicistas não aceitam a pluralidade de pessoas na unidade
Divina, qualquer referência à idéia de Trindade eles interpretam como sendo várias
manifestações de Deus ou de Jesus. Logo não são contra a Trindade pelo fato de não
crer que Jesus seja Deus, mas ironicamente pelo fato de crer que Deus é só Jesus.

3 – PRINCIPAIS GRUPOS UNICISTAS MODERNOS

- IGREJA EVANGÉLICA VOZ DA VERDADE (IEVV);

- IGREJA SÓ JESUS;

- IGREJA LOCA (WITNESS LEE)

- ADEPTOS DO NOME YEHOSHUA E SUAS VARIANTES

- TABERNÁCULO DA FÉ

- A VOZ DA PEDRA ANGULAR (WILLIAM SOTO SANTIAGO)

- MINISTÉRIO INTERNACIONAL CRECIENDO EM GRACIA

- IGREJA CRISTO VIVE (do AP. MIGUEL ÂNGELO).

- PENTECOSTAL NOVO NASCIMENTO EM CRISTO e outras.

4 – OS QUATRO ERROS

São basicamente quatro os erros principais que polemiza a teologia da


IGREJA VOZ DA VERDADE são eles:

1 – A NATUREZA DE DEUS (A Doutrina da Trindade);


2 – A NATUREZA DE CRISTO;
3 – A FÓRMULA BATISMAL e;
4 – O SIGNIFICADO DO BATISMO.
III – A NATUREZA DE DEUS (A DOUTRINA DA TRINDADE)

1 – O QUE O MINISTÉRIO VOZ DA VERDADE PREGA E CRÊ

O Ministério Voz da Verdade crê que existe UM SÓ DEUS, e não TRÊS


DEUSES. Um só Deus, se manifestando de várias formas: como PAI criador do
mundo, como FILHO veio resgatar o homem do pecado e como ESPÍRITO SANTO
está atuando hoje em nossas vidas. (site oficial)

2 – ANALISE DAS CRENÇAS UNICISTAS DA IGREJA VOZ DA VERDADE

Para nós, trinitaristas, Jesus é uma pessoa muito amada a quem tributamos
honra, glória e louvor (Apocalipse 5.11-13). Nestes versículos bíblicos, Jesus, o
Cordeiro, recebe com Deus, o Pai, adoração de todos os anjos do céu.

Demais disso, não cremos tampouco em três deuses, isto se chama


TRITEÍSMO.
Este falso conceito de Deus divide a substância divina consequentemente em três
seres separados. Por outro lado, a crença ortodoxa na Trindade nunca admite isso,
pois as escrituras falam de um só Deus e não três.
Inquestionavelmente, aceitamos que Jesus é verdadeiramente Deus e
verdadeiramente homem, com apoio de Colossenses 2.9, que diz: “Porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade”. Duas naturezas – a DIVINA: e o Verbo
era Deus (João 1.1); e a HUMANA: e o verbo se fez carne (João 1.14) em uma só
pessoa.
Paralelamente, afirmamos com 1 João 5.20, que Jesus é o verdadeiro Deus: “E
sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o
que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus
Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”.
Mas a IVV não crê assim, como lemos na sua declaração de fé citada: colocam o Pai e
o Filho como personificações e não como personalidades distintas na Trindade.

3 – A BÍBLA – UM LIVRO CRISTOCÊNTRICO

Que a Bíblia fala de uma pessoa central, e que a Bíblia é um livro cristocêntrico
não há dúvidas. Que há um só Deus e que o primeiro mandamento proíbe a existência
de outros deuses, nenhum cristão genuíno nega: “Não terás outros deuses diante de
mim” (Deuteronômio 5.7).
No entanto, Deus é uma palavra polissêmica que se emprega para o Pai
(Efésios 1.3), para o Filho (1 João 5.20) e para o Espírito Santo (Atos 5.3-4). Tanto é
que Deus em Gênesis 1.1 se aplica à Trindade, pluralidade em unidade. “No princípio
criou Deus (ELOHIM) o céu e a terra”. A palavra ELOHIM aparece cerca de 2.500
vezes nas Escrituras hebraicas. Isso é repetido em Gênesis 1.26 quando o
verbo “façamos” e o pronome “nossa” aparecem no plural indicando uma pluralidade
na unidade. Pluralidade de pessoas e unidade de natureza.

Que outra maneira haveria de explicar-se o emprego dessa palavra senão para
indicar a pluralidade de pessoas nesse único Deus?
Acresce de importância quando se sabe que existe uma palavra ELOAH para
referir-se a Deus de modo singular. O uso de ELOHIM, com referência à Trindade, se
torna mais acentuado pelo fato de que a palavra se usa algumas vezes em
concordância com verbos e pronomes no plural, enfatizando-se a forma plural da
palavra. Alguns exemplos:

- Gênesis 1.26: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme


a nossa semelhança”

Nota: O uso do verbo “façamos”, e do pronome “nossa” é revelador do sentido


de que ELOHIM serve para indicar a pluralidade de pessoas. Sabemos que o
nome ELOHIM por si só não prova a unidade composta, no entanto o contexto apóia a
unidade composta de Deus (Gênesis 1.26; 3.22; 11.7).

- Gênesis 3.22: “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de
nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também
da árvore da vida, e coma e viva eternamente”.

Nota: O uso do pronome plural “nós” indica pluralidade de pessoas.

- Gênesis 11.7: “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não
entenda um a língua do outro”.

Nota: Enquanto o substantivo Deus está no singular, os verbos “desçamos” e


“confundamos” flexionam-se na primeira pessoa do plural indicando pluralidade de
pessoas na unidade.

De modo algum podemos dizer que há uma só pessoa na divindade, os fatos


quando claramente analisados não comportam tal ideia.

4 – CONTRA A TRINDADE

O senhor Antonio Carlos Prieto Martins, no artigo Manifestações de Deus e


não de Pessoas Distintas no site oficial do Conjunto Voz da Verdade declara:
“O principal motivo da doutrina romana é confundir os crentes salvos em Cristo
Jesus, os quais possuem um contato íntimo com Deus e sabe muito bem quem é
Deus, e de nada é confundido. Essa doutrina de que existem 3 Pessoas distintas é tão
contraditória, que quem tenta explicá-la, acaba se confundindo e diminuindo o poder
de Deus”.

VOCES NÃO CREEM NA TRINDADE?


Resposta: “Não cremos neste conceito de TRINDADE onde apresentam 3
pessoas distintas, separadas, pois neste conceito Jesus fica menor e sabemos que
Jesus não é o filho eterno.” “Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo lugar,
tirando a glória Dele.”(site oficial)
RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Se estas palavras partissem de uma Testemunha de Jeová entenderíamos a


falta de critério usado na abordagem da questão, mas partindo do site de um conjunto
que se diz comungar com as igrejas evangélicas, isto é tanto inadmissível como
perigoso.

A doutrina da Trindade já existia muito antes de aparecer a Igreja Católica. O


termo foi cunhado já no início do II século em sua forma grega, primeiramente por
Teófilo; e em sua forma latina, por Tertuliano. O Concílio de Nicéia em 325 a.D.
reconheceu a deidade absoluta de Jesus, contestando a doutrina de Ário, que
ensinava ser Jesus uma criatura de Deus.
É preciso ainda diferenciar tecnicamente entre Trindade Ontológica e Trindade
Econômica para não cairmos no mesmo erro da citação acima de que “este conceito
de trindade coloca Jesus em segundo lugar, tirando a glória Dele”.

Por TRINDADE ONTOLÓGICA queremos dizer que a divindade co-existiu por


toda a eternidade tendo a mesma substância, poder e glória iguais.
Já a TRINDADE ECONÔMICA é como esse mesmo Deus Triúno se manifestou na
história do mundo, em específico na salvação do homem.
Há como uma divisão de tarefas para cada membro da Trindade: primeiro o Pai
planejou, segundo o Filho executou esse plano de redenção deixando a última parte
ao Espírito Santo, o qual aplica a regeneração e a santificação desta obra no coração
do salvo. Daí a sequência: 1º – Pai, 2º – Filho e 3º – Espírito Santo.
Erra barbaramente quem pensa que esta sequência prova algum tipo de desigualdade
entre os membros da Trindade. É puramente uma questão funcional e não de
natureza.

5 – USO DE PALAVRAS NÃO BÍBLICAS

Frequentemente os unicistas desafiam para provar que se mostre na Bíblia a


palavra Trindade, alegando que essa palavra não se encontra na Bíblia.

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Primeiramente, a argumentação de que a palavra Trindade não é encontrada


na Bíblia é algo de pouca monta, já que a doutrina da Trindade é evidente através das
Escrituras Sagradas. Não devemos supor, que pelo fato de o nome do senhor Carlos
Moysés não estar escrito em sua casa, que não deve morar lá nenhum Carlos
Moysés. Mas é justamente isso que fazem os unicistas da IVV.

A esse respeito declarou Myer Pearlman: “É verdade que a palavra Trindade


não aparece no Novo Testamento; é uma expressão teológica, que surgiu no segundo
século para descrever a divindade. Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber este
nome; e a doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse tecnicamente
chamada Trindade” (“Conhecendo as Doutrinas da Bíblia.” Myer Pearlman. Ed. Vida,
1977, p. 51).
Essa analogia de Myer Pearlman é suficiente para refutarmos a argumentação
de que a palavra Trindade não aparece na Bíblia, já que o fato da palavra não
aparecer na Bíblia não significa que essa doutrina não seja bíblica.

Em segundo lugar, é importante lembrar que os unicistas também utilizam


palavras que não se encontram na Bíblia. Palavras como manifestações, modos do
Pai, Filho e Espírito Santo, não se encontram na Bíblia. Seus livros estão cheios de
expressões como Paternidade de Cristo, o Deus homem etc. Inclusive a expressão A
Voz da Verdade não se encontra na Bíblia.

6 – O SIGNIFICADO DE PAI E FILHO NA DIVINDADE

Os unicistas afirmam que se a doutrina da Trindade for aceita isto conduz a


uma absurda conclusão de Jesus ter dois pais divinos, pois a Bíblia afirma que Jesus
foi concebido pelo Espírito Santo (Lucas 1.35) e ainda foi chamado Filho de Deus.
Como poderia Jesus ser chamado Filho de Deus e ao mesmo tempo ser gerado pelo
Espírito Santo?
“…se o Pai fosse uma pessoa distinta e o Espírito Santo outra pessoa, quem seria o
Pai do homem Jesus”? (site oficial)

Como poderia, perguntam, “a segunda pessoa da Trindade ser gerada pela


terceira Pessoa da Trindade”?

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Esse argumento é igual ao usado pelos mórmons quando falam da Trindade.


No entanto, os mórmons admitem uma mãe celestial e que o Pai celestial desceu do
céu com um corpo de carne e ossos e gerou de Maria a Jesus, retornando ao céu.
Quando a Bíblia fala sobre o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (Efésios 1.2-3)
e Jesus como Filho de Deus não está expressando que Deus foi literalmente o
progenitor de Jesus, ou de Jesus como sendo de literal progênie de Deus Pai. Tal
conceito leva a admitir que Deus tem características sexuais humanas. Essa admissão
é encontrada em mitologias pagãs, mas completamente estranha à revelação bíblica.
Quando nós, com base nas Escrituras, chamamos a Deus de Pai e Jesus
de Filho, estamos falando simbolicamente e não literalmente. Estamos dizendo que o
relacionamento amoroso que existe entre Deus Pai e Jesus é semelhante ao amor de
um pai para com o seu filho, mas sem as características que existem no
relacionamento entre pai e filho, fisicamente falando. Quando entendemos isso, não
vemos problemas em afirmar que aquele que criou o corpo humano de Jesus foi o
Espírito Santo (João 1.14), muito embora o Pai e o Espírito Santo sejam pessoas
distintas na divindade.

7 – A QUESTÃO DAS EXPRESSÕES: SOCIEDADE, SÓCIOS OU


SEMELHANTES.

O Conjunto Voz da Verdade declara: Observação: “A Bíblia nos alerta quanto à


quantidade variada de deuses. Portanto, é na própria Bíblia onde encontramos a
afirmação que não há trindade ou variedade de deuses… pois jamais o
Senhor permitiria sociedade em sua divindade”.

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Cremos na existência de um só Deus eternamente subsistente em três


Pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo (Gênesis 1.26 comparado com Mateus
28.19). Não somos triteístas. Somos monoteístas (Isaías 43.10; 44.6 comparado com
Apocalipse 1.17; 48.12).

Outra observação importante que devemos fazer é que estranhamente este


argumento utilizado pela Igreja Voz da Verdade é o mesmo usado no islamismo.
Assim como o Pr. Carlos Alberto Moysés declara várias vezes que Deus não tem
sócios, sociedade ou semelhantes, Maomé no sétimo século declarava também.
Ambos confundem a unidade composta de Deus, e por não entenderem a pluralidade
de pessoas na unidade divina, concluem precipitadamente que se trata de uma
sociedade ou sócios.

A IGREJA VOZ DA VERDADE DECLARA:

“Dizemos que são manifestações de UM DEUS SÓ, somente não cremos que
sejam 3 Pessoas distintas (separadas) cada um com a sua personalidade, como é
pregado, pois sendo assim seriam 3 Deuses e não UM. E sabemos que DEUS É UM.
Vou escrever novamente para que não haja dúvidas: Deus é o PAI,O MESMO DEUS
É O FILHO,O MESMO DEUS ESTÁ HOJE CONOSCO COMO ESPÍRITO
SANTO”.( Site oficial – Suely Moysés Cufone)

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Primeiramente, o Espírito Santo procede do Pai e não é o Pai. “Mas, quando


vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de
verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (João 15.26).
Se Jesus é tanto o Pai como é o Filho então porque Jesus apelou para o Pai
como sua testemunha: “E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não
sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei está também escrito que o
testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de
mim testifica também o Pai que me enviou” (João 8.16-18)?
Essa defesa de Jesus perante seus adversários só teria validade se o Pai
fosse uma pessoa diferente da do Filho e não o próprio Filho. Será que as palavras
perderam o sentido? Se não perderam vemos então duas pessoas: o Pai, dando
testemunho de Jesus.
Não podemos perder de vista também o fato de que em João 5.32 está escrito: “Há
outro que testifica de mim…” Aqui o termo empregado para outro foi ALLOS que
denota, mais uma vez, uma pessoa diferente daquela que está falando.
Segundo o Greek English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian
Literature, significa outro da mesma raça (citado na Teologia Sistemática, Stanley M.
Orton – CPAD Pág. 682). O “Dicionário Vine” declara: O termo ALLOS denota uma
diferença numérica e denota “outro do mesmo tipo”(pág. 839). Este termo é o mesmo
que aparece em João 5.7-43 para falar de outra pessoa distinta e não de
meras manifestações.(conf. Concordância Fiel do Novo Testamento Vol. I, Grego-
Português, pág. 35).
Segundo, Jesus não é o Pai, pois ensinou a orar: “Portanto, vós orareis assim:
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Mateus 6.9).
Jesus estava na terra e o Pai estava no céu. “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da
água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como
pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo” (Mateus 3.16-17). Perguntamos: quem falava do céu,
enquanto Jesus saía das águas?

7 – PODE DEUS SER MAIS DE UMA PESSOA?

Observemos a confissão de fé judaica que reza: “Shema, Israel: Adonai


Elohenu Adonai Echad”.

Embora o texto áureo do monoteísmo: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o


único Senhor (Deuteronômio 6.4), diga que Jeová é “único” ou “um”, esta unidade,
entretanto, não é absoluta. A palavra único no original “echad” está no construto,
revelando uma unidade composta. Semelhantemente, a palavra (echad) aparece com
a mesma idéia de pluralidade em Gênesis 2.24 onde diz que Adão e Eva … “serão
ambos uma só carne” (cf. 11.1-6; Ezequiel 37.17 I Coríntios 6.16-17).
Ninguém jamais pensou em fabricar uma imagem de Adão com duas máscaras!

A I.V.V deveria saber que a palavra com idéia de unidade absoluta


é YACHID, usada em Gênesis 22.2 onde diz: “Toma agora o teu filho o
teu único filho…” e também Provérbios 4.3 Jeremias 6.26, e não YACHAD usada no
texto em lide.

Ainda levando em consideração o fato de os judeus em seus confrontos com


os cristãos não saberem responder a estes sobre a Trindade, resolveram em seu
“Princípios de Fé” trocar a palavra “echad” por “yachid”, mostrando uma flagrante
contradição com o texto hebraico original. (As Seitas Perante a Bíblia – pág. 59-61,
César Vidal Manzanares, ed. São Paulo – 1994).

Junta-se a este testemunho uma citação de Zoar, um dos clássicos da


literatura judaica:

“Escuta, ó Israel: Yavé nosso Deus, Yavé é uno. Porque haverá de mencionar
o nome de Deus nesse versículo? O primeiro Javé é o pai de cima, o segundo é a
descendência de Jessé, o messias que virá da família de Jessé passando por David.
O terceiro é o caminho que está debaixo, isto é, o Espírito Santo que nos mostra o
caminho, e estes três são um”. (ibdem)

ELOHIM

A palavra hebraica Elohim que se encontra em Gênesis 1. 1,16,26 e em muitos


outros é a forma plural de Eloah.
Muitos têm alegado que essa palavra expressa apenas um plural majestático, mas não
há um consenso entre os estudiosos e mesmo entre os rabinos judaicos, pois eles não
entendendo perfeitamente essa palavra e tentando preservar o monoteísmo judaico,
deram o nome de plural de majestade, entretanto um dos maiores rabinos de Israel,
Shimeon Ben Joachi pronunciou a respeito dessa palavra o seguinte:

“ Observai o mistério da palavra Eloim; encerra três graus, três partes; cada uma
destas partes é distinta, e é uma por si mesma, e não obstante são inseparáveis uma
da outra; estão unidas juntamente e formam um só todo” (Como Responder às
Testemunhas de Jeová - Vol. I, - Esequias Soares da Silva, editora Candeia)

IV – NATUREZA X PERSONALIDADE

Que uma pessoa sem muito conhecimento bíblico confunda natureza com
personalidade é desculpável. Mas é lamentável que um pastor que sai em defesa de
suas convicções doutrinárias ignore esses princípios elementares do significado
dessas palavras. Tal circunstância leva confusão aos grupos evangélicos de todo o
Brasil, onde o Conjunto Voz da Verdade é muito apreciado.

Qual a diferença entre natureza e personalidade?

Natureza: É a essência ou condição própria de um ser. O Pai é uma pessoa espiritual


e sua natureza é absolutamente divina. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma
viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1.3).

Personalidade: É individualidade consciente. Personalidade indica um ser que tem


inteligência, vontade própria e sensibilidade, tal é a Persona Deitatis. O Pai é
uma pessoa espiritual, com vontade própria (1 Coríntios 12.11), inteligência (1
Coríntios 2.10); e sensibilidade (Efésios 4.30), assim também é o Filho e o Espírito
Santo.

1 – PAI: PERSONALIDADE OU NATUREZA DIVINA?

A IVV Declara: “Quando falamos Pai é a divindade e quando falamos Jesus é o


Filho?
Sim, quando Filipe solicitou a Jesus mostra-nos o Pai, é o que nos basta.
Jesus falou:
HÁ TANTO TEMPO ESTOU CONVOSCO E NÃO ME TENDES CONHECIDO,
AS OBRAS QUE EU FAÇO NÃO FAÇO POR MIM MESMO MAS O PAI QUE ESTÁ
EM MIM É QUEM AS FAZ”. João 14.8-10

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Em nenhum momento a Bíblia aponta esta sutil diferença criada pelos unicistas
da IVV. Aliás, quando são pressionados a responderem para quem Jesus orava, saem
pela tangente com a resposta de que a carne estava orando ao espírito, o que é
absolutamente irracional do ponto de vista bíblico. A Bíblia nunca faz confusão quanto
a identidade e natureza do Pai e do Filho. O nome Jesus não tem anda a ver com a
natureza de Filho.
Raciocinemos: Se o nome de Deus Pai é Jesus, então por que o próprio Jesus disse
que teria um novo nome. Demais disso diz ainda que escreveria o nome do seu Deus
na nova Jerusalém.
Então Deus e Jesus possuem nomes diferentes, consequentemente duas pessoas
distintas.

2 – FILHO: PERSONALIDADE OU NATUREZA HUMANA?

A Natureza de Jesus Vista pela IVV:

“É lógico a parte humana chamava-se FILHO. O anjo disse a Maria: …o ente


santo que há de nascer “SERÁ” chamado FILHO DE DEUS. Será chamado, não era
Filho antes. O ministério de “Filho” veio com o seu nascimento aqui na Terra.” (site
oficial)

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Como é possível que pessoas tão despreparadas venham argumentar sobre


aquilo que desconhecem? O nome Jesus foi dado quando o Filho de Deus se fez
carne. “E dará à luz um filho e chamará o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu
povo dos seus pecados” (Mateus 1.21) Jesus é o nome humano do Filho de Deus
dado pelo anjo Gabriel a Maria: “E Eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um
filho, e pôr-lhe-as o nome de Jesus” (Lucas 1.31).

Para a IVV, o Filho, como pessoa espiritual, nunca existiu. Jesus, como Filho
de Deus, passou a existir só depois do seu nascimento em Belém de Judá, pois Filho
é apenas a natureza humana de Jesus.

Esse ensinamento é tão grave, tão herético que em 1 João 2.22 lemos: “Quem
é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse
mesmo que nega o Pai e o Filho”.

3 – ESPÍRITO SANTO: PESSOA PRÓPRIA OU O PAI?

“Deus que é Espírito, foi chamado de Pai e veio ao mundo como homem
morrer pelos nossos pecados. Foi revelado seu nome aos homens: JESUS. Não
existem 2 Espíritos, ou seja o Espírito do Pai que é Deus e o Espírito Santo. A Bíblia é
bem clara UM SÓ ESPÍRITO. É este Espírito Santo que está atuando no nosso meio,
hoje”. (site oficial)
RESPOSTA APOLOGÉTICA:

A Bíblia mostra a personalidade do Espírito Santo e não que o Espírito Santo é


o Pai. Sua personalidade é demonstrada pelos atributos de pessoa que possui:

a) inteligência (1 Coríntios 2.10); vontade própria (1 Coríntios 12.11) e sensibilidade ou


emoção (Efésios 4.30).
Pode-se afirmar que uma pessoa é alguém que, quando fala, diz: EU; quando alguém
se dirige a ela, diz: TU; e quando se fala dela se diz: ELA. Isso se vê do Espírito Santo
em:
“E eu (Jesus) rogarei ao Pai, e ele vos dará outro [allos] Consolador (o Espírito
Santo), para que fique convosco para sempre. Mas aquele Consolador, o Espírito
Santo, que o Pai (Ele) enviará em meu nome (Eu), esse vos ensinará todas as coisas,
e vos fará (Ele) lembrar de tudo quanto (eu, Jesus) vos tenho dito” (João 14.16-26).
“E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três homens te
buscam. Levanta-te pois, desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu vos
enviei” (At 10.19-20).
Além disso, o Espírito Santo exerce atividades pessoais, tais como:

b) Ele ensina e faz lembrar os crentes (João 14.26);

c) Ele testifica de Cristo (João 15.26);

d) Ele guia em toda a verdade (João 16.13);

e) Ele glorifica a Jesus (Jo 16.14); f) Ele intercede pelos santos (Rm 8.26).

4 – A QUEM FOI PAGA A NOSSA REDENÇÃO

A quem Cristo pagou o resgate? Se for negada a doutrina ortodoxa da


Trindade (negando-se uma distinção entre as Pessoas da Deidade, conforme quer o
modalismo), Cristo teria de pagar o resgate ou à raça humana ou a Satanás. Posto
que a humanidade está morta em transgressões e em pecados (Efésios 2.1), nenhum
ser humano teria o direito de exigir que o Cristo lhe pagasse resgate. Sobraria,
portanto, Satanás. Nós, porém, nada devemos a Satanás. E a idéia de Satanás exigir
resgate pela humanidade é blasfêmia, por causa das implicações. Ao contrário: o
resgate foi pago ao Deus Trino e Uno para satisfazer as plenas reivindicações da
justiça divina contra o pecador caído: “E andai em amor, como também Cristo vos
amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro
suave” (Efésios 5.2).
Embora mereçamos o castigo decorrente da justiça de Deus (Romanos 6.23),
somos justificados pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, somente: “E é o que
alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis
sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus (1 Coríntios
6.11).
Fica claro que a doutrina essencial da expiação vicária, na qual Cristo carregou
nossos pecados na sua morte, depende do conceito trinitariano. O unicismo subverte o
conceito bíblico da morte penal e vicária de Cristo como satisfação da justiça de Deus
e, em última análise, anula a obra da cruz (“Teologia Sistemática”, Stanley M. Horton.
CPAD, 1999, p. 180).
5 – ARGUMENTOS DE FÁCIL REFUTAÇÃO

Basicamente os textos bíblicos utilizados pelos grupos que defendem a idéia


de que Jesus Cristo é o Pai e o Espírito Santo ao mesmo tempo, são:

A – Eu e o Pai somos um (João 10.30).

B – Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido


Filipe? (João 14.9a).

C - Quem me – vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (João 14.9b).

D – E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito


Santo (João 20.22).

E – Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2


Coríntios 3.17).

REFUTAÇÃO:

A – Eu e o Pai somos um (João 10.30).

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

O artigo “Um” no grego, nesse versículo, está no neutro, hen, e não no


masculino, heis, e mostra assim duas pessoas numa só Deidade. Além disso, o verbo
está no plural “somos” e não no singular “sou”, não pode, portanto, Pai e Filho serem a
mesma pessoa.
Jesus não está dizendo que é a mesma pessoa do Pai, mas que Ele e o Pai,
são duas pessoas distintas, em unidade divina. Portanto, João 10.30 deve ser
entendido como uma declaração de Jesus da sua unicidade de natureza essencial
com Deus, isto é, que Ele é essencialmente igual a Deus.

B, C – Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido,


Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (João 14.9)

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Encontramos aqui uma reiteração da mesma substância da declaração do


versículo 7 deste capítulo: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a
meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto”.
Ver o Pai não consiste em meramente contemplar a sua presença corporal,
mas em conhecê-lo. Fica subentendido que não ver o Pai, na pessoa de Jesus, é o
mesmo que não conhecê-lo. O Filho é o único expositor do Pai aos homens (Mateus
11.27; João 12.44-45; Colossenses 1.15; Hebreus 1.3; 1 Timóteo 6.16).
O versículo seguinte destrói completamente os argumentos modalistas: “As palavras
que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz
as obras”. Por ventura se eu orasse: “Senhor, permita que as pessoas te vejam em
mim”, iria você pensar que eu e Deus somos a mesma pessoa? Claro que não!. Jesus
tampouco estava tentando incutir em Filipe que Ele e o Pai eram a mesma pessoa,
mas que tão somente Deus poderia ser visto mais facilmente em Jesus pelas obras
realizadas através Dele.

D – E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito


Santo (João 20.22)

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

O Senhor Jesus faz aqui uma doação preliminar do Espírito Santo, que era o
símbolo da promessa e a garantia de que seria concretizada a vinda do Espírito Santo,
quando o Senhor Jesus fosse glorificado (João 7.39).
Essa vinda, em seu total poder, não poderia anteceder de forma alguma a ascensão
de Jesus e a sua glorificação (João 16.7). Porém o Senhor Jesus quis mostrar que
essa pessoa divina viria (João 14.16-26), por isso concedeu aos seus discípulos algo
simbólico do poder que haveriam de receber mais tarde em plena medida (Atos 2 ).

E – Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2


Coríntios 3.17).

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Neste versículo, a expressão Senhor se refere a Cristo, identificando o Espírito


Santo com a mesma natureza e divindade de Jesus, e não que Ele seja a mesma
pessoa. Basta observar que no versículo seguinte, o apóstolo separa as pessoas:
“Mas todos nós com rosto descoberto refletindo como um espelho a glória do Senhor
somos transformados de glória em glória na mesma imagem como pelo Espírito do
Senhor” (2 Coríntios 3.18).

6 – ALGUMAS PROVAS BÍBLICAS DE QUE JESUS NAÕ É O PAI:

Em todo o tempo em que Jesus esteve na terra, o Pai esteve no céu: “Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céu” (Mateus 5.16). “Sede vós pois perfeitos,
como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5.48).

Jesus disse que confessaria os homens que O confessassem, diante do


Pai: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante
de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o
negarei também diante de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 10.32-33).

O Senhor Jesus Cristo está hoje à destra do Pai: “E, ouvindo eles isto
enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, estando
cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que
estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem,
que está em pé à mão direita de Deus” (Atos 7.54-56).
Deus Pai é Pai de Jesus e não Jesus é Pai de si mesmo: “Bendito o Deus e
Pai de nosso Senhor, Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1.3).
“Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho
do Pai, seja convosco na verdade e amor” (2 João 3).
Jesus entregou o seu espírito a seu Pai e não a si próprio: “E, clamando Jesus com
grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto,
expirou” (Lucas 23.46).

Jesus conhecia o Pai, mas não era o Pai: “Assim como o Pai me conhece a
mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas” (João 10.15).

7 – ALGUMAS PROVAS BÍBLICAS DE QUE O ESPÍRITO SANTO NÃO É


JESUS:

O Espírito Santo é um outro Consolador, procedente do Pai e do Filho: “E eu


rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre” (João 14.16).
“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar,
aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (João 15.26).

O Filho pode ser blasfemado e o pecador culpado disso encontra perdão. Mas,
se o Espírito Santo for blasfemado, essa pessoa não encontra perdão. Isto prova
haver duas Pessoas: “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará
aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se
qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se
alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no
futuro” (Mateus 12.31-32).

O Espírito Santo não veio falar de si mesmo ou glorificar a si mesmo, mas sim
para glorificar a Jesus: “Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará
em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e
vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu,
e vo-lo há de anunciar” (João 16.13-14).

A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes foi a prova de que Jesus


havia chegado ao céu, onde se assentou à destra de Deus Pai: “E isto disse ele do
Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda
não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (João 7.39).
“De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a
promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis” (Atos 2.33).

Jesus afirmou, mesmo depois da ressurreição, que Ele não


era espírito. Portanto, Ele não podia ser nem o Pai (João 4.24) nem o Espírito Santo
(João 14.16-17-26; 15.26; 16.7-15), pois esses são seres espirituais: “Vede as minhas
mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem
carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24.39).
Distinção muito clara é feita entre as três Pessoas da Trindade: “Portanto ide, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo” (Mateus 28.19).
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
seja com todos vós. Amém” (2 Coríntios 13.14).

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

As igrejas evangélicas unicistas são anti-trinitaristas. No entanto, devemos


apontar que seu anti-trinitarismo não é igual à posição adotada pelos unitaristas
(Testemunhas de Jeová). Pois os unicistas não nutrem idéias preconceituosas contra
a divindade de Jesus, como é o caso do unitarismo. Ironicamente os unicistas são
anti-trinitaristas pelo fato de acharem que a divindade é exclusivamente a pessoa de
Jesus, não compreende a unidade composta de Deus.

Outra observação que devemos fazer é que os anti-trinitaristas, na maioria das


vezes, rejeitam a doutrina bíblica da Trindade, por não compreenderem a pluralidade
de pessoas na deidade, já que para eles é impossível conceber a pluralidade de
pessoas com o monoteísmo de Deuteronômio 6.4. Assim, acreditam eles que a
doutrina da Trindade não passa de um triteísmo mascarado, logo politeísmo, contrário
ao monoteísmo.

Entendemos a dedicação e os muitos esforços humanos dos unicistas, em


especial seu raciocínio para descrever e explicar Aquele que é essencialmente
inexplicável ou como dizem os trinitarianos: A doutrina da Trindade é mistério –
Verdadeiramente tu és o Deus misterioso, o Deus de Israel, o Salvador (Isaías 45.17
– Versão Atualizada).

Finalmente, o autor evangélico Robert M. Browman Jr., declara com muita


propriedade e profundo senso de responsabilidade: “Existe a escolha, portanto, entre
crer no Deus verdadeiro conforme Ele se revelou, com mistérios e tudo, ou crer num
Deus que é relativamente fácil de ser compreendido, mas que tem pouca semelhança
com o Deus verdadeiro. Os trinitários estão dispostos a conviver com um Deus a quem
não conseguem compreender plenamente, já que adoramos a Deus conforme Ele se
tem revelado”.

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Se possível, use somente as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência


formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras
perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611,
Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto
Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).

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