A Verdade Na Maçonaria
A Verdade Na Maçonaria
A Verdade Na Maçonaria
Nós Maçons temos como objetivos “... a investigação da verdade, o exame da moral e
a prática das virtudes.” e que a Maçonaria “não põe nenhum obstáculo ao esforço dos
seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão o
da razão com base na ciência.” (O que é Maçonaria – OBJETIVOS – sites do GOB,
COMAB e CMSB)
Ora, se o maçom é instado a ser um eterno buscador da verdade, deve ele, então, ter
como primeiro questionamento o que seja a verdade, pois não se busca aquilo que não
se conhece ou que, ao menos, conheça a definição da mesma, senão corre-se o risco de
passar a margem dela e não a reconhecer.
Primeiramente devemos ter em conta que esta é uma pergunta que é feita desde os
tempos dos antigos filósofos na Grécia.
Para Aristóteles verdade é “dizer do que é que ele é e do que não é que ele não é”.
Para Platão a verdade é algo ininteligível, incapaz de ser alcançado, mas que deve
sempre ser buscado. Platão afirmava que a Inteligência (conhecimento) e a Verdade (o
que é) são as fronteiras do mundo inteligível que permeiam O Criador (GADU).
Na Bíblia, no Novo Testamento, lemos que durante o julgamento de Jesus este diz
taxativamente que “...vim ao mundo para dar testemunho da verdade...” (João 18, 37)
ao que Pilatos pergunta “quod est veritas?” (que é a verdade?)... o autor do Livro
Sagrado não enuncia nenhuma resposta.
Define-se por verdade ontológica (do grego ontos e logoi “conhecimento do ser”) aquilo
que é inerente a natureza do ser, da realidade e da existência.
Mencionamos as frases acima para corroborar com a visão atual dos cientistas quânticos
que afirmam que para se fazer ciência é necessário ter fé.... parece uma afirmação
antagônica mas não o é de fato.
Claro que esta fé não é necessariamente religiosa, mas se diz ser uma certeza científica.
Ou seja, o cientista acredita piamente naquilo que ele pesquisa, mas que não pode
provar (ainda). Isto é fé não ciência. Era isto que Einstein queria dizer.
O Maçom, como buscador da verdade, deve sempre questionar a tudo e a todos. Assim
como faziam os Alquimistas, o Maçom deve submeter todo conhecimento e
experimentação ao seu Athanor, seu laboratório interior. Sua razão deve ser pautada pela
ciência sem a influência das paixões.
É nos braços desta Verdade que o Maçom deve se colocar de forma pueril e inocente.
Como uma criança o Maçom deseja compreender os desígnios e atos desta Verdade.
Entretanto a cada um individualmente esta Verdade se revela (ou melhor desvela) de
forma particular (verdade relativa).
A Física Quântica chegou para demonstrar que o observador influencia o objeto
observado, diferentemente do que se afirmava na física cartesiana. Esta ciência coloca o
homem no centro do Cosmos (Homocentrismo).
A própria ciência se tornou vítima do seu sucesso: afinal, se o seu objetivo é descrever
a realidade e essa realidade é subjetiva, devem existir tantas ciências quanto há
observadores.