Apostila Panorama NT
Apostila Panorama NT
Apostila Panorama NT
BEM VINDO!
Olá, seja bem-vindo ao PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO da Escola do
Discípulo. Nós da Primeira Igreja Batista de Campo Grande estamos muito felizes e
nos sentimos honrados com a sua presença.
Nas próximas semanas vamos refletir sobre a importância da igreja nas casas, o que
chamamos de células. Temos aprendido que os grupos pequenos são mais do que
uma mera estratégia, mas a própria igreja de Jesus, em seu modelo apresentado no
Novo Testamento. Nossa igreja já tem caminhado nesta direção há algum tempo e
podemos ver quantos frutos preciosos Deus já tem nos dado. Se você quer ser um
cristão autêntico, você também vai perceber que não há melhor lugar para se colocar
em prática os valores do Reino de Deus do que em um grupo pequeno.
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SUMÁRIO
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AULA 01 – INTRODUÇÃO
Muitas pessoas não sabem, mas a Bíblia não é um único livro, antes é uma coletânea
de várias obras escritas em um longo espaço de tempo e por diversas pessoas. No
entanto, para entender melhor a sua mensagem, uma das divisões que fazemos é
entre o Antigo Testamento, a primeira parte da Bíblia, e a segunda parte que
chamamos de Novo Testamento. Ele nos informa sobre a vida de Jesus e sobre as
primeiras décadas da era cristã. O Novo Testamento possui 27 livros escritos por 9
autores dentro de um espaço de no máximo 70 anos.
“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela
estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem
ele, nada do que existe teria sido feito.”
Isso nos ensina que Jesus sempre existiu. Ele sempre foi Deus desde o início dos
tempos juntamente com o Deus Pai e o Espírito Santo. Ele não foi criado, mas é Eterno
e criou todas as coisas. Mas existe um momento em que Jesus entra na história e se
revela a todos os homens. O apóstolo João afirma:
“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória
como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1.14
Então, o Novo Testamento é o lugar da bíblia onde Jesus se encarna e passa a viver
entre os homens. Ele não foi criado neste momento, apenas se revelou ao mundo
para que pudéssemos vê-lo. Esta encarnação de Jesus então é o evento principal que
inaugura a segunda parte da Bíblia e que vamos estudar neste curso.
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OS ESCRITORES DO NOVO TESTAMENTO
Apesar de o Novo Testamento nos trazer informações e ensinos de Jesus, ele mesmo
não nos deixou nenhum material escrito. Os escritores foram inspirados pelo Espirito
Santo para registrarem as suas experiências, impressões, os acontecimentos
históricos e tudo aquilo que Deus desejou que fosse registrado. A maioria deles eram
judeus, discípulos de Jesus (como por exemplo o apóstolo Pedro), apóstolos
reconhecidos (como o apóstolo Paulo) ou pessoas muito próximas a eles em
quem podiam confiar (como por exemplo Lucas, o médico). Veremos as questões
de autoria com mais detalhes mais à frente.
IDIOMA E COMPOSIÇÃO
O idioma mais falado em Israel era o aramaico (uma variação do hebraico). Era neste
idioma que Jesus pregava, ensinava e falava com seus discípulos. Mas ao ser
registrado, os autores preferiram fazê-lo em grego koiné, já que naquela época o
idioma grego era muito difundido, o idioma universal. Há uma suspeita que o
evangelho de Mateus tenha sido escrito em aramaico e depois traduzido para o grego,
portanto podemos dizer o Novo Testamento foi escrito em:
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DESENVOLVIMENTOS RELIGIOSOS: Havia entre os judeus do primeiro século
partidos ou “denominações” religiosas diferentes. O ambiente onde Jesus vive era
marcado por essas diferenças e animosidades. Alguns destes grupos eram:
ESCRITOS
Durante o período dos 400 anos de silêncio de Deus, muita literatura foi produzida.
Alguns documentos históricos importantes, traduções das Escrituras e livros
“apócrifos”.
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• Livros Apócrifos. Estes livros são chamados de “dêutero-canônicos”, ou
apócrifos, porque não são considerados como inspirados por Deus, apesar de
terem um valor histórico interessante. São eles: Judite, Tobias, Baruque,
Siraque (ou Eclesiástico), Sabedoria de Salomão, 1º e 2º Macabeus, os dois
livros de Esdras, adições ao livro de Ester, adições ao livro de Daniel e a
Oração de Manassés. Os livros apócrifos não são reconhecidos pelos
protestantes ou judeus ortodoxos como livros inspirados por Deus.
• Rolos do Mar Morto: São antigos manuscritos judaicos encontrados na
década de 1950 em cavernas no deserto de Qumram próximo ao Mar Morto.
Muitos destes rolos e fragmentos já têm mais de 2.000 anos, remontando ao
período antes do nascimento de Jesus. A sua importância é grande pois revela
muitas praticas e crenças do essênios e também porque comprovam a
legitimidade de vários textos do AT que alguns acreditavam ter sido alterados,
como o rolo de Isaías. Com os novos descobrimentos comprovou-se que os
textos encontrados coincidiam com os originais.
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TESTAMENTO SIGNIFICA ALIANÇA
Um “novo” testamento, significa que Deus permanece fiel à sua aliança feita com a
humanidade, mas sob uma nova forma. O perdão provisório antes simbolizado pelo
sacrifício de animais, é finalmente completo no sacrifício de Jesus na cruz. Portanto a
nova aliança que temos com Deus é feita com base no sangue de Jesus
“Da mesma forma, depois da ceia, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é a
nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês”. Lucas 22:20
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PARALELO ENTRE ANTIGO E NOVO TESTAMENTO
REVELAÇÃO:
ALIANÇA:
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AULA 02 – EVANGELHOS SINÓTICOS
A palavra Evangelho deriva do grego, é formada pela união de dois termos: “ευ” – eu
– que quer dizer “boa” e “αγγελια” – anguelia – que significa “mensagem”, “nova”,
“notícia”. Podemos definir a palavra Evangelho como as Boas Novas, Boas Notícias.
O evangelho como gênero literário é fruto do cristianismo pois não se parece com
nenhum escrito antigo. Dentro dele, no entanto, encontramos uma variedade de
gêneros, como narrativa, parábola, poesia, etc.
Inicialmente existe um único evangelho, ou seja, o anúncio de Jesus. Tudo o que Ele
ensinou e viveu foi registrado anos mais tarde pelos seus discípulos e outras pessoas
que tinham interesse em preservar aqueles acontecimentos. Mais tarde então surgem
quatro versões deste único evangelho: Marcos, Mateus, Lucas e João. A redação dos
evangelhos não deve ser vista com uma precisão cronológica, nem sequer deve ser
vista como exatidão histórica, mas como uma história sendo contada com um objetivo
em mente: mostrar a boa notícia que Jesus habitou entre nós.
TRADIÇÃO ORAL
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prisão dos primeiros discípulos/apóstolos que surgiu a necessidade de registrar tudo
para as demais pessoas. As informações sobre Jesus começaram a ser escritas por
volta do ano 45 d.C, ou seja, Por aproximadamente 15 anos a igreja dependeu
exclusivamente da tradição oral.
EVANGELHOS SINÓTICOS
Apesar de usarem relatos parecidos, cada evangelista apresenta para o seu público
específico uma “face” de Jesus, segundo os seus propósitos evangelísticos.
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MATEUS: MARCOS: LUCAS:
JESUS É O REI DOS JESUS É O SERVO JESUS É O FILHO
JUDEUS SOFREDOR DO HOMEM
EVANGELHO DE MATEUS
AUTOR: Mateus, o publicano, filho de Alfeu, também chamado Levi (Marcos 2.14)
estava assentado coletando impostos quando o Senhor o chamou (Mateus 9.9). A
tradição afirma que Mateus partiu em seguida para pregar o Evangelho na
Mesopotâmia e África Segundo John Fox ele fora assassinado com uma alabarda, na
cidade de Nadaba, na Etiópia, em 60 d.C.
PROPÓSITO: Entende-se que seu objetivo era mostrar Jesus aos judeus como sendo
o Messias prometido no Antigo Testamento, o Rei de Israel. Alguns elementos deixam
isso evidente:
• Por 18 vezes lê-se a expressão: "Para que se cumprisse o que fora dito”. Assim
Mateus busca colocar Jesus como o cumprimento das profecias judaicas sobre
o Messias.
• Mateus inicia com a genealogia de Jesus, provando o direito legal de Jesus
qual herdeiro de Abraão e de Davi. A atenção do leitor judeu é assim atraída.
• Dá ênfase na superioridade do ensino de Jesus sobre a antiga Lei, o mostrando
como um grande Mestre aprovado por Deus.
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• Grande uso dos símbolos, números e termos judaicos (como “corbã” em
Mateus 15.5) ou um costume como de comer sem antes lavar as mãos sem
qualquer nota explicativa.
• Traz a expressão Reino de Deus (basielia) por 55 vezes.
APLICAÇÃO: Jesus é o Messias prometido, pois o que Deus promete Ele cumpre.
Deus não deixa seu povo sozinho, mas em Jesus faz-se Emanuel – Deus Conosco,
em todas as situações. Além disso somos chamados para uma MISSÃO, a
proclamação das boas novas a todos os povos. Jesus declara que a “IGREJA” é um
instrumento selecionado para cumprir os objetivos de Deus na Terra (Mt 16.18; 18.15-
20).
EVANGELHO DE MARCOS
AUTOR: João era o seu nome hebreu; Marcos, o nome latino. Viajou para Antioquia,
na companhia de seu tio Barnabé (Cl 4.10) e do apóstolo Paulo, na primeira viagem
missionária (At 12.25; 13.5). Não foi um dos doze discípulos de Jesus mas acredita-
se que fazia parte do grupo maior dos discípulos. Se tornou um discípulo do apóstolo
Pedro (1ª Pe 5.13), de quem ouviu as narrativas mais próximas sobre Jesus e as
registrou no seu evangelho.
DATA: 50 – 60 d.C.
LOCAL: Roma
APLICAÇÃO: Assim como Jesus foi um servo humilde, nós também devemos ser,
não buscando ser servido, mas servir e dar a nossa vida em resgate de muitos. Não
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importa quais sejam as provações, Jesus nos chama a fidelidade e uma vida de
humildade, serviço e discipulado.
EVANGELHO DE LUCAS
AUTOR: O mesmo autor produziu Lucas e Atos (Lc 1.1-4; At 1.1), sendo que a tradição
unânime atribui tais obras à Lucas. Ele é o médico amado (Cl 4.14), o companheiro
fiel de Paulo (2ª Tm 4.11). Lucas era gentio (Cl 4.10-11), companheiro de Paulo e
médico. Escreveu dois volumes (Lucas/Atos) como dois volumes sobre a história do
cristianismo (início e desenvolvimento). Um se refere à vida e ministério de Jesus (o
evangelho) e outro, à expansão da igreja (Atos); Lucas é, de certa forma, considerado
o primeiro historiador da igreja;
APLICAÇÃO: Lucas tem muitas aplicações. Como médico ele dá grande ênfase no
ministério de Jesus entre os pobres e oprimidos que eram literalmente impotentes
para melhorar sua sorte na vida e estavam especialmente abertos à mensagem de
que "a vós outros está próximo o reino de Deus" (Lc 10.9). Esta é uma mensagem que
devemos levar para aqueles ao nosso redor que desesperadamente precisam ouvi-la.
Os cristãos devem seguir o exemplo de Jesus e levar as boas novas da salvação para
os espiritualmente pobres e necessitados.
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AULA 03 – EVANGELHO DE JOÃO
As informações acima nos apontam que o apóstolo João foi o seu autor. Os pais
da igreja confirmavam esta informação (Irineu – Policarpo – João). João era irmão
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de Tiago, ambos filhos de Zebedeu (Mc 1.19-20), também conhecido como “Filho
do trovão” (Mc 3.17).
PROPÓSITO: O autor deixa muito claro o seu propósito ao escrever: “Jesus realizou
na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão
registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é
o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome.” João 20.30-31
Como este foi o último evangelho a ser escrito, seu autor não se preocupou em repetir
historias e fatos que os outros já haviam narrado, mas completar a obra dando outra
visão. Seu objetivo era mostrar Jesus como o Filho de Deus, o Criador encarnado e a
sua essência divina.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
• Simplicidade de linguagem
• Ênfase na natureza divina de Jesus, ao invés da ética
• A paternidade espiritual de Deus
• Os últimos dias da vida de Jesus
• Ênfase no Espírito Santo (14;16)
O livro dos diálogos. Mais do qualquer outro evangelho, João dá atenção aos diálogos
íntimos e transformadores que Jesus teve com pessoas comuns e diferentes.
1. Nicodemos (3.1-21)
2. A mulher de Samaria (4.1-26)
3. Judeus na Festa dos Tabernáculos (7.14-39; 8.3-58)
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4. A mulher adúltera (8)
5. A parábola do bom pastor, (10)
6. Instruções privadas aos discípulos, palavras de consolo e a oração
intercessória (14-17)
7. O encontro com os discípulos no mar da Galiléia, (21)
O livro dos sinais. Este evangelho descreve apenas 7 milagres de Jesus, que ele
chama de “sinais”. Os sinais apontam então para quem Jesus é
APLICAÇÃO: Aprendemos que João foi transformado por Jesus, de Filho de trovão
para “apóstolo do amor”, e assim ele faz conosco ainda hoje. Jesus não deve ser
recebido apenas como um homem iluminado, um sábio, ou um mestre da bondade. Ele
é o Verbo de Deus, companheiro de Deus, Deus, Criador e doador da vida (1.1-3). Ele
é a luz que ilumina todo o homem (1.9). Ele torna aqueles que o recebem filhos de Deus
(1.12). Ele é o Verbo encarnado (1.14). Ele é quem “mata a sede eternamente” e faz
de nós também fontes de água (4.14).
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AULA 04 – VIDA E MINISTÉRIO DE JESUS
DOCUMENTOS APÓCRIFOS
Alguns documentos posteriores foram escritos contando uma versão diferente dos
evangelhos. Eles são conhecidos como “apócrifos” (escondidos) e foram rejeitados
pelas igrejas desde muito cedo. Entre a razão de sua rejeição estavam os seus
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ensinos heréticos (a maioria advinda do gnosticismo), a sua datação tardia (3º século
em diante), falta de autoria/validação apostólica e erros crassos em seu conteúdo.
EVANGELHOS CANÔNICOS
São os quatro evangelhos bíblicos, registrados pelos apóstolos e seus companheiros,
verdadeiras testemunhas oculares e considerados inspirados pela igreja. Apesar de
termos algumas informações em outras fontes, somente podemos considerar a bíblia
como fonte autoritativa da vida e ministério de Jesus.
O NASCIMENTO DE JESUS
A Bíblia diz que o nascimento de Jesus não foi percebido pelos religiosos da época e
só depois de sua morte sua história foi recontada e escrita nos evangelhos. A data de
seu nascimento dividiu a história em antes e depois de Cristo. Os dois evangelhos que
narram o nascimento de Jesus são Mateus (capítulos 1 e 2) e Lucas (2). Enquanto
Lucas narra de um ponto vista mais histórico (com a visita dos pastores logo após ao
nascimento de Jesus), Mateus usa vários recursos simbólicos e proféticos muito
significativos para os judeus daquela época (a fuga para o Egito, a visita dos magos
do Oriente).
A INFÂNCIA DE JESUS
Não se sabe muito sobre a infância de Jesus, mas a Bíblia nos deixa algumas pistas
interessantes sobre sua vida como os lugares onde morou. A Bíblia não informa o
tempo preciso que Jesus ficou no Egito, porém sabemos que Ele e os seus pais
permaneceram ali por pouco tempo (até a morte de Herodes), tendo retornado para a
Israel para viver normalmente na cidade de Nazaré, na Galileia, onde Maria e José já
habitavam antes (Lucas 1.2; Mateus 2.23).
Um dos únicos eventos sobre a infância de Jesus sé relatado por Lucas quando estava
com 12 anos e foi “perdido” pelos seus pais no templo em Jerusalém. Maria e José o
encontram no Templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os
e todos os que o ouviam ficavam extasiados com sua inteligência e com suas
respostas (Lucas 2.46-47). Depois voltaram a Nazaré onde o menino crescia, tornava-
se robusto, enchia-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com ele” (Lucas.39-
20
40). Ele era um adolescente comum, de sua época, crescendo fisicamente e
intelectualmente e ajudava seu pai José na carpintaria (Marcos 6.2-3).
Sem dúvida, Jesus, durante a sua infância, frequentou a sinagoga de Nazaré, como
todos os meninos da sua época, os dois ciclos básicos escolares, onde aprendeu a
ler e a escrever. mas não parece ter recebido o ensino superior próprio dos centros
urbanos como Jerusalém. Por isso vemos os judeus dizendo em João 7.15: “Como é
que este é letrado, se não estudou?”. Jesus ali permaneceu até o início do Seu
ministério público, quando contava com cerca de 30 anos de idade (Lucas 3.23).
O MINISTÉRIO DE JESUS
1. OBSCURIDADE
2. POPULARIDADE
3. REJEIÇÃO
A ÚLTIMA SEMANA
A RESSURREIÇÃO
A ressurreição ocorreu bem cedo na manhã de domingo, e Jesus apareceu aos Seus
discípulos por determinado número de vezes, durante quarenta dias, durante os quais
realizou o Seu ministério pós‑ ressurreição. Finalmente, Ele ascendeu aos céus.
O ENSINO DE JESUS
O ESTILO: O estilo das lições dadas por Jesus era colorido e vivo, com muitas figuras
de linguagem. Frequentemente usava epigramas, que não são esquecidas com
facilidade, com muitos trocadilhos, (que muitas vezes não são compreendidos pelas
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traduções). Muitas declarações eram feitas usando contação de histórias, paralelismo,
parábolas e recursos de debate. Sem dúvida Jesus era um mestre e tanto.
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AULA 05 – ATOS DOS APÓSTOLOS
Atos relata a história de uma parte do trabalho de alguns dos apóstolos durante mais
de 30 anos depois da ressurreição de Jesus. Neste livro, aprendemos como o
evangelho foi espalhado no mundo através de homens e mulheres que foram
convencidos do fato que Jesus morreu e ressuscitou e foram para toda parte do
mundo anunciando o evangelho. É um livro diferente de todos os outros do Novo
testamento por se tratar de um documento histórico e narrativo, não doutrinário.
AUTOR: O livro de Atos (assim como os evangelhos) não possui uma autoria
declarada, mas alguns detalhes apontam para a autoria de Lucas.
DATA: 64 d.C. Apesar de ser difícil fixar uma data específica para a sua redação,
Lucas deixou de fora o relato de quatro eventos importantes para a história do primeiro
século:
LOCAL: Incerto
PROPÓSITO: O livro de Atos foi escrito para fornecer uma história da igreja primitiva
tanto a judeus quanto gentios. A ênfase do livro é a importância do dia de Pentecostes
e o ser capacitado pelo Espírito para sermos testemunhas eficazes de Jesus Cristo.
Atos registra os apóstolos sendo testemunhas de Cristo em Jerusalém, Judeia,
Samaria e o mundo ao redor. Grande parte dos leitores de Lucas não eram
testemunhas oculares e sua obra também cumpre o papel de motivar os novos
cristãos a permanecerem firmes no poder do Espírito Santo, o grande capacitador da
igreja. Resumindo:
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• Relatar a história dos primeiros cristãos, fornecendo uma continuação do seu
evangelho;
• Motivar a segunda geração de cristãos a permanecerem na missão
dependendo do Espírito Santo;
• Mostrar o caráter impetuoso, porém pacífico da igreja;
CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
• Duração: 7 anos
• Líder: Pedro
• Cidade: Jerusalém
• Duração 10 anos
• Líder: Pedro
• Cidades: Samaria, Jope, Cesaréia, Antioquia.
• Duração: 16 anos
• Líder: Paulo
• Cidades: Antioquia, Filipos, Coríntios, Atenas, Éfeso, Roma, etc.
O APÓSTOLO PAULO
Saulo de Tarso, o apóstolo Paulo, sem dúvida é um dos personagens bíblicos mais
conhecidos por todos os cristãos. Ele considerado como sendo o maior líder do
cristianismo, depois de Jesus.
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NOME: Paulo, nome romano de Saulo. Os judeus da diáspora costumavam ter dois
nomes, SAULO (hebraico) que significa “implorado”, “desejado”; e PAULO (grego) que
significa “Pequeno”
LOCAL DE NASCIMENTO: Tarso na Cilícia (Atos 16:37; 21:39; 22:25). Tarso não era
um lugar insignificante (Atos 21:39), ao contrário, era um centro de cultura grega, uma
cidade universitária que ficava próxima da costa nordeste do Mar Mediterrâneo.
ESTUDOS: Embora não se saiba ao certo com quantos anos Paulo saiu de Tarso,
sabe-se com certeza que ele foi educado em Jerusalém, sob o ensino do renomado
doutor da lei, Gamaliel, neto de Hillel. Paulo conhecia profundamente a cultura grega.
Ele também falava o aramaico, era herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito
observador da Lei e mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos
(Gálatas 1:14; Filipenses 3:5,6).
O próprio Paulo afirma que “respirava ameaça e morte contra os discípulos do Senhor”
(Atos 9:1). Além de deflagrar a perseguição em Jerusalém, ele ainda solicitou cartas
ao sumo sacerdote para as sinagogas em Damasco. Seu objetivo era levar preso para
Jerusalém qualquer um que fosse seguidor de Cristo, tanto homem como mulher (Atos
9:2). Ele fazia isso acreditando que estava servindo a Deus.
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• Paulo é apedrejado (14.19)
• As igrejas da Galácia são plantadas (14.21-25)
O propósito dessa viagem, conforme o próprio Paulo diz, era visitar os irmãos por
todas as cidades em que a palavra do Senhor já havia sido anunciada (Atos 15:36).
No entanto, ao discordarem sobre a ida de João Marcos na viagem missionária, Paulo
e Barnabé decidiram se separar. Então Paulo levou consigo Silas, também chamado
de Silvano. A data provável dessa viagem fica entre os anos de 50 e 54 d.C. Essa
segunda viagem cobriu um território bem maior do que a primeira, estendendo-se até
a Europa
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3ª VIAGEM MISSIONÁRIA – Atos 18:23-21:16.
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número de pessoas, conhecidas e anônimas, o obreiro que mais se destacou nessa
missão certamente foi o apóstolo Paulo.
Paulo preso em Jerusalém (Atos 21), e para impedir que fosse linchado, ele foi
transferido para Cesareia. Nessa cidade Felix, o governador romano, deixou o
apóstolo Paulo na prisão por dois anos (Atos 23-26). Na qualidade de cidadão romano,
ele apelou para César e foi enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível
tempestade, o navio a qual ele estava naufragou, e Paulo passou o inverno em Malta.
Pontos importantes:
MARTÍRIO
As epístolas parecem sugerir que o apóstolo Paulo foi solto depois dessa primeira
prisão em Roma relatada em Atos por volta de 63 d.C. (2 Timóteo 4.16,17). Em sua
segunda prisão em Roma, ele acabou executado pelas mãos de Nero entre de 65 e
67 d.C. (2 Timóteo 4:6-18).
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APLICAÇÃO PRÁTICA: Deus pode fazer coisas incríveis através de pessoas comuns
quando Ele os capacita através de seu Espírito. Deus essencialmente pegou um grupo
de pescadores e os usou para transformar o mundo de cabeça para baixo (Atos 17.6).
Deus tomou um assassino de cristãos e o transformou no maior evangelista cristão, o
autor de quase metade dos livros do Novo Testamento. Deus usou perseguição para
causar a rápida expansão de uma "nova fé" na história do mundo. Deus pode e faz o
mesmo através de nós -- mudando nossos corações, fortalecendo-nos pelo Espírito
Santo e dando-nos uma paixão de espalhar as boas novas de salvação através de
Cristo.
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AULA 06 – CARTAS PAULINAS
Paulo foi o responsável por 13 livros do Novo Testamento, e são divididos em dois
grupos: as doutrinárias (ou eclesiásticas) e as pastorais.
EPÍSTOLAS DOUTRINÁRIAS
ROMANOS
• DATA: Provavelmente em 56-57 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Corinto
• COMUNIDADE: formada de cristãos judeus vindos da Palestina e da Síria,
provavelmente expulsos pelo imperador Cláudio, no ano 49 e também por
gentios.
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• PROPÓSITO: O apóstolo expõe de maneira serena e organizada o que já havia
exposto em Gálatas – A gratuidade da salvação vem pela fé. Paulo opõe o
“Cristo Justiça de Deus” ao “Cristo da justiça humana” que os homens
pretendiam merecer por seus próprios esforços. Paulo diz que a morte e
ressurreição de Jesus operaram a destruição da humanidade antiga, viciada
pelo pecado de Adão e a recriação de uma humanidade nova. Paulo também
fala da adoção dos gentios à família de Deus e faz um apelo para que os
romanos apoiassem a sua viagem missionária a Espanha.
1ª CORÍNTIOS
• DATA: Provavelmente em 55-56 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Éfeso
• COMUNIDADE: Fundada na casa de Priscila e Áquila, artesãos com quem
Paulo trabalhou. Havia várias classes sociais, a maioria era gente pobre,
sobretudo escravos. A cidade era famosa por seus cultos pagãos, sua
promiscuidade, seus eventos culturais e um importante centro de comércio.
PROPÓSITO: Trata de problemas vividos pela comunidade, informações e
decisões cruciais para o cristianismo primitivo. Paulo busca resolver uma
questão de disputa dentro da igreja e falta de unidade. Lembra em que consiste
a verdadeira liberdade da vida cristã, a santificação do corpo, a diversidade dos
dons, a centralidade do amor, que é o fundamento da igreja.
2ª CORÍNTIOS
• DATA: Provavelmente em 57 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Éfeso
• PROPÓSITO: Paulo defende o seu apostolado, diante daqueles que queriam
afastar a comunidade de Paulo, alegando que ele não era apóstolo e portanto,
que sua mensagem não merecia a consideração dos coríntios.
GÁLATAS
• DATA: Entre 48-52 d.C.
• LOCAL DE ESCRITA: Provavelmente Antioquia (caso seja a primeira)
• COMUNIDADE: Formada por quatro cidades (Antioquia da Psídia, Derbe,
Listra e Icônio) igrejas fundadas na primeira viagem missionária de Paulo, que
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em suas três viagens passou por lá. Paulo tinha pelos Gálatas um grande afeto,
se sentido pai e mãe daquela comunidade.
• PROPÓSITO: Trata da controvérsia com judaizantes e fala da liberdade que o
cristão tem em Cristo Jesus, não obedecendo a carne, mas mostrando o fruto
do Espírito. Paulo demonstra indignação e defende seu apostolado. É uma
argumentação vibrante em prol da liberdade cristã e universalidade da Igreja.
EFÉSIOS
• DATA: Entre 61 e 63 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Roma
• COMUNIDADE: A comunidade situava-se numa cidade portuária, com muitos
edifícios, entre os quais se destacava o templo dedicado à deusa Artemis. A
comunidade de Éfeso já existia antes da chegada de Paulo, fundada
provavelmente por Áquila e Priscila na segunda viagem. Uma florescente
comunidade cristã de convertidos do misticismo.
• PROPÓSITO: É uma carta de encorajamento, Deus revela seu plano por Jesus
Cristo, desenvolvido na Igreja, que é povo de Deus e algumas orientações
práticas à firmeza na fé (armadura espiritual), à oração incessante e ao
testemunho cristão.
FILIPENSES
• DATA: Entre 61 e 63 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Roma
COMUNIDADE: Filipos era uma cidade onde viviam muitos oficiais romanos,
de religiões derivadas dos cultos gregos romanos. A igreja é fundada na casa
de Lídia, e contava com algumas poucas pessoas apenas. Lucas pode ter sido
pastor em Filipos.
PROPÓSITO: Acalmar os Filipenses sobre a situação de sua prisão e
agradecer a ajuda enviada pela comunidade enquanto ele estava preso.
Aproveita para advertir contra algumas situações de competição existentes na
comunidade e previne contra os pregadores judaizantes ao relembrar que a
autenticidade do Evangelho anunciado pelos cristãos está na cruz de Cristo.
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COLOSSENSES
• DATA: Entre 61 A 63 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: ROMA
• COMUNIDADE: Fundada por volta do ano 53 por Epafras (1.4-8). Composta
da miscigenação de cultos mistérios com ritos e veneração a divindades
gregas. A comunidade durou apenas 7 anos, pois no ano 60, antes da morte
de Paulo, foi atingida por um terremoto e desapareceu.
• PROPÓSITO: É uma carta Cristológica O principal problema da comunidade
foi um erro de interpretação causado pelo sincretismo religioso. Procuravam
experiências exóticas e fortes e a presença de vários mestres. O autor
desenvolve a centralidade de Jesus Cristo, cabeça da Igreja. Ele incorpora
pessoas à sua morte e ressurreição.
1ª TESSALONICENSES
• DATA: Entre 48 e 51 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Corinto
• COMUNIDADE: Fundada por Paulo na segunda viagem missionária. Supõe-
-se que os membros da comunidade fossem todos provenientes de escravos e
da classe de pequenos comerciantes.
• PROPÓSITO: É considerada uma carta escatológica, onde Paulo adverte à
comunidade a ter calma em ralação à volta de Cristo e ao mesmo tempo ser
vigilante. A primeira carta mostra que era uma igreja jovem e fervorosa, firme
no meio dos sofrimentos.
2ª TESSALONICENSES
• DATA: 6 meses depois da 1ª carta, entre 48 a 51 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Corinto
• PROPÓSITO: A segunda epístola parece ter sido uma resposta à apreensão
dos tessalonicenses, que sofriam grandes perseguições e tinham sido
informados erroneamente por um falsa carta de que o Dia do Senhor tinha
chegado. Os membros da igreja estavam inseguros quanto a que posição
tomar, por causa da sua inexperiência. Tinham necessidade de disciplina para
impedir que os preguiçosos criassem confusão na vida da comunidade. O
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princípio ensinado por Paulo é que, embora creiamos na volta de Cristo a
qualquer momento, devemos viver nossa vida normal.
EPÍSTOLAS PASTORAIS
As Cartas Pastorais foram escritas por Paulo com destino a dois dos seus
companheiros mais próximos, Timóteo e Tito, os quais eram líderes das igrejas em
Éfeso e Creta respectivamente.
1ª TIMÓTEO
• DATA: Provavelmente 64 d.C, após ser libertado da primeira prisão em Roma.
• LOCAL DE ESCRITA: Incerto
• PROPÓSITO: O trabalho para o qual Paulo nomeou Timóteo envolveu sérias
dificuldades, e ele achou necessário escrever uma carta de instrução a seu
jovem colaborador que enfrentava problemas. Na carta, ele ensinou Timóteo
como combater os falsos mestres, como ordenar o culto da igreja, como
escolher os líderes da igreja e como lidar prudentemente com as diferentes
classes na igreja. Timóteo deveria ensinar a fé apostólica e levar uma vida
exemplar o tempo todo.
2ª TIMÓTEO
• DATA: Provavelmente em 66 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Roma
• PROPÓSITO:. Paulo era prisioneiro em Roma e estava próximo de sua morte
(1.8,16; 4.6-8), seus colaboradores haviam partido, apenas Lucas estava com,
mas a maior preocupação de Paulo era com Timóteo. Ele então escreve suas
últimas instruções sobre o ministério, sobre fugir dos falsos ensinos e sobre as
características de um verdadeiro ministro de Deus.
TITO
• DATA: Provavelmente em 65 d.C.
• LOCAL DE ESCRITA: Incerto
• PROPÓSITO: Muito semelhante a 1ª Timóteo. Ambas as epístolas ocupam-se
com as qualificações daqueles que devem liderar a ensinar as igrejas. Paulo
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dá instruções sobre a organização da igreja, a doutrina correta e a vida santa,
pois Tito deveria ordenar os presbíteros das igrejas cretenses.
FILEMOM
• DATA: Entre 61 e 63 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Roma
• PROPÓSITO: É uma carta à um amigo de Paulo que era um cristão de boa
posição e tinha um escravo fugido chamado Onésimo. Paulo acredita que o
Evangelho pode mudar as relações entre as pessoas, por isso, escreve a
Filemom (provavelmente convertido pelo apóstolo) para aceitar novamente
Onésimo, que provavelmente havia pedido a intervenção de Paulo e fosse
perdoado pelo patrão. Paulo então, pede a Filemom que aceite Onésimo não
mais como escravo, mas como irmão.
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AULA 07 – CARTAS GERAIS
As “epístolas gerais” são os escritos dos demais autores, que além do apóstolo Paulo
foram usados por Deus para produzirem o Novo Testamento. Esses autores
registraram suas orientações, recomendações e ordens para o benefício dos
destinatários da igreja em geral (universal) e não para localidades específicas.
HEBREUS
• AUTOR: Incerto. Para alguns pais da igreja, Paulo é autor, mas atualmente
ninguém defende esta tese. Para alguns ela pode ser atribuída a algum dos
que andavam com Paulo sugerindo Lucas, Barnabé, Apolo, Silas, Áquila,
Priscila, etc. Vários já apontaram suas opiniões, mas o mais correto é afirmar
como Orígenes: “só Deus sabe quem escreveu [esta carta]”.
DATA: Provavelmente entre 64 e 68 d.C. (não cita a destruição do templo)
• LOCAL DE ESCRITA: Incerto. Assim como a autoria, a localidade também é
desconhecida, sendo que a única indicação encontra-se em Hb 13.24, “os da
Itália vos saúdam”.
• PROPÓSITO: Hebreus é uma carta de exortação, de exame e de expectativa.
A palavra exortação no grego significa “encorajamento”, ou “consolação”,
possibilitando o entendimento que esta carta foi escrita para encorajar e
consolar àqueles que estavam passando por dificuldades. Ela é uma carta de
exame, pois nos ajuda a descobrir qual o verdadeiro objeto da fé. Hebreus é
um livro de expectativa, pois trata-se de uma Palavra voltada para o futuro (2.5)
“um mundo que há de vir”, um tempo em que os cristãos reinarão com Jesus
Cristo. E em especial é um livro de “exaltação”, Cristo é superior a tudo e a
todos, a carta exalta a Pessoa e a obra do nosso Senhor Jesus Cristo.
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TIAGO
• AUTOR: Tiago, irmão de Jesus (Tg1.1; Mt 13.55,56; Mc 6.3)
• DATA: Entre 45 e 50 d.C.
• LOCAL DE ESCRITA: Jerusalém
• PROPÓSITO: O livro de Tiago se dirige aos cristãos judeus dispersos entre
todas as nações com ensinos práticos e éticos, sobre as boas obras e a
conduta dos crente. As mensagens da carta são: a necessidade de se controlar
a língua; o perigo de bajular os ricos; e necessidade de demonstrar a fé através
das obras e pelo modo de vida. Existe muita proximidade entre o ensino de
Tiago e os ensinos de Jesus, especialmente o Sermão da Montanha. Há mais
“vestígios” verbais da doutrina do Senhor nesta carta do que em todo o resto
das epístolas combinadas no NT. Essas alusões indicam uma associação
próxima entre Tiago e Jesus.
1ª PEDRO
• AUTOR: Pedro (1.1)
• DATA: Provavelmente em 63 d.C.
• LOCAL DE ESCRITA: Incerto. A única referência é 1ª Pd 5.13 - “A eleita que
se encontra em Babilônia”. Existem duas hipóteses mais defendidas: Roma
(Babilônia simbólica), Mesopotâmia (Babilônia literal).
• PROPÓSITO: Pedro escreve para exortar o povo de Deus que vive fora da sua
pátria, os “forasteiros da dispersão”, a viverem uma vida santa e obediente
(1.13-16), a lembrarem da obra redentora de Cristo (1.17-21), e viverem em
santidade e amor (1.22-25). Mostra a fecundidade do sofrimento, e a grandeza
da imitação da Paixão do Senhor, do qual somos sacerdotes e ensina a
responder aos com paciência e boa conduta.
2ª PEDRO
• AUTOR: Pedro (1.1)
• DATA: Entre 66 e 67 d.C.
• LOCAL DE ESCRITA: Roma
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• PROPÓSITO: Ensinar a lidar com falsos mestres e pessoas de caráter mau
que entram na igreja, estimula às práticas cristãs para o crescimento espiritual
e ao encorajamento a uma vida sóbria até a vinda de Jesus.
1ª JOÃO
AUTOR: Apóstolo João, irmão de Tiago, filho de Zebedeu
• DATA: Provavelmente entre 85 e 95 d.C
• LOCAL DE ESCRITA: Incerto, mas pode-se sugerir Éfeso
• PROPÓSITO: Combater a heresia do gnosticismo que estava começando a se
instalar no final do primeiro século. Além disso João escreve para desmascarar
falsos mestres, dar ao crente a certeza da salvação através da semelhança
com Deus quando nos tornamos filhos Dele e não vivemos no pecado, mas em
amor uns com os outros. É conhecida como a “carta do amor”.
2ª JOÃO
• AUTOR: Apóstolo João, irmão de Tiago, filho de Zebedeu
• DATA: Provavelmente entre 85-95 DC
• LOCAL DE ESCRITA: Incerto, mas pode-se sugerir Éfeso
• PROPÓSITO: João escreve para que os cristãos demonstrassem o seu amor
por Deus e seu Filho Jesus ao obedecer ao mandamento de amar uns aos
outros e viver suas vidas em obediência às Escrituras. Também é um forte
alerta para terem cuidado com os enganadores e não receberem em suas
casas os pregadores itinerantes que andavam dizendo que Cristo não tinha
realmente ressuscitado na carne.
3ª JOÃO
• AUTOR: Apóstolo João
• DATA: Entre 85-95 d.C.
• LOCAL DE ESCRITA: Incerto, mas pode-se sugerir Éfeso
• PROPÓSITO: O objetivo de João ao escrever esta terceira epístola é triplo.
Primeiro, ele escreve para elogiar e incentivar seu amado colega de trabalho,
Gaio, em seu ministério de hospitalidade aos mensageiros itinerantes que iam
de um lugar a outro para pregar o Evangelho de Cristo. Depois ele
indiretamente adverte e condena o comportamento de Diótrefes, líder ditatorial
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que tinha assumido uma das igrejas na província da Ásia e por último ele louva
o exemplo de Demétrio, discípulo sobre o qual relatava-se um bom testemunho.
JUDAS
• AUTOR: Judas, irmão de Tiago, irmão de Jesus (Mc 6.3)
• DATA: Há duas hipóteses, uma anterior a 2ª Pedro e um posterior. Se antes, a
data seria 65 d.C., se depois, pode ter sido em 80 dC.
• LOCAL DE ESCRITA:
• PROPÓSITO: Visava falar sobre o fim dos tempos, para o fim da era da igreja,
exortando a batalhar pela fé. Falsos profetas estão na igreja e os santos estão
em perigo. O uso de Judas das bem conhecidas ilustrações históricas de
Sodoma e Gomorra, Caim, Balaão e Coré lembrou aos cristãos judeus da
necessidade da verdadeira fé e obediência.
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AULA 08 – APOCALIPSE
O Apocalipse não foi dado somente para transmitir informações sobre o futuro, mas
para ajudar o povo de Deus no presente, que, por essa razão, deve guardar as coisas
escritas nas palavras da profecia.
INFORMAÇÕES BÁSICAS
AUTOR: Apóstolo João, o mesmo autor humano do Evangelho e das três epístolas,
(Ap 1.1,4,9; 22.8).
DATA: Provavelmente entre 95 e 96 d.C. durante o reinado de Domiciano.
LOCAL DE ESCRITA: Ilha de Patmos
DESTINATÁRIO: Sete Igrejas da Ásia
TEMA: O tema predominante do livro é a volta de Jesus Cristo e a sua vitória final.
Neste livro, Cristo é exaltado de maneira especial em Sua grandeza de glória e a igreja
que permanece firme na provação será vitoriosa. Seu objetivo proporcionar conforto
aos cristãos que estavam sendo perseguidos naquele tempo.
AS INTERPRETAÇÕES DE APOCALIPSE
1. Preterista: vê todos ou quase todos os eventos no livro de Apocalipse como já
tendo ocorrido antes do fim do primeiro século.
2. Historicista: vê o livro de Apocalipse como uma análise da história da Igreja dos
tempos apóstolicos até o presente;
3. Idealista: vê o livro de Apocalipse como uma representação da luta entre o bem e
o mal;
4. Futurista: vê o livro de Apocalipse como profético dos eventos que hão de vir.
ESBOÇO BÁSICO
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CAPÍTULO 1: Apresenta o prólogo, seguido de um retrato de Jesus em todo o seu
poder e glória.
CAPÍTULOS 2 A 3: Contém cartas a sete igrejas na Ásia. Estas cartas seguem um
padrão regular: Saudação; apresentação de Jesus, que está enviando as cartas;
avaliação da condição da igreja; apelo ao arrependimento ou à firmeza na fé;
lembrança da recompensa divina ao que vencer.
1. ÉFESO (2.1-7)
• Elogio: Rejeita o mal, persevera, tem paciência
• Crítica: Abandonou o seu primeiro amor
• Orientação: Pratique as obras que praticava no princípio
• Promessa: O direito de comer da árvore da vida
2. ESMIRNA (2.8-11)
• Elogio: Suporta o sofrimento com graça
• Crítica: Nenhuma
• Orientação: Seja fiel até a morte
• Promessa: A coroa da vida
• 22. AS SETE IGREJAS DE APOCALIPSE Tiatira (2.18-29) Elogio Crítica
Orientação Promessa
3. PÉRGAMO (2.12-17)
• Elogio: Mantém a fé em Cristo,
• Crítica: Tolera a imoralidade, a idolatria e heresias
• Orientação: Arrependa-se!
• Promessa: O maná Escondido e uma pedra branca com um novo nome
nela inscrito
4. TIATIRA (2.18-29)
• Elogio: Amor, fé, serviço e perseverança
• Crítica: Tolera o culto à idolatria e imoralidade
• Orientação: Juízo iminente; mantenha a fé
• Promessa: Autoridade sobre as nações e a estrela da manhã
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5. SARDES (3.1-6)
• Elogio: Alguns guardaram a fé;
• Crítica: Uma igreja morta
• Orientação: Arrependa-se, fortaleça o que resta
• Promessa: Os fiéis serão honrados e vestidos de branco
6. FILADÉLFIA (3.7-13)
• Elogio: Persevera na fé
• Crítica: Nenhuma
• Orientação: Retenha o que você tem (a fé)
• Promessa: Um lugar na presença de Deus, um novo nome e a nova
Jerusalém
7. LAODICÉIA (3.14-22)
• Elogio: Nenhum
• Crítica: Indiferente
• Orientação: Seja diligente e arrependa-se
• Promessa: O direito de sentar-se com Cristo em seu trono
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CAPÍTULOS 4 E 5: Numa visão maravilhosa, João tem vê o trono celestial (4.1-5,14)
de Deus, cercado por seus servos em adoração (cap 4). O próximo capítulo foca em
Jesus que, por sua vitória sobre a morte, pode abrir os selos do livro de Deus Ele
também é louvado e adorado por todos.
A IMPORTÂNCIA DO LIVRO
As sete igrejas descritas são sete igrejas literais no momento em que João, o apóstolo,
estava escrevendo Apocalipse. Embora fossem igrejas literais naquele tempo, há
também um significado espiritual para as igrejas e os crentes de hoje. O primeiro
objetivo das cartas era de se comunicar com as igrejas literais e satisfazer as suas
necessidades naquele momento. O segundo propósito era de revelar sete tipos
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diferentes de indivíduos/igrejas ao longo da história e instruí-los na verdade. Alguns
pontos a destacar:
APOCALIPSE NA PRÁTICA
Você já depositou a sua fé em Cristo como seu Salvador? Se sim, então você não tem
nada a temer do julgamento de Deus sobre o mundo tal como descrito no livro do
Apocalipse. O Juiz está do nosso lado. Antes do julgamento final começar, temos de
testemunhar aos amigos e vizinhos sobre a oferta de Deus de vida eterna em Cristo.
Os acontecimentos deste livro são reais. Temos de viver vidas que comprovem o que
realmente acreditamos para que os outros notem nossa alegria sobre o futuro e
desejem juntar- se a nós nessa nova e gloriosa cidade.
CONCLUSÃO
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Apocalipse revela a vitória final de Cristo contra toda forma de mal. A tarefa do crente
é simplesmente crer na promessa bíblica de vitória e confiar integralmente sua vida a
Cristo.
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