6 - Abdômen - Parede Abdominal

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Abdômen - parede anterolateral

Introdução
• O abdome é a parte do tronco situada entre o tórax e a pelve.
• É um receptáculo dinâmico e flexível que abriga a maioria dos órgãos do sistema digestório e
parte dos sistemas genital e urinário.
• A contenção anterolateral dos órgãos abdominais e de seu conteúdo é feita pelas paredes
musculoaponeuróticas, a contenção superior é feita pelo diafragma e a contenção inferior é feita
pelos músculos da pelve.

Estrutura e função
• Suporte e proteção das vísceras internas.
• Via de passagem – suprimento neurovascular.
• Suporte e fixava para a genitália externa.
• Musculatura acessória – respiração, defecação e micção.
• Suporte para a coluna vertebral.
• Movimento.
• O umbigo é a confluência das aponeuroses.

Cavidade abdominal
• Forma a parte superior e principal da cavidade abdominopélvica, a cavidade contínua que se
estende entre o diafragma e o diafragma da pelve.
• Não tem assoalho próprio porque é contínua com a cavidade pélvica. O plano da abertura
superior da pelve é uma separação arbitrária, mas não física, das cavidades abdominal e pélvica.
• É a localização da maioria dos órgãos do sistema digestório, de partes do sistema urinário (rins
e a maior parte dos ureteres) e do baço.

Limites da cavidade abdomino-pélvica


• Superiormente: diafragma, quarto espaço intercostal torácico.
• Inferiormente: assoalho pélvico.
• Lateral e anteriormente: musculatura da parede abdominal.
• Posteriormente: coluna vertebral.

Divisões do abdômen
• Quandrantes abdominais:
- Quadrante superior direito e esquerdo;
- Quadrante inferior direito e esquerdo.
• Regiões abdominais:
- Hipocôndrio direito e esquerdo;
- Epigástrio;
- Flanco lateral direito e esquerdo;
- Região umbilical ou mesogastro;
- Fossa ilíaca direita e esquerda;
- Região púbica ou hipogástrio.
→ Nas mulheres pode ser chamado de baixo ventre.
- Planos abdominais:
→ Quatro regiões delimitadas por dois planos
↳ Plano transubilical e mediano.
→ Nove regiões delimitadas por quatro planos
↳ Dois planos sagitais (verticais): medioclaviculares.
↳ Dois transversos (horizontais): subcostal e intertabecular.

Fáscia da parede abdominal anterolateral


• O tecido subcutâneo situado sobre a maior parte da parede constitui um importante local de
armazenamento de gordura.
• Tecido celular subcutâneo
- Fáscia de Camper: mais superficial e é um verdadeiro panículo adiposo.
- Fáscia de Scarpa: mais profunda e é composta por tecido fibroso, contem pouca ou
nenhuma gordura. Suas fibras são elásticas e de tonalidade amarelada.
• Fáscias de revestimento (muscular): cobrem as faces externas das três camadas musculares da
parede anterolateral e suas aponeuroses.
• Fáscia transversal: mais firme.
• Gordura pré-peritonial.

Músculos da parede abdominal


• Há cinco músculos na parede ântero-lateral do abdome: três músculos planos e dois músculos
verticais.
• Os três músculos planos são todos laminares e com suas fibras orientadas em sentido
diferentes: oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdome.
• Os dois músculos verticais, contidos na bainha do músculo resto são: o reto do abdome e o
piramidal.

Músculo reto do abdome


• Longo, largo e semelhante a uma tira. É o principal músculo vertical da parede anterior do
abdome.
• O par de músculos retos, separados pela linha alba, se aproximam inferiormente.
• Três vezes mais largo superiormente do que inferiormente.
• A maior parte do músculo é revestida pela bainha do reto. E é fixado transversalmente à lâmina
anterior da bainha do músculo reto em três ou mais interseções tendíneas.
• Origem: sinfise púbica e crista púbica.
• Inserção: processo xifoide e da quinta a sétima cartilagem costal.
• Inervação: nervo toracoabdominais.

Músculo oblíquo externo do abdome


• É o maior e mais superficial dos três músculos planos da parede ânterol-ateral.
• Ao contrário das duas camadas profundas, o oblíquo externo não se origina posteriormente da
aponeurose toracolombar.
• As fibras musculares tornam-se aponeuróticas da linha medioclavicular medialmente e na linha
espinoumbilical inferiormente, formando uma lâmina de fibras tendíneas que se cruzam na linha
alba.
• O músculo oblíquo externo e o músculo oblíquo interno contralaterais formam juntos um
“músculo digástrico”.
• Origem: faces externas da quinta a décima segunda costela.
• Inserção: linha alba, tubérculo púbico e metade anterior da crista ilíaca.
• Inervação: nervos toracoabdominis e nervo subcostal.
Músculo oblíquo interno do abdome
• Músculo intermediários dos três músculos planos do abdome.
• É uma lâmina muscular fina que se abre em leque ântero-medialmente.
• Suas fibras inferiores se originam da metade lateral do ligamento inguinal, e suas fibras
carnosas seguem perpendiculares àquelas do músculo oblíquo externo.
• Suas fibras também se tornam aponeuróticas aproximadamente na linha medioclavicular do
oblíquo externo e participam da formação da bainha do músculo reto.
• Origem: fáscia toracolombar, dois terços anteriores da crista ilíaca e tecido conjuntivo situado
profundamente ao terço lateral do ligamento inguinal.
• Inserção: margens inferiores da décima a décima segunda costela, linha alba e linha pectínea
do púbis através da foice inguinal.
• Inervação: nervos toracoabdominais e primeiros nervos lombares.

Músculo transverso
• As fibras do musuclo transverso do abdome, o mais interno, seguem mais ou menos
transversalmente, exceto as inferiores, que seguem paralelas àquelas do músculo oblíquo interno.
• As fibras também terminam em uma aponeurose que contribui para a formação do músculo
reto.
• Entre o músculo oblíquo interno e o músculo transverso há uma placa neurovascular.
• Origem: faces internas da sétima a décima segunda cartilagem costal, aponeurose
toracolombar, crista ilíaca e tecido conjuntivo situado profundamente ao terço lateral do
ligamento inguinal.
• Inserção: linha alba com aponeurose do músculo oblíquo interno do abdome, crista púbica e
linha pectínea do púbis através da foice inguinal.
• Inervação: nervos toracoabdominais e primeiros nervos lombares.

Músculo piramidal
• Pequeno músculo triangular.
• Ausente pelo menos em 20% das pessoas.
• Situa-se anteriormente à parte inferior do músculo reto do abdome e se fixa à face anterior do
púbis e ao ligamento púbico anterior.
• Termina na linha alba.
• Quando presente é usado como ponto de referência em incisões abdominais medianas precisas.

Irrigação da parede abdominal


• Epigástrica superior, inferior e superficial.
• Circunflexa ilíaca superficial e profunda.
• Artéria subcostal.
• Artérias intercostais posteriores.
• Musculofrênicas.

Drenagem
• A pele e o tecido subcutâneo da parede abdominal drenam:
- Superiormente para a veia torácica interna (medialmente);
- Lateralmente para a veia torácica lateral;
- Inferiormente para as veias epigástricas superficiais e inferiores.
Drenagem linfática
• Mamilo para a medial → linfonodos paraesternais.
• Mamilo para a lateral → linfonodos axilares.
• Umbigo para baixo → linfonodos inguinais superficiais.

Nervos da parede anterolateral do abdome


• A parede e os músculos da parede anterolateral do abdome são supridas pelo seguintes nervos:
- Nervos toracoadbdominais;
- Ramos cutâneos laterais (torácicos);
- Nervo subcostal;
- Nervos ílio-hipogástrio e iloinguinal.
• Ramos cutâneos anteriores abdominal dos nervos toracoabdominais:
- T7-T9 → suprem a pele superior do umbigo.
- T10 → inerva a pela ao redor do umbigo.
- T11-T12/L-11 → suprem a pele inferior do umbigo.

Face interna da parede anterolateral do abdome


• A face interna (posterior) da parede anterolateral do abdome é coberta por fáscia transversal,
uma quantidade variável de gordura extraperitoneal e peritônio parietal.
• A parte infraumbilical dessa face apresenta cinco pregas peritoneais umbilicais que seguem em
direção ao umbigo, uma no plano mediano e duas de cada lado:
- A prega umbilical mediana estende-se do ápice da bexiga até o umbigo e cobre o
ligamento umbilical mediano;
- Duas pregas umbilicais mediais, laterais à prega umbilical mediana, cobrem os
ligamentos umbilicais mediais, formados por partes ocluídas das artérias umbilicais;
- Duas pregas umbilicais laterais, situadas lateralmente às pregas umbilicais mediais,
cobrem os vasos epigástricos inferiores e, portanto, sangram se forem seccionadas.
• As depressões laterais às pregas umbilicais são as fossas peritoneais, e cada uma é um local de
possível hérnia. As fossas superficiais entre as pregas umbilicais são as:
- Fossas supravesicais entre as pregas umbilicais mediana e mediais, formadas quando o
peritônio se reflete da parede anterior do abdome sobre a bexiga urinária. O nível da fossa
supravesical sobe e desce com o enchimento e o esvaziamento da bexiga urinária;
- Fossas inguinais mediais entre as pregas umbilicais mediais e laterais, comumente
denominadas trígonos inguinais (triângulo de Hesselbach), que são possíveis locais de hérnias
inguinais diretas, menos comuns;
- Fossas inguinais laterais, laterais às pregas umbilicais laterais, incluem os anéis inguinais
profundos e são possíveis locais do tipo mais comum de hérnia na parede inferior do abdome, a
hérnia inguinal indireta.

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