Contestação Geraldo Laerte Coelho
Contestação Geraldo Laerte Coelho
Contestação Geraldo Laerte Coelho
551
Advogada
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.
Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, 17 de Abril de 2019
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.
Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145
Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: [email protected]
Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, 17 de Agosto de 2018
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.
Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145
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Fora-MG
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Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, 17 de Maio de 2018
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.
Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145
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Advogada
c) Provas documentais, as já acostadas aos autos e, por ventura, outras que surgirem até a
data da audiência;
d) Prova testemunhal conforme rol abaixo que, as quais têm conhecimento e presenciou
alguns dos fatos alegados em contestação.
ROL DE TESTEMUNHA:
- CARLOS ALBERTO DOS SANTOS, residente e domiciliado na Rua Dr. Antônio de Souza
Ferreira nº 287, bairro Progresso, nesta cidade, CEP 36050-370;
.................
IV – DEPOIMENTO PESSOAL
DA PROVA PERICIAL
II - DA PROVA DOCUMENTAL
III - TESTEMUNHAL
Pleiteia-se igualmente a admissão de prova testemunhal, cujo rol encontra-se também em anexo, em
conformidade com o art. 407 da Lei dos Ritos.
IV - DEPOIMENTO PESSOAL
Rua Halfeld, 828 sala 1.010 – Centro – Ed. Clube Juiz de Fora, cep 36010-903, Juiz de
Fora-MG
Fone. (32) 3215-0890, cel. 8816-0200 – E mail: [email protected]
Dra. Iracy Ferreira – OAB/MG. 55.551
Advogada
Requer-se o depoimento pessoal do representante legal do autor, sob pena de confissão na matéria
de fato, caso não compareça ou se comparecer se recuse a depor, conforme o art. 343, § 2º da Lei
dos Ritos.
V - Isso Posto, requer-se a CONFIRMAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO do pedido probatório que consta dos
autos;
pede e espera
Defrimento.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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Advogada
b) a oitiva das testemunhas, cujo rol segue em anexo, as quais comparecerão na audiência
independentemente de intimação:
1. ..............
2. ..............
3. ..............
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local
Assinatura do Advogado
OAB
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Advogada
Rol de Testemunha:
1 – [NOME], RG: __________, inscrita no CPF/MF sob nº __________, atendente de telemarketing, residente
e domiciliado na Rua _______ nº ___, Bairro ______, [Município], CEP: _________.
Termos em que,
Pede Deferimento.
[Assinatura do Advogado]
I - DA PROVA PERICIAL
II - DA PROVA DOCUMENTAL
III - TESTEMUNHAL
Pleiteia-se igualmente a admissão de prova testemunhal, cujo rol encontra-se também em anexo, em
conformidade com o art. 407 da Lei dos Ritos.
IV - DEPOIMENTO PESSOAL
Requer-se o depoimento pessoal do representante legal do autor, sob pena de confissão na matéria
de fato, caso não compareça ou se comparecer se recuse a depor, conforme o art. 343, § 2º da Lei
dos Ritos.
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Advogada
V - Isso Posto, requer-se a CONFIRMAÇÃO E COMPLEMENTAÇÃO do pedido probatório que consta dos
autos;
Termos em que
Advogado
Nº OAB
pede e espera
Defrimento.
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Advogada
Joaquim Távora 10 de junho de 2013
__________________________________________
Oab/Pr 55.416
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.
Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145
CONTESTAÇÃO
DOS FATOS
Breve síntese, move o autor Ação de Nunciação de Obra Nova c/c Indenização por Danos
Morais e Materiais contra o requerido, objetivando a retificação de embargo emitido pela Prefeitura,
requerendo seja ordenada a demolição do muro construído pelo réu e pagamento de danos.
Contudo, não resta nenhuma razão ao autor, merecendo que seja julgada improcedente a
presente ação com a condenação do autor aos ônus sucumbenciais, como se passa a analisar.
Primeiramente, é de suma importância esclarecer que, para construiu sua residência o autor
escavou seu terreno até a divisa do lote de propriedade do réu, formando na divisa, um barranco de
cinco metros de altura, barranco esse que antes da escavação não existia e não construiu o muro
divisório.
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Advogada
Como o autor escavou seu lote formando um barranco na divisa do terreno vizinho, sua
obrigação era construir o muro divisório para evitar o deslocamento de terra no lote do réu, sendo que os
demais moradores do local, que escavaram seus lotes, eles próprios construíram o muro divisório.
Sem o muro, no barranco crescia mato e para limpar o mato o autor, frequentemente,
colocava fogo, que as frequentes queimadas danificou o tronco de árvore localizada acima do barranco,
levando-a a queda.
E, como o autor escavou seu terreno até a divisa do terreno do réu, não construiu o moro e,
vinha colocando fogo no mato, danificando o terreno vizinho, o requerido não teve alternativa senão
construir o muro para evitar o deslocamento de terra e as frequentes queimadas nos fundos de seu
terreno e, em nenhum momento, teve a intenção de prejudicar o requerente. Como se vê, a obra não
causa nenhum prejuízo ao autor.
Importante ainda esclarecer que, após devidamente intimada da decisão de fls. 50, a qual
embargou a obra objeto deste litígio, o requerido imediatamente cessou sua construção, não devendo
incidir, portanto, a multa diária de R$ 300,00 (trezentos reais) fixada em caso de descumprimento da
ordem judicial.
Quanto ao dizer que, com o transcorrer da obra inconvenientes foram sucedendo, como a
queda da árvore no terreno do autor, a quebra de vidro da janela e a não retirada de materiais, montes
de área e britas no terreno do autor, não procede.
Eis que, a queda da árvore deu-se em consequência do fogo que o autor, frequentemente,
colocava no terreno do requerido, nada tem a ver com a construção do muro, conforme prova o troco da
árvore queimado (fotos anexas).
Quanto ao dizer que, com a queda da árvore causou a quebra de vidros das janelas, é
totalmente descabida.
Ora, os vidros das janelas foram quebrados muito antes do inicio da obra e da queda da
árvore, há tempos que os vidros estão quebrados e colados com fitas para não cair e, como a árvore
caiu no terreno do réu, não tinha como atingir as janelas da casa do autor, desta forma, não há que se
falar em danos materiais.
Aduz ainda que não foram retirados matérias de seu terreno, como montes de área e britas.
Não foram retidados porque o réu nunca utilizou o terreno do autor para depositar nenhum tipo de
material, os materiais utilizados na obra, foram todos depositados no terreno do réu, podendo ser provado
pelos operários da obra.
Que os materiais mostrados nas fotos trazidas pelo autor, são dele próprio. Nem tinha como o
réu colocar qualquer tipo de material no terreno do autor, eis que, desde o início da obra vinha discutindo
com os operários, chegou até ameaça-los, ao contrário do que diz na inicial, o autor nunca zelou pelo
bom convívio com réu, sempre fez tudo para prejudica-lo.
Quanto alegar que o réu não observou os padrões técnicos necessários e que gera
insegurança na família do autor, é totalmente descabida, uma vez que a obra estava sendo acompanhada
por engenheiro civil (doc. fls.41) e, trata-se apenas de muro divisório dos terrenos com objetivo de evita
as constantes queimadas e deslocamento de terra, não tendo nenhum objetivo de construção acima do
moro, não causando insegurança e nem prejuízo ao autor.
Quanto ao parecer do perito da Defesa Civil (fls. 38) não deve ser considerado, tendo em vista
que em seu parecer, não descreveu que encontrou irregularidade na obra podendo colocar em risco a
vida do autor e de sua família, ou que venha causar danos ao imóvel do autor.
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Advogada
Deixou bem claro em seu parecer que, descreveu, em seu laudo, o que relatou o solicitante da
vistoria, ou seja o autor, podendo observar:
“( ... segundo o solicitante da vistoria, executado em fundação rasa, ....sem responsável
técnico pelo serviço ..., vizinho encontra-se depositando terra para aterramento e nivelamento do
terreno ...)”
Cabe descrever o parecer pericial para maior clareza:
“Discorre-se sobre um muro de divisa, construído aos fundos do terreno, em bloco de
cimento e cintas de amarração, construído pelo vizinho aos fundos do terreno, segundo
o solicitante da vistoria, executado em fundação rasa, construído à época,
provavelmente sem responsável técnico pelo serviço, sendo que, segundo o
solicitante da vistoria, o vizinho encontra-se depositando terra para aterramento e
nivelamento do terreno, o que poderá causar um esforço de empuxo de terra no painel
de alvenaria do muro, que não foi construído como muro de contenção o que poderá
causar estabilidade estrutural do mesmo.”
Ora, o parecer pericial não deixa dúvida de que o perito não encontrou irregularidade na obra
objeto da nunciação. Descreveu em seu laudo o que o autor diz e não o que ele próprio constatou.
Quanto alegar que o réu encontra-se depositando terra para aterramento e nivelamento do
terreno, é uma inverdade, podendo provar as fotos dos fundos do lote trazidas aos autos (fotos anexas).
Assim, conclui-se que o nunciado não teria a necessidade de iniciar a obra, não fosse os
danos em seu terreno provocado pelo nunciante e, está executando a obra conforme as orientações de
profissional da área, para evitar queimadas e prevenir deslocamento de terra entre os dois lotes, e não
causou nenhum prejuízo ao vizinho.
DO DIREITO:
Da Ilegitimidade do autor para Alegar Irregularidades Administrativas
Alegou o autor que a obra realizada pelo requerido encontra-se irregular, por não ter
aprovação da Prefeitura. Ocorre que a legitimidade para alegações de irregularidades administrativas
interessam apenas ao Poder Público, neste sentido:
"Ao contrário das demandas de cunho coletivo, a ação de nunciação de obra nova
intentada pelo particular deve ter por objeto unicamente a proteção decorrente dos
direitos de vizinhança. Não pode servir ela para atacar eventual irregularidade
administrativa da construção” (TJSC, AC n. 2008.005832-8, da Capital, rel. Des. Ronei
Danielli, j. em 06/10/2011)
"A legitimidade do autor para propor a ação de nunciação de obra nova está relacionada
à violação aos direitos de vizinhança, não às irregularidades administrativas da
construção, as quais interessam apenas ao Poder Público" (TJSC, Ag n. 2002.026735-5,
da Capital, rel. Des. Wilson Augusto do Nascimento, j. em 11/08/2003)
Assim, constata-se que não cabe à parte autora a alegação de que não há licença junto à
Prefeitura e que a obra está sendo realizada sem assessoria técnica, uma vez que tais análises cabem ao
Município.
Além disso, não há que se falar em irregularidade na construção, eis que a obra estava sendo
executada com acompanhamento de Engenheiro Civil, Sr. Anderson Wagner Silva.
DA INEXISTÊNCIA DO DANO MORAL E MATERIAIS
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Advogada
Não há que falar em dano moral e materiais, a obra embargada não causou ao autor prejuízo
de ordem moral e nem material, nenhuma atitude cometida pelo réu teve o condão de macular a honra e
boa fama do autor, não se observando assim qualquer lesão em seu patrimônio moral e material.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
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Advogada
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.
Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145
RECONVENÇÃO
DOS FATOS
O réu, ora Reconvindo ingressou em juízo contra o ora Reconvinte, com Ação de Nunciação
de Obra Nova cumulada com dano morais e materiais danos, requerendo o embargo liminar da obra e
demolição do muro construído pelo reconvinte. O embargo foi concedido e obra está paralisada.
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Advogada
A construção do muro divisório era de obrigação do autor- reconvindo que fez escavação do
terreno contíguo ao imóvel do réu-reconvinte formando barranco de aproximadamente cinco metros de
altura e para limpar o mato que crescia no barranco, o autor-reconvindo, colocava fogo, que as
frequentes queimadas danificou o tronco de árvore localizada acima do barranco, levando-a a queda,
danificando o terreno do ora reconvinte.
Tendo em vista os danos em seu terreno e, para evitar atrito com vizinho, o reconvinte
iniciou a construção do muro divisório entre os dois lotes, pois é necessário, para evitar os abusos
cometidos pelo vizinho ora reconvindo, que o reconvinte tomou as medidas necessária e, a construção do
muro não causou prejuízo algum ao reconvindo.
DO DIREITO
Dispõe o art. 186 do Código Civil: Art. 186: “Aquele que por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito”.
Que o reconvinte teve dispendioso gasto com a construção do muro que era de obrigação
do ora reconvindo construir, eis que, escavou o terreno formando barranco no terreno vizinho.
Quanto ao entendimento:
“Cabe reconvenção na ação de nunciação de obra nova” (RJTJ ESP. 51/224, in Código de
Processo Civil, 19º edição de Theotonio Negrão, nota art. 938-1)
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer seja intimado o autor reconvindo de todos os termos da presente
Reconvenção, para querendo contestá-la no prazo legal, para ao final ,ser julgada procedente a presente
Reconvenção, com condenação do autora reconvindo ao pagamento de todas as despesas gasta pelo
réu reconvinte na construção do muro divisório, acrescidos de correção monetária, juros de mora, custas
processuais, honorários advocatícios e demais cominações de direito.
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Advogada
Requer ainda, o pálio da Assistência Judiciária Gratuita, uma vez que o Requerido não tem
condição de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.
Para provar o alegado, protesta pela produção de todos os meios de provas em direito
admitidas especialmente documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor reconvindo.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
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Advogada
A construção do muro divisório entre os dois lotes é necessária, para evitar os abusos cometidos
pelo vizinho ora reconvindo, que o reconvinte tomou as medidas necessária e, a construção do muro não
causou prejuízo algum ao reconvindo.
A construção do muro divisório entre os dois lotes é necessária, para evitar os abusos cometidos
pelo vizinho ora reconvindo, que o reconvinte tomou as medidas necessária e, a construção do muro não
causou prejuízo algum ao reconvindo.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]
Para provar o alegado, requer-se a produção de prova pericial, juntada de novos documentos,
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Advogada
oitiva de testemunhas que arrolará em tempo oportuno, depoimento pessoal do representante
legal da autora, sob pena de confissão e demais provas em direito admitidas.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
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(TJ-MG - AC: 10570100016247002 MG, Relator: Aparecida Grossi, Data de
Julgamento: 27/05/2015, Câmaras Cíveis / 16ª CÂMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 10/06/2015)
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ACÓRDÃO
RELATOR.
É o relatório. Decido.
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Advogada
"Além das restrições legais de vizinhança, impostas pelas leis civis, [...]
podem os interessados estabelecer, convencionalmente, outras restrições ao
direito de construir, em relação às suas propriedades, visando a fixar a
natureza das construções admitidas, assim como a altura, o recuo, o
afastamento, o tipo de edificações e o que mais convier aos confrontantes e
ao bairro. Essas limitações apresentam-se, comumente, sob duas
modalidades: individuais e gerais. As primeiras objetivam condições de
interesse particular dos contratantes; as segundas impõem requisitos de
interesse comum do bairro, pelo quê são operantes entre todos os seus
moradores beneficiários diretos de suas vantagens." (Hely Lopes Meirelles,
Op. Cit., p. 78).
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PROCURAÇÃO
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.......................................................................................
D E C LARAÇ Ã O
.....................................................................
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA-MG.
Proc. nº 0310327-22.2015.8.13.0145
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CONTESTAÇÃO
Que, o convívio entre autor e réu sempre se deu de maneira pacífica até o
momento em que o réu deu início a construção de um muro na divisa dos terrenos sem o
acompanhamento de profissional.
Contudo, não resta nenhuma razão ao autor, merecendo que seja julgada
improcedente a presente ação, como se passa a analisar.
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Entretanto, no presente caso não está comprovado que a construção do
muro não observou os padrões técnicos necessários e também, não está comprovado que
ocorreu danos para o autor e que havia motivo para gerar insegurança na família do auto.
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DA SÍNTESE DA DEMANDA DA AUTORA
a) o embargo liminar da obra, para que cesse a sua realização até que providencias
necessárias sejam tomadas, bem como pagamento mensal do valor de R$ 800,00
(oitocentos reais) a título de aluguel suportado pela Requerente;
Contudo, não resta nenhuma razão a Autora, merecendo que seja julgada
improcedente a presente ação, como se passa a analisar.
DO MÉRITO
A priore, insta salientar que o pai dos autores abandonou o lar conjugal e foi
morar no Consultório Dentário situado na Rua Halfeld, Galeria Pio X, sala 123 - Centro, nesta
cidade, local em que o mesmo trabalhava na época, e não com a Ré conforme relata os autores,
e lá residiu até 1986.
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Advogada
Em 26 de setembro de 1986, Dante João Bellei fez um Contrato e Promessa
de Casamento assinando com 06 (seis) testemunhas, comprometendo a requerer o divórcio e
casar civilmente com a Requerida; pois que, a Requerida era solteira, de família tradicional e,
Dante João Bellei, estava separado de fato há 03 anos, mais ainda não havia requerido o
divórcio.
DOS BENS
Decisão abaixo:
Cabe ressaltar que o pai dos autores foi viver na companhia da Requerente,
levando apenas roupas, pois que, deixou todos seus bens móveis e imóveis para ex- mulher,
filhos e neto, indo morar no seu local de trabalho (consultório dentário) e ainda pagando pensão
para ex-mulher de 30% (trinta por cento) de todos seus rendimentos, valor este que a mesma
continua recebendo, conforme documentos relacionados:
Cumpri ressaltar que, com 70% de seus rendimentos, o “de cujus” não
conseguia arcar com suas próprias despesas, inclusive, com seu plano de saúde, que foi cortado
por falta de pagamento, haja visto que, era irreverente e perdulário, gastando seu dinheiro com
jogos e bebidas, motivo pelo qual, a Requerida o colocou como seu dependente no plano de
saúde da mesma, que era especial dos funcionários da UFJF. E que, perdurou até 28-07-2008,
pois o mesmo, quando da separação com a Requerida, a pediu que não o tirasse de seu plano,
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pois, não tinha condições de pagar outro plano e em troca a manteria como sua dependente
junto ao INSS, a Requerida concordou, pois sabia que sua saúde era frágil, e que durante a
convivência do casal o de cujus já havia submetido a 02 cirurgias de revascularização e uma de
cineangioplastia.
Ressalta ainda que, o casal separou amigavelmente e que, como não tinha
constituído bens comuns e que o ex-companheiro morava com a Requerida no imóvel que ela
havia adquirido antes da convivência, não houve partilha, o de cujus mudou-se levando seus
pertences, indo viver em companhia de outra mulher (ex-empregada doméstica da Requerente)
e contraindo com ela novo matrimônio, conforme certidão de casamento anexa.
CONCLUSÃO
Por tudo que consta dos autos, Nobre Julgador, não resta dúvida que os
bens da Requerida foram construídos com seus próprios esforços e antes da convivência com o
pai dos autores, não há, portanto, que falar em divisão de bens.
DO PEDIDO
Nestes Termos,
Pede deferimento.
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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA
NOVA - DIREITO DE VIZINHANÇA - EXISTÊNCIA DE JANELAS NA
DIVISA DOS IMÓVEIS HÁ VÁRIOS ANOS - CONSTRUÇÃO DE MURO
PELO NUNCIADO - POSSIBILIDADE - SERVIDÃO DE LUZ E AR -
INEXISTÊNCIA.
A C Ó R D Ã O
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RELATORA.
Isto ocorre porque não há que se falar em servidão aparente, de luz e ar, a
obrigar o recuo de metro e meio do prédio nunciado, tendo em vista que o
reconhecimento de tal servidão, caracterizada como não aparente,
dependeria de registro imobiliário, insuscetível de aquisição via usucapião,
nos termos do art. 1.378 do Código Civil.
[...]
Pelo exposto, e pelo mais que dos autos consta, JULGO IMPROCEDENTE a
pretensão deduzida na inicial e por conseqüência, revogo a liminar deferida
nestes autos de f. 124/127 que determinou a suspensão da obra que vinha
sendo edificada pelo réu.
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No mérito aduz que "[...] a servidão de luz e ventilação restou configurada
pelo imóvel dominante, na forma dos arts. 1.378 e segs. Do Código Civil, já
que há mais de 38 (trinta e oito) anos as janelas são utilizadas de forma
contínua e pacífica, sendo lhe garantida a servidão por usucapião.
Aliás, nesse sentido o art. 1.383 do CC/02 dispõem que o dono do prédio
serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício legítimo da
servidão. Se o dono do prédio serviente impedir de alguma forma o exercício
da servidão, o dominante poderá utilizar das medidas judiciais cabíveis." (f.
265)
É o relatório.
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Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a
menos de metro e meio do terreno vizinho.
Releva assinalar que foi o apelante que ergueu as janelas do seu imóvel na
divisa e apesar do apelado não ter exigido, no prazo de ano e dia, o
desfazimento das janelas, nos termos do art. 1.302 do Código Civil (O
proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que
se desfaça janela, sacada, terraço, ou goteira sobre o seu prédio.), o apelado
pode edificar nos limites de sua propriedade, mesmo que eventualmente
vede a claridade do imóvel lindeiro, conforme dispõe o parágrafo único do
art. 1.302 do Código Civil, que assim disciplina:
Art. 1.302. Em se tratando de vãos ou aberturas para luz, seja qual for a
quantidade, altura e disposição, o vizinho poderá, a todo tempo, levantar sua
edificação, ou contramuro, ainda que lhes vede a claridade.
Isto ocorre porque não há que falar em servidão aparente, de luz e ar, a
obrigar o recuo de metro e meio do prédio nunciado, tendo em vista que o
reconhecimento de tal servidão, caracterizada como não aparente,
dependeria de registro imobiliário, insuscetível de aquisição via usucapião,
nos termos do art. 1.378 do Código Civil:
1111111111111111111111111
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ...... Vara da Comarca de (cidade) - (UF)
Processo nº ...........................
CONTESTAR
a presente ação, face ao r. Mandado de fls. ......, pelos motivos fáticos e de direito a seguir expostos.
Inobstante a diligência e percuciência do ilustre e culto patrono “ex adverso”, qualidades essas que
abrilhantam e enobrecem seu ministério privado, não merecem acolhida as alegações constantes da
exordial, eis que extreme de dúvidas, serem incongruentes, além de inepta ser a inicial, como se
provará a seguir.
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Inicialmente, os Requeridos vêm, à presença de V. Excia, arguir a inépcia da inicial, com fincas no
parágrafo único, inciso II do art. 295 do CPC, que assim preconiza:
Art. 295
...............................................................................................................
Parágrafo Único
...............................................................................................................
“Data maxima respecta”, atente o ilustre julgador, que o presente pedido fundamenta-se em fatos
que narram a construção de um muro e ofende o direito de posse dos Autores, por se tal ato,
considerado pelos mesmos, ilegal, arbitrário e truculento, que o direito civil tripudia.
Ao narrar os fatos e obedecendo ao disposto no art. 282 do CPC, ao Autores apresentam, como
fundamentação jurídica, tudo o que concerne à posse, tanto é que no item 10, da inicial, se escoram
no art. 502 do CC que ampara o possuidor turbado ou esbulhado e fundamentam o pedido como se vê
às fls. ..., no art. 499 e seguintes do CC, que regula o instituto da posse e, ao final, pedem o embargo
da obra.
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Fica então a dúvida: pela fundamentação, demonstram os Autores, ser a discussão, possessória, não
decorrendo daí a conclusão lógica do pedido, eis que não se discute nesta, o direito de posse e sim,
eventual prejuízo, que diga-se de passagem, não o comprovaram.
Assim, clara e evidente, que sendo inepta a inicial, deverá a mesma ser indeferida, com base no art.
295, inciso I do CPC, pois a via eleita, para dirimir questão possessória é manifestamente inadequada,
devendo os Autores, procurar agasalho, se assim entenderem, em qualquer das ações próprias para o
caso.
Entretanto, caso V. Excia., não seja do mesmo entendimento, não acolhendo a preliminar arguida, os
Suplicados adentram ao mérito, demonstrando, a seguir, que neste, melhor sorte não tiveram os
Autores.
Em síntese, alegam os Suplicantes que desde ............., os Réus vêm construindo no corredor, um
muro, que o divide em dois, reduzindo o direito de uso dos Autores, com posse pessoal de
aproximadamente 30 anos.
Alegam ainda, nos itens 8 e 9 da inicial, que a alteração do imóvel é arbitrária e unilateral e que tal
ato, não lhe seriam permitido nem mesmo se os Réus fossem condôminos e, logo em seguida,
afirmam terem estes, apenas os direitos de uma mera servidão de passagem.
Veja, o ilustre julgador, que a “mera” servidão constitui-se em direito real, principalmente, quando se
encontra gravada em uma escritura pública, documento este, anexado pelos próprios Autores,
gerando assim, tal direito, proteção “erga omnes”.
Se os Autores, eles próprios afirmam, comprovando não serem os Réus condôminos, não se entende
como fundamentaram a presente ação, no inciso II, do art.
934 do CPC, uma vez que este dispositivo legal só empresta legitimidade ao comproprietário, que não
é o caso.
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Admissível apenas seria a fundamentação no inciso I, do art. 934 do CPC, mas para a procedência do
pedido, mister se faz a comprovação inequívoca do prejuízo sofrido, o que os Autores não lograram
êxito em provar, eis que o muro em construção está rigorosamente dentro da medida de 1 (hum)
metro, que garante a servidão e nem impede o uso e passagem dos Autores e possíveis locatários às
suas residências.
Por outro lado, verifica-se pelo que consta do petitório inaugural, que os Autores e seus inquilinos é
quem impedem o uso da servidão, fazendo do corredor, estacionamento de seus veículos, como eles
próprios confessam no item 6, fls. ...., da peça vestibular.
Ora, a construção do muro rigorosamente dentro da distância de 1 (hum) metro, obedece a servidão
de passagem, instituída na escritura acostada aos autos, fls.
......, deixando livre as duas entradas que existem para os locatários do sobrado, à frente da casa dos
Réus.
Os Suplicados, entendendo ter sido tal ação ajuizada muito próximo das eleições, compreendem que o
ínclito magistrado, assoberbado por suas responsabilidades, não teve tempo suficiente para uma
análise mais acurada da questão e, com base única e exclusivamente nas fotos apresentadas,
determinou liminarmente o embargo da obra, fotos essas que não permitem uma visualização clara
para o deslinde da celeuma, eis que foram tiradas de ângulos cuidadosamente escolhidos, para
inverter a realidade dos fatos e, não se pode deixar de alertar o ínclito julgador, para fato
incontestável, de que a servidão está prejudicada ao longo do sobrado, pois foi construído muro, pelos
Autores, adentrando naquela, deixando livre apenas 90 (noventa) centímetros e não 1 (hum) metro
como deveria ser.
Ante o alegado não se pode entender que fique decidida a lide, sem que o ilustre magistrado se inteire
totalmente da realidade, para formar seu convencimento e decidir à luz do direito, uma vez que
prejuízo para os Autores não existe, não merecendo pois, prosperar a presente, sendo curial a
inspeção judicial, para a confirmação plena e inequívoca do alegado.
Assim, demonstrado está que a construção do muro, foi feita única e exclusivamente para resguardar
a servidão de passagem, a que tem direito os Suplicados, não existindo, por outro lado, o prejuízo
para os Autores, para que encontrem amparo no art. 934, I do CPC, sendo que “in casu”, o prejuízo
existente é dos Requeridos, quando os Autores fazem do corredor, estacionamento.
Encontram os Suplicados, ainda, amparo na norma contida no art. 695 do CC, que impõe a servidão
predial a um prédio em favor de outro, pertencente a diverso dono. Por ela perde o proprietário do
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prédio serviente o exercício de alguns de seus direitos dominicais, ou fica obrigado a tolerar que dele
se utilize, para certo fim, o dono do prédio dominante.
Além do mais, o mesmo diploma legal, em seus arts. 699 e 702, determina que o dono de uma
servidão tem direito a fazer todas as obras necessárias à sua conservação e uso. Se a servidão
pertencer a mais de um prédio serão as despesas rateadas entre os respectivos donos e o dono do
prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o uso legítimo da servidão.
-À servidão predial, por ser direito real sobre coisa alheia e, sobretudo, por gravar propriedade de
outrem, impõe-se maior rigor quanto ao caráter de sua determinação: impossível, destarte, instituir
servidão de passagem sem que se trace o seu rumo e se precise o prédio gravado.
Mediante ao exposto, os Requeridos vêm, com o devido acato, perante este ínclito Juízo, requererem:
a) a inspeção judicial, nos termos do art. 440 e seguintes do CPC; (NCPC art. 481 a484 0
b) a improcedência da presente ação, com a consequente condenação dos Autores ao pagamento das
custas e verba sucumbencial, na razão de 20%, sobre o valor da causa;
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Termos em que
(Local e data)
(Nome do advogado)
(Número da OAB)
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