Teorico 1
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Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Introdução aos Microssistemas
da Terapia Reflexa
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
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Introdução aos Microssistemas da Terapia Reflexa
Contextualização
Acupuntura: os microssistemas, disponível em: https://youtu.be/BUZzot8rWYU
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Conceitos importantes
para Terapias Reflexas
Para a medicina tradicional chinesa, o corpo humano saudável é resultado do equilí-
brio das energias. Ao longo do tempo da evolução da MTC, foram descobertas impor-
tantes técnicas de cuidado, entre elas a reflexologia. Vale primeiramente esclarecer as
nomenclaturas utilizadas nesta disciplina, bem como em livros e artigos publicados sobre
terapias reflexas: reflexologia, reflexoterapia e microssistemas.
O que é reflexologia?
A Reflexologia (reflexo – reflexos; logia - conhecimento, estudos) refere-se à ciência
ou arte que estuda os reflexos do corpo humano, ou seja, as reações involuntárias, sen-
soriais ou motoras a um estímulo externo (GILLANDERS,2008).
O que é e reflexoterapia?
A Reflexoterapia ou terapia por zona é a utilização terapêutica da reflexologia. É uma
técnica que utiliza pressão ou massagem em zona de reflexo, ou seja, áreas reflexas a ór-
gãos, glândulas e estruturas do corpo, representadas em um microssistema (pequena área
correspondente) do macrossistema (corpo) (RIBEIRO; SOUZA; MAGALHÃES, 2005).
A forma mais comum de reflexoterapia é a dos pés, chamada de reflexoterapia podal.
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Essa prática passou por diversas fases e foi praticada de várias maneiras ao longo
dos anos, diferindo em estilo e localização dos pontos consoante o estudioso/terapeu-
ta (OXENFORD, 1998). Observe, abaixo, a linha do tempo da história da reflexologia
(WILLS, 2017; OXENFORD, 1998).
• 1500-1571: Cellini usou técnicas de forte pressão nos dedos dos pés e das mãos
para aliviar dores corporais;
• 1600: Adamus e Atais escreveram um livro sobre terapias por zonas. Leipezig (Dr.
Ball) também escreveu um livro sobre o tema;
• 1831-1881: W. Garfield usou pressão em vários pontos dos pés para aliviar dores
do corpo decorrentes de uma tentativa de assassinato;
• 1885: William Fitzgerald descobriu pontos em 10 zonas do corpo, impulsionando
o conhecimento da terapia reflexa no ser humano. Entretanto, suas técnicas não
foram aceitas pela comunidade médica na época.
• 1893: Dr. Cornelius descobriu que condições físicas de determinadas áreas do cor-
po melhoravam quando pontos específicos dos pés eram massageados, com isso
iniciaram-se os estudos da Terapia das Zonas (VENNELLS, 2003).
• 1898: Sir Henry Head descobriu a existência das zonas de hiperalgesia. Ele fez
amplas pesquisas sobre o que chamou de “zonas da cabeça” (VENNELLS, 2003).
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• 1900: Dr. Joe S. Riley aprimorou as técnicas de Fitzgerald e fez o primeiro mapa
detalhado dos pontos reflexos nos pés, desenvolvendo técnicas de massagem reflexa.
• 1917: Dr. Edwin F. Bowers publicou o tratamento proposto por Dr. Fitzegerald,
chamando-o de “Zone Therapy”. A obra descreve diagramas dos reflexos dos pés
e a correspondente divisão das 10 zonas. Ele recomenda a técnica para médicos,
cirurgiões-dentistas, ginecologistas, otorrinolaringologistas e quiropráticos. Bowers
e Filzgeral continuaram estudando e aperfeiçoando a técnica por 10 anos. Com
isso, Fitzgerald começou a ensinar a técnica.
• 1919: Joseph Riley aprendeu a técnica e a utilizava em suas consultas particulares
por anos. Ele escreveu um livro intitulado ”Zone Therapy Simplified”;
• 1925: Dr. George Starr White divulga a Terapia Zonal como método terapêutico
nos Estados Unidos;
• 1930: A enfermeira e massagista Eunice D. Ingham interessou-se pela técnica e
começou a estudar. Ela mapeou os pontos reflexos dos pés seguindo as 10 zonas pro-
postas pelo Dr, Fitzgeral, estabelecendo um mapa seguro para cada área reflexa do
corpo humano nos pés. Com seu conhecimento e sensibilidade, ela desenvolveu um
método de massagem sutil chamado Método Ingham de Massagem de Compressão.
• 1938: O Método Ingham de Massagem de Compressão foi descrito no livro Stories
the feet can tell, levando a um aprofundamento da reflexoterapia podal. A refle-
xologia foi disseminada pelo mundo por inúmeros discípulos de Eunice Ingham:
Doreen Bayley, Mildred Carter e Hanne Marquardt.
• 1996: A técnica foi desenvolvida no Brasil quando passou a ser divulgada e pratica-
da por vários terapeutas. Elizabeth Graham, reflexologista sul-americana, ministrou
um curso de especialização em reflexologia para enfermeiros.
• Dias atuais: Há vários estudos científicos sobre reflexologia indicando a prática
para a melhoria da assistência. Consideradas livres de efeitos colaterais, fáceis de
aprender e executar, as terapias reflexas tornaram-se populares ao público em geral
(YANG, 2005). Atualmente, a reflexoterapia vem sendo integrada às técnicas da
medicina tradicional e biomédica de duas formas: usada isoladamente ou associada
de forma complementar ou integrativa (MAGALHÃES DA SILVA et al. 2015).
Caso tenha ficado interessado(a) em saber mais sobre estudos científicos sobre a reflexo-
terapia, acesse o site da BVS – Medicinas tradicionais, complementares e integrativas e leia
os artigos citados acima na íntegra. Acesse aqui: https://bit.ly/2QfWHXL
Agora, leia a síntese de estudos que preparamos para você e conheça as principais
indicações da reflexoterapia publicadas em estudos científicos nos últimos 15 anos.
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Segundo a teoria reflexa, os órgãos, glândulas e demais regiões do corpo estão vincu-
lados a uma zona de reflexo representada em um microssistema. Essa correlação entre
zona de reflexo correspondente a uma área do corpo, órgãos e vísceras com um ponto
específico do sistema nervoso central chama-se somatotopia.
Somatotopia: (do grego sõma - atos, corpo + tópos, lugar) é a correspondência ponto a
ponto de uma área do corpo com um ponto específico do sistema nervoso central. Tipica-
mente, uma área do corpo corresponde a um ponto no córtex somatossensorial primário
(giro pós-central).
Replica holográfica (holograma): é um registro ou representação de uma imagem em
três dimensões. O nome holograma deriva de holografia (do grego holos - todo, inteiro e
graphos - sinal, escrita). Os hologramas possuem uma característica única: cada parte deles
possui a informação do todo. Assim, um pequeno pedaço de um holograma terá informa-
ções de toda a imagem do mesmo holograma completo (SILVA FILHO, 2019).
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O seu mecanismo de ação é reflexo tronco-cerebral. A aplicação de um estímulo, por
agulha ou por pressão, em uma zona de reflexo representada em um microssistema põe
em atividade uma série de reflexos. Esses reflexos integram um circuito com capacidade
de sensibilizar a região tronco-cerebral. A zona de reflexo pode, também, sinalizar uma
estagnação energética. Consequentemente, se houver um bloqueio energético decorren-
te de um problema de saúde, quando o terapeuta pressionar a zona de reflexo corres-
pondente ao órgão ou víscera o indivíduo sentirá dor. Essa relação ponto-cérebro-órgão
é que torna as terapias reflexas compatíveis como tratamento das diferentes patologias
para o equilíbrio e harmonia do corpo (SOUZA, 2013).
Nosso corpo pode dar sinais de desarmonia energética em diferentes áreas reflexológicas,
por isso é importante conhecer os diferentes microssistemas para saber coletar informa-
ções suficientes para um bom diagnóstico e um tratamento efetivo.
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Microssistema palmar
É uma somatotopia localizada nas mãos, em que o microcosmo da mão contém
pontos correspondentes ao órgão, os quais têm reação aos estímulos diversos a que
forem expostos para serem usados para tratamento de diferentes patologias. Esse
método foi desenvolvido na Coreia pelo Dr. Tae Woo Yoo, em 1975 (KIM, 2014;
SOUZA, 2019).
Explore o website Meihuanet e leia um pouco mais sobre a Acupuntura coreana nas mãos.
Disponível em: https://bit.ly/2ITyDWk
Microssistema facial
É uma somatotopia localizada na face, em que o microssistema facial representa o
corpo como um todo. Esse microssistema é utilizado no diagnóstico da medicina chinesa
(MACIOCIA, 2007).
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Microssistema da língua
É uma somatotopia localizada na língua, em que o microssistema lingual representa
o corpo como um todo. Esse microssistema é utilizado no diagnóstico e tratamento da
medicina chinesa (MACIOCIA, 2007).
Agora, consulte a galeria de Línguas disponível no website Meihuanet e inicie suas observa-
ções. Disponível em: https://bit.ly/2vmE4oI
Microssistema do abdômen
É uma somatotopia localizada no abdômen, em que o microssistema abdominal re-
presenta o corpo como um todo. Mubunsai criou a técnica da acupuntura abdominal
para tratar 9 das 10 doenças mais comuns, em 1685. As principais abordagens terapêu-
ticas que utilizam o microssistema do abdômen são a medicina japonesa, a chinesa e a
brasileira. Apesar de usarem o microssistema do abdômen, a interpretação anatômica
das zonas de reflexo, princípios e modo de estimular o ponto são diferentes.
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Microssistema do nariz
É uma somatotopia localizada no nariz, em que cada parte do nariz representa o
corpo como um todo. É um microssistema útil para tratamento e diagnóstico. O nariz é
o órgão do sentido do pulmão. Ele reflete a saúde geral do organismo. Por essa razão,
formato, cor, oleosidade, descamações são informações importantes para correlacionar
com a parte do corpo relacionada (MACIOCIA, 2007; SILVA, 2019).
Para conhecer e saber mais sobre os microssistemas do nariz, dentes e olhos e sua utilização
na MTC, leia o trabalho disponível no link: https://bit.ly/2VZBxgc
Microssistema do crânio
É uma somatotopia localizada no crânio, em que cada parte do crânio representa o
corpo como um todo. Há duas técnicas que utilizam esse microssistema para tratamen-
to: a prática japonesa, chamada de Crâniopuntura de Yamamoto – NCY, e a chinesa,
denominada Chiao Shu Fa. Apesar de ambas usarem o microssistema do crânio, a
interpretação anatômica das zonas de reflexo, princípios e modo de estimular o ponto
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são diferentes. Na NCY, a maioria de seus pontos localiza-se na fronte do paciente,
enquanto na crâniopuntura chinesa, o local de aplicação centra-se na região lateral do
crânio (temporo-frontal) (ARTIOLI et al. 2018).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Biblioteca Virtual da Saúde - Medicina tradicional, complementar e integrativa
https://bit.ly/2XFJE1D
MEIHANET 2.0 - Sistema de apoio ao estudo de acupuntura e microssistemas
https://bit.ly/2IFo362
Acupuntura coreana nas mãos.
https://bit.ly/2vi5dsX
Leitura
Nova crâniopuntura de Yamamoto: suas aplicações e resultados em condições dolorosas.
Revisão sistemática
ARTIOLI, D. P.; AZEVEDO, M. V. G. T.; BERTOLINI, G; R; F. Nova crâniopuntura de
Yamamoto: suas aplicações e resultados em condições dolorosas. Revisão sistemática.
BrJP, São Paulo, 2018, abr. – jun., v. 1, n. 2, p. 180-183
https://bit.ly/2ICO3PJ
Microssistemas: dente, olho, nariz, pênis e sua utilização na medicina tradicional chinesa
SILVA, O. G. Microssistemas: dente, olho, nariz, pênis e sua utilização na medicina tra-
dicional chinesa. Faculdade Ávila. Pós-graduação em Medicina Tradicional Chinesa, 2019.
https://bit.ly/2VZBxgc
Microssistemas da acupuntura: teoria, reações e aplicações
SILVA FILHO, R. C. Microssistemas da acupuntura: teoria, reações e aplicações.
EMBRAMEC, 2019.
https://bit.ly/2PqXe6g
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Referências
ARTIOLI, D. P.; AZEVEDO, M. V. G. T.; BERTOLINI, G. R. F. Nova crâniopuntura de
Yamamoto: suas aplicações e resultados em condições dolorosas. Revisão sistemática.
BrJP, São Paulo, 2018, abr. – jun., v. 1, n. 2, p. 180-183. Disponível em: <http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2595-31922018000200180&lng=en&nr
m=iso>. Acesso em: 13 abr. 2019.
HALL, N. M. Reflexologia: um método para melhorar a saúde. Massagem nos pés e nas
mãos para relaxamento e tratamento de diversas doenças. São Paulo: Pensamento, 1997.
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ovulation: a sham-controlled randomized trial. Fertil Steril, 2009; v. 91, n. 6, p. 2514-9.
Disponível em: <http://pesquisa.bvsalud.org/mtci/resource/en/mdl-18565520>. Acesso
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SILVA, Odecineide Gomes de. Microssistemas: dente, olho, nariz, pênis e sua utili-
zação na medicina tradicional chinesa. Faculdade Ávila. Pós-graduação em Medicina
Tradicional Chinesa, 2019. Disponível em: <http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/
docs/13/14_-_Microssistemas_Dente_Olho_Nariz_PYnis_e_suas_utilizaYes_na_Medi-
cina_Tradicional_Chinesa.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2019.
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SILVA FILHO, R. C. Microssistemas da acupuntura: teoria, reações e aplicações.
EMBRAMEC, 2019. Disponível em: <http://www.ebramec.edu.br/wp-content/uploa-
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