AF - Lista 02 2018 1 - Resolvida
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1. Seja E um espaço vetorial sobre um corpo de escalares F (não necessariamente de dimensão nita).
Dizemos que um conjunto B ⊂ E é dita uma base de Hamel se B é um conjunto linearmente
independente e spanB = E.
(a) Use o Lema de Zorn para provar que todo espaço vetorial não trivial possui base de Hamel.
(b) Use o Teorema da Categoria de Baire para mostrar que se E é um espaço de Banach e dimE = ∞,
então B é não-enumerável.
(d) Dê um exemplo de um espaço vetorial que não seja de Banach e que tenha a base de Hamel
enumerável.
Solution:
(a) Seja E 6= {0} um espaço vetorial sobre K. Considere
C = {X ⊂ E : X é linearmente independente},
Nesse conjunto, aplicaremos o Lema de Zorn para obtermos uma base de Hamel para E.
Tomando x ∈ E \ {0}, temos que {x} ∈ C , e assim, C 6= ∅. Tome A = {Xλ }λ∈Λ uma
cadeia, i.e., um conjunto totalmente ordenado em C e considere
[
X= Xλ . (1)
λ∈Λ
Como a ordem parcial em C é dada pela inclusão, segue de (1) que X ∈ C é uma cota
superior para A. Da arbritariedade de A, temos que toda cadeia em C possui cota superior
em C. Aplicamos então o Lema de Zorn, que garante a existência de um elemento maximal
em C. Chamemos esse elemento de B.
Armação: B é base de Hamel para E.
Pela denição deC , temos que B ⊂ E é linearmente independente. Resta assim, mostrarmos
que spanB Suponha o contrário, i.e., suponha que existe x0 ∈ E \ spanB . Como x0
= E.
não é combinação linear (nita) de elementos de B , temos que B ∪ {x0 } é linearmente
independente e que x0 ∈/ B . Temos então
B ⊂ B ∪ {x0 } ∈ C e B 6= B ∪ {x0 },
o que contraria a maximalidade de B, que nos foi garantida pelo Lema de Zorn. Logo,
spanB = E. Como, além disso, B é linearmente independente, provamos assim nossa
armação.
1
(b) Suponha que B = {x1 , x2 , · · · , xk , · · · } seja enumerável e ponha Mk = span{x1 , · · · , xk }.
Então, para cada k ∈ N, Mk é subespaço de E e, como dim Mk = k < ∞, segue que Mk é
Banach (pois todo espaço normado de dimensão nita é Banach). Como Mk é um subspaço
de E que é Banach, tem-se que Mk é fechado. Além disso, pelo fato de E = spanB , segue
que
∞
[
E= Mk ,
k=1
Armação: Dψ = B1
Page 2
em que ao menos um θu0 6= 0 pois y é um elemento da base B2 . Considere agora
a extensão ψ̃ : Dψ ∪ {u0 } −→ B2 em que ψ̃(u0 ) = y . Claramente ψ̃ é injetiva e
Dψ ∪ {u0 } ⊂ B1 . Além disso, Im(ψ̃) ∪ (B1 \Dψ̃ é L.I. O que implica ψ ≤ ψ̃ , o que
contradiz a maximalidade de ψ .
(d) O espaço vetorial dos polinômios com coeciente reais, P (R), não é Banach.
2 n
B = {1, x, x , · · · , x , · · · } é uma base de Hamel para P (R).
2. Dena espaço de Hilbert e base ortonormal completa e mostre que todo espaço de Hilbert não trivial
possui base ortonormal completa.
Solution:
Denição: Um espaço de Hilbert é um espaço vetorial H munido de um produto escalar (u, v)
tal que H é completo na norma k.k denida, para cada u ∈ H por
p
kuk = hu, ui.
ii) hei , ej i = 0, ∀i 6= j , i, j ∈ I ;
iii) o espaço linear gerado pelos ei é denso em H; isto é, span B = H .
Se o fato de existir qualquer outra base ortonormal S contendo B implicar que B = S, então B
é dita base ortonormal completa.
Demonstração:
Nós introduzimos uma relação de ordem parcial nos subconjuntos ortonormais de H pela inclusão
de conjuntos. Assim, U ≤V se, e somente se, U ⊂V. Agora, considere
W = {Uj |j ∈ J}
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aos subconjuntos que estão na união são ortogonais entre si e são unitários; e é claro que qual-
[
quer Uj ⊂ Uj . Nestas condições, o Lema de Zorn implica que W tem um elemento maximal
j∈J
B = {ei |i ∈ I}. Então B é um subconjunto ortonormal maximal.
Armação: span B = H .
ai = (y, ei ). (2)
basta considerar 2
X
y − ai ei , (3)
F
onde F representa uma coleção nita de i. Usando a ortonormalidade de {ei }, segue que
2 !
X X X X X X
y − ai ei = y − ai ei , y − ai ei = (y, y)− ai (ei , y)− ai (y, ei )+ a2i (ei , ej )
F F F F F F
X X X X
= kyk2 − 2 ai (ei , y) + a2i = kyk2 − a2i = kyk2 − |ai |2 ,
F F F F
onde a penúltima igualdade segue de (2). Como (3) é não negativo, segue que
X X
kyk2 − |ai |2 ≥ 0 ⇒ |ai |2 ≤ kyk2
F F
Como {ei } é um conjunto ortonormal completo, segue do lema (enunciado abaixo) que podemos
denir X
x= ai ei ,
onde x ∈ H, e ai = (x, ei ). Mas, como por (2) ai = (y, ei ), temos que
(y − x, ei ) = (y, ei ) − (x, ei ) = ai − ai = 0,
o que signica que y − x é ortogonal a ei , para todo i. Note que y − x 6= 0, já que y ∈
/ H e
y−x
x ∈ H . Então pode ser acrescentado ao subconjunto ortonormal B , contradizendo o
ky − xk
fato de que este subconjunto é maximal. Portanto, span B = H .
Teorema F (Simmons, p.255): Seja H um espaço de Hilbert, e seja {ei } um conjunto ortonormal
em H. Então as seguintes condições são todas equivalentes umas às outras:
i) {ei } é completo;
ii) x ⊥ {ei } ⇒ x = 0;
iii) se x é um vetor arbitrário em H, então
X
x= (x, ei )ei ; (4)
Referência: SIMMONS, G. F. Introduction to Topology and Modern Analysis. New York: 1963.
Page 4
3. Enuncie e demonstre o Teorema de Hahn-Banach complexo.
f1 (ix) + if (ix) = f (ix) = if (x) = i[f1 (x) + if2 (x)] = −f2 (x) + if1 (x)
⇒ f2 (x) = −f1 (ix), ∀ x ∈ Z.
Daí, f (x) = f1 (x) − if1 (ix), ∀ x ∈ Z . Dena, F (x) = F1 (x) − iF1 (ix), ∀ x ∈ X , queremos
mostrar que F é a extensão de f de Z para X , isto é, F é um funcional linear sobre X e
|F (x)| ≤ p(x), ∀ x ∈ X .
De fato, sejam z = a + ib ∈ C e x ∈ X , temos que
4. (a) Mostre através de exemplo que a extensão dada pelo Teorema de Hahn-Banach pode não ser
única.
Solution:
(a) Sejam E = R2 , G = (x, x) ∈ R2 ; x ∈ R e g : G → R, dada por g(x, x) = x, x ∈ R.
2
Considere p(x, y) = kgk|(x, y)| o funcional sublinear tal que g(x, y) ≤ p(x, y), ∀ (x, y) ∈ R .
2
Considere f1 , f2 : R → R, denidas por f1 (x, y) = x e f2 (x, y) = y . Observe que f1 = f2 =
g em G. E além disso, kf1 k = kf2 k = kgk = 1 e f1 6= f2 .
Page 5
(b) Suponha que f1 e f2 sejam extensões de g. Dado x ∈ G, existe (xn ) ⊆ G tal que xn → x,
pois G = E. Segue-se que
6. Sejam E um espaço vetorial normado e G um subespaço de E. Mostre que G é denso se, e somente
se, o único elemento de E∗ que se anula em G é o funcional nulo.
Solution:
⇒)
Note que a função identicamente nula em E é um exemplo de função de E∗ que se anula em
G. Armamos que esta é única. Suponhamos, por contradição, que não, ou seja, que existe
um funcional linear contínuo denido emE que se anula em G tal que g(x0 ) 6= 0 para algum
x0 ∈ E/G. Pela densidade de G em E conseguiriamos uma sequência {xn } convergindo para x0
com g(xn ) = 0 para todo n. Daí, temos
⇐)
Suponhamos, por contradição, que G não é denso, ou seja, que o fecho G de G é diferente de
E . Note que G continua sendo um subespaço vetorial de E . Considere um y0 ∈ E − G. Seja
N = G + [y0 ]. Então para z ∈ N existem únicos a ∈ K e x ∈ G tais que z = x + ay0 . Dena
ϕ0 : N −→ K, ϕ0 (x + ay0 ) = ad.
onde d = dist(y0 , G), d é diferente de 0. É claro que ϕ0 é linear, ϕ0 (G) = 0
no caso e que
ϕ0 (y0 ) = d. Provemos kϕ0 k = 1. Seja z = x + ay0 ∈ N . Para a 6= 0,
que
x
kzk = kx + ay0 k = |a|
− y0
≥ d |a| = |ϕ0 (z)| ,
−a
Page 6
e para a = 0 a desigualdade kzk ≥ |ϕ0 (z)| é óbvia. Portanto, segue que kϕ0 k ≤ 1. Dado > 0,
y0 −x
existe x ∈ G tal que d ≤ ky0 − x k ≤ d + . Seja z = ky0 −x k . Então z ∈ N , kz k = 1 e
d d
ϕ0 (z ) = ≥ .
ky0 − x k d+
Como > 0 é arbitrário, segue que kϕ0 k ≥ 1, e portanto kϕ0 k = 1. Pelo teorema de Hahn-
Banach existe ϕ ∈ E∗ que estende a E tal que kϕk = kϕ0 k = 1. Daí chegamos a contradição,
ϕ0
pois garantirmos a existência de outro funcional linear contínuo que se anula em G e é diferente
do funcional identicamente nulo.
Suponha por absurdo que exista outro funcional linear contínuo g ∈ E∗ que se anule em G tal
que g(x0 ) 6= 0 para algum x0 ∈ E \ G. Como G é denso em E existe um sequência (xn ) ⊂ G tal
que xn → x0 com g(xn ) = 0, para todo n. Assim,
g(x0 ) = limg(x0 ) = lim0 = 0
O que é uma contradição, pois g(x0 ) 6= 0.
⇐)
Agora temos por hipótese que o único elemento de E∗ que se anula em G é (f ≡ 0). Queremos
mostrar que G = E.
Suponha por absurdo que G não é denso em E, ou seja que G 6= E . Seja x0 ∈ E \ G e considere
o subconjunto A = G que é fechado, e convexo pois G é um subespaço. Considere também
B = {x0 } que é convexo e compacto. Pela 2o F GT HB existe f ∈ G∗ e α ∈ R de maneira que o
hiperplano de equação [f = α] separa A e B estritamente. Portanto existe > 0, tal que
f (x) + ≤ α ≤ f (x0 ) − para todo x ∈ G, x0 ∈ B,
f (x) < f (x) + ≤ α ≤ f (x0 ) − < f (x0 ).
Em particular f (x) < α < f (x0 ), para todo x ∈ G.
Como f é um funcional linear limitado em G (f ∈ G∗ )
α
f (x) < α ⇒ f (nx) < α ⇒ nf (x) < α ⇒ f (x) <
n
aplicando o limite, temos
α
lim f (x) ≤ lim = 0 ⇒ f (x) ≤ 0. (6)
n→∞ n→∞ n
Por outro lado,
−α
f (x) < α ⇒ f (−nx) < α ⇒ −nf (x) < α ⇒ nf (x) > −α ⇒ f (x) >
n
aplicando o limite, temos
−α
lim f (x) ≥ lim = 0 ⇒ f (x) ≥ 0. (7)
n→∞ n
n→∞
De (6) e (7) concluímos que f (x) = 0 para todo x ∈ G, o que é um absurdo pois contradiz a
hipótese de que o único funcional que se anula em G é o funcional nulo. Portanto, G é denso
em E, ou seja, G = E.
Page 7
7. Sejam (N1 , k.k1 ), (N2 , k.k2 ) espaços vetoriais normados sobre um corpo de escalares F. Mostre que
L(N1 , N2 ) é um espaço de Banach se, e somente se, N2 é um espaço de Banach.
• p(αx) = αkgk.kxk, ∀α ≥ 0 e x ∈ N1 .
Tn x = f (x)yn .
Então kTn k = kyn k e {Tn }n∈N é uma sequência de Cauchy em L(N1 , N2 ). Como L(N1 , N2 ) é
uma espaço de Banach, segue que Tn → T em L(N1 , N2 ). Em particular, Tn x → T x para todo
x ∈ N1 . Escolhendo x ∈ N1 tal que f (x) = 1, segue-se que Tn x = yn , e portanto yn → T x.
Logo concluímos que N2 também é um espaço de Banach.
8. Sejam N1 , N2 espaços normados não-triviais. Prove que se qualquer operador linear limitado não-
nulo T : N1 → N2 é sobrejetor, então dimN2 =1.
Solution: Suponha que dimN2 > 1. Logo, tome {e1 , e2 } ⊂ N2 um conjunto LI de vetores
{ẽj }j∈Λ uma base de N1 unitária onde Λ pode ser nito ou innito. Assim,
unitários e considere
dena o operador f : N1 → N2 , tal que f (ẽ1 ) = e1 , f (ẽj ) = 0 ∀j > 1. Vemos que f é linear,
P P
pois, para todo x = i∈Λ xi ẽi , y = i∈Λ yi ẽi e λ ∈ R, temos
Page 8
X
f (x + λy) = f ( (xi + λyi )ẽi ) = (x1 + λy1 )e1 = x1 e1 + λy1 e1 = f (x) + λf (y)
i∈Λ
Além disso, ∀x ∈ N1
Por m, vemos que f não é sobrejetiva, pois a imagem de N1 pela f é apenas um eixo dado pelo
span{e1 }, logo não é sobrejetivo nem mesmo em span{e1 , e2 }, com mais razão, não é sobrejetivo
sobre N2 . Pela contrapositiva, temos o resultado.
β
= f (x) = β ∈ R. (8)
f (x)
|f (x)|
kxk = sup .
f ∈E ∗ , f 6=0 kf k
∗
Jx (f ) = hf, xi, f ∈ E
é uma isometria.
p : E → R, p(x) = kxk
o subespaço gerado por x, G =< x >= Rx, e o funcional linear g : G → R, denido como
g(αx) = αkxk, ∀α ∈ R. Com esse resultado, quando x = 0 o a demonstração é direta. Suponha
∗
que x 6= 0; assim existe h ∈ E com khk = 1 e h(x) = kxk, de tal forma que:
d = dist(x0 , M ),
mostre que existe f0 ∈ E ∗ tal que f0 |M = 0, f0 (x0 ) = 1 e kf0 k = 1/d.
Page 9
Solution: Sejam
G = M ⊕ hx0 i ⊂ E
onde
hx0 i = {y ∈ E : y = αx0 para algum α ∈ R}
e
g : G → R.
x + αx0 7 → α
Perceba que:
1. g(x0 ) = 1 :
g(x0 ) = g(0 + 1x0 ) = 1;
2. M ⊂ ker(g) :
g(x) = g(x + 0x0 ) = 0, ∀ x ∈ M;
1
3. | g(x + αx0 ) |6 kx + αx0 k :
d
kα(−x + x0 )k 1
0 < d = inf kx − x0 k ⇒ | α |= 6 k − αx + αx0 k, ∀ x ∈ M, ∀ α ∈ R,
x∈M k − x + x0 k d
1 x
| g(x + αx0 ) |=| α |6 k−α + αx0 k = kx + αx0 k, ∀ x ∈ M, ∀ α 6= 0,
d −α
1
sendo óbvia a desigualdade no caso em que α=0 e assim, g ∈ G∗ com kgk 6 ;
d
1
4. kgk = :
d
n→∞
considere uma sequência de pontos xn ∈ M para a qual kxn − x0 k −→ d e veja que
−xn + x0 1 n→∞ 1
g( )= −→ ,
k − xn + x0 k kxn − x0 k d
1
de onde segue que kgk = .
d
1
Pelo Teorema de Hahn-Banach existe f0 ∈ E ∗ tal que f0 |G = g e kf0 k = kgk = . Observe
d
que:
1. x0 ∈ G =⇒ f0 (x0 ) = g(x0 ) = 1;
2. x ∈ M = ker(g) ⊂ G =⇒ f0 (x) = g(x) = 0.
12. Dados dois espaços normados E, F e T : E → F linear, mostre que T ∈ L(E, F ) se dimE < ∞.
Conclua que um funcional linear f : E → R pertence a E ∗ se dimE < ∞.
Page 10
α1 , α2 , . . . , αn , temos que:
Vamos agora ao exercício. Primeiramente, considere dimE =Pn e {e1 , e2 , . . . , en } uma base para
n
E. Assim, todo elemento de E pode ser escrito como x = i=1 ξi ei . Como T é linear, temos
que
n
X n
X n
X
kT xk2 = k ξi T ei k2 ≤ |ξi |kT ei k2 ≤ max kT ek k2 |ξi |
k
i=1 i=1 i=1
n n
X 1 X 1
|ξi | ≤ k ξi ei k2 = kxk1
i=1
c i=1 c
Logo,
kT xk2 ≤ γkxk1
1
onde γ= c maxk kT ek k2 . Ou seja, T ∈ L(N1 , N2 ).
M ⊥ := {f ∈ E ∗ |hf, xi = 0 ∀x ∈ M }.
Mostre que (M ⊥ )⊥ = M .
hf, xi = 0 ∀f ∈ M ⊥ ,
ou ainda, x ∈ E; hf, xi = 0 ∀f ∈ M ⊥ . Logo, x ∈ (M ⊥ )⊥ . Agora vamos mostrar que (M ⊥ )⊥ é
⊥ ⊥
fechado. Para isso tome (xn ) ∈ (M ) ; xn → x. Como
(xn ) ∈ (M ⊥ )⊥ =⇒ hf, xn i = 0 ∀f ∈ M ⊥
(tomando o limite com n → ∞) =⇒ hf, xi = 0 ∀f ∈ M ⊥
=⇒ x ∈ (M ⊥ )⊥ .
Assim, (M ⊥ )⊥ = (M ⊥ )⊥ , como M ⊆ (M ⊥ )⊥ =⇒ M ⊆ (M ⊥ )⊥ = (M ⊥ )⊥ Agora, suponhamos
por absurdo que (M ⊥ )⊥ 6⊆ M , ou seja ,∃x0 ∈ (M ⊥ )⊥ ; x0 ∈
/ M . Faça A = M e B = x0 .
Logo, A ∩ B = ∅. A-fechado, B- é compacto e ambos são convexos. Então, pela segunda forma
∗
geométrica de Hahn-Banach, temos que ∃f ∈ E , e α ∈ R tal que:
f (a) < α < f (b); a∈A e b∈B =⇒ f (x) < α < f (x0 ), ∀x ∈ A
Page 11
De modo análogo, quando assumimos que t < 0, chegamos à f (x) ≥ 0, ∀x ∈ A, quando t →
∞, ou seja, teremos que f (x0 ) > 0. O que é uma contradição!!, pois x0 ∈ (M ⊥ )⊥ . Logo,
(M ⊥ )⊥ ⊆ M , Assim temos o resultado esperado: (M ⊥ )⊥ = M .
14. Sejam E espaço normado sobre R, ∅ 6= A, B ⊂ E convexos disjuntos. Suponha que A tenha pelo
menos um ponto interior. Mostre que existem f ∈ E ∗ , f 6≡ 0 e α ∈ R tais que [f = α] separa A e B.
Solution:
(a) Int(A) é um conjunto convexo:
Dados x, y ∈ Int(A) quaisquer, existe δ > 0 para o qual B(x, δ) ⊂ A e B(y, δ) ⊂ A. Para
todos t ∈ [0, 1] e z ∈ B(tx + (1 − t)y, δ), nós temos que
z = [tx + (1 − t)y] + v,
e assim, que
z = v + [tx + (1 − t)y]
= t(v + x) + (1 − t)(v + y) ∈ A,
já que A é convexo. Segue daí que B(tx + (1 − t)y, δ) ⊂ A e Int(A) é, por esta razão, um
conjunto convexo.
2. Int(A) é aberto em E;
3. Int(A), B ⊂E são disjuntos:
(Int(A) ∩ B) ⊂ (A ∩ B) = ∅ =⇒ Int(A) ∩ B = ∅.
lim xn = x.
n→∞
e assim, A ⊂ [f 6 α].
Notação:
[f 6 α] = {x ∈ E : f (x) 6 α},
[f > α] = {x ∈ E : f (x) > α}.
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