Celular No Trabalho - Geração Smartphone PDF
Celular No Trabalho - Geração Smartphone PDF
Celular No Trabalho - Geração Smartphone PDF
40 REVISTA
40 REVISTA PROTEÇÃO
PROTEÇÃO JULHO // 2017
JULHO 2017
GERAÇÃO
SMARTPHONE
Conectados quase que 24 horas por dia e aproveitando
as facilidades das novas tecnologias, é necessário que
usuários e empresas avaliem os riscos que elas
oferecem para a saúde física e mental dos colaboradores
Reportagem de Raira Cardoso
VALDIR LOPES
ARQUIVO PESSOAL
os smartphones englobam algumas das
principais tecnologias de comunicação,
além de possuírem aplicativos que au-
xiliam o usuário nas tarefas mais inusi-
tadas, deixando, muitas vezes, a capaci-
dade de realizar e receber chamadas em
segundo plano.
Segundo estudo realizado anualmente
pelo Google juntamente com a empresa
de pesquisas Kantar TNS intitulada Goo-
gle Consumer Barometer, o uso crescente
dos aparelhos vem afetando o comporta-
mento das pessoas. Em 2016, a pesquisa
contabilizou que o uso do telefone começa
já pela manhã, uma vez que a ferramen-
ta serve como despertador para 65% dos
usuários. No decorrer do dia, a utilização Márcia: revolução Ferreira: forma de uso
do aparelho só aumenta, visto que 59%
dos brasileiros conectam-se à internet veis, tanto para o bem quanto para o mal. ça e Saúde do Sesi de Santo André, Fábio
principalmente nos smartphones, para Alexandre Dias, destaca a importância da
acessar suas redes sociais, escutar músi- CENÁRIO tecnologia que colabora com a manuten-
cas, fazer compras e transações bancárias, Os dispositivos móveis de comunicação ção da competitividade da indústria brasi-
entre outras tarefas. Do total de entre- já fazem parte do ambiente profissional há leira no mundo. “Existem rotinas de traba-
vistados, 73% afirma que não sai de casa algum tempo, mas seu uso se intensificou lho em que tanto os smartphones quanto
sem o aparelho e, segundo levantamento na última década. “Se há 30 anos os pro- os notebooks trazem contribuições vitais
da Mobile Time com a Opinion Box, que fissionais de saúde e de vendas usavam para o processo”, avalia.
realiza periodicamente pesquisas sobre pagers para se comunicar, podemos dizer No entanto, ele constata que, em al-
o mercado de conteúdo e serviços mó- que a revolução tecnológica veio mesmo gumas tarefas, a utilização do aparelho é
veis no Brasil, o aplicativo de mensagens com os smartphones que, além de servi- prejudicial, principalmente em atividades
WhatsApp é o mais utilizando, estando rem para a comunicação direta por telefo- que necessitam da atenção e da concen-
presente em 98% dos celulares. ne, ainda propiciam acesso a emails, redes tração do funcionário. Como exemplo, o
Ocupando um espaço considerável no sociais, aplicativos e internet”, pondera a higienista cita um trabalhador que utiliza
dia a dia das pessoas, os smartphones médica do Trabalho Márcia Bandini, que é equipamentos semiautomáticos em que
chegaram também ao meio ambiente de também presidente da Associação Nacio- uma pequena distração devido a um ‘bip’
trabalho. Mas e a sua contribuição para as nal de Medicina do Trabalho. Segundo ela, do smartphone pode gerar um acidente
atividades desenvolvidas tem sido positiva o aparelho pode ser uma boa ferramen- laboral e até mesmo a perda de mão de
ou negativa? Será que o seu uso tem afe- ta de trabalho, facilitando o acompanha- obra devido a consequências permanen-
tado a saúde e a segurança dos trabalha- mento de projetos, trabalhos e eventos. tes. Diante disso, Bandini afirma que o
dores de alguma forma? O assunto ainda Dentro do ambiente industrial, o higie- aparelho vem testando os limites do que
é novo, mas as repercussões já são notá- nista Ocupacional da Unidade de Seguran- é trabalho e do que é vida social, sendo
necessário que os colaboradores deixem
FREEPIK
DIVULGAÇÃO ABRAMET
o que também pode acarretar consequên- uma visão tubular, ou seja, sem uma per-
cias negativas para a saúde e segurança cepção periférica. Levando pelo menos de
dos colaboradores. três a quatro segundos para pegar o te-
lefone que toca e com sua atenção volta-
DIREÇÃO VEICULAR da para a tela do aparelho, um motorista
Uma das atividades em que a falta de que está a 100 km/h terá se movido cer-
atenção devido ao uso do smartphone ou ca de 110 metros sem olhar para frente,
eletrônicos similares pode e tem gerado dirigindo no ‘piloto automático’, uma vez
graves acidentes no cotidiano das pessoas que seus movimentos não estavam sendo
é a direção veicular e, segundo o diretor comandados pelo córtex cerebral. “Ape-
do Departamento de Medicina de Tráfego nas 2% da população é capaz de executar
da Abramet (Associação Brasileira de Me- duas ou mais atividades simultaneamente.
dicina de Tráfego), Dirceu Alves Junior, Para o restante, as tarefas feitas não serão
essa realidade também pode ser observa- bem-feitas e a possibilidade de acidente é
da no contexto do motorista profissional. muito maior”, avalia.
Conforme explica o especialista em Me-
dicina do Trabalho e Medicina de Tráfe- Alves Jr: funções comprometidas PERIGOS
go, três funções essenciais para a prática Na construção civil, a execução de ta-
segura da direção veicular são compro- ela vai para um local do cérebro chama- refas também exige cautela e atenção e
metidas pela distração produzida, não só do hipotálamo, depois para o lobo frontal, o uso de aparelhos eletrônicos pode ser
pelos smartphones, mas também pelos que filtra essa informação e manda para danoso e até fatal. “O uso do smartphone
aparelhos GPS, televisões e rádios co- o córtex cerebral o que importa. Ou seja, no canteiro de obras é um fator que traz
municadores, muito comuns em carros e no momento em que se voltou para o ce- muita insegurança ao trabalhador, que
transportes públicos. A primeira é a fun- lular, o trabalhador se desliga do ambiente pode cair em um buraco, não perceber
ção cognitiva, que engloba a atenção, con- laboral. Ele vai ler ou escutar o que rece- que a laje acabou e sofrer a queda de um
centração, raciocínio, vigília e percepção. beu, pensar para dar uma resposta, tudo prédio em construção ou não perceber
Em seguida, ele cita a função motora, res- isso desconectado da atividade que está um caminhão que está dando a ré, por
ponsável por enviar informações do Sis- desenvolvendo. O trabalhador vai mexer exemplo”, pontua o presidente do Sin-
tema Nervoso Central para os músculos e no maquinário de maneira imprudente e dicato dos Trabalhadores nas Indústrias
glândulas, fazendo-os funcionar de acordo depois que desligar o smartphone não sa- da Construção e do Mobiliário de Brasí-
com o que foi visto ou ouvido. Por último, berá te informar o que aconteceu porque lia/DF, Raimundo Salvador. Percebendo
há a função sensório-perceptiva, encarre- o cérebro dele não armazenou tal infor- esses riscos, a STICMB, juntamente com
gada pela sensibilidade do tato, da visão mação, ele estava ausente do que estava o Sinduscon-DF (Sindicato da Indústria
e da audição. fazendo primariamente”, explica. da Construção Civil do Distrito Federal)
“Quando recebemos uma mensagem Além disso, o operador e/ou motorista fecharam acordo pioneiro e incluíram
MANTOVANI FERNANDES
DESCONEXÃO
Nos tribunais, as discussões envolven-
do o uso dos smartphones, segundo Lino,
estão mais focadas nos casos em que o
trabalhador porta o celular e se coloca à
serviço da empresa fora do ambiente la-
boral e de sua jornada de trabalho habi-
tual, quase sempre em relação à valida-
de ou não do pagamento de horas extras.
Para o procurador do Trabalho Leonar-
do Osório, a situação fere o direito do
colaborador a se desconectar do traba-
lho. “Essa situação pode sim gerar inde-
nizações por dano moral e pagamentos
de horas extras. A empresa precisa res-
peitar a carga horária da jornada do seu
funcionário”, afirma.
Abordando essa situação, estudos rea-
lizados na França revelaram que 12% dos
trabalhadores do país sofrem de esgota-
mento no trabalho, muito conhecido co-
mo síndrome de burn out. Os casos mais
registrados durante a pesquisa foram de
colaboradores que reclamavam de serem
importunados com e-mails excessivos,
telefonemas e mensagens nos finais de
semana. Para combater o problema e pre-
DIVULGAÇÃO/PETROBRAS
janeiro desse ano uma lei que assegura
no país o direito à desconexão. Nela está
previsto que toda empresa com mais de
50 funcionários deve abrir negociações
entre as partes para chegar a um acordo
para conter eventuais abusos.
“No caso do Brasil, a própria Consti-
tuição Federal de 1988 oferece subsí-
dios à vedação desses excessos, como
o próprio direito de lazer assegurado no
rol dos direitos fundamentais. Mesmo
porque, além da sua violação, a conduta
do empregador que não respeita tais li-
mites pode significar agressões à esfera
íntima e personalíssima do empregado,
capaz de agredir direitos de sua perso-
nalidade”, pontua Osório.
A médica do Trabalho Márcia Bandini
observa que em muitos países desenvol-
vidos não há essa lei de restrição do uso Em geral é proibido celular nas áreas industriais
fora do ambiente de trabalho pelo sim- radas em outros países. Por isso, quan-
ples motivo de que, culturalmente, as do vejo uma lei que confere o direito de
pessoas se ‘desconectam’ a partir de um não responder e-mails fora do horário de
determinado horário e respeitam o pe- trabalho, meu sentimento é conflituoso.
ríodo de descanso um do outro. Existe Por um lado, parece-me justo que este
um entendimento de que um trabalhador direito seja preservado por lei; de outro,
produtivo é aquele que descansa, se di- é triste perceber que ainda dependemos
verte e faz outras atividades para além de leis para que o bom senso prevaleça”,
do trabalho. “No Brasil, nossa cultura avalia a presidente da Anamt (Associa-
permite invasões que não seriam tole- ção Nacional de Medicina do Trabalho).
Uso consciente
O equilíbrio saudável pode ser alcançado com diálogo e capacitação
DIVULGAÇÃO/SUPERA ENGENHARIA
ções, conforme entendam ser necessário.
Desde que a restrição entrou em vi-
gor, o diretor de Política e Relações Tra-
balhistas do Sinduscon/DF, Izídio Santos
observou que há maior conscientização
nos canteiros. “Somos muito procurados
pelas empresas que querem entender
como os procedimentos devem ser ado-
tados, pedindo indicações de locais que
podem ser definidos como 'área segura'
dentro do canteiro”, comenta. Em 2015
mais duas cláusulas foram adicionadas
na CCT, tornando obrigatória a realização
de campanhas educativas periódicas nos
canteiros tratando sobre o uso responsá-
vel do celular, além da fixação de avisos
referentes à proibição em locais visíveis
da obra, juntamente com a informação
dos horários e locais em que o acesso aos
Na Supera há local específico para uso do celular
aparelhos é permitido.
de negro de fumo (material produzido
CANTINHO DO CELULAR pela combustão incompleta de deriva-
No mercado desde 2003, a Supera En- dos de petróleo) no Polo Petroquímico
genharia atua no ramo da construção civil de Capuava, em Mauá/SP, os riscos que
do Distrito Federal e não possuía regimen- os aparelhos eletrônicos oferecem são
to interno que regulasse o uso de smart diferentes e, segundo o gerente de Saú-
phones nos canteiros. De acordo com o de, Segurança e Meio Ambiente para a
engenheiro de Segurança do Trabalho da América do Sul Carlos Barbeiro essas
empresa, Rogério Furtado de Oliveira, o particularidades são levadas em consi-
assunto costumava ser abordado durante deração para elaborar um regulamento
os Diálogos Diários de Segurança antes do que atenda a todos. “Quando o trabalha-
início das atividades na obra, quando era dor está caminhando pela área industrial
orientado que os operários não utilizas- sua atenção deve estar focada nos peri-
sem aparelhos eletrônicos durante certas gos inerentes de cada área como desní-
atividades que exigiam um grau maior de veis de pisos, manutenções que estejam
atenção, como nos trabalhos realizados ocorrendo ao redor, entre outros. Um
em altura, em espaços confinados e no perigo muito específico, mas de grande
transporte de materiais e pessoas. impacto, caso ocorra um acidente, é o
“Encaramos a notícia da inserção da princípio de incêndio que pode ser pro-
cláusula na CCT de forma positiva e pas- vocado pelo uso de equipamentos elétri-
samos, então, a adotar um local específi- cos não adequados às áreas classificadas.
co para o uso dos aparelhos dentro das Os aparelhos celulares não foram proje-
obras. Hoje, para atender ou realizar uma tados especialmente para o uso nesses
ligação em caráter emergencial durante o locais. Portanto, não temos garantias de
expediente, o trabalhador precisa parar o que não são fontes de ignição”, explica.
que está fazendo e ir para o que apelida- Diante disso, a empresa opta por per-
mos de ‘Cantinho do Celular’. Entende- mitir o uso dos smartphones e simila-
mos que o uso do smartphone é unânime res somente nas áreas administrativas.
na sociedade moderna, mas a construção Os trabalhadores que possuem celular
civil possui um cotidiano atípico, que pede da empresa também estão proibidos de
esse cuidado”, avalia. A empresa também utilizá-los enquanto dirigem, seja veícu-
adota o recurso da sinalização e as capa- lo próprio ou da Cabot. “Todas as infor-
citações aos colaboradores. Para o enge- mações são difundidas e passadas aos
nheiro de segurança, a medida aumentou funcionários e terceiros em integração
a segurança nos canteiros e o índice de de segurança e treinamentos rotineiros”.
produtividade dos trabalhadores.
Na Cabot Corporation, indústria quími- ATITUDE SEGURA
ca multinacional que possui uma fábrica Além de terem se tornado facilitadores
DIVULGAÇÃO/JOHNSON&JOHNSON
phones também são aproveitados nos am- esteja apenas começando, é perceptível
bientes de trabalho, seja agilizando a co- para a maioria que a tecnologia ganha, a
municação ou por meio de algum aplicati- cada dia, mais espaço e sentido na vida
vo específico. Para muitos profissionais as das pessoas. Para o higienista ocupacio-
novas tecnologias se tornam ferramentas nal da Unidade de Segurança do Sesi de
de trabalho essenciais e isso torna ainda Santo André/SP, Fábio Alexandre Dias,
mais necessária uma gestão adequada criar espaços que possibilitem o acesso a
que mantenha os colaboradores seguros essas tecnologias, disponibilizando rede
e saudáveis. Nos escritórios da Johnson Wifi em locais que não ofereçam riscos
& Johnson em São Paulo/SP, por exem- para os funcionários pode, inclusive, re-
plo, os computadores dos funcionários duzir os índices de absenteísmo, ao favo-
foram trocados por notebooks, que eles recer as rotinas cotidianas do trabalhador.
carregam com liberdade, levando-os para Alessandra Rolim Pescosolido, enge-
as reuniões de equipe. “Há mais de cinco nheira de Segurança do Trabalho da FIEP
anos nós trabalhamos em um programa (Federação das Indústrias do Estado do
chamado Escorregões, Tropeções e Que- Paraná) pondera que uma lei que regu-
das no qual abordamos desde a questão lamentasse o assunto tornaria o contro-
do uso do celular ao do salto alto e tínha- le dentro das empresas muito mais fácil.
mos conquistado uma cultura forte de O procurador do Trabalho da 5ª Região
prevenção entre os funcionários. Mas re- (BA), Pedro Lino, coordenador Regional
centemente mudamos de prédio e é co- Johnson & Johnson estimula uso seguro da Coordenadoria Nacional de Combate às
mum encontrarmos pessoas caminhando todos os funcionários uma atitude segura. Fraudes nas Relações de Trabalho, perce-
e respondendo e-mails, digitando enquan- Por isso, além de relembrar as medidas be a seriedade da questão em seu cunho
to descem as escadas, sem prestar aten- preventivas a cada seis meses por meio social, em que o abuso da utilização dos
ção, voltadas totalmente para seus smart de campanhas e treinamentos online, a smartphones e a dependência gerada che-
phones”, conta a técnica de Segurança de empresa instrui os integrantes da CIPA a ga a ser uma questão de saúde pública.
Trabalho Solange Barros. alertarem os colaboradores que encontra- No trânsito, Dirceu Alves Junior, re-
No local não há a proibição do uso dos rem nos corredores utilizando os eletrôni- conhece que já existe uma doença epi-
eletrônicos, segundo ela, mas é exigido de cos enquanto caminham ou descem esca- dêmica e fatal. “No ano passado foram
das, explicando sobre os perigos de suas contabilizadas 3,6 milhões de pessoas
ações. “Antes de começar qualquer reu- com dengue, mas morreram 583 porque
nião também fazemos o Minuto da Segu- o Ministério da Saúde realizou uma gran-
rança, em que passamos um vídeo sobre de campanha preventiva. Nesse mesmo
como a distração pode gerar acidentes. E, período o trânsito matou 43 mil pessoas.
recentemente, alguns diretores implanta- Precisamos combater o uso do celular no
ram algumas regras durante as reuniões volante, assim como o uso de psicotrópi-
para que as pessoas não acessem o celu- cos e o excesso de velocidade. Só assim
lar durante os encontros. Uma delas é que vamos diminuir o número de mortos e se-
quem fizer isso durante a reunião pagará quelados”, conclui.
o café para todos no próximo encontro. Passamos agora por um momento de
Não podemos proibir, até porque usamos grande adaptação. O que não significa
o WhatsApp para fins profissionais, mas que todas atividades devam incorporar
acabamos nos policiando mais”, pondera. essas novas tecnologias ou mesmo que os
A realidade já é um pouco diferente na empregadores devam permitir o seu uso
fábrica da companhia. “Devido aos riscos sem estabelecer alguma forma de contro-
de prensamentos e amputações, entre ou- le. O essencial neste momento é que as
tros, o uso dos smartphones, celulares e empresas e os profissionais de SST pri-
fones de ouvido não é permitido na linha meiro se informem, façam uma avaliação
de produção nem na operação de máqui- ambiental quanto aos riscos oferecidos e
nas e equipamentos no pátio e entorno”, tracem planos de ação visando promover
informa a TST. A proibição já é adotada o uso seguro e saudável dos smartphones
há cerca de três anos e é transmitida pa- e afins, aproveitando todos os seus benefí-
ra os funcionários por meio de treinamen- cios e evitando adoecimentos e acidentes
tos anuais. no trabalho. Também se faz importante
que os colaboradores avaliem seus hábi-
ADAPTAÇÃO tos e definam limites, abandonando prá-
Embora a discussão sobre benefícios e ticas que possam interferir em sua saúde
prejuízos que o uso de smartphones e si- física e mental.