Relatório 06 - Determinação Da Resistência À Compressão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA


PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

NELSON POERSCHKE

RELATÓRIO

Determinação da resistência à compressão

Boa Vista
Outubro, 2014
NELSON POERSCHKE

RELATÓRIO

Determinação da resistência à compressão

Relatório de ensaio apresentado como


exigência do Programa de Aulas
Práticas da Disciplina de Materiais de
Construção do Curso de Bacharelado
em Engenharia Civil da Universidade
Federal de Roraima.

Prof. Dr. Dirceu Medeiros de Morais

Boa Vista
Outubro, 2014
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 04

1. METODOLOGIA ........................................................................................................ 05
2. MATERIAL UTILIZADO .......................................................................................... 07
3. RESULTADOS ............................................................................................................. 08

CONCLUSÃO ................................................................................................................... 11

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 12


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INTRODUÇÃO

Este ensaio tem por objetivo determinar a resistência à compressão do cimento


Portland de acordo com as determinações da NBR 7215 (cimento Portland –
determinação da resistência à compressão).
A resistência mecânica do cimento Portland é a propriedade mais indicada para
os objetivos estruturais. A resistência é solicitada em todas as especificações, ela
depende além da composição química do cimento, do grau de adensamento e coesão de
materiais.
A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela ruptura de corpos-de-
prova realizados com argamassa. A forma do corpo-de-prova, o traço da argamassa, sua
consistência e o tipo de areia empregado são definidos em especificações que variam de
acordo com o país.
No Brasil as normas que regem este processo são a ABNT NBR 7214 que
determina qual a areia normal a ser utilizada e a ABNT NBR 7215 que determina todo o
procedimento do experimento. O objetivo deste experimento é determinar a resistência
à compressão aos 28 dias.
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1. METODOLOGIA

Os componentes da mistura foram pesados:


Como tínhamos a areia regional, já misturada, utilizamos 1872 g de areia
regional em substituição às 4 frações de 468 g cada, que consta na norma, 624 g de
cimento Portland e 375 g de água.
Primeiro misturou-se a seco na bandeja seguintes materiais: areia, cimento;
Em seguida, na mesma bandeja foi adicionada gradualmente a água,
completando a mistura.
Logo que a argamassa foi considerada misturada, fizemos, com a parte interna
do molde tronco-cônico e a mesa devidamente lubrificados com óleo mineral, a
moldagem da argamassa em três camadas de alturas iguais aplicando-se,
respectivamente na 1ª, 2ª e 3ª camada, 15, 10 e 5 golpes uniformes e homogeneamente
distribuídos.
Terminado o enchimento, retiramos a forma e, utilizando o aparelho para
determinação da consistência, movemos a manivela 30 vezes em 30 segundos.
Realizada as medidas, transversalmente uma a outra, obtemos o seguinte
resultado:
1ª medida: 122,82 mm; e
2ª medida: 116,67 mm.
A média aritmética das duas medidas é o índice de consistência da argamassa
para aquele traço utilizado.
122,82 + 116,67
= 119,75
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Então, para o traço:
- 1872 g de areia;
- 624 g de cimento Portland; e
- 350 g + 25 g, totalizando 375 g de água.
O índice de consistência é 119,75.
Considerado o índice de consistência satisfatório, em virtude da areia usada,
apertamos o dispositivo de fechamento das formas e usamos óleo mineral para lubrificar
a parte interna das formas e facilitar o desmolde dos corpos de prova.
Imediatamente após o adequamento das formas foram moldados 4 (quatro)
corpos de prova, a colocação da argamassa na forma foi feita com o auxílio da espátula
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em 4 (quatro) camadas de alturas aproximadamente iguais recebendo cada camada 30


(trinta) golpes uniforme com soquete normal de forma que os golpes sejam
uniformemente distribuídos sobre a superfície da camada.
Logo depois do adensamento das 4 (quatro) camadas foi feito o razoamento do
topo dos corpos de prova com o auxílio de uma régua metálica. Após a moldagem os
corpos de prova foram levados para a câmara úmida, onde aproximadamente 24 horas
depois foram desmoldados e identificados com o número do grupo.
O rompimento dos corpos de prova foi realizado na idade de 28 dias. Esta
idade é contada a partir do instante que a água entra em contato com o cimento com
tolerância de mais ou menos 4 horas.
Foi verificado o funcionamento da máquina, logo depois foi posicionado o eixo
do corpo de prova centrado com o eixo de carregamento da máquina.
Iniciou-se o carregamento tendo-se como resultado da carga de ruptura o valor
máximo expresso no relógio da prensa.
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2. MATERIAL E EQUIPAMENTO UTILIZADO

Material:
- água;
- areia;
- cimento Portland;
- óleo mineral.

Equipamento
- prensa hidráulica manual;
- balança com resolução de 0,001 g;
- becker;
- espátula;
- molde rígido tronco-cônico de metal não corrosivo;
- mesa para índice de consistência;
- proveta graduada 250 ml;
- régua metálica;
- paquímetro;
- soquete de metal não corrosivo;
- bandeja metálica pequena; e
- bandeja plástica grande.
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3. RESULTADOS

Execução do ensaio.
Rompidos os corpos de prova foram analisados os seguintes dados:

Conversão da carga de ruptura para MPa


Rompimento do 1º corpo-de-prova:
Carga de ruptura = 2,73 tf
9.81 𝑁 1000 𝑘𝑔𝑓
2,73 𝑡𝑓 × × = 26781,3 𝑁
𝑘𝑔𝑓 1 𝑡𝑓
Rompimento do 2º corpo-de-prova:
Carga de ruptura = 2,72 tf
9.81 𝑁 1000 𝑘𝑔𝑓
2,72 𝑡𝑓 × × = 26683,2 𝑁
𝑘𝑔𝑓 1 𝑡𝑓
Rompimento do 3º corpo-de-prova:
Carga de ruptura = 2,94 tf
9.81 𝑁 1000 𝑘𝑔𝑓
2,94 𝑡𝑓 × × = 28841,4 𝑁
𝑘𝑔𝑓 1 𝑡𝑓
Rompimento do 4º corpo-de-prova:
Carga de ruptura = 2,55 tf
9.81 𝑁 1000 𝑘𝑔𝑓
2,55 𝑡𝑓 × × = 25015,5 𝑁
𝑘𝑔𝑓 1 𝑡𝑓

Tabela 01: Cargas de ruptura


Carga de ruptura Carga de ruptura
Corpo de prova
(kgf) (N)
1 2730 26781,3
2 2720 26683,2
3 2940 28841,4
4 2550 25015,5

Calcular a resistência à compressão, em megapascals, de cada corpo-de-prova,


dividindo a carga de ruptura pela área da seção do corpo-de-prova.
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1º corpo-de-prova:
Carga de ruptura = 26781,3 N
𝑃 26781,3 𝑁 4 × 267813 𝑁
𝑇= = 2 = = 13,64 𝑀𝑃𝑎
𝐴 (0,05 𝑚) 𝜋(0,05 𝑚)2
𝜋 4
2º corpo-de-prova:
Carga de ruptura = 26683,2 N
𝑃 26683,2 𝑁 4 × 26683,2 𝑁
𝑇= = 2 = = 13,59 𝑀𝑃𝑎
𝐴 (0,05 𝑚) 𝜋(0,05 𝑚)2
𝜋 4
3º corpo-de-prova:
Carga de ruptura = 28841,4 N
𝑃 28841,4 𝑁 4 × 28841,4 𝑁
𝑇= = 2 = = 14,69 𝑀𝑃𝑎
𝐴 (0,05 𝑚) 𝜋(0,05 𝑚)2
𝜋 4
4º corpo-de-prova:
Carga de ruptura = 25015,5 N
𝑃 25015,5 𝑁 4 × 25015,5 𝑁
𝑇= = 2 = = 12,74 𝑀𝑃𝑎
𝐴 (0,05 𝑚) 𝜋(0,05 𝑚)2
𝜋 4

Tabela 02: Tensão de ruptura – resistência à compressão


Tensão de ruptura Média dos 4 corpos
Corpo de prova Carga de ruptura (N)
(MPa) de prova (MPa)
1 26781,3 13,64
2 26683,2 13,59
13,67
3 28841,4 14,69
4 25015,5 12,74

Desvio relativo máximo (D.R.M.)


O desvio relativo máximo da série de quatro resultados obtém-se dividindo o
valor absoluto da diferença entre a resistência média e a resistência individual que mais
se afaste desta média, para mais ou para menos, pela resistência média e multiplicando
este quociente por 100. A porcentagem obtida deve ser arredondada ao décimo mais
próximo.
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maior das diferenças


D.R.M.   100%
tensão média
13,67 − 13,64
𝐷. 𝑅. 𝑀. = × 100 = 0,2%
13,67
13,67 − 13,59
𝐷. 𝑅. 𝑀. = × 100 = 0,6 %
13,67
14,69 − 13,67
𝐷. 𝑅. 𝑀. = × 100 = 7,5 %
13,67
13,67 − 12,74
𝐷. 𝑅. 𝑀. = × 100 = 6,8 %
13,67
Tabela 03: Desvio relativo
Tensão de ruptura Média dos 4 corpos
Corpo de prova Desvio relativo
(MPa) de prova (MPa)
1 13,64 0,2 %
2 13,59 0,6 %
13,67
3 14,69 *7,5 %
4 12,74 6,8 %
* O desvio relativo máximo é 7,5 %.

As amostras cujo desvios relativos foram maiores que 6% são rejeitadas.

Tabela 04: Expressão dos resultados válidos


Médias das
Carga de Desvio relativo Tensão de
Corpo de prova cargas de
ruptura (N) (%) ruptura (MPa)
ruptura
1 2,73 13,64
2,73 0,2
2 2,72 13,59

Tabela 05: Expressão dos resultados válidos


Resultado
Tensão de
Dias mínimo por
ruptura (MPa)
norma
28 32 MPa 13,67
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CONCLUSÃO

O ensaio foi produtivo na medida em que aprendemos determinar o índice de


consistência normal, moldar os corpos de prova e rompê-los, após 28 dias, com o uso da
pensa hidráulica manual.
Após os cálculos foi verificado que a amostra de cimento utilizada não atende às
exigências mínimas de resistência à compressão especificadas na norma ABNT NBR
7215-1996.
O ensaio foi considerado válido, pois as amostras cujos desvios relativos foram
maiores que 6% foram abandonadas, restando válidas duas amostras, cujos valores dos
desvios relativos encontram-se dentro da faixa de tolerância ditada na norma.
Mas, embora o ensaio tenha sido considerado válido, a amostra de cimento
utilizada deve ser rejeitada para o uso, pois não atende as especificações mínimas da
norma.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SILVA, Ângela Maria Moreira. Normas para Apresentação dos Trabalhos Técnico-
Científicos da UFRR - baseadas nas normas da ABNT, Boa Vista, Editora da UFRR,
2007. 108p.

ABNT NBR 7215:1996. Cimento Portland – Determinação da resistência à


compressão, Rio de Janeiro, 1996.

ABNT NBR 13281. Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e


tetos – Requisitos, Rio de Janeiro, 2001.

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