Determinação Da Resistência Compressão Do Cimento

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RELATÓRIO DE ENSAIO

Determinação da resistência à compressão do cimento


portland em corpos de prova cilíndricos
NBR 7215

Aluna: Andrielly Caroline da Silva Pinheiro

Engenharia Civil – MACO 1

Prof. Humberto Rodrigues Mariano

GOIANIA - GO
15/06/2022
RELATÓRIO DE ENSAIO
Determinação da resistência à compressão do cimento Portland
NBR 7215

I. INTRODUÇÃO

Este ensaio tem por objetivo determinar a resistência à compressão do cimento Portland de
acordo com as determinações da NBR 7215 (cimento Portland – determinação da resistência à
compressão).
A resistência mecânica do cimento Portland é a propriedade mais indicada para os objetivos
estruturais. A resistência é solicitada em todas as especificações, ela depende além da composição
química do cimento, do grau de adensamento e coesão de materiais.
A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela ruptura de corpos-deprova
realizados com argamassa. A forma do corpo-de-prova, o traço da argamassa, sua consistência e o
tipo de areia empregado são definidos em especificações que variam de acordo com o país.
No Brasil as normas que regem este processo são a ABNT NBR 7214 que determina qual a
areia normal a ser utilizada e a ABNT NBR 7215 que determina todo o procedimento do
experimento. O objetivo deste experimento é determinar a resistência à compressão aos 28 dias.

II. OBJETIVO

Este ensaio tem por objetivo determinar a resistência à compressão do cimento Portland de
acordo com as determinações da NBR 7215 (cimento Portland – determinação da resistência à
compressão).

III. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

• Areia (grossa, média e fina);


• Água;
• Cimento;
• Óleo;
• Material de vedação;
• Moldes;
• Prensa;
• Soquete;
• Máquina de ensaios de resistência à compressão;
• Paquímetro;
• Régua metálica;
• Espátula metálica;
• - Cronômetro;
• - Dispositivo para verificação de temperatura e umidade.

IV. PROCEDIMENTO
Para a realização do ensaio de determinação da resistência do cimento potland, foram
utilizados os seguintes procedimentos de acordo com a NBR 7215:

Primeiamente deve-se pesar as quantidades exatas de material que serão utilizados no


preparo da argamassa. A norma estabelece as seguintes quantidades:

MATERIAL MASSA PARA MISTURA (g)


Cimento Portland 624 ± 0,4
Água 300 ± 0,2
Areia normal
- grossa 468 ± 0,3
- média-grossa 468 ± 0,3
- média-fina 468 ± 0,3
- fina 468 ± 0,3

Após isso, prepara-se a argamassa que será utilizada no teste. Inicialmente é colocado toda a
água e o cimento na cuba e realiza a mistura com o misturador mecânico por 30 segundos em
velocidade baixa.

Figura 1: Mistura da argamassa.

Feito isso, adiciona-se as areias com o misturador ainda ligad. Esse processo deve durar 30
segundos e deve ser realizado com cuidado para que não haja perda de material.

Figura 2: Colocação de areia no misturador.

Em seguida, coloca-se o misturador na velocidade alta e mistura por mais 30 segundos. Ao


fim deste tempo, desliga-se o misturador e em um período de até 15 segundos, retira com o auxílio
de uma espátula o material que ficou aderido às paredes da cuba e deixa a mistura em repouso,
coberta por um pano úmido para evitar a perda de água, por mais 1 minuto e 15 segundos.

Figura 3: Repouso coberto com pano úmido.

Depois disso, religa-se o misturador em velocidade alta por mais 1 minuto. Com a argamassa
pronta, é inciado a montagem dos moldes. Primeiramente os seis moldes devem ser untados com
óleo para facilitar a retirada dos mesmos posteriormente. Em seguida, cada molde é preenchido
em quatro camadas, cada uma recebendo 30 golpes uniformes e distribuídos homogeneamente
sobre a superfície.
Ao final das quatro camadas a superfície é uniformizada com a ajuda da espátula. Os moldes
são levados para uma câmara úmida, local onde permanecerão por 24 horas. Depois disso eles são
desenformados e submersos em água saturada de cal por mais 6 dias.

Figura 4: Moldes preenchidos.

No sétimo e vigésimo oitavo dia três desses moldes são retirados da água e capeados, para
que a força aplicada seja distribuída uniformemente por toda a superfície. Em seguida, eles são
levados à máquina de ensaio de compressão e cada um é carregado até o seu rompimento.
Figura 5: Teste de rompimento.

V. ANÁLISE DOS RESULTADOS

No primeiro rompimento de 7 dias, foram obtidos os seguintes resultados:


Ao final de 28 dias, os resultados foram:

Para obtenção de valores significativos, é preciso calcular a média dos valores encontrados
para a tensão, e nenhum dos valores encontrados pode diferir mais de 6% da média. Se algum deles
diferir, deve desprezá-lo e todo o cálculo. Esse processo pode ser repetido até restarem 3 corpos-de-
prova. Se for necessário reduzir para menos que 3, o ensaio foi inconclusivo e deve ser repetido.
Resultado 7 dias
Corpo de Tensão Máxima Dif CP x
Dif %
prova (MPa) Média
CP 1 28,1 0,3 1%
CP 2 27,2 -0,6 -2%
CP 3 28,1 0,3 1%
Média geral 27,8

Resultado 28 dias
Corpo de Tensão Máxima Dif CP x
Dif %
prova (MPa) Média
CP 1 31,9 -1,7 -5%
CP 2 37,8 4,2 13%
CP 3 31,0 -2,6 -8%
Média geral 33,6

A norma estabelece que, para o CP II F 32 (tipo de cimento utilizado neste ensaio) a resistência
à compressão aos 7 dias de idade deve ser maior ou igual a 20 MPa e aos 28 dias deve ser maior ou
igual a 32MPa. Logo, o lote foi aceito nesse quesito.
Podemos perceber que os blocos mais densos são os que são capazes de suportar uma maior
carga.

VI. CONCLUSÃO

Moldados os seis corpos-de-prova segundo a norma, encontrou-se a carga de ruptura à


compressão de cada um desses moldes. Foi calculado a tensão de ruptura de cada um e, observou
que os os corpos-de-prova de 7 dias atenderam a norma (20 Mpa), porém os de 28 dias não
atenderam (32 Mpa). Depois disso, foi calculado a média dos valores para certificar de que cada
valor não diferisse mais que 6% da média. Por fim, conseguimos que os três valores ficassem de
acordo com o exigido, e a média encontrada para os corposde-prova de 7 dias foi de 27,8 MPa,
que está acima dos 20MPa estabelecidos pela norma e, a média para os corpos-de-prova de 28
dias foi de 33,6 MPa que também está acima dos 32Mpa da norma, porém com as diferenças entre
os corpos de prova comparados à média dos 3 foi superior a 6%. Logo, caso seria necessário repetir
o ensaio.

VII. REFERÊNCIAS

1. ALVES, JOSÉ D. Materiais de construção. Goiânia: Editora UFG;

2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7215:2019 Cimento Portland –


Determinação da resistência à compressão de corpos de prova cilíndricos.

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