SEP Cap2 Valores Pu D Caselato PDF
SEP Cap2 Valores Pu D Caselato PDF
SEP Cap2 Valores Pu D Caselato PDF
35
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
SOBRE O AUTOR
Djalma Caselato é engenheiro eletricista, com ênfase em eletrotécnica, formado pela Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo, com Mestrado e Doutorado em Engenharia na área de Sistema de Potência pela
Escola Politécnica da USP.
Desde sua formatura, em 1968, tem trabalhado na área de elaboração de projetos de usinas hidrelétricas e de
subestações, com atuação específica na área de equipamentos elétricos de grande porte (gerador, barramento
de fases isoladas, transformadores, disjuntores, seccionadoras, sistemas de excitação e reguladores de
tensão). Atividade profissional internacional, nas áreas indicadas, com trabalhos desenvolvidos na Suíça,
França, Alemanha, Tchecoslováquia, África do Sul, República Democrática do Congo, Angola e Moçambique.
Foi pesquisador junto ao Departamento de Energia e Automação Elétricas da Escola Politécnica da USP.
Como atividade didática exerceu a função de Professor Adjunto do Departamento Elétrico da Universidade de
Mogi das Cruzes, de março de 1984 a janeiro de 1994, e desde maio de 1994 é responsável pelas disciplinas
Sistemas de Potência I e II, Laboratório de Sistemas de Potência I e II, Subestações Elétricas e Usinas
Hidrelétricas na Escola de Engenharia Mauá para o curso de engenharia eletrotécnica.
O autor possui artigos publicados no Brasil e no exterior sobre projeto elétrico de subestação, sobre
modernização e reabilitação de usinas hidrelétricas, sobre eficiência e limites operacionais de turbinas com
velocidade ajustável em sistema de conexão unitária, sobre novo modelo de gestão de qualidade para o setor
2
energético, sobre método para cálculo do GD de hidrogeradores e sobre aspectos técnicos no pré-
dimensionamento de grandes hidrogeradores.
36
Valores Percentuais e Por-unidade
2
VALORES PERCENTUAIS E POR-
POR-UNIDADE
Extrato da Teoria
2.1 Definições
Valores por-unidade (p.u.) correspondem a valores relativos das grandezas elétricas; basicamente
correspondem a uma mudança de escala das grandezas elétricas. O valor por-unidade corresponde à grandeza
definida estipulada como unidade, para servir de termo de comparação entre grandezas da mesma natureza.
Os valores das grandezas elétricas escolhidos como unitários são ditos valores de base das respectivas
grandezas elétricas.
Para um circuito trifásico, as relações que comandam as quatro principais grandezas elétricas (S – potência
complexa; V – tensão; I – corrente elétrica e Z – impedância) são:
S = 3 VLinha . I * (2.1)
Dessas quatro grandezas – S, V, I e Z – escolhe-se duas como base e determina-se a base das outras
duas através das expressões (2.1) e (2.2), utilizando-se apenas o módulo dessas expressões, pois os valores
de base são grandezas escalares. Normalmente se define a potência aparente S e o módulo da tensão de
1
linha V como valores de base. Esses valores são escolhidos arbitrariamente; porém, uma vez definidos não
mudam mais. Como esses valores são sempre valores escalares, os valores dos fasores em p.u. (por-unidade)
possuem sempre o mesmo argumento dos valores originais do sistema internacional.
S
s = (2.3)
S base
V
v = (2.4)
Vbase
I S base
i = sendo I base = (sistema trifásico) (2.5)
I base 3 V base
1
Valor da tensão entre duas fases quaisquer.
37
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
2
Z Vbase
z = sendo Z base = (2.6)
Z base Sbase
“Qualquer conjunto de equações pode ser expresso em por-unidade (p.u.) se os termos individuais forem
divididos por quantidade base dimensionalmente equivalente, contanto que as quantidades base sejam
escolhidas de forma a seguir as mesmas leis de eletricidade que as equações originais.” (Barthold, L. O.;
Reppen, N. D.; Hedman, D. E.; p. 49).
Os valores das reatâncias, em percentuais, são sempre referidos aos valores nominais do transformador.
Sn S (2.7)
z = Z prim 2
= Z sec 2n ( p.u.)
V prim Vsec
Sendo:
Sn Potência aparente nominal do transformador. Esta potência é a potência máxima para a qual o
transformador está projetado para trabalhar em regime contínuo sem exceder os valores de temperatura
previstos em norma.
Vsec Tensão nominal de linha do secundário do transformador na condição em vazio, quando o transformador
é alimentado com tensão primária nominal.
O modelo de representação do transformador é o da figura 2.1, a seguir, quando as grandezas estão em p.u.:
O modelo do transformador é simplificado para um sistema de potência, com a não consideração do circuito
magnetizante, pois a corrente desviada por esse circuito é demasiadamente pequena em face da energia em
jogo no sistema de potência. O diagrama fica, então, conforme a figura 2.2:
38
Valores Percentuais e Por-unidade
Como a relação de transformação é 1:1, é usual apresentar, ainda, a seguinte simplificação – figura 2.3:
Vprim Tensão nominal do enrolamento primário do transformador, para a qual o transformador foi projetado.
X12 Tensão de curto-circuito quando o transformador é alimentado pelo primário, com o secundário em curto-
circuito e o terciário em aberto (ou reatância com o secundário em curto-circuito e o terciário em aberto).
X13 Tensão de curto-circuito quando o transformador é alimentado pelo primário, com o terciário em curto-
circuito e o secundário em aberto (ou reatância com o terciário em curto-circuito e o secundário em
aberto).
X23 Tensão de curto-circuito quando o transformador é alimentado pelo secundário, com o terciário em curto-
circuito e o primário em aberto (ou reatância com o terciário em curto-circuito e o primário em aberto).
Um modelo, em p.u., que pode representar muito bem o transformador com três enrolamentos é o da figura 2.5:
39
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
x12 = xp + xs
x13 = xp + xt (2.8)
x23 = xs + xt
1
xp = (x12 + x13 − x 23 ) (2.9)
2
1
xs = (x12 + x 23 − x13 ) (2.10)
2
1
xt = (x13 + x 23 − x12 ) (2.11)
2
Sejam três transformadores monofásicos com as mesmas características, e com potência individual S1f, ligados
em estrela com o neutro aterrado no primário e no secundário, conforme mostrado na figura 2.6.
Nesta condição, a potência e a tensão do banco de transformadores monofásicos formando um trifásico ficam:
VL = √3 . Vf (2.13)
2
V1f
V
x1f = 1fb
(2.14)
S1f
S1fb
40
Valores Percentuais e Por-unidade
2 2
VL 3 Vf V1f
V 3 Vf V
=
Lb 1fb = x
x 3f = = 1f (2.15)
S 3f 3 × S1f S1f
S3fb 3 × S1fb S1fb
Sendo Z = R + j X
Os valores de Z e de Y são obtidos a partir dos cálculos que levam em consideração o perfil da torre que
sustenta os cabos e das características desses cabos. Esses valores são multiplicados pelo comprimento da
linha.
41
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
sendo:
Z e = Z c • senh(γ • L) =
Z
Y
(
• senh Z • Y • L ) (2.16)
Ye 1 L Y L (2.17)
= • tanh(γ • ) = • tanh Z × Y •
2 Zc 2 Z 2
Comprimento da linha: L
Z
Impedância característica da linha: Z c = (2.19)
Y
Trata-se de mudar os valores em p.u. de uma base velha para valores em p.u. de uma base nova:
2
V base S base nova
z ( pu ) = z ( pu ) base velha × ×
velha
Impedância: 2
(2.20)
Sbase velha V base nova
Para um sistema de potência, a base de potência tem que ser a mesma para toda rede. A tensão escolhida
num ponto deverá refletir-se em todo o sistema, de acordo com a relação de transformação dos
transformadores existentes na rede. Pode acontecer, quando o sistema é malhado, que a tensão base de um
lado do transformador não corresponda a tensão do outro pela relação de transformação do respectivo
transformador:
42
Valores Percentuais e Por-unidade
Para uma situação de choque de bases, a condição encontrada no desenvolvimento de uma solução é:
Vb1 Vn1
≠ (2.21)
V b 2 Vn 2
V1 V2 V •V 1
v1 = e v2 = = 1 n2 • (2.22)
Vb1 Vb 2 Vn1 Vb 2
• Na maioria dos casos, os transformadores são modelados na relação de 1:1, o que facilita sobremaneira o
cálculo da passagem dos valores de corrente e de tensão do primário para o secundário ou vice-versa.
• Há uma maior sensibilidade por parte do engenheiro ao avaliar a queda de tensão num trecho da rede.
• Os valores de tensão calculados em p.u. são da mesma ordem de grandeza nos vários pontos do sistema
de potência.
Exercícios resolvidos
2.1 Para o circuito monofásico da figura 2.14, com a carga operando na condição nominal, calcular o valor da
tensão nos terminais do gerador.
43
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
Solução:
2
V base 200 2
Z base = = = 26,67 ohm
S base 1500
0,4 + j 1,2
zlinha = = 0,015 + j 0,045 p.u.
26,67
e = (0,015 + 0,045) i + 1 / 0º
s 1
i= = ∠ − 36,9º = 1 ∠ − 36,9º p.u.
v 1
Resulta, então:
2.2 Para o circuito trifásico da figura 2.15, determinar a corrente e a potência complexa na barra A’ para as
condições de carga nominal.
Solução:
44
Valores Percentuais e Por-unidade
35 e 80
s= = 0,5 p.u. v= = 0,8696 p.u.
70 92
*
s
i = = 0,5750 ∠ − arc cos(0,8) = 0,5750 ∠ − 36,87 0 p.u.
v
Transformador de 70 MVA como as bases adotadas coincidem com os valores nominais do transformador,
resulta que o valor em p.u. da impedância do transformador não se altera. Portanto:
Linha A – B:
2
Vbase 230 2
Z base = = = 755,7143 Ω
S base 70
27,8 + j 110
z= = 0,0368 + j 0,1456 p.u.
755,7143
Transformador de 45 MVA
2202 70
z = (0,027 + j 0,09) • • = 0,0384 + j 0,1281 p.u.
45 2302
Linha C – D:
2
Vbase 92 2
Z base = = = 120,9143 Ω
S base 70
4,1 + j 18,7
z= = 0,0339 + j 0,1547 p.u.
120,9143
Na barra A’:
v = (0,03 + j 0,10 + 0,0368 + j 0,1456 + 0,0384 + j 0,1281 + 0,0339 + j 0,1547) x (0,5750 / - 36,87°) +
0,8696 / 0°
v = 1,1159 + j 0,1951 p.u. multiplicando por 13,8 kV, resulta: V = 15,3994 + j 2,6924 kV
45
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
A potência complexa é:
Dados:
Solução:
Adotam-se valores de base escolhidos arbitrariamente: Sbase = 15 MVA (para a rede toda), Vbase = 4,16 kV (no
gerador 1).
Primeiro, indicam-se os valores de base da tensão para cada trecho do diagrama unifilar, conforme mostrado
na figura 2.18. A partir do gerador G1, com 4,16 kV, caminha-se pela rede e, cada vez que se passa por um
transformador, o valor de base da tensão muda, de acordo com a relação de tensão do respectivo
transformador.
Gerador G1
x = 0,20 ×
(4,16)2 × 15
= 0,4286 p.u.
7 (4,16)2
Gerador G2
46
Valores Percentuais e Por-unidade
x = 0,21×
(6,9)2 × 15
= 0,2282 p.u.
12 (7,4)2
Gerador G3
x = 0,19 ×
(6,9)2 × 15
= 0,2608 p.u.
9,5 (7,4)2
A figura 2.18 mostra os valores de base de tensão em cada trecho da rede:
Transformador T1
x = (0,020 + j 0,10) ×
(4,16)2 × 15
= (0,0375 + j 0,1875) p.u.
8 (4,16)2
Transformador T2
x = (0,025 + j 0,10) ×
(6,9)2 × 15
= (0,0217 + j 0,0869) p.u.
15 (7,4)2
Transformador T3
x = (0,019 + j 0,09) ×
(6,9)2 × 15
= (0,0248 + j 0,1174) p.u.
10 (7,4)2
Trecho B4 – B5
15
x = (28 + j 120) × = (0,3068 + j 1,3148) p.u.
(37)2
Trecho B5 – B6
15
x = (32 + j 130) × = (0,3506 + j 1,4244) p.u.
(37)2
Trecho B7 – B8
15
x = (25 + j 110) × = (0,2739 + j 1,2053) p.u.
(37)2
Trecho B8 – B5
15
x = (28 + j 118) × = (0,3068 + j 1,2929) p.u.
(37)2
Após o cálculo das impedâncias na nova base, constrói-se o diagrama de impedâncias, em p.u., como na figura
2.19:
47
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
2.4 Dada a rede a seguir – figura 2.20, pede-se: a) O diagrama de impedâncias; b) A corrente de circulação e a
potência fornecida pelo gerador quando a carga estiver operando nas condições nominais; c) As correntes
e as tensões, e a potência fornecida pelo gerador quando a carga estiver com 0,5 MVA, fp = 0,85 e V = 34,5
kV.
Solução:
Os demais valores das tensões de base ficam como mostra a figura 2.21.
No transformador instalado entre as barras 004 e 002 existe um conflito de base. Dessa forma, esse
transformador deve ser substituído por sua impedância de curto-circuito referida aos valores de base, em série
com um (auto)transformador ideal, tendo como relação de transformação:
v n2
1:α = 1: (2.25)
v n1
34,5 13,8
v n2 = = 0,9583 e v n1 = = 1,0455
36 13,2
48
Valores Percentuais e Por-unidade
0,9583
Logo: α= = 0,9166
1,0455
z=
(3 + j 8) × 2 = 0,1377 + j 0,3673
(6,6)2
Transformador T1
x = 0,08 ×
(6,6)2 × 2
= 0,1067
1,5 (6,6)2
49
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
Transformador T2
z13 = j 0,07 ×
(6,6)2 ×
2
= j 0,0824
1,7 (6,6)2
z 34 =
(1 + j 4) × 2 = 0,0115 + j 0,0459
(13,2)2
Transformador T3
zT = j 0,08 ×
(13,8)2 × 2
= j 0,0972
1,8 (13,2)2
O diagrama de impedâncias fica como mostrado na figura 2.23:
b) Cálculo da corrente de circulação, quando a carga estiver operando nas condições nominais
1
in = 2 = 0,5455 ∠ − 31,79º
33
36
v1 – vb = i2 (0,1377 + j 0,4740)
i1
+ i2 = in = 0,5455 ∠ − 31,79º
α
Para solucionar o exercício através de um programa computacional que opere com matrizes, escrevem-se as
equações acima em forma matricial:
Donde resulta:
50
Valores Percentuais e Por-unidade
i1 0,1285 – j 0,0646
v1 1,0641 + j 0,1235
Pela topologia da rede, a corrente que sai do gerador é igual à corrente da carga. Portanto,
c) Cálculo das correntes, das tensões e da potência fornecida pelo gerador, quando a carga
estiver com 0,5 MVA, fp = 0,85 e V = 34,5 kV.
0,5
in = 2 = 0,2609 ∠ − 31,79º
34,5
36
v1 – vb = i2 (0,1377 + j 0,4740)
i1
+ i2 = in = 0,2609 ∠ − 31,79º
α
Para solucionar o exercício através de um programa computacional que opere com matrizes, escrevem-se as
equações acima em forma matricial:
- vb 0 0.1377+j 0,4740 -1 i1
- vb / α = 0,0115 + j 0,9671 0 -1 i2
in 1/α 0 v1
Donde resultam:
I1 0,0586 - j 0,0019
v1 1,0026 + j 0,0563
Pela topologia da rede, a corrente que sai do gerador é igual a corrente da carga. Portanto,
2.5 Construir o diagrama de impedâncias, em p.u., da rede da figura 2.24, dados os valores constantes da
tabela a seguir:
Equipamento Potência nominal Tensão nominal Impedância equivalente
Gerador G1 = G2 = G3 60 MVA 13,8 kV j 0,20 p.u.
Transformador T1 = T2 = T3 60 MVA 13,8 – 230 kV j 0,11 p.u.
51
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
Solução:
Escolhem-se como valores de base: S = 60 MVA e a tensão do gerador G1. A rede com as indicações das
tensões de base fica como mostrada na figura 2.25.
52
Valores Percentuais e Por-unidade
60
x13 = 0,10 × = 0,12 p.u.
50
60
x12 = 0,10 × = 0,12 p.u.
150
De acordo com as expressões (2.9), (2.10) e (2.11), resultam: x p = 1 (0,1320 + 0,12 − 0,12) = 0,0660 p.u.
2
1
xs = (0,1320 + 0,12 − 0,12) = 0,0660 p.u.
2
1
xt = (0,12 + 0,12 − 0,1320) = 0,0540 p.u.
2
A partir das expressões (2.16) e (2.17) calculam-se os parâmetros para essa linha considerada longa. Portanto:
60
z e = (16,737 + j 208,44) × = 0,0190 + j 0,2364 p.u.
230 2
53
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
Ye = j 0,00000113 p.u.
Analogamente, têm-se:
-4
Ze = 6,332 + 79,577 j Ω e Ye = 4,011 x 10 j S
Resultam:
-4
Ze = 7,985 + j 98,300 Ω e Ye = j 4,335 x 10 S
138 2
Sendo Z b = = 317,4 Ω resulta
60
Resultam:
-5
Ze = 1,4979 + j 16 Ω e Ye = j 5 x 10 S
69 2
Sendo Z b = = 79,35 Ω resulta
60
54
Valores Percentuais e Por-unidade
Exercícios Propostos
2.6 Para um sistema monofásico, são adotados como valores de base Sb = 250 kVA e Vb = 460 V. Determinar
a corrente e a impedância de base para esse sistema.
2.7 Para um sistema trifásico, são adotados como valores de base Sb = 100 MVA e Vb = 138 kV. Determinar a
corrente, a impedância e a admitância de base.
2.8 Um transformador possui a reatância igual a 9% na base Sb = 50 MVA e Vb = 230 kV (lado de alta tensão).
Determinar o valor dessa reatância em p.u. na nova base Sb = 250 MVA e Vb = 245 kV (lado de alta
tensão).
2.9 Uma determinada carga trifásica ligada em estrela, do tipo Z = R + jX, consome a potência complexa de S =
150 + j 90 MVA na tensão 13,2 kV. Determinar a impedância equivalente em p.u. na base Sb = 100 MVA e
Vb = 13,8 V.
2.10 Uma determinada carga trifásica ligada em triângulo, do tipo Z = R + jX, consome a potência complexa
de S = 75 + j 45 MVA na tensão de 14,4 kV. Determinar a impedância equivalente em p.u. na base Sb = 100
MVA e Vb = 13,8 V.
2.11 Um motor de indução possui as seguintes características com base nos valores nominais do motor (em
kVA e em kV):
Determinar
b) A potência elétrica consumida pelo motor, em p.u e em kW, e o fator de potência, dados a
tensão nos terminais do motor igual a 6,4 kV e o escorregamento s = 3,49%.
2.12 Um transformador trifásico com três enrolamentos é submetido aos ensaios de curto-circuito para
determinação das reatâncias xp, xs e xt na base 1500 kVA. As características nominais do transformador são:
55
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
2.13 Um transformador trifásico com três enrolamentos é submetido a ensaios para determinar as reatâncias
xp, xs e xt na base 30 MVA (desprezar a resistência). O primário e o secundário são ligados em triângulo e
o terciário em estrela com neutro acessível. As características principais são: Potência do enrolamento
primário e secundário 30 MVA, e a tensão de cada enrolamento 13,8 kV; o terciário possui potência igual a
60 MVA e tensão 138 kV. Os ensaios realizados foram:
• Com o secundário em curto-circuito e o terciário em aberto, a tensão aplicada no primário foi de 1593,3
V e a corrente lida de 1255 A;
• Com o terciário em curto-circuito e o secundário em aberto, a tensão aplicada no primário foi de 1552,7
V e a corrente lida de 1255 A;
• Com o terciário em curto-circuito e o primário em aberto, a tensão no secundário foi de 1752,7 V e a
corrente lida de 1255 A.
2.14 Dada a rede da figura 2.28, desenhar o diagrama de impedâncias utilizando como base o gerador G1.
56
Valores Percentuais e Por-unidade
2.15 Dada a rede da figura 2.29, desenhar o diagrama de impedâncias utilizando como base o gerador G1.
2.16 Dada a rede da figura 2.30, desenhar o diagrama de impedâncias utilizando como base o gerador G1.
57
Exercícios Introdutórios a Sistemas Elétricos de Potência
2.17 Dada a rede da figura 2.28 e os dados da tabela abaixo, desenhar o diagrama de impedâncias
utilizando como base o gerador G1.
2.18 Um transformador trifásico de 7500 kVA (potência do primário) com quatro enrolamentos possui as
58
Valores Percentuais e Por-unidade
seguintes reatâncias na base 7500 kVA: x12 = 11%; x13 = 11,5%; x14 = 10%; x23 = 12%; x24 = 11% e x34 =
11,5%. Determinar as reatâncias xp; xs; xt e xq, segundo o modelo da figura 2.31.
Bibliografia
Barthold, L. O.; Reppen, N. D.; Hedman, D. E. Análise de Circuitos de Sistemas de Potência – Curso de
Engenharia em Sistemas Elétricos de Potência. Série P.T.I. 2. ed. Santa Maria – RS: UFSM, 1983. 10v.
Oliveira, C. C. B.; Schmidt. H. P.; Kagan, N.; Robba, J. E. Introdução a Sistemas Elétricos de Potência –
Componentes Simétricas. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1996. 467p.
Stevenson Jr., W. W. Elementos de Análise de Sistemas de Potência. 2. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1986.
458p.
59