Apostila Qgis 3.4 Dgta
Apostila Qgis 3.4 Dgta
Apostila Qgis 3.4 Dgta
APOSTILA DE CURSO
(v3.4 Madeira)
2ª Edição
Belo Horizonte
2019
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Romeu Zema Neto
Governador
ELABORAÇÃO
Caroline Priscila Fan Rocha
Eder Pereira Oliveira
Fabrício Lisboa Vieira Machado
Felipe Fernandes Ladislau
Nathan Vieira Medrado
Ricardo Campelo França
Sabrina Maria de Lima Accioly
COLABORAÇÃO
Patrícia Goursand Macedo de Freitas
Assessoria de Comunicação - Projeto gráfico
v3.4 Madeira.
CDU: 528
Ficha catalográfica elaborada por Márcia Beatriz Silva de Azevedo CRB 1934/6.
SUMÁRIO
I – PREFÁCIO ................................................................................................................................. 8
LISTA DE SIGLAS
Software leve, com interface convidativa e, sobretudo, com inúmeros recursos para
manipulação da informação geográfica, o QGIS tem conquistado usuários dos mais diversos
nichos, como governo, academia e setores privados. Atualmente, possui uma das maiores
comunidades de colaboradores na internet, responsáveis diretos pela evolução gradual da
qualidade do software e pela difusão da cultura do uso de softwares livres.
Neste sentido, a presente apostila tem como objetivo introduzir o usuário às principais
ferramentas disponíveis no software, partindo das práticas mais elementares em
geoprocessamento até o desenvolvimento de análises espaciais, composição de mapas
temáticos, construção de índices espectrais sobre imagens de satélites e muito mais, sem perder
de vista o tom didático e convidativo dos textos e ilustrações.
8
II – INSTALANDO O QGIS
1 - DISPONIBILIDADE DE VERSÕES
O QGIS trabalha com duas rotinas distintas de atualização, focadas em usuários corporativos,
que buscam maior estabilidade do programa (“Long term release”), bem como naqueles de
perfil entusiasta, que buscam novos recursos e funcionalidades (“Latest release”), conforme
figura 1.
Procedimento
1. Para obter a versão mais estável, acesse o repositório oficial do QGIS, através do
endereço https://www.qgis.org/pt_BR/site/forusers/download.html.
2. Selecione para download a opção “Long term release” (LTR). Note que, para Windows,
há dois instaladores autônomos (“Standalone”) disponíveis, de 32 e 64 bits. Dessa
forma, é importante atentar-se ao sistema operacional do seu computador.
2 - INSTALAÇÃO AUTÔNOMA
Procedimento
9
Figura 1. Repositório oficial para download das versões do QGIS.
10
III – TRABALHANDO COM DADOS VETORIAIS
O QGIS possui elevada capacidade de customização, seja no que diz respeito aos aspectos
funcionais do software ou relacionados à sua interface, que é muito intuitiva.
Antes do início de qualquer projeto no QGIS é importante que o ambiente seja previamente
configurado com alguns parâmetros básicos.
Funcionalidade
Procedimento
11
Figura 2. Configurações globais do QGIS.
12
4 - INSERÇÃO DE CAMADAS VETORIAIS
Funcionalidade
Procedimento
Dica: Se o arquivo shapefile estiver sendo mostrado de maneira fragmentada (com todas as suas
extensões), altere a visualização de “Todos os arquivos” para “Shapefiles (*.shp *.SHP)”. Assim
será mais fácil a visualização dos arquivos (figura 4).
13
Figura 3. Gerenciador de camadas vetoriais.
14
Figura 4. Seleção de arquivo vetorial do tipo shapefile.
15
5 - MANIPULAÇÃO DA TABELA DE ATRIBUTOS
Ao abrir a tabela, ela exibirá uma linha de registro para cada feição do shapefile. A partir daí é
possível fazer uma série de seleções, consultas e edições através do ferramental da tabela de
atributos. Cada linha selecionada na tabela de atributos, destaca uma feição na área de projeto
e vice-versa.
Funcionalidade
Procedimentos
1. Clique com o botão direito na camada vetorial e selecione “Abrir tabela de atributos”
ou clique no ícone de mesmo nome na interface de ferramentas do QGIS (figura 5);
2. Clique no ícone de “lápis” para colocar a tabela em forma de edição, assim é possível,
por exemplo, reescrever uma célula, acrescentar ou deletar linhas e campos/colunas;
3. Clique no último ícone para acessar a “calculadora de campo”. Através dela é possível
fazer uma série de operações com os parâmetros da tabela de atributos. Em tópicos
seguintes você conhecerá mais sobre a calculadora de campo.
16
6 - APLICAÇÃO DE FILTROS
Todo arquivo pode ser filtrado1 através de parâmetros registrados em um determinado campo.
Para isso, o QGIS conta com uma ferramenta de consulta, onde é possível realizar desde
operações simples até a montagem de expressões mais complexas para obtenção da
visualização de tais consultas.
Funcionalidade
Procedimentos
Neste exemplo, foi utilizada a base de dados das Unidades de Planejamento e Gestão de
Recursos Hídricos de Minas Gerais, filtrando somente aquelas cujas bacias são afluentes do rio
São Francisco (ex.: “BAC_FEDE” = ‘Rio São Francisco’). Os resultados podem ser vistos em
exemplo a seguir (figura 6).
1
O processo de filtragem se dá a partir de consulta SQL. Você conhecerá mais sobre os aspectos dessa
linguagem no tópico 18.
17
Figura 6. Processo de filtragem de um arquivo vetorial.
18
7 - CONSULTAS ESPACIAIS
Funcionalidade
Procedimentos
19
Figura 7. Exemplo de consulta espacial através de feições que estão contidas em outra.
20
8 - EXPORTAÇÃO DA TABELA DE ATRIBUTOS
Toda tabela de atributos pode ser exportada para utilização em softwares de manipulação de
planilhas eletrônicas como o Libre Office e o Excel, por exemplo. Isso pode ser muito útil para a
geração de gráficos, tabelas dinâmicas, produção de relatórios, dentre outros.
Funcionalidade
Procedimentos
1. Clique com o botão direito na camada vetorial e selecione “Exportar” >> “Salvar feições
como”;
2. Na opção formato, selecione o seguinte arquivo de saída “Planilha de cálculo MS Office
Open XML [XLSX]”. Note que existem outros formatos que podem ser utilizados para
exportar seus dados;
3. Em “Nome do arquivo”, clique no ícone e escolha a nomenclatura e o local para
salvar a nova planilha (figura 8);
4. Em codificação mantenha “UTF-8”. Caso o arquivo saia com os caracteres especiais
desconfigurados, repita o processo utilizando a codificação “System”.
21
Figura 8. Procedimento para exportação da tabela de atributos de um shapefile no formato planilha eletrônica.
22
9 - IMPORTAÇÃO DE TABELAS DE DADOS EXTERNAS (JOIN)
Esse processo só é realizado se existir ao menos uma “coluna chave” nas tabelas, ou seja, é
preciso que a tabela a ser importada contenha uma coluna idêntica a outra já existente na tabela
de atributos do shapefile. Essa será a fonte de ligação entre os dados.
Funcionalidade
Procedimentos
1. Importe a tabela externa para o QGIS. Para esse processo, é importante que as tabelas
estejam nos formatos .xls, .xlsx ou .csv;
2. Clique com o botão direito na camada na qual pretende-se agregar os dados e abra as
“propriedades”;
3. Clique na aba “Uniões” e posteriormente clique no sinal de positivo “+”;
4. Na opção “Unir camadas”, selecione a tabela externa;
5. Nas opções “Unir campos” e “Campo alvo”, selecione as colunas chaves das tabelas
externas e a de atributos do shapefile;
6. Escolha os campos que serão unidos;
7. Habilite a opção “Prefixo do nome do campo personalizado” e exclua o termo sugerido,
caso contrário a nomenclatura original das colunas da sua tabela de atributos não será
mantida (figura 9).
8. Clique em “OK”.
Obs.: Nesse momento a união terá sido feita e os novos atributos podem ser consultados. No
entanto, essa união ainda está guardada em arquivo temporário. Caso precise que o resultado
seja permanente, dê um “Salvar como” no arquivo e salve-o em formato “shapefile”.
23
Figura 9. Processo de join entre tabelas no QGIS.
24
10 - PLOTAGEM DE PONTOS COM COORDENADAS TABULARES
O QGIS oferece ferramenta para transformar uma tabela ou arquivo de texto que contenha
pares de coordenadas em uma malha de pontos espacializados.
Funcionalidade
Procedimentos
Obs.: É possível espacializar uma camada de pontos com as coordenadas em graus decimais,
graus, minutos e segundos ou projeção métrica, como UTM por exemplo. A formatação correta
para os três casos é:
Ainda é possível utilizar arquivos .txt para realizar o procedimento, optando pela delimitação
personalizada dos campos. Em todos os casos, o arquivo gerado ainda não é um shapefile do
tipo ponto, sendo necessário exportá-lo para tanto.
25
Figura 10. Exemplo de espacialização de coordenadas tabulares em geometrias do tipo ponto.
26
11 - REPROJEÇÃO DE CAMADAS VETORIAIS
Todo shapefile que contenha arquivo de extensão .prj possui uma referência espacial, ou seja,
essa é a extensão que garante a exatidão da geometria em relação à superfície terrestre e sua
qualidade posicional. Por vezes, o shapefile pode estar em sistema de coordenadas que não
atende ao projeto que estiver trabalhando e aos interesses do usuário, sendo necessário realizar
sua reprojeção.
Funcionalidade
Procedimentos
1. Clique com o botão direito na camada vetorial a ser reprojetada e depois clique em
“Exportar” >> “Salvar Feições Como”;
2. Em “SRC” clique no ícone “Selecione SRC” (representado por um globo no canto direito),
selecione o Sistema de Coordenadas desejado e clique em “OK” (conforme figura 11);
3. Defina o local onde o arquivo será salvo;
4. Clique em “OK” novamente.
Dica: Também é possível trocar a projeção de um arquivo no menu “Vetor” >> “Gerenciar
dados”, através da função “Reprojetar camada”.
27
Figura 11. Procedimentos para reprojeção de camada vetorial.
28
12 - CONVERSÃO DE FORMATOS NATIVOS DO AMBIENTE CAD
Embora os arquivos produzidos em ambiente CAD não sejam os mais adequados para o trabalho
em ambientes SIG, a partir da versão QGIS 3.x é possível abrir os formatos .dxf e .dwg de maneira
nativa no software, bem como realizar sua conversão para shapefile sem necessidade de
instalação de plug-ins ou complementos adicionais.
Funcionalidade
Procedimento
1. Em “Vetorial”, clique no ícone para buscar os arquivos com extensão .dxf ou .dwg
no seu computador;
2. Observe que ao abri-lo, todo o conteúdo gráfico/vetorial do AutoCAD, incluindo os
rótulos de mapas e informações textuais, serão listados (figura 12). Selecione somente
as camadas que deseja inserir na tela de trabalho principal do QGIS e clique em
“Adicionar”;
3. Clique com o botão direito sobre a camada de interesse e depois em “Exportar” >>
“Salvar Feições Como...”;
4. Especifique o formato “Shapefile”, informe nome e local de saída para o novo arquivo,
o Sistema de Referência de Coordenada (SRC) e o “Tipo de geometria” (atentando-se
para a natureza do dado – ponto, linha ou polígono);
5. Clique em “OK”.
29
Figura 12. Entidades gráficas/vetoriais listadas ao abrir um arquivo nativo do AutoCAD.
30
13 - SIMBOLOGIA DE CAMADAS: CLASSIFICAÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA
É possível classificar os dados de um shapefile a partir de uma coluna na tabela de atributos com
base nas variáveis textuais ou numéricas disponíveis, com o intuito de agrupar elementos que
contenham informações idênticas e/ou separar os elementos dentro do shapefile.
Funcionalidade
Procedimentos
31
Figura 13. Exemplo de classificação qualitativa (categorizada) de dados geoespaciais.
32
13.2 - Classificação quantitativa
Funcionalidade
Procedimentos
33
Figura 14. Exemplo de classificação quantitativa (graduada) de dados geoespaciais.
34
14 - CRIAÇÃO E EDIÇÃO DE SHAPEFILE
Os arquivos em formato vetorial podem ser inseridos a partir de uma fonte externa, como visto
anteriormente, ou criados e editados dentro do próprio QGIS pelo usuário.
Funcionalidade
Procedimento
1. Selecione uma pasta para salvar o shapefile a ser criado, clicando no ícone . Escolha
também a nomenclatura do novo arquivo, que não deve conter espaços e/ou caracteres
especiais.
2. Clique no ícone “Shapefile”, na barra lateral esquerda, representado por símbolo
semelhante à letra “V” acompanhado de ícone amarelo;
3. Selecione a geometria em “Tipo de geometria” de acordo com o que será representado.
Atente-se para a escala do fenômeno a ser mapeado antes de selecionar “ponto”,
“linha” ou “polígono”;
4. Codifique o arquivo no modelo “UTF-8”;
5. Defina o sistema de coordenadas de acordo com o do projeto configurado
anteriormente;
6. Caso deseje criar novos campos (opcional), defina um nome que será o título da coluna
na tabela de atributos e especifique seu tipo (Dados de texto, Número Inteiro, Número
Decimal ou Data.) O nome da coluna não poderá conter espaços e/ou caracteres
especiais. Clique em “Adicionar campos à lista” (“Add to fields list”);
7. Uma vez configurado conforme figura 15, clique em “OK”. Neste momento, o shapefile
estará criado, porém, ainda não haverá uma feição geométrica associada a ele, logo, a
vetorização precisará ser realizada.
8. No menu superior, clique no ícone “Alternar edição”, representado por um lápis
amarelo;
9. Clique em “Adicionar feição” para iniciar o processo de atribuição de forma ao dado a
ser mapeado (vetorização);
10. Inicie clicando na tela para adicionar os nós (vértices) que comporão o seu shapefile.
Nesta etapa é importante manter a escala escolhida do início ao fim do desenho, de
modo que o dado gerado contenha um único nível de qualidade geométrica;
11. Ao concluir o desenho (figura 16), clique com o botão direito e enumere o “id” (campo
criado automaticamente);
12. Caso você queira movimentar a feição criada, selecione o item “Mover feição”;
13. Em caso de necessidade de ajuste da geometria, clique no ícone “Ferramenta de nós”
para editar cada vértice, selecionando com o botão direito o nó a ser editado;
14. Para finalizar, clique em “Salvar edições na camada” e, em seguida, “Alternar edição”.
Obs.: Para fazer qualquer alteração no shapefile, será sempre necessário clicar em “Alternar
edição”. Demais ferramentas para edição geométrica do shapefile estão disponíveis em “Exibir”
>> “Barra de Ferramentas” >> “Digitalização Avançada”.
35
Figura 15. Processo de criação de um arquivo shapefile pelo QGIS.
36
Figura 16. Processo de vetorização de camada poligonal.
37
15 - OPÇÕES DE ADERÊNCIA
Durante o processo de vetorização é importante habilitar uma ferramenta para que não
ocorram erros geométricos e topológicos entre feições (lacunas, sobreposições, etc.), de modo
a garantir a qualidade na relação entre os vértices e os segmentos de feições contíguas.
Funcionalidade
Procedimentos
38
Figura 17. Vértice em atração com a ferramenta de aderência habilitada.
39
16 - VERIFICAÇÃO GEOMÉTRICA E AJUSTE TOPOLÓGICO
Funcionalidade
Procedimentos
1. Por padrão, esse é um complemento que já vem instalado no QGIS, no entanto é preciso
habilitá-lo no menu “Complementos” >> “Gerenciar e Instalar Complementos”;
2. Habilite a ferramenta “Checar geometria”;
3. Clique no menu “Vetor”>> “Verificador Geometria...”;
4. Selecione a camada que deseja inspecionar e defina todo o conjunto de regras para a
verificação da validade de sua geometria (conforme exemplo na figura 18);
5. Em “Camada vetorial de saída”, escolha se deseja gerar um novo shapefile corrigido ou
se as alterações de correção deverão sobrescrever o arquivo de entrada.
40
Figura 18. Exemplo de parâmetros de verificação topológica do complemento “Verificar geometrias”.
41
16.2 - Complemento “Verificador de Topologia”
Obs.: Em ambos os casos, para a correção dos problemas identificados, pode-se também
habilitar a ferramenta “Fixar geometria”, disponível na “Caixa de ferramentas de
processamento”.
42
Figura 19. Exemplo de parâmetros de verificação topológica do complemento “Verificador de topologia”.
43
17 - CÁLCULO DE ÁREA, DISTÂNCIA E PERÍMETRO - CALCULADORA DE CAMPO
Funcionalidade
Procedimentos
1. Para que esse procedimento funcione corretamente, o shapefile em questão deve estar
preferencialmente em um Sistema de Coordenadas Projetadas (métrico), como por
exemplo o da projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), pois os cálculos melhor
serão realizados pelo software se houver uma relação métrica entre os vértices que
compõem a feição. Portanto, se for o caso, reprojete o shapefile antes de seguir as
próximas etapas;
2. Abra a tabela de atributos clicando com o botão direito em cima da camada e vá em
“Abrir tabela de atributos” ou clique no ícone de mesmo nome;
3. Coloque o arquivo em modo de edição, clicando em “Alternar modo de edição” na barra
superior (ícone representado por lápis amarelo);
4. Clique no ícone “Novo campo“, dê um nome à coluna a ser criada (por exemplo “area”),
escolha o tipo “número decimal” (real), ajuste o comprimento e a precisão das casas
decimais e clique em “OK”;
5. Clique no ícone “Abrir calculadora de campo”, habilite “Atualizar um campo existente”
e logo abaixo dessa opção, aponte o campo que foi criado (o campo poderia ser criado
através da calculadora de campo também);
6. Vá, na coluna “row_number”, em “geometria” e selecione o operador “$area” clicando
duas vezes. Selecione, na coluna da esquerda, o símbolo de divisão / e digite 10000
formando a expressão $area / 10000, para o cálculo de área em hectare, como é o
exemplo apresentado (figura 20). A divisão por dez mil foi feita para ajustar a unidade
padrão do QGIS (metro quadrado) para obter os resultados em hectares.
7. Outras medidas podem ser calculadas como $lenght para comprimento e $perimeter
para o cálculo de perímetros, por exemplo;
8. O campo criado será preenchido com os valores calculados. Não esqueça de salvar as
alterações no ícone representado por um disquete.
Dica: Sempre se atente para a unidade de medida que atenderá a sua demanda e, na calculadora
de campo, monte as expressões conforme necessidade.
44
Figura 20. Procedimento para cálculo da área de um polígono, em hectares, através da calculadora de campo do QGIS.
45
18 - EXPRESSÃO DE CONSULTA (SQL) PARA SELEÇÃO E FILTRAGEM DE FEIÇÕES
Funcionalidade
Realizar filtragem espacial a partir de atributos presentes em uma camada com base em
linguagem SQL.
Procedimentos
1. Neste exemplo, realizaremos a filtragem dos cursos d’água de uma bacia hidrográfica,
através de colunas do shapefile contendo a base ottocodificada de Minas Gerais;
2. Com a camada adicionada, acesse a tabela de atributos e clique em “selecionar por
expressão” na barra superior;
3. Na caixa de diálogo central selecione o operador “campos e valores” e informe o
atributo desejado;
4. Na caixa de diálogos de expressão, selecione a coluna com a informação a ser consultada
e utilize o operador lógico desejado (=, AND, OR, LIKE, >, <, etc.). Para o exercício
proposto, selecione o operador “LIKE”, que trará todos os valores semelhantes e/ou
correspondentes;
5. Insira o valor da coluna desejado, seguido de um “%”, para que a operação também
contemple todos os valores correspondentes;
6. Confira o padrão de redação da sua expressão e observe que nomes de colunas devem
estar entre aspas duplas e valores de células deverão estar entre aspas simples. Neste
exemplo foi utilizada a expressão “cocursodag” LIKE ‘768%’, para retornar somente os
cursos d’água da bacia do rio Piracicaba;
7. Clique em “Selecionar feições” e em seguida feche a tabela de atributos. O resultado
gerado pode ser exportado clicando com o botão da direita na camada >> “Exportar” >>
“Save selected features as...”.
46
Figura 21. Processo de filtragem por linguagem SQL para identificação de cursos d’água de uma mesma bacia.
47
Figura 22. Resultado de processo de filtragem SQL e exportação de camada.
48
19 – GERENCIAMENTO AVANÇADO DA TABELA DE ATRIBUTOS (EDITAR CAMPOS)
O QGIS 3.4 permite realizar a edição de campos da tabela de atributos alterando os títulos dos
campos e a natureza dos dados, agora como ferramenta nativa do software.
Funcionalidade
Procedimentos
Dica: É possível alterar a natureza do dado na coluna “Tipo” alternando para Data, número
inteiro, número decimal, texto, etc.
49
Figura 23. Processo de edição de campos de uma tabela de atributos.
50
20 - ESTATÍSTICA DESCRITIVA DE ATRIBUTOS
Ao trabalhar com variáveis numéricas é interessante poder construir insumos estatísticos acerca
do comportamento do conjunto de atributos de uma base de dados. O QGIS permite a
construção de um sumário estatístico básico, que retorna medidas descritivas a média, mediana,
valores máximos, mínimos, desvio padrão, valores únicos, etc.
Funcionalidade
Procedimentos
51
Figura 24. Exemplo de estatística descritiva de uma camada.
52
21 - RECORTE DE DADOS VETORIAIS (CLIP)
Os dados vetoriais podem ser manipulados de diferentes formas. O processo de recorte (clip),
por exemplo, permite que a partir de uma outra geometria de base (molde), seja possível criar
uma camada com os dados recortados apenas para uma determinada área de interesse.
Funcionalidade
Procedimentos
53
Figura 25. Procedimento para recorte espacial de camadas vetoriais.
54
22 - UNIÃO DE DADOS VETORIAIS (MERGE)
É a ferramenta pela qual é possível juntar diversos arquivos shapefile em um único arquivo
vetorial, independentemente da relação geométrica e posicional entre eles.
Funcionalidade
Procedimentos
55
Figura 26. Procedimento de mescla entre camadas vetoriais.
56
23 - DISSOLUÇÃO DE DADOS VETORIAIS (DISSOLVE)
Funcionalidade
Dissolver mais de uma feição em um único polígono, utilizando como base algum dado que as
feições envolvidas tenham em comum na tabela de atributos ou não.
Procedimento
57
Figura 27. Processo de dissolução de camada vetorial.
58
24 - CÁLCULO DE ÁREAS DE AMORTECIMENTO (BUFFER)
Consiste em gerar um polígono com uma distância pré-definida a partir das extremidades de
uma feição vetorial já existente, sendo muito útil, por exemplo, para o cálculo de áreas de
preservação permanente de cursos d’água.
Funcionalidade
Calcular o raio de abrangência de uma área de amortecimento e gerar um arquivo shapefile com
sua delimitação (ex.: calcular e delimitar Áreas de Proteção Permanente).
Procedimentos
Dica: Caso utilize Sistema de Coordenadas Geográficas, 1° (um grau) equivale a 111120 metros.
59
Figura 28. Procedimento para geração de áreas de amortecimento (buffer) no entorno de geometrias.
60
25 - UNIÃO DE ATRIBUTOS PELA LOCALIZAÇÃO (SPATIAL JOIN)
A função “Spatial join”, se difere do “join” já visto anteriormente (item 7), pois ao invés de
simplesmente associar uma tabela a uma camada vetorial a partir de um “campo chave”, essa
ferramenta permite criar associações a partir do posicionamento das feições em relação à outra.
Funcionalidade
Procedimentos
1. Clique em “Vetor” >> ”Gerenciar dados” >> “Unir atributos pela posição”;
2. Em “Camada de entrada” indique o arquivo que receberá os dados;
3. Em “Unir camada” indique que terá dados agregados ao arquivo anterior;
4. Em “Predicado geométrico” é possível utilizar operadores estatísticos, a definir com
base em seu objetivo, para que seja criada uma nova coluna na tabela de atributos do
shapefile gerado que exibirá, por exemplo, a contagem de pontos dentro de um mesmo
polígono;
5. Clique em “Executar” e as tabelas ficarão mescladas. A figura 28 exibe os procedimentos
e resultados descritos.
Atenção: Cabe destacar que para quase todos os procedimentos até aqui apresentados existem
outras formas e algoritmos para obtenção dos mesmos resultados ou resultados semelhantes.
Você pode acessar o conjunto completo de algoritmos do QGIS e de seus provedores
complementares acessando o menu superior “Processar” >> “Caixa de Ferramentas de
processamento”.
61
Figura 29. Procedimento para unir atributos de duas camadas pela sua localização.
62
26 - PRODUÇÃO DE LAYOUT DE IMPRESSÃO
Funcionalidades
Procedimentos
63
Figura 30. Exemplo de manipulação das grades de coordenadas de um mapa no layout de impressão do QGIS.
64
13. Ao “Adicionar nova barra de escala”, no menu lateral esquerdo, deve-se atentar para o
campo “Segmentos”. Alterando o número à direita e esquerda são modificados os
intervalos gráficos de divisão;
14. O campo “Espessura fixa” é o que deverá ser alterado caso deseje intervalo maior ou
menor. A unidade de medida será sempre a definida pelo Sistema de Coordenadas do
projeto. O campo “Rótulo do multiplicador da unidade” não deve ser alterado;
15. Em “Adicionar novo rótulo ao layout” é possível inserir e configurar qualquer elemento
textual da carta, como o título e a ficha técnica. Note que o título deverá contemplar os
fenômenos representados na carta (o quê), sua localização no espaço geográfico (onde)
e o período de ocorrência (quando), se aplicáveis. Na ficha técnica deverá constar o
nome do autor, os parâmetros de referência espacial utilizados, a fonte dos dados
geoespaciais e a data de produção da carta;
16. Clique no ícone “Adicionar legenda ao layout”, na barra lateral esquerda, e depois
posicione o elemento dentro da folha. Ao desabilitar a opção “Auto update” é possível
editar individualmente a nomenclatura e a ordem de exibição dos conteúdos da
legenda;
17. A orientação (seta norte ou rosa-dos-ventos) é inserida através do ícone “Adicionar nova
imagem ao layout”, pesquisando-a na opção “Buscar diretórios” (“Search directories”);
18. Por fim, para inserir um encarte de localização é necessário desabilitar a opção
“Desenhar itens da tela do mapa”, além de “Travar camadas” e “Travas estilos para as
camadas”, de modo que qualquer intervenção realizada no mapa na área de trabalho
principal do QGIS não seja reproduzida no compositor de impressão (figura 30);
19. Ao realizar este procedimento, retorne à área de trabalho principal e mantenha apenas
a camada a ser utilizada como encarte de localização selecionada;
20. Clique novamente em “Adicionar novo mapa” e posicione seu encarte
preferencialmente nas extremidades superiores da página.
21. Ao término de todas as etapas, clique no ícone “Exportar como imagem” e indique um
título, formato e local para salvar o arquivo gerado. A figura 31 apresenta o mapa deste
exemplo finalizado, com todos os elementos inseridos.
Figura 30. Configurações necessárias para a correta inserção do encarte de localização de um mapa.
65
Figura 31. Mapa final produzido pelo compositor de impressão do QGIS.
66
IV - TRABALHANDO COM DADOS MATRICIAIS
Atenção: Para melhor compreensão de alguns subtópicos deste capítulo, recomenda-se estudar
previamente os fundamentos e princípios físicos básicos do Sensoriamento Remoto e do
Processamento Digital de Imagens.
Funcionalidade
Procedimentos
67
Figura 32. Processo de inserção de uma camada matricial no QGIS.
68
28 - SIMBOLOGIA DE BANDAS ESPECTRAIS
As imagens de satélite compostas são formadas, em síntese, por mais de uma banda espectral2.
Cada banda é composta por níveis de cinza com valores atribuídos em cada um dos seus pixels.
Funcionalidade
Aplicar cores artificiais em uma imagem de satélite através da alteração da ordem das bandas.
Procedimentos
Obs.: As bandas podem estar na faixa do visível ao olho humano ou compostas em outras faixas
como o infravermelho próximo, infravermelho médio, entre outras. A resolução espectral do
sistema sensor e a seleção das bandas durante a composição é quem definirá.
2
Faixas específicas que captam diferentes comprimentos de onda dentro do espectro eletromagnético.
69
Figura 33. Alternando a disposição das bandas espectrais de um raster no QGIS.
70
29 - MANIPULAÇÃO DO HISTOGRAMA DE CORES
O histograma é o meio pelo qual é possível observar e manipular a distribuição dos tons de cinza
que compõem cada banda da imagem (propriedade intrínseca à sua resolução radiométrica).
Algumas aplicações de contraste também são ajustáveis a partir do histograma.
Funcionalidade
Procedimentos
Dica: Imagens com aspecto escuro muito provavelmente estão com os níveis de cinza mal
distribuídos (concentrados nas regiões escuras). Utilize o histograma para sanar o problema.
71
Figura 34. Manipulação do histograma de cores de uma camada matricial.
72
30 - GEORREFERENCIAMENTO DE IMAGENS E CARTAS TOPOGRÁFICAS
Funcionalidade
Procedimentos
Dica: Os erros residuais são expressos em unidades do mapa, sendo assim, esteja atento ao
Sistema de Coordenadas utilizado. Sugere-se Sistema Projetado (unidade de medida métrica).
73
Figura 35. Funcionalidades básicas do georreferenciador do QGIS.
74
31 - REPROJEÇÃO MATRICIAL
Por vezes é necessário que uma camada raster tenha seu Sistema de Coordenadas alterado, seja
por ter sido gerada com projeção para o Hemisfério Norte (orientada ao Norte Verdadeiro) ou
para alterar entre Sistema de Coordenadas Geográficas e Projetadas.
Funcionalidade
Procedimentos
Dica: O mesmo procedimento pode ser realizado através da exportação da camada, com o botão
direito, “Exportar” >> “Salvar Como...”.
75
Figura 36. Parâmetros básicos para reprojeção de uma cada matricial.
76
32 - MOSAICO DE IMAGENS
Nem sempre apenas uma imagem (cena) é suficiente para cobrir completamente uma área de
interesse. Nesse caso é necessário obter um conjunto de imagens contíguas e aplicar o processo
de mosaicagem, de modo a torná-las um arquivo único matricial, além de permitir a
homogeneização dos resultados de tratamento e equalização da imagem.
Funcionalidade
Procedimento
77
Figura 37. Parâmetros básicos para realização de mosaico de imagens.
78
33 - EXTRAÇÃO DE MÁSCARA (RECORTE MATRICIAL)
Funcionalidade
Recortar uma imagem (raster) com base em uma camada da área de interesse (vetor).
Procedimento
1. Clique em “Raster” >> “Extrair” >> “Recortar raster pela camada de máscara...”;
2. Selecione o arquivo de entrada a ser recortado (raster);
3. Selecione o polígono que vai ser utilizado como máscara (vetor);
4. Atribua o valor “0” ao “nodata” para que a ausência de informação não seja preenchida
automaticamente com alguma cor sólida (preto por padrão);
5. Marque a caixa para combinar a extensão do raster recortado à extensão da camada
máscara (“Match the extent (...))”;
6. Selecione o local e o nome do arquivo a ser gerado em “Recortado”;
7. Verifique os parâmetros informados (figura 38) e clique em “Executar”.
79
Figura 38. Parâmetros básicos para realização de recorte matricial.
80
34 - GERAÇÃO DE MAPA HIPSOMÉTRICO
Todo Modelo Digital de Elevação possui registro numérico de sua cota altimétrica em cada pixel
do raster. O mapa hipsométrico consiste em atribuir uma rampa de cores que simbolize as
variações de altitude de um modelo.
Funcionalidade
Procedimentos
1. Adicione um raster que seja um Modelo Digital de Elevação (MDE) através barra lateral
esquerda, no ícone “Raster” >> “Adicionar”;
2. Clique com o botão direito sobre a camada do Modelo Digital de Elevação (como por
exemplo o AsterGDEM, SRTM, Topodata, etc.) e acesse “Propriedades”;
3. Na aba “Simbologia”, em “Tipo de renderização”, indique “Banda simples Falsa-cor” e
escolha uma rampa de cores aderente à representação da variação altimétrica em
“Gradiente de cores”. Esteja atento aos princípios da cartografia temática;
4. Clique em “Aplicar” para visualizar o resultado (figura 39);
5. Faça ajustes, caso necessários, e clique em “OK”.
81
Figura 39. Construção de mapa hipsométrico no QGIS.
82
35 - EXTRAÇÃO DE CURVAS DE NÍVEL
Funcionalidade
Procedimentos
Dica: Para obtenção de resultados mais consistentes tecnicamente, utilize como equidistância
entre linhas um valor em metros que seja igual à resolução espacial do Modelo Digital de
Elevação utilizado.
83
Figura 40. Variáveis para extração de curvas de nível de um Modelo Digital de Elevação.
84
Figura 41. Curvas de nível extraídas pelo QGIS.
85
36 - GERAÇÃO DE MAPAS DE ORIENTAÇÃO DE VERTENTES (ASPECTO)
Funcionalidade
Procedimentos
Dica: O resultado pode ser simbolizado em falsa cor para melhor visualização (figura 43).
86
Figura 42. Variáveis para elaboração de mapa de orientação de vertentes (aspecto).
87
Figura 43. Mapa de orientação de vertentes (aspecto) elaborado.
88
37 - GERAÇÃO DE MAPAS DE SOMBREAMENTO DO RELEVO
Funcionalidade
Procedimentos
89
Figura 44. Variáveis para geração de mapa de sombreamento do relevo.
90
Figura 45. Mapa de sombreamento do relevo elaborado.
91
38 - GERAÇÃO DE MAPAS DE CALOR (KERNEL)
Funcionalidade
Gerar raster com mapa de calor a partir de uma malha de pontos aleatórios (vetores).
Procedimentos
92
Figura 46. Variáveis para geração de mapa de calor (densidade de Kernel).
93
Figura 47. Mapa de calor (densidade de Kernel) elaborado.
94
39 - INTERPOLAÇÃO DE DADOS
Funcionalidade
Procedimentos
Dica: Caso deseje selecionar algoritmo mais refinado do ponto de vista estatístico para gerar sua
interpolação (como a krigagem, função radial básica ou polinomial local), acesse o menu
superior “Processar” >> “Caixa de Ferramentas” e pesquise pelos modelos disponíveis em outros
provedores como o SAGA e o GRASS.
3
Inverse distance weighted: modelo interpolador que aplica maior ponderação às superfícies mais
próximas de valores pontuais conhecidos. Indicada em situações com pequena malha de pontos.
95
Figura 48. Variáveis para interpolação de dados por meio do inverso da distância ponderada (IDW).
96
Figura 49. Produto da interpolação pelo método do inverso da distância ponderada (IDW).
97
40 - RECLASSIFICAÇÃO DE DADOS MATRICIAIS
Através da reclassificação de uma camada matricial é possível estabelecer, por exemplo, pesos
para a elaboração de uma análise multicritério, bem como para generalizar e/ou agrupar classes
de uma determinada informação, aperfeiçoando, assim, o processo de análise de um dado
geoespacial.
Funcionalidade
Procedimentos
98
Figura 50. Procedimento para reclassificar uma camada matricial.
99
Figura 51. Camada matricial reclassificada em classes de 1 a 9.
100
41 - ÁLGEBRA DE MAPAS (CALCULADORA RASTER)
O resultado é dado em uma escala normalizada que varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais
próximo de 1, maior a presença e porte de vegetação naquela cena.
Funcionalidade
Construir Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) através de álgebra de mapas.
Procedimentos
1. Insira os rasters que serão utilizados para geração do NDVI. No caso do satélite Landsat8,
serão utilizadas as bandas 5 e 4 do sensor OLI;
2. Clique em “Raster” >> “Calculadora raster”. Este é o ambiente para construção de
qualquer álgebra de mapas;
3. Aponte um local de saída no ícone “...”, localizado em “Camada de saída”;
4. Em “Bandas raster” indique as bandas que serão calculadas;
5. Defina a extensão do retângulo envolvente das bandas em “Extensão da camada atual”;
6. Note que o próprio software preencherá o número de linhas e colunas da camada
matricial a ser gerada;
7. Utilizando os “Operadores” disponíveis, monte a seguinte equação:
Obs.: Note que, clicando com o botão direito sobre a camada que foi gerada (NDVI) e em
“Propriedades”, é possível atribuir uma “Falsa cor” ao resultado. No exemplo da figura 53, a
seguir, observe como as áreas antropizadas (urbanizadas), lagoas, rios ou outros corpos d’água
respondem ao índice com valores mais próximos e/ou menores que 0 (coloração avermelhada).
Por outro lado, as áreas com presença de vegetação e/ou porte vegetal mais vigoroso possuem
valores próximos a 1 e, em modo falsa cor, cores esverdeadas.
101
Figura 52. Variáveis para elaboração do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), utilizando álgebra de mapas.
102
Figura 53. Comparativo entre o resultado obtido com o NDVI (esquerda) e a imagem real em composição RGB (direita) de uma determinada superfície.
103
V - GERENCIANDO COMPLEMENTOS
Como visto indiretamente em tópicos anteriores, o QGIS conta com variada gama de
complementos disponíveis para instalação. Alguns são nativos do software e a grande maioria é
fruto de esforço de desenvolvimento da comunidade de usuários pela internet. Aqui,
apresentaremos os mais usuais na esfera profissional, bem como os procedimentos gerais para
instalação e operação.
Às vezes o ferramental nativo do QGIS, bem como as bibliotecas de outros softwares que são
incorporadas a ele no momento da instalação, como o SAGA, GRASS, TauDEM, dentre outros,
não são suficientes para atenderem a alguma demanda específica. Para isso é possível realizar
pesquisas na internet em busca de plug-ins do QGIS que possam atender ao pretendido.
Funcionalidade
Procedimentos
Obs.: É necessária uma conexão com a internet para gerenciar complementos desenvolvidos
pela comunidade de usuários. Caso trabalhe em ambiente de rede corporativa, como é o caso
da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e demais órgãos
vinculados, será necessário configurar o proxy, através do menu superior “Configurações” >>
“Opções” >> “Rede”.
104
Figura 54. Gerenciador de complementos do QGIS.
105
43 - CONEXÃO COM PROVEDORES DE IMAGENS DE SATÉLITE
Funcionalidade
Procedimentos
106
Figura 55. Adicionando provedores de imagens adicionais ao QGIS.
107
44 - CONSTRUÇÃO DE BLOCOS DIAGRAMA 3D
Funcionalidade
Procedimentos
Obs.: Atente-se para o sistema de coordenadas empregado nas camadas utilizadas no processo.
Caso estejam em graus, considere convertê-las para UTM.
108
Figura 56. Variáveis básicas para elaboração de blocos diagrama 3D através do plug-in Qgis2threejs.
109
Figura 57. Bloco diagrama 3D elaborado pelo plugin Qgis2threejs.
110
45 - GERAÇÃO DE PERFIS TOPOGRÁFICOS
Partindo de um Modelo Digital de Elevação (MDE) também é possível criar um perfil topográfico
de uma determinada área de interesse, através do complemento “Terrain Profile”.
Funcionalidade
Procedimento
Obs.: A resolução espacial do MDE utilizado é quem vai determinar a precisão do perfil gerado.
111
Figura 58. Procedimento para geração de perfil topográfico com o complemento Terrain Profile.
112
V – CONEXÃO A BANCO DE DADOS E WEB SERVICES
Entre as mais importantes funcionalidades trazidas pelo QGIS, destaca-se a conexão a bancos
de dados e web services, que permitem acesso e disponibilização de dados geoespaciais, bem
como a modelagem de bancos de dados em rede.
Os padrões WFS (Web Feature Service) e WMS (Web Map Service) são serviços HTTP elaborados
pela Open Geospatial Consortium (Consórcio Geoespacial Aberto), que permitem integração de
dados geoespaciais em softwares que lhes deem suporte. Esses serviços vêm sendo utilizados
de maneira a integrar ambientes SIGs a conjuntos de dados elaborados e organizados por
instituições de nível governamental, empresarial, acadêmico, entre outros, nas mais diversas
instâncias territoriais.
Funcionalidade
Procedimentos
Obs.: O serviço WMS trabalha com protocolos de imagens a partir de camadas. Portanto, os
produtos fornecidos via tal serviço vêm em formato matricial e não possuem tabela de atributos
associada.
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Figura 59. Variáveis para conexão a serviço de camadas WMS.
114
Figura 60. Camada adicionada via serviço WMS.
115
46.2 - Conexão WFS
116
Figura 61. Variáveis para conexão a serviço de camadas WFS.
117
Figura 62. Camada vetorial adicionada via serviço WFS.
118
47 - CONEXÃO À SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS
Além das conexões realizadas a partir de serviços, o QGIS também possibilita ao usuário
conectar o software a Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados (SGDB), como o PostGIS e o
Oracle Geospatial, por exemplo.
Funcionalidade
Procedimento
1. Para criar uma conexão ao banco de dados “PostGIS”, clique no ícone representado por
um elefante, na barra lateral esquerda;
2. Clique em “Novo”;
3. Informe o nome da conexão a ser criada, o endereço (“Host”), a porta e o banco de
dados a que se deseja conectar;
4. Caso o banco possua controle de acesso, clique na aba “Básico”, em “Autenticação”, e
informe nome de usuário e senha. Note que é possível armazená-los para não precisar
digitar novamente as credenciais em uma próxima conexão;
5. Clique em “Testar conexão” e, em seguida, “OK”;
6. Para adicionar uma camada à área de trabalho principal do QGIS, dê duplo clique na
tabela listada ou através do painel “Navegador”, conforme figura 63 a seguir.
Obs.: No menu superior “Banco de dados” >> “Gerenciador de BD...” é possível visualizar e editar
todas as camadas gravadas em banco, bem como criar/alterar esquemas, carregar ou dropar
uma tabela.
119
Figura 63. Variáveis para conexão a Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados.
120
VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pronto! Uma vez desenvolvidas as práticas apresentadas nesta apostila, você já possui
conhecimento necessário para manipular os recursos e funcionalidades essenciais do QGIS e
desenvolver seus próprios mapas e análises espaciais.
Ciente do caráter mutável das tecnologias aqui utilizadas e, sobretudo, da velocidade de avanço
das ferramentas, a DGTA/SEMAD propõe-se a manter a atualização deste documento,
adicionando novos tópicos e revisando os conteúdos já apresentados à cada lançamento de
versões estáveis do QGIS.
Em nome da equipe, desejamos experiência exitosa com o QGIS e sucesso nos trabalhos
desenvolvidos!
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VII - LINKS ÚTEIS: DOWNLOAD DE BASES DE DADOS GRATUITAS
4. BH Map (http://bhmap-hm.pbh.gov.br/v2/mapa/idebhgeo)
Infraestrutura de dados geoespaciais oficial da Prefeitura de Belo Horizonte, com dados
temáticos e metadados para a instância do município.
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