Orixas

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ORIXAS

A palavra «ORIXA» em seu original


Yorubano significa guardião da
cabeça e são forças da Natureza.
A força, a luz, e a energia estão em
toda a parte. Os ORIXÁS constituem
as forças vivas da natureza como: a
agua, o vento o trovão, o relâmpago,
o mar, os rios, as montanhas, a força,
a luz, o arco-íris, sol e tudo que é
criado pela força da natureza. Os
ORIXÁS estão em plano superior aos
simples mortais. Cada ORIXÁ tem sua
missão especial própria e
intransferível.
Na mitologia
yoruba, orixás (yoruba Òrìsà;
em espanhol Oricha; em inglês Orisha) são divindades ou semideuses criados
pelo deus supremo Olorun. Os orixás são guardiões dos elementos da natureza e
representam todos os seus domínios no aye (a realidade física em que os humanos
estão inseridos segundo a tradição iorubá).
Também existem orixás intermediários entre os homens e o panteão africano que
não são considerados deuses, são considerados “ancestrais divinizados após à
morte”.

Sendo os Orixás vibrações extremamente elevadas, acredita-se que não é possível


o contato direto com eles. Por isso cada linha de Orixá, envia para trabalhar na
Terra os Falangeiros e Guias, que são entidades trabalhadoras, que vem de
Aruanda ajudar seus filhos, nos livrando de demandas e transmitindo bons fluidos,
formando, cada Orixá, uma falange de espíritos.
Entendendo os Orixás
O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais, se mantêm vivos
através do equilíbrio entre as energias da natureza. A harmonia planetária só é
possível devido a um intrincado e imenso jogo energético entre os elementos que
constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam este planeta.
Orixá é energia pura em emanação, que se manifesta no universo. Um dado
característico do exercício da religião de Umbanda é o uso dessas energias como
fonte de trabalho. Vivendo no Planeta Terra, o homem convive com leis desde sua
origem e evolução, leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados
essenciais à vida. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos.
O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que combinados, dão
origem a tudo que nossos corpos físicos sentem. Esses elementos e suas ramificações
são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os
Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário), até
aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para
o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da
vida no Planeta Terra.

A esses espíritos de alta força vibratória chamamos ORIXÁS. Na Umbanda Eles são
considerados os maiores responsáveis pelo equilíbrio da natureza. São espíritos de
alta vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas
Leis sejam cumpridas constantemente.
Orixá não é santo, nunca viveu, nunca encarnou, nunca veio à Terra, não foi uma
pessoa encarnada. Mas, como toda regra tem uma exceção, na Umbanda existe um
caso especial, que é Oxalá. O principal Orixá. Deus todo-poderoso, Que aparece
sincretizado com Nosso Senhor Jesus Cristo, dada à sua potencialidade mediúnica
divina.
Na UMBANDA (de uma maneira geral, pois existem variações referentes às diversas
ramificações existentes), os Orixás são cultuados como divindades de um plano astral
superior, ARUANDA, que na Terra representam às forças da natureza.

Orixá, dentro do culto Umbandista (de uma maneira geral) não são incorporados
(não se incorpora o fogo de Xangô, os ventos de Iansã, as águas doces de Oxum). O
que se vê dentro dos vários terreiros, centros, tendas etc, são os Falangeiros dos
Orixás (também conhecidos como encantados); ou seja, Espíritos de grande força
espiritual (de grande Luz) que trabalham sob as Ordens de um determinado Orixá.
Os Falangeiros dos Orixás não falam, não bebem, não fumam (na grande maioria
dos casos), não dão consultas, e estão vinculados à casas de corrente Africana (casas
de Umbanda com fundamentos como feitura, camarinha, boris, obrigações,
oferendas, cortes e etc).
Os Falangeiros são os representantes dos Orixás, e, em muitos casos, a essência dos
próprios Orixas manifestada nos médiuns, pois sua força é a emanação pura dos
Orixás (ou como alguns dizem: são a vibração virginal dos Orixás). Sendo assim, eles
podem incorporar nos médiuns, em seus “cavalos”, e mostram sua presença e sua
força em nome de um Orixá. Porém, são frágeis (o médium pode perder sua sintonia
muito facilmente) e exigem muito dos médiuns, não podendo permanecer por muito
tempo em Terra. Trabalham na harmonização do terreiro, afastando cargas e no
desenvolvimento e equilíbrio dos médiuns.
O trabalho com os Orixás é feito com os Guias (Espíritos que já tiveram vida corpórea)
chamados “Capangueiros de Orixás“, ou seja, são Guias (entidades que falam,
bebem, fumam, dão consultas …) que vêm na vibração ou emanação daquele Orixá.
Existem casos (talvez por isso cause tanta confusão) que os médiuns não colocam a
palavra caboclo na frente do nome do Capangueiro, e acaba saindo Ogum Iara,
Ogum Sete Espadas, em vez de Caboclo Ogum Iara, Caboclo Ogum Sete Espadas. Isso
confunde as pessoas e elas acabam achando que estão trabalhando com um Orixá,
que o Orixá bebe, fuma, dá consultas etc. Porém, o que está se manifestando alí (com
grande força e beleza), são Guias, são os Guias Capangueiros dos Orixás dão
consultas, fumam, bebem, e falam (interagem) com os assistentes (e as casas em que
trabalham, em sua grande maioria, não estão vinculados à corrente Africana
diretamente).
Só lembrando que todos os guias (Pretos-velhos, Caboclos, Crianças, Boiadeiros,
Marinheiros, Baianos, Exus / Pombogiras, …) trabalham sob as ordem de um Orixá e
também podem ser considerados como “Capangueiros”. A diferença entre eles e os
Guias Capangueiros dos Orixás é que eles não carregam em seus nomes o próprio
nome do Orixá de trabalho.
Após passarem seus ensinamentos voltaram à Aruanda, mas deixaram na Terra sua
essência e representatividade nas forças da natureza.
Em cada templo religioso são cultuados todos os orixás, diferenciando que nas casas
grandes tem um quarto separado para cada Orixá, nas casas menores são cultuados
em um único (quarto de santo) termo usado para designar o quarto onde são
cultuados os orixás.

TIPOS DE ORIXAS

Iemanjá
Considerada a deusa dos mares e
oceanos. É a mãe de todos os orixás e
representada com seios volumosos,
simbolizando a maternidade e a
fecundidade.
Personalidade: Maternal e tranquila
Elemento: Água
Símbolo: Leque, espada e espelho
Colar: Transparente, verde ou azul-claro
Roupas: Branco e azul
No sincretismo: Nossa Senhora, Nossa
Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora da Glória
Dia da semana: Sábado
Oferendas: Feijoada, xinxim e inhame
Sacrifícios: Cabra, galinha e porco
Xangô
Deus do fogo e do trovão. Diz a tradição
que foi rei de Oyó, cidade da Nigéria. É viril,
violento e justiceiro. Castiga mentirosos e
protege advogados e juízes.
Personalidade : Atrevido e prepotente
Elemento: Fogo
Símbolo: Machado duplo (oxé)
Colar e roupas: Branco e vermelho
No sincretismo: São Jerônimo, Santo
Antônio, São Pedro, São João Batista, São
José e São Francisco de Assis
Dia da semana: Quarta
Oferendas: Amalá (quiabo com camarão seco e dendê)
Sacrifícios: Galo, pato, carneiro e cágado

Iansã
Deusa dos ventos e das tempestades. É a
senhora dos raios e dona da alma dos
mortos.
Personalidade: Impulsiva e imprevisível
Elemento: Fogo
Símbolo: Espada e rabo de cavalo
(representando a natureza)
Colar: Vermelho ou marrom-escuro
Roupas: Vermelho
No sincretismo: Santa Bárbara
Dia da semana: Quarta
Oferendas: Milho branco, arroz, feijão e
acarajé
Sacrifícios: Cabra e galinha
Oxóssi
Deus da caça. É o grande patrono do
candomblé brasileiro.
Personalidade: Intuitivo e emotivo
Elemento: Florestas
Símbolo: Rabo de cavalo e chifre de boi
Colar: Branco rajado e verde
Roupas: Azul ou verde-claro
No sincretismo: São Sebastião
Dia da semana: Quinta
Oferendas: Peixe, milho branco e amarelo
Sacrifícios: Galo avermelhado, bode
avermelhado e porco

Ogum
Deus da guerra, do fogo e da
tecnologia. No Brasil é conhecido
como deus guerreiro. Sabe
trabalhar com metal e, sem sua
proteção, o trabalho não pode ser
proveitoso.
Personalidade: Tímido e vingativo
Elemento: Terra
Símbolo: Espada
Colar: Azul-marinho
Roupas: Azul (com verde-escuro,
vermelho ou amarelo)
No sincretismo: Santo Antônio e
São Jorge
Dia da semana: Terça
Oferendas: Farofa com dendê,
feijão, inhame, água, mel e
aguardente
Sacrifícios: Galo avermelhado e bode avermelhado

Oxum
Deusa das águas doces (rios, fontes e
lagos). É também deusa do ouro, da
fecundidade, do jogo de búzios e do
amor.
Personalidade: Maternal e tranquila
Elemento: Água
Símbolo: Abebê (leque espelhado)
Colar e roupas: Amarelo-ouro
No sincretismo: Nossa Senhora da
Conceição, Nossa Senhora Aparecida e
Nossa Senhora das Candeias
Dia da semana: Sábado
Oferendas: Milho branco, xinxim de
galinha, ovos, peixes de água doce
Sacrifícios: Cabra, galinha e pomba

Exu
Mensageiro entre os homens e os deuses,
guardião da porta da rua e das
encruzilhadas. Só por meio dele é possível
invocar os orixás.
Personalidade: Atrevido e agressivo
Elemento: Fogo
Símbolo: Ogó (um bastão adornado com
cabaças e búzios)
Colar e roupas: Vermelho e preto
No sincretismo: Santo Antônio
Dia da semana:Segunda
Oferendas: Farofa com dendê, feijão,
inhame, água, mel e aguardente
Sacrifícios: Bode e galo preto
Omulu (ou Obaluiaiê)
Deus da peste das doenças da pele. É o
médico dos pobres.

Personalidade: Tímido e vingativo
Elemento: Terra
Símbolo: Xaxará (feixe de palha e búzios)
Colar: Preto, branco e vermelho
Roupas: Vermelho e preto (tudo coberto
de palha)
No sincretismo: São Lázaro e São Roque
Dia da semana: Segunda
Oferendas: Pipoca, feijão preto, farofa e
milho – tudo regado a dendê
Sacrifícios: Galo, pato, bode e porco

Nanã
Deusa da lama e do fundo dos rios,
associada à fertilidade, à doença e à morte.
É a orixá mais velha de todos e por isso
muito respeitada.

Personalidade: Vingativa e mascarada
Elemento: Terra
Símbolo: Ibiri (cetro de palha e búzios)
Colar: Branco, azul e vermelho
Roupas: Branco e azul
No sincretismo: Sant’Ana
Dia da semana: Sábado
Oferendas: Milho branco, arroz, feijão, mel e dendê
Sacrifícios: Cabra e galinha
Ossaim
Deus das folhas e ervas medicinais.
Conhece seus usos e as palavras
mágicas (ofós) que despertam seus
poderes.
Personalidade: Instável e emotivo
Elemento: Matas
Símbolo: Lança com pássaros na
forma de leque e feixe de folhas
Colar: Branco rajado e verde
Roupas: Branco e verde-claro
No sincretismo: São Roque
Dia da semana: Quinta
Oferendas: Feijão, arroz, milho
vermelho e farofa de dendê
Sacrifícios: Galo e carneiro

Oxumaré
Deus da chuva e do arco-íris. É, ao mesmo
tempo, de natureza masculina e feminina.
Transporta a água entre o céu e a terra.
Personalidade: Sensível e tranquilo
Elemento: Água
Símbolo: Cobra de metal
Colar: Amarelo e verde
Roupas: Azul-claro e verde-claro
No sincretismo: São Bartolomeu
Dia da semana: Quinta
Oferendas: Milho branco, acarajé, coco, mel,
inhame e feijão com ovos
Sacrifícios: Bode, galo e tatu
Oxalá
Deus da criação. É o orixá que criou os
homens. Obstinado e independente, é
representado de duas maneiras: Oxaguiã,
jovem, e Oxulafã, velho.
Personalidade:Equilibrado e tolerante
Elemento: Ar
Símbolo: Oparoxó (cajado de alumínio com
adornos)
Colar e roupas: Branco
No sincretismo: Jesus Cristo
Dia da semana: Sexta
Oferendas: Milho branco, xinxim de galinha,
ovos e peixes de água doce
Sacrifícios: Cabra, galinha, pomba, pata e
caracol

ACHANDO O ORIXA DE NASCIMENTO


Um exemplo para você:
Uma pessoa nascida em 14 de setembro de 1972. Procure na coluna dos anos o
número 72. Ache nas colunas dos meses o mês de Setembro, siga em linha reta até
onde essas duas linhas se cruzam. O número que aí está é o 5. Some a esse número
o dia do nascimento, que é 14, o resultado será 19. Vá até a tabela dos dias da
semana e veja aonde está o 19: Na segunda letra Q que representa QUINTA-FEIRA.
A terceira tabela, dos Orixás, mostra que quem nasceu nesse dia é filho de Oxossi.

ANOS E MESES:

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