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BRASILEIRAS E O ESPIRITISMO
Resumo
Este artigo pretende investigar nas tradições religiosas católicas e afro-brasileiras a influência
do hibridismo religioso nos elementos apropriados pela doutrina Kardecista para sua
configuração no Recife. O entendimento sobre hibridismo cultural está embasado em Canclini
(2015) e aqui serão utilizados como nosso arcabouço teórico, assim como também faremos a
ponte com os conceitos de hibridismo religioso que utilizaremos, realizando as ligações entre
as religiões que estavam estabelecidas em nosso país e das que resultaram deste hibridismo,
como é o caso do espiritismo no Brasil.
Introdução
Trabalho apresentado no III Congresso Nordestino de Ciências da Religião e Teologia,
realizado entre os dias 8 e 10 de setembro de 2016, na UNICAP, Recife. GT 14 – Novas
“Religiões mediúnicas”: mediação do Espiritismo no campo religioso brasileiro.
Mestrando em Ciências da Religião pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP),
Especialista em Direitos Humanos (UFPE), Licenciado em Estudos Sociais (UFRPE). E-
mail: [email protected]
GT 14 – Novas “Religiões mediúnicas”... | Eroflim J. de Queiroz 1185
Ele aponta que, até 2006, data da publicação deste artigo, em todo
o Brasil, menos de 10 trabalhos acadêmicos entre Dissertação de Mestrados
e Teses de Doutorado que abordam esta temática. Acreditamos que de lá
pra cá já se apresente um salto quantitativo, mas que ainda é muito pouco
se comparado com os que abordam outras temáticas religiosas. E terceiro,
pela própria natureza da chegada do Espiritismo ao Brasil e os enredos
políticos e sacrais que não eram favoráveis à questão de sua formalização.
Nesse sentido, podemos destacar a constituição do período Imperial, que
segundo Souto Maior (2006, p.63), proibia qualquer culto público que não
o católico, assim limitando o espiritismo a cultos domésticos de caráter
privado em seus primeiros momentos em terras brasileiras.
Outro exemplo curioso é o que nos relata Souto Maior (2006, p.45)
ao nos apresentar documentação em que uma ordem judicial datada do
século XIX, precisamente em 1845, portanto 10 anos antes de Kardec
codificar a doutrina, foi expedida na Bahia para se averiguar a existência de
“reuniões noturnas em casa certa a pretexto de se ouvirem revelações de
almas de mortos que se fingem aparece aparecer com muito crescido de
número de concorrentes”.
Souto Maior nos conta que no final do século XIX começa a chegar ao
Brasil os primeiros exemplares dos Livros dos Espíritos publicados por Alan
categóricos destas religiões de suas práticas que são ainda hoje observadas
no espiritismo.
Conclusão
Referencias