Psicologia
Psicologia
Conforme Anastasi e Urbina (1997 apud PRIMI; MUNIZ s/d) para o fazer terapêutico
exige-se, como indispensável competência, a capacidade de realizar uma avaliação
psicológica consistente, embasada em conhecimentos teóricos, profundo
entendimento do funcionamento psicológico e exímia experiência. É necessário,
também, potencial de observação elevado para, assim, compreender amostras de
comportamento e processos psicológicos.
Neste sentido, em primeira instância, é interessante compreender os mecanismos
psicológicos que embasam distintos indivíduos em distintas tarefas no que se refere
ao desempenho. Em especial os processos psicológicos básicos que, independente
de cultura ou classe social, é comum a todos os seres. De acordo com Oliveira,
[...] as pesquisas na área da chamada psicologia antropológica passaram a enfatizar
a necessidade de compreender processos psicológicos básicos, que estariam
subjacentes à enorme variedade de modos de vida, crenças, teorias sobre o mundo,
artefatos culturais e criações artísticas presentes nos diferentes grupos humanos.
(OLIVEIRA, 1997, p. 52)
Desta maneira, abordar processos psicológicos básicos, ou seja, aspectos
relacionados à cognição, percepção, desenvolvimento, socialização, afetividade,
etc., possibilita a compreensão profunda do ser, além de se tornar importante
ferramenta para todos profissionais da saúde, incluindo naturólogos.
3. Considerações finais:
Camargo (1999) em seu artigo Emoção, primeira forma de comunicação disserta
sobre a importância de integrar o estudo da emoção à outros processos psicológicos
básicos, visto que permeia e orienta-os. Quanto a este prisma de integração,
expandindo a colocação da autora, tornou-se claro na construção deste artigo a
interação entre cada um dos processos psicológicos. Ressaltando assim, para além
da necessidade de integrar a emoção a outros processos, a necessidade de ser um
assunto integralmente abordado de forma indissociada, já que ainda segundo a
autora
Há quem ainda pense que é possível e necessário estudar as funções psíquicas
como se elas fossem separadas em compartimentos e estanques. A memória, a
imaginação, a linguagem, a emoção e a função sensória e motora etc., cada uma
em seu nicho. (CAMARGO, 1999, p. 10)
Esta separação na didática de explicação de tais ideias, num primeiro momento,
pode causar confusão de entendimento de conceitos entre estudantes e demais
públicos, pois os processos se misturam e complementam. O que torna necessário
encontrar alternativas de tornar um assunto facilmente compreensível não apenas
para profissionais da psicologia, mas para estudantes, profissionais da saúde em
geral, profissionais holísticos, toda a gama de facilitadores de círculos, etc. Isto
porque, falar de processos psicológicos básicos é falar de manifestações humanas
e, desta forma, materiais concisos e claros são essenciais enquanto ferramentas
terapêuticas. Este artigo desta maneira, buscou – embora tenha identificado
diferenças - demonstrar a linha tênue que é cada processo, igualmente é a linha
tênue entre diferentes ligações neurais exercidas por mulheres e homens.
4. Referências:
CAMARGO, Denise de. Emoção, primeira forma de comunicação. Curitiba:
InterAÇÃO, 1999.
GREENE, Judith. Psicolinguística (Chomsky e a psicologia). Rio de Janeiro: Zahar,
1980.
LEITE, Luci. Representação e comunicação: o estudo de funções linguísticas em
psicologia. Temas psicol. vol.3 no.2. Ribeirão Preto, 1995.
LURIA, Alexander R. Curso de Psicologia Geral. Volume III. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1991.
MONTEIRO, Manuela; TAVARES, Pedro. Ser humano. Porto: Porto Editora, s/d.
OLIVEIRA. Sobre diferenças individuais e diferenças culturais: o lugar da abordagem
histórico-cultural. In: AQUINO, J. G., (org.). Erro e fracasso na escola: alternativas
teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997.
PRIMI; MUNIZ, NUNES. Definições contemporâneas de validade de testes
psicológicos. Universidade São Francisco: Itatiba, s/d.
WECKER, Lisiane. Aquisição da linguagem. (s/r)
Tags:
Psicologia