Porta Pipa
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CAPÍTULO I
DA COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA ENTRE OS MINISTÉRIOS DA
INTEGRAÇÃO NACIONAL E DA DEFESA
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 2º Para os fins a que se destina esta Portaria Interministerial, são adotadas as seguintes
definições:
CAPÍTULO III
DAS AÇÕES DE APOIO
CAPÍTULO IV
DOS ÓRGÃOS ENVOLVIDOS
c) Governos Estaduais;
d) Prefeituras Municipais.
II - Órgãos de Execução:
a) Secretaria Nacional de Defesa Civil;
b) Comando do Exército;
c) Órgãos Estaduais de Defesa Civil;
d) Órgãos Municipais de Defesa Civil.
CAPÍTULO V
DAS COMPETÊNCIAS DOS ENTES FEDERADOS
Seção I
Do Nível Federal
III - manter cadastro atualizado dos Municípios que deverão ser incluídos, suspensos e
excluídos;
IV - prestar contas à SEDEC dos recursos utilizados;
V - disponibilizar o acesso aos Sistemas de Gestão e Controle da Operação e bancos de
dados da Operação à SEDEC, por meio da rede mundial de computadores (Internet);
VI - operar e manter atualizado o Programa de Gestão e Controle de Distribuição de Água
(GCDA), permitindo o acesso de qualquer órgão, via rede mundial de computadores (Internet), para
fins de acompanhamento e emissão de relatórios gerenciais em tempo real;
VII - realizar vistoria e fiscalização das condições dos carros-pipa contratados, da
quantidade de água distribuída, das distâncias percorridas e da execução dos Planos de Trabalho dos
pipeiros;
VIII - adquirir equipamentos, softwares e materiais necessários à realização da Operação,
devidamente especificados no Plano de Trabalho aprovado, com recursos descentralizados pela
SEDEC;
IX - manter cadastro atualizado dos mananciais, do quantitativo de pessoas atendidas por
localidade e dos locais para o abastecimento;
IX - manter cadastro atualizado dos mananciais, dos veículos transportadores
contratados, dos responsáveis pelos veículos transportadores, do quantitativo de pessoas atendidas
por localidade e dos locais para o abastecimento;
X - contratar pipeiros e outros serviços terceirizados de mão de obra, necessários para a
Operação, com recursos descentralizados pela SEDEC;
XI - elaborar relatórios e Planos de Trabalho;
XII - apurar denúncias de irregularidades;
XIII - manter e capacitar recursos humanos necessários à execução das ações da Operação;
XIV - emitir parecer sobre inclusão, suspensão e exclusão de Municípios, quando
solicitado pela SEDEC;
XV - informar à SEDEC a existência de irregularidades e de quaisquer eventos que
dificultem ou interrompam o curso normal da execução da Operação;
XVI - fornecer à SEDEC informações referentes à Operação;
XVII - monitorar e fiscalizar o rastreamento dos carros-pipa por meio de GPS e enviar os
dados ao MI, conforme especificações definidas pela SEDEC.
XVIII – enviar o cadastro dos veículos transportados para a autoridade de saúde pública
municipal; e
XIX – manter em arquivo os laudos dos mananciais de captação de água e os laudos de
monitoramento de controle de qualidade da água.
Seção II
Do Nível Estadual
Art. 7º São atribuições do Governo Estadual, por intermédio dos órgãos estaduais de defesa
civil – CEDEC (Coordenadoria Estadual ou do Distrito Federal de Defesa Civil) ou órgão
correspondente:
I - apresentar projetos propondo soluções para o abastecimento de água;
Seção III
Do Nível Municipal
Art. 8º São atribuições do Governo Municipal, por intermédio dos órgãos municipais de
defesa civil ou estrutura equivalente:
I - apresentar os seguintes documentos:
a) ofício solicitando inclusão na OCP, com justificativa;
b) relatório mensal informando os resultados da Operação;
II - informar à SEDEC a existência de problemas ou irregularidades na OCP;
III - fornecer à OME responsável pela distribuição emergencial de água potável as
seguintes informações:
a) localização dos mananciais ou pontos de captação de água potável;
b) localidades para abastecimento;
c) número de pessoas atendidas;
d) distâncias entre os mananciais ou pontos de captação de água potável e as localidades
que devem ser abastecidas;
IV - atribuir à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, ao Conselho Municipal para o
Desenvolvimento Sustentável ou órgãos correspondentes a competência para a manutenção e a
fiscalização das ações necessárias ao desenvolvimento da OCP;
V - controlar o recebimento de água nas localidades, designando um responsável;
VI - acompanhar as equipes de reconhecimento e fiscalização da OME;
VII - fornecer o laudo mensal de potabilidade da água a ser distribuída, quando esta não for
proveniente de órgão competente de tratamento e distribuição de água;
VII – fornecer mensalmente para a autoridade de saúde pública municipal os laudos de
controle de qualidade da água a ser distribuída e os laudos dos mananciais de captação de água,
quando esta não for proveniente de órgão responsável pelo fornecimento de água para consumo
humano;
VIII - fiscalizar as condições estruturais e sanitárias das cisternas dos pontos de
abastecimento.
IX – realizar o monitoramento do controle da qualidade de água a ser distribuída,
segundo parâmetros e frequência definidos na Portaria GM/MS nº 2.914 de 12 de Dezembro de
2011, quando esta não for proveniente de órgão responsável pelo fornecimento de água para
consumo humano.
X – realizar análise no ponto de captação da água, conforme parâmetros e frequências
definidos na Portaria GM/MS nº2.914, de 2011.
§ 1º Deve-se priorizar a captação em Estação de Tratamento de Água com tratamento
convencional e, quando não for possível, captar água em manancial subterrâneo e proceder ao
tratamento mínimo de desinfecção da água ou captar água em manancial superficial com a adoção
do tratamento mínimo de filtração e desinfecção da água.
§ 2º É atribuição do Governo Municipal realizar o monitoramento da qualidade da água
no ponto de abastecimento dos carros-pipa, ou seja, no reservatório onde a água é armazenada,
por meio de análises laboratoriais em amostras da água dos parâmetros Turbidez, Cloro Residual
Livre e Coliformes totais/Escherichia coli, com frequência mensal ou outra estabelecida pela
autoridade de saúde pública municipal.
§ 3º A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, o Conselho Municipal para o
Desenvolvimento Sustentável ou órgão correspondente deverá registrar em ata as informações
sobre a solicitação de inclusão de localidades, o número de pessoas atendidas, os mananciais ou
pontos de captação de água e as rotas a serem percorridas.
CAPÍTULO VI
DA INCLUSÃO DE MUNICÍPIOS NA OPERAÇÃO
CAPÍTULO VII
DA SUSPENSÃO TEMPORÁRIA DE MUNICÍPIOS DA OPERAÇÃO
Art. 11. A suspensão temporária do município da Operação poderá ocorrer nos seguintes
casos:
I - quando não for apresentada a documentação necessária;
II - quando não for cadastrado o órgão municipal de defesa civil na SEDEC no prazo
estipulado no parágrafo único do art. 9º desta Portaria Interministerial.
Art. 12. A suspensão temporária de municípios também poderá ser sugerida à SEDEC, por
meio de ofício, com justificativa, pelos seguintes órgãos:
I - órgão municipal de defesa civil ou Prefeitura Municipal;
II - órgão estadual de defesa civil;
III - Comando de Operações Terrestres do Exército.
Parágrafo único. A SEDEC poderá suspender o município da Operação nos casos em que
julgar conveniente, mesmo sem a solicitação de outros órgãos.
Art. 13. Haverá suspensão automática do serviço de distribuição de água, por até sessenta
dias, no Município:
I - que deixar de apresentar o Laudo de Potabilidade Mensal dos mananciais de captação;
II - onde ocorrer chuvas ocasionais, em quantidade suficiente para, temporariamente,
prescindir da distribuição emergencial de água;
III - que deixar de informar à OME os dados constantes do inciso V do art. 8º desta
Portaria Interministerial;
IV - que, após notificação da OME sobre as condições sanitárias das cisternas, não adotar
as providências necessárias para deixar os recipientes em condições de receber água potável.
I – que deixar de apresentar o Laudo dos mananciais de captação e de controle da
qualidade da água que será distribuída para a população;
II – que apresentarem os laudos, referentes ao controle da qualidade da água, com
parâmetros em desacordo com a Portaria GM/MS nº 2.914 de 2011, ou outra que vier a substituí-
la.
III – onde ocorrer chuvas ocasionais, em quantidade suficiente para, temporariamente,
prescindir da discriminação emergencial da água;
IV – que deixar de informar à OME os dados constantes do inciso V do art. 8º desta
Portaria Interministerial;
V – que, após notificação da OME sobre as condições sanitárias das cisternas, não adotar
as providências necessárias para deixar os recipientes em condições de receber água potável.
§ 1º Em até sessenta dias, a contar da data da suspensão, a distribuição de água potável será
retomada, sem necessidade de solicitar parecer da SEDEC, caso os motivos que causaram a
suspensão do atendimento tenham cessado ou sido solucionados.
§ 2º Após sessenta dias, será encaminhada à SEDEC solicitação de exclusão, da Operação,
de Município que estiver com o atendimento suspenso temporariamente, caso os motivos da
suspensão não tenham cessado ou sido solucionados.
CAPÍTULO VIII
DA EXCLUSÃO DE MUNICÍPIOS DA OPERAÇÃO
CAPÍTULO IX
DA DISTRIBUIÇÃO EMERGENCIAL DE ÁGUA POTÁVEL
CAPÍTULO X
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 18. A SEDEC, o Comando do Exército, os órgãos estaduais de defesa civil e os órgãos
municipais de defesa civil são responsáveis pelas ações de fiscalização direta da OCP.
§ 1º A SEDEC poderá, a qualquer tempo, enviar seus agentes para exercer ações de
fiscalização nos Municípios atendidos.
§ 2º A SEDEC deverá ser informada sobre quaisquer irregularidades, bem como das
soluções das averiguações realizadas.
§ 3º A SEDEC deverá informar o Comando do Exército sobre quaisquer denúncias de
irregularidades na OCP envolvendo militares.
Art. 19. A SEDEC e o Comando do Exército poderão executar ações de fiscalização da
OCP, direta e indiretamente, por meio de ligações telefônicas, do Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), do Programa de Gestão e Controle de
Distribuição de Água ou outros procedimentos que não necessitem de visita in loco, a fim de
detectar possíveis irregularidades.
Art. 20. Toda denúncia deverá ser apurada pela SEDEC e pelo Comando do Exército,
devendo o denunciante, quando identificado, ser informado sobre o resultado das averiguações
realizadas.
CAPÍTULO XI
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Art. 21. A Prestação de Contas deverá ocorrer ao término do exercício financeiro, com
detalhamento mensal, por Município, por meio de Relatório de Prestação de Contas, que conterá as
seguintes informações:
I - nome dos Municípios;
II - número de pessoas atendidas, por Município;
III - volume de água entregue, por Município;
IV - valor gasto com a Operação, por Município;
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. Os municípios que estiverem inseridos na Operação por período superior a seis
meses, seguidos ou intercalados, deverão apresentar projetos propondo soluções para o
abastecimento de água no Município.
Art. 22. Os Municípios que estiverem inseridos na Operação Carro-Pipa por período
superior a seis meses, seguidos ou intercalados, deverão apresentar projetos propondo soluções
para o abastecimento de água no Município, que devam ser inseridos no Plano Municipal de
Saneamento Básico, conforme determina a Lei nº 11.445, de 2007, e o Decreto nº 7.217, de 2010.
Art. 23. Os recursos orçamentários e financeiros necessários à consecução dos objetivos de
que trata esta Portaria Interministerial são aqueles constantes do Orçamento Geral da União ou
oriundos de créditos extraordinários aprovados para o Ministério da Integração Nacional/Secretaria
Nacional de Defesa Civil.
Art. 24. Os bens móveis adquiridos para a execução das ações de distribuição emergencial
de água, constantes do Plano de Trabalho e informados à SEDEC, serão incorporados ao acervo do
Exército Brasileiro.
Art. 25. Todos os softwares ou sistemas desenvolvidos ou adquiridos para a Operação
devem ser disponibilizados para a SEDEC, incluindo o treinamento para a sua utilização.
Art. 26. Os municípios que fazem parte da Operação Carro-Pipa terão o prazo de noventa
dias para se enquadrarem nos dispositivos desta Portaria Interministerial.
Art. 27. Os representantes da SEDEC nos Comitês Integrados de Combate à Estiagem
poderão ser requisitados para atividades correlatas à Operação.
Art. 28. Fica revogada a Portaria Interministerial nº 7, de 10 de agosto de 2005.
Art. 29. Esta Portaria Interministerial entra em vigor na data de sua publicação.