Manualde Preenchimentoda Fichade Cadastrode Barragem

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MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA HÍDRICA

MANUAL DE PREENCHIMENTO
DA

FICHA DE INSPEÇÃO
DE BARRAGEM

2ª Edição

Brasília – 2010
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

JOÃO REIS SANTANA FILHO


Ministro da Integração Nacional

MARCELO PEREIRA BORGES


Secretário Executivo

FRANCISCO CAMPOS DE ABREU


Secretário de Infraestrutura Hídrica

SEBASTIÃO JANDER DE SIQUEIRA


Diretor de Obras Hídricas

ELUZA CAVALCANTI BARRA


Coordenadora Geral de Análise de Projetos

STANLEY RODRIGUES BASTOS


Coordenador Geral de Supervisão de Obras

JOÃO PEDRO PEROTTI


Coordenador Geral de Acompanhamento de Acordos e Convênios

©Ministério da Integração Nacional


Secretaria de Infraestrutura Hídrica
Esplanada dos Ministérios, bloco E, 9º andar, sala 900
CEP: 70062-900 - Brasília - DF
Conteúdo disponível em http://www.mi.gov.br
É permitida a reprodução desta publicação, em parte ou no todo, sem alteração do
conteúdo, desde que citada a fonte e sem fins comerciais.

Equipe de elaboração
Coordenação: Rogério de Abreu Menescal
Consultoria: Antônio Nunes de Miranda
Ernesto da Silva Pitombeira
Apoio técnico: Cláudio Bielenki Júnior
Daniel Sosti Perini
Klebber Teodomiro M. Formiga

Agradecimentos
A SIH/MI gostaria de agradecer o apoio das equipes do DNOCS, CODEVASF,
ANA e dos Estados no processo de elaboração deste manual.
APRESENTAÇÃO
1ª Edição - 2005

O Ministério da Integração Nacional (MI), em parceria com a Agência Nacional de Águas


(ANA), está implementando ações para prevenir ou minimizar os riscos de acidentes com
barragens em todo País. Uma dessas ações consiste na identificação e no cadastramento
das barragens, concluídas ou em construção, visando ao acompanhamento permanente e
sistemático da sua segurança. Nesse sentido, os órgãos da administração federal, estaduais
e municipais e agentes da iniciativa privada estão sendo chamados a participar do processo
de cadastramento e avaliação dessas construções.
O cadastramento é feito por meio do preenchimento da Ficha de Cadastro de Barragem,
utilizando-se do formulário eletrônico disponibilizado no sítio http://www.ana.gov.br/
cnb. Para auxiliar neste processo foi elaborado o Manual de Preenchimento da Ficha
de Cadastro de Barragem, que pode ser obtido no mesmo endereço eletrônico acima.
Para este cadastramento o termo barragem é considerado num contexto mais amplo,
como sendo qualquer obstrução em um curso permanente ou temporário de água, ou
talvegue, para fins de retenção ou acumulação de substâncias líquidas ou misturas de
líquidos e sólidos, compreendendo a estrutura do barramento, suas estruturas associadas e
o reservatório formado pela acumulação. Diques para proteção contra enchentes e aterros
barragem de estradas também podem ser incluídos nessa definição.
Para o correto preenchimento da Ficha de Cadastro de Barragem, é necessário que a
obra tenha sido inspecionada, a fim de que seja feito o registro da situação atual em que
se encontra.
Esta publicação apresenta o Manual de Preenchimento da Ficha de Inspeção de
Barragem e destina-se àqueles que não possuem sistemática própria de inspeção de
segurança e acompanhamento de suas barragens e, por isto, tiveram dificuldades em
preencher a ficha de cadastro de forma satisfatória.
A metodologia aqui proposta trata de uma inspeção criteriosa de uma barragem, onde
as anomalias encontradas são constatadas, registradas, quantificadas e qualificadas. As
informações obtidas em campo permitirão uma avaliação da segurança do empreendimento,
tanto pelo proprietário da barragem quanto pelas autoridades públicas, possibilitando
a definição e a priorização de medidas mais eficientes na prevenção de acidentes e de
situações de calamidade.
Para o correto cadastramento, o MI disponibiliza técnicos para treinar equipes em todos
os estados do País. Os treinamentos englobam o preenchimento da Ficha de Cadastro e
a aplicação prática da Ficha de Inspeção de Barragem.
Apesar de o cadastro permitir a inclusão de obras de qualquer porte, inicialmente estão
sendo objeto de priorização apenas barragens que apresentem, pelo menos, uma das
seguintes características:
I - Riscos inaceitáveis em termos econômicos, sociais, ambientais ou
de perda de vidas humanas, decorrentes de mau funcionamento da
barragem ou de sua ruptura.
II - Altura do maciço maior ou igual a quinze metros, contada do nível
do terreno natural à crista.
III - Capacidade total do reservatório maior ou igual a cinco milhões
de metros cúbicos.
IV - Reservatório que contenha resíduos tóxicos.

Nos casos onde seja identificada situação de perigo iminente, os órgãos municipais e estaduais
de defesa civil, bem como a Secretaria Nacional de Defesa Civil (61 3414-5869), deverão
ser imediatamente informados. Essa providência deve ser feita simultaneamente ao envio
da Ficha de Cadastro da Barragem ao banco de dados ANA.
A ocorrência de eventos meteorológicos atípicos impõe urgência no envio dos relatórios
sobre a situação das barragens. Com essas informações, o Governo Federal terá condições
de orientar e priorizar as intervenções preventivas, sempre na busca por melhores condições
de segurança para a população.

José Machado Hypérides Pereira de Macedo


Diretor Presidente Secretário de Infraestrutura Hídrica
Agência Nacional de Águas Ministério da Integração Nacional
SUMÁRIO

Capítulo 1: Introdução.............................................................................................. 7
Capítulo 2: Inspeção de Segurança de Barragens..................................................... 9
Capítulo 3: Informações Sobre as Legendas Adotadas........................................... 11
Capítulo 4: Preenchimento dos Dados Gerais e das Informações Sobre
a Infraestrutura Operacional................................................................................... 13
Dados Gerais / Condição Atual............................................................................... 13
Infraestrutura Operacional...................................................................................... 14
Capítulo 5: Preenchimento da Ficha de Inspeção de Barragens deTerra ............... 17
Barragem........................................................................................................... 17
Talude de Montante..................................................................................... 17
Coroamento................................................................................................. 19
Talude de Jusante......................................................................................... 21
Região de Jusante da Barragem................................................................... 23
Instrumentação............................................................................................. 24
Sangradouro / Vertedouro.................................................................................. 25
Canais de Aproximação e Restituição......................................................... 25
Estrutura de Fixação da Soleira................................................................... 26
Rápido / Bacia Amortecedora...................................................................... 27
Muros Laterais............................................................................................. 28
Comportas do Vertedouro............................................................................ 29
Reservatório...................................................................................................... 30
Torre da Tomada d’água.................................................................................... 31
Entrada......................................................................................................... 31
Acionamento................................................................................................ 32
Comportas.................................................................................................... 33
Estrutura...................................................................................................... 34
Caixa de Montante (Boca de Entrada e Stop-Log)............................................ 35
Galeria............................................................................................................... 36
Estrutura de Saída.............................................................................................. 38
Medidor de Vazão.............................................................................................. 39
Outros Problemas Existentes............................................................................. 40
Sugestões e Recomendações............................................................................. 40
Capítulo 6: Preenchimento da Ficha de Inspeção de Barragens de Concreto......... 41
Barragem........................................................................................................... 41
Paramento de Montante............................................................................... 41
Crista............................................................................................................ 42
Paramento de Jusante................................................................................... 43
Estrutura Vertente........................................................................................ 44
Galeria de Inspeção..................................................................................... 46
Instrumentação............................................................................................. 48
Sangradouro/Vertedouro.................................................................................... 49
Canais de Aproximação e Restituição......................................................... 49
Estrutura Vertente........................................................................................ 50
Comportas do Vertedouro............................................................................ 51
Muros Laterais............................................................................................. 52
Rápido / Bacia Amortecedora...................................................................... 53
Tomada d’Água................................................................................................. 54
Acionamento................................................................................................ 54
Comportas.................................................................................................... 55
Poço de Acionamento.................................................................................. 56
Boca de Entrada e Stop-Log........................................................................ 57
Galeria da Tomada d’Água.......................................................................... 58
Estrutura de Saída........................................................................................ 59
Reservatório...................................................................................................... 60
Região à Jusante da Barragem.......................................................................... 61
Medidor de Vazão.............................................................................................. 62
Outros Problemas Existentes............................................................................. 63
Sugestões e Recomendações............................................................................. 63
Anexo 1: Glossário................................................................................................. 65
Anexo 2: Causas, Consequências e Ações Corretivas para Anomalias.................. 69
Anexo 3: Fichas de Inspeção.................................................................................. 95
Ficha para Inspeção Formal de Barragem de Terra........................................... 95
Ficha para Inspeção Formal de Barragem de Concreto.................................. 105
Anexo 4: Sistemas de Projeção e Coordenadas.................................................... 115
Anexo 5: Roteiro Básico para Definição da Posição da Barragem....................... 117
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO

Um programa de inspeção e segurança de barragens é de fundamental importância


para a estabilidade e segurança de uma barragem a longo prazo e deverá ser parte
integrante do plano de operação de toda barragem. Tendo como foco a segurança
das barragens brasileiras, o Ministério da Integração Nacional – MI instituiu um
programa de inspeção nas estruturas destes equipamentos hídricos, no sentido de
assegurar à sociedade de um modo geral a confiança nestas obras, quer do ponto
de vista do fornecimento de água e energia elétrica, controle de cheias, navegação,
recreação etc., quer do ponto de vista da estabilidade física, simplesmente. Para
desenvolvimento deste programa tomou-se como base a metodologia em uso pela
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará – COGERH
– CE, que já há alguns anos vem acompanhando o comportamento das barragens sob
sua responsabilidade por meio de inspeções periódicas.
Assim é que este MANUAL representa o lançamento deste programa. Iniciado em
uma primeira reunião com técnicos do Ministério da Integração Nacional - MI,
do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca – DNOCS, da Companhia
de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba – CODEVASF, da
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará – COGERH
– CE, e da Universidade Federal do Ceará – UFC quando se delineou os aspectos
formais do programa com vistas a sua implementação.
O propósito da inspeção é avaliar os aspectos de segurança e operação da barragem. Os
aspectos de segurança revelam a integridade da estrutura do maciço principalmente e das
estruturas de controle. Os aspectos de operação estão relacionados com o funcionamento
das estruturas de controle, tais como: comportas, válvulas, Stop-Logs, ou seja, os
equipamentos passíveis de operação. As inspeções devem ser programadas e
realizadas regularmente. Por outro lado, deve ser enfatizado que somente a inspeção
não garante a segurança de uma barragem. Atividades de manutenção e recuperação
são fundamentais para uma operação com segurança das barragens.
Com o objetivo de colher contribuições para formar esta publicação, foram realizados
encontros com técnicos da CODEVASF e DNOCS, em momentos distintos, e
foram realizadas visitas de inspeção e treinamento com aqueles técnicos com vistas
à aplicação das listas de inspeção descritas, apresentadas neste MANUAL e as
respectivas instruções de uso. Desse modo, este MANUAL representa um esforço
conjunto das competências dessas instituições no sentido de contribuir e participar
do programa de inspeção e segurança ora instituído pelo MI. Por uma análise deste
documento, percebe-se de forma clara a contribuição da COGERH – CE, Comitê
Brasileiro de Barragens, CODEVASF, DNOCS e do próprio MI por meio da sua
Secretaria de Infraestrutura Hídrica.
Este MANUAL é composto de seis capítulos e cincos anexos. O primeiro capítulo é
a própria INTRODUÇÃO, onde se descreve o conteúdo da publicação, bem como
as instituições que contribuíram com a sua realização. O Capítulo 2 faz referência à
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS, definindo o seu escopo, bem
como a sua classificação, relativamente à profundidade e à abrangência da inspeção. O

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

Capítulo 3 apresenta as INFORMAÇÕES SOBRE AS LEGENDAS ADOTADAS


no corpo desta publicação, definindo-as e descrevendo-as quanto ao uso e significado.
Os demais capítulos orientam o preenchimento das fichas de inspeção. O Capítulo 4
descreve o PREENCHIMENTO DOS DADOS GERAIS E DAS INFORMAÇÕES
SOBRE A INFRAESTRUTURA OPERACIONAL. Estes dados são comuns às
barragens de terra e concreto. O Capítulo 5 descreve e explica o PREENCHIMENTO
DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGENS DE TERRA. Neste capítulo
é apresentado, de forma detalhada, cada item a ser inspecionado numa visita a
uma barragem. Descreve o que dever ser registrado e o que deve ser detalhado
nos comentários, por exemplo: alguma anomalia que não tenha sido identificada
ou especificada na lista de inspeção. Finalmente, o Capítulo 6 descreve e explica
o PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGENS DE
CONCRETO. Com as devidas particularidades, este capítulo apresenta as mesmas
características do capítulo anterior.
Os anexos se destinam a complementar os capítulos. O ANEXO 1 – GLOSSÁRIO
apresenta um apanhado de termos referentes a barragens, à sua segurança e inspeção,
reproduzidos a partir do Manual de Segurança e Inspeção de Barragens do MI. O
ANEXO 2 – ANOMALIAS apresenta uma reprodução das figuras das anomalias do
referido manual. O ANEXO 3 – FICHAS DE INSPEÇÃO apresenta as fichas de
inspeção utilizadas no campo, durante a vistoria, denominadas Fichas de Inspeção para
Barragens de Terra e Concreto. O ANEXO 4 apresenta uma contribuição específica
sobre SISTEMAS DE PROJEÇÃO E COORDENADAS. O ANEXO 5 apresenta
um ROTEIRO BÁSICO PARA DEFINIÇÃO DA POSIÇÃO DA BARRAGEM.
Finalmente, é importante registrar que uma inspeção como descrita neste MANUAL,
envolve um conhecimento a priori da barragem sob inspeção, uma visita em campo
para uma inspeção visual e o registro, de acordo com este MANUAL, das anomalias
encontradas. Estes elementos serão enviados para um escritório central onde serão
analisados e de onde deverá ser apresentada orientação para as decisões que deverão
ser tomadas pelo órgão responsável pela barragem em questão.
Sugestões serão bem recebidas.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

CAPÍTULO 2: INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

Uma barragem para ser considerada segura deve apresentar um bom desempenho no
que diz respeito aos aspectos estruturais, econômicos, ambientais e sociais. Para verificar
se a barragem atende a este requisito, devem ser realizadas inspeções que identifiquem
possíveis deficiências em relação ao desempenho considerado satisfatório. Ou seja,
inspeções e avaliações técnicas devem ser feitas para avaliar e analisar as características
hidráulicas, hidrológicas, a estabilidade estrutural e a adequabilidade operacional das
diversas instalações da obra. As inspeções devem ser executadas por pessoal qualificado
e treinado para identificar desvios em relação às normas e irregularidades, denominadas
de anomalias, que possam afetar potencialmente ou de imediato a segurança da barragem.
Estas avaliações são realizadas, observando-se as seguintes classificações e orientações,
de acordo com o nível de complexidade e gravidade da situação enfrentada:

Inspeções rotineiras: são aquelas executadas pelas equipes locais de operação e
manutenção, como parte regular de suas atividades. A frequência dessas inspeções
deve ser semanal ou mensal. Não geram relatórios específicos, mas apenas
comunicações de eventuais anomalias detectadas.

Inspeções formais: são aquelas que devem ser executadas por equipes técnicas
do proprietário, responsáveis pelo gerenciamento da barragem, ou por seus
representantes. A frequência dessas inspeções deve ser semestral ou anual.
Normalmente são realizadas obedecendo a uma lista previamente definida de itens
(check-list) que cubram todas as partes, estruturas, equipamentos e aspectos do
funcionamento da barragem. Delas resultam relatórios contendo as observações de
campo e as recomendações pertinentes.

Inspeções especiais: são aquelas executadas por especialistas da área relativa a algum
problema detectado em uma inspeção rotineira ou formal. Sua realização requer
o estudo prévio do projeto e de toda documentação disponível. Não existe uma
frequência para sua realização e ocorrem sempre que um problema exija a participação
de um especialista para seu diagnóstico e solução. Delas deve resultar um relatório
específico capaz de orientar de forma conclusiva o encaminhamento da solução.

Inspeções de emergência: são aquelas executadas por especialistas das diversas áreas
relativas à emergência em curso, além de membros da equipe técnica e operacional do
proprietário. Devem estar presentes pessoas com autoridade suficiente para tomar as
decisões que venham a se tornar necessárias no caso da situação se agravar e medidas
drásticas tenham que ser adotadas. Acontecem em resposta a uma emergência e
obviamente não existe uma frequência para sua realização. Apesar das condições
em que se processam, delas deve resultar um relatório específico capaz de justificar
as medidas eventualmente adotadas, contendo diagnóstico, análise e histórico do
acidente.
Neste manual são apresentadas fichas de inspeção formal para barragens de terra
e concreto, constantes no ANEXO 3: FICHAS DE INSPEÇÃO, que foram
preparadas para orientar e auxiliar o técnico na identificação e no registro das
anomalias. São na verdade formulários padronizados que obedecem ao sistema de

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

legendas e símbolos descritos no CAPÍTULO 3: INFORMAÇÕES SOBRE AS


LEGENDAS ADOTADAS. Os seus preenchimentos devem ser feitos conforme
recomendado no CAPÍTULO 4: PREENCHIMENTO DOS DADOS GERAIS
E DAS INFORMAÇÕES SOBRE A INFRAESTRUTURA OPERACIONAL,
no CAPÍTULO 5: PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE
BARRAGENS DE TERRA e no CAPÍTULO 6: PREENCHIMENTO DA FICHA
DE INSPEÇÃO DE BARRAGENS DE CONCRETO.
No campo, o técnico deve caminhar sobre os taludes e o coroamento da barragem e
percorrer todas as obras complementares, seguindo a lista de inspeção, com o cuidado
necessário para cobrir todos os itens e registrar todas as anomalias existentes. De um
determinado ponto sobre a barragem, pequenos detalhes podem usualmente ser vistos
a uma distância de 3 a 10 metros em qualquer direção, dependendo da irregularidade
da superfície, da vegetação ou outras condições. Para que toda a barragem seja
coberta, deve-se estabelecer um plano de trabalho que possibilite o cumprimento
de toda a lista, que ao final da vistoria deve estar completamente preenchida nos
itens pertinentes à barragem e complementada por comentários e observações que
claramente demonstrem o cuidado e a abrangência da inspeção.
Quando um item não puder ser inspecionado, mas o operador local tiver condições de
fornecer informação a respeito, o mesmo deve ser preenchido com essa informação.
Neste caso, deve ser indicado na ficha de inspeção o motivo que não permitiu a
inspeção e a origem da informação apresentada.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

CAPÍTULO 3: INFORMAÇÕES SOBRE AS LEGENDAS ADOTADAS

No preenchimento das fichas de inspeção é adotado o sistema de legendas, indicado


a seguir, cujo significado é detalhado neste capítulo.

SITUAÇÃO: A primeira parte da tabela se refere à situação da barragem em relação


ao item que esteja sendo examinado, ou seja:
NA – Este item Não é Aplicável: O item examinado não é pertinente à barragem que
esteja sendo inspecionada, por exemplo: os itens da tabela MUROS LATERAIS em
uma barragem cujo vertedouro seja escavado em rocha sã e que por isto seja delimitado
lateralmente por taludes cortados na rocha.
NE – Anomalia Não Existente: Quando não existe nenhuma anomalia em relação
ao item que esteja sendo examinado, ou seja, sob o aspecto em questão, a barragem
não apresenta falha ou defeito e não foge às normas.
PV – Anomalia constatada pela Primeira Vez: Quando da visita à barragem, aquela
anomalia for constatada pela primeira vez, não havendo indicação de sua ocorrência
nas inspeções anteriores.
DS – Anomalia Desapareceu: Quando em uma inspeção, uma determinada anomalia
verificada na inspeção anterior, não mais esteja ocorrendo.
DI – Anomalia Diminuiu: Quando em uma inspeção, uma determinada anomalia
apresente-se com menor intensidade ou dimensão, em relação ao constatado na
inspeção anterior, conforme pode ser verificado pela inspeção ou informado pela
pessoa responsável pela barragem.
PC – Anomalia Permaneceu Constante: Quando em uma inspeção, uma determinada
anomalia apresente-se com igual intensidade ou a mesma dimensão, em relação
ao constatado na inspeção anterior, conforme pode ser verificado pela inspeção ou
informado pela pessoa responsável pela barragem.
AU – Anomalia Aumentou: Quando em uma inspeção, uma determinada anomalia
apresente-se com maior intensidade, ou dimensão, em relação ao constatado na
inspeção anterior, capaz de ser percebida pela inspeção ou informada pela pessoa
responsável pela barragem.
NI – Este item Não foi Inspecionado: Quando um determinado aspecto da barragem
deveria ser examinado e por motivos alheios à pessoa que esteja inspecionando
a barragem, a inspeção não foi realizada. Neste caso, na parte reservada para

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

comentários, deverá haver uma justificativa para a não realização da inspeção. Sobre
esta situação, ver o último parágrafo do Capítulo 2.

MAGNITUDE: A definição da magnitude da anomalia procura tornar menos subjetiva


a avaliação da dimensão do problema ou da falha encontrada:

I – Insignificante: Anomalia que pode simplesmente ser mantida sob
observação pela Administração Local.

P – Pequena: Quando a anomalia pode ser resolvida pela própria
Administração Local.

M – Média: Anomalia que só pode ser resolvida pela Administração Local
com apoio da Administração Regional.

G – Grande: Anomalia que só pode ser resolvida pela Administração Regional
com apoio da Administração Central.

NÍVEL DE PERIGO: Com esta informação procura-se quantificar o nível de perigo


causado pela anomalia e indicar a presteza com que esta anomalia deva ser corrigida.

0 – Nenhum: Não compromete a segurança da barragem, mas pode ser
entendida como descaso e má conservação.

1 – Atenção: Não compromete a segurança da barragem a curto prazo, mas
deve ser controlada e monitorada ao longo do tempo.
2 – Alerta: Risco a segurança da barragem, devendo ser tomadas providências

para a eliminação do problema.



3 – Emergência: Risco de ruptura iminente, situação fora de controle.

ATENÇÃO:

1) A Magnitude e o Nível de Perigo somente serão preenchidos quando a situação


do item for PV, DI, PC, e AU. Nas situações NA, NE, DS e NI não faz sentido o
preenchimento da Magnitude e do Nível de Perigo
2) Tratando-se da primeira inspeção de uma barragem, as situações escolhidas devem
ser NA, NE, PV e NI. Quando o técnico basear-se em conhecimento próprio ou de
terceiros para informar as situações DI, DS, PC ou AU, deve ser esclarecido por meio
do preenchimento do espaço reservado para comentários, como este conhecimento
foi obtido.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

CAPÍTULO 4: PREENCHIMENTO DOS DADOS GERAIS E DAS


INFORMAÇÕES SOBRE A INFRAESTRUTURA OPERACIONAL

A ficha de inspeção contém tabelas de DADOS GERAIS – CONDIÇÃO ATUAL e


INFRAESTRUTURA OPERACIONAL cujas informações são comuns para ambas
as fichas de inspeção, tanto para as barragens de terra como para as de concreto. Estes
itens devem ser preenchidos conforme é indicado a seguir:

DADOS GERAIS - CONDIÇÃO ATUAL

Administração Regional:

1 – Barragem: Devem ser informados o nome da barragem e o nome do açude, pelos


quais são conhecidos e registrados nos órgãos por eles responsáveis. É comum o açude
possuir um nome (geralmente o do curso d’água barrado, da localidade onde ele se situa ou
de um acidente geográfico próximo) e a barragem receber outra denominação, sendo mais
comum um nome homenageando uma personalidade. Para evitar dúvidas quanto ao nome
da barragem é recomendável apresentar as duas designações (a do açude e a da barragem).
2 – Coordenadas: As coordenadas a serem apresentadas serão as do ponto onde
o maciço cruza com o rio principal barrado e podem ser na forma sexagesimal
(Sistema de Coordenadas Geográficas) ou métricas (UTM - Universal Transversa
de Mercator). Para mais detalhes ver o Anexo 4 - SISTEMAS DE PROJEÇÃO E
COORDENADAS.
3 – Município/Estado: Diz respeito ao Estado, ao Município e, se possível, ao Distrito
onde se situa o empreendimento.
4 – Vistoriado por: Identificar a pessoa que realizou a inspeção, que deve assinar a ficha.
5 – Cargo/Instituição: Indicar o cargo e a instituição da pessoa que realizou a
inspeção.
6 – Data da Vistoria / Número da vistoria: Informar a data da inspeção, dia – mês
– ano nesta ordem:

O dia do mês com dois algarismos, por exemplo, 01, 02, ......., 25.

O mês escrito com dois algarismos, por exemplo, 01, 02, ......., 12.

O ano com quatro algarismos, por exemplo, 2004, 2005, .......

O número da vistoria deve estar previamente preenchido pelo órgão responsável
pela barragem.

13
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

7 - Cota atual do nível d’água: Registrar a cota do nível d’água, em metros, no reservatório
no dia da vistoria, com duas casas decimais, assim: 125,34 ou 100,00 ou 218,89 m.
8 – Bacia: Registrar o nome da bacia hidrográfica em que esteja situada a barragem,
de acordo com a divisão oficial de bacias do estado. No caso de esta divisão oficial não
existir, registrar o nome do principal rio da bacia e explicar no espaço para comentários.
9 – Proprietário / Administração Regional: Informar o nome da instituição ou do
agente privado responsável pela barragem e informar também o setor administrativo
regional do proprietário, se existir, ao qual estiver subordinada a barragem. Por
exemplo: DNOCS / CEST-AL.

INFRAESTRUTURA OPERACIONAL

no

1 – Falta de documentação sobre a barragem: Quando no escritório local não houver


informações sobre a barragem, quer sejam textos ou plantas disponíveis capazes de
fornecer dados que a descrevam.
2 – Falta de material para manutenção: Quando da ausência de material ou
equipamento para a manutenção da barragem. Se for conveniente, para melhor
esclarecimento, fazer uso do espaço destinado a comentários.
3 – Falta de treinamento do pessoal: Quando o responsável local não passou por
treinamento, ou o treinamento foi insuficiente. Estas informações deverão ser prestadas
pelo próprio Responsável Local. Se for conveniente, para melhor esclarecimento fazer
uso do espaço destinado a comentários.
4 – Precariedade no acesso de veículos: Quando o acesso de veículos for difícil,
fazer uso do espaço destinado aos comentários para informar o estado da estrada,
carroçável etc. e qual o período do ano apresenta dificuldade de tráfego.

14
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

5 – Falta de energia elétrica: Quando não houver rede de distribuição de energia


elétrica ou quando o fornecimento de energia elétrica for interrompido com frequência
ou quando apresentar longos períodos de interrupção. Fazer uso do espaço destinado
a comentários para que fique bem caracterizada qual a real situação local.
6 – Falta de sistema de comunicação eficiente: Quando da ausência de sistema de
comunicação capaz de fornecer informações ao órgão responsável pela barragem
em tempo real. Fazer uso do espaço aos comentários para relatar a real situação do
sistema de comunicação, bem como identificá-lo.
7 – Falta ou deficiência de cercas de proteção: Quando da ausência ou deficiência
de cercas de proteção de estruturas que precisem ser protegidas por este tipo de
equipamento. Fazer uso do espaço destinado a comentários para especificar e identificar
com precisão o que está sendo relatado.
8 – Falta ou deficiência nas placas de aviso: Quando da ausência ou deficiência
de indicação do local, de tal modo que dificulte ou impossibilite que se chegue
até a barragem, ou outras estruturas que venham a compor o conjunto, tais como
sangradouro (ou vertedouro), tomada d’água, equipamentos e estruturas de medição,
barragens auxiliares (quando for o caso) etc.
9 – Falta de acompanhamento da Administração Regional: Quando o
acompanhamento dos cuidados de manutenção e operação não se fizerem por parte da
gerência ou da Administração Regional. Estas informações devem ser fornecidas pelo
Responsável Local da barragem. Se for conveniente, fazer uso do espaço reservado
a comentários.
10 – Falta de instrução dos equipamentos hidromecânicos: Falta ou deficiência
das instruções de operação dos equipamentos hidromecânicos, tais como acionamento
das comportas de vertedouro ou tomada d’água e do dispositivo de controle de saída
da tomada d’água. Verificar também se o nível de conhecimento do operador sobre
essas instruções é satisfatório. Comentar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões de comentários já inseridas
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

15
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

CAPÍTULO 5: PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE


BARRAGEM DE TERRA

No preenchimento da Ficha de Inspeção de Barragem de Terra é Adotado o sistema


de legendas indicado no Capítulo 3 - INFORMAÇÕES SOBRE AS LEGENDAS
ADOTADAS, de modo a representar o estado da barragem em relação ao aspecto
que esteja sendo examinado. Para isso, é feito um X nas colunas correspondentes à
SITUAÇÃO e à MAGNITUDE da anomalia que possa estar ocorrendo em relação
ao item examinado e registrado na coluna NP um número de 0 a 3 correspondente ao
NÍVEL DE PERIGO que esta anomalia representa para a segurança da barragem.

Rip-Rap

1 – Erosões: Desgaste sofrido pelo talude, em geral de forma localizada, pela ação
do escoamento da água de chuva, pela ação das ondas do reservatório, pela ação de
animais que elegem caminhos preferenciais para descer o talude de montante, pela
ação do vento (menos comum), ou outro agente externo à barragem.
2 – Escorregamentos: Os escorregamentos podem ser superficiais ou profundos. No
escorregamento superficial, partes mais superficiais do maciço, inclusive as pedras do
Rip-Rap, deslizam pelo talude de montante. É possível observar-se na parte superior
do talude, a barragem desnuda de enrocamento. Observa-se, também, um acúmulo de
material na parte inferior do talude de montante onde verificou-se o escorregamento.
Os escorregamentos profundos envolvem um volume maior do maciço, passando o
círculo de escorregamento mais internamente na barragem. Os sinais iniciais de seu
desenvolvimento são rachaduras e abatimentos no topo do maciço e posteriormente
deslocamento (embarrigamento) no pé do maciço.
3 – Rachaduras/afundamento (laje de concreto): Quando uma porção do maciço se
mover devido à perda de suporte, escorregamento ou erosões, aparecem rachaduras

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

e afundamentos nas lajes de concreto da proteção superficial do talude de montante.


Este item é aplicado somente quando o talude de montante for protegido da ação das
ondas por placas de concreto.
4 – Rip-Rap incompleto, destruído ou deslocado: Rip-Rap de baixa qualidade ou
mal dimensionado pode sofrer a ação das ondas do reservatório que deslocam o
enrocamento, fazendo com que as pedras rolem talude abaixo. O carreamento da
camada de transição pela água, através das pedras do enrocamento, leva também à
destruição do Rip-Rap e abre caminho para que as ondas ataquem diretamente o solo
do maciço.
5 – Afundamentos e buracos: Quando aparecem depressões localizadas no talude
de montante. É possível que uma outra anomalia tenha precedido o afundamento,
como erosão, por exemplo.
6 – Árvores e arbustos: Verificar a existência de vegetação no talude, bem como
informar a natureza, a densidade e o tamanho da vegetação. Utilizar o espaço para
comentários.
7 – Erosão nos encontros das ombreiras: Quando do escoamento da água de
chuva, principalmente, é possível o aparecimento de erosão no encontro da estrutura
da barragem com as ombreiras. Se for conveniente, usar o espaço reservado para
comentários para que fique bem definida a intensidade ou o grau de erosão.
8 – Canaletas quebradas ou obstruídas: Quando da ação do escoamento superficial
sobre o talude, ou quando haja excesso de água para ser transportado pela canaleta
pode aparecer deslocamento e quebra da canaleta, ou ainda, obstrução, pela erosão
superficial e consequente acúmulo de material nas canaletas.
9 – Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais: Quando formigueiros e
cupinzeiros aparecem no talude, são características as formas que estas infestações
apresentam. As tocas de animais (menos comuns) devem ser identificadas. Se for
conveniente, fazer uso do espaço reservado para comentários.
10 – Sinais de movimento: Qualquer indicação de movimento nos taludes deve
ser reportada na ficha de inspeção, tentando-se identificar suas causas. Fazer uso do
espaço para comentários.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Erosões: Quando do escoamento das águas de chuva que se precipitam sobre a


área de coroamento da barragem, tráfego de veículos e animais, ação do vento, podem
aparecer sinais de erosão.
2 – Rachaduras: Rachaduras longitudinais e transversais podem aparecer no
coroamento. É importante que se caracterize com alguma precisão a dimensão e
localização destas anomalias, pois elas eventualmente podem sinalizar problemas
mais importantes, tais como: escorregamentos, erosões internas ou acomodações da
fundação. Fazer uso do espaço reservado para comentários.
3 – Falta de revestimento: Algumas barragens funcionam também como trechos de
rodovias, estradas secundárias etc. A existência ou não do revestimento e o seu estado
de conservação, verificado na inspeção, são de muita importância para a conservação
da barragem.
4 – Falha no revestimento: Erosões provocadas por falhas na drenagem, tráfego de
veículos e animais, ação do vento, ou mesmo o desgaste pelo uso podem ocasionar
falhas no revestimento do coroamento, que devem ser reportadas e detalhadas no
espaço reservado para comentários.
5 - Afundamentos e buracos: Podem ser resultantes de deslocamentos e acomodações
no maciço ou de crescimento de falhas no revestimento.
6 - Árvores e arbustos: Verificar a existência de vegetação no coroamento e informar
a natureza, a densidade e o tamanho da vegetação. Em barragens que não funcionam
como rodovias este fato é mais comum. Utilizar o espaço para comentários.
7 – Defeitos na drenagem: Com as chuvas, aparecem no coroamento da barragem,
poças d’água que não conseguem escoar pelo sistema de drenagem. Durante o verão,
estas poças secas são bem visíveis. Pode ocorrer, também, escoamento de água do
coroamento diretamente para os taludes, não passando pelas canaletas. Este fato é de

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

fácil identificação pela presença de caminhos preferenciais da água do coroamento


para os taludes.
8 – Defeitos no meio-fio: Deslocamentos no meiofio podem ser resultantes do mau
funcionamento do sistema de drenagem, pelo carreamento do solo de apoio, ou podem
indicar acomodações e escorregamentos no maciço. Se for conveniente, usar o espaço
destinado a comentários.
9 – Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais: Quando formigueiros e
cupinzeiros aparecem no coroamento, são características as formas que estas
infestações apresentam. As tocas de animais (menos comuns) devem ser identificadas.
Se for conveniente, fazer uso do espaço reservado para comentários.
10 – Sinais de movimento: Qualquer indicação de movimento no coroamento deve
ser reportada na ficha de inspeção. Os primeiros sinais de escorregamentos profundos
normalmente aparecem como deslocamentos verticais no coroamento. Fazer uso do
espaço para comentários.
11 – Desalinhamento do meio-fio: Quando do mau funcionamento do sistema de
drenagem é possível o aparecimento de defeitos no meiofio que vão desde o simples
desalinhamento até o seu deslocamento. Pela ação da água, material é retirado do
local onde o meiofio esteja assentado. Também é possível alguma ação do tráfego de
veículos, pedestres sobre o meio-fio. No entanto, podem também indicar acomodações
e escorregamentos no maciço. Se conveniente, usar o espaço destinado a comentários.
12 – Ameaça de transbordamento da barragem: Quando do período chuvoso,
precipitações muito intensas podem provocar grandes cheias, às quais podem se somar
ondas de cheias resultantes da ruptura de reservatórios a montante do barramento em
inspeção. Reduções na cota do coroamento por abatimento do maciço ou por erosão
reduzem a capacidade da barragem de suportar estes eventos extremos e eventualmente
resultar em transbordamento. Assim, é importante verificar a manutenção da cota de
projeto do coroamento da barragem. O espaço destinado aos comentários deve ser usado.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Erosões: Desgaste sofrido pelo talude, em geral de forma localizada pela ação do
escoamento da água de chuva, pela ação de animais que elegem caminhos preferenciais
para descer o talude de jusante, pela ação do vento (menos comum), ou outro agente externo
à barragem.
2 – Escorregamentos: Os escorregamentos podem ser superficiais ou profundos. No
escorregamento superficial, partes mais superficiais do maciço, inclusive o revestimento
superficial, deslizam pelo talude. É possível observar-se na parte superior do talude a barragem
desnuda de proteção. Observa-se também um acúmulo de material na parte inferior do talude
de jusante onde verificou-se o escorregamento. Os escorregamentos profundos envolvem
um volume maior do maciço, passando o círculo de escorregamento mais internamente na
barragem. Os sinais iniciais de seu desenvolvimento são rachaduras e abatimentos no topo
do maciço e, posteriormente, deslocamento (embarrigamento) no pé do maciço.
3 – Rachaduras/afundamento (laje de concreto): Este item aplica-se somente
quando o talude de jusante estiver protegido superficialmente por placas de concreto.
Quando uma porção do maciço mover-se devido à perda de suporte, escorregamento
ou erosões, aparecem rachaduras e afundamentos nas lajes de concreto da proteção
superficial do talude de montante.
4 – Falha na proteção granular: Por falta de cuidados na execução ou erro de projeto,
ou ainda, mais comumente, por deficiência do sistema de drenagem superficial ou
trânsito de pessoas e animais, às vezes, podem surgir falhas na camada de brita ou
pedregulho da camada de proteção granular do talude de jusante.
5 – Falha na proteção vegetal: Por falta de umidade na estação seca, ou ainda por
deficiência do sistema de drenagem superficial ou trânsito de pessoas e animais podem
surgir falhas na proteção vegetal do talude de jusante.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

6 – Afundamentos e buracos: Quando aparecem depressões localizadas no talude


de montante, é possível que uma outra anomalia tenha precedido o afundamento,
como erosão por exemplo.
7 – Árvores e arbustos: Verificar a existência de vegetação no talude e informar a
natureza, a densidade e o tamanho da vegetação. Utilizar o espaço para comentários.
8 – Erosão nos encontros das ombreiras: Quando do escoamento da água de
chuva, principalmente, é possível o aparecimento de erosão no encontro da estrutura
da barragem com as ombreiras. Se for conveniente, usar o espaço reservado aos
comentários para que fique bem definida a intensidade ou o grau de erosão.
9 – Cavernas e buracos nas ombreiras: Verificar a existência de cavernas e buracos
nas ombreiras, registrando a dimensão destas anomalias, a presença e intensidade de
fluxos d’água; bem como a possibilidade do seu crescimento resultar em comunicação
com o lago à montante.
10 – Canaletas quebradas ou obstruídas: Quando da ação do escoamento superficial
sobre o talude ou quando houver excesso de água para ser transportada pela canaleta
podem ocorrer erosões, causando o descalçamento ou deslocamento da canaleta. Ainda,
quando a proteção superficial do maciço não funcionar satisfatoriamente, é possível o
carreamento de solo e o consequente acúmulo de material e obstrução das canaletas.
11 – Formigueiros, cupinzeiros ou tocas de animais: Quando formigueiros e
cupinzeiros aparecem no talude, são características as formas que estas infestações
apresentam. As tocas de animais (menos comuns) devem ser identificadas. Se for
conveniente, fazer uso do espaço reservado para comentários.
12 – Sinais de movimento: Qualquer indicação de movimento nos taludes deve ser
reportada na ficha de inspeção, tentando-se identificar suas causas. Usar o espaço
para comentários.
13 – Sinais de fuga d’água ou áreas úmidas: É possível o aparecimento de umidade
excessiva ou mesmo de fluxo de água no talude de jusante decorrente do mau
funcionamento do sistema interno de drenagem da barragem, da presença de camadas
de solos mais permeáveis no maciço ou mesmo de fuga d’água através de rachaduras.
Este último é o que mais preocupa porque pode ser sinal de início de um processo de
erosão interna (Piping). Deve-se tentar identificar o mecanismo que esteja ocasionando
o fluxo de água e registrar no espaço destinado a comentários.
14 – Carreamento de material na água dos drenos: A presença de solo ou mineral
sendo carreado na água dos drenos pode sinalizar a ocorrência de mau funcionamento
do sistema de drenagem ou o início de um processo de erosão interna (Piping). Não
se deve minimizar a importância desta anomalia.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Construções irregulares próximas ao rio: Algumas construções podem ser


identificadas nesta situação. São edificações que certamente apresentam problemas
quando o açude está sangrando, ou mesmo não podem permanecer ali por motivos
legais. Fazer uso do espaço para comentários e, se possível, especificar para cada
construção: o tipo, a área construída, a proximidade do leito do rio e da barragem, de
tal forma que fique caracterizada a posição do imóvel.
2 – Fuga d’água: É possível o aparecimento de umidade excessiva ou mesmo de fluxo
de água à jusante da barragem decorrente do mau funcionamento do sistema interno
de drenagem da barragem ou da presença de camadas de solos mais permeáveis no
terreno de fundação ou das ombreiras. Deve-se tentar quantificar o fluxo de água e
registrar no espaço destinado a comentários. No entanto, é importante observar-se
que em algumas situações, a presença da água não constitui uma anomalia e já havia
sido prevista no projeto da barragem. Por exemplo: no caso da fundação ser em tapete
impermeabilizante à montante.
3 – Erosão nas ombreiras: Quando do escoamento da água de chuva, principalmente,
é possível o aparecimento de erosão nas ombreiras. Se for conveniente, usar o espaço
reservado a comentários, para que fique bem definida a intensidade ou o grau de erosão.
4 – Cavernas e buracos nas ombreiras: Verificar a existência de cavernas e buracos
nas ombreiras, registrando a dimensão dessas anomalias, a presença e intensidade de
fluxos d’água, bem como a possibilidade do seu crescimento resultar em comunicação
com o lago à montante.
5 - Árvores e arbustos na faixa de 10m do pé da barragem: É importante verificar
a existência de árvores e arbustos na faixa indicada, pois elas dificultam a inspeção
e identificação de problemas à jusante da barragem.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Acesso precário aos instrumentos: Algumas barragens, dada a sua importância do


ponto de vista de segurança, precisam ser monitoradas constantemente. Instrumentos
são instalados na estrutura da barragem e no seu entorno, quer seja nos taludes,
coroamento, fundação, ombreiras etc., de tal modo que se possa acompanhar o
comportamento da barragem e do terreno no seu entorno.
2 – Piezômetros entupidos ou defeituosos: Piezômetros são os instrumentos mais
comuns e mais simples instalados numa barragem. Servem para medir a pressão
d’água. Devem estar limpos, com o topo em perfeitas condições e sem trincaduras
aparentes.
3 – Marcos de recalque defeituosos: São instrumentos extremamente importantes,
apesar de simples, que servem para medir algum movimento na barragem. Fazer uso
do espaço para comentários.
4 – Medidores de vazão de percolação defeituosos: A percolação em uma barragem
pode trazer consequências graves para a sua estabilidade. Estes equipamentos servem
para medir quanto de água está passando através da barragem ou de sua fundação,
ou de ambas.
5 – Falta de instrumentação: Verificar se algum dos instrumentos previstos no projeto
ou existentes anteriormente está faltando.
6 – Falta de registro de leituras da instrumentação: Verificar a existência dos
registros de leitura dos instrumentos que devem estar completos e disponíveis para
consultas.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Árvores e arbustos: É comum o aparecimento de árvores e arbustos na parte não


revestida do sangradouro, nos canais de aproximação e de restituição. Fazer uso do
espaço para comentários.
2 – Obstrução ou entulhos: Pode ocorrer a existência de entulhos ou queda de
barreiras laterais nos canais de aproximação e de restituição, obstruindo o sangradouro.
Fazer uso do espaço destinado aos comentários para informar o grau de obstrução.
3 – Desalinhamento dos taludes e muros laterais: Com sangradouro em corte
elevado, podem aparecer problemas nos taludes do corte. Os muros laterais, por sua
vez, podem apresentar desalinhamento, quer seja por problemas na fundação, ou por
esforço excessivo sobre os muros pelo solo arrimado.
4 – Erosões ou escorregamentos nos taludes: Taludes podem apresentar erosões
devidas principalmente ao escoamento superficial da água de chuva. Podem, também,
apresentar escorregamentos por falta de resistência . Descrever com clareza no espaço
reservado a comentários.
5 – Erosão na base dos canais escavados: Canais escavados, dependendo do tipo
de terreno, podem apresentar erosão.
6 – Erosão na área à jusante (erosão regressiva): Na saída do canal de restituição,
pode aparecer erosão regressiva, que se desenvolve de jusante para montante,
principalmente na base do canal.
7 – Construções irregulares (aterro, casa, cerca): Algumas construções podem
ser identificadas nesta situação. São edificações, cercas, estradas e aterros que,
certamente, apresentam problemas quando o açude está sangrando, ou mesmo não
podem permanecer ali por motivos legais. Fazer uso do espaço para comentários e, se
possível, especificar para cada construção o tipo, a área construída, proximidade do
leito do rio e da barragem, de tal forma que fique caracterizada a posição do imóvel.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Rachaduras ou trincas no concreto: A soleira pode apresentar rachaduras ou


trincas no concreto. Especificar de forma detalhada a localização precisa da anomalia,
bem como dimensões e orientação.
2 – Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico,
principalmente, a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma
detalhada tal exposição.
3 – Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto na estrutura vertente. Identificar local e grau de deterioração. Registrar.
4– Descalçamento da estrutura: Por algum processo erosivo ou de fuga de material,
pode haver descalçamento da estrutura de fixação da soleira. Indicar com precisão o
local e a dimensão.
5– Juntas danificadas: Por movimentos da estrutura ou por ação externa, é possível
que as juntas sejam danificadas. Especificar o grau dos danos, sua localização etc.
6– Sinais de deslocamentos das estruturas: Qualquer sinal de movimento da
estrutura deverá ser reportado na ficha de inspeção.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Rachaduras ou trincas no concreto: Verificar rachaduras ou trincas no concreto.


Especificar de forma detalhada a localização precisa da anomalia, bem como dimensões
e orientação.
2 – Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico,
principalmente, a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma
detalhada tal exposição.
3 – Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto. Identificar local e grau de deterioração. Registrar.
4 – Ocorrência de buracos na soleira: O desgaste na soleira pode atingir tal
intensidade que chegue a formar buracos na estrutura.
5 – Erosões: Erosões podem ocorrer imediatamente abaixo da soleira da bacia de
dissipação ameaçando sua estabilidade. Especificar de forma detalhada a localização
precisa da anomalia, dimensões e risco de desmoronamento na estrutura.
6 – Presença de entulho na bacia: Material externo pode obstruir o curso da água
na bacia amortecedora. Indicar a extensão da obstrução.
7 – Presença de vegetação na bacia: Verificar a existência de árvores e arbustos nas
juntas das estruturas de concreto. Fazer uso do espaço para comentários.
8 – Falha no enrocamento de proteção: Caso exista enrocamento de proteção à
jusante da bacia de dissipação, verificar sua integridade e se está ameaçado pela
ocorrência de erosões.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Erosão na fundação: Erosão na fundação dos muros laterais atenta contra a


sua estabilidade. Especificar e detalhar quanto à sua intensidade. Em geral, por
problemas na fundação dos muros, é possível aparecerem rachaduras no concreto.
Estes problemas são importantes para a estabilidade dos muros. Fazer uso do espaço
destinado a comentários, para deixar a questão bem esclarecida.
2 – Erosão nos contatos dos muros: Erosão pode aparecer principalmente devido
ao escoamento da água de chuva. Especificar.
3 – Rachaduras ou trincas no concreto: Os muros podem apresentar rachaduras ou
trincas no concreto. Especificar de forma detalhada a localização precisa da anomalia,
dimensões e orientação.
4 – Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico,
principalmente, a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma
detalhada tal exposição.
5 – Deterioração da superfície do concreto: O concreto pode apresentar sinais de
trincas, rachaduras, desgastes etc. Reportar na ficha de inspeção qualquer situação
de anormalidade.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Peças fixas (corrosão, amassamento da guia e falha na pintura): Verificar


quanto ao estado de conservação das peças fixas, à corrosão, amassamento de guias,
estado geral da pintura (se for o caso). Especificar.
2 – Estrutura (corrosão, amassamento e falha na pintura): Verificar na estrutura,
propriamente dita, da comporta quanto à corrosão, amassamentos, furos, defeitos na
pintura (ou ausência). Especificar local e detalhar.
3 – Defeito das vedações (vazamento): Verificar vedações quanto a vazamentos.
Especificar locais e intensidade do vazamento.
4 – Defeito das rodas (comporta vagão): Verificar o sistema de deslizamento das
comportas. Se for de rodas, verificar o seu estado quando estiver girando, se possível.
Especificar.
5 – Defeitos nos rolamentos ou buchas e retentores: Verificar defeitos nos rolamentos
quanto ao seu funcionamento, ferrugem, corrosão etc. Se houver buchas, verificar a sua
integridade, circularidade, espessura não uniforme que indica desgaste etc. Especificar.
6 – Defeito no ponto de içamento: O ponto de içamento da comporta é de vital
importância para o seu acionamento. Verificar, cuidadosamente, quanto à sua
integridade, se há corrosão, se apresenta algum desgaste, se a sua fixação na comporta
não está comprometida etc. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Réguas danificadas ou faltando: As réguas que indicam o nível d’água no


reservatório são importantes para o acompanhamento das variações do volume de
água. A gestão do reservatório tem por base as leituras dessas réguas. Em geral são
mais de um lance de réguas em posições que acompanham o abaixamento do nível
d’água. Fazer uso do espaço reservado a comentários.
2 – Construções em áreas de proteção: Às vezes são construídas, na área de proteção,
algumas estruturas para lazer, criação de animais ou mesmo para moradia. Essas
construções devem ser reportadas e especificadas.
3 – Poluição por esgoto, lixo, pesticidas etc.: Verificar a existência de algum tipo
de lançamento poluidor no reservatório. Especificar e quantificar.
4 – Indícios de má qualidade d’água: Registrar a existência de indícios de má
qualidade da água do reservatório, como a coloração ou mesmo odor desagradável.
5 – Erosões: Verificar se há algum tipo de erosão que transporte material para dentro
do reservatório. Especificar e localizar.
6 – Assoreamento: O transporte de material para dentro do reservatório causa o seu
assoreamento que, em geral, é verificado com precisão por meio de batimetria do lago.
Na inspeção informar se há algum vestígio ou informação a respeito.
7 – Desmoronamento das margens: Se as margens são muito íngremes, pode
ocorrer algum tipo de desmoronamento. Verificar a existência real ou potencial de
desmoronamento.
8 – Existência de vegetação aquática excessiva: Vegetação aquática excessiva é
sinônimo de desequilíbrio biológico no reservatório. Especificar o grau de cobertura
vegetal da superfície d’água e o tipo de planta.
9 – Desmatamentos na área de proteção: Verificar se há algum tipo de desmatamento
na área de proteção do reservatório. Especificar local e dimensão.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

10 – Presença de animais e peixes mortos: Peixes mortos no reservatório indicam


algum desequilíbrio biológico. Informar o tipo e, se possível, a quantidade aproximada.
Outros animais podem aparecer mortos também por afogamento. Especificar e
quantificar.
11 – Animais pastando: A presença de animal pastando na área do reservatório deve
ser identificada. Especificar o tipo de animal, quantidade, frequência etc.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Assoreamento: Indicar se há algum tipo de transporte ou acúmulo de material na


entrada da tomada d’água. Especificar.
2 – Obstrução e entulhos: Verificar se há algum tipo de entulho ou obstrução na
entrada da tomada d’água. Especificar.
3 – Tubulação danificada: Verificar a integridade da tubulação. Especificar e detalhar
qualquer dano.
4 – Registros defeituosos: Verificar o estado de conservação dos registros, quanto à
estanqueidade, funcionamento etc. Especificar.
5 – Falta de grade de proteção: Verificar a existência da grade de proteção.
6 – Defeitos na grade: Verificar defeitos na grade de proteção, tais como fixação,
ferrugem, ausência de pintura (se for o caso), elementos quebrados. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Hastes (travada no mancal, corrosão e empenamento): Verificar o acionamento


das hastes. Verificar se há algum tipo de retenção que impeça o movimento da haste, se
há presença de corrosão ou algum desgaste. O alinhamento da haste deve ser verificado,
pois o seu empenamento pode causar a sua retenção e a sua ruptura quando se tentar
movimentá-la. Especificar.
2 – Base dos mancais (corrosão, falta de chumbadores): Os mancais devem ser
verificados quanto a sua fixação (bases), se estão corroídas etc. Especificar.
3 – Falta de mancais: Verificar a ausência de mancais. Especificar e quantificar.
4 – Corrosão nos mancais: Os mancais devem apresentar-se livres de corrosão.
Verificar o seu estado de conservação. Especificar.
5 – Falha nos chumbadores, lubrificação e pintura do pedestal: Verificar o
pedestal quanto a sua fixação (chumbadores), lubrificação, pintura e seu estado geral
de conservação. Especificar.
6 – Falta de indicador de abertura: Verificar quanto à existência de mecanismo de
indicação do grau de abertura da comporta. Especificar o estado de conservação do
conjunto indicador da abertura. Especificar.
7 – Falta de volante: Verificar a existência de volante. Tecer comentários sobre o
tempo de ausência do volante se for o caso. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Peças fixas (corrosão, amassamento da guia e falha na pintura): Verificar


quanto ao estado de conservação das peças fixas, quanto à corrosão, amassamento
de guias, estado geral da pintura (se for o caso). Especificar.
2 – Estrutura (corrosão, amassamento e falha na pintura): Verificar na estrutura
propriamente dita da comporta quanto à corrosão, amassamentos, furos e defeitos na
pintura (ou ausência). Especificar local e detalhar.
3 – Defeito das vedações (vazamento): Verificar vedações quanto a vazamentos.
Especificar locais e intensidade do vazamento.
4 – Defeito das rodas (comporta vagão): Verificar sistema de deslizamento das
comportas. Se for de rodas, verificar o seu estado quando estiver girando, se possível.
Especificar.
5 – Defeitos nos rolamentos ou buchas e retentores: Verificar defeitos nos rolamentos
quanto ao seu funcionamento, ferrugem, corrosão etc. Se houver buchas, verificar
a sua integridade, circularidade e espessura não uniforme que indica desgaste etc.
Especificar.
6 – Defeito no ponto de içamento: O ponto de içamento da comporta é de vital
importância para o seu acionamento. Verificar cuidadosamente quanto à sua
integridade, se há corrosão, se apresenta algum desgaste, se a sua fixação na comporta
não está comprometida etc. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

By-Pass

1 – Ferragem exposta na estrutura da torre: Verificar a integridade da estrutura


da torre externa e internamente. Verificar a presença de ferragem exposta, especificar
local e o grau de exposição. Usar espaço destinado a comentários.
2 – Falta de guardacorpo na escada de acesso: Verificar se há guardacorpo na
escada de acesso (se existir). Se não há guardacorpo informar se já houve. Explicar.
3 – Deterioração do guardacorpo na escada de acesso: Verificar estado de
conservação do guardacorpo na escada de acesso. Se possível informar grau de
deterioração, falta de pintura etc.
4 – Ferragem exposta na plataforma (passadiço): Algumas barragens, principalmente
as mais antigas, possuem passadiço entre a barragem e a torre de tomada d’água.
Verificar condições de manutenção, quanto à exposição de ferragem. Detalhar.
5 – Falta de guardacorpo no passadiço: Verificar a ausência de guardacorpo no
passadiço.
6 – Deterioração do guardacorpo no passadiço: Verificar o estado de conservação
do guardacorpo do passadiço, pintura (se for o caso) e grau de deterioração. Detalhar.
7 – Deterioração do portão do abrigo de manobra: Verificar o estado de conservação
do portão do abrigo de manobras, pintura e grau de deterioração. Detalhar.
8 – Deterioração do tubo de aeração e By-Pass: Verificar estado de conservação
da tubulação de aeração e By-Pass, pinturas, registros e acoplamentos. Definir grau
de deterioração. Usar espaço destinado a comentários.
9 – Deterioração da instalação de controle: Verificar estado de conservação da
instalação de controle. Se possível fazer alguma manobra ou teste desde que não
comprometa a operação do sistema. Usar espaço destinado a comentários.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos


no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

S L

S L

Observação: se a caixa de montante estiver acoplada a uma torre, desconsiderar os


itens, 1 a 6, que já estejam contemplados na inspeção da torre.
1 – Assoreamento: Indicar se há algum tipo de transporte ou acúmulo de material na
entrada da caixa de montante. Usar espaço destinado a comentários.
2 – Obstrução e entulhos: Verificar se há algum tipo de entulho ou obstrução na
entrada da caixa de montante. Especificar.
3 – Ferragem exposta na estrutura de concreto: Verificar estado de conservação
da estrutura de concreto quanto à ferragem exposta. Indicar localização, extensão e
grau de exposição. Usar espaço destinado a comentários.
4 – Deterioração no concreto: Verificar deterioração na estrutura de concreto. Indicar
localização e extensão dos danos. Usar espaço destinado a comentários.
5 – Falta de grade de proteção: Verificar a existência da grade de proteção. Identificar
se já houve grade de proteção. Usar espaço para comentários.
6 – Defeitos na grade: Verificar estado de conservação da grade de proteção, referente
à pintura (se for o caso), à corrosão e às hastes quebradas. Explicar.
7 – Peças fixas (corrosão, amassamento da guia e falha na pintura): Verificar estado
de conservação das peças fixas, referentes à pintura, corrosão, amassamento de guias,
ou qualquer outra anomalia nas partes fixas. Explicar detalhadamente.
8 – Estrutura do Stop-Log (corrosão, amassamento e falha na pintura): Verificar
estrutura do Stop-Log quanto a pintura, corrosão, amassamento, ou qualquer outra
anomalia existente. Exemplificar.
9 – Defeito no acionamento do Stop-Log: Verificar estado de conservação e operação
no acionamento do Stop-Log. Detalhar.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

10 – Defeito no ponto de içamento: O ponto de içamento do Stop-Log é de


vital importância para o seu acionamento. Verificar cuidadosamente quanto à sua
integridade, se há corrosão, se apresenta algum desgaste, se a sua fixação no Stop-Log
não está comprometida etc. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Corrosão e vazamentos na tubulação: Verificar com cuidado o estado de


conservação da tubulação que compõe a galeria. Identificar, com precisão, vazamentos,
corrosão, afundamentos, ou qualquer outra anomalia que venha a ser constatada. Fazer
uso do espaço destinado a comentários.
2 – Sinais de abrasão ou cavitação: Materiais arrastados pela corrente líquida
podem provocar algum tipo de abrasão na tubulação. Altas velocidades da água
podem provocar cavitação na tubulação. Verificar a existência destes dois efeitos do
funcionamento incorreto da galeria. Fazer uso do espaço pra comentários.
3 – Defeitos nas juntas: Verificar o estado de conservação das juntas da tubulação.
Se forem soldadas, verificar quanto à espessura do cordão de solda, sua integridade,
algum tipo de corrosão etc. Detalhar.
4 – Deformação do conduto: verificar qualquer tipo de deformação na tubulação. Explicar.
5 – Desalinhamento do conduto: O desalinhamento do conduto pode comprometer
inclusive a estabilidade do maciço da barragem. Identificar possíveis desalinhamentos.
Localizar e de algum modo quantificar (ângulo, por exemplo). Detalhar.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

6 – Surgência de água no concreto: Verificar a presença de surgências de água na


parte de concreto (se existir). De alguma forma quantificar (por exemplo: somente
úmido. com algum filete de escoamento) para que se possa ter uma idéia do grau de
surgência. Detalhar.
7 – Precariedade de acesso: Verificar a acessibilidade da galeria. Identificar se de
fácil acesso, se apresenta alguma dificuldade, ou se é de difícil acesso. Detalhar.
8 – Vazamento nos dispositivos de controle: Verificar os dispositivos de controle
quanto a vazamentos. De alguma forma, quantificar. Detalhar.
9 – Surgência de água junto à galeria: Verificar a surgência de água junto à galeria.
De alguma forma quantificar (por exemplo: somente úmido ou com algum filete de
escoamento) para que se possa ter uma idéia do grau de surgência. Detalhar.
10 – Falta de manutenção: Verificar e informar na Ficha de Inspeção, o estado geral
de conservação da galeria. Se for necessário, use o espaço destinado a comentários.
11 – Presença de pedras e lixo dentro da galeria: Verificar o interior da galeria
quanto à presença de pedras, entulhos, lixo, ou qualquer outro material estranho. Se
possível, identificar a origem do material. Detalhar.
12 – Defeitos no concreto: Verificar a integridade do concreto da galeria (se houver)
quanto à trincas, rachaduras ou qualquer outro tipo de dano identificável. Detalhar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Corrosão e vazamentos na tubulação: Verificar com cuidado o estado de


conservação da tubulação na saída que compõe a galeria. Identificar, com precisão,
vazamentos, corrosão, afundamentos, ou qualquer outra anomalia que venha a ser
constatada. Fazer uso do espaço destinado a comentários.
2 – Sinais de abrasão ou cavitação: Materiais arrastados pela corrente líquida
podem provocar algum tipo de abrasão na tubulação. Altas velocidades da água
podem provocar cavitação na tubulação. Verificar a existência destes dois efeitos do
funcionamento incorreto. Fazer uso do espaço pra comentários.
3 – Ruídos estranhos: Quando do mau funcionamento dos equipamentos na estrutura
de saída, alguns ruídos podem ser ouvidos. Algum objeto preso na saída, gavetas de
registros danificadas, sede das gavetas gastas ou mesmo cavitação podem provocar
ruídos estranhos. Tentar identificar com precisão a causa dos ruídos. Detalhar.
4 – Defeito nos dispositivos de controle: Verificar o funcionamento dos dispositivos
de controle instalados na saída da galeria. Se possível, identificar o dispositivo e os
possíveis defeitos. Detalhar.
5 – Surgência de água no concreto: Verificar a presença de surgência de água na
parte de concreto (se existir). De alguma forma quantificar (por exemplo, somente
úmido ou com algum filete de escoamento) para que se possa ter uma idéia do grau
de surgência. Detalhar.
6 – Precariedade de acesso (árvores e arbustos): Verificar a acessibilidade da
estrutura de saída. Identificar se é de fácil acesso, se apresenta alguma dificuldade,
ou se é de difícil acesso. Detalhar.
7 – Vazamento nos dispositivos de controle: Verificar os dispositivos de controle
quanto a vazamentos. De alguma forma, quantificar. Detalhar.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

8 – Falta de manutenção: Verificar e informar na ficha de inspeção o estado geral de


conservação da estrutura de saída. Se necessário, use o espaço destinado a comentários.
9 – Construções irregulares: Verificar a existência de algum tipo de construção que
possa comprometer a integridade e o acesso da estrutura de saída. Detalhar.
10 – Falta ou deficiência de drenagem da caixa de válvulas: Verificar a caixa das
válvulas (se houver) quanto à drenagem, se há algum acúmulo de água. Detalhar.
11 – Presença de pedras e lixo dentro da caixa de válvulas: Verificar a caixa de
válvulas quanto à limpeza. Verificar a presença de lixo, de pedras, ou outro material
qualquer, estranho ao meio. Detalhar.
12 – Defeitos no concreto: Verificar a integridade do concreto da estrutura de saída.
Rachaduras, trincas, exposição de ferragens etc. devem ser identificadas. Localizar e
determinar de algum modo o grau de deterioração. Detalhar.
13 – Defeitos na cerca de proteção: Verificar a existência de cerca de proteção. Seu
estado de conservação deve ser reportado. A ausência de estacas, fios de arame deve
ser reportada. Detalhar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Ausência da placa medidora de vazão: Verificar a existência da placa medidora


de vazão. Esclarecer.
2 – Corrosão da placa: Verificar estado de conservação da placa. Verificar detalhes
na escala de medição. Se for o caso, descrever estado da pintura. Detalhar.
3 – Defeitos no concreto: Verificar a integridade do concreto. Registrar alguma
exposição de ferragem se for o caso. Rachaduras, trincas, deslocamentos devem ser
registrados. Detalhar.
4 – Falta de escala de leitura de vazão: Verificar a existência da escala de leitura.
Esclarecer.
5 – Assoreamento da câmara de medição: Verificar a presença de material (areia,
barro, pedregulho) dentro da câmara de medição. Detalhar.

39
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

6 – Erosão à jusante do medidor: O fluxo de água pode causar erosão à jusante do


medidor o que poderá, eventualmente, ameaçar a estabilidade da estrutura do medidor.
Verificar a ocorrência de erosões e registrar, indicando o nível de ameaça à estrutura.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

J. OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES

Ao preencher a Ficha de Inspeção, é possível que algum elemento estrutural e alguma


anomalia não estejam contemplados nos diversos quadros detalhados. Como sugestão,
quando da identificação destas situações, registrá-las no item OUTROS PROBLEMAS
EXISTENTES. A colaboração do responsável pelo preenchimento deste item da
ficha é extremamente importante no sentido de aprimorar a inspeção, reforçando sua
credibilidade e demonstrando a abrangência do trabalho realizado.

K. SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Ainda no item SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES devem ser registradas


todas as sugestões e recomendações que possam melhorar a realização da inspeção
e a própria ficha,assim como tudo que possa ser útil à operação, à manutenção e à
segurança da barragem.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

CAPÍTULO 6: PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE


BARRAGENS DE CONCRETO

No preenchimento da Ficha de Inspeção de Barragem de Concreto é adotado o sistema


de legendas indicado no Capítulo 3 - INFORMAÇÕES SOBRE AS LEGENDAS
ADOTADAS, de modo a representar o estado da barragem em relação ao aspecto que
está sendo examinado. Para isto é feito um X nas colunas correspondentes à Situação
e à Magnitude da anomalia que possa estar ocorrendo em relação ao item examinado
e registrado na coluna NP um número de 0 a 3 correspondentes ao Nível de Perigo
que esta anomalia representa para a segurança da barragem.

1 – Presença de vegetação: Verificar a existência de vegetação no paramento de


montante, informar a natureza, a densidade e o tamanho da vegetação. Utilizar o
espaço para comentários.
2 – Erosão nos encontros das ombreiras: Quando do escoamento da água de chuva,
principalmente, é possível o aparecimento de erosão no encontro da estrutura da
barragem com as ombreiras. Se for conveniente, usar o espaço reservado a comentários
para que fique bem definida a intensidade ou o grau de erosão.
3 – Ocorrência de fissuras no concreto: Verificar a presença de fissuras no concreto.
Informar no espaço reservado a comentários, o local e densidades das fissuras. Informar
se possível, as dimensões, tais como abertura, comprimento, orientação etc., de tal
modo que se tenha um registro da anomalia.
4 – Ferragem do concreto exposta: Verificar a exposição da ferragem da estrutura
de concreto. Informar localização e grau de exposição.
5 – Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto no paramento de montante. Identificar local e grau de deterioração.
Registrar.
6 – Juntas de dilatação danificadas: Verificar a integridade das juntas de dilatação.
Identificar o local e a intensidade do dano.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos


no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Movimentos diferenciais entre blocos: Verificar e identificar qualquer movimento


entre blocos de concretos, que caracterize movimentos diferentes, ou seja, blocos se
movimentam em direções diferentes. Registrar.
2 – Ocorrência de fissuras no concreto: Verificar a presença de fissuras no concreto.
Informar no espaço reservado a comentários o local e densidades das fissuras. Informar,
se possível, as dimensões, tais como: abertura, comprimento, orientação etc, de tal
modo que se tenha um registro da anomalia.
3 – Ferragem do concreto exposta: Verificar a exposição da ferragem da estrutura
de concreto. Informar localização e grau de exposição.
4 - Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto na crista da barragem. Identificar local e grau de deterioração. Registrar.
5 – Juntas de dilatação danificadas: Verificar a integridade das juntas de dilatação.
Identificar local e a intensidade do dano.
6 – Corrosão no parapeito (guardacorpo): Verificar a integridade do guardacorpo,
se há corrosão que venha a comprometer a segurança. Identificar locais danificados.
Registrar.
7 – Corrosão nos postes de iluminação: Verificar a integridade dos postes de
iluminação (se houver). Informar se nunca existiram postes de iluminação. Registrar
postes danificados.
8 – Corrosão no pórtico: Verificar a integridade dos pórticos. Identificar locais
de corrosão. Usar espaço destinado a comentários para localizar as anomalias
identificadas.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Sinais de movimento: Verificar e identificar qualquer sinal que identifique


movimento na barragem. Registrar.
2 – Ocorrência de fissuras no concreto: Verificar a presença de fissuras no concreto.
Informar no espaço reservado a comentários o local e densidades das fissuras. Informar
se possível, as dimensões, tais como: abertura, comprimento, orientação etc, de tal
modo que se tenha um registro da anomalia.
3 – Ferragem do concreto exposta: Verificar a exposição da ferragem da estrutura
de concreto. Informar localização e grau de exposição.
4 – Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto no paramento de jusante. Identificar local e grau de deterioração. Registrar.
5 – Juntas de dilatação danificadas: Verificar a integridade das juntas de dilatação.
Identificar local e a intensidade do dano.
6 – Sinais de percolação ou áreas úmidas: Verificar a presença de áreas úmidas no
paramento de jusante. Verificar e identificar a presença de escoamento pelo paramento.
Registrar.
7 – Carreamento de material na água dos drenos: Verificar a presença de material
transportado pela água dos drenos. Indicar, se possível, aspectos granulométricos,
se é argiloso, se é arenoso etc, de tal modo que se possa ter uma idéia da origem de
tal material.
8 – Vazão nos drenos de controle: Identificar vazão nos drenos de controle. Quantificar
de forma aproximada a vazão, quanto à seção de vazão, se está completamente cheia,
pela metade, abaixo da metade, apenas um filete d’água etc. Registrar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

LOCALIZAÇÃO / ANOMALIA SITUAÇÃO MAGNITUDE NP


B4 ESTRUTURA VERTENTE
1 Rachaduras ou trincos no concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
2 Ferragem do concreto exposta NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
3 Deterioração da superficie do concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
4 Descalçamento da estrutura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
5 Juntas de dilatação danificadas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
6 Sinais de deslocamentos da estrutura NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
7 Sinais de percolação ou áreas úmidas NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

8 Carreamento de material na água dos NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G


drenos
9 Vazão nos drenos de controle NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
10 Rachadura nos muros laterais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
11 Erosão nos muros laterais NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G

12 Deterioração da superfície do concreto NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G


dos muros
13 Ocorrência de buracos na soleira NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
Presença de entulho na bacia de
14 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
dissipação
Presença de vegetação na bacia de NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
15
dissipação
Erosão na base dos canais (área de
16 NA NE PV DS DI PC AU NI I P M G
restituição)
Comentários

1 – Rachaduras ou trincas no concreto: A estrutura vertente pode apresentar


rachaduras ou trincas no concreto. Especificar de forma detalhada a localização precisa
da anomalia, dimensões e orientação.
2 – Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico,
principalmente, a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma
detalhada tal exposição.
3 – Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto na estrutura vertente. Identificar local e grau de deterioração. Registrar
4 – Descalçamento da estrutura: Por algum processo erosivo ou de fuga de material,
pode haver descalçamento da estrutura. Indicar com precisão o local e a dimensão.
5 – Juntas de dilatação danificadas: Por movimentos da estrutura ou por ação
externa, é possível que as juntas sejam danificadas. Especificar o grau dos danos,
sua localização etc.
6 – Sinais de deslocamentos das estruturas: Qualquer sinal de movimento da
estrutura deverá ser reportado na ficha de inspeção.
7 – Sinais de percolação ou áreas úmidas: Verificar sinais de percolação ou áreas
úmidas na estrutura vertente. Registrar no espaço destinado a comentários.
8 – Carreamento de material na água dos drenos: Verificar carreamento de material
na água dos drenos. Se possível, caracterizar de alguma forma o tipo de material
transportado. Registrar.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

9 – Vazão nos drenos de controle: Verificar vazão nos drenos de controle. Se possível
quantificar de alguma forma. Registrar.
10 – Rachaduras nos muros laterais: Em geral, por problemas de arrimo nos muros,
é possível aparecerem rachaduras no concreto. Estes problemas são importantes para
a estabilidade dos muros. Fazer uso do espaço destinado a comentários, para deixar
a questão bem esclarecida.
11 – Erosão nos muros laterais: Erosão nos muros laterais pode aparecer,
principalmente, devido ao escoamento da água, com alta velocidade. Especificar.
12 – Deterioração da superfície do concreto dos muros: Verificar qualquer alteração
na superfície do concreto na estrutura dos muros laterais. Identificar local e grau de
deterioração. Registrar.
13 – Ocorrência de buracos na soleira: Podem aparecer ao final do período
de funcionamento buracos no concreto da estrutura vertente. Identificar posição,
dimensões tais como diâmetro aproximado, profundidade etc. Registrar.
14 – Presença de entulho na bacia de dissipação: Verificar manutenção e limpeza
na bacia de dissipação. Se possível, identificar origem do material. Registrar.
15 – Presença de vegetação na bacia de dissipação: Verificar a existência de
vegetação na bacia de dissipação. Identificar o porte da vegetação, se rasteira ou de
caule. Registrar.
16 – Erosão na base dos canais (área de restituição): Verificar a presença de erosão
na base dos canais de restituição. Registrar local e intensidade.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Indicação de movimentos: Verificar no interior da galeria de inspeção qualquer


vestígio de movimentação da estrutura. Indicar local, identificar com precisão a
posição da anomalia. Registrar.
2 - Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto na galeria de inspeção. Identificar local e grau de deterioração. Registrar.
3 – Surgência de água no concreto: Verificar a presença de surgência de água no
concreto no interior da galeria de inspeção. Registrar local, definir de algum modo
o grau de surgência.
4 - Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico,
principalmente, a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma
detalhada tal exposição.
5 - Rachaduras ou trincas no concreto: A estrutura na galeria de inspeção pode
apresentar rachaduras ou trincas no concreto. Especificar de forma detalhada a
localização precisa da anomalia, dimensões e orientação.
6 – Deterioração do portão de acesso: Verificar integridade do portão de acesso. Registrar
a presença de corrosão, a falta de pintura etc. Usar espaço reservado a comentários.
7 – Acesso precário aos instrumentos: Verificar a acessibilidade aos instrumentos.
Procurar ter acesso a toda a instrumentação. Identificar quais instrumentos apresentam
dificuldades de acesso. Registrar.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

8 – Deterioração da instrumentação: Verificar a integridade da instrumentação


instalada. Identificar qual(is) instrumento(s) apresenta(m) problema(s). Identificar
o(s) instrumento(s) e o(s) problema(s). Registrar.
9 – Piezômetros entupidos ou defeituosos: Verificar de forma precisa a situação dos
piezômetros. Identificar qual o defeito presente: se entupido, quebrado, se apresenta
deslocamento da posição original, enfim, qualquer anomalia que venha a invalidar a
leitura no mesmo. Registrar.
10 – Drenos obstruídos: Verificar os drenos relativamente à sua obstrução. Definir
local e o grau da obstrução. Registrar.
11 – Precariedade de acesso à galeria: Verificar se o acesso à galeria oferece alguma
dificuldade. Identificar dificuldade. Registrar.
12 – Falta de manutenção: Verificar, de um modo geral, a manutenção da galeria.
Limpeza, acesso, odores, manutenção de um modo geral. Registrar.
13 – Falta de iluminação: Verificar iluminação na galeria. A galeria deve permitir
acesso a qualquer hora para verificação. Registrar.
14 – Defeito nas instalações elétricas: Verificar defeitos na instalação elétrica.
Identificar os defeitos e a sua localização. Registrar.
15 – Falta de ventilação: Verificar ventilação na galeria. Indicar se é inexistente ou
deficiente. Em caso de deficiência, indicar de algum modo. Registrar.
16 – Presença de pedras e lixo dentro da galeria: Verificar a presença de pedras,
lixo, entulho etc, dentro da galeria. Se possível, identificar origem. Registrar.
17 – Sinais de percolação ou áreas úmidas: Verificar a presença percolação ou áreas
úmidas. Identificar, localizar e, se possível, quantificar. Registrar.
18 – Carreamento de material na água dos drenos: Verificar carreamento de material
na água dos drenos. De alguma forma, definir a granulometria do material carreado,
se argiloso, arenoso etc. Registrar.
19 – Vazão nos drenos de controle: Verificar vazão nos drenos de controle. De algum
modo, indicar se os drenos estão plenos, pela metade, inferiores à metade ou se existe
apenas filete d’água. Registrar.
20 – Vazão elevada nos drenos de alívio: Verificar se há vazão elevada nos drenos
de alívio. De alguma forma quantificar. Registrar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Acesso precário aos instrumentos: Algumas barragens, dada a sua importância do


ponto de vista de segurança, precisam ser monitoradas constantemente. Instrumentos
são instalados na estrutura da barragem e no seu entorno, quer seja nos paramentos,
coroamento, fundação, ombreiras etc, de tal modo que se possa acompanhar o
comportamento da barragem e do terreno no seu entorno.
2 – Piezômetros entupidos ou defeituosos: Piezômetros são os instrumentos mais
comuns e mais simples instalados numa barragem. Servem para medir a pressão
d’água, e devem estar limpos, com o topo em perfeitas condições, sem trincaduras
aparentes.
3 – Marcos de referência danificados: São instrumentos extremamente importantes
(apesar de simples) que servem de apoio ao controle de movimento da estrutura.
4– Medidores de vazão defeituosos: A infiltração em uma barragem pode trazer
consequências graves para a sua estabilidade. Estes equipamentos servem para medir
quanto de água está passando através da barragem ou de sua fundação, ou de ambas.
5 – Outros instrumentos danificados: Verificar se algum outro instrumento existente
está danificado.
6 – Falta de instrumentação: Verificar se algum dos instrumentos previstos no projeto
ou existentes anteriormente está faltando.
7 – Falta de registro de leituras da instrumentação: Verificar a existência dos
registros de leitura dos instrumentos, inclusive dos existentes na galeria de inpeção,
que devem estar completos e disponíveis para consulta.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

48
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Presença de vegetação: É possível o aparecimento de árvores e arbustos nos canais


de aproximação e de restituição. Registrar a presença de vegetação, indicando densidade
e dimensões. Fazer uso do espaço para comentários.
2 – Obstrução ou entulhos: Pode ocorrer queda de barreiras laterais nos canais de
aproximação e de restituição, obstruindo o sangradouro. Fazer uso do espaço destinado
aos comentários para informar o grau de obstrução.
3 – Desalinhamento dos taludes e muros laterais: Com sangradouro em corte
elevado, podem aparecer problemas nos taludes do corte. Os muros laterais, por sua
vez, podem apresentar desalinhamento, quer seja por problemas na fundação, ou por
esforço excessivo sobre os muros pelo solo que tentam conter.
4 – Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico, principalmente,
a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma detalhada tal exposição.
5 – Erosões ou escorregamentos nos taludes laterais: Verificar a presença de erosões
ou escorregamentos nos taludes laterais. Identificar posição da anomalia. Registrar.
6 – Erosão na base dos canais escavados: Canais escavados, dependendo do tipo de
material, podem apresentar erosão.
7 – Erosão na área à jusante do sangradouro: Na saída do canal de restituição, pode
aparecer erosão regressiva, que se desenvolve de jusante para montante, principalmente
na base do canal.
8 – Construções irregulares: Algumas construções podem ser identificadas nesta
situação. São edificações, cercas, estradas, aterros, que certamente apresentam problemas
quando o açude está sangrando, ou mesmo não podem permanecer ali por motivos legais.
Fazer uso do espaço para comentários, e se possível especificar para cada construção
o tipo, a área construída, proximidade do leito do rio e da barragem, de tal forma que
fique caracterizada a posição do imóvel.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

49
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Rachaduras ou trincas no concreto: A estrutura vertente pode apresentar


rachaduras ou trincas no concreto. Especificar de forma detalhada a localização precisa
da anomalia, dimensões e orientação. Registrar.
2 – Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico,
principalmente, a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma
detalhada tal exposição. Registrar.
3 – Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto na estrutura vertente. Identificar local e grau de deterioração. Registrar.
4 – Descalçamento da estrutura: Por algum processo erosivo ou de fuga de material,
pode haver descalçamento da estrutura vertente. Indicar com precisão o local e a
dimensão. Registrar.
5 – Juntas de dilatação danificadas: Por movimentos da estrutura ou por ação
externa, é possível que as juntas sejam danificadas. Especificar o grau dos danos,
sua localização etc.
6 – Sinais de deslocamentos das estruturas: Qualquer sinal de movimento da
estrutura deverá ser reportado na Ficha de Inspeção.
7 – Rachaduras nos muros laterais: Em geral, por problemas na fundação dos muros,
é possível aparecerem rachaduras no concreto. Esses problemas são importantes para
a estabilidade dos muros. Fazer uso do espaço destinado a comentários, para deixar
a questão bem esclarecida.
8 - Erosão nos contatos dos muros: Erosão pode aparecer principalmente devido
ao escoamento da água de chuva. Especificar.
9 – Sinais de percolação ou áreas úmidas: Verificar sinais de percolação de água
ou áreas úmidas na estrutura vertente. Identificar local e intensidade da anomalia.
Registrar.

50
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

10 – Carreamento de material na água dos drenos: Verificar carreamento de material


na água dos drenos. De alguma forma, definir a granulometria do material carreado,
se é argiloso, arenoso etc. Registrar.
11 – Vazão nos drenos de controle: Verificar vazão nos drenos de controle. De algum
modo indicar se os drenos estão plenos, pela metade, inferiores à metade ou se existe
apenas filete d’água. Registrar.
12 - Deterioração da superfície do concreto dos muros: Verificar qualquer alteração
na superfície do concreto nos muros laterais. Identificar local e grau de deterioração.
Registrar.
Comentários: este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Peças fixas (corrosão, amassamento da guia e falha na pintura): Verificar


quanto ao estado de conservação das peças fixas, quanto à corrosão, amassamento
de guias e estado geral da pintura (se for o caso). Especificar.
2 – Estrutura (corrosão, amassamento e falha na pintura): Verificar a estrutura
propriamente dita da comporta quanto à corrosão, amassamentos, furos e defeitos na
pintura (ou ausência). Especificar local e detalhar.
3 – Defeito das vedações (vazamento): Verificar vedações quanto a vazamentos.
Especificar locais e intensidade do vazamento.
4 – Defeito das rodas (comporta vagão): Verificar sistema de deslizamento das
comportas. Se for de rodas, verificar o seu estado quando estiver girando, se possível.
Especificar.
5 – Defeitos nos rolamentos, buchas e retentores: Verificar defeitos nos rolamentos
quanto ao seu funcionamento, ferrugem, corrosão etc. Se houver buchas, verificar
a sua integridade, circularidade e espessura não uniforme que indica desgaste etc.
Especificar.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

6 – Defeito no ponto de içamento: O ponto de içamento da comporta é de vital


importância para o seu acionamento. Verificar cuidadosamente quanto a sua
integridade, se há corrosão, se apresenta algum desgaste, se a sua fixação na comporta
não está comprometida etc. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Erosão na fundação: Erosão na fundação dos muros laterais atenta contra a sua
estabilidade. Especificar, detalhar quanto à sua intensidade. Em geral, por problemas na
fundação dos muros, é possível aparecerem rachaduras no concreto. Estes problemas
são importantes para a estabilidade dos muros. Fazer uso do espaço destinado a
comentários, para deixar a questão bem esclarecida.
2 – Erosão nos contatos dos muros: Erosão pode aparecer principalmente devido
ao escoamento da água de chuva. Especificar.
3 – Rachaduras ou trincas no concreto: Os muros podem apresentar rachaduras ou
trincas no concreto. Especificar de forma detalhada a localização precisa da anomalia,
dimensões e orientação.
4 – Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico, principalmente,
a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma detalhada tal exposição.
5 – Deterioração da superfície do concreto: O concreto pode apresentar sinais de
trincas, rachaduras, desgastes etc. Reportar na ficha de inspeção qualquer situação
de anormalidade.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Rachaduras ou trincas no concreto (muros): A bacia amortecedora e os muros


laterais podem apresentar rachaduras ou trincas no concreto. Especificar de forma
detalhada a localização precisa da anomalia,dimensões e orientação. Registrar.
2 – Ferragem do concreto exposta: Por meio de algum processo físico,
principalmente, a ferragem do concreto pode ficar exposta. Especificar de forma
detalhada tal exposição. Registrar.
3 – Deterioração da superfície do concreto: Verificar qualquer alteração na superfície
do concreto. Identificar local e grau de deterioração. Registrar.
4 – Ocorrência de buracos na soleira: Podem aparecer ao final do período de
funcionamento buracos no concreto da bacia amortecedora. Identificar posição,
dimensões tais como: diâmetro aproximado, profundidade etc. Registrar.
5 – Erosão: Verificar algum tipo de erosão na bacia de amortecimento. Registrar
local e intensidade.
6 – Presença de entulho na bacia: Verificar a presença de entulho ou qualquer outro
material estranho dentro da bacia de amortecimento. Se possível identificar origem.
Registrar.
7 – Falha no enrocamento de proteção: Verificar falhas no enrocamento de proteção.
Quantificar de alguma forma a anomalia. Registrar.
8 – Presença de vegetação na bacia: Verificar a presença de algum tipo de vegetação.
Identificar se é rasteira, arbustiva e o porte. Quantificar. Registrar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Hastes (travada no mancal, corrosão e empenamento): Verificar o acionamento


das hastes. Verificar se há algum tipo de retenção que impeça o movimento da haste,
se há presença de corrosão ou algum desgaste. O alinhamento da haste deve ser
verificado, pois o seu empenamento pode causar a sua retenção e a sua ruptura quando
se tentar movimentá-la. Especificar.
2 – Base dos mancais (corrosão, falta de chumbadores): Os mancais devem ser
verificados quanto à sua fixação (bases), se estão corroídas etc. Especificar.
3 – Corrosão nos mancais: Os mancais devem apresentar-se livres de corrosão.
Verificar o seu estado de conservação. Especificar.
4 – Falhas nos chumbadores, lubrificação e pintura do pedestal: Verificar o
pedestal quanto á sua fixação (chumbadores), lubrificação, pintura e seu estado geral
de conservação. Especificar.
5 – Falta de indicador de abertura: Verificar a existência do indicador de abertura.
Registrar.
6 – Falta de volante: Verificar a existência de volante. Tecer comentários sobre o
tempo de ausência do volante se for o caso. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Peças fixas (corrosão, amassamento, pintura): Verificar o estado de conservação


das peças fixas, quanto à corrosão, amassamento de guias, estado geral da pintura (se
for o caso). Especificar.
2 – Estrutra da comporta (corrosão, amassamento, pintura): Verificar a estrutura
propriamente dita da comporta quanto à corrosão, amassamentos, furos, defeitos na
pintura (ou ausência). Especificar local e detalhar.
3 – Defeito das vedações (vazamento): Verificar vedações quanto a vazamentos.
Especificar locais e intensidade do vazamento.
4 – Defeito das rodas (comporta vagão, se aplicável): Verificar sistema de
deslizamento das comportas. Se for de rodas, verificar o seu estado quando estiver
girando, se possível. Especificar.
5 – Defeitos nos rolamentos ou buchas e retentores: Verificar defeitos nos rolamentos
quanto ao seu funcionamento, ferrugem, corrosão etc. Se houver buchas, verificar
a sua integridade, circularidade e espessura não uniforme que indica desgaste etc.
Especificar.
6 – Defeito no ponto de içamento: O ponto de içamento da comporta é de vital
importância para o seu acionamento. Verificar cuidadosamente quanto à sua
integridade, se há corrosão, se apresenta algum desgaste e se a sua fixação na comporta
não está comprometida etc. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

By-Pass

1 – Falta de guardacorpo na escada de acesso: Verificar se há guardacorpo na


escada de acesso (se existir). Se não há guardacorpo informar se já houve. Explicar.
2 – Deterioração do guardacorpo na escada de acesso: Verificar estado de
conservação do guardacorpo na escada de acesso. Se possível informar grau de
deterioração, falta de pintura etc. Explicar.
3 – Deterioração da tampa de acesso ao abrigo: Verificar a existência da tampa
de acesso do poço de acionamento. Registrar a existência de corrosão e o estado de
conservação da pintura e dobradiças (se houver) etc.
4 – Deterioração da tubulação de aeração e By-Pass: Verificar estado de conservação
da tubulação de aeração e By-Pass, pinturas, registros, acoplamentos. Definir grau de
deterioração. Usar espaço destinado a comentários.
5 – Deterioração da instalação de controle (pedestal): Verificar estado de
conservação da instalação de controle. Se possível realizar alguma manobra ou
teste desde que não comprometa a operação do sistema. Usar espaço destinado a
comentários.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

S L
S L

1 – Assoreamento: Indicar se há algum tipo de transporte ou acúmulo de material na


entrada da caixa de montante. Usar espaço destinado a comentários.
2 – Obstrução e entulhos: Verificar se há algum tipo de entulho ou obstrução na
entrada da caixa de montante. Especificar.
3 – Ferragem exposta: Verificar estado de conservação da estrutura de concreto
quanto à existência de ferragem exposta. Indicar localização, extensão e grau de
exposição. Usar espaço destinado a comentários.
4 – Deterioração na superfície do concreto: Verificar deterioração na superfície da
estrutura de concreto. Indicar localização, extensão dos danos. Usar espaço destinado
a comentários.
5 – Falta de grade de proteção: Verificar a existência da grade de proteção. Identificar
se já houve grade de proteção. Usar espaço para comentários.
6 – Defeitos na grade: Verificar estado de conservação da grade de proteção, referente
à pintura (se for o caso), corrosão, hastes quebradas. Explicar.
7 – Peças fixas (corrosão, amassamento, pintura): Verificar estado de conservação
das peças fixas, referentes à pintura, corrosão, amassamento de guias, ou qualquer
outra anomalia nas partes fixas. Explicar detalhadamente.
8 – Estrutura do Stop-Log (idem): Verificar estrutura do Stop-Log quanto a pintura,
corrosão, amassamento, ou qualquer outra anomalia existente. Exemplificar.
9 – Defeito no acionamento do Stop-Log: Verificar estado de conservação e operação
no acionamento do Stop-Log. Detalhar.
10 – Defeito no ponto de içamento: O ponto de içamento o Stop-Log é de vital
importância para o seu acionamento. Verificar cuidadosamente quanto a sua
integridade, se há corrosão, se apresenta algum desgaste e se a sua fixação no Stop-
Log não está comprometida etc. Especificar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Corrosão e vazamentos na tubulação: Verificar com extremo cuidado o estado de


conservação da tubulação que compõe a galeria. Identificar com precisão, vazamentos,
corrosão, afundamentos ou qualquer outra anomalia que venha a ser constatada. Fazer
uso do espaço destinado a comentários.
2 – Sinais de abrasão ou cavitação: Materiais arrastados pela corrente líquida
podem provocar algum tipo de abrasão na tubulação. Altas velocidades da água
podem provocar cavitação na tubulação. Verificar a existência desses dois efeitos do
funcionamento incorreto da galeria. Fazer uso do espaço para comentários.
3 – Defeitos nas juntas: Verificar o estado de conservação das juntas da tubulação.
Se forem soldadas, verificar a espessura do cordão de solda, sua integridade, algum
tipo de corrosão etc. Detalhar.
4 – Deformação do conduto: Verificar qualquer tipo de deformação na tubulação.
Explicar.
5 – Desalinhamento do conduto: O desalinhamento do conduto pode comprometer
a estabilidade. Identificar possíveis desalinhamentos. Localizar e de algum modo
quantificar (ângulo, por exemplo). Detalhar.
6 – Vazamento nos dispositivos de controle: Verificar os dispositivos de controle
quanto a vazamentos. De alguma forma, quantificar. Detalhar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

1 – Corrosão e vazamentos na tubulação: Verificar com extremo cuidado o estado


de conservação da tubulação na saída. Identificar com precisão: vazamentos, corrosão,
afundamentos ou qualquer outra anomalia que venha a ser verificada. Fazer uso do espaço
destinado a comentários.
2 – Ruídos estranhos: Quando do mau funcionamento dos equipamentos na estrutura
de saída, alguns ruídos podem ser ouvidos. Algum objeto preso na saída, gavetas de
registros danificadas, sede das gavetas gastas, ou mesmo cavitação etc, podem provocar
ruídos estranhos. Tentar identificar com precisão a causa dos ruídos. Detalhar.
3 – Defeitos nos dispositivos de controle: Verificar o funcionamento dos dispositivos
de controle instalados na saída da galeria. Se possível, identificar o dispositivo e os
possíveis defeitos. Detalhar.
4 – Trincas ou surgências de água no concreto: Verificar a presença de trincas e
surgências de água na parte de concreto (se existir). De alguma forma quantificar (por
exemplo, somente úmido, com algum filete de escoamento) para que se possa ter uma
idéia do grau de surgência. Detalhar.
5 – Precariedade de acesso (árvores e arbustos): Verificar a acessibilidade da estrutura
de saída. Identificar se é de fácil acesso, se apresenta alguma dificuldade, ou se é de
difícil acesso. Detalhar.
6 – Vazamento nos dispositivos de controle: Verificar os dispositivos de controle quanto
a vazamentos. De alguma forma, quantificar. Detalhar.
7 – Construções irregulares à jusante: Verificar a existência de algum tipo de construção
que possa comprometer a integridade e o acesso da estrutura de saída. Detalhar.
8 – Falta de drenagem da caixa de válvulas: Verificar a caixa das válvulas (se houver)
quanto à drenagem, se há algum acúmulo de água. Detalhar.
9 – Presença de entulho dentro da caixa de válvulas: Verificar a caixa de válvulas
quanto à limpeza. Verificar a presença de lixo, de pedras ou outro material qualquer,
estranho ao meio. Detalhar.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

10 – Defeitos na cerca de proteção: Verificar a existência de cerca de proteção. Seu


estado de conservação deve ser reportado. A ausência de estacas e fios de arame devem
ser registrados. Detalhar.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Réguas danificadas ou faltando: As réguas que indicam o nível d’água no


reservatório são importantes para o acompanhamento das variações do volume de
água. A gestão do reservatório tem por base as leituras dessas réguas. Em geral são
mais de um lance de réguas em posições que acompanham o abaixamento do nível
d’água. Fazer uso do espaço reservado a comentários.
2 – Construções em áreas de proteção: Às vezes são construídas, na área de proteção,
algumas estruturas para lazer, criação de animais ou mesmo para moradia. Estas
construções devem ser reportadas e especificadas.
3 – Poluição por esgoto, lixo, pesticidas etc: Verificar a existência de algum tipo de
lançamento poluidor no reservatório. Especificar e quantificar.
4 – Indícios de má qualidade d’água: Registrar a existência de indícios de má
qualidade da água do reservatório, como a coloração ou mesmo odor desagradável.
5 – Erosões: Verificar se há algum tipo de erosão que transporte material para dentro
do reservatório. Especificar e localizar.
6 – Assoreamento: O transporte de material para dentro do reservatório causa o seu
assoreamento que, em geral, é verificado com precisão por meio de batimetria do lago.
Na inspeção informar se há algum vestígio ou informação a respeito.

60
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

7 – Desmoronamento das margens: Se as margens são muito íngremes, pode


ocorrer algum tipo de desmoronamento. Verificar a existência real ou potencial de
desmoronamento.
8 – Existência de vegetação aquática excessiva: Vegetação aquática excessiva é
sinônimo de desequilíbrio biológico no reservatório. Especificar o grau de cobertura
vegetal da superfície d’água e o tipo de planta.
9 – Desmatamentos na área de proteção: Verificar se há algum tipo de desmatamento
na área de proteção do reservatório. Especificar local e dimensão.
10 – Presença de animais e peixes mortos: Peixes mortos no reservatório indicam
algum desequilíbrio biológico. Informar tipo e, se possível, quantidade aproximada.
Outros animais podem aparecer mortos, também, por afogamento. Especificar e
quantificar.
11 – Animais pastando: A presença de animal pastando na área do reservatório deve
ser identificada. Especificar o tipo de animal, quantidade, frequência etc.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Sinais de movimentos na rocha de fundação: Verificar sinais de movimento na


rocha de fundação na parte de jusante da barragem. Qualquer anomalia que caracterize
mudança no terreno (rocha) natural, reportar detalhadamente. Registrar.
2 – Desintegração / decomposição da rocha: É possível, por meio de inspeção puramente
visual, identificar rocha em decomposição. Reportar de forma detalhada. Registrar.
3 – Piping nas juntas rochosas: verificar a presença de Piping nas juntas das rochas.
Identificar e localizar com precisão. Registrar.

61
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

4 – Construções irregulares próximas ao leito do rio: Verificar a construção de


qualquer natureza próxima ao leito do rio. Localizar e quantificar, descrevendo o tipo
da construção: casa, cercas, currais, tanques etc. Registrar.
5 – Fuga d’água: É possível o aparecimento de fuga d’água ou umidade excessiva
na parte de jusante da barragem. Este fluxo pode ter origem na fundação ou mesmo
através do maciço. Fazer uso do espaço destinado a comentários.
6 – Árvores e arbustos na faixa de 10 m do pé da barragem: É importante verificar
à existência de árvores e arbustos na faixa indicada, pois elas dificultam a inspeção
e identificação de problemas à jusante da barragem.
7 – Erosão nos encontros das ombreiras: Verificar se há algum tipo de erosão nos
encontros das ombreiras à jusante da barragem. Identificar com precisão e quantificar
quanto à extensão, profundidade e localização (próxima à base, no meio ou no alto).
Registrar.
8 – Cavernas e buracos nas ombreiras: É possível o aparecimento de buracos e
mesmo cavernas nas ombreiras. Identifique-as. Registrar a dimensão destas anomalias,
a presença e intensidade de fluxo de água, bem como a possibilidade do seu crescimento
resultar em comunicação com o lago à montante.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

1 – Ausência da placa medidora de vazão: Verificar a existência da placa medidora


de vazão. Verificar também se nunca existiu. Esclarecer.
2 – Corrosão da placa: Verificar estado de conservação da placa. Verificar detalhes
na escala de medição. Se for o caso, descrever estado da pintura. Detalhar.
3 – Defeitos no concreto: Verificar a integridade do concreto. Registrar alguma
exposição de ferragem se for o caso. Rachaduras, trincas, deslocamentos devem ser
registrados. Detalhar.
4 – Falta de escala de leitura de vazão: Verificar a existência da escala de leitura.
Verificar também se nunca existiu. Esclarecer.

62
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

5 – Assoreamento da câmara de medição: Verificar a presença de material (areia,


barro, pedregulho) dentro da câmara de medição. Detalhar.
6 – Erosão à jusante do medidor: Verificar se há erosão à jusante do medidor que
possa ameaçar a estabilidade da estrutura do medidor. Registrar indicando o porte
das erosões e o nível de risco à estrutura.
Comentários: Este espaço é reservado para que o responsável pelo preenchimento da
Ficha de Inspeção faça comentários e observações que venham a esclarecer possíveis
dúvidas quando de seu preenchimento. Além das sugestões e comentários já inseridos
no corpo deste manual, outras informações são importantes no sentido de que se tenha
um quadro real da situação da barragem objeto da inspeção.

H. OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES

Ao preencher a Ficha de Inspeção, é possível que algum elemento estrutural e alguma


anomalia não estejam contemplados nos diversos quadros detalhados. Como sugestão,
quando da identificação dessas situações, registrá-las no item OUTROS PROBLEMAS
EXISTENTES. A colaboração do responsável pelo preenchimento deste item da
ficha é extremamente importante no sentido de aprimorar a inspeção, reforçando sua
credibilidade e demonstrando a abrangência do trabalho realizado.

I. SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

Ainda, no item SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES devem ser registradas


todas as sugestões e recomendações que possam melhorar a realização da inspeção
e a própria ficha, assim como tudo que possa ser útil à operação, à manutenção e à
segurança da barragem.

63
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ANEXO 1: GLOSSÁRIO
Acidente: Evento correspondente à ruptura parcial ou total da obra e/ou sua completa
desfuncionalidade, com graves consequências econômicas e sociais.
Agências Regulamentadoras: Normalmente um ministério, secretaria, departamento
ou outra unidade do Governo Federal ou Estadual, autorizado por lei ou ato
administrativo, para a supervisão geral de projetos, construção, operação e segurança
de barragens e reservatórios, assim como qualquer entidade para a qual a totalidade
ou parte das tarefas e funções, quer executivas, quer operacionais tenha sido delegada
pelo poder legalmente constituído.
Bacia de Contribuição: Área da superfície que é drenada para um ponto específico,
tal como um reservatório, também conhecida como bacia hidrográfica ou área da
bacia hidrológica.
Barragem: Estrutura construída transversalmente a um rio ou talvegue com a
finalidade de obter a elevação do seu nível d’água e / ou de criar um reservatório de
acumulação de água, seja de regulação das vazões do rio, seja de outro fluido.
Barragem de Rejeitos: Barragem construída para reter rejeitos ou materiais estéreis
de mineração e de outros processos industriais.
Borda Livre: Distância vertical entre a maior cota da superfície da água junto à
barragem e a cota mais baixa do topo de uma barragem ou outra estrutura de contenção.
Capacidade do Reservatório: Capacidade bruta total do reservatório em seu nível
máximo de armazenamento.
Cheia Afluente de Projeto (CAP): Cheia afluente (volume, pico, forma, duração,
sincronismo) para a qual a barragem e suas estruturas associadas são projetadas.
Crista do Vertedouro: Parte superior da seção vertente do vertedouro.
Cheia Máxima Provável (CMP): Estimativa hipotética da cheia (fluxo de pico,
volume e forma da hidrografia) que é considerada como a condição mais severa
“fisicamente possível de ocorrer” numa determinada localidade e época do ano,
com base em uma análise hidrometeorológica relativamente pormenorizada de uma
precipitação crítica que resulte em escoamento e de fatores hidrológicos favoráveis
a um escoamento máximo da cheia.
Confiabilidade: Probabilidade de desempenho satisfatório de um dado elemento do
empreendimento.
Consequência de Ruptura: Impactos à montante e à jusante da barragem, resultantes
da sua ruptura ou das estruturas associadas. Uma escala de consequências adversas
que poderiam ser causadas pela ruptura de uma barragem, podendo ser utilizada para
classificação.
Consequências Incrementais da Ruptura: Perdas incrementais ou danos que a
ruptura da barragem pode infligir às áreas à montante, à jusante ou à estrutura da
barragem, adicionais à quaisquer perdas que poderiam ter ocorrido para o mesmo
evento natural, ou condição, caso a barragem não tivesse rompido.
Crista da Barragem: Cota da superfície superior da barragem, não se levando em
conta qualquer abaulamento, meio-fio, parapeitos, defensas ou outras estruturas que
não sejam parte da estrutura principal do barramento de água.

65
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

Dique Auxiliar: Barramento de qualquer tipo, construído numa sela topográfica ou


ponto de cota baixa no perímetro do reservatório.
Emergência: Em termos de operação de barragens, qualquer condição que coloque
em risco a integridade da barragem e de vidas ou propriedades à jusante, e requeira
uma intervenção imediata.
Estruturas Associadas: Estruturas e equipamentos locais, que não façam parte da
barragem propriamente dita. Incluem estruturas tais como: torres de tomada d’água,
a casa de força, túneis, canais, condutos forçados, descargas de fundo, bacias de
amortecimento, poços, galerias, mecanismos de acionamento de comportas etc.
Evento Extremo: Um evento que possui uma probabilidade de excepcionalidade
anual muito pequena.
Fundação: Maciço de rocha e / ou solo que forma a base de assentamento para uma
barragem, dique e suas estruturas associadas.
Incidente: Evento físico indesejável que prejudica a funcionalidade e/ou a inteireza
da obra, podendo vir a gerar eventuais acidentes, se não for corrigido a tempo.
Inspeção: Inspeção da barragem, diques e estruturas associadas, e suas fundações
com a finalidade de se observar as suas condições e desempenho.
Nível d’ Água de Jusante: Nível da água imediatamente à jusante da barragem.
Nível Máximo Normal: Cota da superfície da água em seu nível máximo normal de
operação em um reservatório.
Ombreira: Parte da encosta contra a qual a barragem é construída.
Dispositivos de Descarga: Combinação de estruturas de tomada d’água, condutos,
túneis, dispositivos de controle de fluxo e dissipação de energia que permitam a
liberação da água do reservatório de uma barragem.
Pé da Barragem: Junção da face jusante ou montante da barragem com a superfície
de fundação.
Plano de Ação Emergencial (PAE): Documento que contém os procedimentos para
atuação em situações de emergência, bem como os meios de comunicação e os mapas
de inundação que mostrem os níveis d’água de montante e jusante e os tempos de
chegada das ondas de cheia, que poderiam resultar da ruptura da barragem ou de suas
estruturas associadas.
Precipitação Máxima Provável (PMP): Maior precipitação pluviométrica para uma
dada duração meteorologicamente possível, para uma dada área de tormenta em uma
localização específica, em uma determinada época do ano sem levar em consideração
tendências climáticas de longa duração. A PMP é uma estimativa e um limite físico
conectado à precipitação que a atmosfera pode produzir.
Probabilidade de Excepcionalidade Anual (PEA): Probabilidade de que um evento
de magnitude específica seja igualado ou superado em qualquer ano.
Proprietário: Pessoas físicas ou jurídicas, incluindo uma companhia, organização,
unidade governamental, concessionária, permissionária ou autorizada, corporação
ou outra entidade que detenha, quer uma concessão, permissão, autorização ou
licença governamental para operar a barragem, quer um título de propriedade legal
sobre o local do barramento, barragem e / ou reservatório, o qual é responsável pela
sua segurança.

66
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

Reavaliação da Segurança da Barragem: Uma reavaliação formal, pormenorizada,


executada a intervalos regulares, para determinar qual o nível de segurança da
barragem.
Reservatório: Lago ou volume de água acumulada por uma ou mais barragens e/ou
diques, limitado por suas margens.
Perigo Potencial: Ameaça ou condição em potencial que possa resultar de uma causa
externa, por exemplo, as cheias, com possibilidade de criar consequências adversas.
Risco: Probabilidade e severidade de um efeito adverso para a saúde, para a
propriedade ou para o meio ambiente. O risco é estimado por expectativas matemáticas
das consequências de um evento adverso.
Ruptura da Barragem: Perda da integridade estrutural, podendo ocorrer uma
liberação incontrolável do conteúdo de um reservatório, ocasionada pelo colapso da
barragem ou alguma parte dela.
Segurança: Capacidade da barragem para satisfazer as exigências de comportamento
necessárias para evitar incidentes e acidentes no que se refere aos aspectos estruturais,
econômicos, ambientais e sociais.
Sismo Máximo de Projeto (SMP): O sismo que resultaria da mais severa
movimentação da fundação que a estrutura da barragem pode ser capaz de resistir,
sem uma liberação incontrolável de água do reservatório.
Sismo Previsível Máximo (SPM): O maior sismo passível de ocorrer ao longo de
uma falha reconhecível ou dentro de uma região tectônica geograficamente definida.
Tempo de Recorrência: Recíproca da Probabilidade de Excepcionalidade Anual
(PEA). Por um longo período de registro, o período de recorrência equivale ao tempo
médio decorrido entre ocorrências de um evento igual ou superior a certa magnitude
específica.
Vertedouro / Sangradouro: Estrutura projetada somente para permitir descargas
d’água do reservatório, tais como: soleira, vertente, canal, túnel etc.

67
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ANEXO 2: CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS


E AÇÕES CORRETIVAS PARA ANOMALIAS

O anexo apresentado a seguir foi desenvolvido e adequado à realidade brasileira a partir


de material elaborado pela The Colorado Division of Disaster Emergency Services
(DODES) para o Dam Safety: Owner´s Guidance Manual da Federal Emergency
Management Agency (FEMA), que posteriormente foi incorporado ao Indiana
Dam Safety Inspection Manual e também ao Manual de Segurança e Inspeção de
Barragens do Ministério da Integração, a partir de uma tradução feita pela COGERH
- Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará.

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70
TALUDE DE MONTANTE
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
SUMIDOUROS 1. Erosão interna ou Piping do maciço Perigo Extremo Inspecionar outras partes da barragem
ou fundação da barragem dá origem a O Piping pode esvaziar o reservatório procurando infiltrações ou mais
um sumidouro. através de um pequeno furo na parede sumidouros. Identificar a causa exata do
2. O desabamento de uma caverna criada da tubulação ou pode provocar a sumidouro. Examinar a água que sai à
pela erosão pode resultar num sumidouro. ruptura de uma barragem, quando os jusante, por fuga ou percolação, para
3. Um pequeno furo na parede da tubulação canais formados pela erosão regressiva verificar se ela está suja. Um engenheiro
da tomada d’água pode ocasionar um atravessam o maciço ou a fundação. qualificado deve imediatamente
sumidouro. Água barrenta na saída à inspecionar a barragem e orientar as
jusante indica o desenvolvimento de ações a serem tomadas.
erosão na barragem. EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

RACHADURAS GRANDES Uma porção do maciço moveu-se devido Perigo Extremo Dependendo do volume de maciço
à perda de resistência, ou a fundação pode Indica o início de um deslizamento ou envolvido, baixar o nível do reservatório. Um
ter-se movido causando um deslocamento recalque do maciço causado pela ruptura engenheiro qualificado deve imediatamente
no maciço. da fundação. inspecionar a barragem e orientar as ações a
serem tomadas.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

DESLIZAMENTOS, Terra ou pedras deslizaram pelo talude Perigo Extremo Avaliar a extensão do deslizamento.
AFUNDAMENTOS devido à sua inclinação exagerada ou Uma série de deslizamentos pode Monitorar o escorregamento e baixar
OU ESCORREGAMENTOS ao movimento da fundação. Examinar provocar a obstrução da tomada d’água o nível do reservatório se a segurança
a ocorrência de movimentos de terra, ou ruptura da barragem. da barragem estiver ameaçada.
na bacia do reservatório, produzidos por Um engenheiro qualificado deve
deslizamentos. imediatamente inspecionar a barragem e
orientar as ações a serem tomadas.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
TALUDE DE MONTANTE (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
TALUDES ÍNGREMES E BANCADAS Ação das ondas e recalques locais causam A erosão diminui a largura e possivelmente Determinar as causas exatas da formação
DE ESCAVAÇÃO ao solo e às rochas erosão e deslizamentos a altura do maciço, o que poderá das bancadas de escavação. Executar os
para a parte inferior do talude, formando conduzir ao aumento da percolação ou trabalhos necessários para restaurar o
assim uma bancada de escavação. ao transbordamento da barragem. maciço, devolvendo as suas inclinações
originais e providenciar a proteção
adequada para o mesmo.

RIP RAP INCOMPLETO, Deterioração de Rip-Rap de má qualidade. Ação das ondas nestas áreas desprotegidas Restabelecer o talude normal. Refazer
DESTRUÍDO OU DESLOCADO A ação das ondas deslocou o Rip-Rap. diminui a largura do maciço da barragem. corretamente o Rip-Rap.
Pedras redondas ou de mesmo tamanho
rolaram talude abaixo.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

EROSÃO POR TRÁS DO Rip-Rap Pedras de tamanhos aproximadamente O solo do maciço é erodido por trás do 1. Restabelecer uma proteção eficiente
MAL GRADUADO. iguais permitem que as ondas passem Rip-Rap. Isto permite que o Rip-Rap do talude.
entre elas e venham a erodir a camada recalque, fornecendo uma menor proteção 2. Um engenheiro deve especificar o
intermediária de proteção, se esta não e diminuindo a largura da barragem. tamanho e a graduação das pedras do
for bem graduada, e o solo do maciço Rip-Rap e da camada intermediária de
subjacente. proteção.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

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72
TALUDE DE MONTANTE (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
FACE DE CONCRETO RACHADA Concreto deteriorado devido ao Solo subjacente ao revestimento de 1. Determinar a causa. Reparar com
OU DETERIORADA intemperismo. Material de preenchimento concreto pode ser erodido, descalçando argamassa ou contatar engenheiro para
das juntas deteriorado ou removido. as placas e acelerando o processo de métodos de reparos permanentes.
deterioração. 2. Se o dano for extenso, um engenheiro
qualificado deve inspecionar as condições
e recomendar outras ações que devam
ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

RACHADURAS DEVIDO AO O solo perde a umidade e sofre contração, Chuvas fortes podem encher as rachaduras 1. Monitorar rachaduras para o aumento
RESSECAMENTO causando as rachaduras, geralmente e causar o movimento de pequenas partes no comprimento, largura e profundidade.
vistas na crista e talude de jusante. do maciço. 2. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar as condições e recomendar
outras ações que devam ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
TALUDE DE JUSANTE
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DESLIZAMENTO/ 1. Falta ou perda de resistência do Perigo Extremo 1. Medir a extensão e o deslocamento do
NCHARCAMENTO material do maciço da barragem. Deslizamento do maciço atingindo a crista escorregamento.
2. A perda de resistência pode ser ou o talude de montante reduzindo a folga. 2. Se o movimento continuar, começar a
atribuída à infiltração de água no maciço Pode resultar no colapso do maciço ou baixar o nível d’água até parar o movimento.
ou falta de suporte da fundação. transbordamento. 3. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar imediatamente a barragem e
orientar as ações a serem tomadas.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

RACHADURAS TRANSVERSAIS Recalque diferenciado do maciço da Perigo 1. Se necessário, obstruir a rachadura do


barragem também provoca rachaduras Rachaduras devido a recalques ou retração talude de montante para prevenir a passagem
transversais. Por exemplo: o centro podem provocar infiltrações da água do de água do reservatório.
recalcando mais que as ombreiras. reservatório através da barragem. 2. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar outras
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ações a serem tomadas.


EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

DESABAMENTO/COLAPSO 1. Falta de uma compactação adequada. Perigo 1. Inspecionar e reparar os buracos internos
2. Tocas de animais. Indicação de possível erosão do maciço. criados por roedores.
3. Piping através do maciço ou 2. Um engenheiro qualificado deve
fundação. inspecionar a barragem e recomendar outras
ações a serem tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

73
TALUDE DE JUSANTE (CONTINUAÇÃO)

74
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
RACHADURAS LONGITUDINAIS 1. Ressecamento ou retração do material 1. Pode ser aviso de um futuro 1. Se as rachaduras são de ressecamento,
de superfície. deslizamento. c u b r a a á re a c o m mater ial b em
2. Deformação para jusante devido ao 2. Recalques ou deslizamentos mostrando compactado para manter a superfície
recalque do maciço. a perda de resistência da barragem podem seca e a umidade natural.
provocar a sua ruína. 2. Se as rachaduras são extensas, um
engenheiro qualificado deve inspecionar
o problema e recomendar outras ações a
serem tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

AFUNDAMENTOS (localizados) Resultante de erosão que descalçou Pode expor zonas impermeáveis à erosão 1. Inspecionar a área em busca de
uma parte do talude. Também pode ser e levar a novos afundamentos. infiltração.
encontrado em taludes muito íngremes. 2. Monitorar para verificar o
prosseguimento da ruptura.
3. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar
outras ações a serem tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

EROSÃO Águas de chuvas carregam material da Pode ser perigosa se não for contida. 1. O método preferido de proteção de áreas
superfície do talude produzindo valas Erosões podem provocar deterioração erodidas é a colocação de enrocamento ou
de erosão. do talude de jusante e, posteriormente, a Rip-Rap.
ruptura do maciço. 2. Refazer a grama de proteção se o problema
for detectado no início.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
TALUDE DE JUSANTE (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
ÁRVORES/ARBUSTOS Vegetação natural da área. Raízes profundas podem criar caminhos 1. Remover as árvores de raízes profundas
para passagem de água. Arbustos podem e arbustos do maciço e nas proximidades.
dificultar inspeções visuais e abrigar 2. Erradicar vegetação no maciço que
roedores. dificulte as inspeções visuais.

ATIVIDADES DE ANIMAIS E Grande quantidade de animais e insetos. 1. Cria passagens da água superficial 1. Controlar a população de animais e
INSETOS Buracos, túneis e cavernas são causados para dentro do maciço, permitindo a insetos para prevenir maiores danos.
por tocas de animais, formigueiros e saturação das áreas adjacentes, o que 2. Aterrar buracos existentes, com
cupinzeiros. Certos habitat, com alguns poderá provocar rupturas localizadas. material adequado e bem compactado.
tipos de plantas e árvores, próximos ao 2. Pode reduzir o caminho de percolação 3. Eliminar habitat favoráveis ao
reservatório encorajam estes animais e da água e provocar Piping. Se os túneis desenvolvimento de espécies nocivas.
insetos. atravessam a maior parte do maciço
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

podem levar a ruptura da barragem.


3. Especialmente perigoso se os furos
penetram abaixo da linha freática. Durante
os períodos de elevação do nível do
reservatório, o caminho de percolação
pode ficar muito reduzido, o que facilitaria
a ocorrência de Piping.

TRÁFEGO DE ANIMAIS E GADO T r á f e g o e x c e s s i v o d e a n i m a i s Cria áreas sem proteção contra erosão. 1. Cercar a área da barragem.
especialmente danoso quando o talude Permite que a água se acumule em 2. Reparar a proteção contra erosão com
está molhado. determinados locais. Área suscetível a Rip-Rap ou grama.
rachaduras por ressecamento.

75
76
CRISTA
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
1. Assentamentos diferentes entre seções Perigo 1. Inspecionar a rachadura e cuidadosamente
RACHADURA LONGITUDINAL
adjacentes ou zonas do maciço da 1. Cria local de pouca resistência no anotar a localização, comprimento,
barragem. interior da barragem, que pode ser o profundidade, alinhamento e outros
2. Falha na fundação causando perda de ponto de início de um futuro movimento, aspectos físicos pertinentes. Imediatamente
estabilidade. deformação ou ruptura do maciço. demarcar os limites da rachadura. Monitorar
3. Estágios iniciais de deslizamentos 2. Cria uma passagem da água superficial frequentemente.
do maciço. para dentro do maciço, permitindo a 2. Um engenheiro deve determinar a causa
da rachadura e supervisionar as medidas
saturação da área adjacente, o que poderá
necessárias para reduzir o perigo para a
provocar uma ruptura localizada.
barragem e corrigir o problema.
3. As rachaduras da superfície da crista devem
ser seladas para prevenir infiltração da água
superficial.
4. Continuar monitorando rotineiramente a
crista para identificar indícios de rachaduras.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
1. Movimento vertical entre seções Perigo Extremo 1. Cuidadosamente inspecionar o deslocamento
DESLOCAMENTO VERTICAL
adjacentes do maciço da barragem. 1. Cria uma área local de pouca resistência e anotar a localização, comprimento,
2. Deformação ou falha estrutural no interior do maciço que pode causar profundidade, alinhamento e outros aspectos
causados por instabilidade estrutural ou futuros movimentos. físicos pertinentes.
falha na fundação. 2. Ruptura do maciço. 2. Um engenheiro deve imediatamente
3. Cria um ponto de entrada para a determinar a causa do deslocamento e
água superficial que futuramente poderá supervisionar as medidas necessárias para
reduzir o perigo para a barragem e corrigir
contribuir na ruptura do maciço.
o problema.
4. Reduz a seção transversal efetiva da
3. Escavar a área até o fundo do deslocamento.
barragem. Preencher a escavação usando material
adequado e técnicas de construção corretas,
sob a supervisão de um engenheiro.
4. continuar a monitorar a área rotineiramente
para verificar indícios de futuras rachaduras
ou movimento.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
CRISTA (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DESABAMENTOS NA CRISTA 1. Atividade de roedores. Perigo 1. Cuidadosamente inspecionar o
2. Furos na tubulação da tomada d’água 1. Vazios dentro da barragem podem desabamento e anotar a localização,
estão causando erosão do material do causar desabamentos, deslizamentos, comprimento, profundidade, alinhamento e
maciço da barragem. instabilidade, ou reduzir a seção outros aspectos físicos pertinentes.
3. Erosão interna ou Piping do material transversal do maciço da barragem. 2. Um engenheiro deve determinar a causa
do maciço devido à infiltração. 2. Ponto de entrada para água superficial. do desabamento e supervisionar as medidas
4. Carreamento de argila dispersiva necessárias para reduzir o perigo para a
barragem e corrigir o problema.
no interior do maciço, pela água de
3. Escavar a área que desabou, taludando os
percolação.
lados, e preencher o buraco com material
adequado usando técnicas de construção
adequadas, sob a supervisão de um
engenheiro.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

RACHADURAS TRANSVERSAIS 1. Movimentos desiguais das partes Perigo 1. Inspecionar a rachadura e cuidadosamente
adjacentes do maciço. 1. Pode criar um caminho para infiltração anotar a localização, comprimento,
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

2. Deformação causada por tensões ou na direção transversal do maciço. profundidade, alinhamento e outros
instabilidade do maciço. 2. Cria área de baixa resistência no interior aspectos físicos pertinentes. Imediatamente
do maciço. Daí poderá se iniciar futura demarcar os limites da rachadura. Monitorar
deformação, movimento ou ruptura. frequentemente.
3. Permite um ponto de entrada para água 2. Um engenheiro deve determinar a causa
da rachadura e supervisionar as medidas
de escoamento superficial.
necessárias para reduzir o perigo para a
barragem e corrigir o problema.
3. Escavar a crista ao longo da rachadura até
ultrapassar o fundo da rachadura. Preencher
a escavação usando material adequado
e técnicas de construção corretas, sob a
supervisão de um engenheiro. Isso irá selar
a rachadura contra infiltração e escoamento
superficial.
4. Continuar monitorando rotineiramente a
crista para verificar indícios de rachaduras.
EXIGIDA A PRESENÇA DE

77
ENGENHEIRO.
CRISTA (CONTINUAÇÃO)

78
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
CRISTA DESALINHADA 1. Movimentos entre partes adjacentes 1. Desalinhamento é normalmente 1. Instalar marcos na crista para determinar
do maciço. acompanhado de depressões na crista a exata localização e extensão do
2. Deformação estrutural ou ruptura que reduzem a folga ao transbordamento. desalinhamento na crista.
próxima à área do desalinhamento. 2. Pode produzir áreas localizadas de baixa 2. Um engenheiro deve determinar a causa
resistência do maciço que pode provocar do desalinhamento e supervisionar as
ruptura do maciço. medidas necessárias para reduzir o perigo
para a barragem e corrigir o problema.
3. Após as medidas remediadoras, monitorar
periodicamente os marcos da crista para
detectar possíveis movimentos futuros.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
DEPRESSÕES NA CRISTA DA 1. Assentamento excessivo no maciço Reduz a folga da barragem, ou seja, reduz 1. Estabelecer marcos ao longo da crista
BARRAGEM ou fundação diretamente abaixo da área a diferença entre a cota do coroamento do para determinar a exata localização e
da depressão. maciço e a cota da superfície da água no extensão do assentamento na crista.
2. Um engenheiro deve determinar a causa
2. Erosão interna do maciço da barragem. reservatório quando o vertedouro estiver da depressão na crista e supervisionar as
3. Deformação do maciço de fundação no com vazão máxima. medidas necessárias para reduzir o perigo
sentido jusante ou montante. para a barragem e corrigir o problema.
4. Erosão pelo vento contínuo na área 3. Restabelecer a cota da crista de
da crista. maneira uniforme preenchendo as áreas
5. Terraplanagem final inadequada na com depressões utilizando técnicas
construção. construtivas adequadas, sob a supervisão
de um engenheiro.
4. Restabelecer e monitorar os marcos da
crista da barragem para detectar possível
recalque no futuro.
VEGETAÇÃO EXCESSIVA Negligência com a barragem e falta de 1. Esconde partes da barragem, dificultando 1. Remover toda vegetação existente,
procedimentos de manutenção adequados. uma adequada inspeção visual de todo o com exceção da grama que deve ser
maciço e possibilitando o desenvolvimento preservada para ajudar a combater a
de problemas que somente serão detectados erosão superficial. As raízes devem ser
quando a segurança da barragem já estiver retiradas até a profundidade que seja
ameaçada.
2. As raízes que penetram no maciço se praticável as escavações. O reaterro deve
decompõem quando a vegetação morre, ser feito com material adequado e bem
criando caminhos preferenciais para a compactado.
percolação. 2. Um programa de manutenção deve ser
3. Dificulta o acesso a todas as áreas da estabelecido para evitar o surgimento de
barragem para operação, manutenção e nova vegetação indesejável no futuro.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

inspeção. 3. O material cortado deve ser removido


4. Serve de habitat para roedores.
para fora da área da barragem.
CRISTA (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
BURACOS DE ANIMAIS E INSETOS Grande quantidade de animais e insetos. 1. Cria passagens da água superficial para dentro 1. Controlar a população de animais e
Buracos, túneis e cavernas são causados do maciço, permitindo a saturação das áreas insetos para prevenir maiores danos.
por tocas de animais, formigueiros e adjacentes, o que poderá provocar rupturas 2. Aterrar buracos existentes, com
localizadas.
cupinzeiros. Certos habitat, com alguns material adequado e bem compactado.
2. Pode reduzir o caminho de percolação da água
tipos de plantas e árvores, próximos ao e provocar Piping. Se os túneis atravessarem a 3. Eliminar habitat favoráveis ao
reservatório encorajam estes animais maior parte do maciço, podem levar a ruptura desenvolvimento de espécies nocivas.
e insetos. da barragem.
3. Especialmente perigoso se os furos penetram
abaixo da linha freática. Durante os períodos de
elevação do nível do reservatório, o caminho
de percolação pode ficar muito reduzido, o que
facilitaria a ocorrência de Piping.

EROSÕES NA CRISTA 1. Material mau graduado e drenagem 1. Pode reduzir a folga da barragem. 1. Restabelecer a folga de projeto da
inadequada da crista com concentração 2. Reduz a seção transversal efetiva do barragem aterrando a vala provocada
do fluxo de água superficial diretamente maciço. pela erosão, com material adequado e
bem compactado.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

sobre o maciço. 3. Dificulta o acesso a todas as partes da


2. Restabelecer as inclinações previstas,
2. Capacidade inadequada do sangradouro, barragem. no projeto, para a crista e recuperar
provocando o transbordamento da 4. Se resultante de transbordamento, ou implantar um sistema de drenagem
barragem. indica uma situação de risco da barragem. superficial.
3. Se resultante de transbordamento,
um engenheiro deve rever o
dimensionamento e as condições atuais
do vertedouro. Neste caso é EXIGIDA A
PRESENÇA DE ENGENHEIRO.
RACHADURAS DEVIDO AO O solo expande e contrai com a alternância Cria passagens da água superficial para 1. Selar as rachaduras com material
RESSECAMENTO dos processos de umedecimento e dentro do maciço, permitindo a saturação impermeável.
ressecamento que acompanham o clima. das áreas adjacentes. Esta saturação e 2. Recobrir a crista com uma camada
As rachaduras devido ao ressecamento o ressecamento subsequente poderão de material não plástico (cascalho ou
são curtas, rasas, finas e numerosas. ocasionar o aumento das rachaduras. laterita).

79
80
CRISTA (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
TRILHAS AO LONGO DA CRISTA Tráfego de veículos pesados sem a 1. Dificulta o acesso a todas as áreas da 1. Drenar a água acumulada e recompor
manutenção adequada da superfície da barragem. a crista com material adequado e bem
crista. 2. Ajuda o processo de deterioração da compactado.
superfície da crista. 2. Restabelecer as inclinações previstas
3. Permite a acumulação de água sobre a no projeto, para a crista e recuperar
barragem, causando saturação do maciço.
ou implantar um sistema de drenagem
superficial.
3. Recuperar o pavimento ou, no mínimo,
aplicar uma camada de material que
possa funcionar como revestimento
primário (cascalho ou laterita).
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
INFILTRAÇÕES E FUGAS DE ÁGUA NA BARRAGEM
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
MUDANÇA ACENTUADA NA O material do maciço na área está Pode indicar a existência de uma área 1. Por meio de escavação manual tentar
VEGETAÇÃO permitindo fluxo de água. saturada. identificar se a área está mais úmida que
o restante do talude.
2. Se a área estiver mais úmida que
o restante do talude, um engenheiro
qualificado deve inspecionar a barragem
e recomendar outras medidas que devam
ser tomadas.

GRANDE ÁREA MOLHADA OU Um caminho preferencial de percolação Perigo 1. Inspecionar e demarcar a área.
PRODUZINDO FLUXO desenvolveu-se através da ombreira ou 1. O aumento do fluxo pode levar à erosão Acompanhar para averiguar sua expansão.
do maciço. do maciço e à ruptura da barragem. 2. Medir com a precisão possível alguma
2. A saturação do maciço próximo à zona vazão que possa estar ocorrendo.
de infiltração pode criar instabilidade, 3. Se a área ou o fluxo aumentarem, o
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

levando à ruptura da barragem. nível do reservatório deve ser reduzido


até o fluxo se estabilizar ou cessar.
4. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar
outras medidas que devam ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

81
82
INFILTRAÇÕES E FUGAS DE ÁGUA NA BARRAGEM (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
ÁREA MOLHADA E UMA FAIXA Camada de material permeável usado na Perigo 1. Medir com a precisão possível a vazão
HORIZONTAL construção do maciço. 1. A saturação das áreas abaixo da zona que esteja ocorrendo.
de infiltração pode instabilizar o maciço. 2. Se o fluxo aumentar, o nível do
2. Fluxos excessivos podem provocar reservatório deve ser reduzido até o fluxo
erosão acelerada do maciço, levando à se estabilizar ou cessar.
ruptura da barragem. 3. Demarcar a área envolvida.
4. Por meio de escavação manual tentar
identificar o material que está permitindo
o fluxo.
5. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar
outras ações a serem tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

FUGA DE ÁGUA LOCALIZADA NA Construção incorreta; esforço concentrado; Distúrbios no escoamento; erosão na 1. Medir a quantidade de fluxo e averiguar
PARTE ALTA DO TALUDE deterioração do material; falhas na fundação e no aterro de recobrimento; o transporte de materiais.
fundação; pressão externa excessiva. eventual desmoronamento da estrutura. 2. Se o fluxo aumentar, o nível do
reservatório deve ser reduzido até o fluxo
se estabilizar ou cessar.
3. Procurar a entrada da água à montante
e obstruí-la, se possível. A colocação de
uma lona sobre o talude de montante e
o seu recobrimento com solo lançado
a partir da crista da barragem têm sido
adotados com êxito em alguns casos.
4. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar
outras medidas que devam ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
INFILTRAÇÕES E FUGAS DE ÁGUA NA BARRAGEM (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
FUGA DE ÁGUA LOCALIZADA A água encontrou ou abriu uma passagem Perigo 1. Inspecionar cuidadosamente a área,
através do maciço. A continuação do fluxo pode ampliar a medir a quantidade de fluxo e averiguar
erosão do maciço e levar à ruptura da o transporte de materiais.
barragem. 2. Se houver carreamento de material,
um dique com sacos de areia deve
ser construído em volta da surgência
para reduzir a velocidade da água e a
capacidade erosiva do fluxo.
3. Caso a erosão se acentue, o nível do
reservatório deve ser rebaixado.
4. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar
outras medidas que devem ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

A água encontrou ou abriu uma passagem Perigo Extremo 1. Inspecionar cuidadosamente a área,
FUGA LOCALIZADA DE ÁGUA através do maciço e está erodindo e O prosseguimento do fluxo poderá causar medir a quantidade de fluxo e averiguar
“BARRENTA” carreando o material do maciço. uma erosão rápida no material do maciço se o carreamento de solo está aumentando.
resultando na ruptura da barragem. 2. Um dique com sacos de areia deve
ser construído em volta da surgência
para reduzir a velocidade da água e a
capacidade erosiva do fluxo.
3. Caso a erosão se acentue, o nível do
reservatório deve ser rebaixado.
4. Um engenheiro qualificado deve
imediatamente inspecionar a barragem e
orientar as ações que devem ser tomadas.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

83
INFILTRAÇÕES E FUGAS DE ÁGUA NA BARRAGEM (CONTINUAÇÃO)

84
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
FUGA DE ÁGUA ATRAVÉS DE 1. Intenso ressecamento provocou o Perigo Extremo 1. Obstruir as rachaduras pelo lado de
RACHADURAS PRÓXIMAS À surgimento de rachaduras no topo do 1. A saturação abaixo da zona fraturada montante para estancar o fluxo.
CRISTA maciço. pode instabilizar o maciço. 2. O nível do reservatório deve ser
2. Recalques no maciço ou na fundação 2. O fluxo através da rachadura pode reduzido até abaixo do nível das
estão causando rachaduras transversais erodir o maciço, levando à ruptura da rachaduras
barragem. 3. Um engenheiro qualificado deve
imediatamente inspecionar a barragem e
orientar as ações a serem tomadas.
EXIGIDA IMEDIATA PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

VAZAMENTOS VINDO DAS


Fluxo de água através de rachaduras ou Perigo 1. Inspecionar cuidadosamente a área
OMBREIRAS fissuras nas ombreiras. 1. Pode provocar uma erosão rápida na para determinar a quantidade do fluxo
ombreira e o esvaziamento do reservatório. e averiguar se existe carreamento de
2. Pode provocar deslizamentos próximos materiais.
ou à jusante da barragem. 2. Um engenheiro ou geólogo qualificado
deve inspecionar a barragem e recomendar
outras ações a serem tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO OU GEÓLOGO.

FLUXO BORBULHANDO A Alguma parte do maciço de fundação Perigo 1. Inspecionar cuidadosamente a área e
JUSANTE DA BARRAGEM está permitindo a passagem da água O aumento do fluxo poderá causar uma averiguar a quantidade de fluxo e o transporte
com facilidade. Pode ser uma camada erosão rápida no material da fundação de materiais.
permeável formada por areia ou resultando na ruptura da barragem. 2. Se houver carreamento de material,
pedregulho existente na fundação ou um dique com sacos de areia deve ser
mesmo fratura na rocha subjacente, que construído em volta da surgência para reduzir
não foi tratada convenientemente quando a velocidade da água e a capacidade erosiva
da execução da injeção de cimento da do fluxo.
3. Caso a erosão se acentue, o nível do
rocha de fundação.
reservatório deve ser rebaixado.
4. um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar outras
medidas que devam ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ENGENHEIRO.
VERTEDOURO
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
VEGETAÇÃO EXCESSIVA OU Acúmulo de material escorregado, Perigo 1. Retirar os detritos periodicamente.
DETRITOS NO CANAL árvores mortas, crescimento excessivo 1. Redução da capacidade de descarga, 2. Controlar o crescimento da vegetação
de vegetação etc, no canal do vertedouro. causando transbordamento lateral do no canal do vertedouro.
sangradouro ou transbordamento da 3. Instalar uma rede de proteção na
barragem. entrada do vertedouro para interceptar
2. O Transbordamento prolongado pode detritos.
causar a ruptura da barragem.

CANAIS ERODIDOS 1. Tráfego de animais cria canais 1. Erosões não combatidas podem 1. Fotografar as erosões para acompanhar
preferenciais onde o fluxo se concentra provocar deslizamentos ou desabamentos o seu desenvolvimento.
criando valas de erosão. que resultem na redução da capacidade 2. Reparar a área danificada substituindo
2. Fluxo de água turbulento ou com do vertedouro. o material erodido por aterro compactado.
elevada velocidade. 2. Acapacidade inadequada do sangradouro 3. Proteger a área contra futuras erosões
3. O solo ou rocha onde foi cortado o pode provocar o transbordamento da colocando enrocamento ou revestindo de
canal do vertedouro não é suficientemente barragem e resultar na ruptura desta. forma apropriada.
resistente à erosão. 3. A erosão pode atingir o reservatório, 4. Quando o avanço da erosão ameaçar a
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

4. A estrutura da laje de fundo do canal, no provocando o seu rápido esvaziamento. segurança das estruturas, um engenheiro
caso de canais revestidos de concreto, não 4. A erosão pode descalçar a estrutura de qualificado deve imediatamente
foi projetada ou construída corretamente. fixação da cota da soleira do vertedouro inspecionar a barragem e orientar as
(Creager, por exemplo), levando à sua medidas a serem tomadas.
destruição e provocando uma cheia de EXIGIDA A PRESENÇA DE
graves consequências. ENGENHEIRO.

85
VERTEDOURO (CONTINUAÇÃO)

86
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DESCALÇAMENTO POR EROSÃO 1. Configuração inadequada da bacia de Perigo 1. Fazer a limpeza da área e reaterrar com
NO FINAL DO VERTEDOURO dissipação. 1. Dano estrutural no vertedouro. bom material apropriado.
2. Materiais altamente erosivos. 2. Alto custo de reparo no caso de 2. Colocar um enrocamento com blocos
3. Falta de uma cortina de contenção no desmoronamento da laje ou parede do de tamanho adequado.
final da calha. vertedouro. 3.instalar uma cortina de contenção.
4. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar o vertedouro e orientar as
ações a serem tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
PAREDE DESLOCADA 1. Falha na execução. 1. Pequenos deslocamentos irão criar 1. Reconstrução deve ser feita de acordo com
2. Recalque diferencial da fundação. turbulência e redemoinho no fluxo, as práticas da engenharia.
3. Pressão excessiva do aterro ou da água. causando erosão no solo atrás da parede. 2. A fundação deve ser cuidadosamente
4. Armadura insuficiente do concreto. 2. Grandes deslocamentos causarão preparada.
rachaduras e eventual ruptura da estrutura. 3. Drenos devem ser usados para aliviar a
pressão atrás da parede.
4. Armar suficientemente o concreto.
Ancorar as paredes para prevenir futuros
deslocamentos.
5. Limpar os drenos para assegurar sua
operação adequada.
6. Consultar um engenheiro antes de as ações
serem tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

RACHADURAS GRANDES 1. Falha de Construção. 1. Turbulência no fluxo d’água. 1. Grandes rachaduras sem grandes
2. Concentração localizada de tensos. 2. Erosão na fundação e no aterro lateral. deslocamentos devem ser reparadas por
3. Deterioração localizada do material. 3. Colapso da estrutura. meio de remendos.
4. Falha na fundação. 2. Áreas ao redor devem ser limpas e
5. Pressão excessiva do reaterro externo. cortadas antes que o material de remendo
seja aplicado.
3. Instalação de drenos e outras ações
podem ser necessárias.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ENGENHEIRO.
VERTEDOURO (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
JUNTAS ABERTAS OU 1. Recalque excessivo da fundação. 1. Erosão do material da fundação pode 1. As juntas não devem ter mais de 1 cm
DESLOCADAS 2. Fuga de material da junta. enfraquecer o suporte da estrutura e causar e devem ser seladas com asfalto ou outro
3. Junta construída muito larga e não futuras rachaduras. material flexível.
selada. Material selante deteriorado e 2. Pressão induzida pelo fluxo das águas 2. Limpar as juntas, substituir os materiais
carreado. através das juntas deslocadas pode erodidos e selar as juntas.
carregar laje ou parede e causar um 3. A fundação deve ser propriamente
extenso descalçamento. drenada e preparada. A face inferior da
laje deve ter ressaltos com profundidade
suficiente para evitar deslizamento.
4. Evitar inclinação exagerada do canal.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

PERDA OU FALHA DO RIP-RAP 1. Canal muito inclinado. Perigo 1. As juntas não devem ter mais de 1 cm
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

2. Enrocamento mal dimensionado para 1. Erosão no fundo e laterais do canal. e devem ser seladas com asfalto ou outro
o fluxo. 2. Ruptura do vertedouro. material flexível.
3. Falha na fundação. 2. Limpar as juntas, substituir os materiais
4. Velocidade de escoamento muito alta. erodidos e selar as juntas.
5. Colocação inadequada do material. 3. A fundação deve ser propriamente
6. Camada de transição ou material da drenada e preparada. A face inferior da
fundação carreado pela água. laje deve ter ressaltos com profundidade
suficiente para evitar deslizamento.
4. Evitar inclinação exagerada do canal.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

87
88
VERTEDOURO (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DETERIORAÇÃO DA ESTRUTURA Uso de materiais impróprios ou A vida útil da estrutura será diminuída. 1.Recuperar a estrutura do vertedouro.
DE CONCRETO manutenção inadequada. 2.Usar apenas agregados limpos e de boa
qualidade no concreto.
3.Respeitar o recobrimento da armadura
do concreto.
4. O concreto deve ser mantido molhado
e protegido durante a cura.
5.Um engenheiro qualificado deve
inspecionar o vertedouro e orientar as
ações a serem tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

VAZAMENTO DENTRO E AO 1. Fendas e juntas na fundação do 1. Pode induzir uma perda excessiva de 1. Examinar a área de saída do fluxo para
REDOR DO VERTEDOURO vertedouro estão permitindo infiltração. água armazenada. ver se o tipo de material pode explicar o
2. Camadas de areia ou pedregulhos no 2. Pode induzir a uma ruptura se a vazamento.
vertedouro estão permitindo infiltração. velocidade for alta o bastante para causar 2. Medir a quantidade do fluxo e checar se
erosão dos materiais da fundação. existe erosão dos materiais da fundação.
3. Se a velocidade do fluxo ou quantidade
de materiais erodidos aumentar
rapidamente, o nível do reservatório
deve ser abaixado até o fluxo estabilizar
ou cessar.
4. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar as condições e recomendar
outras ações que devem ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
VERTEDOURO (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
INFILTRAÇÃO ATRAVÉS DE UMA Água se acumulando atrás da estrutura 1. Pode causar a inclinação ou queda das 1. Checar a área atrás da parede para
JUNTA DE CONSTRUÇÃO OU devido à drenagem insuficiente ou drenos paredes.. identificar zonas saturadas.
RACHADURAS NA ESTRUTURA DE entupidos. 2. Fluxo através do concreto pode 2. Checar e limpar, se necessário, as
CONCRETO conduzir a uma rápida deterioração por saídas d’água e drenos internos.
intemperismo. 3. Se a condição persistir, um engenheiro
3. Se o vertedouro está localizado no qualificado deve inspecionar o problema
maciço, uma erosão rápida pode levar à e recomendar outras ações que devam
ruptura da barragem. ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

AUMENTO NO FLUXO E Funcionamento impróprio do dreno por Perigo 1. Monitorar a quantidade de fluxo e o
CARREAMENTO DE SEDIMENTOS má execução ou deterioração da camada 1. Um aumento da velocidade do fluxo carreamento de material.
NA SAÍDA DO DRENO filtrante. pode acelerar a erosão do solo atrás ou 2. Coletar amostras da água para comparar
abaixo da estrutura. a turbidez.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

2. Pode levar a ruptura das estruturas por 3. Se a vazão ou a turbidez aumentar, um


descalçamento. engenheiro qualificado deve inspecionar
o vertedouro e recomendar as ações que
devam ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

89
90
VAZAMENTO NA VÁLVULA
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DANOS NA TUBULAÇÃO
DA SAÍDA D’ÁGUA
RACHADURA Recalque ou impacto. Perigo 1. Verificar evidências de água saindo ou
A Infiltração pode levar à erosão interna entrando na tubulação pela rachadura,
do maciço. orifício ou pelas juntas da tubulação.
2. Bater de leve na tubulação, na
vizinhança da área danificada, tentando
BURACO Ferrugem, corrosão ou desgaste por Perigo ouvir um barulho oco que mostra que se
cavitação. A Infiltração pode levar à erosão interna formou um vazio ao longo da parte de
do maciço. fora do conduto.
3. Se há suspeita de ruptura progressiva,
um engenheiro qualificado deve
Recalques ou falha de construção. Perigo inspecionar o problema e recomendar as
JUNTAS DESIGUAIS
Permite a passagem da água para dentro ações que devam ser tomadas.
ou fora da tubulação, resultando na erosão EXIGIDA A PRESENÇA DE
do material interno da barragem. ENGENHEIRO.

RUPTURA DA ESTRUTURA DE 1. Esforço excessivo devido ao Perigo 1. Monitorar o desenvolvimento da


CONCRETO DA SAÍDA D’ÁGUA empuxo do aterro sobre a estrutura. Perda da estrutura de saída d’água expõe ruptura progressiva medindo uma
2. Deficiência na armadura da o maciço à erosão pelo fluxo liberado. dimensão típica, como a largura “D”
estrutura de concreto. mostrada na figura.
3. Má qualidade do concreto. 2. Reparar, remendando as rachaduras
e instalando um sistema de drenos no
maciço de solo junto à estrutura de
concreto.
3. Uma substituição total da estrutura de
saída d’água pode ser necessária.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
VAZAMENTO NA VÁLVULA (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
S A Í D A D A Á G U A L I B E R A D A 1. Tubulação de saída d’água muito curta. Perigo 1. Estender a tubulação além do pé do
ERODINDO O PÉ DA BARRAGEM 2. Falta de bacia de dissipação na saída Erosão do pé do talude de jusante talude.
do conduto. aumenta a inclinação do talude, criando 2. Proteger o maciço com Rip-Rap
instabilidade e levando a escorregamentos assente sobre uma camada de solo bem
progressivos. compactado.
3. Construir uma estrutura de concreto na
saída da tubulação para orientar o fluxo e
dissipar energia.
4. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e orientar as ações
que devam ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

ÁGUA DE INFILTRAÇÃO SAINDO 1. Tubulação da tomada d’água quebrada. Perigo 1. Examinar cuidadosamente a área para
POR UM PONTO ADJACENTE À 2. Um caminho preferencial para Um fluxo contínuo pode induzir uma tentar determinar a causa.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

SAÍDA D’ÁGUA percolação se desenvolveu ao longo da erosão do material do maciço e provocar 2. Verificar se água está carreando
tubulação de saída. a ruptura da barragem. partículas de solo.
3. Determinar a quantidade do fluxo.
4. Se o fluxo aumentar, ou se está
carregando material do maciço, o nível
do reservatório deve ser rebaixado até
que a infiltração pare.
5. Um engenheiro qualificado deve
inspecionar a barragem e recomendar
outras ações que devam ser tomadas.
EXIGIDA A PRESENÇA DE
ENGENHEIRO.

91
92
FALHAS NO SISTEMA DE COMPORTA
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DETRITOS PRESOS EMBAIXO DA Grade de proteção quebrada ou faltando. 1. A comporta não poderá ser fechada. 1. Elevar e baixar a comporta
COMPORTA 2. A válvula ou haste poderá sofrer danos vagarosamente até os detritos serem
no esforço de fechar a comporta. soltos e levados pela água.
2. Usar equipe de mergulhadores para
remover os detritos.
3. Reparar ou substituir a grade de
proteção.

COMPORTA RACHADA Ferrugem, efeitos de vibração, ou tensão A comporta pode romper, completamente, 1. Manter a comporta somente nas
resultante do esforço empregado para esvaziando o reservatório. posições completamente fechada ou
fechar a comporta que estava emperrada. completamente aberta.
2. Evitar a operação da comporta até que
esta seja reparada ou substituída.
3. Reparar ou substituir a comporta.

DANOS NO BERÇO OU GUIAS DA Ferrugem, erosão, cavitação, vibração 1. Vazamento ou perda de suporte da 1. Evitar a operação da comporta até que
COMPORTA ou desgaste. comporta. o berço e as guias sejam reparados ou
2. A comporta pode emperrar e se tornar substituídos.
inoperante. 2. Se a causa for cavitação, checar se
existe tubo de ventilação e se ele está
desobstruído.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM
FALHAS NO SISTEMA DE COMPORTA (CONTINUAÇÃO)
ANOMALIA CAUSA PROVÁVEL POSSÍVEL CONSEQUÊNCIA AÇÕES CORRETIVAS
DISPOSITIVOS DE CONTROLE 1. BLOCO DE SUPORTE QUEBRADO. 1. Bloco de suporte pode inclinar levando 1. O uso do sistema de operação da
Deterioração do concreto. Força a haste de controle a emperrar. A comporta comporta deve ser minimizado ou
excessiva na tentativa de abrir a pode não abrir completamente. O bloco de suspenso.
comporta. suporte pode romper, deixando a tomada 2. Se a tomada d’água possui uma
2. HASTE DE CONTROLE d’água inoperante. segunda válvula, considerar o seu uso
QUEBRADA OU DOBRADA. 2. A tomada d’água fica inoperante. para regular as liberações até que os
Ferrugem. Força excessiva na abertura 3. Perda de suporte da haste de controle. reparos possam ser feitos.
ou fechamento da comporta. Guias das A haste pode quebrar ou entortar mesmo 3. Um engenheiro qualificado deve
hastes inadequadas. no seu uso normal. inspecionar a tomada d’água e orientar
3. GUIAS DAS HASTES FALTANDO outras ações que devem ser tomadas.
OU QUEBRADAS. Ferrugem. EXIGIDA A PRESENÇA DE
Lubrificação inadequada. Excesso de ENGENHEIRO.
força na abertura ou fechamento da
comporta.
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

93
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ANEXO 3: FICHAS DE INSPEÇÃO

FICHA PARA INSPEÇÃO FORMAL DE BARRAGEM DE TERRA

Administração Regional:

Legenda:

MAGNITUDE:
I – Insignificante: Anomalia que pode simplesmente ser mantida sob observação

pela Administração Local.


P – Pequena: Quando a anomalia pode ser resolvida pela própria Administração

Local.
M – Média:Aanomalia que só pode ser resolvida pela Administração Local

com apoio da Administração Regional.


G – Grande: Anomalia que só pode ser resolvida pela Administração Regional

com apoio da Administração Central.


NÍVEL DE PERIGO:
0 – Nenhum: Não compromete a segurança da barragem, mas pode ser entendida

como descaso e má conservação.


1 – Atenção: Não compromete a segurança da barragem a curto prazo, mas

deve ser controlada e monitorada ao longo do tempo.


2 – Alerta: Risco à segurança da barragem, devendo ser tomadas providências

para a eliminação do problema.


3 – Emergência: Risco de ruptura iminente, situação fora de controle.

95
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ATENÇÃO
1) A Magnitude e o Nível de Perigo somente serão preenchidos quando a situação do item
for PV, DI, PC e AU. Nas situações NA, NE, DS e NI não faz sentido o preenchimento
da Magnitude e do Nível de Perigo
2) Tratando-se da primeira inspeção de uma barragem, as situações escolhidas devem
ser NA, NE, PV e NI. Quando o técnico basear-se em conhecimento próprio ou de
terceiros para informar as situações DI, DS, PC ou AU, deve haver esclarecimento
por meio do preenchimento do espaço reservado para comentários e como este
conhecimento foi obtido.

no

Rip-Rap

Comentários:

96
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

Comentários:

Comentários:

97
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

SANGRADOURO / VERTEDOURO

98
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

99
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

100
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

guardacorpo

guardacorpo

guardacorpo
guardacorpo

Bay-Pass

Estrutura S L

S L

101
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

102
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

J. OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES

K. SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

103
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

FICHA PARA INSPEÇÃO FORMAL DE BARRAGEM DE CONCRETO

Administração Regional:

Legenda:

MAGNITUDE:

I – Insignificante: Anomalia que pode simplesmente ser mantida sob observação
pela Administração Local.

P – Pequena: Quando a anomalia pode ser resolvida pela própria Administração
Local.

M – Média: Anomalia que só pode ser resolvida pela Administração Local com
apoio da Administração Regional.

G – Grande: Anomalia que só pode ser resolvida pela Administração Regional
com apoio da Administração Central.
NÍVEL DE PERIGO:

0 – Nenhum: Não compromete a segurança da barragem, mas que pode ser
entendida como descaso e má conservação.

1 – Atenção: Não compromete a segurança da barragem a curto prazo, mas deve ser
controlada e monitorada ao longo do tempo.

2 – Alerta: Risco a segurança da barragem, devendo ser tomadas providências para a
eliminação do problema.

3 – Emergência: Risco de ruptura iminente, situação fora de controle.

105
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ATENÇÃO
1) A Magnitude e o Nível de Perigo somente serão preenchidos quando a situação do item for PV,
DI, PC e AU. Nas situações NA, NE, DS e NI não faz sentido o preenchimento da Magnitude
e do Nível de Perigo
2) Tratando-se da primeira inspeção de uma barragem, as situações escolhidas devem ser NA, NE,
PV e NI. Quando o técnico basear-se em conhecimento próprio ou de terceiros para informar as
situações DI, DS, PC ou AU, deve haver esclarecimento por meio do preenchimento do espaço
reservado para comentários e como este conhecimento foi obtido.

no

(guardacorpo)

106
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

107
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

108
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

109
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

Estrutura

guardacorpo

By-Pass

110
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

Estrutura S L
S L

111
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

Piping

112
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

H. OUTROS PROBLEMAS EXISTENTES

I. SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES

113
MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ANEXO 4: SISTEMAS DE PROJEÇÃO E


COORDENADAS
Contribuição do Engenheiro Edie Andreeto Junior (CODEVASF)

SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS OU SISTEMA


GEODÉSICO

Os sistemas mais utilizados no Brasil são: coordenadas geográficas e UTM. No


Sistema de Coordenadas Geográficas, também chamado de Sistema Geodésico
a latitude f e a longitude l são definidas sobre um elipsóide arbitrário escolhido
como datum (LUGNANI, 1987)1. Denomina-se datum definição da forma e
tamanho de um elipsóide, bem como sua posição relativa ao geóide. O elipsóide
é a figura geométrica da qual se lançou mão, para o problema de indefinição
da forma da Terra. O geóide pode ser definido como a prolongação do nível
médio do mar homogêneo (sem correntezas, ventos, variação de densidade da
água etc.), considerando a ondulação provocada em seu prolongamento pela
compensação gravitacional. Por fim, tem-se a superfície física, que é onde a
ocupação dos pontos é realizada (IBGE, 1999)2.
No Brasil, o Sistema Geodésico oficial é SAD 69 (South American Datum).
Entretanto, o posicionamento por GPS (Global Positioning System) utiliza por
concepção o WGS 84 (World Geodetic System), sendo necesssário um pós-
processamento dos valores para convertê-los (IBGE, 1999).

SISTEMA DE PROJEÇÃO UTM

O UTM (Universal Transversa de Mercator) consiste em um sistema de


“projeção cartográfica” utilizado na confecção das cartas topográficas do Sistema
Cartográfico Nacional produzidas pelo IBGE e pela DSG. Neste sistema, a Terra é
dividida em 60 fusos de 6° de longitude. Cada um destes fusos é gerado a partir
da rotação do cilindro onde são projetadas as feições (superfície de projeção).
O quadriculado do sistema UTM está associado a um sistema de coordenadas
planoretangulares, no qual um eixo coincide com a projeção do Meridiano
Central do Fuso (Eixo N apontando para o Norte) e o outro eixo com o do
equador. Assim cada ponto no Elipsóide de Referência (descrito por latitude
e longitude) estará biunivocamente associado ao terno de valores meridiano
central, coordenada E e coordenada N (IBGE, 1999). É possível perceber que
para o sistema UTM, além do datum, o Meridiano Central é uma informação
necessária.

1 LUGNANI, J.B. Introdução à fototriangulação. Curitiba: ed. UFPR,1987.


2 IBGE. Manuais Técnicos em Geociências Número 8 – Noções de Cartografia. Rio de Janeiro, 1999. IBGE. Departa-
mento de Cartografia. CDDI. Divisão de Biblioteca e Acervos Especiais.

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MANUAL DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE INSPEÇÃO DE BARRAGEM

ANEXO 5: ROTEIRO BÁSICO PARA DEFINIÇÃO


DA POSIÇÃO DA BARRAGEM

Por GPS de navegação


Definir o datum do GPS para WGS 84.

Definir o sistema de coordenadas para geográficas (Latitude, Longitude) no


formato dd:mm:ss,sss (graus, minutos, segundos e milésimos de segundos).


No posicionamento aguardar 10 minutos para ajuste do relógio (automático),

entrada do fuso horário local (quando houver esta opção no rastreador) e rastreio
dos satélites.
No software de descarga dos dados fazer a conversão do datum para SAD 69.

Por verificação de coordenadas no projeto da barragem


Verificação do sistema de projeção utilizado (em algumas regiões da CODEVASF

utilizam a Conforme de Gauss ou Gauss-Krüeger e não o UTM) e anotá-lo nas


fichas.
Verificação do datum (em algumas regiões, o sistema usual era o E.F.L.B. -

Estrada de Ferro Leste Brasileiro, com origem na Estação de Ferro de Juazeiro e


consequentemente alguns projetos da CODEVASF adotam este datum) devendo
esta informação fazer parte das fichas.
Os casos omissos devem ser precedidos de consulta à bibliografia ou a

profissionais da área (cartógrafos e agrimensores) ou especialistas.

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