O clipe musical "Boa Esperança", do rapper Emicida, aborda temas como racismo, desigualdade social e escravidão contemporânea. Através de uma narrativa sobre empregadas domésticas se rebelando contra patrões, critica a divisão racial e condições de trabalho degradantes no Brasil.
O clipe musical "Boa Esperança", do rapper Emicida, aborda temas como racismo, desigualdade social e escravidão contemporânea. Através de uma narrativa sobre empregadas domésticas se rebelando contra patrões, critica a divisão racial e condições de trabalho degradantes no Brasil.
O clipe musical "Boa Esperança", do rapper Emicida, aborda temas como racismo, desigualdade social e escravidão contemporânea. Através de uma narrativa sobre empregadas domésticas se rebelando contra patrões, critica a divisão racial e condições de trabalho degradantes no Brasil.
O clipe musical "Boa Esperança", do rapper Emicida, aborda temas como racismo, desigualdade social e escravidão contemporânea. Através de uma narrativa sobre empregadas domésticas se rebelando contra patrões, critica a divisão racial e condições de trabalho degradantes no Brasil.
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Com sete minutos de duração, o clipe “Boa Esperança” do rapper Emicida
aborda temas como racismo, preconceito, injustiça social, assédio sexual e
moral. A trama gira em torno de um grupo de empregadas domésticas de uma mansão que, depois de sofrer todo tipo de humilhação, se revolta contra os patrões durante um banquete na casa onde trabalhavam.
O rap é um gênero musical que está intimamente ligado à cultura da favela
possuindo características e temáticas próprias (preconceito, desigualdade social, marginalidade no sentido de estar à margem da sociedade, dentre outros). Para Bakhtin, cada ser humano é individual e social e a maioria das opiniões dos indivíduos é social, na narrativa do vídeo clipe a profunda divisão racial que existe no Brasil é um discurso social que esta estre as temáticas próprias do rap citadas acima. Algumas questões linguísticas no que se refere a gírias e erros de concordância caracterizam não só a uma identidade de classe como é a própria característica do do rap por si só já o coloca como um gênero musical marginalizado, que passa a ser visto como música de bandido associado a algo negativo por algumas pessoas que criaram um estereótipo a base de fumaça sem nenhum embasamento concreto, apenas por puro preconceito.
A questão linguística no que tange as gírias e erros de concordância
caracteriza essa identidade de classe. Essa característica própria do rap por si só já o coloca como um gênero musical marginalizado, que passa a ser visto como música de bandido associado a algo negativo por algumas pessoas que criaram um estereótipo a base de fumaça sem nenhum embasamento concreto, apenas por puro preconceito.
Dentro dessa temática própria o vídeo da música de Emicida trata da
escravidão contemporânea. A relação da escravidão numa mudança de cenário, dentro de outro tempo histórico, mas que trás as mesmas angústias da escravidão no Brasil colonial. A escravidão permanece. Podemos notar algumas referencias que nos remete a isso, por exemplo, no trecho em que ele fala: “E os camburão o que são? Negreiros a retraficar. Favela ainda é senzala jaó”. Nesse trecho os camburões de polícia que exterminam os negros são associados aos navios negreiros e a senzala, onde as condições de vida eram precárias, é associada às favelas. A história se repete. O próprio título da música, “Boa esperança”, talvez seja uma referência ao nome de um dos mais famosos navios negreiros.
Outro ponto chave em evidencia na letra de Emicida é quando se fala a
respeito da liberdade através do trabalho. E entra na questão da educação: “Tema da faculdade em que não pode por os pés”. Por lei todos tem direito a educação, mas com miséria, preconceito, condições precárias no ensino, drogas, tráfico, dá pra chegar à universidade? (por os pés lá?). A meritocracia aqui implícita é coerente quando se nasceu em berço de ouro, quando se estudou em escola particular, quando não se precisa trabalhar desde os dez anos pra ajudar no sustento da família. Emicida fala antes de sobrevivência a meritocracia.