Neuroses: Psicanálise

Fazer download em doc, pdf ou txt
Fazer download em doc, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DO REIS - UNIRITTER

CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA

Brenda Alves

FUNDAMENTOS PSICANALÍTICOS: NEUROSES

Porto Alegre/RS
2017
Brenda Alves

FUNDAMENTOS PSICANALÍTICOS: NEUROSES

Resenha apresentada para a disciplina


Psicanálise, no curso de Psicologia, do Centro
Universitário Ritter dos Reis.

Profa. Viviane Buriol

Porto Alegre/RS
2017
RESENHA

ZIMERMAN, David E. Fundamentos Psicanalíticos: Teoria, técnica e clínica:


Uma abordagem didática. Porto Alegre: Artmed, 2007.

No livro Fundamentos Psicanalíticos o autor David Zimerman demonstra de


forma concisa os princípios fundamentais da teoria psicanalítica e em seu capítulo
17 o autor disserta sobre o conceito de neuroses. Assim, o autor apresenta o
conceito de psiconeuroses que, na teoria de Freud, são tipos de distúrbios
neuróticos que geram tensão, porém, não comprometem o pensamento racional e
nem a funcionalidade do indivíduo, mas ainda podem gerar sofrimento estando o
indivíduo consciente ou não de seu estado. Inicialmente as psiconeuroses são
subdivididas em três categorias psicopatológicas, são elas: as neuroses atuais, onde
as tensões se apresentam como somatizações, as neuroses transferenciais, que
originam as fobias, histerias e os comportamentos obsessivos e por último as
neuroses narcisistas, que são características dos quadros psicóticos. Sobre a
questão do diagnóstico psicanalítico o autor discorre a necessidade de se fazer uma
análise da estrutura psíquica de forma subdividida onde o primeiro passo é conhecer
as diferenças entre os conceitos de sintoma, caráter, inibição e estereotipia. O
sintoma se apresenta como a principal queixa do paciente, podendo ele estar
consciente ou não deste sofrimento, o caráter é um estado psíquico em que apesar
do indivíduo estar em sofrimento ou o causando aos outros, sua conduta é aceita e
racionalizada. Estes dois primeiros conceitos têm em comum a egossiontonia, ou
seja, apesar de determinados pensamentos ou comportamentos gerarem algum tipo
de sofrimento ao indivíduo, estes mesmos pensamentos e comportamentos
apresentam-se de forma funcional para os objetivos do ego. O autor fala ainda sobre
a inibição que pode ser uma característica que precede o sintoma como pode se
apresentar como um traço definido do caráter do indivíduo, neste caso, o autor cita o
exemplo de uma timidez socialmente aceitável que pode estar se encaminhando
para algum grau de fobia social. Já o termo estereótipo, como refere o autor, não é
muito utilizado nos textos psicanalíticos, porém, este se apresenta como uma parte
importante para compreendermos melhor o paciente. O conceito de estereótipo diz
respeito sobre os papéis que um indivíduo pode estar representando socialmente de
forma aparentemente saudável, mas que com uma análise mais profunda esses
papéis podem estar gerando sofrimento, pois, não estão em harmonia com a
personalidade do indivíduo. Uma característica em comum aos indivíduos que
apresentam estruturas neuróticas é presença de algum tipo de dificuldade em um ou
mais setor da vida, como por exemplo, no setor familiar, profissional ou sexual,
entretanto, estes indivíduos apresentam um juízo crítico e uma adaptação a
realidade bem aceitos socialmente e os mecanismos de defesa do ego são mais
elaborados. O autor também apresenta neste capítulo que existem, basicamente,
cinco tipos de estruturas neuróticas: as de angústia, histeria, obsessivo-compulsiva,
fobia e depressão. As neuroses de angustia são caracterizadas pelo sentimento uma
angústia livre que pode ser de forma permanente ou em momentos específicos, esta
angustia pode se apresentar por sintomas fisiológicos decorrentes da somatizações
como também pela sensação de estar em um perigo eminente que poderá resultar
em sua morte ou a sensação de que vai romper com a realidade.

Palavras-chave: Psicanálise. Neurose.

Você também pode gostar