Exercício Sobre Capítulo 1 Do Livro Criando Paisagens Do B. Abbud
Exercício Sobre Capítulo 1 Do Livro Criando Paisagens Do B. Abbud
Exercício Sobre Capítulo 1 Do Livro Criando Paisagens Do B. Abbud
Centro de Biociências
Departamento de Botânica e Zoologia
Disciplina de Botânica aplicada ao Paisagismo - BEZ 0061
Por ser um sentido complexo para o ser humano, a visão não é um recurso estático,
mas sim, ágil e móvel que capta uma sequência de planos, que vão perdendo a nitidez
à medida que se afastam. Os olhos capturam com clareza elementos que estão em
primeiro plano e com menos definição o que está em segundo ou terceiro planos. Ao
final, a visão atinge o fundo e percebe apenas uma mancha desfocada.
3. De que forma você imagina que os diferentes planos de visão podem ser explorados?
Não posso concordar com a afirmativa acima, pois não tenho conhecimentos nas
demais expressões artísticas citadas por ABBUD em seu livro. Para explicar essa
afirmação, recorro a criação dos jardins sensoriais que permitem ao ser humano
conecta-se com a natureza, promover equilíbrio emocional através do estímulo dos
cinco sentidos: visão, audição, gustação, olfato e tato. Esse exemplo de paisagismo
pode ser realizado em quintais, varandas, interiores de apartamentos e/ou casas com
espaços pequenos devido a variedade de espécies cultivadas, com suas texturas
variadas, folhagens e flores diversas, pelos aromas, pelo uso de ervas aromáticas e/ou
comestíveis, além das cascatas, aquários e repuxos de água que podem ser usadas na
criação desse tipo de projeto artístico.
São descritos três planos principais para o espaço paisagístico: o plano de teto, o
plano vertical de vedação e o plano de piso. Concordo com delimitação proposta pelo
autor quando ele diz que cada espaço paisagístico deve transmitir diferentes e
contrastantes percepções as pessoas, trazendo aconchego, bem-estar, paz interior,
surpresas e embelezamento que componha tal ambiente.
10. Diferencie lugar de não lugar. Pense em 3 exemplos de não lugares pelos quais você
passa diariamente.
Lugar é todo aquele espaço agradável que convida ao encontro das pessoas ou ao
nosso próprio encontro, que propiciar conforto e estimula a permanecer e a praticar
alguma atividade, tal como descansar, meditar, ler, conversar em grupo ou
simplesmente a admirar o entorno e os elementos da paisagem. Já o não lugar é um
espaço que une dois lugares, sinônimo de passagem, algo feito para ligar e não
permanecer, mas que é importante na medida em que articula os momentos
marcantes do projeto e prepara as surpresas.
Um exemplo de não-lugar que passo diariamente é a entrada do CB onde tem
variadas espécies vegetais cultivadas, principalmente hibiscos; outro exemplo é a
calçada entre o setor IV e prédio de CeT e outro exemplo são as paradas entre o
IMD e o Setor II.
A vegetação deve ser bem mais utilizada para corrigir e melhorar as proporções e
escalas dos espaços urbanos, em geral formados por massas de construções
descontinuas. O paisagismo oferece procedimentos e ferramentas que auxiliam na
elaboração dos projetos e na avaliação das proporções.
12. Quais são as principais formas exploradas, indicadas no texto, para enriquecer e bem
conduzir um projeto paisagístico? Explique cada uma delas.
Um jardim ou paisagem projetado pode empregar pontos focais que são elementos
dispostos nos espaços ou no final de caminhos para arrematá-los. Estes devem ser
iluminados artificialmente para ficar visível também à noite. Explorar o passar
entre certos elementos é um recurso interessante para criar situações e sensações
diferentes das experimentadas nas demais partes do jardim, sendo que o efeito é
mais forte se os caminhos forem relativamente estreitos, pois faz ressaltar o que há
no entorno. Na criação dos espaços e suas hierarquias, é importante ter em mente o
significado do aqui e do ali, o próximo e o pouco distante, o que há ao redor do
observador e o que ele vê em segundo e demais planos. Pode-se sugerir maior
profundidade espacial se houver um adequado jogo entre o aqui e o ali, com bases
nas seguintes estratégias: barreiras abaixo da linha visual do observador; pilares
espaçados regularmente; renques de árvores verticais; enquadramento e/ou
emolduramento de belas paisagens ou pontos de vista por meio de aberturas
estratégicas nos maciços de vegetação; pontuar espaços em áreas vastas; fazer uso
do humor na paisagem.
13. “Como as demais artes, o paisagismo busca criar beleza, pois todo espaço nasce
fundamentado em intenções estéticas”. Você concorda com a afirmativa? Quais são as
possibilidades de se explorar a beleza com o uso das plantas? De que forma se relacionam
aos sentidos?
15. Pense em um projeto cuja “alma” afetaria alguma das suas vivências pessoais.
Gostaria de um espaço para ouvir música, ler um bom livro e conversar com as
amigas e familiares. Em meu apartamento, criaria uma praça de estar ao ar livre
com pergolados e/ou caramanchões e espécies vegetais como trepadeiras, ervas
aromáticas e espécies com flores perfumadas. Colocaria várias placas com citações
inspiradoras para aumentar a sensação de bem-estar e aconchego.
16. Quais cuidados o paisagista deve ter ao projetar um jardim de função coletiva e um
de função privativa?
17. Faça uma busca rápida na internet por cursos de paisagismo (inclusive de pós-
graduação lato senso) e sobre a regulamentação da profissão hoje. Quais profissionais
(i.e., formados em quais cursos de graduação) estariam habilitados a exercê-la? Existe
alguma polêmica em torno dessa regulamentação frente ao mercado?
De acordo com o projeto de Lei 2.043/11, a profissão pode ser exercida por
diplomados em cursos superiores de paisagismo ou arquitetura da paisagem,
expedidos por instituições brasileiras e estrangeiras. O projeto libera o exercício da
profissão para os pós-graduados em paisagismo ou arquitetura da paisagem, desde
que estes possuam graduação em arquitetura, agronomia, engenharia florestal,
biologia ou artes plásticas. Este projeto de Lei inclui os biólogos como habilitados a
exercer a profissão de paisagista.
Em 2013, antes da aprovação do projeto de Lei 2.043/11 que regulamenta a profissão
de paisagista, no Brasil a profissão ainda não se encontrava regulamentada e o
paisagismo era considerado como campo acadêmico e profissional apenas para
arquitetos, agrônomos e engenheiros florestais, havia um embate entre as
instituições representativas de agrônomos e engenheiros florestais, pois estes ainda
não se posicionavam de forma definitiva quanto à regulamentação da profissão de
paisagista. Já as instituições representativas dos arquitetos, se colocavam
firmemente contra o PL 2043/2011 com o argumento de que o paisagismo era um
campo de conhecimento exclusivo dos arquitetos urbanistas.