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Pneumática

Pneumática © 2010 - SENAI São Paulo - Departamento Regional

Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Equipe responsável
Diretor da Escola Nivaldo Silva Braz
Coordenação Pedagógica Paulo Egevan Rossetto
Coordenação Técnica Antonio Varlese
Organização do conteúdo Senai “Humberto Reis Costa”

Ficha Catalográfica

SENAI. SP
Pneumática / SENAI. SP - São Paulo:
Escola SENAI “Humberto Reis Costa”, 2010.

Escola SENAI Humberto Reis Costa


Rua Aracati Mirim, 115 – Vila Alpina
São Paulo - SP - CEP 03227-160
Fone/fax: (11) 2154-1300
www.sp.senai.br/vilaalpina
Sumário

Característica de uso do ar comprimido.........................................................................5


Fundamentos das leis físicas dos gases........................................................................9
Grandezas, unidades e seus símbolos força e pressão................................................11
Relação entre unidades de força..................................................................................13
Equivalência entre unidades de pressão......................................................................15
Lei de Boyle Mariotte....................................................................................................17
Lei de Gay-Lussac........................................................................................................19
Lei de Charles.............................................................................................................. 21
Compressores.............................................................................................................. 23
Critérios para escolha de compressores.......................................................................31
Montagem da rede de distribuição de ar comprimido...................................................35
Filtros de ar comprimido...............................................................................................39
Regulador de pressão..................................................................................................41
Lubrificador de ar comprimido......................................................................................45
Unidade de Conservação.............................................................................................47
Atuadores (cilindros).....................................................................................................51
Componentes de um cilindro........................................................................................59
Cálculo dos cilindros.....................................................................................................61
Composição dos comandos pneumáticos....................................................................65
Tipos de acionamentos de válvulas..............................................................................71
Válvulas eletromagnéticas............................................................................................75
Válvulas de bloqueio....................................................................................................79
Válvula de duas pressões (função lógica “E”)...............................................................81
Válvula reguladora de fluxo unidirecional.....................................................................83
Válvula de escape rápido.............................................................................................85
Válvulas de fluxo.......................................................................................................... 87
Seqüência de movimentos...........................................................................................89
Tipos de esquemas......................................................................................................97
Denominação dos elementos pneumáticos................................................................103
Referências bibliográficas...........................................................................................107
Aplicação prática - Tarefas..........................................................................................109
Pneumática

Característica de uso do ar
comprimido

Entende-se como o ar comprimido o ar atmosférico compactado (comprimido) por


meios mecânicos, confinado em um reservatório, a uma determinada pressão.

.A pneumática (estudo do movimento dos gases) é um dos conhecimentos mais


antigos do homem, porém, somente após 1950, foi aproveitada na produção industrial.

Nos dias de hoje, o ar comprimido é indispensável, e para a sua utilização nos mais
diferentes ramos industriais instalam-se aparelhos pneumáticos.

Por suas qualidades próprias, o ar comprimido se destaca como elemento principal ou


como recurso auxiliar que pode ser empregado de uma forma simples e rentável para
solucionar muitos problemas de automatização.

Vantagens e desvantagens no uso do ar comprimido

O ar a ser comprimido faz parte de nosso ambiente e se encontra em grande


quantidade, praticamente em todos os lugares. Como o ar comprimido é condicionado
em reservatórios (botijões), seu transporte ou distribuição é muito fácil, (mesmo para
distâncias consideravelmente grandes), o que permite que o ar possa ser utilizado a
qualquer momento que se queira.

Quanto à segurança, o trabalho realizado com ar comprimido, que não é sensível às


mudanças de temperatura ambiental, garante um funcionamento perfeito, mesmo em
situações térmica extremas. Consequentemente, não exige que se instalem custosas
proteções contra explosão.

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Pneumática

O sistema de filtragem torna o ar comprimido limpo e se eventualmente ocorrer


vazamento nas tubulações, ou em outros elementos mal vedados, o ambiente não
ficará poluído.

Entre as inúmeras vantagens em seu uso, o ar comprimido permite alcançar altas


velocidades de trabalho. Outra vantagem é que os elementos e ferramentas podem ser
carregados até o momento da parada final, sendo, portanto, seguros contra
sobrecargas.

Embora vantajoso, o ar comprimido é um elemento energético relativamente caro, pois


a produção, a armazenagem, bem como a distribuição a máquinas e dispositivos, têm
um alto custo.
Outras condições tornam o ar comprimido menos vantajoso, por exemplo:
 Não é possível manter uniforme e constante a velocidade dos pistões.
 escape de ar é ruidoso, o que obriga o uso de silenciadores.

Rentabilidade do ar comprimido

Para o cálculo da rentabilidade real do ar comprimido, não devem ser considerados


somente os custos da energia empregada: deve-se levar em conta, também, que o
investimento será compensado quando o equipamento passar a produzir em ritmo
mais econômico, em razão da automatização, barateando o produto.

Esta é a razão de considerarmos também os custos gerais acumulados no processo


para chegarmos à rentabilidade real do ar comprimido.

Vamos a uma aplicação prática, e você vai observar, pelos resultados, como o
emprego do ar comprimido é vantajoso.

Vamos supor a seguinte condição:

Uma carga tem de ser transportada, e para desenvolver a operação dispomos de 1m3
(1000  ) de ar comprimido em:
 um cilindro (no 1) com 35mm de diâmetro e um curso de 400mm que levanta
volumes de 200N (20kp);
 um segundo cilindro (n0 2) com as mesmas dimensões e um curso de 200mm que
empurra a carga para uma esteira transportadora (veja a figura abaixo).

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Pneumática

Dispomos também de operários, que poderiam executar essa mesma operação com
trabalho braçal.

Com base nesses dados, concluímos que, para ambos os cilindros, serão necessários
8 litros de ar por curso duplo (para cima e para baixo).

Portanto, com 1000  de ar (1m3) teríamos:

1000 : 8  125

Isso significa que, com um metro cúbico de ar, podemos levantar e empurrar 125
volumes para uma esteira transportadora.

Para transportar os mesmo 125 volumes seriam necessárias algumas horas de


trabalho de vários operários.

Esse exemplo mostra que, com emprego do ar comprimido, podemos reduzir a


utilização do trabalho braçal, principalmente em áreas insalubres e em condições
perigosas. O que leva também a uma redução no custo do produto.

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Pneumática

Fundamentos das leis físicas


dos gases

Fundamentos das leis física dos gases

Você já deve saber que a superfície terrestre está permanentemente envolvida por
uma camada de ar. Essa massa gasosa (ar), denominada de: atmosfera, tem a
composição aproximada de:
 78% de nitrogênio;
 22% de oxigênio.

Mas não é só isso, pois o ar contém vestígios de dióxido de carbono, argônio,


hidrogênio, neônio, hélio, criptônio, xenônio, etc.

Para melhor compreender as leis e as condições do ar, devemos primeiramente


considerar as grandezas físicas e sua classificação em sistemas de medidas.

Sistemas de medida de grandezas físicas

Em nosso país adotamos as unidades de medida do sistema Internacional (SI), que


você conhece, mas é comum, tanto no Brasil como em outros países o uso de
unidades que não pertencem ao SI, especialmente em disciplinas instrumentais como
Hidráulica, Refrigeração, Pneumática, etc.

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Grandezas, unidades e seus


símbolos força e pressão

No quadro a seguir, você verá algumas grandezas físicas que são importantes na
estudo da Pneumática.

Grandeza Unidade e seus símbolos


(o que se quer medir) SI MK*S CGS
Comprimento (C) metro (m) metro (m) centímetro (cm)
unidade técnica de
Massa (m) quilograma (m) grama (g)
massa (utm)
quilograma - força
Força (F) newton (N) ou kilopond dina (dyn)
(kgf ou kp)
Tempo (t) segundo (s) segundo (s) segundo(s)
grau Celsius ( 0 C)
grau kelvin (k)
Temperatura (T) grau Celsius ( 0 C)
grau Celsius ( 0 C) grau fahrenheit (
0

F)
metro quadrado metro quadrado centímetro
Área (A)
(m2) (m2) quadrado (cm 2 )
centímetro
Volume (V) metro cúbico (m3) metro cúbico (m3)
cúbico(cm3)
metro cúbico por metro cúbico por centímetro cúbico
Vazão (Q)
segundo (m3/s) segundo (m3/s) por segundo (cm3/s)
Pressão (p) pascal (Pa) atmosfera (atm) bar (bar)

Força e Pressão

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Em Pneumática, força e pressão são grandezas físicas muito importantes.

Força: é um agente capaz de deformar (efeito estático) ou acelerar (efeito dinâmico)


um corpo.

Pressão: dá-se o nome de pressão ao quociente da divisão do módulo (intensidade)


de uma força pela área onde ela atua.

Para compreender a diferença entre força ou pressão, vamos analisar o exemplo a


seguir.

Vamos considerar um peso de 10N suspenso por um gancho.

O peso exerce, sobre o gancho, uma força de 10N, em um ponto bem determinado.

O mesmo peso, apoiado sobre a mesa, exerce uma força de 10N. Só que essa força é
subdividida em outras forças menores, que são distribuídas sobre toda a área de
contato entre o peso e a mesa.

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Relação entre unidades de


força

Para: 1N 105dym Para cálculos aproximados, consideramos:


1kp  9,81N 1kp  10N
1kp  1kgf
1kp  981 000dyn

As unidades de pressão mais utilizadas são: atm, bar, kgf / cm2 e PSI (  b/pol2).
Para cálculos aproximados: 1atm = 1bar = 1kgf /cm2 = 14,7PSI

Pressão atmosférica

È a pressão exercida por uma coluna de mercúrio de 76cm de altura, a 00C, ao nível
do mar.

Quem imaginou e levou a efeito essa experiência foi o físico italiano Torricelli, de onde
vem o nome de barômetro de Torricelli.

Ele usou um tubo de vidro com cerca de 1m de comprimento e um dos extremos


fechados. Encheu-o de mercúrio e tampou o outro extremo com o dedo. Depois
inverteu o tubo e mergulhou-o num recipiente também com o mercúrio.

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Quando retirou o dedo, o líquido desceu até atingir uma certa altura, formando uma
coluna.

A coluna de mercúrio manteve-se em equilíbrio pela pressão atmosférica exercida


sobre a superfície do mercúrio no recipiente.

Medindo essa coluna, ao nível do mar, Torricelli constatou que media 76cm, a partir do
nível de mercúrio no recipiente.

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Equivalência entre unidades


de pressão

ba Pa atm Torr metro da coluna de


Pressão atm bar
(dyn/cm2) (Nm2) (kp/cm2) (mm de Hg) água

1 ba 0,102x10-
1 0,1 (0,987x10-6) 10-6 7,5x10-4 10,2x10-6
(dyn/cm2) 5

1Pa 0,102x10-
10 1 9,87x10-5 10-5 7,5x10-3 10,2x10-6
(N/m2) 4

1 atm 1,013x10- 1,013x10-5 1 1,013 1,033 760 10,33

1 bar 106 105 0,987 1 1,02 750 10,2

1 atm
9,81x105 9,81x104 0,968 0,981 1 736 10
(kp/cm2)

1 Torr
1,33x103 133 1,31x10-3 1,36x10-3 1,36x10-3 1 13,6x10-3
(mm de Hg)

1m da
coluna de 9,81x104 9,81x103 9,68x10-2 9,81x10-2 0,1 73,6 1
água

Atenção
O aparelho que mede a pressão (manômetro normal) indica apenas a pressão relativa,
não registra a pressão atmosférica.

Portanto, em termos de pressão absoluta, é necessário somar mais uma atmosfera


(1atm) ao valor indicado no manômetro.

Exemplo
O manômetro indica:

Pressão relativa Pressão absoluta

3atm 3atm + 1 = 4atm

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8bar 8bar + 1 = 9bar


5kgf / cm2 5kgf / cm2 +1 = 6kf / cm2
2PSI 2PSI +1 = 16,7PSI
Para o estudo das características físicas de um gás temos de considerar:

Volume (V)
Pressão (p)  Variáve is de estado
Temperatur a (T)

Transformações gasosas são as variações de volume, pressão e temperatura sofridas


por uma determinada massa gasosa.

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Pneumática

Lei de Boyle Mariotte

O volume de um gás armazenado, a uma temperatura constante, é inversamente


proporcional à pressão absoluta, isto é, o produto da pressão absoluta pelo volume é
constante para um certo volume de gás (transformação isométrica).

p1 . v1 = p2 . v2 = p3 . v3 = constante

Exemplo
Um volume V1 = 1m39 , sob pressão atmosférica F1, tem pressão p1 = 1bar e é reduzido
pela F2 para volume V2 = 0,5m3, mantendo-se a temperatura constante. A pressão p2
resultante será:

p1 . v1 = p2 . v2

1bar . 1m3 = p2 . 0,5m3

1bar . 1m3
p2 = = 2bar
0,5m3

O volume V1 será ainda comprimido pela força F3 para o volume V3 = 0,005m3,


resultando uma pressão de

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Pneumática

p1 . v1 1bar . 1m3
p3 = = = 20bar
v3 0,05m3
Os termos de comparação para o exemplo acima foram considerados a partir de:

p1 = 1bar e v1 = 1m3

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Lei de Gay-Lussac

Para uma certa quantidade de gás, submetida a pressão constante, o volume de ar se


altera quando há oscilações de temperatura (transformação isobárica).

V1 : V2 = T1 : T2

Consideramos que qualquer gás, mantido sob pressão constante, aumenta de 1/273
de seu volume sempre que a temperatura aumentar de 1k, temos:

V t1
Vt 2 = Vt1 + . (T2 - T1)
273
V t1 = volume a uma temperatura T1

V t 2 = volume a uma temperatura T2

Exemplo
0,8m3 de ar com temperatura T1 = 283k (20 0 C) serão aquecidos para T2 = 344k (71 0
C). Qual será o volume final?

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Pneumática

V t1
V t 2 = V t1 + . (T2 - T1)
273

0,8m 3
V t 2 = 0,8m3 = . (344 - 293) = 0,8m3 + 0,15m3
273

V t 2 = 0,95m3

O ar se expandiu em 0,15m3, resultando um volume final de 0,95m3 .

20 SENAI - SP
Pneumática

Lei de Charles

Mantendo o volume constante e variando a temperatura de uma massa gasosa


confinada a um recipiente, a pressão também apresentará variação diretamente
proporcional à temperatura absoluta (transformação isométrica).

p1 p2
= = constante
T1 T2

Exemplo
Um certo volume de ar, a uma temperatura T = 293k (200C) e pressão p1 = 1bar, foi
aquecido para T = 586k (3130C). Qual será a pressão final p2 ?

p1 p2
=  p1 . T2 = T1 . p2
T1 T2

p 1 . T2
p2 =
T1

1bar . 586k 586


=
293k 293k

SENAI - SP 21
Pneumática

Atenção

È de uso constante, em Pneumática, relacionarmos todos os dados referentes ao


volume de ar com o assim chamado estado normal. Estado normal é o estado de uma
substância sólida, líquida ou gasosa, sob pressão normal e a uma temperatura normal.
1m3 normal de ar (1Nm3) é igual a 1m3 de ar a uma temperatura de 273k (00C) e uma
pressão de 760Torr (pressão normal do ar ao nível do mar).

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Pneumática

Compressores

Instalação de produção

Para a produção de ar comprimido são necessários compressores. Esses comprimem


o ar até a pressão de trabalho desejada. A maioria dos acionamentos e comandos
pneumáticos funciona através de uma estação central de distribuição de ar
comprimido.

Não é necessário calcular e nem planejar a transformação e transmissão da energia do


ar comprimido para cada equipamento (consumidor) individual. Uma estação
compressora fornece o ar comprimido, já calculado, para os equipamentos, através de
uma tubulação.

Ao projetar a produção ou consumo do ar, devem ser consideradas ampliações e


futuras aquisições de novos equipamentos pneumáticos. Uma ampliação posterior da
instalação torna-se, geralmente, muito cara.

Nas indústrias de mineração, ou para máquinas que mudam freqüentemente de lugar,


são usadas instalações móveis de produção de ar comprimido.

Muito importante é o grau de pureza do ar. Ar limpo garante uma longa vida útil à
instalação. O emprego correto dos diversos tipos de compressores também deve ser
considerado.

SENAI - SP 23
Pneumática

Tipos de compressores

Os vários tipos de compressores estão relacionados diretamente com a pressão de


trabalho e a capacidade de volume de cada compressor exigidos para atender as
necessidades da indústria.

Três tipos de compressores serão abordados:


 Compressor de êmbolo com movimento linear
 Compressor de êmbolo rotativo
 Turbocompressor

Desses, estudaremos em maior profundidade o compressor de êmbolo com


movimento linear e o turbocompressor.

A construção do compressor de êmbolo com movimento linear está baseada no


princípio da redução de volume. Isso significa que o ar da atmosfera é sugado para um
ambiente fechado (câmara de compressão) onde um pistão (êmbolo) comprime o ar
sob pressão.

A construção do turbocompressor baseia-se no princípio de fluxo. Isso significa que o


ar é sugado da atmosfera, através de um dos lados do turbocompressor, e comprimido
de outro, por aceleração de massa (turbina).

Tipos de compressores

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Pneumática

Compressor de êmbolo com movimento linear

Este tipo de compressor é o mais usado, atualmente, porque é apropriado para todos
os tipos de pressão. O campo de pressão pode variar de um bar até milhares de bar.

O compressor de êmbolo com movimento linear pode ser de:


 efeito simples
 duplo efeito
 vários estágios

Compressor de êmbolo de efeito simples

O compressor de êmbolo de efeito simples possui somente uma câmara de


compressão por cilindro, isto é , apenas a parte superior do êmbolo aspira e comprime
o ar.

Compressor de êmbolo de duplo efeito

O compressor de duplo efeito é assim chamado porque tem duas câmaras de


compressão, uma em cada lado do êmbolo, e realiza trabalho no avanço e no retorno.

SENAI - SP 25
Pneumática

Compressores de vários estágios

Para altas pressões, são necessários compressores de vários estágios. O ar aspirado


é comprimido pelo primeiro êmbolo (pistão) e novamente comprimido pelo próximo
êmbolo.

Compressor de dois estágios com refrigeração intermediária

Na compressão e altas pressões é necessária uma refrigeração intermediária, a água


ou o ar, em razão da alta concentração de calor.

Os compressores de êmbolo com movimento linear apresentam grande vantagem, se


forem observadas as seguintes condições:
até 4 bar - um estágio
até 15 bar - dois estágios
acima de 15 bar – três ou mais estágios.

Outras condições possíveis de uso, mas nem sempre econômicas:


até 12 bar - um estágio
até 30 bar - dois estágios
até 220 bar – três estágios

Compressor de membrana (diafragma)

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Pneumática

Esse tipo pertence ao grupo dos compressores de êmbolo. O êmbolo fica separado,
por uma membrana, da câmara de sucção e compressão, isto é, o ar não entra em
contato com as partes deslizantes.

Assim, o ar fica livre de resíduos de óleo, e, por essa razão, os compressores de


membrana são preferidos nas indústrias alimentícia, farmacêutica e química.

Compressor de êmbolo rotativo


Nesse tipo de compressor, os compartimentos se estreitam (diminuem), comprimindo o
ar nos mesmos.

Compressor rotativo multicelular (palhetas)

No compressor rotativo multicelular existe um compartimento cilíndrico, com aberturas


de entrada e saída, onde gira um rotor alojado fora do centro.

O rotor tem, nos rasgos, palhetas que, em conjunto com a parede, formam pequenos
compartimentos (células).

Quando em rotação, as palhetas são projetadas contra a parede, pela força centrífuga.
Devido à excentricidade de localização do rotor, há uma diminuição e aumento das
células.

As vantagens desses compressores estão em sua construção econômica em espaço,


em seu funcionamento contínuo equilibrado e no uniforme fornecimento de ar, livre de
qualquer pulsação.

Veja o volume de ar fornecido no diagrama de volume e pressão.

SENAI - SP 27
Pneumática

Compressor de fuso rosqueado

Dois parafusos helicoidais, de perfis côncavo e convexo, comprimem o ar, que é


conduzido axialmente.

Veja pressão e volume de ar fornecidos no diagrama de volume e pressão, na página


11.

Compressor tipo Roots

Nesse tipo de compressor, o ar é transportado de um lado para outro, sem alteração


de volume.

A compressão ocorre cada vez que o extremo de um dos êmbolos coincide com a
concavidade do outro êmbolo.

Turbocompressor

Esses compressores trabalham segundo um princípio de aceleração de massa e são


adequados para o fornecimento de grandes vazões.

28 SENAI - SP
Pneumática

Os turbocompressores são construídos em duas versões: axial e radial.

Compressor axial

Em ambas as versões, o ar é colocado em movimento por uma ou mais turbinas, e


esta energia de movimento é então transformada em energia de pressão.

Compressor radial

A compressão, neste tipo de compressor, processa-se pela aceleração do ar aspirado


de câmara para câmara, em direção a saída.

O ar é impelido axialmente para as paredes da câmara e, posteriormente, em direção


ao eixo. Daí, no sentido radial, para outra câmara, e assim sucessivamente.

SENAI - SP 29
Pneumática

Diagrama de volume e pressão

Neste diagrama estão indicadas as capacidades, em quantidade aspirada e pressão


alcançada, para cada tipo de compressor.

30 SENAI - SP
Pneumática

Critérios para escolha de


compressores

Os critérios para escolha de compressores envolvem os seguintes itens:

Volume de ar fornecido

Que é quantidade de ar fornecida pelo êmbolo do compressor em movimento. Existem


duas indicações de volume fornecido:
 teórico
 efetivo

O produto do volume do cilindro pela rotação do compressor é o volume teórico


fornecido.

O volume efetivo fornecido é o volume teórico fornecido menos a perda de ar que


ocorre na compressão, e depende do tipo de construção do compressor.

SENAI - SP 31
Pneumática

O volume fornecido é indicado em  /min, m3/min ou m3/hora.


As normas especificam as condições para a medida de capacidade dos compressores
e estabelecem tolerâncias para os resultados.

A capacidade é expressa pela quantidade de ar livre descarregada, corrigida para as


condições de pressão, temperatura e umidade reinantes na admissão.

O que realmente interessa é o volume efetivo de ar fornecido pelo compressor. É este


que aciona e comanda os equipamentos pneumáticos.

Mesmo assim, muitos fabricantes de compressores baseiam os dados técnicos no


valor teórico do volume de ar fornecido.

Pressão

Há dois tipos de pressão:


 Pressão de regime
 Pressão de trabalho

Pressão de regime é a pressão fornecida pelo compressor e que vai da rede


distribuidora até o consumidor.

Pressão de trabalho é a pressão necessária nos postos de trabalho. Essa pressão é


geralmente de 6 bar e os elementos de trabalho são construídos para essa faixa,
considerada pressão normal ou econômica.

Pressão constante é uma exigência para um funcionamento seguro e preciso.

32 SENAI - SP
Pneumática

Dependem da pressão constante:


 a velocidade
 as forças
 os movimentos temporizados dos elementos de trabalho e de comando

Acionamento

O acionamento dos compressores pode ser por motor elétrico ou de explosão. Em


instalações industriais, na maioria dos casos, o acionamento dá-se por motor elétrico.

Tratando-se de uma estação móvel, o acionamento geralmente é por motor de


explosão (gasolina, óleo diesel).

Regulagem

Para combinar o volume de fornecimento com o consumo de ar é necessária uma


regulagem dos compressores, a partir de dois valores limites preestabelecidos:
pressão máxima e mínima.

Existem diferentes tipos de regulagem:

Regulagem de marcha em vazio


Regulagem por descarga
Regulagem por fechamento
Regulagem por garras

Regulagem de carga parcial


Regulagem na rotação

Regulagem por estrangulamento

Regulagem intermitente

SENAI - SP 33
Pneumática

Local de montagem

A estação de compressores deve ser montada dentro de um ambiente fechado, com


proteção acústica para fora.

O ambiente deve ter boa aeração e o ar sugado deve ser fresco, seco e livre de poeira.

Reservatório de ar comprimido

O reservatório serve para estabilizar a distribuição de ar comprimido.

Elimina as oscilações de pressão na rede distribuidora e, quando há um momentâneo


alto consumo de ar, é uma garantia de reserva.

A grande superfície do reservatório refrigera o ar suplementar. Assim, parte da


umidade é condensada e separa-se do ar do reservatório, saindo pelo dreno.

O tamanho do reservatório de ar comprimido depende:


 do volume fornecido pelo compressor;
 do consumo de ar;
 da rede distribuidora (volume suplementar);
 do tipo de regulagem;
 da diferença de pressão desejada na rede.

34 SENAI - SP
Pneumática

Montagem da rede de
distribuição de ar
comprimido

Em uma rede de distribuição é importante não somente o correto dimensionamento


mas também a montagem das tubulações.

As tubulações de ar comprimido requerem manutenção regular, razão pela qual as


mesmas não devem, se possível, ser montadas dentro de paredes ou de cavidades
estreitas.

O controle da estanqueidade das tubulações seria dificultado por isso.

Pequenos vazamentos são causa de consideráveis perdas de pressão.

Rede de distribuição em circuito aberto

As tubulações, em especial nas redes em circuito aberto, devem ser montadas com um
declive de 1% a 2%, na direção do fluxo.

SENAI - SP 35
Pneumática

Por causa da formação de água condensada, é fundamental, em tubulações


horizontais, instalar os ramais de tomadas de ar na parte superior do tubo principal.

Dessa forma, evita-se que a água condensada que eventualmente esteja na tubulação
principal possa chegar às tomadas de ar através dos ramais.

Para interceptar e drenar a água condensada devem ser instaladas derivações com
drenos na parte inferior da tubulação principal.

Tubulação em circuito fechado

Geralmente as tubulações principais são montadas em circuito fechado.

Partindo da tubulação principal, são instaladas as ligações em derivação. Quando o


consumo de ar é muito grande, consegue-se, mediante esse tipo de montagem, uma
alimentação uniforme.

36 SENAI - SP
Pneumática

O ar flui em ambas as direções.


Rede combinada

A rede combinada também é uma instalação em circuito fechado, a qual, por suas
ligações longitudinais e transversais, oferece a possibilidade de trabalhar com ar em
qualquer lugar.

Mediante válvulas de fechamento, existe a possibilidade de fechar determinadas linhas


de ar comprimido, quando não forem usadas ou quando for necessário pô-las fora de
serviço, por razões de reparação e manutenção.

Também pode ser feito um controle de estanqueidade.

SENAI - SP 37
Pneumática

38 SENAI - SP
Pneumática

Filtros de ar comprimido

Filtro de ar comprimido
A função de um filtro de ar comprimido é reter as partículas de impureza, bem como a
água condensada, presentes no ar que passa por ele.

SENAI - SP 39
Pneumática

O ar comprimido, ao entrar no copo, é forçado a um movimento de rotação por meio de


rasgos direcionais. Com isso. por meio de forças centrífuga separam-se impurezas
maiores e as gotículas de água, que se depositam então, no fundo do copo. O
condensado acumulado no fundo do copo deve ser eliminado, o mais tardar, ao atingir
a marca do nível máximo, já que, se isto não ocorrer, será arrastado novamente pelo ar
que passa.

As partículas sólidas, maiores que porosidade do filtro, são retidas por este. Com o
tempo, o acúmulo dessas partículas impede a passagem do ar. Portanto, o elemento
filtrante deve ser limpo ou substituído a intervalos regulares. Em filtros normais, a
porosidade encontra-se entre 30 e 70m

Filtros mais finos têm elementos com porosidade até 3m. Se houver acentuada
deposição de condensado, convém substituir a válvula de descarga manual por uma
automática.

Funcionamento do dreno automático

Pelo furo, o condensado atinge a câmara entre as vedações. Com o aumento do nível
do condensado, o flutuador se ergue. A um determinado nível, abre-se a passagem. O
ar comprimido existente no copo passa por ela e desloca o êmbolo para a direita. Com
isso abre-se o escape para o condensado. Pelo escape, o ar só passa lentamente,
mantendo-se, com isso, a saída do condensado, aberta por um tempo ligeiramente
maior.

40 SENAI - SP
Pneumática

Regulador de pressão

O regulador de pressão tem por finalidade manter constante a pressão de trabalho


(secundária) independentemente da pressão da rede (primária) e consumo de ar. A
pressão primária tem de ser sempre maior que a secundária.

Regulador de pressão com exaustão (escape)

A pressão é regulada por meio de uma membrana. Uma das faces da membrana é
submetida à pressão de trabalho. Do outro lado atua uma mola cuja pressão é
ajustável por meio de um parafuso de regulagem. Com aumento da pressão de
trabalho, a membrana se movimenta contra a foça da mola. Com isso, a secção

SENAI - SP 41
Pneumática

nominal de passagem na sede da válvula diminui progressivamente ou se fecha


totalmente. Isto significa que a pressão é regulada pelo fluxo.

Na ocasião do consumo, a pressão diminui e a força da mola reabre a válvula. Com


isso, para manter a pressão regulada, há um constante abrir e fechar da válvula. Para
evitar a ocorrência de vibração indesejável sobre o prato da válvula, existe um
amortecimento por mola ou ar. A pressão de trabalho é indicada por um manômetro.
Se a pressão aumentar muito do lado secundário, a membrana é pressionada contra a
mola. Com isso, abre-se a parte central da membrana e o ar em excesso vai pelo furo
de escape para a atmosfera..

Um outro tipo de regulador de pressão existente é o regulador sem abertura para


escape do ar. Neste tipo de regulador, não se permite a saída para a atmosfera do ar
contido no sistema secundário.

Regulador sem abertura de escape

42 SENAI - SP
Pneumática

Funcionamento

Por meio de parafusos de ajuste, a mola é tencionada juntamente com a membrana.


Conforme a regulagem da mola, a passagem do primário para o secundário torna-se
maior ou menor. Com isso, o pino, encostado à membrana, afasta ou aproxima a
vedação do assento. Se do lado secundário não houver consumo de ar, a pressão
cresce e força a membrana contra a mola. Desta forma, a mola pressiona o pino para
baixo e a passagem é fechada pela vedação. Somente quando houver demanda de ar
pelo lado secundário é que o ar comprimido do lado primário voltará a passar.

SENAI - SP 43
Pneumática

44 SENAI - SP
Pneumática

Lubrificador de ar
comprimido

Nos elementos pneumáticos encontram-se peças móveis que devem ser submetidas a
lubrificação. Os materiais lubrificantes são necessários para garantir desgaste mínimo
nos elementos móveis, manter tão mínimas quanto possível as forças de atrito e
proteger os aparelhos contra corrosão. Mediante o lubrificador, espalha-se no ar
comprimido uma névoa adequada de óleo.

Lubrificadores de óleo trabalham, geralmente, segundo o princípio Venturi. A diferença


de pressão  p (queda da pressão) entre a pressão existente antes do bocal
nebulizador e a pressão no ponto estrangulado do bocal será aproveitada para sugar
óleo de um reservatório e misturá-lo com o ar em forma de neblina. O lubrificador de ar
somente começa a funcionar quando existe um fluxo suficientemente grande. Quando
houver pequena demanda de ar, a velocidade no bocal é insuficiente para gerar uma
depressão (baixa pressão) que possa sugar o óleo do reservatório. Deve-se, portanto,
prestar atenção aos valores de vazão (fluxo) indicados pelo fabricante.

Princípio Venturi

SENAI - SP 45
Pneumática

Funcionamento do lubrificador

A corrente de ar no lubrificador vai de A para B. A válvula de regulagem H obriga o ar a


entrar no depósito E, pelo canal C. Pelo efeito de sucção no canal C, o óleo é
transportado pelo tubo ascendente L até a câmara D. Nesta câmara, o óleo é gotejado
na corrente de ar e é arrastado.

Mediante o parafuso k, ajusta-se a quantidade de óleo adequada. O desvio do ar


comprimido até o depósito realiza-se através da câmara F, onde se efetua o fenômeno
da aspiração. As gotas grandes demais caem no ambiente E. Somente a neblina ar -
óleo chega à saída B, através do canal G.
Valores de vazão de lubrificadores

46 SENAI - SP
Pneumática

Unidade de Conservação

A unidade de conservação tem a finalidade de purificar o ar comprimido, ajustar uma


pressão constante do ar e acrescentar uma fina neblina de óleo ao ar comprimido, para
fins de lubrificação. Devido a isso, a unidade de conservação aumenta
consideravelmente a segurança de funcionamento dos equipamentos pneumáticos.

A unidade de conservação é uma combinação de:


 Filtro de ar comprimido
 Regulador de ar comprimido
 Lubrificador de ar comprimido

No emprego da unidade de conservação, devem-se observar os seguintes pontos:


1. A vazão total de ar em Nm3/h é determinada para o tamanho da unidade. Demanda
(consumo) de ar muito grande provoca queda de pressão nos aparelhos. Devem-se
observar rigorosamente os dados indicados pelo fabricante.

SENAI - SP 47
Pneumática

2. A pressão de trabalho nunca deve ser superior à indicada no aparelho. A


temperatura ambiente não deve ser superior a 50oC (máxima para copos de
material sintético).

Símbolos (unidade de conservação)

Manutenção das unidades de conservação

Filtro de ar comprimido
Quando o filtro não é dotado de dreno automático, o nível de água condensada deve
der controlado regularmente, pois a água não deve ser ultrapassar a altura
determinada no copo. A água condensada acumulada pode ser arrastada para a
tubulação de ar comprimido e equipamentos.

Regulador de pressão de ar comprimido


Quando existe um filtro de ar comprimido instalado antes do regulador, dispensa-se
praticamente a manutenção desse regulador.

Lubrificador de ar comprimido
Controlar o nível de óleo no copo reservatório. Sempre que necessário, completar o
óleo até no nível indicado. Filtros de material plástico e copo lubrificador devem ser
limpos somente com querosene. Solventes como “thinner”, acetona, acetatos, etc. não
são recomendados, pois os mesmos atacam o material plástico. Para o lubrificador,
devem ser usados somente óleos minerais de baixa viscosidade (máximo 200 Engler).

48 SENAI - SP
Pneumática

Símbolos

Filtro de ar comprimido com dreno manual

Filtro de ar comprimido com dreno automático

Regulador de pressão sem exaustão

Regulador de pressão com exaustão

SENAI - SP 49
Pneumática

Lubrificador de ar comprimido

Unidade de conservação

Unidade de conservação (símbolo simplificado)

Manômetro

50 SENAI - SP
Pneumática

Atuadores (cilindros)

O cilindro pneumático é um elemento de máquina útil, já que permite a aplicação do


movimento linear exatamente onde é necessário, sem qualquer complicação
mecânica, como por exemplo, em transmissões, eixos, ressaltos, etc.

Através de cilindros pneumáticos pode-se transformar a energia pneumática em


movimentos retilíneos e, através de motores pneumáticos, em movimentos rotativos.

A geração de um movimento retilíneo com elementos mecânicos, conjugados com


acionamentos elétricos, é relativamente custosa e está ligada a certas dificuldades de
fabricação e durabilidade.

Cilindros de ação simples


Os cilindros de ação simples são acionados por ar comprimido de um só lado
e, portanto, trabalham em uma só direção.

O retrocesso efetua-se mediante uma força externa ou por mola.

A força da mola é calculada para que ela possa fazer o pistão retroceder à posição
inicial, com uma velocidade suficientemente alta, sem dispender grande energia.

SENAI - SP 51
Pneumática

Em cilindros de ação simples com mola montada, o curso do êmbolo é limitado pelo
cumprimento da mola.

Por essa razão, fabricam-se cilindros de ação simples de comprimento até


aproximadamente 100mm.

Empregam-se esses elementos de trabalho principalmente para fixar, expulsar,


prensar, elevar, alimentar, etc.

Invertendo-se a montagem da mola (da frente para trás do êmbolo),


o cilindro poderá ser utilizado para travamento.

A grande vantagem dessa inversão é o efeito de freio, empregado em caminhões,


carretas, vagões ferroviários, etc.

A vedação é feita por material flexível, alojado em êmbolo metálico ou de material


sintético.

52 SENAI - SP
Pneumática

Cilindro de membrana plana


Uma membrana, que pode ser de borracha, material sintético ou também metálico,
assume a tarefa do êmbolo.

A haste do êmbolo é fixada no centro da membrana.

Neste caso, a vedação deslizante não existe.

Em ação existe somente o atrito, provocado pela dilatação da membrana.

É empregado na fabricação de ferramentas e dispositivos, bem como em prensas de


cunhar, rebitar e fixar peças em lugares estreitos.

Cilindro de membrana de projeção


Uma construção similar do cilindro de membrana é o cilindro de membrana de
projeção.

Quando aciona pelo ar comprimido, a membrana se projeta no interior do cilindro,


movimentando a haste do êmbolo para fora.

SENAI - SP 53
Pneumática

Este sistema permite fazer cursos maiores (aproximadamente 50 a 80mm) do que os


de cilindro de membrana plana.

O atrito é consideravelmente menor do que nos cilindros de êmbolo.

Cilindros de ação dupla


Os movimentos de avanço e retorno, nos cilindros de ação dupla, são produzidos pelo
ar comprimido e por isso podem realizar trabalho nos dois sentidos de seu movimento.

Estes cilindros podem, em princípio, ter curso ilimitado, porém deve-se levar em
consideração as possibilidades deformação por flexão e flambagem. São encontrados,
normalmente, cilindros de ação dupla com curso até 2000mm.

Os cilindros de ação dupla, também designados por duplo efeito, são empregados em
todos os casos em que é necessária força dos dois sentidos do movimento, devendo-
se entretanto observar que os esforços de flexão sobre a haste dos cilindros devem ser
54 SENAI - SP
Pneumática

evitados ao máximo, através do uso de guias, fixações oscilantes, etc., para que não
haja desgaste acentuado de bucha, gaxeta do mancal e gaxeta do êmbolo. A vedação,
neste caso, efetua-se mediante êmbolo (pistão de dupla vedação).

Cilindro com amortecimento nos fins de curso


Quando volumes grandes e pesados são movimentados por um cilindro, emprega-se
um sistema de amortecimento para evitar impactos secos e danificação das partes.

Antes de alcançar a posição final, um êmbolo de amortecimento interrompe o escape


direto do ar, deixando somente uma passagem pequena, geralmente regulável.

Com o escape de ar restringido, cria-se uma sobrepressão que, para ser vencida,
absorve grande parte de energia, o que resulta em perda de velocidade nos fins de
curso. Invertendo o movimento do êmbolo, o ar entra sem impedimento, pelas válvulas,
no cilindro, e o êmbolo pode retroceder com força e velocidade totais.

Possibilidades de amortecimento:
amortecimento regulável em ambos os lados;
amortecimento regulável em um só lado do êmbolo (dianteiro ou traseiro);
amortecimento não regulável em ambos os lados;
amortecimento não regulável em um só lado do êmbolo (dianteiro ou traseiro)

SENAI - SP 55
Pneumática

Cilindro de ação dupla em execução especial


O cilindro de haste passante de ambos os lados tem algumas vantagens. A haste é
melhor guiada devido aos dois mancais de guia, o que possibilita a admissão de uma
ligeira carga lateral. Os elementos sinalizadores podem ser montados na parte livre da
haste do êmbolo.

Neste caso, a força é igual em ambos os lados (mesma área de pressão).

Cilindro de posição múltipla


Este cilindro é formado por dois ou mais cilindros de ação dupla.

Os elementos estão unidos um ao outro como mostra a ilustração.

Os cilindros movimentam-se individualmente, conforme o lado de pressão.

Com dois cilindros de cursos diferentes obtêm-se quatro posições.

56 SENAI - SP
Pneumática

É utilizado para carregar estantes com esteira transportadora, acionar alavancas e


como dispositivo selecionador.

Cilindro rotativo
Na execução com cilindros de ação dupla, a haste do êmbolo tem um perfil dentado
(cremalheira).

A haste do êmbolo aciona, com esta cremalheira, uma engrenagem, transformando o


movimento linear em movimento rotativo, à esquerda ou à direita, sempre segundo a
direção do curso.

De acordo com a necessidade, o movimento rotativo poderá ser de 45°, 90°,180° até
720°.

Um parafuso de regulagem possibilita a determinação do campo de rotação parcial


dentro da rotação total.

Isto significa que se o cilindro tem uma capacidade de giro de 180°, por exemplo,
poderá, mediante uma regulagem, determinar outras possibilidades de rotação até
180°.

O momento de torção depende da pressão, da área do êmbolo e da relação de


transmissão.

O acionamento giratório emprega-se para virar peças, curvar tubos, regular instalações
de ar condicionado, acionar válvulas de fechamento e válvulas - borboletas, etc.

SENAI - SP 57
Pneumática

58 SENAI - SP
Pneumática

Componentes de um cilindro

Componentes de um cilindro

O cilindro de êmbolo consiste em um tubo cilíndrico (camisa), tampas anterior e


posterior (cabeçotes), êmbolo com gaxetas, haste do êmbolo, bucha de guia, anel
limpador; suplementarmente, tem ainda peças de adaptação e vedação.

SENAI - SP 59
Pneumática

A camisa (1), na maioria dos casos, é feita de um tubo de aço trefilado a frio, sem
costura. Para aumentar a vida útil dos elementos de vedação, a superfície interna do
tubo é brunida. Para casos especiais, o cilindro é feito de alumínio ou latão ou de aço
com superfície interna de cromo duro. Estes equipamentos serão empregados para
trabalhos nem sempre contínuos ou onde existe possibilidade de corrosão muito
acentuada.

Para as tampas (2) e (3) usa-se normalmente material fundido (alumínio fundido ou
ferro maleável). A fixação das tampas pode ser feita com tirantes, roscas ou flanges.

A haste do êmbolo (4) geralmente é feita com aço beneficiado e, com proteção
anticorrosiva, tem boa porcentagem de cromo. As roscas são geralmente laminadas,
diminuindo assim o perigo de ruptura. Sob pedido, a haste do êmbolo pode ser
temperada. Maior densidade da haste, neste caso, será de um.

Na hidráulica, é necessário que a haste do êmbolo seja de material duro ou


temperado.

Para a vedação da haste do êmbolo, existe um anel circular (5) na tampa anterior. A
haste do êmbolo está guiada na bucha de guia (6). Esta bucha pode ser de bronze
sinterizado ou de material sintético metalizado.

Na frente desta bucha, encontra-se o anel limpador (7), que evita a entrada de
partículas de pó e de sujeira no cilindro. Assim, não é necessária outra proteção.

A guarnição duplo lábio (8) veda de ambos os lados.

Material de guarnição

Buna N para -10ºC até + 80ºC


Perbunam para -20°C até + 80ºC
Viton para -20ºC até + 190ºC
Teflon para -80ºC até + 200ºC

Juntas toroidais ou “ O-Ring” (9) são utilizadas para vedação estática. Este tipo de
vedação não é recomendado em vedações móveis, pois provoca relativa perda de
carga por atrito.
60 SENAI - SP
Pneumática

Cálculo dos cilindros

Força do êmbolo
A força do êmbolo, exercida com o elemento de trabalho, depende da pressão de ar,
do diâmetro do cilindro e da resistência de atrito dos elementos de vedação.

A força teórica do êmbolo é calculada segundo a fórmula abaixo:

F th = A .P

F th = força teórica do êmbolo (kp)


2
A = superfície útil do êmbolo (cm )
2
p = pressão de trabalho (bar,kp/cm )

Na prática, é importante a força efetiva do êmbolo. Ao calculá-la, a resistência de atrito


deve ser considerada. Em condições normais de trabalho (faixa de pressão 4-8bar),
esta resistência pode absorver de 3 a 20% da força alcançada.

Cilindro de ação simples

F n = A. .p - (F R + F F )

Cilindro de ação dupla (avanço)

F n = A. .p -F R

Cilindro de ação dupla (retrocesso)


1
F n = A .p - F R

F n = força efetiva do êmbolo (kp)


SENAI - SP 61
Pneumática

D . 
2

A = superfície útil do êmbolo = 4 = r2 .  (cm2)


1
A = superfície útil do êmbolo = (D2 - d2) . 4 (cm2)

p = pressão de trabalho (bar,kp/cm2)

FR = resistência de atrito (kp) ; (3-20% de F th )

F F = força de mola de retrocesso (kp)


D = diâmetro do cilindro (cm)
d = diâmetro da haste do êmbolo (cm)

Exemplo
n
F = ? A = 19,625cm2
D = 50mm A = 18,5cm2

d = 12mm F R = valor médio 10%

Superfície do êmbolo (avanço)


 3,14
A = D. 4 = 5cm . 5cm . 4 = 19,625cm2

Força teórica do êmbolo

F th = A .p = 19,625cm2 . 6bar = 117,75kp

Resistência de atrito 10% F R = 11,775kp

Força efetiva do êmbolo

F n = A . p - F R = 19,625cm2 . 6bar - 11,775kp = 106kp

Superfície do anel do êmbolo (retrocesso)


 3,14
A = (D2 - d2) . 4 = (25cm2 - 1,44cm) . 4 = 18,5cm2
Força e êmbolo ao retrocesso
Força teórica do êmbolo

62 SENAI - SP
Pneumática

1
F th = A . p = 18,5cm2 . 6bar = 111,0kp

Resistência de atrito 10% F R = 11,1KP

Força efetiva do êmbolo


1
F n =A . p - F R = 18,5cm2 . 6bar - 11,1kp =100kp

SENAI - SP 63
Pneumática

64 SENAI - SP
Pneumática

Composição dos comandos


pneumáticos

Os comandos pneumáticos podem ser subdivididos em:


elementos de trabalho;
elementos de comando;
elementos de sinais.

Todos os elementos de comando e de sinais que têm por finalidade influenciar o fluxo
de informações ou energia (em nosso caso o ar comprimido) são denominados
válvulas, independentemente de sua forma construtiva.

As válvulas são subdivididas, segundo suas funções, em cinco grupos:


Válvulas direcionais
Válvulas de bloqueio
Válvulas de pressão
Válvulas de fluxo (vazão)
Válvulas de fechamento

Válvulas direcionais
São elementos que influenciam o percurso de um fluxo de ar, principalmente nas
partidas, nas paradas e na direção do fluxo. Em esquemas pneumáticos, usam-se
símbolos gráficos para descrições de válvulas. Estes símbolos não caracterizam os
diferentes tipos de construção, mas somente a função das válvulas.

As válvulas direcionais caracterizam-se por:


número de posições;

SENAI - SP 65
Pneumática

números de vias;
posição d repouso;
tipo de acionamento (comando);
tipo de retorno (para posição de descanso);
vazão.
As válvulas são simbolizadas graficamente com quadrados. O número de quadrados
unidos indica o número de posições ou manobras distintas que uma válvula pode
assumir.

Para melhor compreensão, tomemos uma torneira comum como exemplo. Esta
torneira poderá estar aberta ou fechada.

Torneira comum

Fechada Aberta

No primeiro desenho, a torneira está fechada e não permite a passagem da água. No


segundo, a torneira aberta permite a passagem da água.

A torneira é representada, graficamente, por dois quadrados.

As vias de passagem de uma válvula são indicadas por linhas nos quadrados
representativos de posições e a direção do fluxo, por setas.

66 SENAI - SP
Pneumática

Os fechamentos ou bloqueios de passagem são indicados dentro dos quadrados, com


traços transversais.

Tracinhos externos indicam as conexões ( entrada e saída) e o número de traços


indica o número de vias. Em geral, as conexões são representadas nos quadrados da
direita.

Denominamos posição de repouso ou posição normal de válvula, a posição em que se


encontram os elementos internos quando a válvula não está acionada.

Assim, temos:
Válvula normal fechada (NF) que não permite passagem do fluído na posição normal.

Válvula normal aberta (NA) que permite passagem do fluído na posição normal.

SENAI - SP 67
Pneumática

No exemplo da torneira, representado pela figura da página anterior, podemos


caracterizar uma válvula de duas vias, duas posições. Considerando-se que a torneira
na posição normal não permite a passagem da água, ela é normal fechada (NF).

Se a mesma torneira, na posição normal, permitir a passagem da água, ela é normal


aberta (NA).

Na representação gráfica de válvulas com 3 posições de comando, a posição do meio


é considerada como posição de repouso.

Triângulo no símbolo representa vias de exaustão do ar.

A denominação de uma válvula depende do número de vias e do número de posições.


As condições NF e NA devem ser observadas nas válvulas de 2 e de 3 vias.

Exemplo

Válvula direcional de 3 vias, 2 posições NF:

Válvula direcional de 4 vias, 3 posições, centro aberto (válvula 4/3 vias, centro aberto)

68 SENAI - SP
Pneumática

Para garantir a identificação e ligação corretas das válvulas, marcam-se as vias com
letras maiúsculas (DIN) ou com números (ISO).

Considere-se:

Vias para utilização (saída) A,B,C,D...ou 2,4


Linhas de alimentação (entrada) P ou 1
Escapes (exaustão) R,S,T ou 3,5
Linha de comando (pilotagem) Z,Y,X ou 12,14

SENAI - SP 69
Pneumática

70 SENAI - SP
Pneumática

Tipos de acionamentos de
válvulas

Conforme a necessidade, os mais diferentes tipos de acionamento podem ser


adaptados às válvula direcionais.

O símbolos de acionamento desenham-se horizontalmente nos quadrados.

Acionamento por força muscular

Geral

Por botão

Por alavanca

Por pedal

Acionamento mecânico

Por apalpador

Por mola

SENAI - SP 71
Pneumática

Por rolete apalpador

Por rolete apalpador


escamoteável
(gatilho)
Acionamento elétrico
Por eletroimã com (bobina solenóide):

Um enrolamento ativo

Dois enrolamentos ativos no mesmo sentido

Dois enrolamentos ativos em sentido contrário

Acionamento pneumático
Acionamento direto

Por acréscimo de pressão (positivo)

Por decréscimo de pressão (negativo)

Por acionamento de pressão diferencial

Acionamento indireto

Por acréscimo de pressão na válvula de


pré-comando (servopiloto positivo)

Por decréscimo de pressão na válvula de


pré-comando (servopiloto negativo)

Acionamento combinado

72 SENAI - SP
Pneumática

Por eletroímã e válvula de pré-comando


(servocomando).

Por eletroímã ou válvula de pré-comando

Com o tipo de acionamento e de retorno à posição de repouso, completa-se a


denominação de uma válvula direcional.

Exemplo
Válvula direcional de 3 vias, 2 posições, N/F, acionada por botão e retorno por mola.

Válvula direcional de 4 vias, 2 posições, acionada diretamente por acréscimo de


pressão e retorno por mola.

Segundo o tempo de acionamento, distinguem-se:

Acionamento contínuo
Durante o tempo de comutação, a válvula é acionada mecânica, manual, pneumática
ou eletricamente. O retorno efetua-se manual ou mecanicamente pela mola.

Acionamento momentâneo (por impulso)


A válvula é comutada por um impulso. Uma nova comutação é feita por um segundo
impulso, emitido por outro elemento de sinal, respondo a válvula na posição inicial.

Nos circuitos em cadeia em processo automático, empregam-se principalmente os


comandos por impulsos.

SENAI - SP 73
Pneumática

Válvulas eletromagnéticas

74 SENAI - SP
Pneumática

São válvulas de acionamento eletromagnético de grande utilização em comandos com


distância relativamente grande entre o local emissor e o receptor ou onde a rapidez do
sinal de comando é importante.

Utilizam-se estas válvulas quando os sinais de comando provêm de aparelhos elétricos


ou eletrônicos como temporizadores “timers” elétricos, chaves fim de curso,
pressostatos, etc.

Válvulas de acionamento eletromagnético, comumente chamadas de válvulas


solenóides, dividem-se em válvulas de comando direto e válvulas com servocomando
(comando indireto). As de comando direto empregam-se apenas para pequenas
secções de passagem. Para passagem maiores, empregam-se as válvulas com
servocomando.

Válvula direcional 3/2 vias NF (acionamento magnético direto)


Quando energizada a bobina, o induzido (núcleo) é puxado para cima, vencendo a
força da mola, interlacando os canais P e A. O canal R é fechado pela extremidade
superior do induzido. Cessando o acionamento da bobina, a mola pressiona induzido

SENAI - SP 75
Pneumática

contra a sede inferior da válvula e interrompe a ligação de P para A, retornando à


posição inicial. O ar do canal A escapa pelo R.

Este tipo de válvula permite exaustão cruzada. Para válvulas de maior porte ou de
grande vazão, este tipo de construção seria antieconômico, pois as bobinas seriam
muito grandes.

Para poder manter pequena a construção das válvulas eletromagnéticas, empregam-


se solenóides com servocomando. Estas são formadas de duas válvulas: uma válvula
solenóide com servo, de dimensões reduzidas, e uma válvula principal, acionada pelo
ar do servo.

Válvula direcional 4/2 vias (solenóide e servocomando)

Na posição de repouso, o ar flui de P para B e a exaustão de A para B.

Da válvula principal, da alimentação P, deriva uma passagem para a sede da válvula


de servocomando. O núcleo da bobina mantém a passagem fechada, pressionado por

76 SENAI - SP
Pneumática

uma mola. Energizada a bobina, o induzido afasta-se e o ar flui para o pistão de


comando da válvula principal, afastando o prato da sede.

O ar flui de P para A e a exaustão de B para R.

Ao desenergizar a bobina, a mola pressiona o induzido sobre a sede e fecha o canal


do ar piloto. Sem pressão no pistão de comando da válvula principal, o mesmo será
recuado por uma mola à posição inicial.

SENAI - SP 77
Pneumática

Válvulas de bloqueio

Válvulas de bloqueio são aparelhos que impedem a passagem do fluxo de ar em uma


direção, dando passagem na direção oposta. Internamente, a própria pressão aciona a
peça de vedação positiva e ajusta, com isto, a vedação da válvula.

Válvula de retenção

Esta válvula pode fechar completamente a passagem do ar em um sentido


determinado. Em sentido contrário, o ar passa com a mínima queda possível de
pressão. O bloqueio do fluxo pode ser feito por cone, esfera, placa ou membrana. Há
dois tipos de válvulas de retenção:
retenção com mola
retenção sem mola

Símbolos
78 SENAI - SP
Pneumática

Com contrapressão (mola), dá-se o bloqueio do ar


quando a pressão de saída é maior ou igual à pressão
de entrada.

Na retenção sem mola, o bloqueio é feito pela própria


pressão do ar na peça de vedação.

Válvula alternadora (função lógica “OU”)

Esta válvula tem duas entradas P1 e P2 e uma saída, A. Entrando ar comprimido em


P1, a esfera fecha a entrada P2 e o ar flui de P1 para A. Quando o ar flui de P2 para A,
a entrada P1 é bloqueada.
Com pressões iguais e havendo coincidência de sinais P1 e P2, prevalecerá o sina que
chegar primeiro. Em caso de pressões diferentes, a pressão maior fluirá para A.

A válvula alternadora é empregada quando há necessidade de enviar sinais de lugares


diferentes a um ponto comum de comando.
Exemplo

SENAI - SP 79
Pneumática

No de Válvulas = número de sinais menos (-) 1

Válvula de duas pressões


(função lógica “E”)

Também chamada de válvula de simultaneidade, esta válvula possui duas entradas,


P1 e P2, e uma saída, A. Entrando um sinal em P1 ou P2, o pistão impede o fluxo de
ar para A. Existindo diferença de tempo entre sinais de entrada com a mesma pressão,
o sinal atrasado vai para a saída A. Com pressões diferentes dos sinais de entrada, a
pressão maior fecha um lado da válvula e a pressão menor vai para a saída A.
Emprega-se esta válvula principalmente em comando de bloqueio, comandos de
segurança e funções de controle em combinações lógicas.

80 SENAI - SP
Pneumática

Número de válvulas = número de sinais menos (-) 1

SENAI - SP 81
Pneumática

Válvula reguladora de fluxo


unidirecional

Nesta válvula, a regulagem do fluxo é feita somente em uma direção. Uma válvula de
retenção fecha a passagem numa direção e o ar pode fluir somente através da área
regulada. Em sentido contrário, o ar passa livre através da área de retenção aberta.
Empregam - se estas válvulas para a regulagem da velocidade em cilindros
pneumáticos.

82 SENAI - SP
Pneumática

Válvula reguladora de fluxo unidirecional com acionamento mecânico

Está válvula é utilizada para alterar a velocidade de um cilindro de ação simples ou


dupla, durante o seu trajeto. Pode servir como um elemento auxiliar de amortecimento
de fim de curso.

Por meio de um parafuso pode - se regular a velocidade - base. Um came, que força o
rolete para baixo, regula a secção transversal de passagem e o fluxo de ar em um
sentido.

Em sentido contrário, o ar passa livremente deslocando a vedação de seu assento.

SENAI - SP 83
Pneumática

Válvula de escape rápido

Quando se necessita de movimentos rápidos do êmbolo nos cilindros, com velocidade


superior àquela desenvolvida normalmente, utiliza – se a válvula de escape rápido.

84 SENAI - SP
Pneumática

A válvula possui conexões de entrada(P), de saída (R) e de alimentação (A). Havendo


fluxo de ar comprimido em P, o elemento de vedação impede a passagem do fluxo em
R e o ar flui para A. Eliminando a pressão em P, o ar, que retorna por A, desloca o
elemento de vedação contra a conexão P e provoca o bloqueio. Desta forma, o ar
escapa por R, rapidamente, para a atmosfera. Evita - se com isso, que o ar de escape
seja obrigado a passar por uma canalização longa e de diâmetro pequeno até a válvula
de comando. É recomendável colocar a válvula de escape rápido diretamente no
cilindro ou, então, o mais próximo do mesmo.

SENAI - SP 85
Pneumática

Válvulas de fluxo

Estas válvulas têm por finalidade influenciar o fluxo do ar comprimido. O fluxo será
influenciado igualmente em ambas as direções.

86 SENAI - SP
Pneumática

Constante Regulável

Válvula de estrangulamento constante

Válvula de estrangulamento na qual o comprimento do


estrangulamento é maior que o diâmetro.

Válvula de membrana (diafragma) na qual o comprimento do


estrangulamento é menor que o diâmetro.

Válvula de estrangulamento regulável

Válvula reguladora de fluxo unidirecional

Válvula reguladora de fluxo com acionamento mecânico, com


mola de retorno

É vantajoso montar as válvulas reguladoras diretamente no cilindro.

SENAI - SP 87
Pneumática

Seqüência de movimentos

Quando os procedimentos de comando de instalações pneumáticas são complicados,


e estas instalações têm de ser reparadas, é importante que o técnico de manutenção
disponha de esquemas de comando e seqüência, segundo o desenvolvimento de
trabalho das máquinas.

A má confecção dos esquemas resulta em interpretação insegura que torna


impossível, para muitos, a montagem ou a busca de defeitos, de forma sistemática.
É pouco rentável ter de basear a montagem ou a busca de defeito empiricamente.

Antes de iniciar qualquer montagem ou busca de defeitos, é importante representar


seqüências de movimentos e estados de comutação, de maneira clara e correta.
Essas representações permitirão realizar um estudo, e, com ele, ganhar tempo no
momento de montar ou reparar o equipamento.

Exemplo
Pacotes que chegam sobre um transportador de rolos são elevados por um cilindro
pneumático A e empurrados por um cilindro B sobre um segundo transportador.
Assim, para que o sistema funcione devidamente, o cilindro B deverá retornar apenas
quando A houver alcançado a posição final.

88 SENAI - SP
Pneumática

Possibilidades de representação da seqüência de trabalho, para o exemplo dado:

1. Relação em seqüência cronológica:


O cilindro A avança e eleva os pacotes;
O cilindro B empurra os pacotes no transportador II;
O cilindro A desce;
O cilindro B retrocede.

2. Forma de tabela

Passo de trabalho Movimento Cilindro A Movimento cilindro B


1 para cima -
2 - para frente
3 para baixo -
4 - para trás

3. Diagrama de setas
Representação simplificada
Avanço
Retorno

A
B
A
B

SENAI - SP 89
Pneumática

4. Maneira de escrever abreviada


Avanço +
Retorno -
A+, B+, A-, B- ou

A+
B+
A-
B-

5 Representação gráfica em forma de diagrama .


Na representação de seqüências de funcionamento deve-se distinguir:

Diagrama de movimento 
 Diagrama de funcionamento
Diagrama de comando 

Diagrama de movimento

Onde se fixam estados de elementos de trabalho e unidades construtivas.

O diagrama de movimento pode ser:


 Diagrama de trajeto e passo
 Diagrama de trajeto e tempo

Diagrama de trajeto e passo

Representa a seqüência de operação de um elemento de trabalho e o valor percorrido


em cada passo considerado.

Passo é a variação do estado de movimento de qualquer elemento de trabalho


pneumático.

90 SENAI - SP
Pneumática

No caso de vários elementos de trabalho para comando, estes são representados da


mesma maneira e desenhados uns sob os outros.

A correspondência é realizada através de passos.

Para o exemplo citado significa que, do passo 1 até o passo 2, a haste do cilindro A
avança da posição final traseira para posição final dianteira, sendo que esta é
alcançada no passo 2.

Entre o passo 2 e 4 a haste permanece imóvel.

A partir do passo 4, a haste retorna, alcança a posição final traseira no passo 5,


completando assim, um ciclo de movimento.

Para o exemplo apresentado, o diagrama de trajeto e passo possui construção


segundo a figura abaixo.

Recomendamos que, para a disposição do desenho, observe-se o seguinte:

SENAI - SP 91
Pneumática

 convém representar os passos de maneira linear e horizontalmente;


 o trajeto não deve ser representado em escala, mas com tamanho igual para todas
as unidades construtivas;
 já que a representação do estado é arbitrária pode-se designar, como no exemplo
acima, da página anterior, através da indicação da posição do cilindro ou através
de sinais binários, isto é, 0 para posição final traseira e 1 ou L para posição final
dianteira;
 a designação da unidade em questão deve ser posicionada à esquerda do
diagrama.

Diagrama de trajeto e tempo

Nesse diagrama o trajeto de uma unidade construtiva é representado em função do


tempo.

Para representação em desenho, também são válidas as recomendações para o


diagrama de trajeto e passo.

Através das linhas pontilhadas (linhas de passo), a correspondência com o diagrama


de trajeto e passo torna-se clara.
Neste caso, porém, a distância entre os passos está em função do tempo.

92 SENAI - SP
Pneumática

Enquanto o diagrama de trajeto e passo oferece a possibilidade de melhor visão das


correlações, no diagrama de trajeto e tempo podem ser representadas, mais
claramente, sobreposições e diferenças de velocidade de trabalho.

No caso de se desejar construir diagramas para elementos de trabalho rotativos como,


por exemplo, motores elétricos e motores a ar comprimido, devem ser utilizadas as
mesmas formas fundamentais.

Entretanto, a seqüência das variações de estado no tempo não é considerada, isto é,


no diagrama de trajeto e passo, uma variação de estado, como o ligar de um motor
elétrico, não transcorrerá durante um passo inteiro, mas será representada diretamente
sobre a linha de passo.

Diagrama de comando

No diagrama de comando, o estado de comutação de um elemento de comando é


representado em dependência dos passos ou dos tempos.

Como o tempo de comutação é insignificante ou praticamente instantâneo, esse tempo


não é considerado.

Exemplo:

Estado de abertura de um relé b1.

O relé abre no passo 2 e fecha novamente no passo 5.

Uma outra maneira de representação para o exemplo acima.

SENAI - SP 93
Pneumática

Na elaboração do diagrama de comando recomenda-se:


 desenhar, sempre que possível, o diagrama de comando, em combinação com o
diagrama de movimento, de preferência em função de passos;
 que os passos ou tempos sejam representados linear e horizontalmente ;
 que a altura e a distância, que são arbitrárias, sejam determinadas de forma a
proporcionar fácil supervisão.

Quando se representa o diagrama de movimento e de comando em conjunto, esta


representação recebe o nome de diagrama de funcionamento.

O diagrama de funcionamento para o exemplo da página anterior está representado na


figura abaixo.

No diagrama, observa-se o estado das válvulas que comandam os cilindros (1.1 para
A, 2.1 para B) e o estado de uma chave fim de curso 2.2, instalada na posição
dianteira do cilindro A .

Como já foi mencionado, os tempos de comutação dos equipamentos não são


considerados no diagrama de comando.
94 SENAI - SP
Pneumática

Entretanto, como mostra a figura acima, (válvula fim de curso 2.2), as linhas de
acionamento para válvulas (chaves) fim de curso devem ser desenhadas antes ou
depois da linha de passo, uma vez que, na prática o acionamento não se dá
exatamente no final do curso, mas sim, certo tempo antes ou depois.

Esta maneira de representação determina todos os comandos e seus conseqüentes


movimentos.

Este diagrama permite controlar, com maior facilidade, o funcionamento do circuito e

determinar erros, principalmente sobreposição de sinais.

SENAI - SP 95
Pneumática

Tipos de esquemas

Na construção de esquemas de comando, temos duas possibilidades que indicam a


mesma coisa.

As alternativas são:
 Esquema de comando de posição
 Esquema de comando de sistema

Veremos as vantagens inconvenientes destes dois tipos de esquemas nos exemplos a


seguir.

96 SENAI - SP
Pneumática

Podemos verificar que no esquema de comando de posição estão simbolizados todos


os elementos (cilindros, válvulas e unidades de conservação), onde realmente se
encontram na instalação.

Esta forma de apresentação é vantajosa para o montador, porque ele pode ver de
imediato onde se devem montar os elementos.

Entretanto, este tipo de esquema de comando tem o inconveniente dos muitos


cruzamentos de linhas (condutores de ar), onde podem ocorrer enganos na conexão
dos elementos pneumáticos.

Esquema de comando de sistema

SENAI - SP 97
Pneumática

O esquema de comando de sistema está baseado em uma ordenação, isto é, todos os


símbolos pneumáticos são desenhados em sentido horizontal e em cadeia de
comando.

A combinação de comandos básicos simples, de funções iguais ou diferentes, resulta


em um comando mais amplo com muitas cadeias de comando.

Este tipo de esquema, em razão da ordenação, além de facilitar a leitura, elimina ou


reduz os cruzamentos de linhas.

No esquema de comando, devem-se caracterizar os elementos pneumáticos, em geral


numericamente, para indicar a posição que ocupam e facilitar sua interpretação.

Noções de composição de esquemas

Em princípio, pode-se apresentar duas possibilidades principais para composição de


esquemas:
 Método intuitivo com base tecnológica, também denominado convencional ou
de experimentação. Neste método a intuição e a experiência predominam,
portanto, a influência do projetista é marcante.
 Composição metódica segundo prescrições e diretrizes estabelecidas.
 Neste caso, praticamente , não haverá influência pessoal do projetista, porque é
seguida uma sistemática preestabelecida.

Convém ressaltar que, para a composição de esquema independentemente do


método ou da técnica, deve-se ter um conhecimento bem fundamentado da tecnologia
considerada, das possibilidades de ligação e das características dos elementos
utilizados.

Ao elaborar um esquema de comando, devem ser considerados aspectos importantes


como:
 conforto na operação;
 segurança exterior da instalação;
 segurança de funcionamento;
 facilidade de manutenção;
 custo, etc.

Outro aspecto a considerar são as condições marginais de funcionamento ou de


segurança.

98 SENAI - SP
Pneumática

Exemplo:
 ciclo único - ciclo contínuo
 manual - automático
 parada de emergência - desbloqueio de parada de emergência.

Estas condições devem ser introduzidas no esquema somente depois de


esquematizada a seqüência em ciclo único (esquema fundamental).

Em todos os casos de elaboração de esquemas, é recomendável, a partir do problema,


fazer um esboço da situação e uma representação gráfica dos movimentos.

Pela facilidade de visualização, principalmente das sobreposições de sinais


(contrapressão, por exemplo), dá-se preferência ao diagrama de funcionamento, mas
em muitos casos, apenas o diagrama de movimento é suficiente.

Em caso de sobreposição de sinais, onde o desligamento de sinais se faz necessário,


devemos escolher a maneira mais conveniente para fazê-lo.
Podemos optar por válvulas:
 de encurtamento de sinais;
 de rolete escamoteável (gatilho)
 de inversão (memória).

Ao empregar válvula de rolete escamoteável, deve-se identificar com flechas o sentido


de comando da mesma, no esquema de comando de sistema.

Exemplo

As linhas de marcação indicam que, na posição final dianteira, comanda-se o elemento


de sinal 1.3, e, no retrocesso do cilindro, comanda-se o elemento de sinal 2.2.

A flecha indica que se trata de uma válvula com rolete escamoteável, que só é
acionada no retrocesso do cilindro.
Representação de equipamento

SENAI - SP 99
Pneumática

Todos os equipamentos devem ser representados no esquema na posição inicial de


comando.
Caso não se proceda desta maneira, é necessário fazer uma indicação.

Exemplo

Supondo que a posição inicial seja conforme a figura acima e a0, válvula fim de curso
de 3/2 vias NF de rolete.

Devemos então representá-la no esquema em estado acionado, através de um


ressalto.

Tratando-se de uma botoeira, podemos representá-la através de uma seta.

Ordem de composição

Para facilitar a composição de esquema de comando, recomenda-se o seguinte


procedimento:
 desenhar os elementos de trabalho e suas respectivas válvulas de comando;
 desenhar os módulos de sinais (partida, fim de curso, etc.);
 conectar as canalizações de comando (pilotagem) e de trabalho (utilização),
seguindo a seqüência de movimento;
 numerar os elementos;
 desenhar o abastecimento de energia;
 verificar os locais onde se tornam necessários os desligamentos de sinais para
evitar as sobreposições de sinais;
 eliminar as possibilidades de contrapressão nos elementos de comando;
 eventualmente, introduzir as condições marginais;
 desenhar os elementos auxiliares;
 certificar-se de que, mesmo colocando pressão nas válvulas, o primeiro movimento
do elemento de trabalho só se dará depois de acionada a válvula de partida.

100 SENAI - SP
Pneumática

Denominação dos elementos


pneumáticos

Para denominar os elementos usamos o seguinte critério:


 Elementos de trabalho
 Elementos de comando
 Elementos de sinais
 Elementos auxiliares

SENAI - SP 101
Pneumática

Um elemento de trabalho (cilindros, motores pneumáticos, unidades de avanço, etc),


com as correspondentes válvulas, é considerado como cadeia de comando número 1,
2, 3, etc.

Por isto, o primeiro número da denominação do elemento indica a que cadeia de


comando pertence o elemento.

O número depois do ponto indica de que elemento se trata.

De acordo com o esquema acima temos:

 0 elementos de trabalho;
 1 elementos de comando;
 2, 4... todos os elementos que influenciam o avanço do elemento de
trabalho considerado (números pares);
 3, 5,... todos os elementos que influenciam o retorno (números impares);
 01, 02,... elementos entre o elemento de comando e o elemento de trabalho;
 0.1, 0.2,... elementos auxiliares (unidade de conservação, válvulas de
fechamento) que influenciam todas as cadeias de comando.

A figura abaixo mostra a correspondência entre as designações e os elementos em


uma cadeia de comando.

102 SENAI - SP
Pneumática

A denominação dos elementos de trabalho e de sinais pode ser feita também através
de letras.

Neste caso, as denominações das chaves fim de curso ou elementos de sinal não
correspondem ao grupo influenciado pelos mesmos, mas a cada cilindro que os
aciona.

A, B, C,... para elemento de trabalho


a0,b0,c0,... para elementos de sinal acionados, na posição final traseira dos cilindros
A, B, C.
a1,b1,c1, para elementos de sinal acionados, na posição final dianteira dos
cilindros A, B, C

SENAI - SP 103
Pneumática

104 SENAI - SP
Pneumática

SENAI - SP 105
Pneumática

Referências bibliográficas

SENAI. SP. Característica do ar comprimido. São Paulo: DTI, 1985.

SENAI. SP. Mantenedor e Reparador de Circuitos Hidráulicos. São Paulo: 1987.

PARKER TRANING. Tecnologia hidráulica industrial: apostila M2001 – 1 BR,


Jacareí, 1999.

106 SENAI - SP
Pneumática

SENAI - SP 107
Pneumática

Aplicação prática - Tarefas

1 Cilindro de simples ação, retorno por mola


1 Válvula 3/2 vias de NF de botão, retorno por mola
1 Unidade de conservação (FRL)
Q. Equip. Denominações e observações
COMANDO PNEUMÁTICO BÁSICO DIRETO
Operação

108 SENAI - SP
Pneumática

Ao ser acionada a válvula de comando, o êmbolo do cilindro avança.


O êmbolo do cilindro só retornará à posição inicial, quando a válvula de comando for
solta.
Pressão de trabalho: 4 bar

1 Cilindro de simples ação


1 Válvula de simultaneidade (elemento E) 1.6
2 Válvula 3/2 vias NF de botão retorno por mola
1 Unidade de conservação (FRL)
Q. Equip. Denominações e observações No Ident.

COMANDO EM SÉRIE

SENAI - SP 109
Pneumática

Operação
O êmbolo do cilindro avançará somente após o acionamento simultâneo de duas
válvulas direcionais.

1 Cilindro de simples ação


1 Elemento OU 1.6
2 Válvula 3/2 vias NF de botão, retorno por mola
1 Unidade de conservação (FRL)
Q. Equip. Denominações e observações No Ident.

COMANDO EM PARALELO

110 SENAI - SP
Pneumática

Operação
O comando do cilindro deve ser feito através de duas válvulas situadas em locais
diferentes e independentes.

1 Cilindro de ação dupla


2 Válvula reguladora de fluxo unidirecional 1.01 - 1.02
1 Válvula 4/2 vias duplo piloto positivo 1.1
2 Válvula 3/2 vias NF de botão, retorno por mola
1 Unidade de conservação (FRL)
Q.Equip. Denominações e observações No Ident.

COMANDO BÁSICO INDIRETO


COM DUPLO PILOTO POSITIVO
SENAI - SP 111
Pneumática

Operação
Ao ser acionada a válvula 1.2, o êmbolo avança e permanece na posição final
dianteira, mesmo após a válvula ter sido liberada (comando por impulso). Para fazer o
êmbolo retornar à posição inicial, uma segunda válvula, a válvula 1.3, deve ser
acionada.

1 Cilindro de simples ação


1 Válvula 3/2 vias NF, simples solenóide
1 Botão de comando (pulsador)
Q.Equip. Denominações e observações

112 SENAI - SP
Pneumática

COMANDO ELETROPNEUMÁTICO BÁSICO COM


CILINDRO DE SIMPLES AÇÃO

Operação
Ao ser acionado o botão de comando b1, o êmbolo do cilindro avança.
O êmbolo retornará à posição inicial, quando o botão for solto.

1 Cilindro de dupla ação


1 Válvula 4/2 vias, simples solenóide
1 Botão de comando (pulsador)

SENAI - SP 113
Pneumática

Q. Equip. Denominações e observações

COMANDO ELETROPNEUMÁTICO BÁSICO COM


CILINDRO DE DUPLA AÇÃO

Operação
Ao ser acionado o botão de comando b1, o êmbolo do cilindro avança.
O êmbolo retornará à posição inicial, quando o botão for solto.

1 Cilindro de dupla ação

114 SENAI - SP
Pneumática

1 Válvula 4/2 vias, simples solenóide


2 Botão de comando
Q. Equip. Denominações e observações

COMANDO EM SÉRIE
Operação
O êmbolo do cilindro avançará somente após o acionamento simultâneo dos botões de
comando b1 e b2.

1 Cilindro de dupla ação

SENAI - SP 115
Pneumática

1 Válvula 4/2 vias, simples solenóide


2 Botão de comando
Q. Equip. Denominações e observações

COMANDO EM PARALELO

116 SENAI - SP

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