Introdução A Sitema de Informação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CAMPUS SOROCABA
CURSO: Engenharia de Produção
l DISCIPLINA: Sistemas de Informação
PROFESSOR: José Geraldo Vidal Vieira

AULA 2 – REVISÃO DE SI E INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS BÁSICOS DE BD


ESTA AULA É UMA ADAPTAÇÃO DAS NOTAS DE AULA DO PROF. SILVIO
HAMACHER – PUC-RIO.

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Apresentar os principais temas abordados na primeira parte da disciplina. O objetivo é fazer uma
reflexão das aplicações de SI que o Engenheiro de Produção irá encontrar na prática. Inicia-se a
segunda parte, projeto e desenvolvimento de banco de dados.

TÓPICOS
- Revisão de SI
- Processamento de dados
- Iniciando a modelagem de dados
- Exercícios

1. REVISÃO DE SI

1.1 Introdução
 "O conhecimento técnico é importante, mas não é o suficiente. Os mais bem sucedidos
profissionais sabem como aplicar a tecnologia aos negócios". Por exemplo, no caso de um
software para gerenciamento de estoque. Apesar de ser importante conhecer uma linguagem de
programação e fazer o programa para controle e gerenciamento de estoque, o essencial é saber qual
o aumento de produtividade que esse software irá proporcionar ou quais custos serão reduzidos nas
operações de coleta e controle de dados, por exemplo.
 Pessoas que podem identificar uma aplicação potencial e uma tecnologia e que então instigam a
criação desta aplicação são raras e importantes. Estas pessoas não desenvolvem obrigatoriamente o
sistema elas mesmas, mas elas definem e administram o projeto no qual outros desenvolvem a
aplicação.
 O negócio deve ser colocado na frente da tecnologia, a não ser que o seu negócio seja a
própria tecnologia! É muito tentador estar diante de uma tecnologia inovadora e tentar achar uma
aplicação para ela. Muito mais importante é começar pelos objetivos do negócio e trabalhar em
direção da tecnologia necessária para alavancar tal negócio. Primeiro devemos nos indagar o que
nós queremos fazer. Em seguida, devemos pensar como nós podemos fazê-lo? Finalmente,
devemos pensar em como a tecnologia deve nos ajudar?

1.2 Por que desenvolver SI?

Atualmente estamos inseridos num contexto de extrema mudança, onde a concorrência se torna
cada vez mais acirrada. O consumidor torna-se cada vez mais exigente em relação ao custo e a
qualidade do produto e dos serviços associados. O mercado agora é global e mais sensível, sendo
as alterações mais rápidas e representativas resultando como imperativa a importância da
informação como instrumento de impacto decisivo nas perspectivas de rentabilidade e
competitividade das empresas. Dentro deste cenário, a tecnologia da informação assume um papel
de suma importância, ao permitir, de forma rápida e simples, a extração, organização, análise e
circulação de informações necessárias a todos os níveis da empresa, em suporte aos objetivos
estratégicos.

Características da boa informação:


 Pertinência.
 Disponibilidade no tempo adequado.
 Precisão.
O Gerenciamento de Sistemas de Informação consiste no estudo, desenvolvimento e uso de SI
efetivos nas organizações. Estes sistemas devem ser considerados em 3 níveis: empresa, grupo de
trabalho e indivíduo (Tabela 1). Os SI envolvem diferentes tipos de pessoas, não só os gerentes. A
atividade de cada pessoa pode ser modelada como um processo de planejamento, organização e
controle.

Tipo Número de Usuários Perspectiva Funções


Pessoal 1 Individual Usuário
Usuário Operador
Usuário Desenvolvedor
Grupo de Trabalho Vários (<= 25) Departamento Usuários
Integram as atividades
Usuários Operadores
dos deptos.
Desenvolvedores
indivíduos
Profissionais
Empresa Vários Organização Usuários
Integram as atividades
Operadores Profissionais
dos departamentos
Desenvolvedores
Profissionais
Tabela 1. Níveis de SI

Os SI também podem ser classificados de acordo com a área funcional (marketing, finanças,
contabilidade) ou com o tipo de indústria (de serviços bancários, vendas a varejo, etc.).
Na Gerência de Produção, diversas técnicas recentes são baseadas em Sistemas de Informação.
Podem-se citar os seguintes exemplos:
 MRP (Planejamento de Requerimentos de Materiais) - SI computadorizado, que tem como
finalidade gerenciar o inventário de demanda dependente e programar os pedidos de
reposição de estoque.
 MRP II (Planejamento de Recursos da Manufatura) ou Closed Loop MRP. Extensão do
MRP, a qual inclui o planejamento da capacidade, finanças, controle dos operários e
compra.
 JIT (Just-in-Time) - filosofia organizacional que busca a excelência e tem como objetivo
eliminar todo o desperdício e melhorar a qualidade, proporcionando assim a redução de
custos e consequentemente alcançar uma maior participação no mercado (com a garantia da
qualidade)
 DRP (Planejamento dos Requerimentos da Distribuição) é utilizado para planejar quando e
em quantidades as unidades de manutenção de estoque, ou item de estoque, precisarão ser
repostas num período de tempo.
Historicamente, os SI estão mais ligados à tecnologia do que às pessoas ou aos procedimentos.
Contudo, a tendência é dar maior ênfase às pessoas e aos procedimentos. Ao invés de ver como uma
tecnologia se adapta aos negócios, o enfoque passa a ser na análise dos problemas da organização
(aprendizagem organizacional), que considera as maneiras efetivas de melhorar as organizações
em função de seus objetivos, usando ou não uma tecnologia de informática.
Outra questão chave é a reengenharia dos processos do negócio. Ao invés de considerar uma
organização, seus processos e estrutura como um dado fixo, os desenvolvedores de sistemas devem
pensar nos processos globais da organização. Os analistas de sistemas devem propor não somente
mudanças tecnológicas, mas sobretudo alterações na maneira de realizar as tarefas ênfase nos
negócios e no cliente.

1.3 Como implementar um SI


Qual o papel que você deve desempenhar no desenvolvimento dos SI?
 Desenvolver você mesmo.
 Contratar consultores externos.
 Trabalhar com um desenvolvedor profissional da própria empresa.
O que deve acontecer para que os SI sejam criados?
Alguns Passos:
 Aquisição de conhecimentos e busca de informação (conhecer as necessidades reais da
empresa).
 Projeto de planos de ação (metas a serem cumpridas).
 Decisão da melhor alternativa (análise econômica).
 Implantação e monitoramento da escolha.
Os SI bem sucedidos adicionam valor proporcionalmente aos seus custos, de diferentes maneiras:
 Ajuda as organizações ou indivíduos a melhorar os produtos ou os processos da
organização.
 Melhoria da qualidade.
 Auxilia a gerência, especialmente na tomada de decisões.
 Criar e solidificar vantagens comparativas.
1.4 Estruturação de Problemas
Quantidade de estrutura: quantidade necessária de julgamento e avaliação humana em cada
trabalho. Quanto mais estruturado for o processo, mais simples será automatizá-lo e mais estável
será o SI decorrente.
1.4.1 Problemas Estruturados
Predominam em operações ou transações, cujos processos de recuperação e controle de dados são
repetitivos. Exemplos: Sair com namorada ou retirar dinheiro do banco.
 Facilmente automatizados.
 Todos os dados relevantes são disponíveis.
 Necessitam de pouco julgamento ou avaliação.
Ambos podem ser, pois há certo conhecimento de causa!!!
1.4.2 Problemas Não-Estruturados
Exemplos: Escolher em qual banco abrir uma conta; azarar numa boate.
Situações difíceis, frequentemente únicas, com diversas facetas do mesmo problema.
 Alguns dados indisponíveis.
 Necessitam julgamento humano (criatividade).
 Dificilmente automatizados.
1.4.3 Problemas Semi-Estruturados
Exemplo: Escolher aplicação financeira; ser apresentado a uma garota. Criar o Sítio da UFSCar.
Algumas partes do problema podem ser resolvidas por modelos de decisão formais (automatizados).
O grau de estruturação NÃO é a complexidade do problema: Problemas complexos podem ser
decompostos !!!
1.5. Tipos de SI
1.5.1 Sistemas de Informação organizacionais
1. Sistemas de Processamento de Transações (SPT): referem-se a decisões estruturadas,
processos simples, mais altamente repetitivos, com grande volume de transações e com
necessidade de precisão e segurança. Exemplos: reserva de passagens, transações bancárias
e comerciais.
2.Sistemas de Informações Funcionais (SIF): decisões táticas referentes à cada área funcional da
empresa. Os problemas geralmente são semi-estruturados.
3.Sistemas de Planejamento de Recursos Empresarias (ERP): envolve problemas menos
estruturados, porém ainda com pouca flexibilidade de operações.
4.Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (CRM). Aplicado aos
problemas estruturados e semi-estruturados.
5.Sistemas de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (SCM). envolvem problemas pouco
estruturados, principalmente em se tratando de sistemas colaborativos.
6.Sistemas via Web.
1.5.2 Sistemas de Informação de Apoio à Tomada de Decisão
Geralmente sistemas dinâmicos, pois freqüentemente o entendimento da questão muda, bem como
as necessidades do problema. Envolvem problemas semi-estruturados e não estruturados.
1. Sistemas de apoio à decisão (SAD), por exemplo Sistema de Informação Geográfica (SIG).
Os SIGs são Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) usado para captura,
armazenagem, recuperação, análise e exibição de dados espaciais (Sistema Gerenciador de
Banco de Dados + Interface com referências geográficas).
2. Aplicações de SIG (Arc/Info, Arc/View, Transcad, etc):

o Análise de Mercado (Marketing)


o Localização de Instalações
o Roteamento de Veículos
o Gerência Ambiental
o Catástrofes (incêndios, ventos, inundações)
o Programação de Transportes
o Análise de Fenômenos sócio-econômicos
3. Sistemas de informação executiva (SIE): são utilizados pelos executivos seniores para obter
informações globais da organização. Apresentam os dados de maneira muito agregada,
sendo, porém, possível detalhar os dados ("drill-down"). => Visão estratégica.
4. Sistemas inteligentes.

1.6 Tecnologia de SI - Softwares ou Programas


1.6.1. Sistemas Operacionais
Inclui o sistema operacional propriamente dito (OS, Windows, Unix, etc.) e alguns utilitários do
sistema. Mercado de grande volume de vendas, poucos fornecedores, baixo preço.
1.6.2 Softwares para aplicações comuns (rotineiras)
Oferecem ferramentas e funções para resolver problemas de negócios comuns a maioria das
indústrias. Exemplos: editores de texto, planilhas, programas de apresentação, etc. São utilizados
sobretudo no nível de SI pessoais. Baixo preço, alto volume de vendas, somente grandes software-
houses.
1.6.3 Softwares para aplicações específicas
Atendem a necessidades específicas das empresas. Por exemplo, estoque de autopeças, sistemas
contábeis, sistemas de simulação para indústrias discretas, etc. Geralmente esses produtos também
são vendidos com serviços de consultoria e treinamento. Diversas Cias, alto preço, qualidade
desigual dos produtos. Trade-off: comprar ou fazer em casa?
1.6.4 Softwares específicos desenvolvidos na própria empresa
Geralmente apresentam custos e tempos de desenvolvimento elevados, porque são aplicados a uma
só companhia, não sendo possível, portanto, dividir os custos. Geralmente só devem ser
desenvolvidos quando não existem outras alternativas.

Alguns problemas quanto à implementação de uma solução de TI:


1) Estimativas de custo (às vezes de uma ordem de magnitude!!!) e prazo freqüentemente são
imprecisas. Custos de manutenção enormes!
2) Produtividade dos profissionais de engenharia de software não tem acompanhado a demanda
pelos seus serviços.
3) Qualidade de software freqüentemente inadequada. Insatisfação dos clientes => comunicação
fraca entre cliente e desenvolvedores.
1.7 Ciclo de Vida de SI
1.7.1 Clássico ou modelo em cascata
Um dos pontos fortes do modelo cascata está na ênfase dada a uma abordagem disciplinada, está na
definição da documentação em cada fase e está na recomendação de que todos produtos de cada
fase sejam formalmente revisados. Inerente a cada fase estão os procedimentos de verificação e
validação (incluindo testes). Grande parte do sucesso do modelo cascata está no fato dele ser
orientado para documentação. No entanto deve-se salientar que a documentação abrange mais do
que arquivo do tipo texto. Abrange representações gráficas e mesmo simulação. Uma abordagem
incorporando processos, métodos e ferramentas deverá ser utilizada pelos desenvolvedores de
software.
A sua estrutura é composta por várias etapas que são executadas de forma sistemática e seqüencial
(vide Figura 1).

Definição de
Requisitos

Projeto do
Sistema e do
Software

Implementação e
Testes Unitários

Problemas:
- Projetos reais raramente seguem o fluxo Integração e
seqüencial proposto. Teste do
Sistema
- Os requisitos iniciais são difíceis de serem
levantados.
- Resultado do trabalho só aparece no final Operação e
=> possibilidade de erros Manutenção

Figura 1. Modelo Clássico.

1.7.2 Prototipagem
Útil quando o cliente conhece os objetivos gerais do sistema, mas não especificou detalhadamente
os requisitos de entrada, processamento e saída.
Tipos de protótipo:
I) retrata a interação homem-máquina para capacitar o usuário a entender o sistema
II) Protótipo de trabalho que implementa algum subconjunto das funções exigidas pelo software.
III) Programa existente que executa parte ou toda a função, mas que tem outras características a
serem melhoradas.
Idealmente, o protótipo serve como um mecanismo para identificar os requisitos do software.
Questão: jogar fora ou não o protótipo. O cliente acha que não, freqüentemente o protótipo entra em
produção, mesmo com uma qualidade global baixa e difícil manutenção. Outro problema: utilização
de funções e programas pouco eficazes.

1.7.3 Modelo espiral


Levam em consideração as melhores características dos modelos em cascata e de prototipação,
incluindo também a análise de riscos.
O modelo espiral é apresentado na Figura 2.
Figura 2. Modelo Espiral Completo.

Etapas:
1) Planejamento: determinação dos objetivos, alternativas e restrições.
2) Análise de alternativas e dos riscos.
3) Engenharia: desenvolvimento do produto.
4) Avaliação pelo cliente.
Cada giro ao redor da espiral leva o desenvolvedor para fora numa direção de um modelo mais
completo do sistema.
- Abordagem mais realística para o desenvolvimento de programas e de sofware de grande escala
=> abordagem evolucionária e interativa.

1.8 Características dos programas de SI


1.8.1 Reusabilidade
Característica essencial de um software de alta qualidade. O componente deve ser projetado e
implementado de forma que possa ser reusado em muitos programas diferentes. Um componente
engloba dados e processamento num único pacote (chamado de objeto ou classe), possibilitando que
o engenheiro de software crie novas aplicações a partir de partes reusáveis (exemplos: menus,
botões, etc).
1.8.2 Abordagem Sistêmica
A ênfase do projeto ou da análise de um Sistema deve ser centrada na função, a estrutura deve ser
considerada num segundo plano. A informação essencial é o que ele faz e não como ele faz.
A utilização da Abordagem Sistêmica no projeto de novos sistemas ou para a reengenharia permite
que utilizemos subsistemas sem se preocupar com sua estrutura interna.
Se as relações entre os subsistemas são suficientemente estáveis de tal forma que o comportamento
dos subsistemas seja bem conhecido e que possam ser feitas predições sobre os seus outputs, então
teremos subsistemas do tipo caixa-preta. (Orientação a Objetos)
A análise global de um sistema complexo pode ser facilitada dividindo-o em sub-sistemas,
mais simples a compreender e a analisar. Este processo chama-se Decomposição Hierárquica
ou Explosão de Processos. Inicialmente analisamos o sistema global, identificando seus
componentes principais e seus objetivos. Em seguida, fazemos a mesma análise para cada um de
seus sub-sistemas. Exemplo: Detectar um problema no carro.
A Decomposição Hierárquica pode ser útil no projeto do sistema, tomando inicialmente uma visão
global do sistema e então identificando os componentes. Esta abordagem é conhecida como
Abordagem top-down, sendo útil para construir sistemas bem integrados e fáceis de manter.
 Facilita a divisão do trabalho durante o desenvolvimento (pois o indivíduo conhece as
interfaces com outros sistemas).
 Durante a operação, os problemas podem ser isolados.

2. PROCESSAMENTO DE DADOS

Primeiro, como um dado pode ser representado?


Bites => Bytes => Campos => Registros => Arquivos (tabelas)
 Campos: Nome Empregado, Endereço
 Registros: Coleção de campos de um empregado
 Arquivo: Coleção de registros de todos os empregados
2.1 Processamento de dados por arquivo
Os registros (dados) são guardados em diversos arquivos e diversos programas são escritos para
extrair e adicionar registros nos arquivos apropriados.
Situação problema: Deseja-se construir tabelas para uma empresa para cadastrar seus
equipamentos e os responsáveis por estes equipamentos. Um equipamento só tem um responsável,
mas um funcionário pode ser o responsável por diversos equipamentos.
Uma solução possível seria construir um sistema com dados do empregado, outro com dados do
hardware, como abaixo:
 Empregado.Id , Empregado.Nome, Empregado.Telefone, Empregado.Salario.
 Hardware.Série, Hardware.Descrição, Empregado.Id, Empregado.Nome,
Empregado.Telefone.
Esta solução tem os seguintes inconvenientes:
I) Duplicação de informações (Empregado.Id , Empregado.Nome, Empregado.Telefone): o espaço
de armazenamento é duplicado e a manutenção do sistema torna-se mais complicada => falta
integridade de dados.
II) Dificuldade de cruzar informações de diferentes arquivos. Se o usuário desejar construir um
relatório mostrando os equipamentos que o empregado José usa, então ele deve:
a) Abrir arquivo de empregado e localizar Empregado.Nome e Empregado.Id.
b) Abrir arquivo de hardware. Percorrer todos os registros para verificar o Empregado.Id
(Demorado), ou
c) Duplicar todos os registros de hardware na tabela empregado (custoso !).
Desvantagens do Sistema de Processamento de Arquivos:
1) Redundância e Inconsistência de Dados;
 Formatos de dados diferentes (linguagens, programadores).
 Duplicação de informações.
Conseqüências:
- Custos elevados de armazenagem e recuperação de informações.
- Inconsistência de dados.
2) Dificuldade de acesso aos dados;
3) Isolamento de dados;
 Recuperação difícil dos dados
4) Anomalias de acesso concorrente (vários usuários acessando ao mesmo tempo a mesma
informação => Exemplo de sistema de reservas de passagem);
5) Problema de segurança => autorizações;
6) Problemas de integridade: Saque máximo num terminal. Como garantir com dados de diferentes
arquivos?
2.2 Processamento de dados seqüencial
Processa e armazena dados (ordenados) em seqüência. Forma antiga de processamento, pode ser
útil em processos "Batch", como folha de pagamentos e compensação de cheques. Os dados podem
ser armazenados em discos ou tapes.
2.3 Processamento de dados por acesso direto
Sistemas on-line (acesso imediato aos dados). Utilizam índices para localizar o dado: dois arquivos
separados, um com os dados, outro com o índice (aumenta o processamento e a armazenagem). Os
sistemas por acesso direto são usados na maioria das aplicações de computadores pessoais (arquivos
DOS, por exemplo), mas o usuário não precisa se preocupar com a criação ou manutenção de
índices.
2.4 Processamento de dados por Bancos de Dados (BD)
BD: coleção auto-explicativa de registros integrados. Reduz duplicação de dados e facilita a
manutenção dos dados.
 Auto-explicativa: contém um diretório (dicionário) do seu conteúdo (Exemplo: catálogo da
biblioteca).
 Integrada: um BD pode conter diversos arquivos (chamada de tabelas).
Exemplo de tabelas (relacionais):
Empregado.Id , Empregado.Nome, Empregado.Telefone, Empregado.Salario.
Hardware. Serie, Hardware.Descrição, Empregado.Id: Chave estrangeira (ponteiro para o
registro da tabela empregado).
2.5 SGBD (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados)
Definição: coleção de dados inter-relacionados (banco de dados) e um conjunto de programas para
acessá-los.
Objetivos:
 Prover um ambiente adequado e eficiente para recuperar e armazenar informações do banco
de dados.
 O gerenciamento envolve a definição de estruturas para armazenamento de informações e o
fornecimento de mecanismos para manipulá-las. O SGBD precisa também fornecer
segurança das informações armazenadas (por exemplo, queda do sistema ou impedir acesso
não-autorizado).
 A importância das informações e o conseqüente valor dos BD têm orientado o
desenvolvimento de conceitos e técnicas para o gerenciamento eficiente de dados.

EXERCÍCIOS

Questão I: Maria, gerente da queijaria Vanessa, gostaria de saber qual será o tipo de queijo que
proporcionará maior lucro em cada uma de suas 3 fábricas para os próximos 3 anos, por mês, para
avaliar possível investimento futuro. Para verificar isso, ela começou a recolher diversos dados do
ano de 2008 e dados atuais, como as faturas de venda de cada queijo, as notas de compra dos
fornecedores de matérias-primas, o consumo mensal de eletricidade da Fazenda Boa Esperança e o
índice de variação das mensalidades escolares da cidade de Sorocaba, entre muitos outros dados.
Eram tantas as informações que ela não conseguiu obter nenhuma conclusão pertinente. Felizmente
o seu sobrinho Astolfo, excelente aluno da Engenharia de Produção da UFSCar-Campus Sorocaba,
se prontificou a criar um sistema de informações para ajudar a tia.
1. Qual o tipo de Sistema de Informações que deverá ser criado? Justifique.
2. Quais são as principais informações que este sistema deve conter?

Questão II: Marta é a Secretária de Cultura de Sorocaba. Existem bibliotecas municipais nos
bairros do Mangal, Jardim Paulistano e Campolim. Moradores de outros bairros, como Itaguatinga
ou Vanel, reclamam da distância destas bibliotecas. Contudo o prefeito não sabe se o custo de
instalação de novas bibliotecas justificaria a utilidade destas. Marta gostaria de um Sistema de
Informação para auxiliá-la nesta escolha.
1. Quais são as principais informações que o sistema deverá conter para auxiliar Marta?
2. Qual o tipo de Sistema de Informação mais adequado para Marta?

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