Administração de Bibliotecas
Administração de Bibliotecas
Administração de Bibliotecas
Aula 15
Biblioteconomia
Biblioteconomia p/para o Senado
Senado Federal
Federal (Analista Legislativo - Biblioteconomia) - 2019 1
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www.estrategiaconcursos.com.br 140
00287239373 - Marcia Brito
Janaina
Prof.ª Costa
JANAÍNA COSTA.
Aula
Aula 15
15 Administração e Organização de Bibliotecas.
1272774
Então, pessoal, estamos quase no fim do nosso curso de revisão pré-edital, fizemos, basica-
mente, um estudo do edital anterior do Senado Federal para o cargo de Bibliotecário do ano de 2012.
No edital em tela existe a ocorrência recorrente da seguinte bibliografia:
MACIEL, A. C.; MENDONÇA, M. A. R. Bibliotecas como organizações. 1. ed. rev. Rio de Janeiro: Interci-
ência; Niterói: Intertexto, 2006.
Sabendo que não podemos deixar de lado essa revisão, mesmo que direcionemos nosso foco
em prol de atualizar nosso estudo, vou propor um esquema para adiantar essa parte e podermos men-
cionar outros tópicos mais atualizados sobre o assunto.
FUNÇÕES E
BIBLIOTECAS COMO O PLANEJAMENTO MODELAGEM DA
AGRUPAMENTO DE
ORGANIZAÇÕES ESTRATÉGICO ORGANIZAÇÃO
FUNÇÕES
DEFINIÇÃO,
ESCOLAS DA FORMAÇÃO DE
FINALIDADE E ORGANOGRAMA
ADMINISTRAÇÃO ACERVOS
PERIODICIDADE
CRITÉRIOS DE
ORGANIZAÇÃO E
DINAMIZAÇÃO COLETA E FUNCIONOGRAMA
MÉTODOS
APRESENTAÇÃO
GERENCIAIS FLUXOGRAMA
NOVOS MODELOS
GERENCIAIS
ESCOLA CLÁSSICA
Estudo das atividades a fim
de alcançar objetivos
A atribuição de
responsabilidades e a
autoridade andam juntas
Insere um itinerário de
comando
Teoria das Relações Humanas: como o próprio nome já indica, sua ênfase estava nas pessoas.
Iniciada a partir da experiência de Hawthorne (análise das relações da produtividade com a ilu-
minação da fábrica de equipamentos eletrônicos de Hawthorne), defendia um enfoque na or-
ganização informal, na comunicação, liderança, motivação e dinâmicas de grupo.
Teoria Burocrática (Weber): com ênfase na estrutura, tinha como objetivo a racionalidade or-
ganizacional e a organização formal (baseada em regras e normas). Focava na organização in-
teira. Apresentava muita rigidez e lentidão, apesar de ter como vantagens a consistência e a
eficiência.
Teoria Estruturalista: apresenta ênfase tanto na estrutura como no ambiente. Sendo assim, ela
tem uma abordagem plural que observa a organização, tanto no seu aspecto formal quanto in-
formal, e também o ambiente e como a organização interage e aprende com ele.
Teoria Neoclássica: ênfase na estrutura. Sustenta-se na prática da Administração, na reafirma-
ção dos princípios da Teoria Clássica e gerais da Administração, porém de forma redimensiona-
da.
ESCOLA DE SISTEMAS
Enfatiza as redes de
informação e os dispositivos
de comunicação
Escola de Sistemas
Destaca a importância das
interações dentro e fora da
organização
ESCOLA DE SISTEMAS
Enfatiza a flexibilidade e a
adaptação ao meio
1. CLDF/FCC/2018 – A teoria de Administração que conceituou sua visão do ser humano como
“homem organizacional” é a:
(A) De Relações Humanas.
(B) Estruturalista.
(C) Clássica.
(D) De Administração Científica.
(E) Comportamental.
Resposta: alternativa B.
Comentários à questão:
Apesar de identificarmos na questão mais de uma resposta possível, temos que ter em
mente que as autoras Maciel e Mendonça englobam todas as escolas de administração
anteriores na teoria estruturalista. Esse macete é importante e quase imperceptível no
livro. De todas as alternativas a mais completa é a estruturalista. Ela abarca relações
humanas, administração científica, teoria da burocracia e apresenta um aporte mais
profissional e agregador às diversas experimentações feitas anteriormente.
1
MACIEL, A. C.; MENDONÇA, M. A. R. Bibliotecas como organização. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
2
VERGUEIRO, W. Desenvolvimento de coleções. São Paulo: Polis, 1998.
3
VERGUEIRO, W. Seleção de materiais de informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995.
4
_______. Seleção de materiais de informação. 2. ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2010.
5
ANDRADE, D.; VERGUEIRO, W. Aquisição de materiais de informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996.
6
VERGUEIRO, W. Qualidade em serviços de informação. São Paulo: Arte & Ciência, 2002.
7
LANCASTER, F. W. Avaliação de bibliotecas e serviços de informação. Brasília: Briquet de Lemos, 2004.
8
FIGUEIREDO, N. M. de. Desenvolvimento e avaliação de coleções. Brasília: Thesaurus, 1998.
9
FIGUEIREDO, N. M. de. Estudo de usos e usuários de informação. Brasília: IBICT, 1994.
Envolve, Envolve,
primariamente, os complementarmente, a
propósitos do ORGANIZAÇÃO MÉTODOS definição e/ou redefinição
empreendimento dos processos e métodos
(=O) de trabalho, mecanizados
ou não, indispensáveis à
efetividade organizacional
(=M).
A função de O&M, assim, tem como objetivo final a renovação organiza-cional, através da
manipulação da empresa como um sistema social aberto, em permanente sintonia com as demandas
de seus ambientes externo e/ou interno (MACIEL; MENDONÇA, 2006).
A vinculação que resultou O&M é clara […] (MACIEL; MENDONÇA, 2006). Para ilustrar o
encaminhamento adotado relacionam-se a seguir algumas atividades de O&M em bibliotecas (MACIEL;
MENDONÇA, 2006):
Organização ou reorganização estrutural e/ou funcional ... Inclui neste nível todos os estudos e
atividades implícitas ao processo de análise, planejamento e operacionalização de unidades de
informação.
Elaboração e/ou revisão de instrumentos executivos ... Tanto os normativos (manuais de
serviço, instruções, regulamentos, etc.), como os complementos (fluxogramas, formulários de
serviço, etc.).
Racionalização dos métodos, processos e rotinas de trabalho ... Adotados pela biblioteca para
operacionalizar todas as funções internas e externas, eliminar tarefas desnecessárias, melhorar
o nível de eficácia e, eliminar o desperdício.
Implantação de projetos de lay-out ... Inclui estudos e testes para aproveitamento e melhoria
de espaço físico onde se desenvolvem todas as funções meio e, também, o espaço de aten-
dimento ao usuário: funções fim.
Desenvolvimento de estudos e projetos especiais ... envolvendo a biblioteca. Envolvem a
criação de novos serviços e setores, desde que devidamente sintonizados com o objetivo geral
do sistema.
Promoção de estudos da ambiência da biblioteca, tanto interna quanto externa como forma de
identificar demandas, interesses e necessidades da comunidade. Analisam a ocorrência de
novos mercados para a biblioteca como forma de vislumbrar novas possibilidades de serviços e
produtos.
Supervisão da observância dos regulamentos, dos manuais de serviços, dos índices de produ-
tividade dos serviços e/ou funcionários, do alcance de metas, objetivos, etc.
Conscientização das pessoas (recursos humanos) para a importância de sua participação em
ações de qualidade e produtividade e nos programas de melhoria contínua dos processos de
trabalho.
Facilitação do processo decisório.
Então, essas são as definições de administração e organização de bibliotecas. Agora iremos aden-
trar nas funções da biblioteca.
O conceito de gestão da qualidade total (Total Quality Management TQM) no âmbito das bibli-
otecas é relativamente recente, no entanto, alguns profissionais em nossa área vêm se preocupando
em investigar as possibilidades de interação entre seus conceitos básicos e a visão filosófica que encer-
ra. García-Morales (1995, p. 9) resume os requisitos básicos da gestão da qualidade total em quatro
tópicos.
Implantação de
Conhecimento
métodos Melhora na
Conhecimento e normalização
objetivos e gestão interna
de mercado de processos
medidas de da organização
de trabalho
avaliação
Uma estrutura organizacional matricial é apropriada para bibliotecas que pretendem ganhar
benefícios divisionais e manter a especialidade técnica das unidades funcionais.
Sobre estrutura verticalizada, horizontalizada e matricial, esses conceitos caem mais em re-
lação às vantagens e desvantagens de cada estrutura.
A relação verticalizada significa uma decisão centralizada, existem vários elos sob uma
única coordenação, o que dificulta a autonomia, a motivação e o auto-desenvolvimento.
Também existe perda significativa de informações e comunicação e são encontradas em
modelos de liderança autocráticos ou autoritários.
A estrutura matricial, temos que a organização apresenta uma distribuição harmônica tanto em
sua amplitude horizontal quanto vertical. Portanto, encontram-se em configuração de ‘blocos’ unifor-
mes, na qual cada caixinha da configuração é conhecida e usada estrategicamente. Portanto, não basta
certa amplitude vertical ou horizontal para configurar a matricial, e sim uma integração, em que se
gradua as matriciais em fraca, forte, composta ou balanceada. Outras aplicações à estrutura matricial
são o escritório de projetos, a força tarefa e projetos ligados horizontalmente.
1
1.1
2.1 2.2 2.3 2.4 2.N
(Amplitude Média)
1.1
2.1.1.n
Função é o elemento fundamental por meio da qual se concretiza as suas metas = percep-
ção analítica das atividades fundamentais das partes componentes de um todo, a fim de
permitir a compatibilização e a coordenação de esforços. A função está para a estrutura or-
ganizacional, assim como o cargo e as atividades estão para pessoas.
Veja que a estrutura de uma organização difere de sua configuração. Exemplo disso é que uma
organização pode ter uma estrutura matricial e uma configuração de departamentalização mista. Na
prática, a maior parte das organizações utilizam uma departamentalização combinada, ou mista apro-
veitando total ou parcialmente as formas de organização a seguir:
Funções gerenciais
O administrador (ou o gerente) é visto, geralmente, como aquele que planeja, organiza, di-
rige, coordena e avalia. É um processo ininterrupto, segundo Pires e Gaspar (1981), constituído
por atividades interligadas, justapostas e contínuas, não obedecendo a nenhuma ordem hierárqui-
ca.
Planejamento
Planejar, portanto, seria preparar bem cada ação, ou organizar adequadamente um conjun-
to de ações interdependentes. Mas não é só isto. Planejar é também acompanhar a ação, é não
improvisar na solução de problemas que surgem quando as decisões se mostram erradas. Os pro-
fissionais encarregados do planejamento das ações não podem desvincular-se de seus resultados.
Planejar consiste, portanto, em preparar e organizar bem a ação necessária ao alcance dos objeti-
vos fixados, somando ao seu acompanhamento e revisão para confirmar ou corrigir o que foi deci-
dido anteriormente. Desdobra-se o trabalho de planejamento em três dimensões: preparo do
plano de trabalho, acompanhamento das ações programadas e revisão crítica dos resultados ob-
tidos. Enfatiza-se que essas três fases devem se seguir necessariamente, dando ao planejamento o
caráter que os teóricos gostam de ressaltar: planejamento é um processo e, como todo bom pro-
cesso, ele é ininterrupto (FERREIRA, 1983).
Análise e reflexão;
Decisão e montagem;
Ação;
Revisão ou crítica.
Planejamento é processo que antecede a ação, exige reflexão e auxilia a tomada de deci-
são.
Planejar unidades de informação seguindo estes preceitos, implica, primeiramente, em ca-
racterizar a ambiência relativa à unidade de informação que se pretende implantar ou avaliar. Isso
inclui a análise do seu contexto externo, que abriga e justifica a existência da biblioteca, e do seu
contexto interno (quando ela já existe): esquema de organização adotado, recursos que a com-
põem, qualidade dos serviços e produtos etc. Tais dados e informações permitem o seu diagnósti-
co, a base de atuação de quem planeja.
Organização
Definir a missão e os objetivos implica, portanto, em definir o próprio sistema. Quais são as
entradas necessárias? Qual o processamento adequando para a obtenção das saídas – produtos e
serviços – que se pretende? Cumpre agora estabelecer a estrutura organizacional da unidade de
informação que se planeja, ou seja, determinar as funções (seleção, aquisição, processamento téc-
nico, referência etc.) necessárias ao alcance dos objetivos e metas traçados anteriormente, quais
os componentes (indivíduos, coleções, mobiliário, equipamentos, lay-out, recursos de capital etc.)
e qual a melhor configuração para que essa estrutura atinja os alvos estabelecidos.
Chegamos, portanto, ao eixo central de interesse e todo o trabalho que vimos desenvolven-
do: o estudo e a proposta de uma organização básica a uma unidade de informação.
Direção
Enquanto líder, o gerente deve, necessariamente, saber e conhecer a ambiência para iden-
tificar demandas e, a estrutura organizacional da instituição, em detalhes, para facilitar a imple-
mentação de novas ações, projetos etc., ou seja, é necessário que ele participe integralmente do
processo gerencial, desde o estabelecimento das metas até a sua concretização, ou não. Nada de
“torres de marfim” nada de “aquários” isolados de crepitar dos usuários. Já foi demonstrado que a
gerência impositiva não leva a resultados satisfatórios. É essencial que ele saiba integrar a sua
equipe na menor tomada de decisão, de modo que todos se sintam representados na decisão to-
mada.
Gerência é, portanto, tudo o que foi dito e muito mais, pois o gerente realmente eficaz é
aquele que, paradoxalmente, não faz falta quando se ausenta. Ele soube formar substitutos, ele
documentou todas as suas ações e mantém atualizados seus arquivos. Ele soube treinar sua equipe
e oferecer oportunidades de aperfeiçoamento a todos seus subordinados. Ele soube, em suma,
incorporar o espirito da organização.
Controle
P •PLANEJAR
O •ORGANIZAR
D •DIRIGIR
C •CONTROLAR
Nas questões de concurso estas funções aparecem com suas definições o que deman-
dam do candidato a capacidade em categorizá-las e discernir entre si suas diferenças.
Outra modalidade de questões que podem surgir são as situações hipotéticas em que se
pede ao candidato indicar o tipo de função em que a situação se insere.
2. Ano: 2018 Banca: IDECAN Órgão: AGU Prova: IDECAN - 2018 - AGU - Bibliotecário Ao
abordaras funções gerenciais necessárias ao bibliotecário, elas estão divididas em três,
que compõem o processo gerencial. São elas planejamento, direção e
(A) Responsabilização.
(B) Decisão.
(C) Controle.
(D) Coordenação.
(E) Reflexão.
Resposta: alternativa C.
Comentários à questão:
Sabemos que existem quatro funções gerenciais, conforme o estudo anterior, porém a
questão quis complicar a vida dos candidatos mencionando três especificamente. Nas
alternativas, somente poderia ter ou organização ou controle, caso contrário, a questão
seria passível de anulação. Neste caso, temos quatro funções gerenciais tradicionais:
planejamento, organização, direção e controle - PODC.
Funções interpessoais
No caso de representante da organização: a recepção aos visitantes, que podem ser exter-
nos ou mesmo internos à organização (diretores, reitores, prefeitos etc., dependendo do ti-
po e dos vínculos da biblioteca), participação em solenidades oficiais, almoços comemorati-
vos, recepção a funcionários recém-ingressados, estagiários etc.;
No caso de líder e responsável pelo trabalho de seus subordinados, o gerente se incumbiria:
do treinamento de seu pessoal, de incentivos ao aperfeiçoamento de seu staff, de esclare-
cer a estrutura e os objetivos da organização a sua equipe, e mais todos os requisitos já
mencionados durante a abordagem clássica da função direção;
No caso de realizador de contatos: estabelecer uma rede de contatos com seus pares (den-
tro e fora da biblioteca), com pessoas chave integrantes da ambiência da mesma, (gerentes
ou representantes de entidades organizacionais com as quais a biblioteca interage na busca
de seus objetivos), com superiores, com entidades de classe etc., visando obter informações
que irão constituir seu próprio sistema de informações.
Funções informacionais
As funções informacionais estão diretamente ligadas às informações recebidas e recolhidas
pelo gerente com a finalidade de se inteirar do que acontece na organização e, posteriormente,
transmiti-las aos subordinados. Pode assumir a função de porta-voz da organização. Exercendo as
funções informacionais o gerente representa os seguintes papéis:
Bibliotecário/
Papel organizacional
Gerente
As funções decisórias relacionam-se às tarefas de tomar decisões, seja através das ativida-
des de planejamento, como solucionador de problemas, ou alocador de recursos ou ainda nego-
ciador. Prováveis pontos de tomadas de decisão com que se defronta o bibliotecário no exercício
da maioria das funções sob seu comando, já foram apontados no decorrer do presente trabalho.
3. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: AL-RO Prova: FGV - 2018 - AL-RO - Analista Legislativo - Bi-
blioteconomia Considere o fragmento de texto a seguir:
“As funções gerenciais estão relacionadas às atividades que mantêm as Unidades de Informação
funcionando satisfatoriamente, quais sejam: planejamento, organização, __________ controle e
__________. A função gerencial de __________ é determinante para a eficácia das demais fun-
ções”. Assinale a opção que apresenta, na sequência correta, os termos que completam as lacunas
deste fragmento.
4. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: CESPE - 2018 - IPHAN - Técnico I - Área 5 A
estrutura organizacional das bibliotecas pode ser sistematizada em três grandes áreas,
que dizem respeito a suas funções biblioteconômicas. Acerca de tais funções, julgue o
item que segue.
Entre os tipos de função biblioteconômica, incluem-se as atividades gerenciais, que visam efeti-
var e direcionar as outras funções para o cumprimento dos objetivos institucionais.
Resposta: CERTO.
-- GRÁFICOS DA ORGANIZAÇÃO --
Os gráficos poderão ser utilizados pelo gerente de unidade de informação para representar, de
maneira imediata e clara, a estrutura da organização sob sua responsabilidade; seus diversos ór-
gãos de comando, hierarquias, relações mútuas, funções, processos internos de trabalho, etc. A
finalidade dos gráficos, de um modo geral, é informar, esclarecer de pronto, sobre a organização,
mesmo a pessoas alheias, assim como permitir, a quem interessar possa, a análise e o estudo dos
princípios de funcionamento dessa mesma organização. Para isso, eles precisam ser: simples, cla-
ros, precisos (reais e atualizados), além de, na medida do possível, observar a estética na sua apre-
sentação. Embora sejam inúmeros os gráficos de organização, os mais utilizados na área de Biblio-
teconomia são os organogramas, funcionogramas e fluxogramas.
ORGANOGRAMAS
CENTRO DE DOCU-
EMTAÇÃO DIREÇÃO
SECRETARIA
DIVISÃO DE PESQUI-
DIVISÃO DE SERVI-
SA E CIRCULAÇÃO
ÇOS TÉCNICOS
REFERÊNCIA E CIRCULAÇÃO E
SELEÇÃO E DIVULGAÇÃO COMUTAÇÃO
ANÁLISE
AQUISIÇÃO DOCUMEN-
TAL
C
Este gráfico representa uma estrutura em três níveis: uma direção, duas divisões e quatro
seções. As unidades estão ligadas por linhas verticais, que determinam sistema de subordinação.
U
M
Biblioteconomia p/ Senado Federal (Analista Legislativo - Biblioteconomia) - 2019
ANALISTA LEGISLATIVO - BIBLIOTECONOMIA
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Janaina
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Aula
Aula 15
15 Administração e Organização de Bibliotecas.
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É interessante colocar lado a lado os órgãos cujas atividades requerem ligações de cooperação,
pois estas, mesmo não sendo representadas graficamente, serão insinuadas através desta disposi-
ção.
DIREÇÃO
ASSESSORIA SECRETARIA
SEÇÃO A1 SEÇÃO B1
IÇÃO IÇÃO SEÇÃO C1
IÇÃO
SEÇÃO A2
SEÇÃO B2
IÇÃO SEÇÃO C2
IÇÃO
IÇÃO
DIREÇÃO
DEFICIENTES
PÚBLICO GERAL ESTUDANTES INFANTO JUVENIL
VISUAIS
DIREÇÃO
DIREÇÃO
BIBLIOTECA DIRE-
ÇÃO
Símbolos do Organograma
FUNCIONOGRAMAS
FLUXOGRAMAS
São gráficos que procuram representar, de maneira dinâmica e analítica, a sequência lógica
das fases, etapas ou passos de um trabalho desenvolvidos dentro de uma organização, por meio
de determinada simbologia. Apresentam como finalidade, colocar em evidência a sequência de
um trabalho, de modo que haja uma visão clara da execução de suas fases, permitindo assim a
análise sobre o mesmo, com o intuito de melhorá-lo, racionalizando procedimentos e recursos
humanos e materiais (ROCHA, 1985, P. 95). O fluxograma permite essencialmente, a indicação das
tarefas e operações implícitas em casa atividade. Não indica as distâncias, os tempos e os volumes
correspondentes a cada operação.
TIPOS DE CONFIGURAÇÃO
Critérios Características
COMENTÁRIO: Conforme vimos na teoria, o gráfico que representa sequência de fases e etapas é
o Fluxograma. Resposta: Letra D.
6. Ano: 2016 Banca: IF-PE Órgão: IF-PE Prova: Bibliotecário Documentarista A representa-
ção dinâmica e analítica, e a sequência lógica das fases – etapas ou passos de um traba-
lho desenvolvido dentro de organização por meio de gráficos e determinada simbologia –
é declarada como
a) organograma.
b) funcionograma.
c) cronograma.
d) fluxograma.
e) organograma funcional.
COMENTÁRIO: Mais uma questão do mesmo ano (2016) que trata do gráfico de sequência de
fases e etapas, que é o Fluxograma. Resposta: Letra D.
7. Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: MPE-SC Prova: Analista – Biblioteconomia Analise o
texto abaixo:
a) layout • organograma
b) layout • funcionograma
c) funcionograma • organograma
d) organograma • funcionograma
e) gráfico de processamento • organograma
8. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: AL-MS Prova: Biblioteconomista. Considere o organogra-
ma abaixo.
COMENTÁRIO: Esse tipo de relação em organogramas é aquele que integra órgãos e atividades
relacionadas. Resposta: Letra A.
9. Ano: 2015 Banca: FCC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: Analista Judiciário - Bibliote-
conomia Analise os dois agrupamentos abaixo, relacionando, respectivamente, a concei-
tos correntemente utilizados em administração e suas definições:
I. Organização formal.
II. Organização informal.
III. Cultura organizacional.
IV. Clima organizacional.
A ORGANIZAÇÃO INFORMAL
Como distinguir missão, visão, valores e fatores críticos de sucesso? A missão sempre esta-
rá com um verbo no infinitivo: ATENDER ... porém, apresenta um posicionamento formal, e não
estratégico (VISÃO), da realidade da organização. A missão aparece nos regimentos, regulamentos
e documentos gerenciais. A missão é um instrumento formal que caracteriza a atividade organiza-
cional para fins fiscais, tributários, trabalhistas, etc. A visão também pode apresentar um verbo no
infinitivo, mas logo apresentará metas e objetivos implicados na oração. É a materialização da es-
tratégia e posicionamento no mercado. Dificilmente, uma organização com alta competitividade
irá expressar abertamente sua estratégia de negócio na missão. Ela vai fazer isso na sua visão do
negócio. É aquela máxima, “não entregar o ouro de primeira” ... A visão estratégica é o rumo que
se deve tomar para crescer e se diferenciar em valor ao cliente. “O céu é o limite” neste caso. Ima-
gine a visão de negócio da Garoto e da Kopenhagen? As duas podem apresentar missões muito
parecidas relacionadas a produtos alimentícios, porém a visão de mercado das duas são comple-
tamente diferentes:
A) Avaliação.
B) Controle.
C) Organização.
D) Planejamento.
E) Direção.
Resposta: alternativa E.
Observe que comando é um sinônimo para direção; quando se têm uma liderança
ninguém está desgovernado; descoordenado; ou a ’tropa está sem comando’. Veja que
existe uma alta recorrência das questões de situações hipotéticas para distinguir as
funções básicas da administração.
---
POLÍTICA DO ACERVO
A FUNÇÃO SELEÇÃO
A função seleção implementa o que está formalizado na política do acervo. É uma das fun-
ções responsáveis pela formação e desenvolvimento das coleções que irão compor o acervo: quan-
to à forma – periódicos, livros, etc.; como o conteúdo – assuntos de interesse, nível de cobertura,
etc.
AQUISIÇÃO
AVALIAÇÃO
DESBASTAMENTO
O QUE É DESBASTAMENTO: Depreende-se então que existe uma diferença entre desbasta-
mento e descarte. O desbastamento consiste na retirada de documentos pouco utilizados pelos
usuários, de uma coleção de uso frequente para outros locais – os depósitos especialmente criados
para abrigar este material de consultas eventuais – Já o descarte, consiste na retirada definitiva do
material do acervo da biblioteca, com a correspondente baixa nos arquivos de registro da mesma.
• MANUTENÇÃO de exemplares de uso frequente nas estantes daqueles que foram retirados ou
transferidos;
Os processos
técnicos são
O CATÁLOGO E BASE DE
pautados nos
usuários do
O ARRANJO DADOS
sistema
CATALOGAÇÃO METADADOS
ARRANJO E
RECUPERAÇÃO
PROCESSO
CLASSIFICAÇÃO
TÉCNICO
ANÁLISE DA
INFORMAÇÃO
INDEXAÇÃO RECUPERAÇÃO
O processamento técnico é
função de maior importância,
ORGANIZAÇÃO - e preparo do acervo
pois do seu bom desempe-
nho vai depender a recupera-
ção das informações e das
próprias fontes. É ela que •do uso de remissivas
DECISÃO
indica e até amplia a busca do
leitor, se utiliza de terminolo-
gia adequada e cruzamentos
oportunos. É através dela que ARRANJO E •do catálogo
ORGANIZAÇÃO
se estabelecem catálogos,
bases e demais recursos.
•de um programa de cooperação
ADOÇÃO
As atividades implícitas na função processamento técnico serão exercidas com maior eficá-
cia se contarem com o apoio dos seguintes REQUISITOS:
Treinamento do Supervisão e
Esquema de controle
pessoal que atua no manutenção do
da terminologia
setor visando agilidade arranjo do catálogo
Composição de
fluxogramas e Controle estatístico da Disponibilização do
treinamento constante produtividade do setor catálogo on-line
do pessoal
Temperatura
GUARDA
CONSERVAÇÃO
Ventilação
Compatibilidade com
MOBILIÁRIO as necessidades de
cada coleção
Iluminação
Catálogo topográfico
ARMAZENAGEM
INSTRUMENTOS
Kardex
Ações necessárias de
RECURSOS
conservação do
ORÇAMENTÁRIOS
acervo
REFERÊNCIA
•Incluindo as atividades voltadas para a divulgação da biblioteca, orientação e
auxílio ao usuário;
•Promoção de eventos e oferecimento de produtos e serviços.
CIRCULAÇÃO
•Incluindo todas as formas de circulação de documentos, desde a simples consulta,
até a circulação dirigida.
•Inclui empréstimo, devolução, renovação e reserva.
REPRODUÇÃO
•Inclui a possibilidade de obtenção e oferecimento de cópias de documentos aos
usuários.
•Inclui COMUTAÇÃO, DIGITALIZAÇÃO e REPROGRAFIA.
Divulgação
DINAMIZAÇÃO REFERÊNCIA
Orientação
REPRODUÇÃO CIRCULAÇÃO
REPRODUÇÃO CIRCULAÇÃO
É necessário dimensionar quantos - Condições de acesso ao acervo
usuários serão beneficiados de (livre, fechado, restrito a alguns
fato com o serviço, e: grupos, etc.) adequadas à clientela
- Quais as instituições manterão o e ao perfil das coleções;
intercâmbio; - Determinação do sistema para
- Quais documentos poderão ser controle adequado das coleções;
reproduzidos; - Organização de coleções em re-
- Quais equipamentos; gime de reserva;
- Qual a abrangência territorial; - Organização de circulação dirigi-
- Qual o sistema de controle de da para os periódicos;
pagamentos e recebimentos; - Expedição de avisos aos usuários;
- A filiação ao sistema COMUT. - Determinação de penalidades;
São requisitos: recursos humanos, - Necessidades e usos levantados.
materiais e financeiros, treina- São requisitos: layout adequado,
mento adequado para o pessoal, fluxos mapeados, formulários cla-
layout compatível com a função, ros, cadastros de usuários atualiza-
estatísticas para avaliação da efi- dos, recursos adequados e conhe-
cácia e disponibilização do acesso cimento das frequências de uso.
à Internet.
ORIENTAÇÃO
Compreende as atividades realizadas
face a face com o usuário. Contém as
DIVULGAÇÃO seguintes decisões: escolha do instru-
É necessário decidir os instrumentos mento de orientação (palestra, cursos,
de divulgação, tais como, boletins treinamentos, etc.), dos programas de
bibliográficos, alertas, bem como incentivo à leitura e/ou iniciação científi-
sua periodicidade. ca, consultorias de aplicação de normas
Orientar a montagem de murais e da ABNT ou levantamento documentais.
escolha de veículos de comunica- Tem por requisitos: coleção de referên-
ção, bem como a home page da bi- cia atualizada, acesso a bases de dados,
blioteca. catálogos adequados, mapa de classes e
Os requisitos são: espaço físico ade- assuntos da biblioteca, sinalização ade-
quado para o desenvolvimento das quada das estantes, formulários simples,
atividades, pessoal e avaliação de instrumentos de normalização atualiza-
usuários. dos, manuais de uso de sistemas, trei-
namento, estatísticas de uso e acesso à
internet.
Para que os documentos cumpram sua função social, administrativa, jurídica, técnica, cien-
tífica, cultural, artística e/ou histórica é necessário que estejam preservados, organizados e aces-
síveis. Há quatro tipos de entidades que se incumbem dessa tarefa: arquivos, bibliotecas, museus
e centros de documentação. Heloísa Bellotto definiu bem esse traço comum entre elas: “Arquivos,
bibliotecas, centros de documentação e museus têm a corresponsabilidade no processo de recu-
peração da informação, em benefício da divulgação científica, tecnológica, cultural e social, bem
como do testemunho jurídico e histórico (TESSITORE, 2003).
Talvez por ser entidade “mista”, que não conta com uma teoria e metodologia específicas
para o tratamento do acervo, o Centro de Documentação seja a Instituição de documentação que
menos ocupou espaço na bibliografia das diferentes áreas que compõem as Ciências da Informa-
ção, embora esteja frequentemente presente em empresas, órgãos públicos, entidades de traba-
lhadores, movimentos sociais e universidades. A área que mais se ocupou deles foi a Biblioteco-
nomia, pois os considera parte de seu domínio, e o fez numa dimensão bastante específica: orga-
nizando e referenciando os documentos como peças isoladas, qualquer que fosse sua natureza, e
tratando as informações neles contidas como dados a ser decompostos e reordenados. O Centro
de Documentação representa uma mescla das entidades anteriormente caracterizadas, sem se
identificar com nenhuma delas. Reúne, por compra, doação ou permuta, documentos únicos ou
múltiplos de origens diversas (sob a forma de originais ou cópias) e/ou referências sobre uma área
específica da atividade humana. Esses documentos e referências podem ser tipificados como de
arquivo, biblioteca e/ou museu.
A acumulação desse acervo possibilita aos Centros cumprirem suas funções de preservação
documental e apoio à pesquisa, no mais amplo sentido: não só colocando à disposição do pesqui-
sador referências para a localização das fontes de seu interesse, mas também tornando-se um pólo
de atração da produção documental de pessoas e entidades que atuam ou atuaram no seu campo
de especialização. A aquisição, o armazenamento e o processamento técnico desse acervo possu-
em características biblioteconômicas, arquivísticas e/ou museológicas devido à própria diversida-
de do material reunido – diversidade que é, ao lado da especialização temática, a marca distintiva
dos Centros de Documentação, e que está presente também em suas atividades referenciadoras.
Há casos em que a própria natureza da entidade à qual o Centro se subordina define sua
área de especialização, como, por exemplo, os Centros de Documentação de empresas e de orga-
nizações não governamentais. Assim, um Centro de Documentação de uma indústria de alimentos
dietéticos terá como área a alimentação dietética, um Centro de Documentação de um movimento
de mulheres terá como área a mulher etc.
O Centro precisará definir ainda que outras atividades desenvolverá, tais como programa
de documentação oral, projetos de pesquisa, promoção de cursos, seminários, conferências e ex-
posições, serviços de reprodução de documentos, consultoria técnica a outras entidades etc. O
passo inicial e fundamental para materializar o Centro é sua criação oficial, através dos instrumen-
tos formais adequados, que contemplem denominação, natureza, finalidade, objetivos, subordi-
nação, estrutura interna e funções; instrumentos esses aprovados pelas instâncias competentes.
Estrutura Organizacional
A estrutura organizacional do Centro deve refletir aquelas que forem definidas como suas
funções, as quais poderão ser mais ou menos amplas, dependendo dos objetivos da entidade e
dos recursos disponíveis. O exemplo apresentado a seguir pode ser qualificado como o de uma
estrutura de porte médio. Ela contempla as funções primordiais de um Centro – referentes ao
acervo e à elaboração de referências – e alguns serviços adicionais, como, por exemplo, reprogra-
fia, bem como retrata o perfil que Instituições já consolidadas têm adotado, sob esta mesma for-
ma ou não.
O Centro encontra-se subdividido em três áreas técnicas – por função e não por tipo de
acervo – e uma área administrativa. Em organizações mais complexas, elas poderão ainda estar
subdivididas conforme a natureza do acervo.
Funções
Uma vez recebidos, os documentos deverão ser imediatamente registrados, pois esse pro-
cedimento permitirá o controle do patrimônio documental custodiado pelo Centro, o estabeleci-
mento de programas anuais de tratamento do acervo e a existência de um instrumento preliminar
de acesso aos documentos por parte do usuário; já que o processamento técnico dessa documen-
tação é, por sua própria natureza e volume, lento. Recomendamos que haja dois tipos de registro:
Registro de entrada de fundos e coleções
Registro de entrada de publicações
Tratamento Documental
Não basta, porém, organizar os fundos. Faz-se necessário recuperar as informações neles
contidas, o que se dá através da descrição.
Relacionada com essa questão, temos a da elaboração de vocabulário controlado para cada
área, que espelhe as especificidades e a trajetória das pessoas, entidades e segmentos sociais que
produziram os documentos. Um vocabulário controlado para a área de movimentos sociais, por
exemplo, deve refletir a linguagem, as experiências e os sentidos que esses movimentos atribuem
a cada termo.
Os cuidados com a conservação física do acervo são essenciais para sua real preservação.
Assim, o Centro deverá garantir as condições e desenvolver programas nessa área; ainda que, no
início, sejam apenas os básicos. Os serviços de reprodução de documentos – reprodução de fitas
de áudio e vídeo, fotografia, digitalização e microfilmagem, por exemplo – são de grande impor-
tância para os Centros de Documentação por três razões:
Atendimento ao Público
Como bem explicitou Heloísa Bellotto, em entrevista à revista Memória, o fato de os docu-
mentos se encontrarem num Centro de Documentação já faz supor que eles sejam absolutamente
abertos a qualquer tipo de consulta. Documentos em tramitação ou com reservas de consulta não
devem estar ali. Possibilitar acesso aos documentos e informações que guarda é a própria razão
de existir do Centro. Acervo e referências não são preservados como um fim em si mesmos, mas
para servir ao usuário da entidade.
Divulgação e Intercâmbio
Quadro de Pessoal
A mais moderna infra-estrutura, porém, não dá vida ao Centro se não houver uma equipe
técnica competente para operá-la, a qual não só estará encarregada de executar as atividades pre-
vistas nas etapas de implantação, mas também de materializar uma rotina de serviços, a continui-
dade dos trabalhos e sua ampliação futura.
Infra-estrutura
Instalações
sala de depósito
sala de processamento técnico
sala de consulta
Mobiliário
Equipamentos
REDES E SISTEMAS
Muitas bibliotecas vêm investindo em sistemas de informação para aprimorar seus servi-
ços. Entretanto, adquirir e implantar um sistema automatizado de bibliotecas não é sinônimo de
qualidade nos serviços e de sucesso alcançado. É necessário um planejamento de todas as etapas
desenvolvidas no processo de implantação, de avaliação e acompanhamento de sistemas auto-
matizados. Os sistemas de gerenciamento de bibliotecas devem proporcionar melhorias princi-
palmente relacionadas ao gerenciamento das atividades referentes aos processos de aquisição,
catalogação, controle de circulação (empréstimo e consulta) proporcionando informações certas
para tomada de decisões.
No Brasil, essa metodologia foi trazida ao final da década de 70 por empresas multinacionais
e só recentemente tem sido utilizado pelo setor público e pelas organizações sem fins lucrativos. O
Planejamento Estratégico para Bibliotecas e demais Unidades de Informação é tema de interesse a
bibliotecários, documentalistas, arquivistas e outros profissionais da informação que se preocupam
hoje com o rumo e o posicionamento de seus setores, tanto internamente em suas respectivas
instituições, como externamente em um macro ambiente dinâmico e altamente instável como tem
sido o contexto brasileiro nas últimas duas décadas (Idem, 1995).
A diferença básica é que enquanto o primeiro está essencialmente voltado para a própria
organização e elabora suas análises em bases retrospectivas e quantitativas, o planejamento es-
tratégico baseia-se na análise externa do ambiente organizacional, utilizando dados quantitativos
e qualitativos de longo prazo à frente, resultando em uma postura proativa de seus dirigentes.
Busca-se, dessa forma, antever o futuro, trazendo-o para o presente e indagando-se o que deve a
organização estar fazendo hoje a fim de melhor preparar-se para as incertezas e turbulências pre-
visíveis que poderão afetar as suas atividades (BARBALHO; BERAQUET, 1995).
A palavra estratégia, originalmente utilizada pelo alto comando militar grego desde 500 a. C,
e sempre associada a manobras e operações militares de guerra, é usada no senso comum como a
forma, o método ou modo de desenvolver alguma atividade, ou instrumento para alcançar deter-
minado objetivo; também é considerado estratégico aquilo que é importante, essencial ou fun-
damental. Nesse trabalho, o termo é usado para se referir à capacidade da organização de analisar
o meio ambiente externo onde atua, posicionando-se e reposicionando-se conforme as alterações
nesse ambiente (BARBALHO; BERAQUET, 1995).
- No começo dos tempos, o trabalho artesanal se caracterizava pela grande interação entre
o artesão e o consumidor;
- A partir da Revolução Industrial, é dada a uma grande quantidade de pessoas a oportuni-
dade de consumir bens e produtos, o que convém chamar de massificação do consumo.
- Entretanto, como consequência disso, existe um distanciamento entre o produtor e o con-
sumidor final dos bens e produtos produzidos pelo encaixe de uma cadeia de produção.
- As organizações começam a surgir, em razão da demanda pela especialização e aumento
do desempenho e de oportunidades de produção.
- Após a Segunda Guerra Mundial, a transformação das relações entre grandes produtores e
países, e países entre si, muda drasticamente com o emprego da tecnologia desenvolvida neste
evento bélico mundial.
O Nível Estratégico se encarrega das decisões que nortearão os rumos que a Unidade de In-
formação irá tomar, para tanto elabora o Plano Estratégico, indicando as estratégias básicas que
serão seguidas. Neste nível, o planejamento de objetivos acontece a longo prazo.
O Nível Tático elabora Projetos e Planos de Ação que conduzirão ao atingimento das estra-
tégias propostas pelo nível anterior. O Planejamento tático refere-se às decisões que serão implan-
tadas em cada setor/departamento da Unidade de Informação com base no que foi estabelecido
no Plano Estratégico. Neste nível, o planejamento de objetivos acontece a médio e curto prazo.
Podemos considerar o Planejamento Estratégico como a utilização eficaz dos meios disponí-
veis na organização para exploração de condições favoráveis existentes no meio-ambiente externo
e interno. OLIVEIRA (1993) o define como um conjunto de providências a serem tomadas pelo ad-
ministrador para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado (BARBALHO;
BERAQUET, 1995).
PLANEJAMENTO
(oposto da improvisação)
Define linhas de
Fixa objetivos Reduz incertezas Prevê recursos
ação e etapas
Reduz custos, pela ênfase em operações eficientes e compatíveis com as condições existen-
tes;
Substitui atividades fragmentárias e não coordenadas por um esforço de grupo;
Substitui o fluxo desigual de trabalho por um fluxo uniforme;
Substitui julgamentos bruscos e irrefletidos por decisões premeditadas;
Traz segurança e favorece a produtividade;
Faz o tempo trabalhar a seu favor;
Possibilita o monitoramento das ações.
INSTRUMENTOS DO PLANEJAMENTO
Instrumentos
Políticas e
Plano Objetivos Metas
Diretrizes
Regras
Regulamentos
Programas
Projetos
METAS: são planos expressos em termos de resultados a alcançar; são a quantificação dos
objetivos. Devem ser expressos com clareza, iniciadas por um verbo de ação, e devem ser mensu-
ráveis, mutáveis e ter tempo definido. Os objetivos parecem ser sempre viáveis, porém é a defini-
ção das metas permitirá uma avaliação mais realista das possibilidades de atingi-los.
POLÍTICAS E DIRETRIZES: são planos gerais de ação, guias genéricos que definem linhas mes-
tras, orientam a tomada de decisão e dão estabilidade à organização. As políticas permitem decidir
questões previamente, evitando repetição de análises, e ajudam a dar uma estrutura unificada a
outros tipos de planos e delegar autoridade sem perda de controle.
a) REGRAS: relacionam-se aos procedimentos, pois orientam a ação, mas não especificam a
sequência cronológica. Como exemplos, temos as normas e os regulamentos.
b) REGULAMENTOS: o tipo de regulamento mais comum nas unidades de informação é o
que regula o uso do acervo e dos serviços. Ressalte-se que tem sido observado, com cer-
ta frequência, o uso errôneo do termo regimento como sinônimo de regulamento.
c) PROGRAMAS: os programas são complexos de metas, políticas, procedimentos, regras,
passos e recursos. Um programa principal pode ser composto por programas derivados
ou subprogramas que garantam sua consecução.
d) PROJETOS: os projetos podem ser, portanto, parte de um programa geral, ou unidades
independentes que contemplam determinado aspecto na unidade de informação. São
as menores unidades dentro do planejamento, são operativas e contêm um conjunto
de ações e atividades inter-relacionadas e coordenadas para alcançar objetivos específi-
cos, dentro de tempo e espaço determinados.
CATEGORIAS DO PLANEJAMENTO
E AVALIAÇÃO
ETAPAS DO PLANEJAMENTO
1. O planejamento
O planejamento de recursos de uma unidade de informação está relacionado à organização dos produtos
e dos serviços que se pretende oferecer ao público.
4. O processo que permite à biblioteca fixar objetivos, definir estratégias e traçar metas de curto,
médio e longo prazos é o(a)
a) financiamento.
b) capacitação.
c) avaliação de risco.
d) planejamento.
e) conservação de documentos.
COMENTÁRIO: Essa é só para o concurseiro não esquecer nunca mais. O processo que fixa objetivos, es-
tratégias e metas é o PLANEJAMENTO. Resposta LETRA D.
COMENTARIO: O planejamento é um instrumento para prever ações no futuro e preparar a empresa pa-
ra o que virá, de acordo com as metas e os objetivos. Todas as ações que dela provém são para alcançar
os objetivos preestabelecidos e, assim, chegar aos resultados desejados. O candidato não deve confundir
os outros itens com Planejamento. Resposta LETRA A.
DIAGNÓSTICO
O DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL:
Avalia serviços;
Intervêm na rotina;
Avalia o estado da Organização num período
determinado;
Identifica pontos fortes e fracos;
Descobre formas de solucionar problemas
Melhora a eficiência e eficácia organizacionais.
ETAPAS DO DIAGNÓSTICO
O desenvolvimento do diagnóstico exige uma série de atividades que podem ser agrupadas
em três principais etapas, quais sejam:
PREPARAÇÃO
O diagnóstico reúne informações para aprofundar conhecimento e pode ter foco específico
ou ser exploratório. O diagnóstico exploratório é um tipo de mapeamento que perpassa todos os
componentes de uma unidade de informação – estrutura, atividades, recursos, processos, produ-
tos e usuários – permitindo uma primeira aproximação do serviço. O diagnóstico de foco específi-
co também analisa o conjunto, mas aprofunda-se no foco selecionado, que pode ser um serviço
(por exemplo, o serviço de referência), uma estratégia (por exemplo, a comunicação), um produto
(por exemplo, o site), dentre outros possíveis focos.
A metodologia pode ser aqui entendida como o modo pelo qual os avaliadores levantarão
os dados, ou seja, que fontes de dados, instrumentos e técnicas serão utilizados nos processos de
coleta e análise de dados. As decisões referentes à metodologia são muito relevantes, pois tanto as
fontes de dados quanto as técnicas e procedimentos utilizados interferem nos resultados do diag-
nóstico.
O projeto deve deixar bem claros os objetivos da pesquisa, suas hipóteses e suas questões
de pesquisa. As hipóteses e questões de pesquisa operacionalizam os objetivos, fornecem uma
orientação sobre o que deve ser investigado e limitam a área de pesquisa a tópicos gerenciáveis.
Hipóteses são proposições provisórias a serem testadas, suscetíveis, portanto, de serem de-
claradas verdadeiras ou falsas, podendo, no primeiro caso, trazer a solução ao problema.
Como afirma Gil, o papel mais importante da hipótese na pesquisa é sugerir explicações pa-
ra os fatos.
Entrevista: adequada para obtenção de informações, com grande vantagem por sua flexibi-
lidade. No diagnóstico da unidade de informação, a entrevista é especialmente útil para levantar o
perfil dos funcionários e de suas atividades, bem como suas opiniões em relação aos diversos as-
pectos estudados no diagnóstico.
Grupo focal: é uma técnica de pesquisa qualitativa, não-diretiva, desenvolvida para coletar
dados e informações que reflitam opiniões, conhecimentos, percepções e preocupações de pe-
quenos grupos sobre determinado assunto.
A pesquisa de campo, quando lida com um universo numeroso, deve ser feita por amostra-
gem, ou seja, com uma pequena parte dos elementos que compõem esse universo ou população.
A falta de tempo e de recursos para se coletarem dados de todas as fontes de informação de uma
determinada população é justificativa suficiente para se trabalhar com amostras. A partir do exa-
me da amostra, podem-se fazer inferências sobre a população, ou conjunto. Por essa razão, identi-
ficar uma boa amostra, é uma das melhores formas de se garantir a qualidade dos dados e a preci-
são dos resultados obtidos. O projeto da amostra implica as seguintes etapas: definição do univer-
so, escolha do tipo de amostragem e determinação do tamanho da amostra.
Implementação do diagnóstico
Esta etapa envolve basicamente duas grandes subetapas: a coleta de dados e análise e in-
terpretação desses dados. A coleta de dados é uma etapa eminentemente prática, que consiste na
aplicação da metodologia prevista no projeto do diagnóstico.
Análise do ambiente
Para que a unidade de informação possa ter um bom desempenho, é preciso que os
profissionais conheçam a instituição – sua estrutura organizacional, seu funcionamen-
to, suas políticas, suas lideranças formais e informais – e identifiquem suas necessida-
des informacionais. Para tanto, alguns passos são indispensáveis:
Análise de serviços
O que falta?
O que pode ser desativado ou fundido?
Qual a relação entre os serviços e o nível de integração entre eles?
O confronto das respostas dos diversos funcionários entre si e com as respostas dos
usuários e de todos esses dados com as observações e com os demais dados levantados
permitirão uma avaliação mais cuidadosa e imparcial.
A avaliação de recursos informacionais não se limita apenas à análise dos acervos, mas
inclui também as informações disponibilizadas por meio de bancos de dados locais,
bem como aquelas acessíveis por redes locais ou pela internet.
A avaliação de acervo aqui proposta tem o objetivo de possibilitar uma visão abrangen-
te de todas as coleções e uma avaliação do desenvolvimento desse acervo e do nível de
satisfação do usuário. Para a análise do acervo, são utilizadas as seguintes fontes de
dados:
- Planos de trabalho,
- Relatórios,
- Políticas de formação e desenvolvimento do acervo,
- Manuais de serviço,
- Estudos comparativos,
- Exame do material,
- Entrevistas ou questionários aplicados a funcionários e
- Usuários reais e potenciais.
As bases de dados não podem deixar de ser mencionadas quando se estudam os recur-
sos informacionais de determinada unidade de informação. Essas bases de dados po-
dem referir-se ao acervo de uma biblioteca ou serviço de informação, ou constituir ba-
ses referenciais, que remetem a outros acervos ou apenas indicam a existência do do-
cumento.
Avaliação de processos
Nesse item devem ser considerados os processos tradicionais que caracterizam os ser-
viços de biblioteca – aquisição, processamento técnico, atendimento e referência.
Segundo Figueiredo (1990), para que isso aconteça, é preciso, em primeiro lugar, que os
bibliotecários conheçam seus usuários reais – aqueles que já utilizam o serviço – e po-
tenciais – aqueles a quem o destino se destina, mas que não o utilizam. Também é in-
dispensável que os usuários conheçam os serviços e produtos da unidade de informa-
ção.
O documento final que contém o diagnóstico deve apresentar, na parte introdutória, da-
dos relativos ao projeto de diagnóstico, inclusive objetivos, justificativas, hipóteses e metodolo-
gia (instrumentos de coleta de dados) amostragem, etc.). Em seguida, deve apresentar dados rela-
tivos à instituição à qual está subordinada a unidade de informação, podendo incluir um pequeno
histórico, missões e objetivos, área de atividade, análise da estrutura organizacional. A parte final
consiste nas conclusões, que devem fazer referência às hipóteses e questões de pesquisa levan-
tadas, e apresentar uma reflexão sobre os dados levantados, amarrando-os pelo cruzamento de
informações e por observações que mereçam destaque. Seguem-se as recomendações, que deli-
neiam rapidamente possíveis propostas de intervenção fornecendo subsídios ao desenvolvimento
de um plano de trabalho ou projeto específico.
OUTRAS PROVIDÊNCIAS
Necessidade informacio-
nal
O que existe?
Funcionamento Programas
Políticas Políticas
Liderança Projetos
Serviços
Produtos
Recursos humanos
Usuários potenciais
Avaliar a dimensão
Remuneração
Satisfação / Insatisfação
Melhorias de desempe-
nho
Satisfação do usuário
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA:
A definição mencionada pelo PMI® (Project Management Institute) diz que “gerenciamen-
to de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades
do projeto a fim de atender aos seus requisitos”. O gerenciamento de projetos “é realizado através
de processos, usando conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas do gerenciamento de
projetos que recebem entradas e geram saídas”. (PMBOK, 2004) (para maiores informações sobre
PMI/PMBOK/PMP clique aqui)
Projeto pode ser definido como sendo um esforço temporário afim de desenvolver um pro-
duto, seja um bem ou serviço exclusivo (PMBOK10, 2013). Corroborando com este conceito, Almei-
da (2005, p. 93) conceitua projeto como “a unidade elementar do processo de planejamento cons-
tituindo-se em um conjunto de ações e recursos para a consecução de objetivos concretos”, ou
seja, são instrumentos importantes para geração de benefícios. Maximiano (2002, p. 20) concorda
citando que “são empreendimentos finitos com objetivos definidos em função de um problema,
oportunidade ou interesse da organização” (SPUDEIT; FERENHOF, 2017). Vargas (2005, p.7) une as
definições de Almeida (2005) e Maximiano (2005), enfatizando que:
10 Guia de Melhores Práticas de Gerenciamento de Projetos (Project Management Body of Knowledge –PMBOK.
Os projetos são atividades caracterizadas por uma sequência clara e lógica de eventos para
atingir objetivos dentro de um tempo, custo e recursos prévios definidos, combinam recur-
sos organizacionais e necessitam de uma coordenação para controle de prazos, custos e de-
sempenho pois atingem todos os níveis de uma organização e as partes interessadas exter-
nas à instituição assim como os clientes, fornecedores, parceiros, governo, etc (apud SPU-
DEIT; FERENHOF11, 2017).
Continua os autores:
São atividades caracterizadas por uma sequência clara e lógica de eventos para atingir obje-
tivos dentro de um tempo, custo e recursos prévios definidos, combinam recursos organiza-
cionais e necessitam de uma coordenação para controle de prazos, custos e desempenho
pois atingem todos os níveis de uma organização e as partes interessadas externas à insti-
tuição assim como os clientes, fornecedores, parceiros, governo, etc (apud SPUDEIT; FERE-
NHOF, 2017).
11
SPUDEIT, D.; FERENHOF, H. A. A aplicação do PMBOK na gestão de projetos em unidades de infor-mação. Inf. Inf., Londrina,
v. 22, n. 1, p. 306–330, jan./abr., 2017.
São consideradas cinco fases características de um projeto definidas por Vargas (2005, p. 39):
Fase de definição: é a fase inicial do projeto. Nela, a missão e o objetivo do projeto são
definidos.
Fase de planejamento: é responsável por identificar e selecionar as melhores estraté-
gias de abordagem do projeto, detalhando tudo aquilo que será realizado.
Fase de execução: é quando se materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormen-
te. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa etapa. Gran-
de parte do orçamento e do esforço do projeto é consumida aqui.
Fase de controle: é a que acontece paralelamente ao planejamento operacional e à
execução do projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo
realizado pelo projeto de modo a propor ações corretivas e preventivas no mínimo es-
paço de tempo possível após a detecção da anormalidade.
Fase de finalização: é quando a execução dos trabalhos é avaliada por auditoria inter-
na ou externa (terceiros) (apud SPUDEIT; FERENHOF, 2017).
Cada fase do projeto12 normalmente define qual trabalho técnico deve ser realizado e quem
deve estar envolvido. Percebe-se que a principal vantagem do gerenciamento de projetos é que
ele não é restrito a grandes projetos e pode ser aplicado a qualquer empreendimento pois evita
problemas ao longo da execução dos trabalhos, anteveem situações de conflitos ou de falta de re-
cursos permitindo ações preventivas, desenvolve diferenciais competitivos, agiliza a tomada de
decisão, otimiza a locação de pessoas, entre outras vantagens (PMBOK13, 2013 apud SPUDEIT; FE-
RENHOF, 2017).
A 6ª Edição do PMBOK, diferente das edições anteriores, virá com uma característica
inédita, ele será tanto um standard quanto um guia. Um standard porque apresentará
conceitos chaves, descrevendo o que fazer para se obter projetos bem-sucedidos. E um
guia, porque se expandirá apresentando informações adicionais sobre como usar as bo-
as práticas de gestão de projetos globalmente reconhecidas. Com ênfase cada vez maior
em agilidade e adaptação (PMI-PE, 2017).
Deve-se elaborar um projeto sempre que se tenha um objetivo cujo alcance dependa de
um esforço orquestrado, que vá além da realização de atividades rotineiras e que pressuponha a
vontade e a disposição para mudar. Planejar o projeto é tomar decisões que permitam implemen-
tá-lo. Sem planejamento, não se pode iniciar um projeto, acompanhar seu desenvolvimento e
avaliar seus resultados.
Elaboração
Estruturação
Implementação
Avaliação
Novos
Projetos
Etapas do projeto:
Planejamento da avaliação
São 7 (sete) as etapas que visam elaboração e implementação do projeto. São elas:
A segunda etapa do projeto inclui o "como fazer" que são as ações a serem desenvolvidas,
atividades dispostas no tempo e no espaço e as estratégias e métodos de trabalho a serem utiliza-
dos. Essas ações partem dos objetivos específicos. Definem-se também a sequência das ativida-
des, seu período de duração, elabora-se o cronograma do projeto e inicia-se o planejamento dos
recursos necessários ao projeto.
PLANEJAMENTO DA AVALIAÇÃO
Essa etapa compreende a definição dos recursos humanos, físicos, materiais, institucionais
e organizacionais, que viabilizarão o projeto, e a elaboração do orçamento.
REDAÇÃO DO PROJETO
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COOPERAÇÃO BIBLIOTECÁRIA
De uma ação cooperativa podem participar não só entidades estatais como organismos pri-
vados e organizações internacionais, mas, nas primeiras, repousa a responsabilidade dos governos
quanto aos caminhos a apontar e a trilhar. Das autoridades máximas devem emanar, portanto, as
diretrizes gerais a adotar no esforço conjunto que irmane todos os órgãos de documentação e in-
formação e é evidente que essas diretrizes decorrem, por sua vez, dos planos governamentais de
desenvolvimento, qualquer que seja sua esfera administrativa.
Entre os recursos disponíveis para facilitar o acesso à informação figuram todas as modali-
dades da cooperação interbibliotecária, consubstanciadas, até poucos anos atrás, nas práticas de
intercâmbio tradicionalmente conhecidas. Cooperação que, cada vez mais, se revela como inter-
relacão, interação ou melhor, interdependência — sem a qual não sobrevivem muitas das ativida-
des humanas, quer associadas a indivíduos, quer a nações. Essa é a lição dos tempos modernos,
aplicável, mais do que nunca, às atividades de documentação.
Redes de Bibliotecas.
Antes do surgimento das Redes de Bibliotecas, as bibliotecas tinham seus próprios padrões
de registro, catalogação, empréstimo e toda a circulação tradicional da informação. Porém, com o
surgimento do trabalho em rede, houve a necessidade de se criar normas e protocolos para que
fosse possível o intercâmbio de informações.
Podemos construir a biblioteca digital mais avançada do mundo, com as tecnologias mais
sofisticadas, com os documentos mais atraentes, com o catálogo mais eficiente, mas, se não utili-
zarmos a Rede, estaremos nos privando do instrumento que torna uma biblioteca digital um sis-
tema centrado no usuário (TAMMARO, SALARELLI, 2008, p. 85).
As redes que não visam lucro são denominadas, por alguns autores, redes bibliográficas ou
de serviços bibliográficos. Essas redes podem ser regionais, estaduais, nacionais e internacionais.
Elas proveem serviços diversos para tratamento e recuperação da informação, como os que res-
pondem a questões de referência em que se buscam, localizam e completam informações. Auto-
res como Campelo (1986), Lancaster (1996), Viana (2000) e Jasmen (1998) discutem as vantagens
do compartilhamento de acervos, destacando-se as mais importantes:
a) Possibilita uma maior racionalização do uso das verbas para aquisição;
b) Aumenta o universo de publicações disponíveis aos usuários;
c) Permite acesso a um volume maior de informações;
d) Promove a otimização da pesquisa científica, ao oferecer subsídios de informação para
aquisição e transmissão do conhecimento.
Rede Bibliodata
Com isso, o bibliotecário pode analisar e selecionar o registro mais adequado aos padrões
da sua biblioteca. Todos os registros são salvos em uma pasta do CatBib, este é um software utili-
zado para editar os registros importados e implantar documentos que não foram encontrados na
Bibliodata. Após a catalogação dos itens no CatBib, deve-se exportar todos os títulos para o siste-
ma da biblioteca. Outro recurso disponível na Bibliodata é o compartilhamento da base de autori-
dades de autor, assunto, série e título. Os procedimentos são os mesmos da pesquisa por registros
bibliográficos. No Brasil, é possível cooperar com a Rede Bibliodata, com a Biblioteca Nacional e
alguns sistemas automatizados criaram uma rede exclusiva de cooperação entre seus clientes co-
mo, por exemplo, o Pergamum.
Este catálogo reúne, em uma única ferramenta, todos os catálogos das instituições que uti-
lizam o Sistema Pergamum e disponibilizaram seus catálogos para pesquisa. Possibilita também
realizar buscas, através do protocolo Z39.50, em diversas bibliotecas nacionais e internacionais. O
catálogo funciona como uma base centralizada, isto é, todos os títulos dos catálogos de cada insti-
tuição são replicados no CRP. Ao realizar uma consulta, a busca é feita em todas as bibliotecas par-
ticipantes. Tem por objetivo facilitar o dia a dia do bibliotecário, reunindo a maior quantidade de
títulos em um único espaço, possibilitando assim o trabalho cooperativo, permitindo que uma bi-
blioteca copie para sua base local obras catalogadas por outras bibliotecas. Segundo a página da
Rede, atualmente (dez 2017) há 107 instituições participantes, com 4.824.407 títulos cadastrados.
Uma rede cooperativa de bibliotecas, coordenada pela Biblioteca do Senado Federal, que
agrega recursos bibliográficos, materiais e humanos de doze bibliotecas da Administração Pública
Federal e do governo do Distrito Federal, dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. A RVBI
tem o objetivo de atender às demandas de informações bibliográficas de seus órgãos mantene-
dores e se caracteriza como redes e sistemas cooperativos. O acervo registrado na base de dados
bibliográfica da RVBI tem como prioridade temática a área do Direito, especificamente doutrina,
mas abrange, também, outras áreas das Ciências Humanas e Sociais. Cada Biblioteca da Rede
possui uma base administrativa com os dados particulares de sua coleção, usuários, fornecedores,
etc.
Essas bases, por sua vez, se compõem de vários registros inter-relacionados e organizados
de forma a atender às necessidades de informação dos usuários e a promover o intercâmbio e a
interação dessas informações. A atual Rede Virtual de Bibliotecas - RVBI, assim denominada desde
o ano de 2000, originou-se na Rede SABI - Subsistema de Administração de Bibliotecas, iniciada em
1975, a partir da automação da Biblioteca do Senado pelo Prodasen. Nesses 41 anos de
funcionamento, a Rede acompanhou as inovações tecnológicas, implantou formato internacional
de intercâmbio bibliográfico, possibilitando a compatibilidade com outras redes e sistemas de
informação.
WorldCat
A expressão World Cat é a contração da expressão inglesa World Catalog, que significa Catálogo
Mundial em português. Consiste em um catálogo em linha gerido pelo Online Computer Library
Center (OCLC) e considerado o maior catálogo em linha do mundo. Foi criado no ano 1971. O Wor-
ldCat possui dados, registos e fichas de mais de 71000 bibliotecas públicas e privadas de todo
mundo. Em 2005, englobava 73% do National Union Catalog (catálogo de livros anteriores a 1956).
O WorldCat está disponível em muitas bibliotecas e redes informáticas de universidades. Desde
agosto de 2006, está disponível gratuitamente através de Internet em WorldCat.org. Em 2009 a
cifra de registos bibliográficos atingia os 150 milhões em 470 idiomas.
Catalogação Cooperativa.
A catalogação cooperativa está diretamente vinculada às redes de bibliotecas uma vez que,
sem a existência de uma não seria possível o desenvolvimento da outra. Para que a catalogação
cooperativa seja uma realidade, é preciso que as bibliotecas estejam interligadas de alguma forma.
Para que possa haver o intercâmbio de registros bibliográficos, foram desenvolvidos o AACR e o
MARC.
A Library Of Congress (LC) é a responsável pelo PCC. Esse sistema de catalogação coopera-
tiva está em atividade em diversos países e se constituiu num esforço de cooperação internacio-
nal com o objetivo de ampliar o acesso a coleções de bibliotecas, fornecendo uma catalogação
útil, oportuna e com custo-benefício que atendesse aos padrões mutuamente aceitos de bibliote-
cas de todo o mundo. Visa: aumentar e agilizar, por meio de ações cooperativas, a disponibilidade
de registros bibliográficos e de autoridades, produzindo catálogos a serem usados e compartilha-
dos com outras instituições, a custo controlado; desenvolver e manter padrões comumente acei-
tos; promover a importância de acesso fácil e de custo controlado de catalogação e expandir o
número de catalogadores, usando as regras aceitas; aumentar e compartilhar o uso de registros
bibliográficos estrangeiros; manter um diálogo constante, sobre planejamento e operações entre
os participantes deste programa, possibilitando assim levar adiante a missão do PCC.
É importante frisar que o sistema de catalogação cooperativa no Brasil possui sua gênese
em meados do século passado. Segundo Campello (2006), esse sistema originou-se em âmbito
mundial, no ano de 1850, nos Estados Unidos, chegando ao Brasil, no ano de 1942 com a implanta-
ção do serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC), na biblioteca do Departamento Administrativo
do Serviço Público (DASP). Esse sistema objetiva coordenar “[...] um serviço de catalogação coope-
rativa que resultaria em um catálogo coletivo das bibliotecas cooperantes. Além de funcionar co-
mo central de catalogação, o serviço forneceria um instrumento de acesso às coleções” (CAMPEL-
LO, 2006, p. 68).
Comutação Bibliográfica.
No que se refere aos materiais informacionais compartilhados, observa-se que eles com-
preendem itens informacionais em si, como: livros, artigos, capítulos de livros e periódicos (mate-
riais bibliográficos). Esses materiais correspondem ao tipo de informação compartilhada na comu-
tação. No entanto, na catalogação, são compartilhados dados, ou seja, registros que representam
a obra.
Aquisição Planificada.
a) Infraestrutura:
Atualmente existem várias possibilidades de acesso aos Catálogos coletivos, para a localiza-
ção prévia do material bibliográfico a ser solicitado, como aqueles que vimos funcionando em re-
des bibliográficas nacionais e internacionais. Outras soluções começam a se desenvolver baseadas
nas possibilidades da Web 2.0, como por exemplo, o uso de ferramentas como o Zotero, voltada
para a gestão de referências bibliográficas.
b) Formulários:
c) Bibliotecários:
Quanto ao recurso humano envolvido, a de se investir esforços nas duas pontas do proces-
so de cooperação, ou seja, nos usuários do sistema cabe a aplicação de treinamentos para o de-
senvolvimento de competências em informação, voltadas para a identificação de necessidades de
informação, reconhecer as possíveis fontes de informações, formas de coleta e utilização da in-
formação. Do outro lado, aos bibliotecários vale ressaltar o seu compromisso ético, o de fornecer
a informação desejada pelo usuário.
Isso pode ser feito pelo empréstimo do próprio original ou de reprodução dele. O emprés-
timo entre bibliotecas tem por princípio que a biblioteca deve fornecer ao usuário, sempre que
possível, o material de que ele necessita.
Aquisição Coordenada.
Ocorre quando duas ou mais bibliotecas concordam em comprar certos materiais e/ou
partilhar o(s) custo(s) a eles associado(s) e um ou mais membros em armazená-los.
Aquisição Conjunta.
Ocorre quando os membros da rede cooperativa fazem um pedido em comum por um
produto ou serviço e cada membro recebe o produto/serviço.
Assim, para que as organizações se mantenham no ambiente onde atuam, necessitam ter
claro qual é a sua missão e quais são os caminhos que deverão seguir para atingir os objetivos e
metas estabelecidos.
FUNÇÕES DE GERENCIAMENTO
Segundo PARSON (1987 apud BARBALHO; BERAQUET, 1995) planejar é manter o rumo,
(eliminando os mistérios e o tédio) e minimizando os erros. Isso porque as constantes
transformações que estão sendo inseridas no contexto mundial implicam na necessidade de um
preparo para enfrentar o futuro, isto é planejar.
Meyer Junior (1991 apud BARBALHO; BERAQUET, 1995) analisando a função gerencial do
planejamento, afirma que ela deve cumprir os seguintes pontos:
Funções do Planejamento.
PLANEJAMENTO
Trazer maior racionalidade às decisões da organiza-
ção;
Orientar as ações na organização.
Diagnós-
tico
Objeto de
planeja-
mento
Formu-
lação
Impleme
ntação
Controle
Avaliaçã
o
As etapas acima descritas são imprescindíveis para um bom planejamento, que segundo
FIORELLI (1988), se justifica na medida em que propicia a máxima conjunção de esforços para
alcançar os objetivos organizacionais e que são indispensáveis para o Planejamento Estratégico.
Para Parsons (1988) o processo de planejamento deve promover o diálogo constante entre
os funcionários e os setores da Unidade de Informação, além de promover qualitativamente os
seguintes pontos:
Os recursos organizacionais.
Os recursos organizacionais são os vários meios que as instituições possuem para atingirem
seus objetivos. São os bens ou serviços utilizados nas atividades organizacionais. Quando se fala
em recursos não estamos nos referido apenas em dinheiro, mas nos referimos às matérias primas
utilizadas nas produções, nos serviços prestados pelas organizações, matérias, equipamentos e
colaboradores.
São necessários para operações básicas da organização, seja prestar serviços especializa-
dos, seja produzir bens ou produtos. Compreendem o espaço físico, os prédios e terrenos, o pro-
cesso produtivo, a tecnologia utilizada no processo de produção dos bens e serviços produzidos
pela organização.
RECURSOS FINANCEIROS
Referem-se ao dinheiro sob a forma de capital, fluxo de caixa (entradas e saídas), emprés-
timos, financiamentos, créditos, etc. Incluem também a receita decorrente das operações da em-
presa e, toda forma de numerário que transite pelo caixa da organização. É comum a organização
ser avaliada através da linguagem financeira, em termos de lucros em valores monetários.
RECURSOS HUMANOS
São as pessoas que ingressam ou participam da organização, qualquer que seja o seu nível
hierárquico ou sua tarefa. O RH está distribuído da seguinte forma:
nível institucional da organização (direção);
nível intermediário (gerência e assessoria);
nível operacional (técnicos, funcionários, operários, supervisores)
Apesar desse Recurso não ter sido citado no edital, ele é de extrema importância para o en-
tendimento do funcionamento da organização como um todo. O recurso mercadológico envolve
todas as atividades de pesquisa e análise do mercado (de consumidores e de concorrentes), toda
organização de vendas (previsão de vendas, execução e controle), promoção, propaganda, atri-
buição dos produtos, desenvolvimento de novos produtos conforme a demanda, definição de
preços, assistência técnica ao consumidor, etc.
RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Outro recurso não citado no edital, mas engloba todas as atividades administrativas da or-
ganização, conforme vimos na teoria (planejamento, organização, direção e controle). O recurso
administrativo constitui todos os meios através dos quais as atividades organizacionais são plane-
jadas, organizadas, dirigidas e controladas. Incluem também as tomadas de decisões e a distribui-
ção de informação necessária, além dos esquemas de coordenação e integração utilizados pela
organização.
Recursos Administrativos
• Administração Geral
Recursos materiais
• Administração de produção (edifícios, fábricas, máquinas, equipamentos, materiais,
matérias-primas, instalações, processo produtivo, tecnologia);
Recursos Financeiros
• Administração financeira (capital, faturamento, investimentos, empréstimos,
financiamentos, créditos);
Recursos Humanos
• Administração das pessoas, nos diversos níveis institucionais
Recursos mercadológicos
• Administração mercadológica (vendas; promoção, propaganda, distribuição, assistência
técnica).
4 Ps
Marketing-Mix Produto, Preço, Promoção e Praça
A transposição de um sistema conceitual do setor que visa ao lucro para o setor sem fins
lucrativos representa um desafio para as unidades de informação e demais unidades de informa-
ção, bem como aos bibliotecários. Há vários pontos destacados por autores estrangeiros e brasilei-
ros que devem ser observados sobre essa aplicação.
Para aperfeiçoar a técnica de análise da comunidade o bibliotecário pode unir-se aos soció-
logos e psicólogos. Para Costa (1986), o plano de ação de marketing deve considerar o produ-
to/serviço, seu preço, seus pontos de distribuição a sua promoção, durante todos os seus está-
gios de produção, durante e após o consumo desse produto ou serviço, por meio da pesquisa
mercadológica.
Figueiredo (1986), em sua tradução adaptada de texto do professor Saracevic, acredita que
as questões básicas do marketing da informação, estão ligadas tanto ao que os usuários em po-
tencial sabem sobre o sistema de informação, suas disponibilidades e potencial de serviço, quanto
ao que o próprio sistema sabe sobre os usuários em potencial.
Outra característica da unidade de informação que aplica o marketing seria a ênfase no lu-
cro, não só pensando em volume, mas também o lucro que é obtido através do crescimento e da
valorização da unidade de informação mantidos em equilíbrio. Vista como um negócio, a unidade
de informação precisa ser uma organização flexível, para se ajustar a todas as influências do ma-
croambiente: econômicas, políticas, legais sociais, culturais, demográficas, ecológicas e tecnológi-
cas.
Weinstock (1976, vol.17, p. 165-188) aponta como fontes que caracterizam as dificuldades da
adoção do marketing nas bibliotecas:
a falta de engajamento com as solicitações, interesses e necessidades dos usuários, cujos
graus de conhecimento ainda são relativamente baixos;
Na opinião de Saracevic & Wood (1981, p.239-260), são admitidas três barreiras:
a não inclusão do marketing como parte integral da formação profissional do bibliotecá-
rio;
a atitude de desconforto do bibliotecário em relação ao marketing, por considera-lo antié-
tico; e
a resistência em introduzir a comercialização dos trabalhos de informação.
Segundo Sepulveda (1982), para conseguir sucesso com a comercialização dos seus produ-
tos e serviços, as bibliotecas precisariam adotar os seguintes critérios:
Kotler (1978, p.120) enumera três estratégias alternativas para os segmentos do mercado,
que podem ser adotadas pelas organizações, de acordo com seus interesses: marketing não dife-
renciado, concentrado e diferenciado. Utilizando essa classificação em unidades de informação
temos:
Análise do consumidor
Basicamente, segundo Kotler (1978, p. 136), são quatro os atributos objetivos que uma or-
ganização precisa para estabelecer a análise do consumidor: as necessidades, percepções, as pre-
ferências e a satisfação dos consumidores. Assim, a análise do consumidor, deve ser vista como o
melhor entendimento do processo de obtenção da informação sobre o usuário, mediante a com-
preensão do comportamento da sociedade brasileira e da discussão dos aspectos relacionados a
sua evolução.
Composto de marketing
Definidos os mercados e os seus segmentos e a serem atendidos, após a análise dos con-
sumidores desse mercado, pode ser desenvolvido o composto de marketing, formado pela pro-
moção e praça, ou local ou ponto de distribuição. Essas são as variáveis controláveis que a organi-
zação reúne para satisfazer o seu mercado-alvo. As decisões a serem tomadas referentes a elas
devem considerar também a segmentação do mercado consumidor.
Auditoria de Marketing
Auditoria é uma assessoria especializada para o administrador, que possibilita rever as ati-
vidades realizadas e facilita o replanejamento dos produtos e serviços.
Kotler (1978, p. 70) define a auditoria de marketing como “um exame independente de to-
do o esforço de marketing de uma organização que cobre os objetivos, os programas, a imple-
mentação, a organização e o controle, com o propósito de determinar e avaliar o que está sendo
feito e de recomendar o que deve ser feito no futuro.”
Kotler (1978, p. 70) determina três fases de revisão para a realização de uma auditoria de
marketing: a do meio ambiente, do sistema e das atividades de marketing.
Orientado para a pesquisa, integrado pelos pesquisadores ligados à pesquisa básica, que
necessitam da documentação que fundamente seus trabalhos;
Orientado para a missão tecnológica, composto pelos que fazer pesquisa aplicada e cien-
tistas da área das exatas e humanas com missões definidas;
Orientado para o público em geral, o de negócios e os tomadores de decisão.
Tendências Futuras
5 – DISPOSIÇÕES FINAIS.
ANOTAÇÕES:
(EBESERH/2018) Considerando que uma administração eficaz de bibliotecas precisa estar focada
nas reais necessidades de informação de sua comunidade de usuários, estando disposta não
apenas a estudar essa comunidade, mas também a ouvi-la, julgue os itens a seguir.
Independentemente do suporte ou da localização física da informação, o objetivo da admi-
6.
nistração eficaz de bibliotecas é atender com informação essencial aos usuários.
Os conhecimentos do profissional de biblioteconomia devem ser específicos em gestão, de
7. modo a possibilitar que ele faça que a alta administração compreenda a importância da inte-
ração nos processos de desenvolvimento da biblioteca.
As novas tecnologias de comunicação proporcionaram melhoria na qualidade dos serviços
8.
das organizações e valorizaram as técnicas de marketing e divulgação.
Para ser eficaz, uma administração deve adotar práticas administrativas flexíveis, que possi-
9. bilitem a maior participação e interlocução entre o administrador, os funcionários e os usuá-
rios.
É a administração que deve oferecer ao usuário produtos e serviços que atendam suas aspi-
10.
rações e necessidades.
5.3. – GABARITO.
1. ERRADO.
2. ERRADO.
3. ERRADO.
4. CERTO.
5. CERTO.
6. CERTO.
7. ERRADO.
8. CERTO.
9. CERTO.
10. ERRADO.
Estratégia Concursos