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Procedimento Operacional

Padrão (POP)

Assistência de Enfermagem POP NEPEN/DE/HU


Título Versão: 02 Próxima
revisão:
Aferição da Pressão 2019
Arterial
Elaborado por: Enfermeiros do Serviço de Enfermagem da Data da criação: 05/08/2014
Clínica Obstétrica
Revisado por: Membros permanentes do NEPEN Data da revisão: 06/08/2015
Data da 2° revisão: 21/11/2017
Aprovado por: Diretoria de Enfermagem Data da aprovação: 21/11/2017

Local de guarda do documento: Rede/obelix/POP e impresso

Responsável pelo POP e pela atualização: Membros permanentes do NEPEN e Diretoria de


Enfermagem
Objetivo: Avaliar a capacidade e eficácia do sistema cardiovascular e verificar alterações na
pressão arterial fisiológica.
Setor: Todos os setores assistenciais Agente(s):
Equipe de Enfermagem
1. CONCEITO

Os sinais vitais são indicadores do estado de saúde e da garantia das funções circulatórias,
respiratória, neural e endócrina do corpo. A mensuração da PA é a medida da pressão exercida pelo
sangue nas paredes das artérias quando o sangue é ejetado na corrente sanguínea pelo ventrículo
esquerdo.

2. MATERIAIS NECESSÁRIOS

1. Bandeja;
2. Esfigmomanômetro;
3. Estetoscópio;
4. Algodão;
5. Solução alcoólica de gluconato de clorexidina 0,5%;
6. Incidin® 10ml/L;
7. Caneta e papel.

3. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

1. Realizar a desinfecção da bandeja com Incidin® 10ml/L;

2. Preparar o material necessário na bandeja;


3. Realizar a higienização das mãos;

4. Realizar a desinfecção do estetoscópio e esfigmomanômetro com algodão


umedecido em solução alcoólica de gluconato de clorexidina 0,5%;

5. Explicar o procedimento para o paciente e/ou acompanhante;

6. Escolher o manguito adequado ao braço do paciente, cerca de 2 a 3cm acima da


fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial. A
largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e
o seu comprimento, envolver pelo menos 80%;

7. Posicionar, se possível, o paciente sentado;

8. Expor o braço para colocar o manguito;

9. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º


espaço intercostal), com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo levemente
fletido;

10. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até o seu desaparecimento para estimativa
da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar um minuto para inflar
novamente;

11. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na


fossa antecubital, evitando compressão excessiva;

12. Inflar rapidamente de 10 em 10mmHg, até ultrapassar de 20 a 30mmHg o nível


estimado da pressão sistólica;

13. Proceder a deflação com velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo.
Após identificação do som que determina a pressão sistólica, aumentar a velocidade
para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente;

14. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase


I de Korotkoff), seguido de batidas regulares que se intensificam com o aumento
da velocidade da deflação;

15. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff).


Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu
desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa. Quando os
batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff);

16. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a


posição do paciente;

17. Posicionar o paciente no leito de forma confortável;

18. Realizar a desinfecção do estetoscópio e do esfigmomanômetro com solução


alcoólica de gluconato de clorexidina 0,5%;
19. Realizar desinfecção da bandeja com Incidin®;

20. Realizar higienização das mãos;

21. Comunicar alterações dos valores ao Enfermeiro;

22. Registrar o procedimento e anotar o valor encontrado no prontuário. Assinar e


carimbar os respectivos registros.

Obervações:
-Utilizar preferencialmente esfignomanômetro individual quando disponível na cabeceira do
paciente;
-Não aferir a pressão arterial em membros que tiveram:
▪ Fístula endovenosa
▪ Cateterismo
▪ Plegias
▪ Punção venosa
▪ Infusão de líquidos
▪ Membro que for do lado mastectomizado do paciente

4. NOMENCLATURA E VALORES DE REFERÊNCIA


Classificação Pressão Sistólica Pressão Diastólica
(mmHg) (mmHg)
Ótima < 120 <80
Normal < 130 < 85
Limítrofe 130 – 139 85 – 89
Hipertensão estágio I 140 – 159 90 – 99
Hipertensão estágio II 160 – 179 100 – 109
Hipertensão estágio III > ou = 180 > ou = 110
Hipertensão sistólica isolada > ou = 140 < 90

5. REFERÊNCIAS

VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol, São Paulo, v. 95, n. 1, 2010.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2010001700001&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 17/11/2017.

BARE, B. G.; SUDDARTH, D. S. Brunner – Tratado de enfermagem médico –


Cirúrgica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier,
2009.

PORTO, C.C. Semiologia médica. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade
Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol. 2010
(1 supl. 1): 1-51.

KOCH, R.M. et AL. Técnicas básicas de enfermagem. 22ª edição. Curitiba: Século XXI
Livros, 2004.

TEIXEIRA, C. C. Aferição dos sinais vitais: um indicador do cuidado seguro em idosos.


Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2015 Out-Dez; 24(4): 1071-8. Acesso em:
20/11/2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v24n4/pt_0104-0707-tce-24-04-
01071.pdf

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