Apostila Nova Concursos Epcar
Apostila Nova Concursos Epcar
Apostila Nova Concursos Epcar
Cadetes do Ar
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com
base no Edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos.
MA016-2017
DADOS DA OBRA
Cargo: Cadetes do Ar
• Língua portuguesa
• Matemática
• Língua Inglesa
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira
Capa
Rosa Thaina dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
Acesse:
www.novaconcursos.com.br/passaporte
PASSO 2
Digite o código do produto no campo indicado no
site.
O código encontra-se no verso da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: AB026-17
PASSO 3
Pronto!
Você já pode acessar os conteúdos online.
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Matemática
2.25 Relações métricas num triângulo qualquer: lei dos co-senos e senos..............................................................................................81
2.26 Relações métricas no círculo................................................................................................................................................................................81
2.27 Razões trigonométricas: razões trigonométricas dos ângulos 30, 45 e 60 graus. Relações entre as razões trigonomé-
tricas. Emprego das tábuas trigonométricas. Problemas de aplicação.......................................................................................................81
2.28 Polígonos regulares: relações métricas nos polígonos regulares..................................................................................................... 109
2.29 Áreas de regiões planas: relações métricas entre áreas de figuras planas................................................................................... 116
2.30 Medidas de volume, de capacidade, de massa, de comprimento e de área............................................................................... 116
2.31 Noções de Estatística: gráficos de barras, de colunas, de setores e de linhas; distribuição de frequências, população e
variável; variáveis discretas, variáveis contínuas, variáveis qualitativas, média, mediana e moda; dispersão de dados; desvio
e desvio padrão................................................................................................................................................................................................................. 121
2.32 Contagem e Probabilidade: princípio fundamental da contagem; e, Probabilidade............................................................... 136
Língua Inglesa
1
LÍNGUA PORTUGUESA
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pro- a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar
nome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo
vai dizer e o que já foi dito. subentendido.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia - Negação da informação não nega o pressuposto.
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e - Pressuposto não verdadeiro – informação explícita
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do absurda.
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer - Principais marcadores de pressupostos: a) adjetivos;
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor b) verbos; c) advérbios; d) orações adjetivas; e) conjunções.
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
cedente. QUESTÕES
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vu-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que nesp/2013)
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
a saber: O uso da bicicleta no Brasil
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, A utilização da bicicleta como meio de locomoção no
mas depende das condições da frase. Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação
qual (neutro) idem ao anterior. com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos
quem (pessoa) quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Ape-
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois sar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que
o objeto possuído. a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de
como (modo) transporte, um dos que oferecem mais vantagens.
onde (lugar) A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicle-
quando (tempo) tas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e
quanto (montante) jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são
todos considerados veículos, com direito de circulação pe-
exemplo:
las ruas e prioridade sobre os automotores.
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade,
aparecer o demonstrativo O ).
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de
Dicas para melhorar a interpretação de textos
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestio-
namentos por excesso de veículos motorizados, que atin-
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto; gem principalmente as grandes cidades; o favorecimento
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e
a leitura; a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto claro, nos impostos.
pelo menos duas vezes; No Brasil, está sendo implantado o sistema de com-
- Inferir; partilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitu-
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do ra, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com
autor; quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo
compreensão; país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
questão; compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo
site. O valor do passe mensal é R$10 e o do passe diário,
Segundo Fiorin: R$5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das
-Pressupostos – informações implícitas decorrentes 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que
necessariamente de palavras ou expressões contidas na já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em
frase. pontos estratégicos.
- Subentendidos – insinuações não marcadas clara- A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
mente na linguagem. não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda
- Pressupostos – verdadeiros ou admitidos como tal. não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de
- Subentendidos – de responsabilidade do ouvinte. transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike.
- Falante não pode negar que tenha querido transmitir Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande,
2
LÍNGUA PORTUGUESA
carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam- mas também se engajam num comportamento de risco –
se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que po- algumas até agem especificamente para irritar o outro mo-
deriam ser evitados. torista ou impedir que este chegue onde precisa.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando
estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. um motorista a tomar decisões irracionais.
Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocio-
segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, nante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de
motocicletas e caminhões desconhece as leis que abran- nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que
gem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para
ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve in- alguns, mas também é uma atividade que tende a aumen-
tegrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de tar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos cons-
locomoção precisa compreender que deverá gastar com ciência disso no momento.
alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez
que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas
de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e
devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha,
habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane
sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais,
Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a ten-
além de espelho retrovisor do lado esquerdo. dência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartan-
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. do o aspecto comunitário do ato de dirigir.
Adaptado) Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito,
o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsi-
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como to não são os congestionamentos ou mais motoristas nas
meio de locomoção nas metrópoles brasileiras ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressi-
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra va. As crianças aprendem que as regras normais em relação
devido à falta de regulamentação. ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos
incentivado em várias cidades. em comportamentos de disputa ao volante, mudando de
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sem-
maioria dos moradores. pre com pressa para chegar ao destino.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
os demais meios de transporte. sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era des-
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade carregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a
arriscada e pouco salutar. descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos transformar um incidente em uma violenta briga.
objetivos centrais do texto é Com isso em mente, não é surpresa que brigas vio-
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do lentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas
ciclista. está predisposta a apresentar um comportamento irracio-
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta nal quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a
é mais seguro do que dirigir um carro. maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bi- quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos,
é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas
cicleta no Brasil.
corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como
emoção.
meio de locomoção se consolidou no Brasil.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013.
deve dar prioridade ao pedestre. Adaptado)
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp 3-) Tomando por base as informações contidas no tex-
2013) Leia o texto para responder às questões de 3 a 5 to, é correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante aconte-
Propensão à ira de trânsito cem à medida que os motoristas se envolvem em decisões
conscientes.
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são cau-
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais se- sadas pela constante preocupação dos motoristas com o
guro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trân- aspecto comunitário do ato de dirigir.
sito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas
com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma di-
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, reção agressiva.
3
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de ex- II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí-
periências e atividades não só individuais como também fica deriva do fato de serem apresentados ao espectador
sociais. objetos imaginários que, embora não existam na vida real,
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle estão, de algum modo, conectados à realidade.
das emoções positivas por parte dos motoristas. III. A ficção científica extrapola os limites da realidade,
mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredi-
4. A ira de trânsito ta-se que seja possível.
A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras. Está correto o que se afirma APENAS em
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade. (A) III.
(C) conduz a um comportamento coerente. (B) I e II.
(D) resulta do comportamento essencialmente comu- (C) I e III.
nitário dos motoristas. (D) II e III.
(E) decorre de imperícia na condução de um veículo. (E) II.
5. De acordo com o perito Dr. James,
7-) Sem prejuízo para o sentido original e a correção
(A) os congestionamentos representam o principal fa-
gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se permite
tor para a ira no trânsito.
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para sonhar seus piores problemas... (2o parágrafo), pode ser
o aumento de suas frustrações. substituído por:
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em (A) descansar.
suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que (B) desprezar.
outros motoristas não o irritem. (C) esquecer.
(D) a principal causa da direção agressiva é o desco- (D) fugir.
nhecimento das regras de trânsito. (E) imaginar.
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira
contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras (TRF 3ª região/2014) Atenção: Para responder às ques-
de civilidade. tões de números 8 a 10 considere o texto abaixo.
Texto I
(TRF 3ª região/2014) Para responder às questões de O canto das sereias é uma imagem que remonta às
números 6 e 7 considere o texto abaixo. mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas.
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama
anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecen- é comum.
do no mundo no momento em que o filme foi feito. Não As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de
no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi-
atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em pro- terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes,
jeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraí-
uma adequada distância de tempo e espaço. dos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então
piores problemas: desumanização, superpopulação, totali- devoravam impiedosamente os tripulantes.
tarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realida- Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com
de, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas
possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo
soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por
o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial
Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia.
para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica
o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essen- Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
cial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cine- inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conse-
matográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, guiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma
objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs música ainda mais sublime do que aquela que vinha da
inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.
se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma
estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e cora-
coletivas futuras. joso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um fil- seus inescapáveis limites humanos.
me. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.) Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza
para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento
6-) Considere: em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que
I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e orde-
com distanciamento de tempo e espaço, questões con- nou que o amarrassem ao mastro central do navio. O sur-
troversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de preendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios
modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser apli- ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses
cada para resolver os problemas da realidade. foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os
4
LÍNGUA PORTUGUESA
tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita,
subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao
não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. que foi produzido.
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, Outra diferença importante é com relação ao trata-
como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literários
do herói era clara: a falsa promessa de gratificação ime- (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem
diata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de para veicular uma série de informações, o texto literário
vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar funciona de maneira a chamar a atenção para a própria
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de explorar
contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e
suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em o sentido das palavras.
sua própria alma. Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lingua-
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São gem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de uso da
mesma expressão, porém, de acordo com alguns escrito-
Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
res, na linguagem literária:
8-) Há no texto
Linguagem não literária:
(A) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses
1- Anoitece.
usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles. 2- Teus cabelos loiros brilham.
(B) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, 3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ...
cujo talento musical causava inveja ao primeiro.
(C) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em Linguagem literária:
relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu. 1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga
(D) crítica à forma pouco original com que Orfeu deci- Peixoto)
de enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses. 2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz!
(E) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia (Mário Quintana)
quase lhe custou seu projeto de vida. 3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nas-
cença. (José Cândido de Carvalho)
9-) Depreende-se do texto que as sereias atingiam
seus objetivos por meio de Como distinguir, na prática, a linguagem literária da
(A) intolerância. não literária?
(B) dissimulação. - A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (pa-
(C) lisura. lavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem
(D) observação. sentidos mais amplos do que geralmente possuem.
(E) condescendência. - Na linguagem literária há uma preocupação com a
escolha e a disposição das palavras, que acabam dando
10-) O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4o vida e beleza a um texto.
parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substi- - Na linguagem literária é muito importante a maneira
tuindo-se o elemento grifado por original de apresentar o tema escolhido.
(A) insolente. - A linguagem não literária é objetiva, denotativa,
(B) inatingível. preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em
seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística.
(C) intacto.
Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com-
(D) inativo.
plementos).
(E) impalpável.
Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin-
guagens utilizadas neles.
GABARITO
Texto A
1- B 2-A 3-D 4-B 5-E Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre-
6- D 7-E 8-A 9-B 10-C dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma
coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de
Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa- sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser
lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor
linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aque- à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços
la que não caracteriza a literatura. de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por
Embora um médico faça suas prescrições em determi- pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas
nado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser que apresenta grande variedade e comportamentos e rea-
consideradas literárias porque se tratam de um vocabulá- ções.
rio especializado e de um contexto de uso específico. Ago- Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário
ra, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor da Língua Portuguesa, Nova Fronteira.
5
LÍNGUA PORTUGUESA
6
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção As figuras acima nos comunicam sua mensagem atra-
incorreta vés da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a in-
a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, formação).
ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal-
mente como um meio de refletir e recriar a realidade. - Não Verbal: aquela que utiliza outros métodos de
b) No texto II, de expressão não literária, o autor infor- comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a
ma o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a lingua-
onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, gem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
etc.
c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum –
açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo-
rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre
o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que
o produz – dura, amarga, triste.
d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos
de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento
de novas formas de dizer. Essas figuras fazem uso apenas de imagens para co-
e) O texto II não é literário porque, diferentemente do municar o que representam.
literário, parte de um aspecto da realidade, e não da ima-
ginação. A Língua é um instrumento de comunicação, sendo
composta por regras gramaticais que possibilitam que de-
Gabarito terminado grupo de falantes consiga produzir enunciados
que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por
1-) D exemplo: falantes da língua portuguesa.
A língua possui um caráter social: pertence a todo um
2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada
caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo membro da comunidade pode optar por esta ou aquela
em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira forma de expressão. Por outro lado, não é possível criar
peculiar. uma língua particular e exigir que outros falantes a com-
preendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de ma-
3-) E – o texto I também fala da realidade, mas com um neira particular a língua comunitária, originando a fala. A
cunho diferente do texto II. No primeiro há uma colocação fala está sempre condicionada pelas regras socialmente
diferenciada por parte do autor em que o objetivo não é estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para
unicamente passar informação, existem outros “motivado- permitir um exercício criativo da comunicação. Um indiví-
res” por trás desta escrita. duo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira:
Linguagem é a capacidade que possuímos de expres- Outro, no entanto, pode optar por:
sar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos.
Está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há co- A família de Regina era muito pobre.
municação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos As diferenças e semelhanças constatadas devem-se
de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além
tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais disso, que essas manifestações devem obedecer às regras
convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de
exemplo). Num sentido mais genérico, a linguagem pode produzir enunciados incompreensíveis como:
ser classificada como qualquer sistema de sinais que se va-
lem os indivíduos para comunicar-se. Família a paupérrima de era Regina.
A linguagem pode ser:
Não devemos confundir língua com escrita, pois são
- Verbal: aquela que faz uso das palavras para comu- dois meios de comunicação distintos. A escrita represen-
nicar algo. ta um estágio posterior de uma língua. A língua falada
é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em
toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom
de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisiono-
mias. A língua escrita não é apenas a representação da lín-
gua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido,
uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas
7
LÍNGUA PORTUGUESA
8
LÍNGUA PORTUGUESA
9
LÍNGUA PORTUGUESA
02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não a) muito, faísca, balaústre.
um, mas dois fonemas? b) guerreiro, gratuito, intuito.
a) exemplo c) fluido, fortuito, Piauí.
b) complexo d) tua, lua, nua.
c) próximos e) n.d.a.
d) executivo
e) luxo 10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresen-
tam ditongo crescente:
03. Qual palavra possui dois dígrafos? a) Lei, Foice, Roubo
a) fechar b) Muito, Alemão, Viu
b) sombra c) Linguiça, História, Área
c) ninharia d) Herói, Jeito, Quilo
d) correndo e) Equestre, Tênue, Ribeirão
e) pêssego
Respostas:
04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos
01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas
apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato,
demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7
hiato, ditongo.
fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas /
a) jamais / Deus / luar / daí
11 letras).
b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/).
c) ódio / saguão / leal / poeira
03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”).
d) quais / fugiu / caiu / história
04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu).
05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C
05. Os vocabulários passarinho e querida possuem:
DIVISÃO SILÁBICA
a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
b)10 e 7 fonemas respectivamente; Sílaba
c) 9 e 6 fonemas respectivamente;
d) 8 e 6 fonemas respectivamente; A palavra amor está dividida em grupos de fonemas
e) 7 e 6 fonemas respectivamente. pronunciados separadamente: a - mor. A cada um des-
ses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se
06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípe- o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é
do: sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca
há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma,
a) 7 para sabermos o número de sílabas de uma palavra, deve-
b) 12 mos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção:
c) 11 as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem
d) 14 representar semivogais.
e) 15
Classificação das palavras quanto ao número de sí-
07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, res- labas
pectivamente:
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos:
a) 4 e 2 fonemas mãe, flor, lá, meu;
b) 9 e 5 fonemas - Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé,
c) 8 e 5 fonemas i-ra, a-í, trans-por;
d) 7 e 7 fonemas - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma,
e) 8 e 4 fonemas pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;
10
LÍNGUA PORTUGUESA
11
LÍNGUA PORTUGUESA
7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi-
é: cadas como:
a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to; Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ; última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al; Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai
d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa; na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato
e) coe-são / si-len-cio-so. – passível
8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”,
”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica
sílabas: está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím-
pano – médico – ônibus
a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo;
b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; Como podemos observar, os vocábulos possuem mais
c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com
d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo; uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que,
e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo. quando pronunciados, apresentam certa diferenciação
quanto à intensidade.
9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com he- Tal diferenciação só é percebida quando os pronun-
modiálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-
ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como
se corretamente divididas em sílabas na alternativa:
podemos observar no exemplo a seguir:
a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria; “Sei que não vai dar em nada,
b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria; Seus segredos sei de cor”.
c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a; Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de-
e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria. mais, como átonos (que, em, de).
12
LÍNGUA PORTUGUESA
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
Regras especiais:
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
palavras paroxítonas. precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
As formas verbais que possuíam o acento tônico na
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:
acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu.
Antes Depois
Antes Agora apazigúe (apaziguar) apazigue
assembléia assembleia averigúe (averiguar) averigue
idéia ideia argúi (arguir) argui
geléia geleia
jibóia jiboia Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa
apóia (verbo apoiar) apoia do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo
paranóico paranoico vir)
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca ter, reter, deter, abster.
– baú – país – Luís ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
Observação importante: ele retém – eles retêm
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando ele convém – eles convêm
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Antes Agora Não se acentuam mais as palavras homógrafas que
bocaiúva bocaiuva antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
feiúra feiura lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
Sauípe Sauipe exceções, como:
13
LÍNGUA PORTUGUESA
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do 06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen- PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência”
do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa recebem acento gráfico com base na mesma regra de
do singular do presente do indicativo). Ex: acentuação gráfica.
Ela pode fazer isso agora. (...) CERTO ( ) ERRADO
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES-
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mes-
preposição por. mas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”,
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co- respectivamente, são
locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: a) trajetória, inútil, café e baú.
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
Faço isso por você. c) necessário, túnel, infindáveis e só.
d) médio, nível, raízes e você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
e) éter, hífen, propôs e saída.
Questões sobre Acentuação Gráfica
08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acen-
tuados graficamente de acordo com a mesma regra de
01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – acentuação gráfica os vocábulos
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras A) também e coincidência.
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que B) quilômetros e tivéssemos.
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, C) jogá-la e incrível.
relógios, suíços. D) Escócia e nós.
(A) flexíveis, cartório, tênis. E) correspondência e três.
(B) inferência, provável, saída.
(C) óbvio, após, países. 09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
(D) islâmico, cenário, propôs. PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de
(E) república, empresária, graúda. acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
(...) CERTO ( ) ERRADO
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) GABARITO
Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo
as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio 01. E 02. D 03. E 04. C 05. E
e antropológico. 06. C 07. D 08. B 09. E
(A) Distúrbio e acórdão.
(B) Máquina e jiló. RESOLUÇÃO
(C) Alvará e Vândalo.
(D) Consciência e características. 1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona
(E) Órgão e órfãs. terminada em ditongo / suíços = regra do hiato
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida
TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pa- de “s”)
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo /
lavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
hiato
( ) CERTO ( ) ERRADO
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS (D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona
GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em
afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação. “o” + “s”
A) tevê – pôde – vê (E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto-
B) únicas – histórias – saudáveis na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato
C) indivíduo – séria – noticiários
D) diário – máximo – satélite 2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, pri-
meiro temos que classificar as palavras do enunciado
05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- quanto à posição de sua sílaba tônica:
PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; An-
do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. tropológico = proparoxítona (todas são acentuadas). Ago-
(...) CERTO ( ) ERRADO ra, vamos à análise dos itens apresentados:
14
LÍNGUA PORTUGUESA
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel
acórdão = paroxítona terminada em “ão” = paroxítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada terminada em “i + s”; só = monossílaba terminada em “o”.
em “o” d) médio, nível, raízes e você.
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = pro- Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = pa-
paroxítona roxítona terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será =
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; oxítona terminada em “a”.
características = proparoxítona e) éter, hífen, propôs e saída.
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona
“ão” e “ã”, respectivamente. terminada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”;
saída = regra do hiato.
3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato;
calúnia = paroxítona terminada em ditongo; injúria = paro- 8-)
xítona terminada em ditongo. A) também e coincidência.
RESPOSTA: “ERRADO”. Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência
= paroxítona terminada em ditongo
4-) B) quilômetros e tivéssemos.
A) tevê – pôde – vê Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparo-
Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito per- xítona
feito do Indicativo) = acento diferencial (que ainda preva- C) jogá-la e incrível.
lece após o Novo Acordo Ortográfico) para diferenciar de Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona termina-
“pode” – presente do Indicativo; vê = monossílaba termi- da em “l’
nada em “e” D) Escócia e nós.
B) únicas – histórias – saudáveis Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós =
Únicas = proparoxítona; história = paroxítona termi- monossílaba terminada em “o + s”
nada em ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em E) correspondência e três.
ditongo. Correspondência = paroxítona terminada em ditongo;
C) indivíduo – séria – noticiários três = monossílaba terminada em “e + s”
Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria =
paroxítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona 9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monos-
terminada em ditongo. sílaba terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em
D) diário – máximo – satélite ditongo aberto “éu”.
Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = RESPOSTA: “ERRADO”.
proparoxítona; satélite = proparoxítona.
ORTOGRAFIA OFICIAL.
5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxíto-
na. Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepenúlti- A ortografia é a parte da língua responsável pela gra-
ma sílaba é tônica, “mais forte”). fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão
RESPOSTA: “ERRADO”. culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou par-
6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diá- cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten-
ria = paroxítona terminada em ditongo; paciência = paro- do significados diferentes. Essas palavras são chamadas
xítona terminada em ditongo. Os três vocábulos são acen- de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto,
tuados devido à mesma regra. do latim, significa música vocal). As palavras homônimas
RESPOSTA: “CERTO”. dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo
7-) Vamos classificar as palavras do enunciado: gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa-
1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo lácio ou passo, movimento durante o andar).
2-) razoável = paroxítona terminada em “l’ Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
3-) países = regra do hiato se observar as seguintes regras:
4-) será = oxítona terminada em “a”
O fonema s:
a) trajetória, inútil, café e baú.
Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan-
paroxítona terminada em “l’; café = oxítona terminada em tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
“e” corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão /
b) exercício, balaústre, níveis e sofá. ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão
Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaús- / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im-
tre = regra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer
s”; sofá = oxítona terminada em “a”. - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
c) necessário, túnel, infindáveis e só. - consensual
15
LÍNGUA PORTUGUESA
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri- *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / Observação: Exceção: pajem
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
compromisso / submeter - submissão litígio, relógio, refúgio.
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé- *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
trico / re + surgir - ressurgir gir.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem- *depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
plos: ficasse, falasse nado com j: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, boia, manjerona.
Juçara, caçula, cachaça, cacique *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, O fonema ch:
esperança, carapuça, dentuço
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / Escreve-se com X e não com CH:
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
*após ditongos: foice, coice, traição caxi, muxoxo, xucro.
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J):
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
xampu, lagartixa.
*depois de ditongo: frouxo, feixe.
O fonema z:
*depois de “en”: enxurrada, enxoval.
Escreve-se com S e não com Z:
Observação: Exceção: quando a palavra de origem
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me- Escreve-se com CH e não com X:
tamorfose. *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
quiseste.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados As letras e e i:
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.
empresa / difundir - difusão Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os
*após ditongos: coisa, pausa, pouso verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina - atenção para as palavras que mudam de sentido
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su-
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expan-
Escreve-se com Z e não com S: dir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje- estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
tivo: macio - maciez / rico - riqueza
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portu-
origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con- gues/ortografia
cretizar
*como consoante de ligação se o radical não terminar Questões sobre Ortografia
com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
inho - lapisinho 01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre
as frases que seguem, a única correta é:
O fonema j: a) Ele se esqueceu de que?
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri-
Escreve-se com G e não com J: bui-lo entre os presentes.
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-
gesso. ticas.
16
LÍNGUA PORTUGUESA
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações 06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU-
dos funcionários. NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o
verbo no tempo futuro.
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter- (A) Mas elas cresceram...
nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
(B) Mas elas cresciam...
com a norma- -padrão.
(C) Mas elas cresçam...
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. (D) Mas elas crescem...
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- (E) Mas elas crescerão...
cal.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. 07. (IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM – CCI] – VU-
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! NESP/2011 - ADAPTADA) Assinale a alternativa em que o
trecho – O teste decisivo e derradeiro para ele, cidadão an-
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – sioso e sofredor...– está escrito corretamente no plural.
2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para (A) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadãos
informar os usuários sobre o festival Sounderground. ansioso e sofredores...
Prezado Usuário
(B) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do
ansioso e sofredores...
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30,
começa o Sounderground, festival internacional que presti- (C) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cida-
gia os músicos que tocam em estações do metrô. dãos ansiosos e sofredores...
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- (D) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadões
tarão e divirta-se! ansioso e sofredores...
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se (E) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães
preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as ansiosos e sofredores...
expressões
A) A fim ...a partir ... as B) A fim ...à partir ... às 08. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011)
C) A fim ...a partir ... às D) Afim ...a partir ... às Assinale a alternativa em que a frase NÃO contraria a nor-
E) Afim ...à partir ... as
ma culta:
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios,
FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na se- por isso posso me queixar com razão.
guinte frase: B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra-
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é passarmos os infortúnios da vida.
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa- C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes
geiros nos aeroportos. que vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontanei- vida.
dade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento,
pessoa cortês. principalmente daqueles que procuram viver com dignida-
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só- de e simplicidade.
cio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do
E) As dificuldades por que passamos certamente nos
pátio.
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa má- fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
goa pode estar sendo o grande impecilho na superação
dessa sua crise. 09.Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta:
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta A) Porque essa cara? B) Não vou porque
quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na conces- não quero.
são de privilégios ilegítimos. C) Mas por quê? D) Você saiu por quê?
05.Em qual das alternativas a frase está corretamente 10-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO
escrita? FORENSE - CESPE/2013 - adaptada) Uma variante igual-
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou- mente correta do termo “autópsia” é autopsia.
pansa.
( ) Certo
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan-
ça. ( ) Errado
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
sa. GABARITO
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- 01.E 02. D 03. C 04. A 05. B
pansa. 06. E 07. C 08. E 09. A 10. C
17
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) Prezado Usuário 10-) autopsia s.f., autópsia s.f.; cf. autopsia
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do me- (fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/
trô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa sys/start.htm?sid=23)
o Sounderground, festival internacional que prestigia os mú- RESPOSTA: “CERTO”.
sicos que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- HÍFEN
tarão e divirta-se!
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado;
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
antes de horas: há crase
para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor,
ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
4-) Fiz a correção entre parênteses:
receram-me; vê-lo-ei).
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
geiros nos aeroportos.
duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque)
sua reputação de pessoa cortês. Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio tográfica:
de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
(frondosa) árvore do pátio. 1. Em palavras compostas por justaposição que formam
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem
dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe- para formar um novo significado: tio-avô, porto-alegrense,
cilho) na superação dessa sua crise. luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni-
vente na concessão de privilégios ilegítimos. 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
5-) menina, erva-doce, feijão-verde.
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
pansa. = mendigo/caderneta/poupança 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans- e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
sa. = mendigo/caderneta/poupança do, aquém- -fiar, etc.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
elas crescerão... de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.
18
LÍNGUA PORTUGUESA
19
LÍNGUA PORTUGUESA
08.Assinale o item em que o uso do hífen está incor- 6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também
reto. diante de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender,
A) infraestrutura / super-homem / autoeducação subsolo, sub- -reptício (sem o hífen até a leitura da pala-
B) bem-vindo / antessala /contra-regra vra será alterada; /subre/, ao invés de /sub re/), subliminar
C) contramestre / infravermelho / autoescola
D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói 7-)
E) extraoficial / infra-hepático /semirreta A) autocrítica, contramestre, extraoficial
B) infra-assinado, infravermelho, infrassom
09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção C) semicírculo, semi-humano, semi-internato
quanto ao emprego do hífen. D) supervida, superelegante, supermoda = corretas
A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura E) sobressaia, minissaia, supersaia
para relacionamento extraconjugal. 8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra
B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterre-
9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an-
no.
tirrábica.
C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
rinas.
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina an- 10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
tirrábica.
E) Era um suboficial de uma superpotência.
20
LÍNGUA PORTUGUESA
Amazonas amazonense ou baré Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Belo Horizonte belo-horizontino função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Brasília brasiliense que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
Cabo Frio cabo-friense um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Campinas campineiro ou campinense a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-
Adjetivo Pátrio Composto tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos
cinza.
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro Veja outros exemplos:
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru- Motos vinho (mas: motos verdes)
dita. Observe alguns exemplos: Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto Adjetivo Composto
-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas
China sino- / Acordos sino-japoneses o último elemento concorda com o substantivo a que se
Espanha hispano- / Mercado hispano-português refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso
Europa euro- / Negociações euro-americanas um dos elementos que formam o adjetivo composto seja
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italia- um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica-
nas rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
Grécia greco- / Filmes greco-romanos um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen-
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala-
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portu- vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um
guesa substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
Japão nipo- / Associações nipo-brasi- invariável. Por exemplo:
leiras Camisas rosa-claro.
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Flexão dos adjetivos Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
O adjetivo varia em gênero, número e grau. Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual-
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre
Gênero dos Adjetivos invariáveis.
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se têm os dois elementos flexionados.
referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em: Grau do Adjetivo
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas- Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten-
culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
mau e má, judeu e judia. o comparativo e o superlativo.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no
feminino somente o último elemento. Por exemplo: o moço Comparativo
norte-americano, a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi-
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de
como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe
feliz. os exemplos abaixo:
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença No comparativo de igualdade, o segundo termo da
político-social. comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
Número dos Adjetivos
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
Plural dos adjetivos simples rioridade Analítico
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acor- No comparativo de superioridade analítico, entre os
do com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli- rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do
zes, ruim e ruins boa e boas que” ou “mais...que”.
21
LÍNGUA PORTUGUESA
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe- radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
rioridade Sintético ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca-
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual,
grande/maior, baixo/inferior. as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o de-
Observe que: sagradável hiato i-í.
a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
pectivamente. tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei- ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve- referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais gran- ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
de e mais pequeno. Por exemplo: se desenvolve.
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sen-
mentos. tido de caracterizar os processos expressos por ele. Contu-
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos),
duas qualidades de um mesmo elemento. pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se-
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- guem alguns exemplos:
ferioridade Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
Sou menos passivo (do) que tolerante. você está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad-
Superlativo
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
O artista canta muito mal.
O superlativo expressa qualidades num grau muito
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifi-
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
ca outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar
um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim
senta-se nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala- não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama-
vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: mos de locução adverbial, representada por algumas ex-
O secretário é muito inteligente. pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de
Sintética: a intensificação se faz por meio do acrésci- modo algum, entre outras.
mo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér-
Observe alguns superlativos sintéticos: bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez
benéfico beneficentíssimo expressas por:
bom boníssimo ou ótimo de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres-
comum comuníssimo sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
cruel crudelíssimo poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral,
difícil dificílimo frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior
doce dulcíssimo parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste-
fácil facílimo mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente,
fiel fidelíssimo docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa-
mente
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto,
Essa relação pode ser: quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase,
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. de todo, de muito, por completo.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
Note bem: amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata-
etc., antepostos ao adjetivo. mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, quando, de quando em quando, a qualquer momento, de
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo tempos em tempos, em breve, hoje em dia
22
LÍNGUA PORTUGUESA
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Combinação dos Artigos
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí,
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, É muito presente a combinação dos artigos definidos
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter- e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em essas combinações:
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, Preposições Artigos
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum o, os
a ao, aos
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel- de do, dos
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe em no, nos
por (per) pelo, pelos
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe- a, as um, uns uma, umas
tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubi- à, às - -
tavelmente (=sem dúvida). da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so- pela, pelas - -
mente, simplesmente, só, unicamente
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam- com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é
bém conhecida por crase.
Há locuções adverbiais que possuem advérbios cor- - No caso de nomes próprios personativos, denotando
respondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
saiu apressadamente. do artigo: O Pedro é o xodó da família.
23
LÍNGUA PORTUGUESA
24
LÍNGUA PORTUGUESA
25
LÍNGUA PORTUGUESA
26
LÍNGUA PORTUGUESA
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a ex-
pressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
ambos(as), novena.
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada:
dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número:
milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e con-
seguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do
medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sen-
tido. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
27
LÍNGUA PORTUGUESA
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
28
LÍNGUA PORTUGUESA
29
LÍNGUA PORTUGUESA
Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
de alguma forma. ou do caso oblíquo.
A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so- Pronome Reto
nhos!
[substituição do nome] Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo- tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
nita! Nós lhe ofertamos flores.
[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos! Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
[qualificação do nome] nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
Grande parte dos pronomes não possuem significados Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro gurado:
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos - 1ª pessoa do singular: eu
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro- - 2ª pessoa do singular: tu
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes - 3ª pessoa do singular: ele, ela
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- - 1ª pessoa do plural: nós
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação - 2ª pessoa do plural: vós
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, - 3ª pessoa do plural: eles, elas
os pronomes apresentam uma forma específica para cada
pessoa do discurso. Atenção: esses pronomes não costumam ser usados
como complementos verbais na língua-padrão. Frases
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
fala]
me até aqui”.
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro-
se fala] nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as pró-
prias formas verbais marcam, através de suas desinências,
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- boa viagem. (Nós)
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
através do pronome seja coerente em termos de gênero Pronome Oblíquo
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- direto ou indireto) ou complemento nominal.
sa escola neste ano. Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
adequada] Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma
[neste: pronome que determina “ano” = concordância variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação
adequada] indica a função diversa que eles desempenham na oração:
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
dância inadequada] marca o complemento da oração.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
tônicos.
Pronomes Pessoais
Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
“vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e fraca: Ele me deu um presente.
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con-
ou às pessoas de quem fala. figurado:
30
LÍNGUA PORTUGUESA
- 1ª pessoa do singular (eu): me Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
- 2ª pessoa do singular (tu): te nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos - As preposições essenciais introduzem sempre prono-
- 2ª pessoa do plural (vós): vos mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
Observações: forma:
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se Não há mais nada entre mim e ti.
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por Não há nenhuma acusação contra mim.
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome Não vá sem mim.
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos Atenção: Há construções em que a preposição, apesar
diretos como objetos indiretos. de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o
objetos diretos. verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combi- nome, deverá ser do caso reto.
nar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for- Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, Não vá sem eu mandar.
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: - A combinação da preposição “com” e alguns prono-
- Trouxeste o pacote? mes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
- Sim, entreguei-to ainda há pouco. conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
- Não contaram a novidade a vocês? quentemente exercem a função de adjunto adverbial de
- Não, no-la contaram. companhia.
No português do Brasil, essas combinações não são Ele carregava o documento consigo.
usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
é muito raro. por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas todos, ambos ou algum numeral.
especiais depois de certas terminações verbais. Quando o Você terá de viajar com nós todos.
verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma Estávamos com vós outros quando chegaram as más
lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal notícias.
é suprimida. Por exemplo: Ele disse que iria com nós três.
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo Pronome Reflexivo
dizer + a = dizê-la São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as- da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: expressa pelo verbo.
viram + o: viram-no O quadro dos pronomes reflexivos é assim configura-
repõe + os = repõe-nos do:
retém + a: retém-na - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
tem + as = tem-nas Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
Pronome Oblíquo Tônico
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos Assim tu te prejudicas.
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Conhece a ti mesmo.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica - 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
forte. Guilherme já se preparou.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim con- Ela deu a si um presente.
figurado: Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo - 1ª pessoa do plural (nós): nos.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela Lavamo-nos no rio.
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco - 2ª pessoa do plural (vós): vos.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
31
LÍNGUA PORTUGUESA
Pronomes de Tratamento
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em rela-
ção à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.
*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)
Pronomes Possessivos
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
32
LÍNGUA PORTUGUESA
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
Observações:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, seu
José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência trouxe
sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anota-
ções.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os
passos. (= Vou seguir seus passos.)
Pronomes Demonstrativos
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa
que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escri-
ta de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo,
em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universi-
dade destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
envia a mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.
33
LÍNGUA PORTUGUESA
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) - Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
que te indiquei.) São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin-
guém, outrem, quem, tudo.
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas Algo o incomoda?
que o procuraram ontem. Quem avisa amigo é.
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
o problema. expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- semelhante(s): Não compre semelhante livro. Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
- tal, tais: Tal era a solução para o problema.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
ora pronomes indefinidos adjetivos:
Note que:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
construções redundantes, com finalidade expressiva, para
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
das belezas brasileiras, isso é que é sorte! Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.
- O pronome demonstrativo neutro ou pode represen- Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso riáveis e invariáveis. Observe:
em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi- Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
pressentiam. vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne-
nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo outras, quantas.
fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
faz as vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que algo, cada.
ela o fizesse.
São locuções pronominais indefinidas:
- Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que),
primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele
amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro,
solteiro, aquele casado] uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
Indefinidos Sistemáticos
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
= naquilo) sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Pronomes Indefinidos negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- e qualquer, que generaliza.
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando Essas oposições de sentido são muito importantes na
quantidade indeterminada. construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
-plantadas. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa de que fazem parte:
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- prático.
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: pessoas quaisquer.
34
LÍNGUA PORTUGUESA
Pronomes Relativos
São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sis-
tema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Quem casa, quer casa.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
Note que:
- O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles
são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Regressando
de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou de
ser poeta, que era a sua vocação natural.
- O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos
quais, das quais.
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
(antecedente) (consequente)
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente)
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa
onde morava foi assaltada.
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.
35
LÍNGUA PORTUGUESA
- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de na oração em relação ao verbo:
gente que conversava, (que) ria, (que) fumava. 1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
Pronomes Interrogativos 3. mesóclise: pronome no meio do verbo
A colocação pronominal é a posição que os prono- - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
mes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: mesmo instante.
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
36
LÍNGUA PORTUGUESA
37
LÍNGUA PORTUGUESA
38
LÍNGUA PORTUGUESA
Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do
objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de adjun-
tos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos de palavras.
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade.
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, homem,
mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São
substantivos concretos.
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.
Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou
coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraí-
dos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).
3 - Substantivos Coletivos
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais
outra abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma
espécie (abelhas).
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mes-
ma espécie.
39
LÍNGUA PORTUGUESA
40
LÍNGUA PORTUGUESA
Formação dos Substantivos mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito
Substantivos Simples e Compostos - prefeita
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
terra. Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam
O substantivo chuva é formado por um único elemento uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto
ou radical. É um substantivo simples. para o feminino. Classificam-se em:
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
Substantivo Simples: é aquele formado por um único
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
elemento.
fêmea.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes-
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
o ídolo, o indivíduo.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
doente, o artista e a artista.
Substantivos Primitivos e Derivados
Meu limão meu limoeiro, Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
meu pé de jacarandá... em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou sistema, o sintoma, o teorema.
de nenhum outro dentro de língua portuguesa. - Existem certos substantivos que, variando de gêne-
ro, variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor)
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de
e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital
nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O
substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir (cidade)
da palavra limão.
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou-
tra palavra. - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
- aluna.
Flexão dos substantivos - Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino: freguês - freguesa
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por de três formas:
exemplo, pode sofrer variações para indicar: - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
Plural: meninos Feminino: menina - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Flexão de Gênero
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar - sultana
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero - Substantivos terminados em -or:
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
O velho e o mar
Um Natal inesquecível - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
Os reis da praia sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
- duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
A história sem fim
final por -a: elefante - elefanta
Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca
Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no- - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for- czar – czarina réu - ré
41
LÍNGUA PORTUGUESA
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
Epicenos: cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
para indicar o masculino e o feminino. grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha- eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver ma, o hematoma.
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades:
42
LÍNGUA PORTUGUESA
43
LÍNGUA PORTUGUESA
44
LÍNGUA PORTUGUESA
- Desinência modo-temporal: é o elemento que de- Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
** São impessoais, ainda:
- Desinência número-pessoal: é o elemento que de- 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin- tempo: Já passa das seis.
gular ou plural): 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas-
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) fêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re-
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em se, tais verbos, então, pessoais.
algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente
de “ser possível”. Por exemplo:
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas Não deu para chegar mais cedo.
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura Dá para me arrumar uns trocados?
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento * Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conju-
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por gam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai plural.
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende- A fruta amadureceu.
rão, nutriríamos. As frutas amadureceram.
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como
Classificação dos Verbos verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadu-
Classificam-se em:
receu bastante.
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alte-
Entre os unipessoais estão os verbos que significam
rações no radical: canto cantei cantarei cantava
vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodi-
cantasse.
lo, cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi-
Os principais verbos unipessoais são:
zesse.
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju- 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais (preciso, necessário, etc.):
e pessoais: Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor- bastante.)
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
principais verbos impessoais são: É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-
zar-se ou fazer (em orações temporais). 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui-
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) dos da conjunção que.
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) fumar.)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo
Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci. * Pessoais: não apresentam algumas flexões por moti-
Estava frio naquele dia. vos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natu- do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o
reza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, que provavelmente causaria problemas de interpretação
amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, em certos contextos.
“Amanheci mal-humorado”, usa-se o verbo “amanhecer”
em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, emprega- - verbo computar. Este verbo teria como formas do
do em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser presente do indicativo computo, computas, computa - for-
pessoal. mas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvi-
45
LÍNGUA PORTUGUESA
dos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáti-
cos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem sido
conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
46
LÍNGUA PORTUGUESA
Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
47
LÍNGUA PORTUGUESA
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abs-
ter-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula inte-
grante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.
48
LÍNGUA PORTUGUESA
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode - Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: ou advérbio. Por exemplo:
Maria penteou-me. Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad-
vérbio)
Observações: Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes adjetivo)
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
função sintática. curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
- Há verbos que também são acompanhados de pro- plo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle-
- Particípio: quando não é empregado na formação
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa
dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exem- resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
plo: nero, número e grau. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me Terminados os exames, os candidatos saíram.
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular
Quando o particípio exprime somente estado, sem
Modos Verbais nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas aluna escolhida para representar a escola.
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis-
tem três modos: Tempos Verbais
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu
sempre estudo. Tomando-se como referência o momento em que se
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
Talvez eu estude amanhã. tempos. Veja:
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda 1. Tempos do Indicativo
- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste
agora, menino.
colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
Formas Nominais
num momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
tamente terminado: Ele estudava as lições quando foi inter-
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for- rompido.
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo, - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
nominais. Observe: Ele estudou as lições ontem à noite.
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do ver- - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato
bo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha es-
de substantivo. Por exemplo: tudado as lições quando os amigos chegaram. (forma com-
Viver é lutar. (= vida é luta) posta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) (forma simples).
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen- ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por atual: Ele estudará as lições amanhã.
exemplo: - Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode
É preciso ler este livro. ocorrer posteriormente a um determinado fato passado:
Era preciso ter lido este livro. Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
2. Tempos do Subjuntivo
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não mento atual: É conveniente que estudes para o exame.
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im- - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado,
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele ven-
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) cesse o jogo.
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas cons-
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) truções em que se expressa a ideia de condição ou desejo.
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do cam-
boa colocação. peonato.
49
LÍNGUA PORTUGUESA
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.
Presente do Indicativo
Pretérito mais-que-perfeito
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal (1ª/2ª e 3ª conj.) Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
50
LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
51
LÍNGUA PORTUGUESA
Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender parti
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM
02. (Escrevente TJ SP Vunesp 2012-adap.) Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas
sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação
(A) concluída.
(B) atemporal.
(C) contínua.
(D) hipotética.
(E) futura.
52
LÍNGUA PORTUGUESA
03. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013-adap.) Sem querer (A) Caso a criança se havia perdido…
estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas (B) Caso a criança perdeu…
interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da per- (C) Caso a criança se perca…
gunta “débito ou crédito?”. (D) Caso a criança estivera perdida…
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de (E) Caso a criança se perda…
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido 08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-
dela. adap.). Assinale a alternativa em que o verbo destacado está
(C) adotar como referência de qualidade. no tempo futuro.
(D) julgar de acordo com normas legais. A) Os consumidores são assediados pelo marketing …
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.
B) … somente eles podem decidir se irão ou não com-
prar.
04. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alterna-
tiva contendo a frase do texto na qual a expressão verbal C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi-
destacada exprime possibilidade. dades”…
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sis- D) … de onde vem o produto…?
tema capaz de disponibilizar um grande número de obras E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…
literárias...
(B) Funcionando como um imenso sistema de informa- 09. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina-
ção e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme le a alternativa em que a concordância das formas verbais
arquivo virtual. destacadas se dá em conformidade com a norma-padrão
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por da língua.
associação, e não mais por sequências fixas previamente (A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vizi-
estabelecidas. nhos.
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse (B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter
conceito está ligado a uma nova concepção de textuali- acontecido com a criança.
dade... (C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponi- estavam preocupados.
bilizar toda a literatura do mundo... (D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi en-
contrada.
05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO
(E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O
crescimento econômico, se associado à ampliação do empre- criança se perdeu mesmo assim.
go, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”,
se passarmos o verbo destacado para o futuro do pretérito 10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
do indicativo, teremos a forma: NESP – 2013-adap.). Leia as frases a seguir.
A) puder. I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de ma-
B) poderia. deira no animal.
C) pôde. II. Existiam muitos ferimentos no boi.
D) poderá. III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
E) pudesse. movimentada.
Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este
06. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alterna- pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
tiva em que todos os verbos estão empregados de acordo A) Existia – Haviam – Existiam
com a norma-padrão. B) Existiam – Havia – Existiam
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da C) Existiam – Haviam – Existiam
impressão definitiva. D) Existiam – Havia – Existia
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em E) Existia – Havia – Existia
silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a tra-
balhar no feriado. GABARITO
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque- 01. B 02. C 03. E 04. B 05. B
ra a seu superior. 06. A 07. C 08. B 09. C 10. D
53
LÍNGUA PORTUGUESA
2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresen- Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações
tando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução ver- em seu radical ou em suas desinências, afastando-se do
bal em destaque expressa ação contínua (= não concluída) modelo a que pertencem.
No português, para verificar se um verbo sofre altera-
3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: ções, basta conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito
trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% do indicativo. Ex: faço – fiz, trago – trouxe, posso - pude.
das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. Não é considerada irregularidade a alteração gráfica
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de do radical de certos verbos para conservação da regulari-
dade fônica. Ex: embarcar – embarco, fingir – finjo.
classificar segundo ideias preconcebidas.
Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do
4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de infor- indicativo:
mação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enor- Eu dou
me arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito Tu dás
Ele dá
5-) Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito Nós damos
do Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós po- Vós dais
deríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração Eles dão
é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
soa do singular (ele) = poderia. Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se
do original “dar” durante a conjugação, sendo considerado
6-) verbo irregular.
(B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em Exemplo: Conjugação do verbo valer:
silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a Modo Indicativo
trabalhar no feriado. Presente
eu valho
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga...
tu vales
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a re- ele vale
queira a seu superior. nós valemos
vós valeis
7-) Caso a criança se perca…(perda = substantivo: eles valem
Houve uma grande perda salarial...)
Pretérito Perfeito do Indicativo
8-) eu vali
A) Os consumidores são assediados pelo marketing = tu valeste
presente ele valeu
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi- nós valemos
dades”… = pretérito do Subjuntivo vós valestes
D) … de onde vem o produto…? = presente eles valeram
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = Pretérito Imperfeito do Indicativo
pretérito perfeito eu valia
9-) tu valias
(A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e ele valia
nós valíamos
vizinhos.
vós valíeis
(B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter eles valiam
acontecido com a criança.
(D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi en- Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
contrada. eu valera
(E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a tu valeras
criança se perdeu mesmo assim. ele valera
nós valêramos
10-) I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços vós valêreis
de madeira no animal. eles valeram
II. Existiam muitos ferimentos no boi.
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida Futuro do Presente do Indicativo
movimentada. eu valerei
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal; tu valerás
existir = variável. Portanto, temos: ele valerá
I – Existiam onze pessoas... nós valeremos
II – Havia muitos ferimentos... vós valereis
III – Existia muita gente... eles valerão
54
LÍNGUA PORTUGUESA
55
LÍNGUA PORTUGUESA
Vir
Presente do indicativo: Venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São
três as vozes verbais:
- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a prepo-
sição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das
frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe
a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
56
LÍNGUA PORTUGUESA
Obs.: é menos frequente a construção da voz passi- - Inversamente, usamos formas ativas com sentido
va analítica com outros verbos que podem eventualmente passivo:
funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou mar- Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
cada pela doença. Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
57
LÍNGUA PORTUGUESA
58
LÍNGUA PORTUGUESA
9-)Mais tarde vim a entender a tradução completa... A oração, às vezes, é sinônimo de frase ou período
A tradução completa veio a ser entendida por mim. (simples) quando encerra um pensamento completo e vem
10-) ele empreende, de maneira quase clandestina, a limitada por ponto-final, ponto de interrogação, ponto de
série Mulheres. exclamação e por reticências.
A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira Um vulto cresce na escuridão. Clarissa encolhe-se. É Vas-
quase clandestina. co.
59
LÍNGUA PORTUGUESA
sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. O núcleo - com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido
do sujeito relaciona-se com o verbo, estabelecendo a con- do pronome se. Esta é uma construção típica dos verbos
cordância. que não apresentam complemento direto:
A função do sujeito é basicamente desempenhada por Precisa-se de mentes criativas;
substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora- Vivia-se bem naqueles tempos;
ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras Trata-se de casos delicados;
palavras substantivadas (derivação imprópria) também po- Sempre se está sujeito a erros.
dem exercer a função de sujeito. O pronome se funciona como índice de indetermina-
Ele já partiu; ção do sujeito.
Os dois sumiram;
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
Um sim é suave e sugestivo.
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: sos de orações sem sujeito com:
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do - os verbos que indicam fenômenos da natureza:
sujeito. Amanheceu repentinamente;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Está chuviscando.
tificável pela concordância verbal. O sujeito determinado
pode ser simples ou composto. - os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
possível identificar claramente a que se refere a concor- geral:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Está tarde.
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Ainda é cedo.
Estão gritando seu nome lá fora; Já são três horas, preciso ir;
Trabalha-se demais neste lugar. Faz frio nesta época do ano;
Há muitos anos aguardamos mudanças significativas;
O sujeito simples é o sujeito determinado que possui Faz anos que esperamos melhores condições de vida;
um único núcleo. Esse vocábulo pode estar no singular ou
O predicado é o conjunto de enunciados que numa
no plural; pode também ser um pronome indefinido.
dada oração contém a informação nova para o ouvinte.
Nós nos respeitamos mutuamente;
Nas orações sem sujeito, o predicado simplesmente enun-
A existência é frágil; cia um fato qualquer:
Ninguém se move; Chove muito nesta época do ano;
O amar faz bem. Houve problemas na reunião.
O sujeito composto é o sujeito determinado que pos- Nas orações que surge o sujeito, o predicado é aquilo
sui mais de um núcleo. que se declara a respeito desse sujeito.
Alimentos e roupas andam caríssimos; Com exceção do vocativo, que é um termo à parte,
Ela e eu nos respeitamos mutuamente; tudo o que difere do sujeito numa oração é o seu predi-
O amar e o odiar são tidos como duas faces da mesma cado.
moeda. Os homens (sujeito) pedem amor às mulheres (predica-
do);
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a Passou-me (predicado) uma ideia estranha (sujeito) pelo
referência ao sujeito oculto ( ou elíptico), isto é, ao núcleo pensamento (predicado).
do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido
pela desinência verbal ou pelo contexto. Para o estudo do predicado, é necessário verificar se
Abolimos todas as regras. = (nós) seu núcleo está num nome ou num verbo. Deve-se consi-
derar também se as palavras que formam o predicado re-
ferem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
O sujeito indeterminado surge quando não se quer
Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às
ou não se pode identificar claramente a que o predicado mulheres de opinião.
da oração refere--se. Existe uma referência imprecisa ao
sujeito, caso contrário, teríamos uma oração sem sujeito. O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
Na língua portuguesa o sujeito pode ser indetermina- se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se
do de duas maneiras: direta ou indiretamente ao verbo.
- com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o A existência (sujeito) é frágil (predicado).
sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
Bateram à porta; O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao
Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi- sujeito da oração. O verbo atua como elemento de ligação
nistro. entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.
60
LÍNGUA PORTUGUESA
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo Os homens sensíveis pedem amor às mulheres de opi-
significativo um verbo: nião;
Chove muito nesta época do ano; Os homens sinceros pedem-no às mulheres de opinião;
Senti seu toque suave; Dou-lhes três.
O velho prédio foi demolido. Houve muita confusão na partida final.
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro- O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:
cessos. - com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
referentes a pessoas:
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo Amar a Deus;
significativo um nome; esse nome atribui uma qualidade Adorar a Xangô;
ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo Estimar aos pais.
do sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro
nome da oração por meio de um verbo. - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, tratamento:
isto é, não indica um processo. O verbo une o sujeito ao Não excluo a ninguém;
predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado Não quero cansar a Vossa Senhoria.
do sujeito:
“Ele é senhor das suas mãos e das ferramentas.” - para evitar ambiguidade:
Ao povo prejudica a crise. (sem preposição, a situação
Na frase acima o verbo ser poderia ser substituído por seria outra)
estar, andar, ficar, parecer, permanecer ou continuar, atuan-
do como elemento de ligação entre o sujeito e as palavras O objeto indireto é o complemento que se liga indire-
a ele relacionadas. tamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
A função de predicativo é exercida normalmente por Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres;
um adjetivo ou substantivo.
Os homens pedem-lhes amor sincero;
Gosto de música popular brasileira.
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen-
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No
O termo que integra o sentido de um nome chama-se
predicado verbo-nominal, o predicativo pode referir-se ao
complemento nominal. O complemento nominal liga-se
sujeito ou ao complemento verbal.
ao nome que completa por intermédio de preposição:
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
Desenvolvemos profundo respeito à arte;
nificativo, indicando processos. É também sempre por in-
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o A arte é necessária à vida;
termo a que se refere. Tenho-lhe profundo respeito.
O dia amanheceu ensolarado;
As mulheres julgam os homens inconstantes Termos acessórios da oração e vocativo:
No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta Os termos acessórios recebem esse nome por serem
duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga- acidentais, explicativos, circunstanciais. São termos acessó-
ção. Esse predicado poderia ser desdobrado em dois, um rios o adjunto adverbial, adjunto adnominal, o aposto e o
verbal e outro nominal: vocativo.
O dia amanheceu;
O dia estava ensolarado. O adjunto adverbial é o termo da oração que indi-
ca uma circunstância do processo verbal, ou intensifica o
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função
o complemento homens como o predicativo inconstantes. adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais
exercerem o papel de adjunto adverbial.
Termos integrantes da oração: Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto
complemento nominal são chamados termos integrantes adverbial são:
da oração. - acréscimo: Além de tristeza, sentia profundo cansaço.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver- - afirmação: Sim, realmente irei partir.
bos transitivos, com eles formando unidades significativas. - assunto: Falavam sobre futebol.
Esses verbos podem se relacionar com seus complementos - causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede…
diretamente, sem a presença de preposição ou indireta- - companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas.
mente, por intermédio de preposição. - concessão: Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.
O objeto direto é o complemento que se liga direta- - conformidade: Fez tudo conforme o combinado.
mente ao verbo. - dúvida: Talvez nos deixem entrar.
61
LÍNGUA PORTUGUESA
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- O período composto caracteriza-se por possuir mais
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função de uma oração em sua composição. Sendo assim:
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que - Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também oração)
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais e - Estou comprando um protetor solar, depois irei à
os pronomes adjetivos. praia. (Período Composto =locução verbal, verbo, duas
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu orações)
amigo de infância. - Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um
protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora-
ções).
O adjunto adnominal liga-se diretamente ao substan-
tivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predi-
Cada verbo ou locução verbal corresponde a uma
cativo do objeto liga-se ao objeto por meio de um verbo.
oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um perío-
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
do simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros
O poeta deixou-a.
exemplos são períodos compostos, pois têm mais de uma
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad-
oração.
junto adnominal)
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer
O poeta português deixou uma obra inacabada.
entre as orações de um período composto: uma relação de
O poeta deixou-a inacabada. coordenação ou uma relação de subordinação.
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Duas orações são coordenadas quando estão juntas
objeto) em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de
informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am-
Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um bas, estruturas individuais, como é o exemplo de:
substantivo, adjetivo ou advérbio; o adjunto nominal rela- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
ciona-se apenas ao substantivo. (Período Composto)
Podemos dizer:
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, 1. Estou comprando um protetor solar.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida num termo 2. Irei à praia.
que exerça qualquer função sintática. Separando as duas, vemos que elas são independentes.
É esse tipo de período que veremos agora: o Período
Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado. Composto por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, te-
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas
ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalen- Sindéticas.
te ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo:
Segunda-feira passei o dia mal-humorado. Coordenadas Assindéticas
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va- São orações coordenadas entre si e que não são liga-
lor na oração, em: das através de nenhum conectivo. Estão apenas justapos-
a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma- tas.
nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
mundo. Coordenadas Sindéticas
b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
coisas: amor, arte, ação. tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-
62
LÍNGUA PORTUGUESA
denativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração Podemos modificar o período acima. Veja:
uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são Eu sinto existir em meu gesto o teu
classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alterna- gesto.
tivas, conclusivas e explicativas. Oração Principal Oração Subordinada
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin- A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu
cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração
só... como, assim... como. subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que
Não só cantei como também dancei. a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo.
Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia. Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas
Comprei o protetor solar e fui à praia. orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo
surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzi-
principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan- das ou implícitas.
to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por
Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dan-
conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventual-
çando.
mente, introduzidas por preposição.
Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à
praia.
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer; A oração subordinada substantiva tem valor de subs-
seja...seja. tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte-
Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. grante (que, se).
Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras Suponho que você foi à biblioteca hoje.
diferentes. Oração Subordinada Substantiva
Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quar-
to. Você sabe se o presidente já chegou?
Oração Subordinada Substantiva
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con- introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo) como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
Passei no concurso, portanto irei comemorar. como). Veja os exemplos:
Conclui o meu projeto, logo posso descansar. O garoto perguntou qual seu nome.
Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada. Oração Subordinada Substantiva
A situação é delicada; devemos, pois, agir
Não sabemos por que a vizinha se
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas mudou.
principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda- Oração Subordinada Substan-
de, pois (anteposto ao verbo). tiva
Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
Só fiquei triste por você não ter viajado comigo. Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
vas
mingo.
De acordo com a função que exerce no período, a ora-
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
ção subordinada substantiva pode ser:
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: a) Subjetiva
“Eu sinto que em meu gesto existe o É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito
teu gesto.” do verbo da oração principal. Observe:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental o seu comparecimento à reu-
nião.
Observe que na oração subordinada temos o verbo Sujeito
“existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
do presente do indicativo. As orações subordinadas que É fundamental que você compareça à reu-
apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tem- nião.
pos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são Oração Principal Oração Subordinada Substantiva
chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas. Subjetiva
63
LÍNGUA PORTUGUESA
64
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando são introduzidas por um pronome relativo e Uma oração subordinada adverbial é aquela que exer-
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as ce a função de adjunto adverbial do verbo da oração prin-
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi- cipal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo,
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desen-
reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo volvida, vem introduzida por uma das conjunções subor-
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o dinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a in-
particípio). troduz.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
No primeiro período, há uma oração subordinada ad- Oração Subordinada Adverbial
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito Observe que a oração em destaque agrega uma cir-
perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor- cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração su-
dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re- bordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são
lativo e seu verbo está no infinitivo. termos acessórios que indicam uma circunstância refe-
rente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas adverbial depende da exata compreensão da circunstância
que exprime. Observe os exemplos abaixo:
Na relação que estabelecem com o termo que caracte- Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de minha vida.
duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de
especificam o sentido do termo a que se referem, indivi- minha vida.
65
LÍNGUA PORTUGUESA
66
LÍNGUA PORTUGUESA
Outras conjunções conformativas: como, consoante e 02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”.
segundo (todas com o mesmo valor de conforme). A oração em destaque é:
Fiz o bolo conforme ensina a receita. a) coordenada explicativa
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm b) coordenada adversativa
direitos iguais. c) coordenada aditiva
d) coordenada conclusiva
g) Finalidade e) coordenada assindética
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a
intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração 03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Re-
principal. leia o seguinte trecho:
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a
prática.
locução conjuntiva para que.
Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.
norma- -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada en- termo em destaque, o trecho estará corretamente reescrito
trasse. em:
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como
h) Proporção quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
As orações subordinadas adverbiais proporcionais ex- para nossa vida prática.
primem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como
expresso na oração principal. quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcio- para nossa vida prática.
nal: À PROPORÇÃO QUE C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... sa vida prática.
(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como qua-
quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais... se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para
(menos), quanto menos...(mais), quanto menos...(menos). nossa vida prática.
À proporção que estudávamos, acertávamos mais ques- E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
tões.
sa vida prática.
Visito meus amigos à medida que eles me convidam.
Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.)
Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao auto-
i) Tempo móvel mas também da necessidade de maior número de
As orações subordinadas adverbiais temporais acres- viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de
centam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração A) explicação.
principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, an- B) oposição.
terioridade ou posterioridade. C) alternância.
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO D) conclusão.
Outras conjunções subordinativas temporais: enquan- E) adição.
to, mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as
vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. 05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que
Quando você foi embora, chegaram outros convidados. estaremos a seu lado sempre.
Sempre que ele vem, ocorrem problemas. Marque a opção correta quanto à sua classificação:
Mal você saiu, ela chegou. A) Coordenada sindética aditiva.
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi- B) Coordenada sindética alternativa.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio) C) Coordenada sindética conclusiva.
D) Coordenada sindética explicativa.
Questões sobre Orações Coordenadas
06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor ad-
versativo é:
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplan- A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
tação integral de gosto e de estilo” tem valor: B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
A) conclusivo C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
B) adversativo de pedir esmola”.
C) concessivo D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
D) explicativo tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie-
E) alternativo dade”.
67
LÍNGUA PORTUGUESA
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di- B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul- quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
tura, acesso à saúde E à educação”. para nossa vida prática. = conformativa
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjun- toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
ção sublinhada está corretamente indicado entre parênte- sa vida prática. = conclusiva
ses.
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
tende trabalhar como advogado. (explicação) toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição) sa vida prática. = explicativa
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu
preocupe. (oposição) substituir por porque; como conclusiva: substituo por por-
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã. tanto.
(alternância)
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam 4-) fruto não só do novo acesso da população ao au-
toda a chuva. (conclusão) tomóvel mas também da necessidade de maior número de
viagens... estabelecem relação de adição de ideias, de fatos
08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas
no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique 5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sem-
-as, respectivamente, como coordenadas: pre.
A) adversativa e aditiva. = conjunção explicativa (= porque) - coordenada sin-
B) explicativa e aditiva. dética explicativa
C) adversativa e alternativa. D) aditiva e alternativa.
6-)
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não
09. Um livro de receita é um bom presente porque aju- ajuda (ideia contrária)
da as pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque” B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
pode ser substituída, sem alteração de sentido, por = adição
A) entretanto.
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
B) então.
C) assim. de pedir esmola”. = adição
D) pois. D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
E) porém. tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie-
dade”. = adição
10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, te- E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
mos a presença de uma oração coordenada que pode ser nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul-
classificada em: tura, acesso à saúde E à educação”. = adição
A) Coordenada assindética;
B) Coordenada assindética aditiva; 7-)
C) Coordenada sindética alternativa; A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
D) Coordenada sindética aditiva.
tende trabalhar como advogado. = adversativa
GABARITO C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
01. B 02. E 03. D 04. E 05. D preocupe. = conclusão
06. A 07. B 08. A 09. D 10. D D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
RESOLUÇÃO = explicativa
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam
1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação inte- toda a chuva. = alternativa
gral de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portan-
to: oração coordenada sindética adversativa 8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversa-
tiva
2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames =
- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva
a oração em destaque não é introduzida por conjunção,
então: coordenada assindética
9-) Um livro de receita é um bom presente porque aju-
3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção da as pessoas que não sabem cozinhar.
(e ideia) adversativa = conjunção explicativa: pois
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância 10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adi-
para nossa vida prática. = conclusiva ção, soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva.
68
LÍNGUA PORTUGUESA
69
LÍNGUA PORTUGUESA
e adensar ainda mais os diversos centros já existentes... –, 09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país
sem que tenha seu sentido alterado, o trecho em destaque bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
está corretamente reescrito em: mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alter-
A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Ex- nativa que substitui a expressão em negrito, sem prejuízo
tensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvol- ao conteúdo, é:
ver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes... A) já que.
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au- B) todavia.
mento da extensão urbana no Brasil, é importante desen- C) ainda que.
volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen- D) entretanto.
tes... E) talvez.
C) Assim como são verificados a desconcentração e o
aumento da extensão urbana no Brasil, é importante de- 10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alter-
senvolver e adensar ainda mais os diversos centros já exis- nativa que substitui o trecho em destaque na frase – Assi-
tentes... narei o documento, contanto que garantam sua autenti-
D) Visto que com a desconcentração e o aumento da cidade. – sem que haja prejuízo de sentido.
extensão urbana verificados no Brasil, é importante desen- (A) desde que garantam sua autenticidade.
volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen- (B) no entanto garantam sua autenticidade.
tes... (C) embora garantam sua autenticidade.
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen- (D) portanto garantam sua autenticidade.
to da extensão urbana verificados no Brasil, é importante (E) a menos que garantam sua autenticidade.
desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já
existentes... GABARITO
01. B 02. B 03. C 04. D 05. A
06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em – 06. C 07. D 08. E 09. C 10. A
É fundamental que essa visão de adensamento com uso RESOLUÇÃO
abundante de transporte coletivo seja recuperada para
1-) mais denso e menos trânsito = mais denso, conse-
que possamos reverter esse processo de uso… –, a expres-
quentemente, menos trânsito, então: causa e consequência
são em destaque estabelece entre as orações relação de
A) consequência.
2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece en-
B) condição.
tre as orações uma relação de causa com a consequência
C) finalidade.
de “tem um efeito positivo”.
D) causa.
E) concessão.
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração
subordinada substantiva objetiva direta
07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013 – adap.). A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou
Considere o trecho: “Como as músicas eram de protesto, seja, não se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos
naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança na- verbos “convir”, “parecer”, “importar”, “constar” etc., e tam-
cional pela ditadura militar e exilado.” O termo Como, em bém não inicia com as conjunções integrantes “que” e “se”.
destaque na primeira parte do enunciado, expressa ideia
de 4-) a expressão contanto que estabelece uma relação
A) contraste e tem sentido equivalente a porém. de condição (condicional)
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que.
C) conformidade e tem sentido equivalente a confor- 5-) Apesar da desconcentração e do aumento da ex-
me. tensão urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva
D) causa e tem sentido equivalente a visto que. B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au-
E) finalidade e tem sentido equivalente a para que. mento da extensão urbana no Brasil, = causal
C) Assim como são verificados a desconcentração e o
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças aumento da extensão urbana no Brasil = comparativa
Públicas – VUNESP – 2013-adap.) No trecho – “Fio, disjun- D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
tor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho extensão urbana verificados no Brasil = causal
que chega a contaminar-me. –, a construção tanto ... que E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
estabelece entre as construções [com tanto orgulho] e [que to da extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas
chega a contaminar-me] uma relação de
A) condição e finalidade. 6-) para que possamos = conjunção final (finalidade)
B) conformidade e proporção.
C) finalidade e concessão. 7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa
D) proporção e comparação. ideia de causa da consequência “foi enquadrado” = causa
E) causa e consequência. e tem sentido equivalente a visto que.
70
LÍNGUA PORTUGUESA
8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a 05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito
construção estabelece uma relação de causa e consequên- das seguintes orações em relação aos verbos destacados:
cia. (a causa da “contaminação” – consequência) - Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de
vida.
9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país - Neste ano, quero prestar serviço voluntário.
bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” = A)Tu – vós
conjunção concessiva: ainda que B)Nós – eu
10-) contanto que garantam sua autenticidade. = con- C)Vós – nós
junção condicional = desde que D) Ele - tu
Questões sobre Análise Sintática 06. Classifique o sujeito das orações destacadas no tex-
to seguinte e, a seguir, assinale a sequência correta.
01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os É notável, nos textos épicos, a participação do sobrena-
trabalhadores passaram mais tempo na escola... tural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacio-
O segmento grifado acima possui a mesma função sin- nalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deu-
tática que o destacado em: ses tomam partido e interferem nas aventuras dos heróis,
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. ajudando-os ou atrapalhando- -os.
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa clas- A)simples, composto
se. B)indeterminado, composto
C) O crescimento da escolaridade também foi impul- C)simples, simples
sionado... D) oculto, indeterminado
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino mé-
dio... 07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”.
E) ...impulsionado pelo aumento do número de uni-
Identifique a alternativa que classifica corretamente a fun-
versidades...
ção sintática e a classe morfológica dos termos destacados:
A) objeto indireto – substantivo
02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos
B) objeto direto - substantivo
de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...],
C) sujeito – adjetivo
sabiam os paulistas como...
D) objeto direto – adjetivo
O segmento em destaque na frase acima exerce a mes-
E) sujeito - substantivo
ma função sintática que o elemento grifado em:
A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mos-
tradores para a volta. GABARITO
B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescenta- 01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E
riam aqueles de considerável... RESOLUÇÃO
C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o
sinal. 1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola
D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer flores- = SUJEITO
ta, podia significar uma pista. A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = ob-
E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam- jeto direto
nos a vila de São Paulo como centro... B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
= objeto direto
03. Há complemento nominal em: C) O crescimento da escolaridade também foi impulsio-
A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada. nado... = sujeito paciente
B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
ganhar a vida. = objeto direto
C)Ela estava na janela do edifício. E) ...impulsionado pelo aumento do número de univer-
D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. sidades... = agente da passiva
E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e
mocinho de cinema. 2-) Donos de uma capacidade de orientação nas bre-
nhas selvagens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO
04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o ter- A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL
mo destacado é: B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= ad-
A) pronome possessivo junto adverbial
B) complemento nominal C) seria perceptível o sinal. = predicativo
C) objeto indireto D) Uma sequência de tais galhos = sujeito
D) adjunto adnominal E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto
E) objeto direto direto
71
LÍNGUA PORTUGUESA
72
LÍNGUA PORTUGUESA
- o uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para - a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito
criar o superlativo de adjetivos, recurso muito característico para formar o grau superlativo dos adjetivos, características
da linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em da linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior le-
vez de humaníssimo), uma prova hiper difícil (em vez de gal; maior difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado.
dificílima), um carro hiper possante (em vez de possantís- - as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas
simo). e, às vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de
- a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos piada de lado a lado do Oceano. Em Portugal chamam de
regulares: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), cueca aquilo que no Brasil chamamos de calcinha; o que
se ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser). chamamos de fila no Brasil, em Portugal chamam de bicha;
- a conjugação de verbos regulares pelo modelo de café da manhã em Portugal se diz pequeno almoço; cami-
irregulares: vareia (varia), negoceia (negocia). sola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de suéter,
- uso de substantivos masculinos como femininos ou malha, camiseta.
vice-versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a
champanha (o champanha), tive muita dó dela (muito dó),
Designações das Variantes Lexicais:
mistura do cal (da cal).
- a omissão do “s” como marca de plural de substanti-
vos e adjetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as - Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso
amiga, os livro indicado, as noite fria, os caso mais comum. e, por isso, denunciam uma linguagem já ultrapassada e
- o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Es- envelhecida. É o caso de reclame, em vez de anúncio publi-
pero que o Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas citário; na década de 60, o rapaz chamava a namorada de
últimas eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava broto (hoje se diz gatinha ou forma semelhante), e um ho-
acontecer; Não é possível que ele esforçou (tenha se esfor- mem bonito era um pão; na linguagem antiga, médico era
çado) mais que eu. designado pelo nome físico; um bobalhão era chamado de
coió ou bocó; em vez de refrigerante usava-se gasosa; algo
Variações Sintáticas muito bom, de qualidade excelente, era supimpa.
Dizem respeito às correlações entre as palavras da fra- - Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de
se. No domínio da sintaxe, como no da morfologia, não palavras recém-criadas, muitas das quais mal ou nem es-
são tantas as diferenças entre uma variante e outra. Como traram para os dicionários. A moderna linguagem da com-
exemplo, podemos citar: putação tem vários exemplos, como escanear, deletar, prin-
- o uso de pronomes do caso reto com outra função tar; outros exemplos extraídos da tecnologia moderna são
que não a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) mixar (fazer a combinação de sons), robotizar, robotização.
na rua; não irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve
entre tu (em vez de ti) e ele. - Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras
- o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe emprestadas de outra língua, que ainda não foram apor-
(em vez de “o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem. tuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso,
- a ausência da preposição adequada antes do prono- há muitas expressões latinas, sobretudo da linguagem ju-
me relativo em função de complemento verbal: são pes- rídica, tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o
soas que (em vez de: de que) eu gosto muito; este é o me- corpo” ou, mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso
lhor filme que (em vez de a que) eu assisti; você é a pessoa facto (“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo”), ipsis lit-
que (em vez de em que) eu mais confio.
teris (textualmente, “com as mesmas letras”), grosso modo
- a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pro-
(“de modo grosseiro”, “impreciso”), sic (“assim, como está
nome “que” no início da frase mais a combinação da pre-
escrito”), data venia (“com sua permissão”).
posição “de” com o pronome “ele” (=dele): É um amigo
que eu já conhecia a família dele (em vez de ...cuja família As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight
eu já conhecia). (compreensão repentina de algo, uma percepção súbita),
- a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo feeling (“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing
quando se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu (conjunto de informações básicas), jingle (mensagem pu-
quero falar com você (em vez de contigo); Fala baixo que a blicitária em forma de música).
sua (em vez de tua) voz me irrita. Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que
- ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles ainda não se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-
chegou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou concours (“fora de concurso”, sem concorrer a prêmios),
naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios. tête-à-tête (palestra particular entre duas pessoas), esprit
de corps (“espírito de corpo”, corporativismo), menu (car-
Variações Léxicas dápio), à la carte (cardápio “à escolha do freguês”), phy-
sique du rôle (aparência adequada à caracterização de um
É o conjunto de palavras de uma língua. As varian- personagem).
tes do plano do léxico, como as do plano fônico, são
muito numerosas e caracterizam com nitidez uma va- - Jargão: é o lexo típico de um campo profissional
riante em confronto com outra. Eis alguns, entre múlti- como a medicina, a engenharia, a publicidade, o jorna-
plos exemplos possíveis de citar: lismo. No jargão médico temos uso tópico (para remédios
73
LÍNGUA PORTUGUESA
que não devem ser ingeridos), apneia (interrupção da res- Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira?
piração), AVC ou acidente vascular cerebral (derrame cere- Vamos caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um
bral). No jargão jornalístico chama-se de gralha, pastel ou advogado? Um trabalhador braçal de construção civil? Um
caco o erro tipográfico como a troca ou inversão de uma médico? Um garimpeiro? Um repórter de televisão?
letra. A palavra lide é o nome que se dá à abertura de uma E quem usaria a frase abaixo?
notícia ou reportagem, onde se apresenta sucintamente o
assunto ou se destaca o fato essencial. Quando o lide é “Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os la-
muito prolixo, é chamado de nariz-de-cera. Furo é notícia drões.” (frase 2)
dada em primeira mão. Quando o furo se revela falso, foi
uma barriga. Entre os jornalistas é comum o uso do verbo Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes perten-
repercutir como transitivo direto: __ Vá lá repercutir a notícia centes a grupos sociais economicamente mais pobres.
de renúncia! (esse uso é considerado errado pela gramática Pessoas que, muitas vezes, não frequentaram nem a escola
normativa). primária, ou, quando muito, fizeram-no em condições não
adequadas.
- Gíria: é o lexo especial de um grupo (originariamen- Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes
te de marginais) que não deseja ser entendido por outros que tiveram possibilidades socioeconômicas melhores e
grupos ou que pretende marcar sua identidade por meio puderam, por isso, ter um contato mais duradouro com
da linguagem. Existe a gíria de grupos marginalizados, de a escola, com a leitura, com pessoas de um nível cultural
grupos jovens e de segmentos sociais de contestação, so- mais elevado e, dessa forma, “aperfeiçoaram” o seu modo
bretudo quando falam de atividades proibidas. A lista de de utilização da língua.
gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado (no Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação fei-
sentido de afetado por algum prejuízo ou má sorte), ir pro ta acima está bastante simplificada, uma vez que há diver-
brejo (ser malsucedido, fracassar, prejudicar-se irremedia- sos outros fatores que interferem na maneira como o fa-
velmente), cara ou cabra (indivíduo, pessoa), bicha (homos- lante escolhe as palavras e constrói as frases. Por exemplo,
sexual masculino), levar um lero (conversar). a situação de uso da língua: um advogado, num tribunal
de júri, jamais usaria a expressão “tá na cara”, mas isso não
- Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico ex- significa que ele não possa usá-la numa situação informal
cessivamente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em (conversando com alguns amigos, por exemplo).
vez de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir
(em vez de discordar); cinesíforo (em vez de motorista); ob- que as condições sociais influem no modo de falar dos in-
nubilar (em vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em divíduos, gerando, assim, certas variações na maneira de
vez de casamento); chufa (em vez de caçoada, troça). usar uma mesma língua. A elas damos o nome de variações
socioculturais.
- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja,
o uso de um léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É - Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser
o caso de quem diz, por exemplo, de saco cheio (em vez facilmente notada. Ela se caracteriza pelo acento linguís-
de aborrecido), se ferrou (em vez de se deu mal, arruinou- tico, que é o conjunto das qualidades fisiológicas do som
se), feder (em vez de cheirar mal), ranho (em vez de muco, (altura, timbre, intensidade), por isso é uma variante cujas
secreção do nariz). marcas se notam principalmente na pronúncia. Ao conjun-
to das características da pronúncia de uma determinada
Tipos de Variação região dá-se o nome de sotaque: sotaque mineiro, sota-
que nordestino, sotaque gaúcho etc. A variação geográfica,
Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para além de ocorrer na pronúncia, pode também ser percebida
as variantes linguísticas um sistema de classificação que no vocabulário, em certas estruturas de frases e nos sen-
seja simples e, ao mesmo tempo, capaz de dar conta de tidos diferentes que algumas palavras podem assumir em
todas as diferenças que caracterizam os múltiplos modos diferentes regiões do país.
de falar dentro de uma comunidade linguística. O principal Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho
problema é que os critérios adotados, muitas vezes, se su- abaixo, em que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, re-
perpõem, em vez de atuarem isoladamente. cria a fala de um típico sertanejo do centro-norte de Minas:
As variações mais importantes, para o interesse do
concurso público, são os seguintes: “__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado
Mangolô!].
- Sócio-Cultural: Esse tipo de variação pode ser per- __ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço.
cebido com certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a se- Não faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu
guinte frase: era moço, isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui,
de noite, foras d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” novo, gosta de fazer bonito, gosta de se comparecer. Hoje,
(frase 1) não, estou percurando é sossego...”
74
LÍNGUA PORTUGUESA
- Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutá- Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis,
veis. Elas se alteram com o passar do tempo e com o uso. a motoneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o anti-
Muda a forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o biótico, o enfarte, a acumputura, a biônica, o acrílico, o ta le-
sentido delas. Essas alterações recebem o nome de varia- gal, a apartheid, o som pop, as estruturas e a infraestrutura.
ções históricas. Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro
Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Mundo, a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o
Andrade. Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira, bandeirinha, o mass media, o Ibope, a renda per capita, a
mostra como a língua vai mudando com o tempo. No texto mixagem.
I, ele fala das palavras de antigamente e, no texto II, fala das Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o ser-
palavras de hoje. vomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurolo-
gia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o
Texto I Incra, a Unesco, o Isop, a Oea, e a ONU.
Antigamente Estão reclamando, porque não citei a conotação, o con-
glomerado, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM,
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a gui-
eram todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; comple- tarra elétrica.
tavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra
sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, tensora, vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster,
mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levantam filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo,
tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em carnet da girafa, poluição.
outra freguesia. (...) Os mais idosos, depois da janta, faziam o Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos
quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomava cautela fiscais. Knon-how. Barbeador elétrico de noventa microrra-
de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao ani- nhuras. Fenolite, Baquelite, LP e compacto. Alimentos super
matógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas congelados. Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV
de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de Rodoviária. Argh! Pow! Click!
pouco siso, se metiam em camisas de onze varas, e até em Não havia nada disso no Jornal do tempo de Vences-
calças pardas; não admira que dessem com os burros n’agua. lau Brás, ou mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas
(...) Embora sem saber da missa a metade, os presun- começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na
çosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso esquina, para consumo geral. A enumeração caótica não é
punham a mão em cumbuca. Era natural que com eles se uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na vida de todos
perdesse a tramontana. A pessoa cheia de melindres ficava os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e pa-
sentida com a desfeita que lhe faziam quando, por exemplo, lavras somos, finalmente, mas com que significado?
insinuavam que seu filho era artioso. Verdade seja que às (Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa,
vezes os meninos eram mesmo encapetados; chegavam a pi- Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)
tar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: verdadeiros
cromos, umas teteias. - De Situação: aquelas que são provocadas pelas al-
(...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os terações das circunstâncias em que se desenrola o ato de
meninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam comunicação. Um modo de falar compatível com determi-
ceroulas, bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, nada situação é incompatível com outra:
mas retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam.
Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora. Ô mano, ta difícil de te entendê.
75
LÍNGUA PORTUGUESA
mento que a fala implica para o falante (num depoimento - Alfabeto, abecedário.
para um juiz no fórum escolhem-se as palavras, num rela- - Brado, grito, clamor.
to de uma conquista amorosa para um colega fala-se com - Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
menos preocupação). - Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
As variações de acordo com a situação costumam ser Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinô-
chamadas de níveis de fala ou, simplesmente, variações de nimo pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum,
estilo e são classificadas em duas grandes divisões: os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros,
- Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de refle- por matizes de significação e certas propriedades que o
xão sobre o que se diz, bem como o estado de atenção e escritor não pode desconhecer. Com efeito, estes têm sen-
vigilância. É na linguagem escrita, em geral, que o grau de tido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrúpe-
formalidade é mais tenso. de); uns são próprios da fala corrente, desataviada, vulgar,
- Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta,
com despreocupação e espontaneidade, em que o grau de literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e
reflexão sobre o que se diz é mínimo. É na linguagem oral oftalmologista, cinzento e cinéreo).
íntima e familiar que esse estilo melhor se manifesta. A contribuição Greco-latina é responsável pela existên-
cia, em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos.
Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pe- Exemplos:
queno trecho da gravação de uma conversa telefônica en- - Adversário e antagonista.
tre duas universitárias paulistanas de classe média, trans- - Translúcido e diáfano.
crito do livro Tempos Linguísticos, de Fernando Tarallo. AS - Semicírculo e hemiciclo.
reticências indicam as pausas. - Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espíri-
- Transformação e metamorfose.
to, tem dia que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara
- Oposição e antítese.
rachada? Fica assim aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê
um artigo, lê?! Um menino lá que faiz pós-graduação na,
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se si-
na GV, ele me, nóis ficamo até duas hora da manhã ele me
nonímia, palavra que também designa o emprego de si-
explicando toda a matéria de economia, das nove da noite. nônimos.
Como se pode notar, não há preocupação com a pro- Antônimos: são palavras de significação oposta. Exem-
núncia nem com a continuidade das ideias, nem com a es- plos:
colha das palavras. Para exemplificar o estilo formal, eis um - Ordem e anarquia.
trecho da gravação de uma aula de português de uma pro- - Soberba e humildade.
fessora universitária do Rio de Janeiro, transcrito do livro - Louvar e censurar.
de Dinah Callou. A linguagem falada culta na cidade do Rio - Mal e bem.
de Janeiro. As pausas são marcadas com reticências.
A antonímia pode originar-se de um prefixo de senti-
...o que está ocorrendo com nossos alunos é uma frag- do oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, sim-
mentação do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... pático/antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia,
e fica com uma série... de aspectos teóricos... isolados... que explícito/implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, co-
ele não sabe vincular a realidade nenhuma de seu idioma... munista/anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/
isto é válido também para a faculdade de letras... ou seja... pós-nupcial.
né? há uma série... de conceitos teóricos... que têm nomes
bonitos e sofisticados... mas que... na hora de serem em- Homônimos: são palavras que têm a mesma pronún-
pregados... deixam muito a desejar... cia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente.
Exemplos:
Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o - São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
grau de formalidade e planejamento típico do texto escrito, - Aço (substantivo) e asso (verbo).
mas trata-se de um estilo bem mais formal e vigiado que o
da menina ao telefone. Só o contexto é que determina a significação dos ho-
mônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade,
Significação das Palavras por isso é considerada uma deficiência dos idiomas.
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspec-
Significação das Palavras to fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
Quanto à significação, as palavras são divididas nas se- Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e dife-
guintes categorias: rentes no timbre ou na intensidade das vogais.
- Rego (substantivo) e rego (verbo).
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproxima- - Colher (verbo) e colher (substantivo).
do. Exemplo: - Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
76
LÍNGUA PORTUGUESA
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo). Podemos citar ainda, como exemplos de palavras po-
- Para (verbo parar) e para (preposição). lissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que
- Providência (substantivo) e providencia (verbo). têm dezenas de acepções.
- Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras po-
per+o). dem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido fi-
gurado. Exemplos:
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e di- - Construí um muro de pedra. (sentido próprio).
ferentes na escrita. - Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado).
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). - As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emen- - As horas iam pingando lentamente, (sentido figura-
dar). do).
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato
de consertar). Denotação e Conotação: Observe as palavras em des-
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). taque nos seguintes exemplos:
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (ace- - Comprei uma correntinha de ouro.
lerar). - Fulano nadava em ouro.
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo se- No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou desig-
lar). na simplesmente o conhecido metal precioso, tem sentido
- Censo (recenseamento) e senso (juízo). próprio, real, denotativo.
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar). No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas,
- Paço (palácio) e passo (andar). poder, glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo,
- Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo). possui várias conotações (ideias associadas, sentimentos,
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cas- evocações que irradiam da palavra).
sar = anular).
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e Exercícios
sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo).
01. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pro- erros do passado.
núncia. a) eminente, deflagração, incidiram
- Caminhada (substantivo), caminhaada (verbo). b) iminente, deflagração, reincidiram
- Cedo (verbo), cedo (advérbio). c) eminente, conflagração, reincidiram
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). d) preste, conflaglação, incidiram
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). e) prestes, flagração, recindiram
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir). 02. “Durante a ........ solene era ........ o desinteresse do
mestre diante da ....... demonstrada pelo político”.
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pro- a) seção - fragrante - incipiência
núncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, b) sessão - flagrante - insipiência
tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cé- c) sessão - fragrante - incipiência
tico e séptico, prescrever e proscrever, descrição e discri- d) cessão - flagrante - incipiência
ção, infligir (aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, e) seção - flagrante - insipiência
sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), comprimento
e cumprimento, deferir (conceder, dar deferimento) e diferir 03. Na ..... plenária estudou-se a ..... de direitos territo-
(ser diferente, divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retifi- riais a ..... .
car (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: a) sessão - cessão - estrangeiros
soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). b) seção - cessão - estrangeiros
c) secção - sessão - extrangeiros
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma signi- d) sessão - seção - estrangeiros
ficação. A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. e) seção - sessão - estrangeiros
Exemplos:
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar 04. Há uma alternativa errada. Assinale-a:
as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande a) A eminente autoridade acaba de concluir uma via-
curral de gado. gem política.
- Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; b) A catástrofe torna-se iminente.
dó. c) Sua ascensão foi rápida.
- Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo d) Ascenderam o fogo rapidamente.
ao véu do palato. e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.
77
LÍNGUA PORTUGUESA
05. Há uma alternativa errada. Assinale-a: Definição: Figuras de linguagem são certos recursos
a) cozer = cozinhar; coser = costurar não--convencionais que o falante ou escritor cria para dar
b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país maior expressividade à sua mensagem.
c) comprimento = medida; cumprimento = saudação
d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar Metáfora
e) chácara = sítio; xácara = verso É o emprego de uma palavra com o significado de ou-
tra em vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É
06. Assinale o item em que a palavra destacada está uma comparação subentendida.
incorretamente aplicada: Minha boca é um túmulo.
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. Essa rua é um verdadeiro deserto.
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros.
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. Comparação
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. Consiste em atribuir características de um ser a outro,
e) A cessão de terras compete ao Estado. em virtude de uma determinada semelhança.
O meu coração está igual a um céu cinzento.
07. O ...... do prefeito foi ..... ontem. O carro dele é rápido como um avião.
a) mandado - caçado
b) mandato - cassado Prosopopeia
c) mandato - caçado É uma figura de linguagem que atribui características
d) mandado - casçado humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la
e) mandado - cassado de PERSONIFICAÇÃO.
O céu está mostrando sua face mais bela.
08. Marque a alternativa cujas palavras preenchem cor- O cão mostrou grande sisudez.
retamente as respectivas lacunas, na frase seguinte: “Ne-
Sinestesia
cessitando ...... o número do cartão do PIS, ...... a data de
Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes
meu nascimento.”
(mistura dos cinco sentidos).
a) ratificar, proscrevi
Raquel tem um olhar frio, desesperador.
b) prescrever, discriminei
Aquela criança tem um olhar tão doce.
c) descriminar, retifiquei
d) proscrever, prescrevi
Catacrese
e) retificar, ratifiquei
É o emprego de uma palavra no sentido figurado por
falta de um termo próprio.
09. “A ......... científica do povo levou-o a .... de feiticeiros O menino quebrou o braço da cadeira.
os ..... em astronomia.” A manga da camisa rasgou.
a) insipiência tachar expertos
b) insipiência taxar expertos Metonímia
c) incipiência taxar espertos É a substituição de uma palavra por outra, quando
d) incipiência tachar espertos existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos
e) insipiência taxar espertos que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empre-
gamos:
10. Na oração: Em sua vida, nunca teve muito ......, apre- - O autor pela obra.
sentava-se sempre ...... no ..... de tarefas ...... . As palavras Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares)
adequadas para preenchimento das lacunas são: - o continente pelo conteúdo.
a) censo - lasso - cumprimento - eminentes O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo
b) senso - lasso - cumprimento - iminentes os torcedores)
c) senso - laço - comprimento - iminentes - a parte pelo todo.
d) senso - laço - cumprimento - eminentes Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto
e) censo - lasso - comprimento - iminentes substitui casa)
- o efeito pela causa.
Respostas: (01.B)(02.B)(03.A)(04.D)(05.B)(06.C)(07.B) Suou muito para conseguir a casa própria. (suor subs-
(08.E)(09.A)(10.B) titui o trabalho)
Perífrase
Figuras de Linguagem, É a designação de um ser através de alguma de suas
características ou atributos, ou de um fato que o celebri-
Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer zou.
figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento, A Veneza Brasileira também é palco de grandes espe-
além de auxiliar a compreender melhor os textos literários, táculos. (Veneza Brasileira = Recife)
deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao signi- A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Ci-
ficado simbólico das palavras e dos textos. dade Maravilhosa = Rio de Janeiro)
78
LÍNGUA PORTUGUESA
Antítese Anacoluto
Consiste no uso de palavras de sentidos opostos. Consiste numa mudança repentina da construção sin-
Nada com Deus é tudo. tática da frase.
Tudo sem Deus é nada. Ele, nada podia assustá-lo.
Nota: o anacoluto ocorre com frequência na lingua-
Eufemismo gem falada, quando o falante interrompe a frase, abando-
Consiste em suavizar palavras ou expressões que são nando o que havia dito para reconstruí-la novamente.
desagradáveis.
Ele foi repousar no céu, junto ao Pai. (repousar no céu Anáfora
= morrer) Consiste na repetição de uma palavra ou expressão
Os homens públicos envergonham o povo. (homens para reforçar o sentido, contribuindo para uma maior ex-
públicos = políticos) pressividade.
Cada alma é uma escada para Deus,
Hipérbole
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
É um exagero intencional com a finalidade de tornar
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
mais expressiva a ideia.
Ela chorou rios de lágrimas. Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fer-
Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda. nando Pessoa)
Ironia
Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos Silepse
o contrário do que pensamos. Ocorre quando a concordância é realizada com a ideia
Que alunos inteligentes, não sabem nem somar. e não sua forma gramatical. Existem três tipos de silepse:
Se você gritar mais alto, eu agradeço. gênero, número e pessoa.
De gênero: Vossa excelência está preocupado com as
Onomatopeia notícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto à
Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz forma, mas nesse exemplo a concordância se deu com a
natural dos seres. pessoa a que se refere o pronome de tratamento e não
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram. com o sujeito).
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite De número: A boiada ficou furiosa com o peão e der-
toda. rubaram a cerca. (nesse caso a concordância se deu com a
ideia de plural da palavra boiada).
Aliteração De pessoa: As mulheres decidimos não votar em deter-
Consiste na repetição de um determinado som conso- minado partido até prestarem conta ao povo. (nesse tipo
nantal no início ou interior das palavras. de silepse, o falante se inclui mentalmente entre os partici-
O rato roeu a roupa do rei de Roma. pantes de um sujeito em 3ª pessoa).
Elipse Questões sobre Figuras de Linguagem
Consiste na omissão de um termo que fica subentendi-
do no contexto, identificado facilmente. 01. Analista de informática II – VUNESP – 2013
Após a queda, nenhuma fratura.
Ciência e liberdades
Zeugma
Consiste na omissão de um termo já empregado an-
Aparentemente, o título deste artigo não faria nenhum
teriormente.
Ele come carne, eu verduras. sentido, considerando a época em que vivemos, na qual a
Pleonasmo pesquisa científica goza de uma ampla liberdade, garanti-
Consiste na intensificação de um termo através da sua da por universidades e institutos de pesquisa. Vai longe o
repetição, reforçando seu significado. tempo em que Giordano Bruno e Galileu foram condena-
Nós cantamos um canto glorioso. dos à morte.
No entanto, a liberdade de que goza a pesquisa cien-
Polissíndeto tífica vem tendo um contraponto na utilização pelo Estado
É a repetição da conjunção entre as orações de um pe- dos produtos dessa mesma pesquisa. Isso é especialmente
ríodo ou entre os termos da oração. visível no uso da ciência por políticas públicas de saúde.
Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para Resultados de pesquisas, ou mesmo hipóteses não verifica-
dançar. das, são utilizados como instrumentos de ações governa-
mentais, como se assim estivessem justificados.
Assíndeto Tais ações públicas estão particularmente presentes
Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas nas políticas conduzidas contra alimentos gordurosos e
orações. bebidas açucaradas. Governos arrogam-se direitos de in-
Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos tervenção na vida dos cidadãos, supostamente amparados
para dançar. no conhecimento científico.
79
LÍNGUA PORTUGUESA
É próprio do progresso científico que seus resultados 03. Assinale a expressão inconveniente por repetir in-
sejam tornados públicos, vindo a balizar a vida das pessoas formações:
se elas optarem por seguir esse conhecimento adquirido. A) É preciso encarar os problemas com coragem;
Mas uma coisa é as pessoas, de posse de certos conheci- B) Ela é o elo entre mim e você;
mentos, optarem por não consumir determinado produto C) É preciso deixar o animal em seu habitat natural;
por considerá-lo prejudicial à sua saúde. Nesse sentido, D) Iniciei os trabalhos há dois meses;
seria função do Estado informar os cidadãos sobre os ma- E) Já não há motivo para reclamação.
lefícios reais ou prováveis do consumo de tais produtos.
Outra, muito diferente, é o Estado impor determinadas 04. Antítese é uma figura de linguagem caracterizada
condutas restritivas da liberdade de escolha, em nome de pela presença de vocábulos de significação oposta. A frase
um conhecimento científico apropriado pelo governo com abaixo em que ocorre uma antítese é:
vista a seus fins específicos. A) “Para que serve um advogado honesto quando o
Consequentemente estaríamos diante de algo extre- que você precisa é de um advogado desonesto?” (Eric Am-
mamente perigoso, a saber, a administração “científica” da bler)
vida. Cidadãos administrados são cidadãos tutelados, inca- B) “Nunca minta para o seu médico, para o seu confes-
pazes de discernir por si mesmos o que é “bom” para eles. sor ou para o seu advogado”. (George Herbert)
A pior administração é a que se diz “verdadeira”, “cien- C) “A ambição universal dos homens é viver colhendo
tífica”, como se coubesse ao Estado optar no lugar dos ci- o que nunca plantaram”. (Adam Smith)
dadãos. Cidadãos administrados cientificamente tendem a D) “O brasileiro é um povo com os pés no chão. E as
se tornar servos do Estado. A eles é reservado um lugar mãos também”. (Ivan Lessa)
específico, o de serem destituídos do conhecimento “ver- E) “Mais vale um pássaro na mão, que dois voando”.
dadeiro”, esse que lhes é imposto à sua revelia. (ditado popular)
A comunidade científica, à medida que avança no terre-
no do político, começa a abandonar o seu terreno próprio, 05. Na metáfora, a palavra adquire um sentido diferen-
vindo a se tornar uma parte do problema, em vez de poder te do comum. Assim, metaforicamente, uma pessoa pode
ser um elemento de sua solução. Melhor fariam os cientistas ser chamada de “flor”, ou um obstáculo ser chamado de
em avançar em suas pesquisas, mostrando, por exemplo, os “pedra”. Assinale qual das frases abaixo apresenta uma me-
elementos e produtos eventualmente prejudiciais à saúde táfora:
dos indivíduos. Não lhes compete uma conduta de “cruza- A) O céu hoje está estrelado, sem nuvens.
dos” pelo controle “científico” dos cidadãos. B) Essa joia é cara, pois é toda de ouro.
Cidadãos devem ser informados, não tutelados. A sua C) Aquele trabalho foi fatigante, exigiu muito esforço.
liberdade de escolha deve ser, antes de tudo, preservada, D) A rainha desfilou com sua coroa de brilhantes.
tratando-se de um direito fundamental do ser humano. E) João disse que a bela Maria é a estrela de sua vida.
(Denis Lerrer Rosenfield, www.estadao.com.br,
25.03.2013. Adaptado) 06. Assinale a alternativa correta de acordo com a in-
dicação entre parênteses, referentes às figuras de lingua-
Assinale a alternativa em que o termo em negrito é gem.
empregado, no texto, com sentido metafórico. A) Ódio e amor são sentimentos que se manifestam no
A)... considerando a época em que vivemos, na qual a homem. (comparação)
pesquisa científica goza de uma ampla liberdade, garanti- B) Seu olhar é uma chuva de estrelas. (metáfora)
da por universidades e institutos de pesquisa. (primeiro C) A noite é escura como ébano. (prosopopeia)
parágrafo) D) Esqueci-me de trazer Paulo Coelho para você. (an-
B) Resultados de pesquisas, ou mesmo hipóteses não títese)
verificadas, são utilizados como instrumentos de ações go- E) Você está faltando com a verdade. (pleonasmo)
vernamentais... (segundo parágrafo)
C) Tais ações públicas estão particularmente presentes 07. A figura encontrada na frase “Paula para aqui, Paula
nas políticas conduzidas contra alimentos gordurosos e para ali” é:
bebidas açucaradas. (terceiro parágrafo) A) elipse
D) Nesse sentido, seria função do Estado informar os B) anacoluto
cidadãos sobre os malefícios reais ou prováveis do consu- C) pleonasmo
mo de tais produtos. (quarto parágrafo) D) anáfora
E) Não lhes compete uma conduta de “cruzados” pelo
controle “científico” dos cidadãos. (penúltimo parágrafo) 08. Nos versos abaixo, de Chico Buarque, encontra-se
a figura de linguagem:
02. “Ele fez anotações na folha do livro”. A expressão “Deixe em paz meu coração que ele é um pote até aqui
sublinhada lembra uma figura: de mágoas”
A) metáfora A) metáfora
B) catacrese B) ironia
C) anacoluto C) eufemismo
D) metonímia D) paradoxo
80
LÍNGUA PORTUGUESA
7-) Paula para aqui, Paula para ali “Vem pra Caixa você também.”
– anáfora= Repetição da mesma palavra ou grupo de
palavras Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica
8-) Deixe em paz meu coração que ele é um pote até Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a
aqui de mágoas. = Metáfora adotar esse comportamento, formulou-se um convite com
** dica: Quando a conjunção como ou outros elemen- uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a
tos comparativos (tal qual, assim como, tão... quanto, etc.) forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de
estiverem expressos na frase, a figura de linguagem cha- venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta
ma-se comparação. quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de-
9-) Paulinho é uma joia preciosa. = metáfora (compara- terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen-
ção subentendida, não expressa) tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode-
10-) o velho caminhão mergulhou na lagoa central = se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos,
características humanas atribuídas a seres inanimados. emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiterada-
81
LÍNGUA PORTUGUESA
mente a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
aprende a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
dizem, num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, apren- instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
demos os preconceitos contra a mulher. nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- cer hostil.
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres-
A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
sas pela linguagem também servem para fazer fazer.
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem está doente, se está com problemas.
questionar. A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem social.
quando esta é usada para interferir no comportamento das Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma su- entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
gestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo la- de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
tino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). que as pessoas não entendam bem o significado da letra
do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
Função Emotiva. da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
“Eu fico possesso com isso!” função fática para indicar a utilização da linguagem para
estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação
lante e seu interlocutor.
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, gem: Função Metalinguística.
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas vezes,
falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos social- Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
mente. Durante o governo do presidente Fernando Henri- substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
que Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A intenção do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O Fernando te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
tem mudado o país”. Essa maneira informal de se referirem tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a
ao presidente era, na verdade, uma maneira de insinuarem própria linguagem. É o que chama função metalinguística.
intimidade com ele e, portanto, de exprimirem a importân- A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos
cia que lhes seria atribuída pela proximidade com o poder. sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo
Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos para afir- tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos
marmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa valentia outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co-
ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou nossa mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que
competência na conquista amorosa. não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a
Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a
de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo
nossa, não raro inconscientemente.
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Pa-
Emprega-se a expressão função emotiva para designar
a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia- rodiando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássi-
dor, isto é, daquele que fala. ca, vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
podem pescar”.
- A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
Função Fática. - A linguagem serve para criar outros universos.
__Que calorão, hein? A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala
__Também, tem chovido tão pouco. também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos
__Acho que este ano tem feito mais calor do que nos mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte:
outros. mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
__Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor. universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa
82
LÍNGUA PORTUGUESA
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- barulho dos cavalos aumenta.
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras Quando se usam recursos da própria língua para acres-
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am- que estamos usando a linguagem em sua função poética.
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o Para melhor compreensão das funções de linguagem,
amor nunca diminui e assim por diante. torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
cação.
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”.
- Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel
tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está
- Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e
Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
Virgílio Guimarães:
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)
As respostas, dos “interlocutores” podem ser gestuais,
Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria- faciais etc. por isso a mudança (aprimoração) na teoria.
mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada As atitudes e reações dos comunicantes são também
para informar, para influenciar, para manter os laços so- referentes e exercem influência sobre a comunicação
ciais, etc. No segundo, para produzir um efeito prazero-
so de descoberta de sentidos. Em função estética, o mais Lembramo-nos:
importante é como se diz, pois o sentido também é cria-
do pelo ritmo, pelo arranjo dos sons, pela disposição das - Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no
palavras, etc. “eu” do emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a
Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, esta função está, por norma, a poesia lírica.
de Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, - Função apelativa (imperativa): com este tipo de men-
/t/, /k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos: sagem, o emissor atua sobre o receptor, afim de que este
assuma determinado comportamento; há frequente uso
E o bosque estala, move-se, estremece... do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é
Da cavalgada o estrépito que aumenta frequentemente usada por oradores e agentes de publici-
Perde-se após no centro da montanha... dade.
- Função metalinguística: função usada quando a lín-
Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed. gua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na
Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi- análise de um texto, investigamos os seus aspectos mor-
cos. fossintáticos e/ou semânticos).
83
LÍNGUA PORTUGUESA
- Função informativa (ou referencial): função usada b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.
quando o emissor informa objetivamente o receptor de Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (proble-
uma realidade, ou acontecimento. mas)
- Função fática: pretende conseguir e manter a atenção c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma pa-
dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e lavra.
textos publicitários (centra-se no canal de comunicação). Exemplos:
- Função poética: embeleza, enriquecendo a mensa- Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
gem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, rit- O segurança deteu aquele homem. (deteve)
mos agradáveis, etc.
2) Morfologia
Também podemos pensar que as primeiras falas cons- Exemplos:
cientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
evoluíram para o que podemos reconhecer como “interjei- Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
ções”. As primeiras ferramentas da fala humana.
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo 3) Semântica
que mais profundamente distingue o homem dos outros Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair
animais. de casa. (cumprimentou)
Podemos considerar que o desenvolvimento desta
função cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e 4) Estrangeirismos
a libertação da mão, que permitiram o aumento do volume Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de
do cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou
e da mímica facial expressão correspondente na língua.
Devido a estas capacidades, para além da linguagem Exemplos:
falada e escrita, o homem, aprendendo pela observação de O show é hoje! (espetáculo)
animais, desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos sur- Vamos tomar um drink? (drinque)
dos em diferentes países, não só para melhorar a comuni-
cação entre surdos, mas também para utilizar em situações Solecismo
especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes
animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas níveis:
que se podem observar entre si. 1) Concordância
Por Exemplo: Haviam muitos alunos naquela sala.
Vícios da Linguagem (Havia)
2) Regência
Ao contrário das figuras de linguagem, que represen- Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao)
tam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de lin- 3) Colocação
guagem são palavras ou construções que vão de encontro Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-
às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam me em pé. (não me aguentei em pé)
ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das
regras por parte do emissor. Observe: Ambiguidade ou Anfibologia
Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de
Pleonasmo Vicioso ou Redundância sentido da frase.
Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se
pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de Exemplos:
uma informação na frase. Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado.
(O namorado é de Ana ou da amiga?)
Exemplos: O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava
Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer. caído no chão? Pai ou filho?)
Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
Encontraremos outra alternativa para esse problema. Cacofonia
Observação: o pleonasmo é considerado vício de Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na
linguagem quando usado desnecessariamente, no en- frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.
tanto, quando usado para reforçar a mensagem, cons-
titui uma figura de linguagem. Exemplos:
Uma mão lava outra. (mamão)
Barbarismo Vi ela na esquina. (viela)
É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis: Dei um beijo na boca dela. (cadela)
1) Pronúncia Eco
a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico. Ocorre quando há palavras na frase com terminações
Por Exemplo: Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica) iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
84
LÍNGUA PORTUGUESA
85
LÍNGUA PORTUGUESA
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
exposição pública a que se submetem os guardadores de contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
carros. pública, consistem = consiste.
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros (D) O número de templos em atividade na cidade de
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
demonstração de mau gosto. ção maior do que ocorrem = ocorre
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in- (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da- a regulação natural do mercado sinalizam para as incon-
queles velhos carros-placa. veniências que adviriam da adoção do ensino religioso
nas escolas públicas.
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “E”.
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Se-
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a gundo o Manual de Redação da Presidência da República,
mesma regra que distribuídos. NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.
86
MATEMÁTICA
Números Naturais
O conjunto dos números naturais é representado pela letra maiúscula N e estes números são construídos com os
algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos indo-arábicos. No século VII, os árabes
invadiram a Índia, difundindo o seu sistema numérico. Embora o zero não seja um número natural no sentido que tenha
sido proveniente de objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como um número natural uma vez que ele tem as
mesmas propriedades algébricas que os números naturais. Na verdade, o zero foi criado pelos hindus na montagem do
sistema posicional de numeração para suprir a deficiência de algo nulo.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o número zero e escreveremos este conjunto como: N =
{ 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Representaremos o conjunto dos números naturais com a letra N. As reticências (três pontos) indicam que este conjun-
to não tem fim. N é um conjunto com infinitos números.
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que vem depois do número dado), considerando também o
zero.
Exemplos: Seja m um número natural.
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 1 é 2.
d) O sucessor de 19 é 20.
- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são chamados números consecutivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 5 e 6 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.
- Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, o ter-
ceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
1
MATEMÁTICA
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um Multiplicação de Números Naturais
antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente É a operação que tem por finalidade adicionar o pri-
de zero. meiro número denominado multiplicando ou parcela, tan-
a) O antecessor do número m é m-1. tas vezes quantas são as unidades do segundo número
b) O antecessor de 2 é 1. denominadas multiplicador.
c) O antecessor de 56 é 55.
Exemplo
d) O antecessor de 10 é 9.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9
números naturais pares. Embora uma sequência real seja + 9 + 9 + 9 = 36
outro objeto matemático denominado função, algumas O resultado da multiplicação é denominado produto
vezes utilizaremos a denominação sequência dos números e os números dados que geraram o produto, são chama-
naturais pares para representar o conjunto dos números dos fatores. Usamos o sinal × ou · ou x, para representar a
naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...} multiplicação.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
números naturais ímpares, às vezes também chamados, a Propriedades da multiplicação
sequência dos números ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
- Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto
Operações com Números Naturais N dos números naturais, pois realizando o produto de dois
ou mais números naturais, o resultado estará em N. O fato
Na sequência, estudaremos as duas principais opera- que a operação de multiplicação é fechada em N é conhe-
cido na literatura do assunto como: A multiplicação é uma
ções possíveis no conjunto dos números naturais. Pratica-
lei de composição interna no conjunto N.
mente, toda a Matemática é construída a partir dessas duas - Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou
operações: adição e multiplicação. mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o
primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por
A adição de números naturais um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado
que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo
A primeira operação fundamental da Aritmética tem segundo. (m . n) . p = m .(n . p) → (3 . 4) . 5 = 3 . (4 . 5) = 60
por finalidade reunir em um só número, todas as unidades - Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais
de dois ou mais números. Antes de surgir os algarismos existe um elemento neutro para a multiplicação que é o 1.
indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio Qualquer que seja o número natural n, tem-se que: 1 . n =
de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio n.1=n→1.7=7.1=7
de ábacos. - Comutativa: Quando multiplicamos dois números na-
turais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto,
ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo
Propriedades da Adição
elemento teremos o mesmo resultado que multiplicando o
- Fechamento: A adição no conjunto dos números na- segundo elemento pelo primeiro elemento. m . n = n . m
turais é fechada, pois a soma de dois números naturais é → 3 . 4 = 4 . 3 = 12
ainda um número natural. O fato que a operação de adição
é fechada em N é conhecido na literatura do assunto como: Propriedade Distributiva
A adição é uma lei de composição interna no conjunto N.
- Associativa: A adição no conjunto dos números na- Multiplicando um número natural pela soma de dois
turais é associativa, pois na adição de três ou mais parce- números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por
las de números naturais quaisquer é possível associar as cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados
parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números obtidos. m . (p + q) = m . p + m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 +
naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resulta- 6 x 3 = 30 + 18 = 48
do obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado
que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e Divisão de Números Naturais
o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
Dados dois números naturais, às vezes necessitamos
- Elemento neutro: No conjunto dos números naturais,
saber quantas vezes o segundo está contido no primeiro.
existe o elemento neutro que é o zero, pois tomando um O primeiro número que é o maior é denominado dividendo
número natural qualquer e somando com o elemento neu- e o outro número que é menor é o divisor. O resultado da
tro (zero), o resultado será o próprio número natural. divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor
- Comutativa: No conjunto dos números naturais, a pelo quociente obteremos o dividendo.
adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera No conjunto dos números naturais, a divisão não é
a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segun- fechada, pois nem sempre é possível dividir um número
da parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a natural por outro número natural e na ocorrência disto a
segunda parcela com a primeira parcela. divisão não é exata.
2
MATEMÁTICA
3
MATEMÁTICA
4
MATEMÁTICA
múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efe- 10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9
tuar a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos: Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 .
9
5
MATEMÁTICA
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 . Como todo número racional é uma fração ou pode ser
Exemplo 3 99 escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
dois números racionais a e c , da mesma forma que o
Seja a dízima 1, 23434... produto de frações, através
b de:d
a c ac
Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x = x =
b d bd
1234,34... .
O produto dos números racionais a e b também pode
Subtraindo membro a membro, temos:
ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum
990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x
sinal entre as letras.
= 1222/990
Para realizar a multiplicação de números racionais, de-
vemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda
Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da a Matemática:
dízima 1, 23434... 495
(+1) × (+1) = (+1)
(+1) × (-1) = (-1)
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que (-1) × (+1) = (-1)
representa esse número ao ponto de abscissa zero. (-1) × (-1) = (+1)
6
MATEMÁTICA
b)
quadrada de .Indica-se =
1 1 1
9 3
- Toda potência com expoente negativo de um número
9
3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8 N Z Q
⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ =
3 3 3 3 27
cia, conservamos a base e somamos os expoentes. conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
2 3 2+3 5 perfeito.
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
⎜⎝ ⎟⎠ .⎜ ⎟ = ⎜ . ⎟ .⎜ . . ⎟ = ⎜ ⎟ =⎜ ⎟
5 ⎝ 5⎠ ⎝ 5 5⎠ ⎝ 5 5 5⎠ ⎝ 5⎠ ⎝ 5⎠ O número
2
não tem raiz quadrada em Q, pois não
3
existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
- Quociente de potências de mesma base. Para redu- 3
zir um quociente de potências de mesma base a uma só Questões
potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.
1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo,
¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina fa-
vorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os demais
têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração repre-
senta os alunos que têm ciências como disciplina favorita?
7
MATEMÁTICA
A) 1/4
B) 3/10
C) 2/9
D) 4/5
E) 3/2
8
MATEMÁTICA
Respostas
A ordem crescente é :
1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática: 7 - RESPOSTA: “B”.
x=0,181818... temos então pela transformação na fra-
ção geratriz: 18/99 = 2/11, substituindo:
8 - RESPOSTA: “A”.
2 - RESPOSTA: “B”.
3 - RESPOSTA: “C”.
9 - RESPOSTA: “A”.
ou 800-600=200 mulheres
9
MATEMÁTICA
10
MATEMÁTICA
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros Divisão de Números Inteiros
é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do se-
gundo.
Dividendo divisor dividendo:
Multiplicação de Números Inteiros Divisor = quociente 0
Quociente . divisor = dividendo
A multiplicação funciona como uma forma simplificada
de uma adição quando os números são repetidos. Podería- Sabemos que na divisão exata dos números naturais:
mos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhan- 40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
do repetidamente alguma quantidade, como por exemplo,
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36
ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar
30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x,
isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30 Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di-
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 visão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
+ 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60 (–20) : (+5) = q (+5) . q = (–20) q = (–4)
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: Logo: (–20) : (+5) = - 4
(–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60 Considerando os exemplos dados, concluímos que,
Observamos que a multiplicação é um caso particular para efetuar a divisão exata de um número inteiro por ou-
da adição onde os valores são repetidos. tro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal - Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o
entre as letras. quociente é um número inteiro positivo.
Para realizar a multiplicação de números inteiros, deve- - Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes,
mos obedecer à seguinte regra de sinais: o quociente é um número inteiro negativo.
(+1) x (+1) = (+1) - A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto
(+1) x (-1) = (-1) Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que
(-1) x (+1) = (-1) não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um
(-1) x (-1) = (+1) número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as-
Com o uso das regras acima, podemos concluir que:
sociativa e não tem a propriedade da existência do ele-
mento neutro.
Sinais dos números Resultado do produto 1- Não existe divisão por zero.
Iguais Positivo Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe
Diferentes Negativo um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15.
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente
Propriedades da multiplicação de números intei- de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro
ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a por zero é igual a zero.
multiplicação de dois números inteiros ainda é um número Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1)
inteiro. =0
Distributiva: Para todos a,b,c em Z: - Toda potência de base negativa e expoente par é
a x (b + c) = (a x b) + (a x c) um número inteiro positivo.
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5) Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64
11
MATEMÁTICA
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o
um número inteiro negativo. produto de números inteiros, concluímos que:
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 (a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo.
Propriedades da Potenciação: (b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz
Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- de qualquer número inteiro.
se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
= (–7)9 Questões
Quocientes de Potências com bases iguais: Conser- 1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma
va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 = operação λ é definida por:
(+13)8 – 6 = (+13)2 wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Com base nessa definição, é correto afirmar que a
Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli- soma 2λ + (1λ) λ é igual a
cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10 A) −20.
B) −15.
Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1 C) −12.
= +9 (–13)1 = –13 D) 15.
Potência de expoente zero e base diferente de zero: E) 20.
É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1 2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)
Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
Radiciação de Números Inteiros quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é Verificou o preço de alguns produtos:
a operação que resulta em outro número inteiro não ne- TV: R$ 562,00
gativo b que elevado à potência n fornece o número a. O
DVD: R$ 399,00
número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o
Micro-ondas: R$ 429,00
radicando (que fica sob o sinal do radical).
Geladeira: R$ 1.213,00
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a
é a operação que resulta em outro número inteiro não ne-
Na aquisição dos produtos, conforme as condições
gativo que elevado ao quadrado coincide com o número a.
mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco
recebido será de:
Observação: Não existe a raiz quadrada de um núme-
A) R$ 84,00
ro inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
B) R$ 74,00
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais di- C) R$ 36,00
dáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimen- D) R$ 26,00
to de: E) R$ 16,00
√9 = ±3
mas isto está errado. O certo é: 3 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
√9 = +3 MA/2013) Analise as operações a seguir:
Exemplos
III
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8. De acordo com as propriedades da potenciação, temos
que, respectivamente, nas operações I, II e III:
(b)
3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8. A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
3
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27. C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27. E) x=2b, y=2c e z=c+2.
12
MATEMÁTICA
6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais
é um número inteiro?
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4
7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com duas
escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números indicam a quantidade de passageiros que subiram no avião
e os negativos, a quantidade dos que desceram em cada cidade.
Curtiba +240
-194
Rio de Janeiro
+158
-108
Brasília
+94
Respostas
1 - RESPOSTA:“E”.
Pela definição:
Fazendo w=2
13
MATEMÁTICA
Números Reais
Propriedade
I da propriedade das potências, temos: O conjunto dos números reais com as operações biná-
rias de soma e produto e com a relação natural de ordem
formam um corpo ordenado. Além das propriedades de
um corpo ordenado, R tem a seguinte propriedade: Se R
II for dividido em dois conjuntos (uma partição) A e B, de
modo que todo elemento de A é menor que todo elemen-
to de B, então existe um elemento x que separa os dois
III conjuntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento de A
e menor ou igual a todo elemento de B.
4 - RESPOSTA: “D”.
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que -8 é o -7.
Portanto: 7⋅(-7)=-49
Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pe-
5 - RESPOSTA: “C”.
los números Racionais chamamos de conjunto dos núme-
Carla: 520-220-485+635=450 pontos
ros Reais. Ao unirmos o conjunto dos números Irracionais
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos com o conjunto dos números Racionais, formando o con-
Diferença: 575-450=125 pontos junto dos números Reais, todas as distâncias representadas
por eles sobre uma reta preenchem-na por completo; isto
6 - RESPOSTA:“C”. é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa reta é de-
Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos con- nominada reta Real.
juntos do inteiros positivos temos:
x=0 ; x=1
7 - RESPOSTA:“D”.
240- 194 +158 -108 +94 = 190
14
MATEMÁTICA
Valor Absoluto
Como vimos, o erro pode ser:
Os números Irracionais possuem infinitos algarismos - Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
decimais não-periódicos. As operações com esta classe de - Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo.
números sempre produzem erros quando não se utilizam Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado
todos os algarismos decimais. Por outro lado, é impossível em valor absoluto. O valor absoluto de um número a é de-
utilizar todos eles nos cálculos. Por isso, somos obrigados signado por |a| e coincide com o número positivo, se for
a usar aproximações, isto é, cortamos o decimal em algum positivo, e com seu oposto, se for negativo.
lugar e desprezamos os algarismos restantes. Os algaris- Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com
mos escolhidos serão uma aproximação do número Real. uma nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o
Observe como tomamos a aproximação de e do número vendedor cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário,
nas tabelas. se nos devolve 1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos.
15
MATEMÁTICA
16
MATEMÁTICA
1 - RESPOSTA: “E”.
Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades
Segundo balde:
unidades em cada prateleira.
2 - RESPOSTA: “B”.
17
MATEMÁTICA
8 - RESPOSTA: “D”.
A) errada - O conjunto dos números reais tem os con-
juntos: naturais, inteiros, racionais e irracionais.
B) errada – R* são os reais sem o zero.
C) errada - -1 e 0 são números reais.
9 - RESPOSTA: “C”.
1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml Neste processo decompomos todos os números ao
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem. mesmo tempo, num dispositivo como mostra a figura aci-
99-10+1=90. ma. O produto dos fatores primos que obtemos nessa de-
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o pri- composição é o m.m.c. desses números.
meiro número. Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120
90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml OBS:
1. Dados dois ou mais números, se um deles é múlti-
De 100 a 999 plo de todos os outros, então ele é o m.m.c. dos números
999-100+1=900 números dados.
900⋅0,003=2,7ml 2. Dados dois números primos entre si, o mmc deles é
1000=0,004ml o produto desses números.
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893
Máximo divisor comum (mdc)
10 - RESPOSTA: “E”. É o maior divisor comum entre dois ou mais núme-
ros naturais. Usamos a abreviação MDC
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3
de R$ 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
Cálculo do m.d.c
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
Vamos estudar dois métodos para encontrar o mdc de
E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de dois ou mais números
R$ 0,10=R$ 0,40. 1) Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais nú-
A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35 meros é utilizar a decomposição desses números em fato-
Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o res primos:
maior valor possível – o menor valor. - Decompomos os números em fatores primos;
- O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns.
MMC Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90:
36 = 2 x 2 x 3 x 3
O mmc de dois ou mais números naturais é o menor 90 = 2 x 3 x 3 x 5
número, excluindo o zero, que é múltiplo desses números. O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns =>
m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3
Cálculo do m.m.c. Portanto m.d.c.(36,90) = 18.
Vamos estudar dois métodos para encontrar o mmc de Escrevendo a fatoração do número na forma de potên-
dois ou mais números: cia temos:
1) Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números 36 = 22 x 32
utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo do m.m.c. de 90 = 2 x 32 x 5
12 e 30: Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18.
18
MATEMÁTICA
2) Processo das divisões sucessivas : Nesse processo 5. João tinha 20 bolinhas de gude e queria distribuí-las
efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. entre ele e 3 amigos de modo que cada um ficasse com
O divisor desta divisão é o m.d.c. Acompanhe o cálculo do um número par de bolinhas e nenhum deles ficasse com o
m.d.c.(48,30). mesmo número que o outro. Com quantas bolinhas ficou
cada menino?
Regra prática:
1º) dividimos o número maior pelo número menor; Resposta
48 / 30 = 1 (com resto 18)
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão an- 1. Calculamos o MDC entre 156 e 234 e o resultado é
terior, por 18, que é o resto da divisão anterior, e assim : os retalhos devem ter 78 cm de comprimento.
sucessivamente;
30 / 18 = 1 (com resto 12) 2. Calculamos o MDC entre 30, 48 e 36. O número de
18 / 12 = 1 (com resto 6) equipes será igual a 19, com 6 participantes cada uma.
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)
3. Calculamos o MMC entre 3, 4 e 6. Concluímos que
3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas.
= 6. Portanto, dia 14 de dezembro.
OBS: 4. Calculamos o MMC entre 2, 3 e 6. De 6 em 6 horas os
1.Dois ou mais números são primos entre si quando o três remédios serão ingeridos juntos. Portanto, o próximo
máximo divisor comum entre eles é o número. horário será às 14 horas.
2.Dados dois ou mais números, se um deles é divisor
de todos os outros, então ele é o mdc dos números dados. 5. Se o primeiro menino ficar com 2 bolinhas, sobrarão
18 bolinhas para os outros 3 meninos. Se o segundo rece-
Problemas ber 4, sobrarão 14 bolinhas para os outros dois meninos.
O terceiro menino receberá 6 bolinhas e o quarto receberá
1. Uma indústria de tecidos fabrica retalhos de mes- 8 bolinhas.
mo comprimento. Após realizarem os cortes necessários,
verificou-se que duas peças restantes tinham as seguintes Razão
medidas: 156 centímetros e 234 centímetros. O gerente
de produção ao ser informado das medidas, deu a ordem Sejam dois números reais a e b, com b ≠ 0. Chama-se
para que o funcionário cortasse o pano em partes iguais e razão entre a e b (nessa ordem) o quociente a b, ou .
de maior comprimento possível. Como ele poderá resolver A razão é representada por um número racional, mas é
essa situação? lida de modo diferente.
19
MATEMÁTICA
Numa classe de 42 alunos há 18 rapazes e 24 moças. madamente, segundo estimativas projetadas pelo Instituto
A razão entre o número de rapazes e o número de moças Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de
1995.
é = , o que significa que para “cada 3 rapazes há 4 mo-
18 3
24 4
ças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapazes e Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte-
o total de alunos é dada por = ,
18 3
o que equivale a dizer remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
42 7
que “de cada 7 alunos na classe, 3 são rapazes”. 6628000
≅ 71,5hab. / km 2
927286
Razão entre grandezas de mesma espécie
A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o A esse tipo de razão dá-se o nome de densidade de-
quociente dos números que expressam as medidas dessas mográfica.
grandezas numa mesma unidade. A notação hab./km2 (lê-se: ”habitantes por quilômetro
quadrado”) deve acompanhar a razão.
Exemplo
Exemplo 3
Uma sala tem 18 m2. Um tapete que ocupar o centro
dessa sala mede 384 dm2. Vamos calcular a razão entre a Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de
área do tapete e a área da sala. gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros percor-
Primeiro, devemos transformar as duas grandezas em ridos pelo número de litros de combustível consumidos,
uma mesma unidade: teremos o número de quilômetros que esse carro percorre
Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2 com um litro de gasolina:
Área do tapete: 384 dm2
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos
escrever a razão: 83, 76km
≅ 10, 47km / l
2 8l
384dm 384 16
2
= =
1800dm 1800 75
A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo mé-
Razão entre grandezas de espécies diferentes dio.
A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve
Exemplo 1 acompanhar a razão.
A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Observemos que o produto 3 x 10 = 30 é igual ao pro-
Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de 927 286 duto 5 x 6 = 30, o que caracteriza a propriedade fundamen-
km2 e uma população de 66 288 000 habitantes, aproxi- tal das proporções:
20
MATEMÁTICA
21
MATEMÁTICA
22
MATEMÁTICA
A) 10 anos
B) 12 anos
C) 14 anos
D) 16 anos
E) 18 anos
10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o nú-
mero de atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um
determinado dia, nessa ordem, foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir
que, no total, o número de usuários atendidos foi
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350
Respostas
1 – Resposta “B”
2 – Resposta “A”
Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o
número total de pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:
CP+CL = 180
180.2 = CP.5 CP = CP = 72
3 - RESPOSTA: “D”
4 - Resposta “B”
23
MATEMÁTICA
A razão entre a idade do pai e do filho é respectiva- Porcentagem que o lucro representa em relação ao
mente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, sig- preço de custo e em relação ao preço de venda
nifica que hoje o pai tem x + 21 , onde x é a idade do filho.
Montando a proporção teremos: Chamamos de lucro em uma transação comercial de
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o
preço de custo.
Lucro = preço de venda – preço de custo
Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada de
prejuízo.
24
MATEMÁTICA
Lv = = 0,375 = 37,5%
300
800 Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:
V1 = V. (1 – p1 )
Aumento 100
25
MATEMÁTICA
Questões
1 - (PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO/2014) Se em um tanque de um carro for misturado 45 litros
de etanol em 28 litros de gasolina, qual será o percentual aproximado de gasolina nesse tanque?
A) 38,357%
B) 38,356%
C) 38,358%
D) 38,359%
2 - (CEF / Escriturário) Uma pessoa x pode realizar uma certa tarefa em 12 horas. Outra pessoa, y, é 50% mais eficiente
que x. Nessas condições, o número de horas necessárias para que y realize essa tarefa é :
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8
3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Observe a tabela que indica o consumo mensal de uma mesma torneira da pia
de uma cozinha, aberta meia volta por um minuto, uma vez ao dia.
Em relação ao consumo mensal da torneira alimentada pela água da rua, o da torneira alimentada pela água da caixa
representa, aproximadamente,
A) 20%
B) 26%
C) 30%
D) 35%
E) 40%
4 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de uma mercadoria, na loja J, é
de R$ 50,00. O dono da loja J resolve reajustar o preço dessa mercadoria em 20%. A mesma mercadoria, na loja K, é vendida
por R$ 40,00. O dono da loja K resolve reajustar o preço dessa mercadoria de maneira a igualar o preço praticado na loja J
após o reajuste de 20%. Dessa maneira o dono da loja K deve reajustar o preço em
A) 20%.
B) 50%.
C) 10%.
D) 15%.
E) 60%.
5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de venda de um produto, des-
contado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem
o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
A) 67%.
B) 61%.
C) 65%.
D) 63%.
E) 69%.
6 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$
350,00. Para estabelecer o preço de venda desse produto em sua loja, o comerciante decidiu que o valor deveria ser sufi-
ciente para dar 30% de desconto sobre o preço de venda e ainda assim garantir lucro de 20% sobre o preço de compra.
Nessas condições, o preço que o comerciante deve vender essa mercadoria é igual a
26
MATEMÁTICA
3 - RESPOSTA: “B”.
27
MATEMÁTICA
Portanto, temos:
28
MATEMÁTICA
M=C+ j
Exemplo
Solução:
Temos S = P(1+i)n
Logo, S/P = (1+i)n
29
MATEMÁTICA
30
MATEMÁTICA
8. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Pretendendo aplicar em um fundo que rende juros compostos, um investidor
fez uma simulação. Na simulação feita, se ele aplicar hoje R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 daqui a um ano, e não fizer nenhuma
retirada, o saldo daqui a dois anos será de R$ 38.400,00. Desse modo, é correto afirmar que a taxa anual de juros conside-
rada nessa simulação foi de
A) 12%.
B) 15%.
C) 18%.
D) 20%.
E) 21%.
9. (TRT 1ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2013) Juliano possui R$ 29.000,00 aplicados em
um regime de juros compostos e deseja comprar um carro cujo preço à vista é R$30.000,00. Se nos próximos meses essa
aplicação render 1% ao mês e o preço do carro se mantiver, o número mínimo de meses necessário para que Juliano tenha
em sua aplicação uma quantia suficiente para comprar o carro é
A) 7.
B) 4.
C) 5.
D) 6.
E) 3.
10. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRANRIO/2012) João tomou um empréstimo de R$900,00 a juros com-
postos de 10% ao mês. Dois meses depois, João pagou R$600,00 e, um mês após esse pagamento, liquidou o empréstimo.
O valor desse último pagamento foi, em reais, aproximadamente,
A) 240,00
B) 330,00
C) 429,00
D) 489,00
E) 538,00
Respostas
1 - RESPOSTA: “B”.
Quantia inicial: C= 25.000 ; i=1,25% a.m = 0,0125 ; t= 1 ano = 12 meses
M= J+C e J= C.i.t da junção dessas duas fórmulas temos : M=C.(1+i.t),aplicando
Como ele gastou metade e a outra metade ele aplicou a uma taxa i=1,5% a.m=0,015 e t=4m e sacou após esse período
R$ 95.082,00
31
MATEMÁTICA
2 - RESPOSTA: “B”.
C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m
3 - RESPOSTA: “D”.
J=C.i.t C = 50.000 ; i = 2,5% a.m = 0,025 ; t = 5m
J=50 000.0,025.5
J=6250
M=C+J
M=50 000+6 250=56250
O valor da dívida é R$56.250,00.
4 – RESPOSTA: “B”.
5 - RESPOSTA: “C”.
6 - RESPOSTA: “D”.
i = 0,72%a.m = 0,0072 ; t = 3m ; C = 14.000
7 - RESPOSTA: “C”.
C = 5.000 ; J = 420 ; t = 6m
J=C.i.t ➜ 420=5000.i.6
8 - RESPOSTA: “D”.
32
MATEMÁTICA
M1+M2 = 384000
9 - RESPOSTA: “B”.
Teremos que substituir os valores de t, portanto vamos começar dos números mais baixos:
1,013=1,0303, está próximo, mas ainda é menor
1,014=1,0406
Como t=4 passou o número que precisava(1,0344), então ele tem que aplicar no mínimo por 4 meses.
10 - RESPOSTA: “E”.
C = 900 ; i = 10% a.m=0,10 ; t = 2m ; pagou 2 meses depois R$ 600,00 e liquidou após 1 mês
33
MATEMÁTICA
Depois de dois meses João pagou R$ 600,00. Solução: Indicando por x o número de horas e colocan-
do as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna
1089-600=489 e as grandezas de espécies diferentes que se correspon-
dem em uma mesma linha, temos:
Velocidade (km/h) Tempo (h)
Regra de Três Simples 60 4
80 x
Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
mente ou inversamente proporcionais podem ser resol- Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), va-
vidos através de um processo prático, chamado regra de mos colocar uma flecha:
três simples.
Velocidade (km/h) Tempo (h)
Exemplo 1: Um carro faz 180 km com 15L de álcool.
Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 60 4
210 km? 80 x
180 6 15
= 6x = 7 . 15 6x = 105 x = 105 x Velocidade Tempo gasto para fazer o percurso
210 7 x = 17,5 6
200 km/h 18 s
240 km/h x
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo
Exemplo 2: Viajando de automóvel, à velocidade de gasto para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as
60 km/h, eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumen- grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os nú-
tando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei meros 200 e 240 são inversamente proporcionais aos nú-
esse percurso? meros 18 e x.
34
MATEMÁTICA
Mesmo sentido
35
MATEMÁTICA
36
MATEMÁTICA
4. RESPOSTA : “A”
75% Homens = 72
25% Mulheres = 24 Antes
40% Mulheres = 24
60% Homens = x Depois
8- RESPOSTA: “B”
40% -------------- 24 Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamen-
60% -------------- x to esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas
por dia , passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo
40x = 60 . 24 ➜ x = ➜ x = 36. um total de 9 horas, nesta condições temos:
Funcionários↑ horas↑ dias↓
Portanto: 72 – 36 = 36 Homens se retiraram. 10---------------8--------------27
8----------------9-------------- x
5. RESPOSTA: “D” Quanto menos funcionários, mais dias devem ser tra-
Transformando de cm para metro temos : 1 metro = balhados (inversamente proporcionais).
100cm Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser tra-
➜ 2 cm = 0,02 m e 3,5 cm = 0,035 m balhados (inversamente proporcionais).
37
MATEMÁTICA
Registro
1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2
10 – 30x + 4 = 10x + 5
-30x - 10x = 5 - 10 - 4
-40x = +9(-1)
40x = 9
x = 9/40
x = 0,225
38
MATEMÁTICA
- Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0. 2 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMA-
Na primeira igualdade, o número b aparece multipli- RUÍ/2014) Certa quantia em dinheiro foi dividida igual-
cando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividin- mente entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do
do no lado direito da igualdade. dinheiro que ganhou e 1/3(um terço) do restante de cada
uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(-
O processo prático pode ser formulado assim: novecentos reais), qual foi a quantia dividida inicialmente?
- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com A) R$900,00
incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do B) R$1.800,00
outro lado. C) R$2.700,00
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a ope- D) R$5.400,00
ração.
3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um quadrado é
Exemplo chamado mágico quando suas casas são preenchidas por
números cuja soma em cada uma das linhas, colunas ou
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2 diagonais é sempre a mesma.
Resolução da equação = - , usan-
2 3 3 O quadrado abaixo é mágico.
do o processo prático.
Registro
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2
- =
2 3 3
2
6. 5(x+2) - 6. (x+2) . (x-3) = 6. x
2 3 3
15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2
15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2
15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2
15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2 Um estudante determinou os valores desconhecidos
17x – 2x2 + 42 = – 2x2 corretamente e para 3x − 1 atribuiu
17x – 2x2 + 2x2 = – 42 A)14
17x = – 42 B) 12
x=-
42 C) 5
17 D) 3
Note que, de início, essa última 2equação aparentava E) 1
x
ser de 2º grau por causa do termo - no seu lado direito.
3 4 - (PGE/BA – ASSISTENTE DE PROCURADORIA –
Entretanto, depois das simplificações, vimos que foi reduzi-
FCC/2013) A prefeitura de um município brasileiro anun-
da a uma equação de 1º grau (17x = – 42).
ciou que 3/5 da verba destinada ao transporte público se-
riam aplicados na construção de novas linhas de metrô. O
Questões
restante da verba seria igualmente distribuído entre quatro
outras frentes: corredores de ônibus, melhoria das estações
1 - (PRF) Num determinado estado, quando um veículo de trem, novos terminais de ônibus e subsídio a passagens.
é rebocado por estacionar em local proibido, o motorista Se o site da prefeitura informa que serão gastos R$ 520 mi-
paga uma taxa fixa de R$ 76,88 e mais R$ 1,25 por hora lhões com a melhoria das estações de trem, então o gasto
de permanência no estacionamento da polícia. Se o valor com a construção de novas linhas de metrô, em reais, será
pago foi de R$ 101,88 o total de horas que o veículo ficou de
estacionado na polícia corresponde a:
A) 20 A) 3,12 bilhões.
B) 21 B) 2,86 bilhões.
C) 22 C) 2,60 bilhões.
D) 23 D) 2,34 bilhões.
E) 24 E) 2,08 bilhões.
39
MATEMÁTICA
8 - (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁ- Obs.: y é o valor pago pela multa x corresponde ao nú-
RIA I - FCC/2013) Dois amigos foram a uma pizzaria. O mais mero de horas de permanência no estacionamento.
velho comeu da pizza que compraram. Ainda da mesma
pizza o mais novo comeu da quantidade que seu amigo 2 - RESPOSTA: “B”.
havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada des- Quantidade a ser dividida: x
sa pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e
deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou R$300,00.
40
MATEMÁTICA
6 - RESPOSTA: “A”.
Luana: x
Bia: x+10
Felícia: x+7
x = 1800 Bia-Felícia= x+10-x-7 = 3 anos.
3x-1=14
8 - RESPOSTA: “C”.
ou 3,12 bi-
lhões.
5 - RESPOSTA: “B”.
Tarefa: x Sobrou 1/10 da pizza.
Primeira semana: 3/8x
9 - RESPOSTA: “E”.
2 semana: Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15
1ª e 2ª semana:
41
MATEMÁTICA
Propriedades da desigualdade
Propriedade Aditiva:
O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.
Mesmo sentido
10 - RESPOSTA: “C”. Exemplo: Se 8 > 3, então 8 + 2 > 3 + 2, isto é: 10 > 5.
Irmão mais novo: x
Irmão do meio: 2x Somamos +2 aos dois membros da desigualdade
Irmão mais velho:4x
Uma desigualdade não muda de sentido quando adi-
Hoje: cionamos ou subtraímos um mesmo número aos seus dois
Irmão mais novo: x+10 membros.
Irmão do meio: 2x+10
Irmão mais velho:4x+10 Propriedade Multiplicativa:
A variável é x;
O primeiro membro é x + 5;
O segundo membro é 12.
Todo número inteiro menor que 5 satisfaz a desigual-
Na inequação 2x – 4 ≤ x + 2: dade. Logo, V = {..., –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4}.
42
MATEMÁTICA
números racionais menores que 5 nomeando seus elemen- 3 – (Tec.enfermagem/PM) O menor número inteiro que
tos, nós o faremos por meio da propriedade que caracteri- satisfaz a inequação 4x + 2 (x-1) > x – 12 é:
za seus elementos. Assim: A) -2.
V = {x ∊ Q / x <5} B) -3.
C) -1.
Resolução prática de inequações do 1º grau: D) 4.
A resolução de inequações do 1º grau é feita proce- E) 5.
dendo de maneira semelhante à resolução de equações, ou
seja, transformando cada inequação em outra inequação 4 – (AUX. TRT 6ª/FCC) Uma pessoa, brincando com uma
equivalente mais simples, até se obter o conjunto verdade. calculadora, digitou o número 525. A seguir, foi subtraindo
6, sucessivamente, só parando quando obteve um número
Exemplo negativo. Quantas vezes ela apertou a tecla corresponden-
Resolver a inequação 4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5, sendo te ao 6?
U = Q. A) 88.
4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5 B) 87.
4x – 8 ≤ 6x + 2 + 5 aplicamos a propriedade dis- C) 54.
tributiva D) 53.
4x – 6x ≤ 2 + 5 + 8 aplicamos a propriedade aditiva E) 42.
–2x ≤ 15 reduzimos os termos semelhantes
5 – (CFSD/PM/2012) Baseado na figura abaixo, o me-
Multiplicando os dois membros por –1, devemos mu- nor valor inteiro par que o número x pode assumir para
dar o sentido da desigualdade. que o perímetro dessa figura seja maior que 80 unidades
2x ≥ –15 de comprimento é:
Dividindo os dois membros por 2, obtemos:
2x 15 15
≥− ⇒x≥−
2 2 2
⎧ 15 ⎫
Logo, V = ⎨ x ∈Q | x ≥ − ⎬
⎩ 2⎭
Vamos determinar o conjunto verdade caso tivéssemos
U = Z.
15
Sendo − = −7,5 , vamos indicá-lo na reta numerada:
2
43
MATEMÁTICA
2 - RESPOSTA “D”.
Se a cada x questões certas ele ganha 4x pontos então 2.12 EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU:
quando erra (25 – x) questões ele perde (25 – x)(-1) pontos, RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES
a soma desses valores será positiva quando: INCOMPLETAS E DAS EQUAÇÕES
4X + (25 -1 )(-1) > 0 ➜ 4X – 25 + x > 0 ➜ 5x > 25 ➜
COMPLETAS. FÓRMULA DE RESOLUÇÃO.
x>5
SIMPLIFICAÇÃO NO CASO DE SER
O aluno deverá acertar no mínimo 5 questões.
“A = L” E “B É PAR”. RELAÇÕES ENTRE
3 - RESPOSTA “C”. COEFICIENTES E RAÍZES. FORMA (S,P) DE
4x + 2 – 2 > x -12 UMA EQUAÇÃO DO 2° GRAU.
4x + 2x – x > -12 +2 COMPOSIÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO
5x > -10 2° GRAU, CONHECIDAS AS RAÍZES.
x > -2 2.13 EQUAÇÕES BIQUADRADAS E
Se enumerarmos nosso conjunto verdade teremos: EQUAÇÕES IRRACIONAIS.
V={-1,0,1,2,...}, logo nosso menor número inteiro é -1. 2.14 SISTEMAS SIMPLES DO 2° GRAU:
PROBLEMAS DO SEGUNDO GRAU.
4 - RESPOSTA “A”.
Vamos chamar de x o número de vezes que ele apertou
a calculadora Equação do 2º Grau
525 – 6x < 0 ( pois o resultado é negativo)
-6x < -525. (-1) ➜ 6x > 525 ➜ x > 87,5 ; logo a respos- Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x toda
ta seria 88( maior do que 87,5). equação da forma :
ax2 + bx + c = 0, em que a, b, c são números reais e a
5 - RESPOSTA “B”. ≠ 0.
Perímetro soma de todos os lados de uma figura: Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os núme-
6x – 8 + 2.(x+5) + 3x + 8 > 80 ros reais expressos por a, b, c são chamados coeficientes
6x – 8 + 2x + 10 + 3x + 8 > 80 da equação:
11x + 10 > 80
- a é sempre o coeficiente do termo em x2.
11x > 80 -10
- b é sempre o coeficiente do termo em x.
x > 70/11
- c é sempre o coeficiente ou termo independente.
x > 6,36
Como tem que ser o menor número inteiro e par, logo Equação completa e incompleta:
teremos 8. - Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz
completa.
6 – RESPOSTA “E”
Exemplos
Exemplos
x2 – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e
c = – 81).
10t2 +2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2
e c = 0).
5y2 = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).
Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx
+ c = 0, que é denominada forma normal ou forma reduzi-
da de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não es-
tão escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de trans-
formações convenientes, em que aplicamos o princípio
aditivo e o multiplicativo, podemos reduzi-las a essa forma.
44
MATEMÁTICA
45
MATEMÁTICA
1 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- 7 – (TEC. JUD. – 2ª FCC) Em certo momento, o núme-
MA/2013) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma ro x de soldados em um policiamento ostensivo era tal que
equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessaria- subtraindo-se do seu quadrado o seu quadruplo, obtinha-
mente, ser diferente de: se 1845. O valor de x é:
A) 1. A) 42.
B) 2. B) 45.
C) 3. C) 48.
D) 0. D) 50.
E) 9. E) 52.
46
MATEMÁTICA
Respostas
1 - RESPOSTA: “C”.
Neste caso o valor de a
3m-9≠0
3m≠9
m≠3
2 - RESPOSTA: “D”.
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas
raízes multiplicadas resultam no valor de c.
3 - RESPOSTA: “B”.
x²-6x+8=0
4 - RESPOSTA: “A”.
5 - RESPOSTA “C”.
Dados:
→ preço de cada brinde
→ total de brindes
De acordo com o enunciado temos:
47
MATEMÁTICA
Substituindo em teremos:
6 – RESPOSTA: “B”.
Lembrando que a fórmula pode ser escrita como :x²-Sx+P, temos que P(produto)=6 e se uma das raízes é 6, a outra é 1.
Então a soma é 6+1=7
S=m=7
7 – RESPOSTA “B”
Montando a expressão
x2 – 4x =1845 ; igualando a expressão a zero teremos: x2 – 4x -1845=0
Aplicando a formula de Bháskara:
Logo o valor de x = 45
8 - RESPOSTA: “A”.
Resolvendo a equação pela fórmula de Bháskara:
x2 – 26x + 160 = 0; a = 1, b = - 26 e c = 160
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (- 26)2 – 4.1.160
∆ = 676 – 640
∆ = 36
9 - RESPOSTA: “D”.
Primeiro temos que resolver a equação:
a = 1, b = - 27 e c = 182
∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (-27)2 – 4.1.182
∆ = 729 – 728
∆=1
48
MATEMÁTICA
O mmc entre x1 e x2 é o produto x1.x2 Finalmente, tomamos como solução para inequação as
regiões do eixo x que atenderem às exigências da desi-
= gualdade.
Exemplo
S=P
49
MATEMÁTICA
O nível de concentração de álcool na corrente sanguí- S = {5,35 ˂ t ˂ 29,65} , diferença entre eles = 24,3
nea da pessoa em questão foi superior a 1 g/L por pelo
menos 23 horas. 4 – RESPOSTA : “C”
( ) Certa ( ) Errada n² – 6n + 8 > 0,resolvendo pelo método da Soma e
Produto, temos:
4 – A proposição funcional “Para todo e qualquer valor
de n, tem-se 6n < n² + 8 ” será verdadeira, se n for um
número real
A) menor que 8.
B) menor que 4.
C) menor que 2.
D) maior que 2. Precisamos descobrir dois números cuja soma é 6 e o
E) maior que 3. produto é 8 só podem ser 2 e 4.
Como a>0 a parábola tem concavidade para cima:
Respostas
1 - RESPOSTA “B”.
Como o intervalo de tempo corresponde de 0 a 10
anos e o maior tempo é 10 anos , logo teremos:
S = n < 2 ou n > 4
Sistema de Equação
Definição
2 - RESPOSTA: “D”.
x² + 5x – x – 5 + x ≤ 4x² - 4x +1 Observe o raciocínio: João e José são colegas. Ao pas-
-3x²+9x-6 ≤0 : (3) sarem por uma livraria, João resolveu comprar 2 cadernos
-x²+3x-2≤0 .(-1) e 3 livros e pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos.
x²-3x+2≥0 José gastou R$ 9,20 na compra de 2 livros e 1 caderno. Os
dois ficaram satisfeitos e foram para casa.
No dia seguinte, encontram um outro colega e fala-
ram sobre suas compras, porém não se lembrava do preço
unitário de dos livros. Sabiam, apenas que todos os livros,
como todos os cadernos, tinham o mesmo preço.
Bom, diante deste problema, será que existe algum
modo de descobrir o preço de cada livro ou caderno com
as informações que temos ? Será visto mais à frente.
Um sistema de equação do primeiro grau com duas
incógnitas x e y, pode ser definido como um conjunto for-
mado por duas equações do primeiro grau. Lembrando
que equação do primeiro grau é aquela que em todas as
S={x ∈ R / x ≤ 1 ou x ≥ 2} incógnitas estão elevadas à potência 1.
50
MATEMÁTICA
Foi visto também que as equações do 1º grau com Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta
duas variáveis admitem infinitas soluções: substituir os valores em ambas as equações:
X+y=6x–y=7 x-y=2x+y=8
5–3=25+3=8
2 = 2 (verdadeiro 8 = 8 (verdadeiro)
51
MATEMÁTICA
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os valores de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente uma
incógnita ?
Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de multiplicação pelo valor excludente negativo.
Ex.:
3x + 2y = 4
2x + 3y = 1
Substituindo:
2x + 3y = 1
2x + 3.(-1) = 1
2x = 1 + 3
x=2
Verificando:
3x + 2y = 4 ---> 3.(2) + 2(-1) = 4 -----> 6 – 2 = 4
Função do 1˚ Grau
Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, função é uma relação binária de A em B de tal maneira que todo elemento x,
pertencente ao conjunto A, tem para si um único correspondente y, pertencente ao conjunto B, que é chamado de imagem
de x.
52
MATEMÁTICA
Notemos que, para uma relação binária dos conjuntos Reconhecemos, graficamente, uma função injetora
A e B, nesta ordem, representarem uma função é preciso quando, uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar
que: o gráfico da função, uma única vez.
Domínio: Conjunto dos elementos que possuem ima- f(x) é injetora g(x) não é injetora
gem. Portanto, todo o conjunto A, ou seja, D = A. (interceptou o gráfico mais
de uma vez)
Contradomínio: Conjunto dos elementos que se colo-
cam à disposição para serem ou não imagem dos elemen- Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
tos de A. Portanto, todo conjunto B, ou seja, CD = B. domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
domínio.
Conjunto Imagem: Subconjunto do conjunto B forma-
do por todos os elementos que são imagens dos elementos
do conjunto A, ou seja, no exemplo anterior: Im = {a, b, c}.
Exemplo
53
MATEMÁTICA
x1<x2 → f(x1)>f(x2)
Exemplo para a > 0
Consideremos f(x) = 2x – 1.
Função constante: A função f(x), num determinado
intervalo, é constante se, para quaisquer x1 < x2, tivermos
f(x1) = f(x2).
x f(x)
-1 -3
0 -1
1 1
2 3
Exemplo
Consideremos a função real f(x) = 2x – 1. Vamos cons-
truir uma tabela fornecendo valores para x e, por meio da
sentença f(x), obteremos as imagens y correspondentes.
54
MATEMÁTICA
x f(x) x y (x,y)
-1 2 1 -2 (1, -2)
0 1 3 2 (3,2)
1 0
2 -1
Exemplo
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
a) Qual o valor de x que anula a função?
x>x0⇒f(x)>0 x>x0⇒f(x)<0 y=0
x=x0⇒f(x)=0 x=x0⇒f(x)=0 2x – 4 = 0
2x = 4
x<x0⇒f(x)<0 x<x0⇒f(x)>0
4
x=
Conclusão: O gráfico de uma função do 1º grau é uma 2
reta crescente para a > 0 e uma reta decrescente para a < 0. x=2
Zeros da Função do 1º grau: A função se anula para x = 2.
Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax + b) Quais valores de x tornam positiva a função?
b o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para y>0
que y seja igual à zero. 2x – 4 > 0
Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta 2x > 4
resolver a equação ax + b = 0.
x> 4
Exemplo 2
x>2
Determinar o zero da função:
y = 2x – 4. A função é positiva para todo x real maior que 2.
2x – 4 = 0
2x = 4 c) Quais valores de x tornam negativa a função?
x= 4
x= 2 y<0
O zero da função y = 2x – 4 é 2. 2x – 4 < 0
55
MATEMÁTICA
Exemplo
56
MATEMÁTICA
- f(x)= √x+5
x-8
x–5≥0→x≥5
x–8≥0→x≠8
D = {x∈R/x ≥ 5 e x ≠ 8}
Exercícios
Domínio de uma Função Real 1. Determine o domínio das funções reais apresen-
tadas abaixo.
Para uma função de R em R, ou seja, com elementos no a) f(x) = 3x2 + 7x – 8
conjunto dos números reais e imagens também no conjun-
to dos números reais, será necessária, apenas, a apresen- 3
b) f(x)=
tação da sentença que faz a “ligação” entre o elemento e 3x-6
a sua imagem.
c) f(x)= √x+2
Porém, para algumas sentenças, alguns valores reais
não apresentam imagem real.
d) f(x)= √2x+1
3
57
MATEMÁTICA
2) Resposta “100”.
Solução:
n + n/2 = 150
2n/2 + n/2 = 300/2
2n + n = 300
3n = 300
n = 300/3 Note que o gráfico da função y = x + 1, interceptará
n = 100. (cortará) o eixo x em -1, que é a raiz da função.
58
MATEMÁTICA
Gráfico: Exemplo
- y = x2 – 5x + 4, sendo a = 1, b = –5 e c = 4
- y = x2 – 9, sendo a = 1, b = 0 e c = –9
- y = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
Exemplo
b) y = f(x) = -x + 1
* -x + 1 > 0
-x > -1
x<1
Logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1
-x + 1 < 0
-x < -1
x>1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1
(*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desigual-
dade).
9) Solução:
f(1) = 1 + 1 = 2
f(2) = 2 + 1 = 3
f(3) = 3 + 1 = 4 x y (x,y)
Logo: Im(f) = {2, 3, 4}. –2 5 (–2,5)
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática O gráfico da função de 2º grau é uma curva aberta cha-
toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º mada parábola.
grau da forma f(x) = ax2 + bx + c ou y = ax2 + bx + c , com O ponto V indicado na figura chama-se vértice da pa-
a, b e c reais e a ≠ 0. rábola.
59
MATEMÁTICA
Concavidade da Parábola
No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo
(a < 0).
a>0 a<0
Podemos por meio do gráfico de uma função, reconhecer o seu domínio e o conjunto imagem.
Conjunto Imagem: Projeção ortogonal do gráfico da função no eixo y. Assim, Im = [c, d].
60
MATEMÁTICA
As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0 e, portanto, as
soluções da equação do 2º grau.
ax2 + bx + c = 0
A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bhaskara”.
Δ
-b + √
x= -
2.a Onde Δ = b2 – 4.a.c
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço do
gráfico de uma função do 2º grau.
a<0
Vértice (V)
O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está associado ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do vértice
(yv).
61
MATEMÁTICA
Exemplo Tabela:
Para x = 0 temos y = (0)2 – 4(0) + 3 = 0 – 0 + 3 = 3
Vamos determinar as coordenadas do vértice da pará- Para x = 1 temos y = (1)2 – 4(1) + 3 = 1 – 4 + 3 = 0
bola da seguinte função quadrática: y = x2 – 8x + 15. Para x = 3 temos y = (3)2 – 4(3) + 3 = 9 – 12 + 3 = 0
Para x = 4 temos y = (4)2 – 4(4) + 3 = 16 – 16 + 3 = 3
Cálculo da abscissa do vértice:
x y (x,y)
-(-8)
xv= -b = = 8 =4 0 3 (0,3)
2a 2(1) 2
1 0 (1,0)
Cálculo da ordenada do vértice: 2 –1 (2,–1)Vértice
Substituindo x por 4 na função dada: 3 0 (3,0)
4 3 (4,3)
yV = (4)2 – 8(4) + 15 = 16 – 32 + 15 = –1
Gráfico:
Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por V
(4, –1).
Exemplo
y = x2 – 6x + 8
62
MATEMÁTICA
2. Uma tela retangular com área de 9600cm2 tem de 2) Resposta “80cm; 120 cm”.
largura uma vez e meia a sua altura. Quais são as dimen- Solução: Se chamarmos de x altura da tela, temos
sões desta tela? que 1,5x será a sua largura. Sabemos que a área de uma
3. O quadrado da minha idade menos a idade que eu figura geométrica retangular
tinha 20 anos atrás e igual a 2000. Quantos anos eu tenho é calculada multiplicando-se a medida da sua largura,
agora? pela medida da sua altura. Escrevendo o enunciado na for-
4. Comprei 4 lanches a um certo valor unitário. De ou- ma de uma sentença matemática temos:
tro tipo de lanche, com o mesmo preço unitário, a quanti- x . 1,5x = 9600
dade comprada foi igual ao valor unitário de cada lanche. Que pode ser expressa como:
Paguei com duas notas de cem reais e recebi R$ 8,00 de 1,5x2 - 9600 = 0
troco. Qual o preço unitário de cada produto? Note que temos uma equação do 2° grau incompleta,
5. O produto da idade de Pedro pela idade de Paulo é que como já vimos terá duas raízes reais opostas, situação
igual a 374. Pedro é 5 anos mais velho que Paulo. Quantos que ocorre sempre que o coeficiente b é igual a zero. Va-
anos tem cada um deles? mos aos cálculos:
6. Há dois números cujo triplo do quadrado é a igual 15
vezes estes números. Quais números são estes? 1,5x2 - 9600 = 0 ⇒ 1,5x2 = 9600 ⇒ x2 =
9600
7. Quais são as raízes da equação x2 - 14x + 48 = 0? 1,5
8. O dobro do quadrado da nota final de Pedrinho é ⇒ x = ±√6400 ⇒ x = ±80
zero. Qual é a sua nota final?
9. Solucione a equação biquadrada: -x4 + 113x2 - 3136 As raízes reais encontradas são -80 e 80, no entanto
= 0. como uma tela não pode ter dimensões negativas, deve-
10. Encontre as raízes da equação biquadrada: x4 - 20x2 - mos desconsiderar a raiz -80.
576 = 0. Como 1,5x representa a largura da tela, temos então
Respostas que ela será de 1,5 . 80 = 120.
Portanto, esta tela tem as dimensões de 80cm de altu-
1) Resposta “3”.
ra, por 120cm de largura.
Solução: Sendo x o número de filhos de Pedro, temos
que 3x2 equivale ao triplo do quadrado do número de filhos
3) Resposta “45”.
e que 63 - 12x equivale a 63 menos 12 vezes o número de
Solução: Denominando x a minha idade atual, a partir
filhos. Montando a sentença matemática temos:
do enunciado podemos montar a seguinte equação:
3x2 = 63 - 12x
x2 - (x - 20) = 2000
Ou ainda:
Que pode ser expressa como:
3x2 + 12x - 63 = 0 x2 - (x - 20) = 2000 ⇒ x2 - x + 20 = 2000 ⇒ x2 - x - 1980
=0
Temos agora uma sentença matemática reduzida à
forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada equação do A solução desta equação do 2° grau completa nós dará
2° grau. Vamos então encontrar as raízes da equação, que a resposta deste problema. Vejamos:
será a solução do nosso problema: -(-1) ± √(-1)2 - 4 . 1 . (-1980)
Primeiramente calculemos o valor de Δ: x2 - x - 1980 = ⇒ x =
2.1
Δ = b2 - 4.a.c = 122 - 4 . 3 .(-63) = 144 + 756 = 900 1 ± √7921
⇒x=
2
Como Δ é maior que zero, de antemão sabemos que
a equação possui duas raízes reais distintas. Vamos calcu- x1 =
1 + 89
⇒ x1 = 45
lá-las: 1 ± 89 2
⇒x= ⇒ 1 - 89
3x2 + 12 - 63 = 0 ⇒ x = -12 ± √Δ ⇒
2 x2 = ⇒ x2 = -44
2
2.3
63
MATEMÁTICA
As raízes reais da equação são -16 e 12. Como o preço Solução: Podemos resolver esta equação simplesmente
não pode ser negativo, a raiz igual -16 deve ser descartada. respondendo esta pergunta:
Assim, o preço unitário de cada produto é de R$ 12,00. Quais são os dois números que somados totalizam 14
e que multiplicados resultam em 48?
5) Resposta “22; 17”. Sem qualquer esforço chegamos a 6 e 8, pois 6 + 8 =
Solução: Se chamarmos de x a idade de Pedro, teremos 14 e 6 . 8 = 48.
que x - 5 será a idade de Paulo. Como o produto das idades Segundo as relações de Albert Girard, que você encon-
é igual a 374, temos que x . (x - 5) = 374. tra em detalhes em outra página deste site, estas são as
Esta sentença matemática também pode ser expressa raízes da referida equação.
como: Para simples conferência, vamos solucioná-la também
através da fórmula de Bhaskara:
x.(x - 5) = 374 ⇒ x2 - 5x = 374 ⇒ x2 - 5x - 374 = 0
-(-14) ± √(-14)2 - 4 . 1 . 48
x2 - 14x + 48 = 0 ⇒ x =
2.1
Primeiramente para obtermos a idade de Pedro, vamos
solucionar a equação: ⇒ x = 14 ± √4
2
-(-5) ± √(-5)2 - 4 . 1 . (-374) 14 ± 2
x2 - 5x - 374 = 0 ⇒ 2.1 ⇒ x =
2
5 ± √1521
⇒x= 14 + 2
2 5 + 39 x1 = ⇒ x1 = 8
x1 = ⇒ x1 = 22 2
2 ⇒
5 ± 39 14 - 2
⇒x= ⇒ 5 - 39 x2 = ⇒ x2 = 6
2 x2 = ⇒ x2 = -17 2
2
64
MATEMÁTICA
65
MATEMÁTICA
Conta a lenda que um rei solicitou aos seus súditos Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
que lhe inventassem um novo jogo, a fim de diminuir o número racional, então:
seu tédio. O melhor jogo teria direito a realizar qualquer - ax ay= ax + y
desejo. Um dos seus súditos inventou, então, o jogo de - ax / ay= ax - y
xadrez. O Rei ficou maravilhado com o jogo e viu-se obri- - (ax) y= ax.y
gado a cumprir a sua promessa. Chamou, então, o inventor - (a b)x = ax bx
do jogo e disse que ele poderia pedir o que desejasse. O
- (a / b)x = ax / bx
astuto inventor pediu então que as 64 casas do tabulei-
- a-x = 1 / ax
ro do jogo de xadrez fossem preenchidas com moedas de
Estas relações também são válidas para exponenciais
ouro, seguindo a seguinte condição: na primeira casa seria
colocada uma moeda e em cada casa seguinte seria colo- de base e (e = número de Euller = 2,718...)
cado o dobro de moedas que havia na casa anterior. O Rei - y = ex se, e somente se, x = ln(y)
considerou o pedido fácil de ser atendido e ordenou que - ln(ex) =x
providenciassem o pagamento. Tal foi sua surpresa quando - ex+y= ex.ey
os tesoureiros do reino lhe apresentaram a suposta conta, - ex-y = ex/ey
pois apenas na última casa o total de moedas era de 263, - ex.k = (ex)k
o que corresponde a aproximadamente 9 223 300 000 000
000 000 = 9,2233.1018. Não se pode esquecer ainda que o A Constante de Euler
valor entregue ao inventor seria a soma de todas as moe-
das contidas em todas as casas. O rei estava falido! Existe uma importantíssima constante matemática de-
A lenda nos apresenta uma aplicação de funções expo- finida por
nenciais, especialmente da função y = 2x. e = exp(1)
As funções exponenciais são aquelas que crescem ou O número e é um número irracional e positivo e em
decrescem muito rapidamente. Elas desempenham papéis função da definição da função exponencial, temos que:
fundamentais na Matemática e nas ciências envolvidas com Ln(e) = 1
ela, como: Física, Química, Engenharia, Astronomia, Econo- Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
mia, Biologia, Psicologia e outras.
temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
ros a estudar as propriedades desse número.
Definição
A função exponencial é a definida como sendo a inver- O valor deste número expresso com 40 dígitos deci-
sa da função logarítmica natural, isto é: mais, é:
logab = x ⇔ ax = b e = 2,7182818284590452353602874713526624977
Podemos concluir, então, que a função exponencial é 57
definida por: Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
y= ax , com 1 ≠ a > 0 pode ser escrita como a potência de base e com expoente
x, isto é:
Gráficos da Função Exponencial ex = exp(x)
Função Logarítmica
66
MATEMÁTICA
⇒ log5 x=2 ⇔ 52 = x ⇒ x = 25
67
MATEMÁTICA
Podemos observar neste tipo de função que a variável Função Crescente e Decrescente
independente x é um logaritmando, por isto a denomina- Assim como no caso das funções exponenciais, as fun-
mos função logarítmica. Observe que a base a é um valor ções logarítmicas também podem ser classificadas como
real constante, não é uma variável, mas sim um número função crescente ou função decrescente. Isto se dará em
real. função da base a ser maior ou menor que 1. Lembre-se que
A função logarítmica de *+ → é inversa da função segundo a definição da função logarítmica f : + → ,
*
exponencial de → + e vice-versa, pois: definida por f(x) = Loga x, temos que e a > 0 e a ≠ 1
*
68
MATEMÁTICA
Exemplo
Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente,
qualquer que seja o valor real positivo de x. No gráfico O valor numérico de p(x) = 2x² + 7x - 12 para x = 3 é
da função ao lado podemos observar que à medida que x dado por:
aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamente vemos p(3) = 2 × (3)² + 7 × 3 - 12 = 2 × 9 + 21 - 12 = 18 + 9
que a curva da função é crescente. Também podemos ob- = 27
servar através do gráfico, que para dois valor de x (x1 e x2),
que log a x2 > log a x1 ⇔ x1 > x2 , isto para x1, x2 e a números Grau de um polinômio
reais positivos, com a > 1.
Em um polinômio, o termo de mais alto grau que pos-
Função Logarítmica Decrescente sui um coeficiente não nulo é chamado termo dominante
e o coeficiente deste termo é o coeficiente do termo domi-
nante. O grau de um polinômio p = p(x) não nulo, é o ex-
poente de seu termo dominante, que aqui será denotado
por gr(p).
Acerca do grau de um polinômio, existem várias obser-
vações importantes:
- Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não
possui termo dominante. Em estudos mais avançados, de-
fine-se o grau de um polinômio nulo, mas não o faremos
aqui.
- Se o coeficiente do termo dominante de um polinô-
mio for igual a 1, o polinômio será chamado Mônico.
- Um polinômio pode ser ordenado segundo as suas
potências em ordem crescente ou decrescente.
- Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o poli-
Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decres- nômio será dito incompleto.
cente em todo o domínio da função. Neste outro gráfico - Se o grau de um polinômio incompleto for n, o nú-
podemos observar que à medida que x aumenta, y dimi- mero de termos deste polinômio será menor do que n + 1.
nui. Graficamente observamos que a curva da função é de- - Um polinômio será completo quando possuir todas as
crescente. No gráfico também observamos que para dois potências consecutivas desde o grau mais alto até o termo
valores de x (x1 e x2), que log a x2 < log a x1 ⇔ x2 > x1 , isto constante.
para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É - Se o grau de um polinômio completo for n, o número
importante frisar que independentemente de a função ser de termos deste polinômio será exatamente n + 1.
crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre cruza - É comum usar apenas uma letra p para representar a
o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar função polinomial p = p(x) e P[x] o conjunto de todos os
o eixo das ordenadas e que o log a x2 = log a x1 ⇔ x2 = x1 , polinômios reais em x.
isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.
Igualdade de polinômios
Função Polinomial
Os polinômios p e q em P[x], definidos por:
Um polinômio (função polinomial) com coeficientes p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
reais na variável x é uma função matemática f: R R defi- q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn
nida por: p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn, onde ao, a1,
a2, ..., an são números reais, denominados coeficientes do São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n:
polinômio. O coeficiente ao é o termo constante. ak = bk
69
MATEMÁTICA
A estrutura matemática (P[x],+) formada pelo conjunto Existe um polinômio po(x) = 0 tal que
de todos os polinômios com a soma definida acima, possui po · p = po, qualquer que seja p em P[x].
algumas propriedades:
Associativa Elemento Identidade
Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que: Existe um polinômio p1(x) = 1 tal que
(p + q) + r = p + (q + r) po · p = po, qualquer que seja p em P[x]. A unidade po-
linomial é simplesmente denotada por p1 = 1.
Comutativa
Existe uma propriedade mista ligando a soma e o pro-
Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que: duto de polinômios:
p+q=q+p
Distributiva
Elemento neutro
Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:
Existe um polinômio po (x) = 0 tal que:
p · (q + r) = p · q + p · r
po + p = p, qualquer que seja p em P[x].
Com as propriedades relacionadas com a soma e o
Elemento oposto
produto, a estrutura matemática (P[x],+,·) é denominada
Para cada p em P[x], existe outro polinômio q = -p em anel comutativo com identidade.
P[x] tal que
p+q=0 Exercícios
70
MATEMÁTICA
9. Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos: P(2) = Q(2) + 22 + 2 + 1 0 = Q(2) + 7,
Logo Q(2) = -7.
10. Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos: Conclui-se que P(1) - Q(2) = 3 - (-7) = 3 + 7 = 10.
71
MATEMÁTICA
Ângulo
2.19 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA
DEDUTIVA: ELEMENTOS
FUNDAMENTAIS: PONTO, RETA,
SEMI-RETA, SEGMENTO, PLANO,
SEMIPLANO, ÂNGULO E CONGRUÊNCIA.
ESTUDO DOS POLÍGONOS EM GERAL,
DOS TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS EM
PARTICULAR.
2.20 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA:
DISCO, CÍRCULO, ARCOS E CORDAS.
PROPRIEDADES. MEDIDAS DE Definições.
ÂNGULOS E DE ARCOS.
2.21 TRANSFORMAÇÕES a) Ângulo é a região plana limitada por duas semirretas
GEOMÉTRICAS ELEMENTARES: de mesma origem.
TRANSLAÇÃO, ROTAÇÃO E SIMETRIA.
b) Ângulos congruentes: Dois ângulos são ditos con-
2.22 RAZÃO E PROPORÇÃO DE gruentes se têm a mesma medida.
SEGMENTOS: FEIXE DE PARALELAS.
TEOREMA DE TALES c) Bissetriz de um ângulo: É a semirreta de origem no
vértice do ângulo que divide esse ângulo em dois ângulos
congruentes.
Geometria Plana
Perímetro: entendendo o que é perímetro.
A Geometria é a parte da matemática que estuda as fi-
guras e suas propriedades. A geometria estuda figuras abs- Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de
tratas, de uma perfeição não existente na realidade. Apesar comprimento.
disso, podemos ter uma boa ideia das figuras geométricas, Quantos metros lineares serão necessários para colo-
observando objetos reais, como o aro da cesta de basquete car rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m de
que sugere uma circunferência, as portas e janelas que su- largura e que nela não se coloca rodapé?
gerem retângulos e o dado que sugere um cubo.
c) Mediatriz de um segmento.
É a reta perpendicular ao segmento no seu ponto mé-
dio Colocaríamos 25m de rodapé.
72
MATEMÁTICA
A soma de todos os lados da planta baixa se chama No cálculo da área de qualquer retângulo podemos se-
Perímetro. guir o raciocínio:
Portanto, Perímetro é a soma dos lados de uma figura
plana.
Área
Área é a medida de uma superfície.
A área do campo de futebol é a medida de sua super-
fície (gramado).
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos
em uma malha quadriculada, a sua área será equivalente
à quantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma
unidade de área:
Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha
quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1
cm. Se contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1
cm de dimensões no retângulo. Como sabemos que a
área é a medida da superfície de uma figuras podemos
dizer que 24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área
do retângulo.
73
MATEMÁTICA
Sua área também é calculada com o produto da base Um trapézio é formado por uma base maior (B), por
pela altura. Mas podemos resumir essa fórmula: uma base menor (b) e por uma altura (h).
Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso
dividi-lo em dois triângulos, veja como:
Primeiro: completamos as alturas no trapézio:
Trapézio
É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. A altura
de um trapézio é a distância entre as retas suporte de suas
bases.
A área desse trapézio pode ser calculada somando as
áreas dos dois triângulos (∆CFD e ∆CEF).
Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo se-
paradamente observamos que eles possuem bases dife-
rentes e alturas iguais.
A∆1 = B . h
2
Em todo trapézio, o segmento que une os pontos mé- Cálculo da área do ∆CFD:
dios dos dois lados não paralelos, é paralelo às bases e vale
a média aritmética dessas bases. A∆2 = b . h
2
Somando as duas áreas encontradas, teremos o cálcu-
lo da área de um trapézio qualquer:
AT = A∆1 + A∆2
AT = B . h + b . h
2 2
A área do trapézio está relacionada com a área do
triângulo que é calculada utilizando a seguinte fórmula:
A = b . h (b = base e h = altura). AT = B . h + b . h → colocar a altura (h) em evi-
2 2
Observe o desenho de um trapézio e os seus elemen- dência, pois é um termo comum aos dois fatores.
tos mais importantes (elementos utilizados no cálculo da
sua área):
AT = h (B + b)
2
Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer
utilizamos a seguinte fórmula:
A = h (B + b)
2
74
MATEMÁTICA
75
MATEMÁTICA
76
MATEMÁTICA
7.
9. Para ladrilhar uma sala são necessários exatamente
400 peças iguais de cerâmica na forma de um quadrado.
Sabendo-se que a área da sala tem 36m², determine:
a) a área de cada peça, em m².
b) o perímetro de cada peça, em metros.
a)6
b)4
c)3
d)2
e) 3 8.
Respostas
Substituindo na fórmula:
=
S
l² 3
⇒=S
5² 3
= 6, 25 3 ⇒ =
S 10,8 9.
4 4
3. Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:
h=10
b=20
Substituindo na fórmula:
=
S b= = 100cm
.h 20.10 = ² 2dm²
10.
4. Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula
que envolve as diagonais, cujos valores temos abaixo:
d1=10
d2=15
Utilizando na fórmula temos:
d1.d 2 10.15
S= ⇒ = 75cm ²
2 2
77
MATEMÁTICA
78
MATEMÁTICA
cando que tanto a sua abscissa como a sua ordenada são sen(a) = -sen(b)
negativos. O seno e o cosseno de um ângulo no terceiro cos(a) = cos(b)
quadrante são negativos e a tangente é positiva. tan(a) = -tan(b)
79
MATEMÁTICA
80
MATEMÁTICA
A multiplicação de dois números complexos na forma Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos:
polar: sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
A = |A| [cos(a)+isen(a)] tan(a + b) =
cos(a)cos(b) − sen(a)sen(b)
B = |B| [cos(b)+isen(b)]
Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a)
é dada pela Fórmula de De Moivre: cos(b), segue a fórmula:
AB = |A||B| [cos(a+b)+isen(a+b)] tan(a) + tan(b)
Isto é, para multiplicar dois números complexos em tan(a + b) =
1− tan(a)tan(b)
suas formas trigonométricas, devemos multiplicar os seus
módulos e somar os seus argumentos. Como
Se os números complexos A e B são unitários então sen(a-b) = sen(a)cos(b) - cos(a)sen(b)
|A|=1 e |B|=1, e nesse caso cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
A = cos(a) + i sen(a) podemos dividir a expressão de cima pela de baixo,
B = cos(b) + i sen(b) para obter: tan(a) − tan(b)
tan(a − b) =
1+ tan(a)tan(b)
Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a+b) + i sen(a+b)
Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas Definiremos algumas relações e números obtidos a
fórmulas da soma partir dos lados de triângulos retângulos. Antes, porém,
cos(a+(-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b) precisamos rever algumas de suas propriedades.
sen(a+(-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)
A fig. 1 apresenta um triângulo onde um de seus ân-
para obter π
gulos internos é reto (de medida 90º ou rad), o que nos
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b) permite classificá-lo como um triângulo retângulo.
2
sen(a-b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)
81
MATEMÁTICA
Exemplo
Por exemplo, para um triângulo retângulo de lados 3,
4 e 5 unidades de comprimento, como exibido na fig. 6, Um triângulo retângulo tem catetos cujas medidas são
teríamos, para o ângulo α, 5 cm e 12 cm. Determine o valor de seno, co-seno e tan-
gente dos seus ângulos agudos.
cotg α = 4
3
sec α = 5
4
cosec α = 5
3
Resolução
a2 = b2 + c2 → a2 = 52 + 122 = 169
Ângulos Notáveis
83
MATEMÁTICA
Por exemplo, na Mecânica, demonstra-se que o ângulo Seno, Co-seno e Tangente de 30o e 60o.
de lançamento, tomado com relação à horizontal, para o
qual se obtém o máximo alcance com uma mesma veloci- Tomando por base o triângulo equilátero da figura 5, e
dade de tiro, é de 45o; uma colméia é constituída, interior- conhecendo as medidas de seus lados, temos:
mente, de hexágonos regulares, que por sua vez, são divisí-
veis, cada um, em seis triângulos equiláteros, cujos ângulos l
internos medem 60o; facilmente encontram-se coberturas sen 30 =
o 2 1 1 1
= . =
de casas, de regiões tropicais, onde não há neve, com ân- l 2 l 2
gulo de inclinação definido nos 30o, etc.
Vamos selecionar, portanto, figuras planas em que
possamos delimitar ângulo com as medidas citadas (30o, l 3
45o e 60o). Para isso, passaremos a trabalhar com o quadra-
do e o triângulo equilátero. cos 30 = = 2 = 3
oh
l l 2
Observemos, na figura 4 e na figura 5, que a diagonal
de um quadrado divide ângulos internos opostos, que são
retos, em duas partes de 45 + o+, e que o segmento que l l
define a bissetriz (e altura) de um ângulo interno do triân- tg 30o= 2 l 2 1 3 3
gulo equilátero permite-nos reconhecer, em qualquer das = 2 = . . =
h l 3 2 l 3= 3 3 3
metades em que este é dividido, ângulos de medidas 30o
e 60o. 2
l 3
sen 60 = = 2 = 3
oh
l 1 2
l
cos 60 = = l .1 = 1
o2
l 2 l 2
l 3
Primeiramente, vamos calcular os comprimentos da tg 60o= h 3 2
diagonal do quadrado (identificado na figura 4 por d) e a = 2 = . = 3
l l 2 1
altura h, do triângulo equilátero (figura 5).
Uma vez que as regiões sombreadas nas figuras são
2 2
triângulos retângulos, podemos aplicar o teorema de Pitá-
goras para cada um deles.
Seno, Co-seno e Tangente de 45o
Para o meio-quadrado, temos que:
A partir do quadrado representado na figura 4, de lado
D2 =a2 + a2 → d2 = 2 . a2 a e diagonal a 2 , podemos calcular:
∴d = a 2
a a 1 2 2
sen 45o= = = . =
Quanto ao triângulo equilátero, podemos escrever o d a 2 2 2 2
seguinte:
a a 1 2 2
cos 45o=
2
⎛ 1⎞ l2 3l 2 l 3 = = . =
l 2 = ⎜ ⎟ + h2 ⇒ h2 = l 2 − ⇒ h2 = ⇒∴ h = d a 2 2 2 2
⎝ 2⎠ 4 4 2
Sabemos, agora, que o triângulo hachurado no interior a
do quadrado tem catetos de medida a e hipotenusa a 2 tg 45 o = =1
a
. Para o outro triângulo sombreado, teremos catetos e me-
didas 1 e l 3 , enquanto sua hipotenusa tem comprimento l. Os resultados que obtivemos nos permitem definir, a
Passemos,
2 2 agora, ao cálculo de seno, co-seno e tan- seguir, uma tabela de valores de seno, co-seno e tangente
gente dos ângulos de 30om 45o e 60o. dos ângulos notáveis, que nos será extremamente útil.
84
MATEMÁTICA
30o 45o 60o Podemos afirma, portanto, que a soma dos quadrados
de seno e co-seno de um ângulo x é igual à unidade, ou
sen seja:
1 2 3
2 2 2 Sen2x + cos2x = 1
tágoras, obtemos a seguinte igualdade: tuir cotg α. Em virtude disso, e aproveitando a identidade
b
85
MATEMÁTICA
1) Solução:
h2 = 52 + 22
h 2 = 25 + 4
h 2 = 29
h = 29
3. As raízes da equação x² - 14x + 48 = 0 expressam
29 5, 38
em centímetros as medidas dos catetos de um triângu- mediana = = = 2,69
lo retângulo. Determine a medida da hipotenusa e o 2 2
perímetro desse triângulo.
86
MATEMÁTICA
2) Solução: 4) Solução:
Pela Lei dos senos, b = 2R . sen(B), logo 10 2 = 2R .
sen(30) e desse modo R = 10 2 .
4L 2 = 3L1
Como a soma dos ângulos internos de um triângulo é
3
L2 = L 1 igual a 180º, calcularemos o ângulo A.
4 Pela Lei dos Senos, b . sem (A) = a . sen(B), de onde
d 2 = L2 2 +L2 2 segue que 10 2 . sem(A) = 20 . sen(30), assim, sem (A) =
d 2 = 2L2 2 2
d = L2 2 2
Como A é um dos ângulos do triângulo então A = 45º
3
d = L1 2 ou A = 135º.
4 Como B = 30°, da relação A + B + C = 180º, segue que
A + C = 150° e temos duas possibilidades:
2
⎛L ⎞
L1 2 = ⎜ 1 ⎟ + h 2
⎝ 2⎠ 1. A = 45º e C = 105º
2. A = 135º e C = 15º.
L1 2
h 2 = L1 2 −
4 5) Solução:
4L −L1 2
2
No triângulo ABC, A + C = 54,42º, então: B = 180º -
h2 = 1 54,42º = 125,58º
4
2 A lei dos cossenos:
3L
h2 = 1 b² = a² + c² - 2ac cos(B)
4
3L1 2 garante que:
h=
4
b² = (1388)² + (2526)² - 2(1388)(2526) cos(125,58º)
L 3
h= 1
2 Assim, b = 3519,5433 e então garantimos que a maior
L1 3 diagonal do paralelogramo mede aproximadamente
h L 3 4 4 3 2 4 6 6 3519,54 metros.
= 2 = 1 × = × = =
d 3L1 2 2 3L1 2 6 2 2 12 3
6) Resposta “B”.
4 Solução: Sabemos que num triângulo, ao maior lado
opõe-se o maior ângulo. Logo, o maior ângulo será aquele
3) Solução: oposto ao lado de medida 6. Teremos então, aplicando a lei
x2 − 14x + 48 = 0 dos cossenos:
62 = 32 + 42 - 2 . 3 . 4 . cos b \ 36 - 9 - 16 = - 24 .
14 ± (−14)2 − 4.148 cos b \ cos b = - 11 / 24 e, portanto, a alternativa correta
x=
2.1 é a letra B.
14 ± 196 − 192
x= Lembrete: TC - Teorema dos cossenos: Em todo triân-
2
gulo, o quadrado de um lado é igual à soma dos quadra-
14 + 2 dos dos outros dois, menos o dobro do produto desses
x=
2 lados pelo cosseno do angulo que eles formam.
14 + 2
x1 = =8
2 7) Resposta “E”.
14 − 2 Solução: Desenvolvendo os quadrados, vem:
x2 = =6 A = cos2 x - 2 . cosx . cosy + cos2 y + sen2 x + 2 . senx .
2
seny + sen2 y
h 2 = 62 + 82
h 2 = 36 + 64 Organizando convenientemente a expressão, vem:
A = (cos2 x + sen2 x) + (sen2 y + cos2 y) - 2 . cosx . cosy
h = 100
2
+ 2 . senx . seny
h = 100 A = 1 + 1 - 2 . cosx . cosy + 2 . senx . seny
A = 2 - 2 . cosx . cosy + 2 . senx . seny
h = 10cm
Como os arcos são complementares, isto significa que
P = 6 + 8 + 10 = 24cm x + y = 90º \ y = 90º - x.
87
MATEMÁTICA
Substituindo, vem:
A = 2 - 2 . cosx . cos(90º - x) + 2 . senx . sen(90º - x)
Mas, cos(90º - x) = senx e sen(90º - x) = cosx, pois sa-
bemos que o seno de um arco é igual ao cosseno do seu
complemento e o cosseno de um arco é igual ao seno do
seu complemento.
9. Solução:
Podemos escrever: 4x = seny. Daí, vem:
Para x: -1 £ 4x £ 1 Þ -1/4 £ x £ 1/4. Portanto, Domínio
Ângulo Central:
= D = [-1/4, 1/4].
Para y: Da definição vista acima, deveremos ter - Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro
-p /2 £ y £ p /2. da circunferência;
Resposta: D = [-1/4, 1/4] e Im = [-p /2, p /2]. - Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do
polígono regular e cujos lados passam por vértices conse-
10) Solução: cutivos do polígono.
Seja x o arco. Teremos:
tg2x = 2
Ângulos
88
MATEMÁTICA
Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a Ângulos Complementares: Dois ângulos são comple-
0
uma circunferência e seus lados são secantes a ela. mentares se a soma das suas medidas é 90 .
Ângulo Raso:
Ângulo Reto:
89
MATEMÁTICA
Poligonal: Linha quebrada, formada por vários seg- 2. As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?
mentos formando ângulos.
Exercícios
a)
b)
b) c)
c) d)
90
MATEMÁTICA
2) Resposta “130”.
Solução: Imagine uma linha cortando o ângulo î, for-
mando uma linha paralela às retas “a” e “b”.
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô.
91
MATEMÁTICA
É um sistema de equações do 1º grau. Se fizermos a = x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
2b/3, substituímos na primeira equação: 6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
6x – 2x = 180°
2b/3 + b = 90 4x = 180°
5b/3 = 90 x=180°/4
b = 3/5 * 90 x=45º
b = 54 → a = 90 – 54 = 36º
Agora achar y, sabendo que y = 180° - x
Como a é o menor ângulo, o suplemento de 36 é 180- y=180º - 45°
36 = 144º. y=135°.
92
MATEMÁTICA
Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes Classificação dos triângulos quanto ao
sobre os mesmos. número de lados
1. Vértices: A,B,C.
2. Lados: AB,BC e AC.
3. Ângulos internos: a, b e c. Triângulo Isóscele: Pelo menos dois lados têm medi-
das iguais. m(AB) = m(AC).
Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um
vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice for-
mando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo.
93
MATEMÁTICA
Medidas dos Ângulos de um Triângulo Para escrever que dois triângulos ABC e DEF são con-
gruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po- Para os triângulos das figuras abaixo, existe a con-
deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos gruência entre os lados, tal que:
ângulos internos desse triângulo. Em alguns locais escre- AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e entre os ângulos: A ~ R , B
vemos as letras maiúsculas A, B e C para representar os ~S,C~T
ângulos.
94
MATEMÁTICA
A idéia de semelhança: Duas figuras são semelhantes Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois
quando têm a mesma forma, mas não necessariamente o lados correspondentes proporcionais e os ângulos forma-
mesmo tamanho. dos por esses lados também são congruentes, então os
Se duas figuras R e S são semelhantes, denotamos: triângulos são semelhantes.
R~S.
Exemplo
As ampliações e as reduções fotográficas são figuras
semelhantes. Para os triângulos:
Exemplo
os três ângulos são respectivamente congruentes, isto
Na figura abaixo, observamos que um triângulo pode
é: A~R, B~S, C~T
ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângulos se-
melhantes e o valor de x será igual a 8.
Observação: Dados dois triângulos semelhantes, tais
triângulos possuem lados proporcionais e ângulos con-
gruentes. Se um lado do primeiro triângulo é proporcio-
nal a um lado do outro triângulo, então estes dois lados
são ditos homólogos. Nos triângulos acima, todos os lados
proporcionais são homólogos.
Realmente:
95
MATEMÁTICA
Exercícios
96
MATEMÁTICA
Respostas 6) Solução: 2
⎛ 1⎞
l 2 = h2 ⎜ ⎟
1) Solução: ⎝ 2⎠
a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10
12
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8 l 2 = h2 +
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 4
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4 1 2
h2 = l 2 −
4
2) Solução:
4l 2 − l 2
13² = 12² + x² h =
2
169 = 144 + x² 4
x² = 25
2
3l
h2 =
x=5 4
5.12 = 13.y 3l 2 l 3
h= =
y = 60/13 4 2
5) Solução:
d2 = 52 + 42
d2 = 25 + 16
d2 = 41
d = √41
97
MATEMÁTICA
Quadrilátero
Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadri- 1. Determine a medida dos ângulos indicados:
látero qualquer, obtemos sempre dois triângulos e como a
soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é a)
180 graus, concluímos que a soma dos ângulos internos de
um quadrilátero é igual a 360 graus.
b)
98
MATEMÁTICA
3. No paralelogramo abaixo, determine as medidas de 8. Sabendo que x é a medida da base maior, y é a medi-
x e y. da da base menor, 5,5 cm é a medida da base média de um
trapézio e que x - y = 5 cm, determine as medidas de x e y.
9. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da
altura respectivamente, indicadas por b e h. Se construir-
mos um outro paralelogramo que tem o dobro da base e o
dobro da altura do outro paralelogramo, qual será relação
entre as áreas dos paralelogramos?
10. É possível obter a área de um losango cujo lado
mede 10 cm?
Respostas
99
MATEMÁTICA
Então: x + y = 11
x + (7 * 12° + 40°) = 180° 8 + y = 11
x = 180º - 124° y = 11 – 8
x = 56° y=3
4) Solução: 9) Solução:
x = 15 A2 = (2b)(2h) = 4 bh = 4 A1
y = 20
AC = 20 + 20 = 40
BD = 15 + 15 = 30 10) Solução:
Não, pois os ângulos entre os lados de dois losangos,
BMC = 15 + 20 + 25 = 60.
podem ser diferentes.
5) Solução:
12 x + 2° + 5 x + 3° = 90° Equações da circunferência
17 x + 5° = 90° Equação reduzida
17 x = 90° - 5°
17 x = 85° Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um
x = 85° / 17° = 5° plano equidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano,
y = 5x + 3° denominado centro da circunferência:
y = 5 (5°) + 3°
y = 28°
6) Solução:
x + 27° + 90° = 180°
x + 117° = 180°
x = 180° - 117°
x = 63°
7) Solução:
c = 117°
a + 117° = 180°
a = 180° - 117°
a = 63°
b = 63°
8) Solução:
⎧x + y ⎫
⎪ = 5,5 ⎪
⎨ 2 ⎬ 2
⎪⎩ x − y = 5 ⎪⎭ dcp = (X P − XC )2 + (YP − YC ) ⇒ (x − a)2 − (y − b)2 = r
x+y ⇒ (x − a)2 + (y − b)2 = r 2
= 5,5
2
x + y = 11 Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da
x + y = 11 circunferência e permite determinar os elementos essen-
x-y=5 ciais para a construção da circunferência: as coordenadas
__________ do centro e o raio.
100
MATEMÁTICA
Equação Geral
a) P é exterior à circunferência
( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16
CP = r ⇒ (m − a)2 + (n − b)2 = r 2
⇒ (m − a)2 + (n − b)2 − r 2 = 0
101
MATEMÁTICA
Assim:
s ∩ α = ∅ ⇒ s − é − exterior − a → α
s ∩ α = {T } ⇒ s − é − tan gente − a → α
Condições de tangência entre reta e circunferência
s ∩ α = { s1 , s2 } ⇒ s − é − sec ante − a → α
Dados uma circunferência e um ponto P(x, y) do pla-
Também podemos determinar a posição de uma reta no, temos:
em relação a uma circunferência calculando a distância da
reta ao centro da circunferência. Assim, dadas a reta s: Ax + a) se P pertence à circunferência, então existe uma úni-
By + C = 0 e a circunferência : ca reta tangente à circunferência por P
102
MATEMÁTICA
103
MATEMÁTICA
Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferên- Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro
cia é uma reta que intercepta a circunferência em um único O, intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e
ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência B, a perpendicular à reta s que passa pelo centro O da cir-
ou ponto de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o pon- cunferência, passa também pelo ponto médio da corda AB.
to de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma
reta tangente à circunferência.
Observações: Raios e diâmetros são nomes de seg- Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicu-
mentos de retas, mas às vezes são também usados como lar ao raio no ponto de tangência.
os comprimentos desses segmentos. Por exemplo, pode-
mos dizer que ON é o raio da circunferência, mas é usual
dizer que o raio ON da circunferência mede 10 cm ou que Posições relativas de duas circunferências
o raio ON tem 10 cm.
Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a
duas circunferências ao mesmo tempo é denominada uma
tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes co-
muns: a interna e a externa.
104
MATEMÁTICA
105
MATEMÁTICA
Semicircunferência: É um arco obtido pela reunião extremos de dois arcos de circunferência sendo um deles
dos pontos extremos de um diâmetro com todos os pontos um arco menor e o outro um arco maior. Quando não for
da circunferência que estão em um dos lados do diâmetro. especificada, a expressão arco de uma corda se referirá ao
O arco RTS é uma semicircunferência da circunferência de arco menor e quanto ao arco maior sempre teremos que
centro P e o arco RUS é outra. especificar.
Observações: Em uma circunferência dada, temos que: Observações: Se um ponto X está em um arco AB e
- A medida do arco menor é a medida do ângulo cen- o arco AX é congruente ao arco XB, o ponto X é o ponto
tral correspondente a m(AÔB) e a medida do arco maior é médio do arco AB. Além disso, qualquer segmento de reta
360 graus menos a medida do arco menor m(AÔB). que contém o ponto X é um segmento bissetor do arco AB.
O ponto médio do arco não é o centro do arco, o centro do
arco é o centro da circunferência que contém o arco.
- Para obter a distância de um ponto O a uma reta r,
traçamos uma reta perpendicular à reta dada passando
pelo ponto O. O ponto T obtido pela interseção dessas
duas retas é o ponto que determinará um extremo do seg-
mento OT cuja medida representa a distância entre o ponto
e a reta.
- A medida da semicircunferência é 180 graus ou Pi
radianos.
- Em circunferências congruentes ou em uma simples
circunferência, arcos que possuem medidas iguais são ar-
cos congruentes.
- Em uma circunferência, se um ponto E está entre os
pontos D e F, que são extremidades de um arco menor,
então:
- Em uma mesma circunferência ou em circunferên-
cias congruentes, cordas congruentes possuem arcos con-
gruentes e arcos congruentes possuem cordas congruen-
tes. (Situação 1).
- Um diâmetro que é perpendicular a uma corda é bis-
m(DE)+m(EF)=m(DF). setor da corda e também de seus dois arcos. (Situação 2).
- Em uma mesma circunferência ou em circunferências
- Se o ponto E está entre os pontos D e F, extremidades congruentes, cordas que possuem a mesma distância do
de um arco maior: m(DE)+m(EF)=m(DEF). centro são congruentes. (Situação 3).
106
MATEMÁTICA
107
MATEMÁTICA
6. A projeção de uma corda sobre o diâmetro que pas- Nesta equação temos discriminante (delta) nulo e úni-
sa por uma de suas extremidades é 36 cm. Calcule o com- ca solução x = -1, o que leva a um único y, que é 4, assim a
primento da corda, sabendo que o raio da circunferência reta tangencia a circunferência.
é 50 cm.
5) Solução:
7. Se um ponto P da circunferência trigonométrica cor- Nestes casos é aconselhável que a equação da reta es-
responde a um número x real, qual é a forma dos outros teja como de fato está, na sua forma geral, pois as tangen-
números que também correspondem a esse mesmo pon- tes t, sendo paralelas a s, manterão o coeficiente angular e
to? poderemos escrever suas equações como 2x + y + c = 0 ,
bastando, então, encontrar os valores de c:
8. Quantas voltas serão dadas na circunferência trigo-
25π As tangentes distam r = 3 do centro (0,0):
nométrica para se representar os números e -12? dC,t = |c|/05 = 3
12 c =± 305
9. Qual o comprimento do arco descrito pelo ponteiro Portanto t1 : 2x + y + 305 = 0 e t2 : 2x + y - 305= 0.
dos minutos de um relógio cujo mostrador tem 5 cm de
diâmetro, após ter passado 1 hora? 6) Solução: Para Achar o comprimento de uma circun-
ferência tem que usar essa fórmula C=2.π.r
10. Calcule qual a medida em graus do ângulo formado Sendo π (pi) = 3,14
pelos ponteiros do relógio às 15h 15min. r = Raio
Respostas C=2×3,14×50
C=6,28×50
1) Solução: C=31,4.
Como os pontos A e B são os extremos do diâmetro,
o ponto médio entre eles é o centro da circunferência. En- 7) Solução: Dado um número real x, fica determina-
contrando então o centro temos h = (2 + 6) / 2 = 8 / 2 = 4 do um ponto P da circunferência trigonométrica, de modo
e k = (–1 + 3) / 2 = 2 / 2 = 1 e daí, o centro é o ponto C(4,1). que o comprimento do arco AP, bem como a medida em
A distância entre o centro e qualquer um dos pontos A ou radianos do arco AP, é x. Qualquer outro número real que
B é o raio. difira do número x, por um número inteiro de vezes 2π ,
irá corresponder a esse mesmo ponto P.
Assim, a forma dos outros números que também cor-
Logo,
respondem a esse mesmo ponto é x + 2kπ , k ∈Z .
R = dCB = (6 − 4) + (3 − 1) = 2 +2 = 4 + 4 = 8
2 2 2 2
8) Solução: Dado o número real 25 π , temos:
12
25 π
Então a equação é dada por: x2 + y2 – 2.4.x – 2.1.y + 42 π = 2π +
+ 1 – √8 2 = 0 ou x2 + y2 – 8x – 2y + 9 = 0.
2 12 12
108
MATEMÁTICA
Portanto, para representá-lo será necessário dar uma Como os monômios, os polinômios também possuem
volta inteira e mais um doze avos de meia volta, no sentido grau e é assim que eles são separados. Para identificar o
positivo de percurso, isto é, no sentido anti-horário. seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse
Por outro lado, dado o número real -12, temos: será o grau do polinômio.
−12 −6
= ≅ −1,91 , ou seja, será dada, aproximadamente, uma Com os polinômios podemos efetuar todas as opera-
2π π
volta inteira e mais 0,91 de volta no sentido horário, já que ções: adição, subtração, divisão, multiplicação, potencia-
o número dado é negativo. ção.
O procedimento utilizado na adição e subtração de
9) Solução: Como o diâmetro do relógio é de 5 cm, polinômios envolve técnicas de redução de termos seme-
temos que o raio é 2,5 cm. lhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais iguais e
Após 1 hora, o ponteiro dos minutos descreve um ân- sinais diferentes. Observe os exemplos a seguir:
gulo de uma volta no relógio, ou seja, o arco descrito é um
arco de uma volta. Adição
Assim, o comprimento desse arco é
C = 2π .2,5 ≅ 15, 70cm Exemplo 1
10) Solução: Sabemos que, a cada hora, o ponteiro
Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6.
das horas se desloca 30o. E, portanto, em 15 minutos, ele
(x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo
se desloca 7o30’.
Já o ponteiro dos minutos se desloca 90o em 15 minu- parênteses através do jogo de sinal.
tos Logo, o ângulo entre os dois ponteiros é de 7o30’, às +(–3x2) = –3x2
15h e 15min. +(+8x) = +8x
+(–6) = –6
x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos seme-
lhantes.
x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6
–2x2 + 5x – 7
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) = –2x2 + 5x – 7
Exemplo 2
109
MATEMÁTICA
A multiplicação com polinômio (com dois ou mais mo- • Polinômio é uma expressão algébrica racional e intei-
nômios) pode ser realizada de três formas: ra, por exemplo:
Multiplicação de monômio com polinômio. x2y
Multiplicação de número natural com polinômio.
Multiplicação de polinômio com polinômio. 3x – 2y
As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguin- x + y5 + ab
tes propriedades: • Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas
- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . um termo, ou seja, que possui apenas coeficiente e parte
a = a n+m
m
literal. Por exemplo:
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
multiplicar parte literal com parte literal e coeficiente com 3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
coeficiente.
-5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal.
Multiplicação de monômio com polinômio • Divisão de monômio por monômio
Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o
- Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos: divisor são monômios devemos seguir a regra: dividimos
3x . (5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva. coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal.
3x . 5x2 + 3x . 3x + 3x . (-1) Exemplos: 6x3 : 3x = 6 . x3 = 2x2 3x2
15x3 + 9x2 – 3x
Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x
- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:
110
MATEMÁTICA
Observação: ao dividirmos as partes literais temos que 2. Suponha que a medida do lado de um quadrado
estar atentos à propriedade que diz que base igual na divi- seja expressa por 6x², em que x representa um número real
são, repete a base e subtrai os expoentes. positivo. Qual o monômio que vai expressar a área desse
Depois de relembrar essas definições veja alguns quadrado?
exemplos de como resolver divisões de polinômio por
monômio. 3. Um caderno de 200 folhas custa x reais, e um ca-
Exemplo: (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2) derno de 100 folhas custa y reais. Se Noêmia comprar 7
cadernos de 200 folhas e 3 cadernos de 100 folhas, qual é
O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monô- a expressão algébrica que irá expressar a quantia que ela
mios. Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um monômio, irá
irá gastar?
dividir cada um deles, veja:
(10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
4. Escreve de forma reduzida o polinômio: 0,3x – 5xy +
1,8y + 2x – y + 3,4xy.
Assim, transformamos a divisão de polinômio por mo- 5. Calcule de dois modos (7x – 2xy – 5y) + (-2x + 4xy
nômio em duas divisões de monômio por monômio. Por- + y)
tanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficien-
te por coeficiente e parte literal por parte literal. 6. Determine P1 + P2 – P3, dados os Polinômios:
Portanto, (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2) = 5a2b + 4 9. Qual a maneira para se calcular a multiplicação do
Exemplo: (9x2y3 – 6x3y2 – xy) : (3x2y) seguinte polinômio: (2x + y)(3x – 2y)?
O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três mo- 10. Calcule: (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab).
nômios. Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um monômio irá
dividir cada um deles, veja: Respostas
111
MATEMÁTICA
112
MATEMÁTICA
113
MATEMÁTICA
2. Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + T4+1 = T5 = C8,4 . (2x)8-4 . (3y)4 = 8! . (2x)4 . (3y)4 =
3y)8? [(8-4)! .4!]
= 8.7.6.5.4! . 16x4 . 81y4
3. Desenvolvendo o binômio (2x - 3y)3n, obtemos um (4!.4.3.2.1
polinômio de 16 termos. Qual o valor de n? Fazendo as contas vem: 
114
MATEMÁTICA
5) Solução:
(3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2)
3x² + 2x – 1 – 2x² + 4x + 2 =
x² + 6x + 1
6) Solução:
(2x+3).(4x+1)
8x² + 2x + 12x + 3 =
8x² + 14x + 3
7) a - Solução:
(x - y).(x² - xy + y²)
x³ - x²y + xy² - x²y + xy² - y³ =
x³ - 2x²y + 2xy² - y³ =
b - Solução:
(3x - y).(3x + y).(2x - y)
(3x - y).(6x² - 3xy + 2xy - y²) =
(3x - y).(6x² - xy - y²) =
18x³ - 3x²y - 3xy² - 6x²y + xy² + y³ =
18x³ - 9x²y - 2xy² + y³
8) Resposta “-0,88”.
Solução:
bc – b2 =
2,2 . 1,8 – 2,22 = (Substituímos as letras pelos valores passados no enunciado)
3,96 – 4,84 =
-0,88.
Portanto, o valor procurado é 0,88.
9) Resposta “-14”.
Solução:
2x3 – 10y =
2.(-3)² - 10.(-4) = (Substituímos as letras pelos valores do enunciado da questão)
2.(27) – 10.(-4) =
(-54) – (-40) =
-54 + 40 = -14.
Portanto -14 é o valor procurado na questão.
Importante: Numa expressão algébrica, se todos os monômios ou termos são semelhantes, podemos tornar mais sim-
ples a expressão somando algebricamente os coeficientes numéricos e mantendo a parte literal.
115
MATEMÁTICA
Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o metro, porque dele derivam as demais.
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão:
cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Por isso, o sistema é chamado decimal.
E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome
popular de litro.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro
quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hec-
tare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos
comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102.
Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc.
Na prática, são muitos usados o metro cúbico e o centímetro cúbico.
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 =
103, o sistema continua sendo decimal.
Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
116
MATEMÁTICA
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é de 7 000 litros,
dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centímetro mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama.
Unidades de Massa
kg hg dag g dg cg mg
quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t):
1t = 1000 kg.
Não Decimais
Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.
Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h =
18min.
Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia, na
cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:
Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. Há uma
coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.
Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema grau – minuto –
segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.
Há ainda um sistema não-decimal, criado há algumas décadas, que vem se tornando conhecido. Ele é usado para me-
dir a informação armazenada em memória de computadores, disquetes, discos compacto, etc. As unidades de medida são
bytes (b), kilobytes (kb), megabytes (Mb), etc. Apesar de se usarem os prefixos “kilo” e “mega”, essas unidades não formam
um sistema decimal.
117
MATEMÁTICA
Exercícios
1. Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e che-
gou na hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. A que horas terminará a aula de inglês?
a) 14h
b) 14h 30min
c) 15h 15min
d) 15h 30min
e) 15h 45min
7. Passe 5.200 gramas para quilogramas.
8. Converta 2,5 metros em centímetros.
Respostas
1) Resposta “D”.
Solução: Basta somarmos todos os valores mencionados no enunciado do teste, ou seja:
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min
Neste ponto já convertemos de uma unidade de medida de volume, para uma unidade de medida de capacidade.
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quando então passaremos dois níveis à esquerda. Dividiremos então
por 10 duas vezes:
118
MATEMÁTICA
Como 1 m3 equivale a 1 kl, basta fazermos a conversão de 1 kl para decalitros, quando então passaremos dois níveis à
direita. Multiplicaremos então 1 por 10 duas vezes:
Portanto, 0, 000000000000000014 km3, ou a 1,4 x 10-17 km3 se expresso em notação científica equivalem a 14 mm3.
119
MATEMÁTICA
2)vamos adicionar 8h 19 min 58 s com 2 h 24 min 39 s 3.Um passageiro embarcou em um ônibus na cidade
Horaminuto segundo A às 14h 32 min 18s, esse ônibus saiu da rodoviária desta
8 19 58 cidade às 14h 55min 40s e chegou à rodoviária da cidade
224 39 B às 19h 27min 15s,do mesmo dia. Quanto tempo o passa-
------------------------------------------- geiro permaneceu no interior do ônibus?
120
MATEMÁTICA
a) 05h 54min 09s Estatística pode ser pensada como a ciência de apren-
b) 04h 05min 57s dizagem a partir de dados. No nosso quotidiano, precisa-
c) 05h 05min 09s mos tomar decisões, muitas vezes decisões rápidas.
d) 04h 54min 57s
Respostas
1.5 h 36 min
121
MATEMÁTICA
- Estatística Não-Paramétrica: Teste Binomial - Teste então a variável B também muda, então ele poderá concluir
Qui-quadrado (uma amostra, duas amostras independen- que A “influencia” B. Dados de uma pesquisa correlacional
tes, k amostras independentes) - Teste Kolmogorov-Smir- podem ser apenas “interpretados” em termos causais com
nov (uma amostra, duas amostras independentes) - Teste base em outras teorias (não estatísticas) que o pesquisa-
de McNemar - Teste dos Sinais - Teste de Wilcoxon - Teste dor conheça, mas não podem ser conclusivamente provar
de Walsh - Teste Exata de Fisher - Teste Q de Cochran - Tes- causalidade.
te de Kruskal-Wallis - Teste de Friedman.
- Análise da Sobrevivência: Função de sobrevivência - Variáveis dependentes e variáveis independentes:
Kaplan-Meier - Teste log-rank - Taxa de falha - Proportional Variáveis independentes são aquelas que são manipuladas
hazards models. enquanto que variáveis dependentes são apenas medidas
- Amostragem: Amostragem aleatória simples (com ou registradas. Esta distinção confunde muitas pessoas
reposição, sem reposição) - Amostragem estratificada - que dizem que “todas variáveis dependem de alguma coi-
Amostragem por conglomerados - Amostragem sistemá- sa”. Entretanto, uma vez que se esteja acostumado a esta
tica - estimador razão - estimador regressão. distinção ela se torna indispensável. Os termos variável
- Distribuição de Probabilidade: Normal - De Pareto dependente e independente aplicam-se principalmente
- De Poisson - De Bernoulli - Hipergeométrica - Binomial à pesquisa experimental, onde algumas variáveis são ma-
- Binomial negativa - Gama - Beta - t de Student - F-Sne- nipuladas, e, neste sentido, são “independentes” dos pa-
decor. drões de reação inicial, intenções e características dos su-
- Correlação: Variável de confusão - Coeficiente de jeitos da pesquisa (unidades experimentais).Espera-se que
correlação de Pearson - Coeficiente de correlação de pos- outras variáveis sejam “dependentes” da manipulação ou
tos de Spearman - Coeficiente de correlação tau de Ken- das condições experimentais. Ou seja, elas dependem “do
dall). que os sujeitos farão” em resposta. Contrariando um pouco
Regressão: Regressão linear - Regressão não-linear a natureza da distinção, esses termos também são usados
- Regressão logística - Método dos mínimos quadrados em estudos em que não se manipulam variáveis indepen-
- Modelos Lineares Generalizados - Modelos para Dados
dentes, literalmente falando, mas apenas se designam su-
Longitudinais.
jeitos a “grupos experimentais” baseados em propriedades
- Análise Multivariada: Distribuição normal multiva-
pré-existentes dos próprios sujeitos. Por exemplo, se em
riada - Componentes principais - Análise fatorial - Análise
uma pesquisa compara-se a contagem de células brancas
discriminante - Análise de “Cluster” (Análise de agrupa-
(White Cell Count em inglês, WCC) de homens e mulheres,
mento) - Análise de Correspondência.
sexo pode ser chamada de variável independente e WCC
- Séries Temporais: Modelos para séries temporais -
de variável dependente.
Tendência e sazonalidade - Modelos de suavização expo-
Níveis de Mensuração: As variáveis diferem em “quão
nencial - ARIMA - Modelos sazonais.
bem” elas podem ser medidas, isto é, em quanta informa-
Panorama Geral: ção seu nível de mensuração pode prover. Há obviamente
algum erro em cada medida, o que determina o “montante
Variáveis: São características que são medidas, contro- de informação” que se pode obter, mas basicamente o fa-
ladas ou manipuladas em uma pesquisa. Diferem em mui- tor que determina a quantidade de informação que uma
tos aspectos, principalmente no papel que a elas é dado variável pode prover é o seu tipo de nível de mensuração.
em uma pesquisa e na forma como podem ser medidas. Sob este prisma as variáveis são classificadas como nomi-
nais, ordinais e intervalares.
Pesquisa “Correlacional” X Pesquisa “Experimen- - Variáveis nominais permitem apenas classificação
tal”: A maioria das pesquisas empíricas pertencem cla- qualitativa. Ou seja, elas podem ser medidas apenas em
ramente a uma dessas duas categorias gerais: em uma termos de quais itens pertencem a diferentes categorias,
pesquisa correlacional (Levantamento) o pesquisador não mas não se pode quantificar nem mesmo ordenar tais ca-
influencia (ou tenta não influenciar) nenhuma variável, mas tegorias. Por exemplo, pode-se dizer que 2 indivíduos são
apenas as mede e procura por relações (correlações) en- diferentes em termos da variável A (sexo, por exemplo),
tre elas, como pressão sangüínea e nível de colesterol. Em mas não se pode dizer qual deles “tem mais” da qualidade
uma pesquisa experimental (Experimento) o pesquisador representada pela variável. Exemplos típicos de variáveis
manipula algumas variáveis e então mede os efeitos des- nominais são sexo, raça, cidade, etc.
ta manipulação em outras variáveis; por exemplo, aumen- - Variáveis ordinais permitem ordenar os itens medidos
tar artificialmente a pressão sangüínea e registrar o nível em termos de qual tem menos e qual tem mais da quali-
de colesterol. A análise dos dados em uma pesquisa ex- dade representada pela variável, mas ainda não permitem
perimental também calcula “correlações” entre variáveis, que se diga “o quanto mais”. Um exemplo típico de uma
especificamente entre aquelas manipuladas e as que fo- variável ordinal é o status sócio-econômico das famílias re-
ram afetadas pela manipulação. Entretanto, os dados ex- sidentes em uma localidade: sabe-se que média-alta é mais
perimentais podem demonstrar conclusivamente relações “alta” do que média, mas não se pode dizer, por exemplo,
causais (causa e efeito) entre variáveis. Por exemplo, se o que é 18% mais alta. A própria distinção entre mensuração
pesquisador descobrir que sempre que muda a variável A nominal, ordinal e intervalar representa um bom exemplo
122
MATEMÁTICA
de uma variável ordinal: pode-se dizer que uma medida mento fosse feito com outras amostras retiradas da mesma
nominal provê menos informação do que uma medida or- população, lembrando que o maior interesse está na po-
dinal, mas não se pode dizer “quanto menos” ou como esta pulação. O interesse na amostra reside na informação que
diferença se compara à diferença entre mensuração ordinal ela pode prover sobre a população. Se o estudo atender
e intervalar. certos critérios específicos (que serão mencionados pos-
- Variáveis intervalares permitem não apenas ordenar teriormente) então a confiabilidade de uma relação obser-
em postos os itens que estão sendo medidos, mas também vada entre variáveis na amostra pode ser estimada quan-
quantificar e comparar o tamanho das diferenças entre titativamente e representada usando uma medida padrão
eles. Por exemplo, temperatura, medida em graus Celsius (chamada tecnicamente de nível-p ou nível de significância
constitui uma variável intervalar. Pode-se dizer que a tem- estatística).
peratura de 40C é maior do que 30C e que um aumento de
20C para 40C é duas vezes maior do que um aumento de Significância Estatística (nível-p): A significância es-
30C para 40C. tatística de um resultado é uma medida estimada do grau
em que este resultado é “verdadeiro” (no sentido de que
Relações entre variáveis: Duas ou mais variáveis seja realmente o que ocorre na população, ou seja no sen-
quaisquer estão relacionadas se em uma amostra de ob- tido de “representatividade da população”). Mais tecnica-
servações os valores dessas variáveis são distribuídos de mente, o valor do nível-p representa um índice decrescen-
forma consistente. Em outras palavras, as variáveis estão te da confiabilidade de um resultado. Quanto mais alto o
relacionadas se seus valores correspondem sistematica- nível-p, menos se pode acreditar que a relação observada
mente uns aos outros para aquela amostra de observações. entre as variáveis na amostra é um indicador confiável da
Por exemplo, sexo e WCC seriam relacionados se a maioria relação entre as respectivas variáveis na população. Especi-
dos homens tivesse alta WCC e a maioria das mulheres bai- ficamente, o nível-p representa a probabilidade de erro en-
xa WCC, ou vice-versa; altura é relacionada ao peso porque volvida em aceitar o resultado observado como válido, isto
tipicamente indivíduos altos são mais pesados do que indi- é, como “representativo da população”. Por exemplo, um
víduos baixos; Q.I. está relacionado ao número de erros em nível-p de 0,05 (1/20) indica que há 5% de probabilidade
um teste se pessoas com Q.I.’s mais altos cometem menos
de que a relação entre as variáveis, encontrada na amostra,
erros.
seja um “acaso feliz”. Em outras palavras, assumindo que
não haja relação entre aquelas variáveis na população, e o
Importância das relações entre variáveis: Geralmen-
experimento de interesse seja repetido várias vezes, pode-
te o objetivo principal de toda pesquisa ou análise científi-
ria-se esperar que em aproximadamente 20 realizações do
ca é encontrar relações entre variáveis. A filosofia da ciência
experimento haveria apenas uma em que a relação entre as
ensina que não há outro meio de representar “significado”
variáveis em questão seria igual ou mais forte do que a que
exceto em termos de relações entre quantidades ou qua-
foi observada naquela amostra anterior. Em muitas áreas
lidades, e ambos os casos envolvem relações entre variá-
veis. Assim, o avanço da ciência sempre tem que envolver a de pesquisa, o nível-p de 0,05 é costumeiramente tratado
descoberta de novas relações entre variáveis. Em pesquisas como um “limite aceitável” de erro.
correlacionais a medida destas relações é feita de forma
bastante direta, bem como nas pesquisas experimentais. Como determinar que um resultado é “realmente”
Por exemplo, o experimento já mencionado de comparar significante: Não há meio de evitar arbitrariedade na de-
WCC em homens e mulheres pode ser descrito como pro- cisão final de qual nível de significância será tratado como
cura de uma correlação entre 2 variáveis: sexo e WCC. A realmente “significante”. Ou seja, a seleção de um nível de
Estatística nada mais faz do que auxiliar na avaliação de significância acima do qual os resultados serão rejeitados
relações entre variáveis. como inválidos é arbitrária. Na prática, a decisão final de-
Aspectos básicos da relação entre variáveis: As duas pende usualmente de: se o resultado foi previsto a priori ou
propriedades formais mais elementares de qualquer rela- apenas a posteriori no curso de muitas análises e compara-
ção entre variáveis são a magnitude (“tamanho”) e a con- ções efetuadas no conjunto de dados; no total de evidên-
fiabilidade da relação. cias consistentes do conjunto de dados; e nas “tradições”
- Magnitude é muito mais fácil de entender e medir existentes na área particular de pesquisa. Tipicamente, em
do que a confiabilidade. Por exemplo, se cada homem em muitas ciências resultados que atingem nível-p 0,05 são
nossa amostra tem um WCC maior do que o de qualquer considerados estatisticamente significantes, mas este nível
mulher da amostra, poderia-se dizer que a magnitude da ainda envolve uma probabilidade de erro razoável (5%).
relação entre as duas variáveis (sexo e WCC) é muito alta Resultados com um nível-p 0,01 são comumente conside-
em nossa amostra. Em outras palavras, poderia-se prever rados estatisticamente significantes, e com nível-p 0,005 ou
uma baseada na outra (ao menos na amostra em questão). nível-p 0,001 são freqüentemente chamados “altamente”
- Confiabilidade é um conceito muito menos intuitivo, significantes. Estas classificações, porém, são convenções
mas extremamente importante. Relaciona-se à “represen- arbitrárias e apenas informalmente baseadas em experiên-
tatividade” do resultado encontrado em uma amostra es- cia geral de pesquisa. Uma conseqüência óbvia é que um
pecífica de toda a população. Em outras palavras, diz quão resultado considerado significante a 0,05, por exemplo,
provável será encontrar uma relação similar se o experi- pode não sê-lo a 0,01.
123
MATEMÁTICA
Significância estatística e o número de análises rea- Observando um exemplo mais geral. Imagine-se uma
lizadas: Desnecessário dizer quanto mais análises sejam população teórica em que a média de WCC em homens
realizadas em um conjunto de dados, mais os resultados e mulheres é exatamente a mesma. Supondo um experi-
atingirão “por acaso” o nível de significância convenciona- mento em que se retiram pares de amostras (homens e
do. Por exemplo, ao calcular correlações entre dez variáveis mulheres) de um certo tamanho da população e calcula-se
(45 diferentes coeficientes de correlação), seria razoável es- a diferença entre a média de WCC em cada par de amostras
perar encontrar por acaso que cerca de dois (um em cada (supor ainda que o experimento será repetido várias vezes).
20) coeficientes de correlação são significantes ao nível-p Na maioria dos experimento os resultados das diferenças
0,05, mesmo que os valores das variáveis sejam totalmente serão próximos de zero. Contudo, de vez em quando, um
aleatórios, e aquelas variáveis não se correlacionem na po- par de amostra apresentará uma diferença entre homens
pulação. Alguns métodos estatísticos que envolvem muitas e mulheres consideravelmente diferente de zero. Com que
comparações, e portanto uma boa chance para tais erros, freqüência isso acontece? Quanto menor a amostra em
incluem alguma “correção” ou ajuste para o número total cada experimento maior a probabilidade de obter esses
de comparações. Entretanto, muitos métodos estatísticos resultados errôneos, que, neste caso, indicariam a exis-
(especialmente análises exploratórias simples de dados) tência de uma relação entre sexo e WCC obtida de uma
não oferecem nenhum remédio direto para este problema. população em que tal relação não existe. Observe-se mais
Cabe então ao pesquisador avaliar cuidadosamente a con- um exemplo (“razão meninos para meninas”, Nisbett et al.,
fiabilidade de descobertas não esperadas. 1987):
Há dois hospitais: no primeiro nascem 120 bebês a
Força X Confiabilidade de uma relação entre va- cada dia e no outro apenas 12. Em média a razão de me-
riáveis: Foi dito anteriormente que força (magnitude) e ninos para meninas nascidos a cada dia em cada hospital
confiabilidade são dois aspectos diferentes dos relaciona- é de 50/50. Contudo, certo dia, em um dos hospitais nas-
mentos entre variáveis. Contudo, eles não são totalmente ceram duas vezes mais meninas do que meninos. Em que
independentes. Em geral, em uma amostra de um certo hospital isso provavelmente aconteceu? A resposta é óbvia
tamanho quanto maior a magnitude da relação entre va- para um estatístico, mas não tão óbvia para os leigos: é
muito mais provável que tal fato tenha ocorrido no hospi-
riáveis, mais confiável a relação.
tal menor. A razão para isso é que a probabilidade de um
Assumindo que não há relação entre as variáveis na
desvio aleatório da média da população aumenta com a
população, o resultado mais provável deveria ser também
diminuição do tamanho da amostra (e diminui com o au-
não encontrar relação entre as mesmas variáveis na amos-
mento do tamanho da amostra).
tra da pesquisa. Assim, quanto mais forte a relação encon-
trada na amostra menos provável é a não existência da re-
Por que pequenas relações podem ser provadas
lação correspondente na população. Então a magnitude e
como significantes apenas por grandes amostras: Os
a significância de uma relação aparentam estar fortemente
exemplos dos parágrafos anteriores indicam que se um re-
relacionadas, e seria possível calcular a significância a partir lacionamento entre as variáveis em questão (na população)
da magnitude e vice-versa. Entretanto, isso é válido ape- é pequeno, então não há meio de identificar tal relação em
nas se o tamanho da amostra é mantido constante, por- um estudo a não ser que a amostra seja correspondente-
que uma relação de certa força poderia ser tanto altamente mente grande. Mesmo que a amostra seja de fato “per-
significante ou não significante de todo dependendo do feitamente representativa” da população o efeito não será
tamanho da amostra. estatisticamente significante se a amostra for pequena.
Analogamente, se a relação em questão é muito grande na
Por que a significância de uma relação entre va- população então poderá ser constatada como altamente
riáveis depende do tamanho da amostra: Se há muito significante mesmo em um estudo baseado em uma pe-
poucas observações então há também poucas possibili- quena amostra. Mais um exemplo:
dades de combinação dos valores das variáveis, e então a Se uma moeda é ligeiramente viciada, de tal forma que
probabilidade de obter por acaso uma combinação desses quando lançada é ligeiramente mais provável que ocorram
valores que indique uma forte relação é relativamente alta. caras do que coroas (por exemplo uma proporção 60%
Considere-se o seguinte exemplo: para 40%). Então dez lançamentos não seriam suficientes
Há interesse em duas variáveis (sexo: homem, mulher; para convencer alguém de que a moeda é viciada, mesmo
WCC: alta, baixa) e há apenas quatro sujeitos na amostra que o resultado obtido (6 caras e 4 coroas) seja perfeita-
(2 homens e 2 mulheres). A probabilidade de se encontrar, mente representativo do viesamento da moeda. Entretan-
puramente por acaso, uma relação de 100% entre as duas to, dez lançamentos não são suficientes para provar nada?
variáveis pode ser tão alta quanto 1/8. Explicando, há uma Não, se o efeito em questão for grande o bastante, os dez
chance em oito de que os dois homens tenham alta WCC lançamentos serão suficientes. Por exemplo, imagine-se
e que as duas mulheres tenham baixa WCC, ou vice-versa, que a moeda seja tão viciada que não importe como ve-
mesmo que tal relação não exista na população. Agora con- nha a ser lançada o resultado será cara. Se tal moeda fos-
sidere-se a probabilidade de obter tal resultado por acaso se lançada dez vezes, e cada lançamento produzisse caras,
se a amostra consistisse de 100 sujeitos: a probabilidade de muitas pessoas considerariam isso prova suficiente de que
obter aquele resultado por acaso seria praticamente zero. há “algo errado” com a moeda. Em outras palavras, seria
124
MATEMÁTICA
considerada prova convincente de que a população teórica teiramente causados pelo sexo. Poderia-se dizer que nesta
de um número infinito de lançamentos desta moeda teria amostra sexo é perfeitamente correlacionado a WCC, ou
mais caras do que coroas. Assim, se a relação é grande, seja, 100% das diferenças observadas entre os sujeitos re-
então poderá ser considerada significante mesmo em uma lativas a suas WCC’s devem-se a seu sexo.
pequena amostra. - Se todos os valores de WCC estão em um intervalo de
0 a 1000, a mesma diferença (de 2) entre a WCC média de
Pode uma “relação inexistente” ser um resultado homens e mulheres encontrada no estudo seria uma par-
significante: Quanto menor a relação entre as variáveis te tão pequena na diferença global dos valores que muito
maior o tamanho de amostra necessário para prová-la sig- provavelmente seria considerada desprezível. Por exemplo,
nificante. Por exemplo, imagine-se quantos lançamentos um sujeito a mais que fosse considerado poderia mudar,
seriam necessários para provar que uma moeda é viciada ou mesmo reverter, a direção da diferença. Portanto, toda
se seu viesamento for de apenas 0,000001 %! Então, o ta- boa medida das relações entre variáveis tem que levar em
manho mínimo de amostra necessário cresce na mesma conta a diferenciação global dos valores individuais na
proporção em que a magnitude do efeito a ser demonstra- amostra e avaliar a relação em termos (relativos) de quanto
do decresce. Quando a magnitude do efeito aproxima-se desta diferenciação se deve à relação em questão.
de zero, o tamanho de amostra necessário para prová-lo
aproxima-se do infinito. Isso quer dizer que, se quase não “Formato geral” de muitos testes estatísticos: Como
há relação entre duas variáveis o tamanho da amostra pre- o objetivo principal de muitos testes estatísticos é avaliar
cisa quase ser igual ao tamanho da população, que teorica- relações entre variáveis, muitos desses testes seguem o
mente é considerado infinitamente grande. A significância princípio exposto no item anterior. Tecnicamente, eles re-
estatística representa a probabilidade de que um resultado presentam uma razão de alguma medida da diferenciação
similar seja obtido se toda a população fosse testada. As- comum nas variáveis em análise (devido à sua relação) pela
sim, qualquer coisa que fosse encontrada após testar toda diferenciação global daquelas variáveis. Por exemplo, teria-
a população seria, por definição, significante ao mais alto se uma razão da parte da diferenciação global dos valores
nível possível, e isso também inclui todos os resultados de de WCC que podem se dever ao sexo pela diferenciação
“relação inexistente”. global dos valores de WCC. Esta razão é usualmente cha-
mada de razão da variação explicada pela variação total.
Como medir a magnitude (força) das relações en- Em estatística o termo variação explicada não implica ne-
tre variáveis: Há muitas medidas da magnitude do rela- cessariamente que tal variação é “compreendida concei-
cionamento entre variáveis que foram desenvolvidas por tualmente”. O termo é usado apenas para denotar a va-
estatísticos: a escolha de uma medida específica em dadas riação comum às variáveis em questão, ou seja, a parte da
circunstâncias depende do número de variáveis envolvidas, variação de uma variável que é “explicada” pelos valores
níveis de mensuração usados, natureza das relações, etc. específicos da outra variável e vice-versa.
Quase todas, porém, seguem um princípio geral: elas pro-
curam avaliar a relação comparando-a de alguma forma Como é calculado o nível de significância estatís-
com a “máxima relação imaginável” entre aquelas variáveis tico: Assuma-se que já tenha sido calculada uma medida
específicas. Tecnicamente, um modo comum de realizar da relação entre duas variáveis (como explicado acima). A
tais avaliações é observar quão diferenciados são os valo- próxima questão é “quão significante é esta relação”? Por
res das variáveis, e então calcular qual parte desta “diferen- exemplo, 40% da variação global ser explicada pela relação
ça global disponível” seria detectada na ocasião se aquela entre duas variáveis é suficiente para considerar a relação
diferença fosse “comum” (fosse apenas devida à relação significante? “Depende”. Especificamente, a significância
entre as variáveis) nas duas (ou mais) variáveis em questão. depende principalmente do tamanho da amostra. Como já
Falando menos tecnicamente, compara-se “o que é comum foi explicado, em amostras muito grandes mesmo relações
naquelas variáveis” com “o que potencialmente poderia muito pequenas entre variáveis serão significantes, en-
haver em comum se as variáveis fossem perfeitamente re- quanto que em amostras muito pequenas mesmo relações
lacionadas”. Outro exemplo: muito grandes não poderão ser consideradas confiáveis
Em uma amostra o índice médio de WCC é igual a 100 (significantes). Assim, para determinar o nível de significân-
em homens e 102 em mulheres. Assim, poderia-se dizer cia estatística torna-se necessária uma função que repre-
que, em média, o desvio de cada valor da média de ambos sente o relacionamento entre “magnitude” e “significância”
(101) contém uma componente devida ao sexo do sujeito, das relações entre duas variáveis, dependendo do tama-
e o tamanho desta componente é 1. Este valor, em certo nho da amostra. Tal função diria exatamente “quão prová-
sentido, representa uma medida da relação entre sexo e vel é obter uma relação de dada magnitude (ou maior) de
WCC. Contudo, este valor é uma medida muito pobre, por- uma amostra de dado tamanho, assumindo que não há tal
que não diz quão relativamente grande é aquela compo- relação entre aquelas variáveis na população”. Em outras
nente em relação à “diferença global” dos valores de WCC. palavras, aquela função forneceria o nível de significância
Há duas possibilidades extremas: S (nível-p), e isso permitiria conhecer a probabilidade de erro
- Se todos os valore de WCC de homens são exata- envolvida em rejeitar a idéia de que a relação em ques-
mente iguais a 100 e os das mulheres iguais a 102 então tão não existe na população. Esta hipótese “alternativa” (de
todos os desvios da média conjunta na amostra seriam in- que não há relação na população) é usualmente chamada
125
MATEMÁTICA
de hipótese nula. Seria ideal se a função de probabilidade Todos os testes estatísticos são normalmente dis-
fosse linear, e por exemplo, apenas tivesse diferentes incli- tribuídos: Não todos, mas muitos são ou baseados na
nações para diferentes tamanhos de amostra. Infelizmente, distribuição normal diretamente ou em distribuições a ela
a função é mais complexa, e não é sempre exatamente a relacionadas, e que podem ser derivadas da normal, como
mesma. Entretanto, em muitos casos, sua forma é conhe- as distribuições t, F ou Chi-quadrado (Qui-quadrado). Tipi-
cida e isso pode ser usado para determinar os níveis de camente, estes testes requerem que as variáveis analisadas
significância para os resultados obtidos em amostras de sejam normalmente distribuídas na população, ou seja, que
certo tamanho. Muitas daquelas funções são relacionadas elas atendam à “suposição de normalidade”. Muitas variá-
a um tipo geral de função que é chamada de normal (ou veis observadas realmente são normalmente distribuídas,
gaussiana). o que é outra razão por que a distribuição normal repre-
senta uma “característica geral” da realidade empírica. O
Por que a distribuição normal é importante: A “dis- problema pode surgir quando se tenta usar um teste ba-
tribuição normal” é importante porque em muitos casos seado na distribuição normal para analisar dados de variá-
ela se aproxima bem da função introduzida no item ante- veis que não são normalmente distribuídas. Em tais casos
rior. A distribuição de muitas estatísticas de teste é normal há duas opções. Primeiramente, pode-se usar algum teste
ou segue alguma forma que pode ser derivada da distribui- “não paramétrico” alternativo (ou teste “livre de distribui-
ção normal. Neste sentido, filosoficamente, a distribuição ção”); mas isso é freqüentemente inconveniente porque
normal representa uma das elementares “verdades acerca tais testes são tipicamente menos poderosos e menos fle-
da natureza geral da realidade”, verificada empiricamente, xíveis em termos dos tipos de conclusões que eles podem
e seu status pode ser comparado a uma das leis funda- proporcionar. Alternativamente, em muitos casos ainda
mentais das ciências naturais. A forma exata da distribuição se pode usar um teste baseado na distribuição normal se
normal (a característica “curva do sino”) é definida por uma apenas houver certeza de que o tamanho das amostras é
função que tem apenas dois parâmetros: média e desvio suficientemente grande. Esta última opção é baseada em
padrão. um princípio extremamente importante que é largamente
Uma propriedade característica da distribuição normal responsável pela popularidade dos testes baseados na dis-
é que 68% de todas as suas observações caem dentro de
tribuição normal. Nominalmente, quanto mais o tamanho
um intervalo de 1 desvio padrão da média, um intervalo de
da amostra aumente, mais a forma da distribuição amos-
2 desvios padrões inclui 95% dos valores, e 99% das obser-
tral (a distribuição de uma estatística da amostra) da média
vações caem dentro de um intervalo de 3 desvios padrões
aproxima-se da forma da normal, mesmo que a distribui-
da média. Em outras palavras, em uma distribuição normal
ção da variável em questão não seja normal. Este princípio
as observações que tem um valor padronizado de menos
é chamado de Teorema Central do Limite.
do que -2 ou mais do que +2 tem uma freqüência relativa
de 5% ou menos (valor padronizado significa que um valor Como se conhece as consequências de violar a supo-
é expresso em termos de sua diferença em relação à média, sição de normalidade: Embora muitas das declarações fei-
dividida pelo desvio padrão). tas anteriormente possam ser provadas matematicamente,
algumas não têm provas teóricas e podem demonstradas
Ilustração de como a distribuição normal é usada apenas empiricamente via experimentos Monte Carlo (si-
em raciocínio estatístico (indução): Retomando o exem- mulações usando geração aleatória de números). Nestes
plo já discutido, onde pares de amostras de homens e mu- experimentos grandes números de amostras são geradas
lheres foram retirados de uma população em que o valor por um computador seguindo especificações pré-designa-
médio de WCC em homens e mulheres era exatamente o das e os resultados de tais amostras são analisados usando
mesmo. Embora o resultado mais provável para tais expe- uma grande variedade de testes. Este é o modo empírico
rimentos (um par de amostras por experimento) é que a de avaliar o tipo e magnitude dos erros ou viesamentos a
diferença entre a WCC média em homens e mulheres em que se expõe o pesquisador quando certas suposições teó-
cada par seja próxima de zero, de vez em quando um par ricas dos testes usados não são verificadas nos dados sob
de amostras apresentará uma diferença substancialmente análise. Especificamente, os estudos de Monte Carlo foram
diferente de zero. Quão freqüentemente isso ocorre? Se o usados extensivamente com testes baseados na distribui-
tamanho da amostra é grande o bastante, os resultados ção normal para determinar quão sensíveis eles eram à vio-
de tais repetições são “normalmente distribuídos”, e assim, lações da suposição de que as variáveis analisadas tinham
conhecendo a forma da curva normal pode-se calcular pre- distribuição normal na população. A conclusão geral destes
cisamente a probabilidade de obter “por acaso” resultados estudos é que as conseqüências de tais violações são me-
representando vários níveis de desvio da hipotética média nos severas do que se tinha pensado a princípio. Embora
populacional 0 (zero). Se tal probabilidade calculada é tão estas conclusões não devam desencorajar ninguém de se
pequena que satisfaz ao critério previamente aceito de sig- preocupar com a suposição de normalidade, elas aumenta-
nificância estatística, então pode-se concluir que o resul- ram a popularidade geral dos testes estatísticos dependen-
tado obtido produz uma melhor aproximação do que está tes da distribuição normal em todas as áreas de pesquisa.
acontecendo na população do que a “hipótese nula”. Lem-
brando ainda que a hipótese nula foi considerada apenas Objeto da Estatística: Estatística é uma ciência exata
por “razões técnicas” como uma referência contra a qual o que visa fornecer subsídios ao analista para coletar, orga-
resultado empírico (dos experimentos) foi avaliado. nizar, resumir, analisar e apresentar dados. Trata de parâ-
126
MATEMÁTICA
Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e Cálculo da média aritmética ponderada
efetue uma certa operação com todos os elementos de A.
Se for possível substituir cada um dos elementos do Se x for a média aritmética ponderada dos elementos
conjunto A por um número x de modo que o resultado da do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1;
operação citada seja o mesmo diz-se, por definição, que x P2; P3; ...; Pn, respectivamente, então, por definição:
será a média dos elementos de A relativa a essa operação.
P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
Média Aritmética = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn
(P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
Definição = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,
Conclusão
n parcelas
e, portanto, A média aritmética ponderada dos n elementos do
conjunto numérico A é a soma dos produtos de cada ele-
x=
x1; x2 ; x3;...; xn mento multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela
n soma dos pesos.
127
MATEMÁTICA
Exemplo Respostas
Exercícios 11+ 7 + 13 + 9 40
M .A = = = 10
4 4
1. Determine a média aritmética entre 2 e 8.
Logo, a média aritmética é 10.
2. Determine a média aritmética entre 3, 5 e 10.
128
MATEMÁTICA
320.20 + 840.10 + 1600.5 22.800 Digamos que uma categoria de operários tenha um
MP = = ≅ R$651, 43
20 + 10 + 5 35 aumento salarial de 20% após um mês, 12% após dois me-
ses e 7% após três meses. Qual o percentual médio mensal
10) Resposta “11,42”. de aumento desta categoria?
Solução:
Sabemos que para acumularmos um aumento
5.10 + 10.5 + 15.20 50 + 50 + 300 400 de 20%, 12% e 7% sobre o valor de um salário, devemos
MP = = = = 11, 42
10 + 5 + 20 35 35 multiplicá-lo sucessivamente por 1,2, 1,12 e 1,07 que são
os fatores correspondentes a tais percentuais.
Média Geométrica
A partir dai podemos calcular a média geométrica des-
tes fatores:
Este tipo de média é calculado multiplicando-se todos
os valores e extraindo-se a raiz de índice n deste produto.
Digamos que tenhamos os números 4, 6 e 9, para ob- 3
1,2.1,12.1,07 ⇒ 3 1, 43808 ⇒ 1,128741
termos o valor médio geométrico deste conjunto, multipli-
camos os elementos e obtemos o produto 216. Como sabemos, um fator de 1, 128741 corresponde
Pegamos então este produto e extraímos a sua raiz cú- a 12, 8741% de aumento.
bica, chegando ao valor médio 6. Este é o valor percentual médio mensal do aumento
Extraímos a raiz cúbica, pois o conjunto é composto de salarial, ou seja, se aplicarmos três vezes consecutivas o
3 elementos. Se fossem n elementos, extrairíamos a raiz de percentual 12, 8741%, no final teremos o mesmo resultado
índice n. que se tivéssemos aplicado os percentuais 20%, 12% e 7%.
Neste exemplo teríamos a seguinte solução: Digamos que o salário desta categoria de operários
seja de R$ 1.000,00, aplicando-se os sucessivos aumentos
3
4.6.9 ⇒ 3 216 ⇒ 6 temos:
129
MATEMÁTICA
Bom primeiro observamos o mapa e somamos as áreas 1. Determine a média proporcional ou geométrica
dos quadrados catetos e dividimos pela hipotenusa e no entre 2 e 8.
final pegamos a soma dos ângulos subtraindo o que esta
entre os catetos e dividimos por PI(3,1415...) assim desco- 2. Determine a média geométrica entre 1, 2 e 4.
brimos a media geométrica dos triângulos.
3. Determine a média geométrica entre dois números
Exemplo sabendo que a média aritmética e a média harmônica entre
eles são, respectivamente, iguais a 4 e 9.
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e
345, é dada por: 4. A média geométrica entre 3 números é 4. Quanto
devo multiplicar um desses números para que a média
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013 aumente 2 unidades ?
130
MATEMÁTICA
5. Qual é a média geométrica dos núme- Se não dispusermos de uma calculadora científica esta
ros 2, 4, 8, 16 e 32? solução ficaria meio inviável, pois como iríamos extrair tal
raiz, isto sem contar na dificuldade em realizarmos as mul-
6. Dados dois números quaisquer, a média aritmética tiplicações?
simples e a média geométrica deles são respectivamente
20 e 20,5. Quais são estes dois números? Repare que todos os números são potência de 2, po-
demos então escrever:
7. A média geométrica entre dois números é igual a 6.
Se a eles juntarmos o número 48, qual será a média geo-
métrica entre estes três números?
5
2.4.8.16.32 ⇒ 5 2.2 2.2 3.2 4.2 5
8. Calcule a média geométrica entre 4 e 9. Como dentro do radical temos um produto de potên-
cias de mesma base, somando-se os expoentes temos:
9. Calcule a média geométrica entre 3, 3, 9 e 81
a+b
Observação: O termo média proporcional deve ser, = 20,5
apenas, utilizado para a média geométrica entre dois nú- 2
meros.
Já média geométrica pode ser expressa como:
3) Resposta “6”.
Solução: Aplicando a relação: g2 = a.h, teremos: a.b = 20
( ) = 20
2
Se multiplicarmos um deles por m, a nova média será: a.b = 20 ⇒ (41− b).b = 20 ⇒ 41b − b 2 2
131
MATEMÁTICA
Solucionando a mesma temos: Logo, ao juntarmos o número 48 aos dois números ini-
ciais, a média geométrica passará a ser 12.
O número b pode assumir, portanto os valores 16 e 25. Mediana: é o valor que tem tantos dados antes dele,
É de se esperar, portanto que quando b for igual a 16, como depois dele. Para se medir a mediana, os valores de-
que a seja igual a 25 e quando b for igual a 25, que a seja vem estar por ordem crescente ou decrescente. No caso do
igual a 16. Vamos conferir. número de dados ser ímpar, existe um e só um valor central
Sabemos que a = 41 - b, portanto atribuindo a b um de que é a mediana. Se o número de dados é par, toma-se a
seus possíveis valores, iremos encontrar o valor de a. média aritmética dos dois valores centrais para a mediana.
É uma medida de localização do centro da distribui-
ção dos dados, definida do seguinte modo: Ordenados os
Para b = 16 temos:
elementos da amostra, a mediana é o valor (pertencente
ou não à amostra) que a divide ao meio, isto é, 50% dos
a = 41 - b ⇒ 41 - 16 ⇒ a = 25 elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e
os outros 50% são maiores ou iguais à mediana.
Para b = 25 temos: Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, de-
pois de ordenada a amostra de n elementos: Se n é ímpar,
a = 41 - b ⇒ a = 41 - 25 ⇒ a = 16 a mediana é o elemento médio. Se n é par, a mediana é a
semi-soma dos dois elementos médios.
Logo, os dois números são 16, 25. A mediana, m, é uma medida de localização do centro
da distribuição dos dados, definida do seguinte modo:
7) Resposta “12”. Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o va-
Solução: Se chamarmos de P o produto destes dois lor (pertencente ou não à amostra) que a divide ao meio, isto
números, a partir do que foi dito no enunciado podemos é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à
mediana e os outros 50% são maiores ou iguais à mediana.
montar a seguinte equação:
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, de-
P =6 pois de ordenada a amostra de n elementos:
- Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio.
Elevando ambos os membros desta equação ao qua- - Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois ele-
drado, iremos obter o valor numérico do produto destes mentos médios.
dois números:
2 Se se representarem os elementos da amostra orde-
P = 6 ⇒ ( P) = 6 2 ⇒ P = 36
nada com a seguinte notação: X1:n, X2:n, ..., Xn:n; então uma
expressão para o cálculo da mediana será:
Agora que sabemos que o produto de um número pelo
outro é igual 36, resta-nos multiplicá-lo por 48 e extraímos
a raiz cúbica deste novo produto para encontrarmos a mé-
dia desejada:
Note que para facilitar a extração da raiz cúbica, rea- Como medida de localização, a mediana é mais robusta
lizamos a decomposição dos números 36 e 48 em fatores do que a média, pois não é tão sensível aos dados. Consi-
primos. Acesse a página decomposição de um número na- deremos o seguinte exemplo: um aluno do 10º ano obteve
tural em fatores primos para maiores informações sobre as seguintes notas: 10, 10, 10, 11, 11, 11, 11, 12. A média e a
este assunto. mediana da amostra anterior são respectivamente.
132
MATEMÁTICA
=10.75 e =11
Dado um histograma é fácil obter a posição da media- Representando as distribuições dos dados (esta obser-
na, pois esta está na posição em que passando uma linha vação é válida para as representações gráficas na forma de
vertical por esse ponto o histograma fica dividido em duas diagramas de barras ou de histograma) na forma de uma
partes com áreas iguais. mancha, temos, de um modo geral:
133
MATEMÁTICA
Qp =
Moda: é o valor que ocorre mais vezes numa distri-
buição, ou seja, é o de maior efetivo e, portanto, de maior onde representamos por [a], o maior inteiro contido
frequência. Define-se moda como sendo: o valor que sur- em a.
ge com mais frequência se os dados são discretos, ou, o
intervalo de classe com maior frequência se os dados são Aos quartis de ordem 1/4 e 3/4 , damos respectiva-
contínuos. Assim, da representação gráfica dos dados, ob- mente o nome de 1º quartil e 3º quartil. Exemplo: Tendo-se
tém-se imediatamente o valor que representa a moda ou decidido registrar os pesos dos alunos de uma determi-
a classe modal. Esta medida é especialmente útil para re- nada turma prática do 10º ano, obtiveram-se os seguintes
duzir a informação de um conjunto de dados qualitativos, valores (em kg):
apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os
quais não se pode calcular a média e por vezes a mediana.
52 56 62 54 52 51 60 61 56 55 56 54 57 67 61 49
Para um conjunto de dados, define-se moda como
sendo: o valor que surge com mais frequência se os dados
são discretos, ou, o intervalo de classe com maior frequên- a) Determine os quantis de ordem 1/7, 1/2 e os 1º e
cia se os dados são contínuos. Assim, da representação 3º quartis.
gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que b) Um aluno com o peso de 61 kg, pode ser considera-
representa a moda ou a classe modal. do “normal”, isto é nem demasiado magro, nem demasiado
gordo?
49 51 52 52 54 54 55 56 56 56 57 60 61 61 62 67
Diagramas de Barras
Quartis: Generalizando a noção de mediana m, que
como vimos anteriormente é a medida de localização, tal
que 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais
a m, e os outros 50% são maiores ou iguais a m, temos a
noção de quartil de ordem p, com 0<p<1, como sendo
o valor Qp tal que 100p% dos elementos da amostra são
menores ou iguais a Qp e os restantes 100 (1-p)% dos ele-
mentos da amostra são maiores ou iguais a Qp.
Tal como a mediana, é uma medida que se calcula
a partir da amostra ordenada. Um processo de obter os
quartis é utilizando a Função Distribuição Empírica.
Generalizando ainda a expressão para o cálculo da me-
diana, temos uma expressão análoga para o cálculo dos
quartis:
134
MATEMÁTICA
Diagramas Circulares sim por diante. Apesar de não adotarmos nenhuma regra
formal para estabelecer as faixas, procuraremos utilizar, em
geral, de 5 a 8 faixas com mesma amplitude.
Histogramas
Pictogramas
Gráfico de Barras: Para construir um gráfico de barras,
1ª (10) representamos os valores da variável no eixo das abscissas
2ª (8) e suas as frequências ou porcentagens no eixo das orde-
3ª (4) nadas. Para cada valor da variável desenhamos uma barra
4ª (5) com altura correspondendo à sua freqüência ou porcenta-
5ª (4) gem. Este tipo de gráfico é interessante para as variáveis
= 1 unidade qualitativas ordinais ou quantitativas discretas, pois permi-
te investigar a presença de tendência nos dados. Exemplo:
Tabela de Frequências: Como o nome indica, conte-
rá os valores da variável e suas respectivas contagens, as
quais são denominadas frequências absolutas ou simples-
mente, frequências. No caso de variáveis qualitativas ou
quantitativas discretas, a tabela de freqüência consiste em
listar os valores possíveis da variável, numéricos ou não, e
fazer a contagem na tabela de dados brutos do número de
suas ocorrências. A frequência do valor i será representada
por ni, a frequência total por n e a freqüência relativa por
fi = ni/n.
Para variáveis cujos valores possuem ordenação natu-
ral (qualitativas ordinais e quantitativas em geral), faz sen-
tido incluirmos também uma coluna contendo as frequên-
cias acumuladas f ac, obtidas pela soma das frequências
de todos os valores da variável, menores ou iguais ao valor
considerado.
No caso das variáveis quantitativas contínuas, que po-
dem assumir infinitos valores diferentes, é inviável cons-
truir a tabela de frequência nos mesmos moldes do caso Diagrama Circular: Para construir um diagrama circu-
anterior, pois obteríamos praticamente os valores originais lar ou gráfico de pizza, repartimos um disco em setores
da tabela de dados brutos. Para resolver este problema, circulares correspondentes às porcentagens de cada valor
determinamos classes ou faixas de valores e contamos o (calculadas multiplicando-se a frequência relativa por 100).
número de ocorrências em cada faixa. Por ex., no caso da Este tipo de gráfico adapta-se muito bem para as variáveis
variável peso de adultos, poderíamos adotar as seguintes qualitativas nominais. Exemplo:
faixas: 30 |— 40 kg, 40 |— 50 kg, 50 |— 60, 60 |— 70, e as-
135
MATEMÁTICA
Polígono de Frequência:
Semelhante ao histograma, mas construído a partir dos
pontos médios das classes. Exemplo:
Gráfico de Ogiva:
Apresenta uma distribuição de frequências acumula-
Histograma: O histograma consiste em retângulos das, utiliza uma poligonal ascendente utilizando os pontos
contíguos com base nas faixas de valores da variável e com extremos.
área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta
forma, a altura de cada retângulo é denominada densidade
de frequência ou simplesmente densidade definida pelo
quociente da área pela amplitude da faixa. Alguns autores
utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na cons-
trução do histograma, o que pode ocasionar distorções (e,
consequentemente, más interpretações) quando amplitu-
des diferentes são utilizadas nas faixas. Exemplo:
Análise Combinatória
Gráfico de Linha ou Sequência: Adequados para
apresentar observações medidas ao longo do tempo, enfa- Análise combinatória é uma parte da matemática que
tizando sua tendência ou periodicidade. Exemplo: estuda, ou melhor, calcula o número de possibilidades, e
estuda os métodos de contagem que existem em acertar
algum número em jogos de azar. Esse tipo de cálculo nas-
ceu no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo Fon-
tana (1500-1557), chamado também de Tartaglia. Depois,
apareceram os franceses Pierre de Fermat (1601-1665) e
Blaise Pascal (1623-1662). A análise desenvolve métodos
que permitem contar, indiretamente, o número de elemen-
tos de um conjunto. Por exemplo, se quiser saber quantos
números de quatro algarismos são formados com os alga-
rismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9, é preciso aplicar as propriedades
da análise combinatória. Veja quais propriedades existem:
136
MATEMÁTICA
137
MATEMÁTICA
Pn = An,n= n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1)
(n – 2) . … .1 = n!
Portanto: Pn = n!
Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições
em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem Combinações Simples: são agrupamentos formados
com os elementos de um conjunto que se diferenciam so-
ou pela natureza dos elementos componentes. Seja A um
mente pela natureza de seus elementos. Considere A como
conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual
um conjunto com n elementos k um natural menor ou igual
a n. Os arranjos simples k a k dos n elementos de A, são os
a n. Os agrupamentos de k elementos distintos cada um,
agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem
que diferem entre si apenas pela natureza de seus elemen-
entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus elementos. tos são denominados combinações simples k a k, dos n
elementos de A.
Cálculos do número de arranjos simples:
Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com
Na formação de todos os arranjos simples dos n ele- elementos distintos. Com os elementos de A podemos for-
mentos de A, tomados k a k: mar 4 combinações de três elementos cada uma: abc – abd
– acd – bcd
n → possibilidades na escolha do 1º elemento.
n - 1 → possibilidades na escolha do 2º elemento, pois Se trocarmos ps 3 elementos de uma delas:
um deles já foi usado.
n - 2 → possibilidades na escolha do 3º elemento, pois Exemplo: abc, obteremos P3 = 6 arranjos disdintos.
dois deles já foi usado.
. abc abd acd bcd
.
. acb
n - (k - 1) → possibilidades na escolha do kº elemento, bac
pois l-1 deles já foi usado. bca
cab
No Princípio Fundamental da Contagem (An, k), o núme-
ro total de arranjos simples dos n elementos de A (tomados cba
k a k), temos:
An,k = n (n - 1) . (n - 2) . ... . (n – k + 1) Se trocarmos os 3 elementos das 4 combinações obte-
(é o produto de k fatores) mos todos os arranjos 3 a 3:
abc abd acd bcd
Multiplicando e dividindo por (n – k)! acb adb adc bdc
bac bad cad cbd
bca bda cda cdb
cab dab dac dbc
cba dba dca dcb
Note que n (n – 1) . (n – 2). ... .(n – k + 1) . (n – k)! = n! (4 combinações) x (6 permutações) = 24 arranjos
Podemos também escrever Logo: C4,3 . P3 = A4,3
Permutações: Considere A como um conjunto com n Cálculo do número de combinações simples: O núme-
elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, ro total de combinações simples dos n elementos de A re-
são denominados permutações simples de n elementos. De presentados por C n,k, tomados k a k, analogicamente ao
acordo com a definição, as permutações têm os mesmos exemplo apresentado, temos:
elementos. São os n elementos de A. As duas permutações a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k,
diferem entre si somente pela ordem de seus elementos. obtemos Pk arranjos distintos.
138
MATEMÁTICA
139
MATEMÁTICA
07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola As três letras poderão ser escolhidas de 5 . 5 . 5 =125
possui um banco de questões de matemática composto maneiras.
de 5 questões sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4 Os quatro algarismos poderão ser escolhidos de 5 . 4 .
sobre retas. De quantas maneiras distintas a equipe pode 3 . 2 = 120 maneiras.
montar uma prova com 8 questões, sendo 3 de parábolas, O número total de senhas distintas, portanto, é igual a
2 de circunferências e 3 de retas? 125 . 120 = 15.000.
(A) 80
(B) 96 04.
(C) 240 I) O número de cartões feitos por Cláudia foi
(D) 640
(E) 1.280
08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre as- II) O número de cartões esperados por João era
sistidas por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para uma
eventualidade qualquer, dois particulares enfermeiros, por
serem os mais experientes, nunca são escalados para tra-
Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680
balharem juntos. Sabendo-se que em todos os grupos par-
ticipa um dos dois enfermeiros mais experientes, quantos 05. Se as permutações das letras da palavra PROVA fo-
grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser formados? rem listadas em ordem alfabética, então teremos:
(A) 06 P4 = 24 que começam por A
(B) 10 P4 = 24 que começam por O
(C) 12 P4 = 24 que começam por P
(D) 15
(E) 20 A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que
começa por R. Ela é RAOPV.
09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes
para concorrer a uma gincana. O número de maneiras dife- 06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita
rentes de formar duas equipes é de corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comis-
(A) 10 são de 5 diretores na qual os suspeitos não sejam maioria,
(B) 15 podem ser escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o
(C) 20 número de possíveis comissões é
(D) 25
(E) 30
03.
Letras
140
MATEMÁTICA
V) Assim, o número total de grupos que podem ser Então, 35 . 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo
formados é 2 . 3 = 6 anterior) vem 105:5 = 21, que é o coeficiente do sexto ter-
mo, conforme se vê acima.
09.
Observações:
10. 1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um poli-
a) 9 . A*10,3 = 9 . 103 = 9 . 10 . 10 . 10 = 9000 nômio.
b) 8 . A*9,3 = 8 . 93 = 8 . 9 . 9 . 9 = 5832 2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos .
c) (a) – (b): 9000 – 5832 = 3168 3) os coeficientes dos termos equidistantes dos extre-
d) 9 . A9,3 = 9 . 9 . 8 . 7 = 4536 mos , no desenvolvimento De (a + b)n são iguais .
e) (a) – (d): 9000 – 4536 = 4464 4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .
Denomina-se Binômio de Newton , a todo binômio da Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b)n
forma (a + b)n , sendo n um número natural . , sendo p um número natural, é dado por
Exemplo: ⎛ n⎞
B = (3x - 2y)4 ( onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do T p+1 = ⎜ ⎟ .a n− p .b p
binômio] ). ⎝ p⎠
141
MATEMÁTICA
Então, logo:
Probabilidade Condicionada
B
S
142
MATEMÁTICA
Considere uma experiência sendo realizada diversas (A) (B) (C) (D) (E)
vezes, dentro das mesmas condições, de maneira que os
resultados de cada experiência sejam independentes. Sen- 03. Retirando uma carta de um baralho comum de 52
do que, em cada tentativa ocorre, obrigatoriamente, um cartas, qual a probabilidade de se obter um rei ou uma
evento A cuja probabilidade é p ou o complemento A cuja dama?
probabilidade é 1 – p.
04. Jogam-se dois dados “honestos” de seis faces, nu-
Problema: Realizando-se a experiência descrita exata- meradas de 1 a 6, e lê-se o número de cada uma das duas
mente n vezes, qual é a probabilidade de ocorrer o evento faces voltadas para cima. Calcular a probabilidade de serem
A só k vezes? obtidos dois números ímpares ou dois números iguais?
143
MATEMÁTICA
07. Duas pessoas A e B atiram num alvo com proba- 04. No lançamento de dois dados de 6 faces, nu-
bilidade 40% e 30%, respectivamente, de acertar. Nestas meradas de 1 a 6, são 36 casos possíveis. Consi-
condições, a probabilidade de apenas uma delas acertar derando os eventos A (dois números ímpares) e B
o alvo é: (dois números iguais), a probabilidade pedida é:
(A) 42%
(B) 45%
(C) 46%
(D) 48% 05. Sendo Ω, o conjunto espaço amostral, temos n(Ω)
(E) 50% = 500
08. Num espaço amostral, dois eventos independentes A: o número sorteado é formado por 3 algarismos;
A e B são tais que P(A U B) = 0,8 e P(A) = 0,3. Podemos A = {100, 101, 102, ..., 499, 500}, n(A) = 401 e p(A) =
401/500
concluir que o valor de P(B) é:
(A) 0,5
B: o número sorteado é múltiplo de 10;
(B) 5/7
B = {10, 20, ..., 500}.
(C) 0,6
(D) 7/15 Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do ter-
(E) 0,7 mo geral da P.A., em que
a1 = 10
09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro an = 500
pretas. Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de r = 10
cada bola antes de retirar a seguinte. A probabilidade de só Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 →
a primeira e a terceira serem brancas é: n = 50
01.
02.
A partir da distribuição apresentada no gráfico:
08 mulheres sem filhos.
07 mulheres com 1 filho. Como A B = , A e B são eventos mutuamente ex-
06 mulheres com 2 filhos. clusivos;
02 mulheres com 3 filhos. Logo: P(A B) = P(A) + P(B) =
Como as 23 mulheres têm um total de 25 filhos, a pro-
babilidade de que a criança premiada tenha sido um(a) fi-
lho(a) único(a) é igual a P = 7/25.
07.
03. P(dama ou rei) = P(dama) + P(rei) = Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocor-
rer os seguintes eventos:
(A) “A” acerta e “B” erra; ou
(B) “A” erra e “B” acerta.
144
MATEMÁTICA
Assim, temos:
P (A B) = P (A) + P (B)
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
!!,! = = = 126
P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30% 5! 4! 5! ∙ 24
P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30 !
P (A B) = 0,28 + 0,18 RESPOSTA: “A”.
P (A B) = 0,46
P (A B) = 46% 2. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR
SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais velho que Jorge de
08. forma que a razão entre o número de anagramas de seus
Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) . nomes representa a diferença entre suas idades. Se Jorge
P(B) e como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos: tem 20 anos, a idade de Renato é
A) 24.
P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B)
B) 25.
0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B)
C) 26.
0,7 . (PB) = 0,5 D) 27.
P(B) = 5/7. E) 28.
09. Representando por a proba- Anagramas de RENATO
bilidade pedida, temos: ______
6.5.4.3.2.1=720
=
= Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120 720
Razão dos anagramas: = 6!
120
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos
10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três
tipos de sucos e que os nove primeiros clientes foram ser- RESPOSTA: “C”.
vidos com apenas um desses sucos, então:
3. (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – CON-
I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é
SULPLAN/2013) Uma dona de casa troca a toalha de rosto
possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros do banheiro diariamente e só volta a repeti-la depois que
clientes, pois seriam necessárias 27 laranjas. já tiver utilizado todas as toalhas. Sabe-se que a dona de
II- Para que não haja laranjas suficientes para o próxi- casa dispõe de 8 toalhas diferentes. De quantas maneiras
mo cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito ela pode ter utilizado as toalhas nos primeiros 5 dias de
tenham pedido sucos de laranjas, e um deles tenha pedido um mês?
outro suco. A) 4650.
A probabilidade de isso ocorrer é: B) 5180.
C) 5460.
D) 6720.
E) 7260.
_____
8.7.6.5.4=6720
145
MATEMÁTICA
146
MATEMÁTICA
147
MATEMÁTICA
15. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR – 18. (TJ/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA
CESGRANRIO/2012) Certa empresa identifica as diferentes – FCC/2012) A palavra GOTEIRA é formada por sete letras
peças que produz, utilizando códigos numéricos compos- diferentes. Uma sequência dessas letras, em outra ordem,
tos de 5 dígitos, mantendo, sempre, o seguinte padrão: os é TEIGORA. Podem ser escritas 5040 sequências diferentes
dois últimos dígitos de cada código são iguais entre si, mas com essas sete letras. São 24 as sequências que terminam
diferentes dos demais. Por exemplo, o código “03344” é com as letras GRT, nessa ordem, e começam com as quatro
válido, já o código “34544”, não. vogais. Dentre essas 24, a sequência AEIOGRT é a primei-
Quantos códigos diferentes podem ser criados? ra delas, se forem listadas alfabeticamente. A sequência
A) 3.312 IOAEGRT ocuparia, nessa listagem alfabética, a posição de
B) 4.608 número
C) 5.040 A) 11.
D) 7.000 B) 13.
E) 7.290 C) 17.
_____ D) 22.
9.9.9.1.1=729 E) 23.
São 10 possibilidades para os últimos dois dígitos:
729.10=7290 A_ _ _ GRT P3=3!=6
E_ _ _ GRT P3=3!=6
RESPOSTA: “E”. IA_ _GRT P2=2!=2
IE_ _GRT P2=2!=2
16. (DNIT – ANALISTA ADMINISTRATIVO –ADMINIS- IOAEGRT-17ª da sequência
TRATIVA – ESAF/2012) Os pintores Antônio e Batista farão
uma exposição de seus quadros. Antônio vai expor 3 qua- RESPOSTA: “C”.
dros distintos e Batista 2 quadros distintos. Os quadros se-
rão expostos em uma mesma parede e em linha reta, sendo 19. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
que os quadros de um mesmo pintor devem ficar juntos. – VUNESP/2012) Um restaurante possui pratos principais e
Então, o número de possibilidades distintas de montar essa individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne
exposição é igual a: vermelha, 3 com frango, e 4 apenas com vegetais. Alber-
A) 5 to, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três
B) 12 pratos principais individuais, um para cada. Alberto não
C) 24 come carne vermelha nem frango, Bianca só come vege-
D) 6 tais, e Carolina só não come vegetais. O total de pedidos
E) 15 diferentes que podem ser feitos atendendo as restrições
Para Antônio alimentares dos três é igual a
_ _ _ P3=3!=6 A) 384.
B) 392.
Para Batista C) 396.
_ _ P2=2!=2 D) 416.
E pode haver permutação dos dois expositores: E) 432.
148
MATEMÁTICA
22. (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Dos O diagrama mostra o número de atletas que ganharam
46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos 15 medalhas.
deles também estão aptos para classificar processos e os No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2
demais estão aptos para atender ao público. Há outros 11 por ser 2 medalhas e na intersecção das três medalhas mul-
técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não tiplica-se por 3.
são capazes de arquivar documentos. Dentre esses últimos
técnicos mencionados, 4 deles também são capazes de Intersecções:
classificar processos. Sabe-se que aqueles que classificam 6 ∙ 2 = 12
processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando que to- 1∙2=2
dos os técnicos que executam essas três tarefas foram cita- 4∙2=8
dos anteriormente, eles somam um total de 3∙3=9
A) 58. !
B) 65. Somando as outras:
C) 76. 2+5+8+12+2+8+9=46
D) 53.
E) 95. RESPOSTA: “D”.
149
MATEMÁTICA
24. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚ- O número de pessoas que preferem apenas a marca
DE NM – AOCP/2014) Qual é o número de elementos que C2 é zero.
formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos
do número 3, menores que 31? RESPOSTA: “A”.
A) 9
B) 10 (TJ/PE – OFICIAL DE JUSTIÇA – JUDICIÁRIO E ADMINIS-
C) 11 TRATIVO – FCC/2012) Em um clube com 160 associados,
D) 12 três pessoas, A, B e C (não associados), manifestam seu in-
E) 13 teresse em participar da eleição para ser o presidente deste
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30} clube. Uma pesquisa realizada com todos os 160 associa-
dos revelou que
10 elementos − 20 sócios não simpatizam com qualquer uma destas
pessoas.
RESPOSTA: “B”. − 20 sócios simpatizam apenas com a pessoa A.
− 40 sócios simpatizam apenas com a pessoa B.
(PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE − 30 sócios simpatizam apenas com a pessoa C.
NM – AOCP/2014) Considere dois conjuntos A e B, sabendo − 10 sócios simpatizam com as pessoas A, B e C.
que ! ∩ ! = {!}, ! ∪ ! = {!; !; !; !; !}!!!! − ! = {!; !},!!
assinale a alternativa que apresenta o conjunto B. A quantidade de sócios que simpatizam com pelo me-
A) {1;2;3} nos duas destas pessoas é
B) {0;3} A) 20.
C) {0;1;2;3;5} B) 30.
D) {3;5} C) 40.
E) {0;3;5} D) 50.
E) 60.
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é ele-
mento de B.
A-B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A ∪ B, tiramos que B={0;3;5}.
RESPOSTA: “E”.
(TJ/BA – ANAISTA JUDICIARIO – BANCO DE DADOS –
FAPERP/2012) Foi realizada uma pesquisa, com um grupo
de pessoas, envolvendo a preferência por até duas marcas
de carros dentre as marcas C1, C2 e C3. A pesquisa apre-
sentou os seguintes dados:
-59 preferem a marca C1
40 preferem a marca C2 A+B+C=90
-50 preferem a marca C3. Simpatiza com as três: 10
-17 preferem as marcas C1 e C2. Não simpatizam com nenhuma 20
-12 preferem as marcas C1 e C3 90+10+20 =120 pessoas
-23 preferem as marcas C2 e C3 Como têm 160 pessoas:
-49 não preferem nenhuma das três marcas. X+Y+Z=160-120=40 pessoas
Portanto, a quantidade de sócios que simpatizam com
O número de pessoas que preferem apenas a marca pelo menos 2 são 40 (dos sócios que simpatizam com duas
C2 é igual a pessoas) + 10 (simpatizam com três)=50
A) 0
B) 15 RESPOSTA: “D”.
C) 25.
D) 40.
150
LÍNGUA INGLESA
Língua é fundamentalmente um fenômeno oral. É, portanto indispensável desenvolver certa familiaridade com o idio-
ma falado, e mais especificamente, com a sua pronúncia, antes de se procurar dominar o idioma escrito.
A inversão desta sequência pode causar vícios de pronúncia resultantes da incorreta interpretação fonética das letras.
Principalmente no caso do aprendizado de inglês, onde a correlação entre pronúncia e ortografia é extremamente irregular
e a interpretação oral da ortografia muito diferente do português, e cuja ortografia se caracteriza também pela ausência
total de indicadores de sílaba tônica, torna-se necessário priorizar e antecipar o aprendizado oral.
Satisfeita esta condição ou não, o exercício de leitura em inglês deve iniciar a partir de textos com vocabulário reduzi-
do, de preferência com uso moderado de expressões idiomáticas, regionalismos, e palavras “difíceis” (de rara ocorrência).
Proximidade ao nível de conhecimento do aluno é pois uma condição importante. Outro aspecto, também importante, é
o grau de atratividade do texto. O assunto, se possível, deve ser de alto interesse para o leitor. Não é recomendável o uso
constante do dicionário, e este, quando usado, deve de preferência ser inglês - inglês. A atenção deve concentrar-se na
ideia central, mesmo que detalhes se percam, e o aluno deve evitar a prática da tradução. O leitor deve habituar-se a buscar
identificar sempre em primeiro lugar os elementos essenciais da oração, ou seja, sujeito, verbo e complemento. A maior
dificuldade nem sempre é entender o significado das palavras, mas sua função gramatical e consequentemente a estrutura
da frase.
O grau de dificuldade dos textos deve avançar gradativamente, e o aluno deve procurar fazer da leitura um hábito
frequente e permanente.
Existem diferentes estilos de leituras para diferentes situações. Páginas na internet, romances, livros textos, manuais,
revistas, jornais e correspondência são alguns dos itens lidos por pessoas todos os dias. Leitores eficientes e efetivos apren-
dem a usar muitos estilos de leitura para diferentes propósitos. Por exemplo, você pode ler por prazer, para obter informa-
ções ou para completar uma tarefa. A técnica escolhida irá depender do objetivo da leitura. Scanning, skimming, e leituras
críticas são diferentes estilos de leituras. Se você está procurando por informação, deve-se usar scanning para uma palavra
específica. Se você está explorando ou revendo um documento deve-se usar a skimming.
A compreensão do texto lido depende: da capacidade do leitor em relacionar ideias, estabelecer referências, fazer in-
ferências ou deduções lógicas, identificar palavras que sinalizam ideias, além da percepção de elementos que colaborem
na compreensão de palavras, como os prefixos e sufixos e não simplesmente, como muitos acreditam, o conhecimento de
vocabulário, ou seja, só o conhecimento de vocabulário é insuficiente para compreender um texto. Como a leitura é um
processo, para ler de forma mais ativa, rápida e, desse modo, mais efetiva, procure: “ quebrar o hábito de ler palavra por
palavra;
“ usar seu prévio conhecimento sobre o assunto;
“ dominar as estratégias que fortalecerão este processo;
“ prestar atenção ao contexto em que o texto está colocado;
“ fortalecer as estruturas gramaticais que sustentam a formulação das idéias apresentadas.
1
LÍNGUA INGLESA
2
LÍNGUA INGLESA
A utilidade de se conhecer os principais sufixos e suas respectivas regras de formação de palavras, do ponto de vista
daquele que está desenvolvendo familiaridade com inglês, está no fato de que este conhecimento permite a identificação
da provável categoria gramatical mesmo quando não se conhece a palavra no seu significado, o que é de grande utilidade
na interpretação de textos.
Vejam as regras de formação de palavras abaixo e seus respectivos sufixos, com alguns exemplos:
SUBSTANTIVO + ...ful = ADJETIVO (significando full of …, having …) SUBSTANTIVO + ...less = ADJETIVO (signifi-
cando without …)
SUBSTANTIVO + …hood = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser).
Há cerca de mil anos atrás, no período conhecido como Old English, hood era uma palavra independente, com um significa-
do amplo, relacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível social, condição. A palavra ocorria em conjunto com outros
substantivos para posteriormente, com o passar dos séculos, se transformar num sufixo.
3
LÍNGUA INGLESA
SUBSTANTIVO + …ship = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser).
A origem do sufixo _ship é uma história semelhante à do sufixo _hood. Tratava-se de uma palavra independente na época
do Old English, relacionada a shape e que tinha o significado de criar, nomear. Ao longo dos séculos aglutinou-se com o
substantivo a que se referia adquirindo o sentido de estado ou condição de ser tal coisa.
ADJETIVO + …ity = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o mesmo que o anterior: o estado, a qualidade de;
equivalente ao sufixo ...idade do português). Uma vez que a origem deste sufixo é o latim, as palavras a que se aplica são
na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança com o português.
4
LÍNGUA INGLESA
VERBO + …tion (…sion) = SUBSTANTIVO (sufixo de alta produtividade significando o estado, a ação ou a instituição;
equivalente ao sufixo ...ção do português). A origem deste sufixo é o latim. Portanto, as palavras a que se aplica são na
grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança e equivalência com o português.
5
LÍNGUA INGLESA
6
LÍNGUA INGLESA
7
LÍNGUA INGLESA
VERBO + …able (...ible) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …ável ou …ível do português; sufixo de alta produtivida-
de). Sua origem é o sufixo _abilis do latim, que significa capaz de, merecedor de.
VERBO + …ive (…ative) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …tivo ou …ível do português; sufixo de alta produtivida-
de). Sua origem é o sufixo _ivus do latim, que significa ter a capacidade de.
8
LÍNGUA INGLESA
ADJETIVO + …ly = ADVÉRBIO (o mesmo que o sufixo …mente do português; sufixo de alta produtividade).
Veja uma lista mais completa de sufixos e prefixos em Word Formation (Morfologia - Formação de Palavras)
9
LÍNGUA INGLESA
turn on - ligar
turn off - desligar
turn - virar, girar
turn down - desprezar
turn into - transformar em
8) Use sua intuição, não tenha medo de adivinhar significados, e não dependa muito do dicionário.
Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário, uma vez que o
português é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário proveniente do latim. É principalmente no
vocabulário técnico e científico que aparecem as maiores semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário
cotidiano encontramos palavras que nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item
anterior). Estes, entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto confiar na
semelhança. Por exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, important, intelligent, interesting, manual, modern,
necessary, pronunciation, student, supermarket, test, vocabulary, etc., são palavras que brasileiros entendem sem saber nada
de inglês. Assim sendo, o aluno deve sempre estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo
que conhecemos do português, provavelmente tem o mesmo significado.
Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente recomendável para alunos
de nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e familiaridade com as características estruturais da gra-
mática do idioma. A leitura, entretanto, torna-se inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para
todas palavras cujo entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou
seja, concentrar-se na ideia central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não deve o leitor desistir na
primeira página por achar que nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com insistência e curiosidade. A probabilidade é
de que o entendimento aumente de forma surpreendente, à medida que o leitor mergulha no conteúdo do texto.
BIBLIOGRAFIA
Lado, Robert. Language teaching: A scientific approach. New York: McGraw Hill, 1964.
Tempos Verbais
Verbo é a classe de palavras que nomeia, descreve um estado ou uma ação. A maioria dos verbos em Inglês é dividida
em verbos regulares (regular verbs) e verbos irregulares (irregular verbs). Os verbos irregulares são os que não são
conjugados da mesma maneira que os regulares e para os quais não existe uma regra geral; para cada verbo irregular há
uma regra. Em Inglês, toda a sentença precisa ter um verbo, pelo menos.
10
LÍNGUA INGLESA
Os tempos verbais na Língua Inglesa podem ser dividi- *OBSERVAÇÃO: Nas expressões que se referem a ida-
dos basicamente em quatro grupos: des o verbo to be equivale ao verbo ter, em Português.
1. Simple Tenses; Verbo To Be - Presente do Indicativo / Verb To Be -
2. Continuous Tenses / Progressive Tenses; Simple Present/Present Simple
3. Perfect Tenses / Perfect Simple Tenses; O Simple Present é o equivalente, na língua inglesa, ao
4. Perfect Continuous Tenses / Perfect Progressive Tenses. Presente do Indicativo, na língua portuguesa.
Começaremos a estudar os verbos a partir do Ver- - FORMAS:
bo “to be”, que é um dos verbos mais básicos em língua Apresentamos a seguir as formas do Simple Present
inglesa. (Presente Simples) do verbo to be. Na 1ª coluna encon-
tra-se a forma sem contração e, na 2ª, mostramos a forma
Verbo to be - Verb to be contraída. A forma interrogativa não possui contração:
O verbo to be significa ser e estar em português e,
além desses dois significados, este verbo é muito usado no 1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA:
sentido de ficar (tornar-se). Observe os usos e as formas
deste verbo:
Forma sem Contração Forma Contraída
- USOS: I am I’m
You are You’re
Usa-se o verbo to be:
1. Para identificar e descrever pessoas e objetos: He is He’s
Richard is my friend. (Ricardo é meu amigo.) She is She’s
It is It’s
I am Italian. (Eu sou Italiano.) We are We’re
I’m from Spain. (Eu sou da Espa-
nha.) You are You’re
It is a computer. (Isto é um com- They are They’re
putador.)
11
LÍNGUA INGLESA
- FORMAS:
Forma Sem Contração Forma Contraída
Apresentamos a seguir as formas do Simple Past
(Passado Simples) do verbo to be. As formas afirmativas was I? ---x---
e interrogativas do Simple Past não possuem contração; a were you? ---x---
forma negativa é organizada da seguinte maneira: na 1ª
was he? ---x---
coluna encontra-se a forma sem contração e na 2ª, mostra-
mos a forma contraída: was she? ---x---
was it? ---x---
1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA:
were we? ---x---
were you? ---x---
Forma Sem Contração Forma Contraída were they? ---x---
I was ---x---
You were ---x--- Example:
He was ---x--- Were you occupied when I called to you? (Você esta-
va ocupado quando lhe liguei?)
She was ---x---
It was ---x---
We were ---x--- Verbo To Be - Futuro / Verb To Be - Simple Future
You were ---x--- Apresentamos a seguir as formas do Simple Future
(Futuro Simples) do verbo to be. Na 1ª coluna encontra-
They were ---x--- se a forma sem contração e na 2ª, mostramos a forma con-
traída. A forma interrogativa não possui contração:
Examples:
12
LÍNGUA INGLESA
I will not be I’ll not be / I won’t be O PRESENT SIMPLE é usado para indicar um estado
que é considerado permanente ou uma ação que ocorre
You will not be You’ll not be / You won’t be sempre:
The sun rises in the east and sets in the west.
He will not be He’ll not be / He won’t be
(O sol nasce no leste e se põe no oeste.)
She will not be She’ll not be / She won’t be Every day he leaves the office at 5.30.
(Todo dia ele sai do escritório às 17h30.)
It will not be It’ll not be / It won’t be
We will not be We’ll not be / We won’t be My brother works at BBC.
(Meu irmão trabalha na BBC.)
You will not be You’ll not be / You won’t be
Um outro uso, menos frequente, é a indicação de uma
They’ll not be / They won’t ação que ocorre no momento em que se fala (uma demons-
They will not be
be tração ou um comentário sobre futebol, por exemplo.)
13
LÍNGUA INGLESA
he he he
she walks she watches she cries
it it it
PRESENT CONTINUOUS
O present continuous é usado para indicar um estado atual ou um evento que está ocorrendo no momento da fala ou
próximo ao momento da fala, mas que não é considerado permanente:
It’s raining.
(Está chovendo.)
IMPORTANTE
Existem verbos que normalmente não se empregam na forma contínua em inglês, mesmo quando se referem a um
estado temporário. São eles:
Alguns deles, no entanto, podem ser usados tanto no present continuous quanto no present simple, mas o seu signifi-
cado será diferente, dependendo da forma utilizada.
14
LÍNGUA INGLESA
Também é usado para indicar um estado que começou The timetable has been changed.
e terminou no passado: (O horário foi mudado.)
Essas duas formas são empregadas em três situações O past perfect é usado quando duas ações acontece-
básicas. Todas elas dão ênfase a algum tipo de conexão ram no passado. A ação que ocorreu antes fica no past per-
entre o presente e o passado. fect e a que aconteceu depois no simple past.
15
LÍNGUA INGLESA
We had just sat down when the doorbell rang. FUTURE COM PRESENT CONTINUOUS
(Nós acabáramos de sentar quando a campainha to- O present continuous pode ser usado para fazer refe-
cou.) rência a eventos que foram planejados para acontecer no
futuro. Seu uso é similar ao de GOING TO.
Someone had told them before we arrived.
(Alguém os tinha avisado antes de chegarmos.) England are playing against Scotland tonight.
FUTURE (A Inglaterra joga contra a Escócia hoje à noite.)
It’s cloudy. It’s going to rain. - Com NEVER, tem-se a ideia de “destino”:
(Está nublado. Vai chover.)
He was never to see her again.
FUTURE COM PRESENT SIMPLE (Ele nunca mais a veria novamente.)
O present simple é empregado para fazer referência She was never to recover.
a eventos futuros que são parte de uma programação ou (Nunca mais ela iria se recuperar.)
tabela de horários: b) BE ABOUT TO indica uma ação iminente:
The sun rises at 5.31 tomorrow. We were about to go out when he rang.
(O Sol nasce às 5h31 amanhã.) (Estávamos para sair quando ele telefonou.)
The plane takes off in twenty minutes. I think it’s about to rain.
(O avião decola daqui a vinte minutos.) (Acho que já vai chover.)
16
LÍNGUA INGLESA
c) JUST emprega-se com o present continuous e os tempos perfeitos para indicar ações que ocorrem no momento
em que se fala ou escreve ou em um momento próximo daquele em que se fala ou escreve:
It’s just starting to rain.
(Está começando a chover neste momento.)
REGRAS ORTOGRÁFICAS
Todos os verbos, inclusive os regulares, estão sujeitos às seguintes regras ortográficas:
a) Se a última sílaba do radical terminar em uma consoante que não seja x, y ou w, for precedida de uma vogal (e
não de um ditongo) e for Tonica, dobra-se a consoante final antes de –ing e –ed:
Se a última sílaba não for a sílaba tônica da palavra, normalmente não se dobra a consoante final, como neste exemplo:
Alguns verbos terminados com outras letras dobram a consoante final mesmo que a última sílaba não seja a sílaba
tônica:
IMPORTANTE
Os verbos terminados em vogal + y mantêm o y e recebem o sufixo –ed. Por exemplo: play – played.
Verbos terminados em –ie, ao contrário, trocam a terminação –ie por –y na formação do gerúndio:
Die dying
Lie lying
give giving
hope hoping
precede preceding
d) Os verbos terminados em –s, -z, -ch, -sh e –x formam a 3ª pessoa do singular do presente acrescentando-se –es a
suas terminação:
miss misses
fizz fizzes
scratch scratches
wish wishes
fix fixes
17
LÍNGUA INGLESA
do does
go goes
IMPORTANTE
Há um grande número de verbos em inglês que têm formas irregulares para o past simple e para o particípio passado.
FORMA AFIRMATIVA
FORMA NEGATIVA
18
LÍNGUA INGLESA
AFIRMATIVA NEGATIVA
Forma Plena Forma contraída Forma Plena Forma contraída
Present can can not can’t
Past culd could not couldn’t
Present may may not -
Past might might not mightn’t
Present shall shall not shan’t
Past should should not shouldn’t
Present will ‘ll will not won’t
19
LÍNGUA INGLESA
*No inglês britânico TO DARE e TO NEED podem funcionar tanto como modais quanto como principais, sem nenhuma
diferença de significado.
Observação:
Os verbos modais também são chamados de “auxiliares secundários”, pois podem ser antepostos aos “auxiliares pri-
mários” TO HAVE, TO BE, e TO DO – esse último, quando está substituindo um verbo principal. Tais verbos apresentam no
máximo duas formas (present simple e past simple), não têm infinitivo, gerúndio, imperativo nem particípio passado e não
recebem o sufixo –s na 3ª pessoa do singular do present simple. Os modais são usados com a forma básica do verbo.
20
LÍNGUA INGLESA
The book will have been written. The book will not have been written.
(It’ll have been written.) (The book won’t have been written.)
The book would have been written. The book would not have been written.
It’d have been written. The book wouldn’t have been written.
Alguns modais equivalem a certos verbos em português. CAN e MAY, por exemplo, traduzem por “poder”, e MUST por
“dever”. WILL e SHALL, no entanto, não têm um correspondente exato em português. Em razão de no inglês haver mais
verbos desse tipo do que no português, este capítulo será estruturado de acordo com os significados expressos dos verbos,
e não pelo verbo em si, uma vez que cada modal tem diversas possibilidades de uso.
Vejamos agora os vários empregos dos verbos modais:
Existe uma gradação de formalidade (da informalidade gentil à formalidade fria, dependendo da circunstância.) CAN é
o menos formal e o mais direto. COLUD, MAY e MIGHT, os mais formais.
21
LÍNGUA INGLESA
You can use um umbrella if you like. That could explain his strange behaviour.
(Você pode usar meu guarda-chuva se quiser.) (Isso poderia explicar seu comportamento estranho.)
Could I ask a question? He can’t have been going to work at that time.
(Eu poderia fazer uma pergunta?) (Não é possível que ele tenha ido trabalhar àquela
hora.)
May I go now? It couldn’t have been na accident.
(Posso ir agora?) (Não podia ter sido um acidente.)
WILL, WOULD CAN e COULD - pedido
You may begin now. Para fazer um pedido de forma mais direta com um
(Você pode começar agora.) verbo modal usa-se WILL. WOULD é um pouco menos di-
reto, porém mais elegante. CAN denota mais delicadeza
Might I enquire what the reason for this is? ainda. COULD indica menos objetividade. Mas, como sem-
(Eu posso perguntar qual a razão disto?) pre, o uso desses verbos depende do contexto, do tom de
voz, etc.
CAN, COULD – capacidade Will you show me that letter?
This car can run 200 kph. (Você me mostra aquela carta?)
(Este carro pode chegar a 200 km/h.)
Would you move over a bit?
When I was younger I could run 100 meters in 12 se- (Você poderia se afastar um pouco?)
conds.
(Quando eu era mais novo, podia correr 100 Can you help me lift this, please?
metros em 12 segundos.) (Pode me ajudar a levantar isto, por favor?)
Can you speak German? – No, but I could when I was Could you tell me how to get to the airport?
at school. (Poderia me dizer como chegar ao aeroporto?)
(Você sabe falar alemão? – Não, mas eu sabia quando
estava na escola.) WILL, SHALL – futuro
WILL e SHALL são os únicos modais que indicam es-
TO BE ABLE pecificamente o tempo, no caso, futuro. SHALL só é con-
Como os modais não têm infinitivo, emprega-se o ver- jugado na 1ª pessoa do singular o do plural (I e WE); WILL
bo TO BE ABLE para substituir CAN quando esta mão pode é conjugado nas demais pessoas. Contudo, atualmente se
ser usado por razões sintáticas. nota o uso de WILL para todas as pessoas.
No infinitivo: I shan’t be long.
It is important to be able to drive these days. (Não vou demorar.)
(É importante saber dirigir hoje em dia.)
We shall be expecting you.
Precedido de outro modal: (Vamos esperá-lo.)
You must be able to speak English to be a diplomat.
(Você tem de saber falar inglês para ser diplomata.) It will soon be summer.
(Logo mais será verão.)
No futuro:
I don’t know if I’ll be able to go. I’ll go if you like.
(Não sei se vou poder ir.) (Eu vou se você quiser.)
I don’t know if I’ll go. I might. Shall I open the window a little?
(Não sei se vou. É possível.) (Você quer que eu abra um pouco a janela?)
22
LÍNGUA INGLESA
Shall we go to the cinema this evening? NOT HAVE TO é a forma negativa de MUST, ou seja, é
(Vamos ao cinema hoje à noite?) ausência de obrigação.
You don’t have to wear a tuxedo to go to this party.
Shall we stop now? (Você não precisa ir de smoking a essa festa.)
(Vamos parar agora?)
HAVE GOT TO é muito comum na fala informal do
SHALL – ameaça, promessa inglês britânico:
O uso de SHALL, nesse caso, é bastante formal Have you got to go already?
(Vocês já tem de ir?)
He shall suffer for this.
(Ele sofrerá por isso.) We’ve got to catch a plane.
(Nós temos de pegar um avião.)
Blessed are the merciful, for they shall obtain mercy. A única forma de exprimir obrigação no passado é
com HAVE TO:
(Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcança-
We had to open all our cases at the customs.
rão misericórdia.)
(Tivemos de abrir todas nossas malas na alfândega.)
MUST e HAVE TO indicam dever enquanto OUGHT TO
SHOULD, MUST e OUGHT TO – obrigação. e SHOULD indicam apenas um conselho, uma recomenda-
ção e não uma obrigação:
Os modais SHOULD, MUST e OUGHT TO são de uso You should go, but you don’t have to.
corrente na linguagem diária. MUST possui um significado (Você devia ir, mas não é obrigado.)
mais forte. SHOULD é utilizado normalmente como forma
de dar um conselho: MUSTN’T, OUGHTN’T TO - proibição
A Negativa de MUST indica sempre proibição.
You should read this. It’s very good. You mustn’t tell them.
(Você deveria ler isto. É muito bom.) (Você não deve contar para eles.)
Anyone wishing to speak to the director should make
an appoitment. You oughtn’t to have lent my bool toyour brother.
(Quem quiser falar com o diretor, deve marcar uma (Você não deveria ter emprestado meu livro para o seu
hora.) irmão.)
All students must regoster by August 15th. SHOULD, MUST e OUGHT TO – conclusão lógica
(Todos os estudantes deverão se matricular até o dia Os verbos que denotam obrigação também são usados
15 de agosto.) quando se quer dar a ideia de “conclusão lógica”. Nessa
You ought to have worked harder. situação, esses verbos são utilizados para fazer deduções:
(Você deveria ter trabalhado mais.)
The water should be good in Italy now.
HAD BETTER é uma alternativa “não modal” para (O clima deve estar bom na Itália agora.)
SHOULD e OUGHT TO quando estes indicam “obriga-
ção”: They ought to have finished by now.
(A essa altura eles já deviam ter terminado.)
You had better go now if you don’t want to be latter.
It must be ready to eat now.
(É melhor você ir agora se não quiser chegar atrasado.)
(Deve estar pronto para comer agora.)
Hadn’t we better stop now? He must be nearly 80.
(Não seria melhor pararmos agora?) (Ele deve ter quase 80 anos.)
They’d better train a bit more, hadn’t they? HAVE TO está sendo cada vez mais empregado para
(Seria melhor eles treinarem um pouco mais, não é?) expressar “conclusão lógica”, principalmente nos EUA e en-
tre pessoas mais jovens na Inglaterra, embora neste país
Observações ainda não seja aceito como “inglês correto” pela maioria
HAVE TO é usado para indicar obrigação e substitui a das pessoas:
foram MUST quando não é possível empregá-la na por
razões sintáticas, ou seja, no infinitivo ou no gerúndio: He has to be the worst singer in the world.
(Ele deve ser o pior cantor do mundo.)
You may have to wait rather a long time.
(Você terá de esperar bastante tempo.) SHOULD, WOULD – condição
This would never have happened if your father had
It would be a nuisance to have to do all that again. been alive.
(Seria chato ter de fazer tudo isso de novo.) (Isso nunca teria acontecido se seu pai estivesse vivo.)
23
LÍNGUA INGLESA
WILL, WOULD – ações habitualmente repetidas He doesn’t dare (to) call the police.
When I was younger, I would go for a run every mor- (Ele não ousaria chamar a polícia.)
ning.
(Quando eu era mais novo, eu corria toda manhã.) You didn’t need to come.
If you let him, he’ll talk for hours about his boat. (Você não precisava ter vindo.)
(Se você deixar, ele passa horas falando sobre seu bar-
co.) 2. WOULD RATHER quer dizer “preferir”:
Would you rather have tea?
SHOULD, WOULD (Você prefere tomar chá?)
I’d rather you didn’t do that.
SHOULD e WOULD são empregados no subjuntivo:
(Eu preferia que você não fizesse isso.)
If you should change your mind,...
I’d rather not, if you don’t mind.
(Se você mudar de ideia...)
(Prefiro não sair, se você não se incomoda.)
Should you find that ... Os verbos modais combinam-se com THERE BE (haver)
(Se você achar que...) como com qualquer outra locução verbal:
It asked that overdue books should ne returnes by Fri- There may be (pode haver)
day. There will be (haverá)
(Pede-se que os livros com prazos de entrega vencidos There ought to be (devia haver)
sejam devolvidos até sexta-feira.) There cannot be (nãopode haver)
Might there be? (poderia haver?)
I was hoping he would come earlier. There needn’t be (não precisava haver), etc.
(Eu estava esperando que ele viesse mais cedo.)
24
LÍNGUA INGLESA
John did not go As preposições de tempo no inglês são: at, in, on, un-
to the cinema yesterday. (John não foi ao cinema on- til, after, around, before, between, entre muitas outras.
tem.) Elas têm um grau de especificidade, enquanto o IN sugere
John didn’t go uma informação mais vaga, genérica, o AT é mais preciso.
O ON fica em meio termo.
Try that beer. (Experimente aquela cerveja.) O IN é usado quando queremos dizer que uma coisa
está contida em outra (dentro de, em):
Don’t drink that beer. (Não tome aquela cerveja.) - She is studying in England, at Cambridge High School
OBSERVAÇÃO: (Ela está estudando na Inglaterra, na Universidade de Cam-
NOT é partícula de formação do negativo e não pode bridge).
ser empregado sem auxiliar, a não ser quando TO BE e TO - The car is in the garage (o carro está [dentro] da ga-
HAVE funcionarem como verbos principais: ragem)
25
LÍNGUA INGLESA
Conjunções (Conjunctions)
As linking words são as conjunções do Inglês, servem para fazer relação entre as idéias e informações expressadas em
uma frase. Linking words:
Either ... or (ou ... ou, nem ... nem)
Neither ... nor (nem ... nem (sem o not))
Both ... and (tanto ... quanto)
not only ... but also (não somente ... mas também)
Aplicando
-Either you go or stay here (Ou você vai, ou fica aqui)
-She doesn’t speak either english or portuguese (ela não fala português nem inglês)
-He could go neither right or left (ele nao poderia ir nem para a direita nem para a esquerda)
-Both he and she are special (tanto ele quanto ela são especiais)
-Teachers are not only teachers, but also friends (os professores não são somente professores, mas amigos também.)
Conjunções adversativas
São aquelas que dão ideias opostas.
But – mas However – entretanto nevertheless - não obstante, mesmo assim
Consecutivas ou conclusivas
São usadas para terminar frases, fazer conclusões.
so - então, por isso therefore – portanto thus - por isso consequently – consequentemente then – então hence - daí,
logo (ex: ele fuma, daí as tosses)
Concessivas
Concessões, permissões. Although – embora Even though - muito embora in spite of - apesar de
Conjunções de Acréscimos
Continuidade. besides - além disso moreover - além do mais furthermore - além disso, ademais
Explicativas
Para dar explicação à algo, dar razão à. because – porque as – como since – desde for - pois, visto que
Pronomes (Pronouns)
Os pronomes demonstrativos, assim como no português, servem para apontar, mostrar algum animal, objeto ou pes-
soa.
Usa-se “this” para referir-se a algo que está perto de quem fala. O plural de this é “these”.
Exemplos:
- This car is comfortable. (Este carro é confortável.)
- These clothes are beautiful. (Estas roupas são bonitas.)
Usa-se “that” para referir-se a algo que está longe de quem fala. O plural de that é “those”.
Exemplos:
- That is the teacher (Aquele (a) é o(a) professor(a))
- Those are the students. (Aqueles são os alunos. )
Note que, diferentemente da língua portuguesa, no inglês não há pronomes demonstrativos femininos e pronomes
demonstrativos masculinos. Observe o quadro abaixo:
26
LÍNGUA INGLESA
English Portuguese
This (singular) Este, esta, isto.
These (plural) Estes, estas.
That (singular) Aquele, aquela, aquilo.
Those (plural) Aqueles, aquelas.
Os pronomes possessivos são utilizados quando não queremos repetir um substantivo já citado anteriormente, ou que
está “subentendido” em uma frase.
Possessive Pronouns:
I – Mine
You – Yours
He – His
27
LÍNGUA INGLESA
She – Hers (Ela é tão elegante que qualquer calça jeans certamen-
It – Its te ficará bonita nela.)
We – Ours Nas perguntas, significa algum, alguma, alguns, algu-
You – Yours mas. Muitas vezes, em português, simplesmente não usa-
hey - Theirs ríamos nenhum pronome nesses casos, ou, outras vezes,
usaríamos o singular. Portanto, procure acostumar-se a
Exemplos:
usar ‘any’ em interrogações em inglês e a adaptar a tradu-
- That dog is mine (aquele cão é meu)
- This book is hers (este livro é dela) ção, caso seja necessária
Do you have any brothers and sisters?
Uso do SOME e ANY (Você tem (alguns) irmãos e irmãs?)
Are there any good restaurants near here?
O uso de some e any. (Há algum bom restaurante aqui perto?
• Some – use somente em –> Frases Afirmativas + ou ainda: Há (alguns) bons restaurantes aqui perto?)
Perguntas Polidas
• Any – use somente em –> Frases Negativas + Per- Tag Question
guntas Tag question é utilizada no final das sentenças para ob-
1- SOME: ter confirmação do que foi dito anteriormente, e por isso
‘Some’ significa algum, alguns, alguma, algumas e deve ela é curta e rápida. Observe os exemplos:
ser usado em afirmações.
Exemplos:
She is a doctor, isn’t she? (Ela é uma médica, não é?)
Some people never give up their dreams.
(Algumas pessoas nunca desistem dos seus sonhos.)
There are some over there. => Observe que quando a 1ª parte é afirmativa, a 2ª
(Há algumas logo ali.) parte será negativa.
Em alguns casos, quando estiver junto com um subs- It isn’t raining, is it? (Não está chovendo, está?)
tantivo incontável, uma boa tradução para ’some’ pode ser
‘um pouco de’. => Observe que quando a 1ª parte está negativa, a 2ª
I drank some wine at the party yesterday. parte será positiva.
(Eu bebi um pouco de vinho na festa ontem.)
Use ’some’ em Perguntas Polidas, isto é, aquelas em VERBOS AUXILIARES
que você deseja ou precisa ser mais formal. Você deve fazer Quando temos o verbo auxiliar na sentença, como o
isso quando oferecer algo a alguém, já que ‘any’ tem uma verbo to be, to have, can, could, should, nós utilizamos es-
certa carga negativa. ses verbos para formar a tag question. Observe os exem-
Então, usar ‘any’ em uma pergunta para oferecer algo a
plos:
alguém não é muito educado. É como em português. Tem
aquela ideia de que não se deve oferecer um cafezinho a It is cold today, isn’t it? (Está frio hoje, não está?)
alguém usando a palavra não na pergunta, assim:
Você não aceita um cafezinho? Fernanda is a good girl, isn’t she? (Fernanda é uma boa
- pois ao usar o ‘não’ na pergunta, você está induzindo garota, não é?)
a pessoa a não aceitar. Da mesma forma, não use ‘any’ na David was there, wasn’t he? (David estava lá, não es-
pergunta para oferecer algo a alguém. Use ’some’: tava?)
Would you like some coffee?
(Você gostaria de ‘algum‘ café? -> a tradução literal They were friends, weren’t they? (Eles eram amigos,
‘algum’ não fica boa aqui, certo? Também não me agrada não eram?)
muito a tradução ‘Você gostaria de ‘um pouco de’ café?,
porque parece que você está oferecendo *apenas* um She has a car, hasn’t she? (Ela tem um carro, não tem?)
pouco de café (sendo sovina!) - e não costumamos falar
assim no Brasil. Então, podemos entender melhor se sim-
My parents can’t run, can they? (Meus pais não podem
plesmente não usarmos o ‘algum’, pois não é essa a ideia
em português, e sim: correr, podem?)
Você aceita um cafezinho? )
My sister could travel, couldn’t she? (Minha irmã pode-
2- ANY: ria viajar, não poderia?)
Nas negativas, pode significar nenhum ou nenhuma:
I don’t have any friends in Australia. The teacher should do this, shouldn’t he? (O professor
(Eu não tenho nenhum amigo na Austrália.) deveria fazer isso, não deveria?)
There aren’t any pens here.
(Não há nenhuma caneta aqui.) VERBOS NÃO AUXILIARES
Any pode significar qualquer. Nesse caso, geralmente, Quando não temos o verbo auxiliar na sentença, como
é enfatizado na fala. o verbo to be, to have, can, could, should, nós utilizamos
She is so elegant that any jeans will surely look good outras formas verbais para formar a tag question, como:
on her. do, does, don’t, doens’t – para o presente – e did ou didn’t
28
LÍNGUA INGLESA
– para o passado. Devemos relembrar que se a primeira Quando usar o Artigo Definido - When to use the
parte está na forma positiva, a segunda deve estar na ne- Definite Article
gativa e vice-versa. Observe os exemplos: Utiliza-se o The diante de:
You understand English, don’t you? (Você entende in- 1. Substantivos mencionados anteriormente, já de-
glês, não entende?) finidos pelo locutor:
He wrote some letters and postcards. The letters were
You don’t live here, do you? (Você não mora aqui, to his girlfriend.
mora?) Ele escreveu algumas cartas e cartões-postais. As car-
tas eram para sua namorada.
She doesn’t cook very well, does she? (Ela não cozinha Mary bought a funny dress. The dress is full of small
muito bem, cozinha?) animals and big flowers.
You went to Salvador last week, didn’t you? (Você foi a Mary comprou um vestido engraçado. O vestido é
Salvador semana passada, não foi?) cheio de animaizinhos e flores enormes.
Raquel didn’t go to school, did she? (Raquel não foi à 2. Substantivos únicos em sua espécie:
escola, foi?) The Sun (o sol), the Moon (a lua), the sky (o céu), the
planet Earth (o planeta Terra), the universe (o universo), etc.
FUTURE AND CONDITIONAL
Para o futuro se usa o auxiliar will, na forma afirmativa,
e won’t na forma negativa; ou would para expressar con-
dição, na forma afirmativa, e wouldn’t, na forma negativa.
Observe os exemplos:
Marcela would arrive, wouldn’t she? (Marcela iria che- 3. Nomes Geográficos de rios, mares, canais, ocea-
gar, não iria?) nos, pólos, desertos, golfos, grupos de ilhas e cadeias
The players wouldn’t go, would they? (Os jogadores de montanhas:
não iriam, iriam?) The Amazonas River, The Pacif Ocean, The English
Observação: Channel (O Canal da Mancha), The North Pole, The Sahara,
Para a 1º pessoa do singular I, a tag question tem uma The Gulf of Mexico, The Bahamas, The Alps, etc.
forma irregular.
Ex.: I am your friend, aren’t I? 4. Adjetivos usados como substantivos no plural:
The poor (os pobres), The powerful (os poderosos),
Artigos (Articles) The good (os bons), The bad (os maus)
Artigo é a classe de palavras que se antepõe ao Subs- Observação: Como podemos proceder, então, para os
tantivo para definir, limitar ou modificar seu uso. Os artigos substantivos no singular? Como dizer, por exemplo, “o
dividem-se em Definido e Indefinido. poderoso” ou “a pobre”? Veja:
The powerful man helped the poor woman.
O Artigo Definido (The) - The Definite Article - O poderoso ajudou a pobre.
(The) Note que especificamos a quem o adjetivo está se refe-
O Artigo Definido The é usado antes de um substan- rindo (adjetivo + substantivo)
tivo já conhecido pelo ouvinte ou leitor. Significa O, A, OS,
AS, mas, em Inglês, é invariável em gênero e número, ao 5. Nomes compostos de países:
contrário do que acontece no Português. Exemplos: The United Kingdom (o Reino Unido)
The United States (os Estados Unidos)
The boy - O menino The United Arab Emirates (os Emirados Árabes Unidos)
The Dominican Republic (a República Dominicana)
The boys - Os meninos
6. Com nomes próprios para indicar a família toda
The girl - A menina ou especificar a pessoa sobre a qual se fala (mas nunca
se usa artigo antes de nomes próprios e de possessi-
The girls - As meninas vos):
29
LÍNGUA INGLESA
The Martins went to the restaurant they like. 11. Com os superlativos:
Os Martin foram ao restaurante que gostam.
The Kennedys are a famous family.
Os Kennedy são uma família famosa.
The John I’m talking about is Jane’s brother.
O John de quem estou falando é o irmão da Jane. Tony is the tallest guy in our group.
Peter is my Friend. (e não “The Peter is my friend”) Tony é o cara mais alto do nosso grupo.
O Peter é meu amigo.
We are selling our house. (e não “We are selling the
our house”)
Estamos vendendo (a) nossa casa. Hellen is the best teacher I’ve ever had.
A Hellen é a melhor professora que eu já tive.
7. Antes de nomes de instrumentos musicais e rit-
mos/danças: 12. Com o grau comparativo, para indicar que duas
John plays the piano very well. coisas aumentam ou diminuem na mesma proporção:
John toca piano muito bem. The more she gets, the more she wants.
Quanto mais ela consegue, mais ela quer.
That girl who is playing the clarinet is Martha’s sister. The more I study philosophy, the less I understand it.
Aquela garota que está tocando clarinete é irmã da Quanto mais eu estudo filosofia, menos eu entendo.
Martha.
13. Com numerais ordinais indicando ênfase numé-
Mary likes the saxophone. rica:
Mary gosta de saxofone. This is the first time she comes to Brazil.
Valéria dances the samba graciously. Esta é a primeira vez que ela vem ao Brasil.
Valéria dança samba graciosamente.
Quando NÃO usar o Artigo Definido - When NOT to
Juan dances the tango like a professional. use the Definite Article
Juan dança tango como um profissional. Omite-se o The quando temos:
8. Com nomes de jornais: 1. Nomes de cidades, estados, ilhas, países, conti-
The Economist, The New York Times, The Washington nentes:
Post
Brazil is a very large coun-
9. Com a maioria dos nomes de edifícios:
try.
The Capitol, The Empire States, The Louvre, The
Kremlin, The Taj Mahal, The Vatican O Brasil é um país muito
Exceções: Buckingham Palace e todos os edifícios com extenso.
a palavra hall (Carnegie Hall, Lilly Hall). Roraima is the Brazil’s
10. Diante de nomes de cinemas, teatros, hotéis, Northernmost state.
restaurantes, clubes, museus, bibliotecas e galerias de Roraima é o estado mais
arte: ao norte do Brasil.
There’s a foreign film festival at the Paramount. Hawaii is in Oceania.
Há um festival de filmes estrangeiros no Paramount. O Havaí situa-se na Ocea-
nia.
I saw Barbra Streisand at the Palladium in 1975.
Eu vi Barbra Streisand no Palladium em 1975. Asia is bigger than Europe.
A Ásia é maior que a Europa.
They have a reservation at the Plaza for next week. Rio is a beautiful city.
Eles têm uma reserva no Plaza para a semana que vem. O Rio é uma cidade linda.
They will stay in Las Vegas for a while.
We are going to have dinner at the Chinese Palace. Eles passarão um tempo em Las Vegas.
Nós vamos jantar no Chinese Palace.
2. Nomes próprios e pronomes possessivos:
They plan to go dancing at the Apollo.
Eles planejam ir dançar no Apollo. Mary’s best friend is Bob.
O melhor amigo da Mary é o
You must visit the British Museum. Bob.
Você precisa visitar o Museu Britânico. I think our gold was stolen. (E
não “I think the our gold was
The lecture at the Boston Library will start at seven stolen”)
o’clock. Acredito que o nosso ouro foi
A palestra na Boston Library começará às sete horas. roubado.
30
LÍNGUA INGLESA
3. Substantivos no plural utilizados em sentido ge- Importante: Quando esses substantivos são especifi-
nérico: cados, o artigo é sempre usado:
People all over the world want to be happy. The happiness she feels seems to be artificial.
As pessoas em todos os cantos do mundo querem ser
A felicidade que ela sente parece ser artificial.
felizes.
The death of the milkman is still a mystery.
A morte do leiteiro ainda é um mistério.
Children like The diamond Paul gave her is beautiful.
toys. O diamante que Paul lhe deu é lindo.
As crianças gos- The silk my aunt brought from China is expensive.
tam de brinque- A seda que minha tia trouxe da China é cara.
dos.
Man is mortal. 5. Substantivos que denotam esportes, ciências,
O homem é disciplinas acadêmicas, cores, refeições, estações do
mortal. ano, meses e dias da semana:
We all need some little The winter we spent in London was unforgettable.
happiness. O inverno que passamos em Londres foi inesquecível.
Todos nós precisamos Observe que os substantivos destacados nesse último
de um pouquinho de grupo estão empregados em sentido específico.
felicidade.
Most people fear dea- 6. Títulos ou designações de cargos, apesar de le-
th. varem o artigo, como em Português, devem ser usados
A maioria das pessoas sem artigo quando acompanhados de nome próprio:
tem medo da morte.
31
LÍNGUA INGLESA
The president came to our city. O presidente veio à We all plan to fly to Europe
nossa cidade. next semester.
Mas: President Kennedy was murdered. O presidente Nós todos planejamos viajar
Kennedy foi assassinado. para a Europa no semestre
The Queen of England lives in London. A rainha da In- que vem.
glaterra mora em Londres.
Mas: Queen Elizabeth II was crowned in 1953. A Ra- Last week, Melanie didn’t
inha Elizabeth II foi coroada em 1953. come to school because she
The doctor is visiting his patients. O médico está visi- was sick.
tando seus pacientes. Na semana passada, Melanie
Mas: Doctor Varella is visiting his patients. O doutor não veio à escola porque es-
Varella está visitando seus pacientes. tava doente.
The captain spoke to the soldiers. O capitão falou aos
soldados.
9. Diante de palavras que se referem a idiomas:
Mas: Captain Smith spoke to the soldiers. O capitão
Smith falou ao soldados.
They want to speak English fluently.
Eles querem falar Inglês fluentemente.
7. Certos substantivos como bed, church, court,
hospital, prison, college, school, market, home, society
e work, quando usados para a finalidade à qual se des- French and Rumanian are also romance languages.
tinam normalmente: O francês e o romeno também são línguas neolati-
nas.
Our children go to bed at nine. Chinese is a very difficult language.
Nossos filhos vão para a cama às nove. O Chinês é uma língua muito difícil.
We go to church every Sunday to attend the Mass. Os Artigos Indefinidos (A/An) - The Indefinite Ar-
Nós vamos à igreja todos os domingos para participar ticles (A/An)
da Missa.
Os artigos indefinidos A e An acompanham o substan-
He’ll send them all to court. tivo do qual o falante/leitor ainda não tem conhecimento.
Ele vai levá-los todos para os tribunais. Siginificam, em Português, UM ou UMA, e não variam em
gênero nem em número, ao contrário do português. São
Tony is very sick. He is still in hospital. utilizados da seguinte forma:
Tony está muito doente. Ele ainda está no hospital.
1) A (um, uma) é utilizado antes de palavras que ini-
ciem por som de consoante, ou seja, antes de consoantes,
The thieves were sent
da semivogal Y e do H sonoro/audível:
to prison.
A book (um livro)
Os ladrões foram
A house (uma casa)
mandados para a pri-
A year (um ano)
são.
A university (uma universidade)
Frank attends college
in Florida.
Frank frequenta uma Atenção:
faculdade na Flórida. Note que também se deve empregar o artigo A antes
de palavras que iniciem por “EU”, “EW” e “U”, já que
They don’t go to market on Saurdays because it’s the essas letras têm o som de consoante quando apare-
crowdest day. cem no início de palavras. Exemplos:
Eles não vão ao mercado aos sábados porque é o dia A Euphemism is the act of substituting a mild, indi-
mais lotado. rect, or vague term for one considered harsh, blunt,
The students went home earlier. or offensive.
Os estudantes foram para casa mais cedo. Um Eufemismo é o ato de substituir por um termo
My wife goes to work on foot. moderado, indireto ou vago aquele considerado
Minha esposa vai para o trabalho a pé. rude, brusco ou ofensivo.
My uncle has a ewe in his farm.
8. Antes das palavras next e last, em expressões
Meu tio tem uma ovelha em sua fazenda.
temporais:
Nowadays, English is a universal language.
Hoje em dia, o Inglês é uma língua universal.
32
LÍNGUA INGLESA
2) AN (um, uma) é utilizado antes de palavras que ini- Quando usar o Artigo Indefinido - When to use the
ciem por som de vogal, ou seja, antes de vogais e do H Indefinite Article
mudo/não audível:
An egg (um ovo) Empregamos o artigo indefinido A ou An diante de:
An evening (uma noite)
1. Substantivos que denotam profissão:
An opera (uma ópera) Michael wants to be a doctor.
An arm (um braço) Michael quer ser um médico.
Marcos Pontes is an astronaut.
Atenção: No Inglês existem apenas quatro palavras Marcos Pontes é um astronauta.
que iniciam por H mudo/ não-audível:
2. Substantivos que indicam nacionalidade:
- Who won the race? (Quem ganhou a corrida?)
- It was a German. (Foi um alemão.)
Certas nacionalidades têm duas palavras diferentes:
uma para o adjetivo e outra para o substantivo. Apresenta-
mos as principais:
Adjetivo Substantivo
33
LÍNGUA INGLESA
7. Depois da palavra what (“que” com sentido enfático), such (tal, tais) e half (meio / meia), precedendo subs-
tantivos contáveis:
What a terrible movie we watched!
Que filme horrível assistimos!
Mas: What complete research you presented! Congratulations! (research = substantivo incontável)
Que pesquisa completa você apresentou! Parabéns!
I’ve never seen such a wild storm.
Nunca vi uma tempestade tão violenta.
8. Também utiliza-se o artigo indefinido com sentido de por em expressões como “preço por quilo”, “km por
hora”, “vezes por dia”, etc.:
one real a kilo (um real por quilo)
ninety kilometers an hour (noventa quilômetros por hora)
three times a day (três vezes ao dia)
two times a week (duas vezes por semana)
four times a year (quatro vezes por ano)
Quando NÃO usar o Artigo Indefinido - When NOT to use the Indefinite Article
1. Para nos referirmos a UMA unidade de algo podemos utilizar, antes de um Substantivo Contável no Singular,
tanto o numeral ONE como os artigos indefinidos A/AN:
We’ll be in New Zealand for one year. (or ...a year.)
Ficaremos na Nova Zelândia por um ano.
Wait here for one minute, and I’ll be with you. (or ...a minute...)
Espere aqui por um minuto, que eu estarei com você.
2. Utilizamos ONE para enfatizar extensão de tempo, quantidade, valor, etc.
He weights one hundred and twenty kilos! Would you believe it?
Ele pesa cento e vinte quilos! Dá para acreditar?
Observe que na oração acima, ao se utilizar ONE, dá-se maior ênfase ao peso do que se utilizássemos o artigo A.
Saiba mais sobre os números em inglês na seção Matemática no Inglês.
34
LÍNGUA INGLESA
3. Utilizamos necessariamente o ONE, em vez de A/AN, quando queremos enfatizar que estamos nos referindo
a somente UMA coisa ou pessoa, em vez de duas ou mais:
Do you want one sandwich or two?
Você quer um sanduíche ou dois?
Are you staying only one day?
Você ficará somente um dia?
I just took one look at her and she started laughing. Crazy girl!
Foi só eu dar uma olhada pra ela que ela começou a rir. Garota doida!
One evening, when he was working late at the office, he received a call: the mysterious call...
Uma (certa) noite, em que ele trabalhava até tarde no escritório, ele recebeu um telefonema: o misterioso telefonema...
No singular, podem vir precedidos de números, de artigo definido the, de artigos indefinidos a/an e de pronomes no
singular (this, that, my, your, etc).
No plural, podem vir precedidos de diversos pronomes como some, many, a lot of, few, these, those, my, their, etc.
35
LÍNGUA INGLESA
Por exemplo:
36
LÍNGUA INGLESA
- Não podemos dizer one water, three salts, two moneys, five musics.
- Os substantivos incontáveis nunca são precedidos pelos artigos indefinidos a/an: a water a money a salt an ink
- Os substantivos incontáveis frequentemente indicam: substância - food (comida), iron (ferro), water (água) ativida-
des - help (ajuda), travel (viagem), work (trabalho) qualidades humanas - courage (coragem), cruelty (crueldade), honesty
(honestidade) ideias abstratas - beauty (beleza), freedom (liberdade), life (vida), luck (sorte), time (tempo)
Importante: Certos substantivos que são contáveis em português, são incontáveis em inglês. Exemplos:
O correto é:
“Music” - Don’t say it: I wanna show you a song.
I wanna show you a music -> (Quero te mostrar uma música.)
There are fifteen musics in that al- There are fifteen songs in that album.
bum -> (Há quinze músicas naquele álbum.)
Nesse caso, devemos saber a diferença no Inglês entre Music, que se refere à arte da Música como um todo (substan-
tivo incontável), e Song, que é a obra, uma canção, composição, canto ou melodia (substantivo contável). Devemos cuidar
para não nos confundirmos, já que, em português, podemos usar a mesma palavra, Música, para os dois significados.
Note que, apesar de em português utilizarmos a palavra no plural, em inglês o substantivo homework é incontável,
isto é, não apresenta forma diferenciada para o plural. O mesmo ocorre com information e toast, que também devem vir
precedidos de certos pronomes ou de algumas expressões. Veja que:
- Podem ocorrer antes de um substantivo incontável o artigo the, os pronomes some, any, a lot of e much, mas não
many, que ocorre somente com os contáveis.
37
LÍNGUA INGLESA
38
LÍNGUA INGLESA
Questão 04 Além da profissão, ele pratica exercícios or Cold Play song but can’t remember the equation for the
de quanto em quanto tempo? circumference of a circle or the Spanish word for printer?
a) duas vezes por semana. When listening to music, following the lyrics and melody/
b) três vezes por dia. rhythm requires both sides of our brains to be active, ma-
c) uma vez ao mês. king it easier to remember information that’s simply read.
d) quatro vezes por semana. That’s why you often have lines from songs stuck in your
head, but you don’t find the same thing with passages from
Questão 05 Todos nós gostamos de lazer aos feriados. books.
Nos feriados eles costumam ir: Learning a new language? You should start by listening
a) à praia. to a song; you will get a better sense of words and pro-
b) a museus. nunciation. In addition to all these fabulous benefits, music
c) às montanhas. is excellent to help you remember and recall information.
d) ao teatro. Add to that increased motivation and improved mood, and
you have a winning language learning tactic. When using
Questão 06. Como Jennifer trabalha em uma livraria, music to learn, you can use your listening, speaking and (if
ela adora ler livros. Marque a alternativa que corresponde you follow along with the lyrics) your reading skills.
a preferência de livros de Jennifer:
a) aventura (Adaptado de: T-SKEET, J. Why Learning a Language
b) romances from Music is Easier. Voxy. 12 jul. 2012. Disponível em:
c) ficção científica <http://voxy.com/blog/index.php/2012/07/learn-mu-
d) terror sic-language/>. Acesso em: 14 ago. 2012.)
Questão 07. A frase: Você estudou as formas verbais. a) Segundo a autora, é mais fácil memorizar músicas
Marque a alternativa que corresponde a forma negativa “I que outros tipos de informações. Explique, de acordo com
read horror stories”. Na forma negativa ficará: o texto, por que isso acontece.
a) I read not horror stories. b) Cite três benefícios da música para o aprendizado de
b) I not read horror stories. línguas estrangeiras mencionados no texto.
c) I don’t read horror stories.
d) n.d.a Respostas:
Questão 08. – Na frase: “He Works as a policeman”, se a) Segundo o texto, quando ouvimos uma música,
passarmos a frase destacada para a 2ª pessoa do plural e ambos os hemisférios do cérebro são ativados através do
para a forma interrogativa, teremos: exercício de seguir a letra e a melodia/o ritmo, o que torna
a) Does he works as a policeman? o processo de memorização mais fácil do que na simples
b) Works he as a policeman: leitura.
c) Do you work as a policeman?
d) Does you work as a policeman? b) Os benefícios são: melhor compreensão das pala-
vras, contato com pronúncia, melhor memorização, maior
Questão 09- No simple present os verbos “DO” “GO” motivação, bom humor; oportunidade para exercitar as ha-
e “READ”, nas terceiras pessoas do singular, obterão a se- bilidades de ler, falar e ouvir.
guinte forma:
a) DOES, GOES e READS Medical Jokes
b) DOS, GOS, READES
c) DOIS, GOIS, READIS A man goes to his doctor ans says: “I don’t think my
d) n.d.a wife is hearing is good as it used to be. What should i do?
The doctor replies: “Try this test to find out for sure.
Questão 10- “I work in a library”, na 3ª pessoa do sin- When your wife is in the kitchen doing dishes, stand fif-
gular, a frase obterá a seguinte forma: teen feet behind her and ask her a question, if she doesn’t
a) I works in a library. respond keep moving closer asking the question until she
b) I don’t work in a library. hears you.”
c) She work in a library. The man goes home and sees his wife preparing din-
d) She works in a library. ner. He stands fifteen feet behind her and says : “ What’s
Respostas: 1C 2 A 3A 4D 5C 6D 7C 8C 9A 10D for dinner, honey?” He gets no response, so he moves to
ten feet behind her, and ask again. Still no aswer. Finally
Leia o texto a seguir. he stands directly behind her and says, “Honey, what’s for
dinner?” She replies: “For the fourth time, i SAID CHICKEN”
What is the 17th letter of the alphabet? Are you singing 1) According to the text, the man:
the alphabet song to find the answer? It’s “Q”. Have you a) is a friend of the doctor and his wife
ever wondered why you can recite all the lyrics to an Adele b) remembers the good old days with the doctor’s wife.
39
LÍNGUA INGLESA
c) wants the doctor to convince his wife to take a hea- 5) c) is shouting and irritated. - A mulher estava gritan-
ring test. do e irritada pois tinha respondido quatro vezes a pergunta
d) complains because his wife is in poor health. do marido e ele não tinha escutado.
e) is worried because his wife’s hearing.
3) The result of the test shows that: In the past, when trying to find places to work, inde-
a) the wife doesn’t like to be disturbed while cooking. pendent workers, small businesses, and organizations of-
b) the wife’s hearing is not good at all ten had to choose between several scenarios, all with their
c) the wife prepared chicken four times that week. attendant advantages and disadvantages: working from
d) the man has a hearing impairment instead of his wife home; working from a coffee shop, library, or other public
e) the wife doesn’t like to cook chicken for the man. venue; or leasing an executive suite or other commercial
space.
4) O trecho do texto- “ I don’t think my wife1s hea- Is there a better way to work? Yes. Enter coworking.
ring is good as it used to be” - tem o sentido de que: Coworking takes freelancers, indie workers, and entre-
a) no passado, a esposa prestava mais atenção ao que preneurs who feel that they have been dormant or isolated
o marido dizia. working alone at home or who have been migrating from a
b) a audição da esposa piorou com o passar do tempo, coffee shop to a friend’s garage or languishing in a sterile
na opinião do marido. business center – to a space where they can truly roost.
c) a esposa costumava pensar melhor antes de dar ou- “We can come out of hiding,” a coworker tells us, “and
vidos ao marido. be in a space that’s comfortable, friendly, and has an aes-
d) o marido acha que sua esposa sempre teve um pro- thetic appeal that’s a far cry from the typical cookie-cutter
blema de audição. office environment.”
e) o marido atribuiu o silêncio da esposa ao passar dos For many, it might be puzzling to pay for a well-e-
anos. quipped space teeming with other people, even with the
chance of free coffee and inspiration. You might ask your-
5) The wife’s answer - “For the fourth time, I SAID self, “Well, why pay for a place to work when I’m perfectly
CHICKEN”! - indicates that she: comfortable at home and paying nothing?” Or, “Isn’t the
a) is very shy. whole point of telecommuting or starting my own business
b) is really hungry. a chance to avoid ‘going to the office’?”
c) is shouting and irritated. Coworking may sound like an unnecessary expense,
d) is deaf. but let’s consider what you get from being a part of the
e) has already called him four times to have dinner. space.
At its most basic level, coworking is the phenomenon
Respostas: of workers coming together in a shared or collaborative
workspace or one or more of these reasons: to reduce
1) e) is worried because his wife’s hearing. - O marido costs by having shared facilities and equipment, to access
está preocupado com a audição da esposa, pois ele foi até a community of fellow entrepreneurs, and to seek out col-
o médico achando que a esposa não está ouvindo corre- laboration within and across fields. Coworking spaces of-
tamente. fer an exciting alternative for people longing to escape the
2) a) followed exactly what the doctor recommended. confines of their cubicle walls, the isolation of working solo
- Depois de ir até o médico, o homem seguir corretamente at home, or the inconveniences of public venues.
o que o médico recomendou. The benefits and cost-savings in productivity and ove-
3) d) the man has a hearing impairment instead of rall happiness and well-being reaped from coworking are
his wife - O resultado do teste foi que ao invés da esposa, also potentially huge. Enthusiasm and creativity become
quem tinha a deficiência auditiva era o marido. contagious and multiply when you diversity your work en-
4) b) a audição da esposa piorou com o passar do vironment with people from different fields or backgrou-
tempo, na opinião do marido. - De acordo com o mari- nds. At coworking spaces, members pass each other during
do, quando ele foi reclamar com o médico sobre a audição the day, conversations get going, and miraculously idea-
da esposa, ele se queixou que a audição da mulher piorou fusion happens with everyone benefitting from the shared
com o passar do tempo. thinking and brainstorming.
40
LÍNGUA INGLESA
Differences matter. Coworking hinges on the belief worse with time. Eventually, a person with AD might need
that innovation and inspiration come from the cross-pol- help in many areas, including eating and getting dressed.
lination of different people in different fields or speciali- For some people in the early or middle stages of the disea-
zations. Random opportunities and discoveries that arise se, medicine might help symptoms, such as memory loss,
from interactions with others play a large role In coworking. from getting worse for a limited time. Other drugs may
To see this in action on a large scale, think about Goo-
help people feel less worried or depressed. Dealing with
gle. Google made the culture of sharing and collaboration
in the workplace legend. It deployed “grouplets” for initia- Alzheimer’s disease can be extremely difficult, but planning
tives that cover broader changes through the organization. ahead and getting support can lighten the lead. AD usually
One remarkable story of a successful Google grouplet begins after age 60, and risk goes up with age. The risk
involved getting engineers to write their own testing code is also higher if a family member has had AD. Scientists
to reduce the incidence of bugs in software code. Thinking are working to better understand AD. Ongoing studies are
creatively, the grouplet came up with a campaign based looking at whether some things can help prevent or delay
on posting episodes discussing new and interesting testing the disease. Areas that are being explored include exercise,
techniques on the bathroom stalls. “Testing on the Toilet” eating omega-3 fatty acids, and keeping your brain active.
spread fast and garnered both rants and raves. Soon, peo-
ple were hungry for more, and the campaign ultimately de-
veloped enough inertia to become a de facto part of the Available: www.womenshealth.gov
coding culture. They moved out of the restrooms and into
the mainstream. Read the sentence below and choose the alternative
Keith Sawyer, a professor of psychology and education that presents a synonym to the underlined word.
at Washington University in St. Louis, MO, has written wi-
dely on collaboration and innovation. In his study of jazz “Ongoing studies are looking at whether some things
performances, Keith Sawyer made this observation, “The can help prevent or delay the disease.”
group has the ideas, not the individual musicians.” Some of
the most famous products were born out of this mosh pit
of interaction – in contrast to the romantic idea of a lone A) Cut down.
working genius driving change. According to Sawyer, more B) Suspended.
often than not, true innovation emerges from an improvi- C) Ended.
sed process and draws from trial-by-error and many inputs. D) Continuous.
Unexpected insights emerge from the group dyna-
mic. If increasing interaction among different peer groups A palavra “ongoing” quer dizer algo contínuo, em an-
within a single company could lead to promising results damento. Cut down – cortar, diminuir. Suspended – sus-
imagine the possibilities for solopreneurs, small businesses,
penso. Ended – terminado. Continuous – contínuo.
and indie workers – if only they could reach similar levels
of peer access as those experienced by their bigger coun-
terparts. It is this potential that coworking tries to capture RESPOSTA: “D”.
for its members.
03. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
Available: http://workawesome.com (adapted) PE/2012)
The expression indie workers, found in lines 10 and 90, Darkness and light
refers to
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
Caravaggio’s art is made from darkness and light. His
por conta da diagramação do material.)
A) Retired civil servants. pictures present spotlight moments of extreme and often
B) Lazy businessmen aiming for profit. agonized human experience. A man is decapitated in his
C) Self-employed independent professionals. bedchamber, blood spurting from a deep gash in his neck.
D) Expert employees at international organizations. A woman is shot in the stomach with a bow and arrow at
E) Workaholic employers in large companies. point-blank range.
A questão pede que o candidato determine. A expres- Caravaggio’s images freeze time but also seem to
são “indie workers” se refere a. Indie é uma abreviação para hover on the brink of their own disappearance. Faces are
independent, neste caso, trabalhadores independentes. brightly illuminated. Details emerge from darkness with
RESPOSTA: “C”. such uncanny clarity that they might be hallucinations. Yet
02. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE- always the shadows encroach, the pools of blackness that
TRO/2013) threaten to obliterate all. Looking at this picture is like loo-
king at the world of flashes of lightning.
Alzheimer’s disease Caravaggio’s life is like his art, a series of lightning fla-
shes in the darkness of nights. He is a man who can never
Alzheimer’s disease (AD) is a form of dementia, whi- be known in full because almost all that he did, said and
ch is a brain disorder. It damages nerve cells in the brain. thought is lost in the irrecoverable past. He was one of the
This affects your ability to remember things, think clearly, most electrifying original artists ever to have lived, yet we
and care for yourself. AD begins slowly, and symptoms get have only one solitary sentence from him on the subject
41
LÍNGUA INGLESA
of painting – the sincerity of which is, in any case, ques- that has become clearer since the nuclear disaster of March
tionable, since it was elicited from him when he was under 11th 2011. In fact, Noi Sawaragi, a prominent art critic, says
interrogation for the capital crime of libel. they may be hinting at a new direction in Japanese con-
When Caravaggio emerges from the obscurity of the temporary art.
past he does so, like the characters in his own paintings, Radiation and nuclear annihilation have suffused Ja-
as a man in extremis. He lived much of his life as a fugiti- pan’s subculture since the film Gojira (the Japanese God-
ve, and that is how he is preserved in history – a man on zilla) in 1954. The two themes crop up repeatedly in manga
the run, heading for the hills, keeping to the shadows. But and anime cartoons.
he is caught, now and again, but the sweeping beam of a Other young artists are ploughing similar ground. Kota
searchlight. Each glimpse is different. He appears in many Takeuchi, for instance, secretly took a job at Fukushima Dai
guises and moods. Caravaggio throws stones at the house -ichi and is recorded pointing an angry finger at the camera
of his landlady and sings ribald songs outside her window. that streams live images of the site. Later he used public
He has a fight with a waiter about the dressing on a plate news conferences to pressure Tepco, operator of the plant,
of artichokes. His life is a series of intriguing and vivid ta- about the conditions of its workers inside. His work, like
bleaux – scenes that abruptly switch from low farce to high ChimPom’s blurs the distinction between art and activism.
drama. Japanese political art is unusual and the new subversi-
veness could be a breath of fresh air; if only anyone noti-
New York - London. W. W. Norton & Company, 2010 ced. The ChimPom artists have received scant coverage in
(adapted) the stuffy arts pages of the national newspapers. The group
held just one show of Mr. Mizuno’s reactor photographs in
In line 5, “at point-blank range” means Japan. He says: “The timing has not been right. The media
A) In a cold-blooded manner. will just want to make the work look like a crime.”
B) Summarily.
C) Without intention. Internet: www.economist.com (adapted)
D) Fatally.
E) Within a short distance. The words “mangled” (L.6) and “suffused” (L.23) mean
respectively
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
A questão pede que o candidato determine. Na linha
por conta da diagramação do material.)
cinco “at point-blank range” (à queima-roupa) significa. In
A) “Ruined” and “permeated”.
a cold-blooded manner – de forma a sangue-frio. Summa-
B) “Mutilated” and “obscured”.
rily – sumariamente. Without intention – sem intenção. Fa-
C) “Subdued” and “covered”.
tally – fatalmente. Within a short distance – a uma curta
D) “Humongous” and “imbued”.
distância.
E) “Torn” and “Zeroed in on”.
RESPOSTA: “E”. A questão pede que o candidato determine. As pala-
vras “mangled” (destroçado) e “suffused” (impregnado,
04. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES- inundado) significam respectivamente. Ruined – arruinado,
PE/2012) destruído. Permeated – permeado, penetrado. Mutilated –
mutilado. Obscured – obscurecido. Subdued – subjugado,
Godzilla’s grandchildren dominado.
Covered – coberto. Humongous – gigante. Imbued –
In Japan there is no kudos in going to jail for your art. embutido. Torn – rasgado. Zeroed in on – mirado em.
Bending the rules, let alone breaking them, is largely taboo.
That was one reason Toshinori Mizuno was terrified as he RESPOSTA: “A”.
worked undercover at the Fukushima
Dai-ichi nuclear-power plant, trying to get the shot that 05. (SEFAZ/ES – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTA-
shows him in front of the mangled third reactor holding DUAL – CESPE/2013)
up a referee’s red card. He was also terrified of the radia-
tion, which registered its highest reading where he took the It is well accepted and acknowledged that service
photograph. The only reason he did not arouse suspicion, quality is essential for firm success. The problem with the
he says, is because he was in regulation radiation kit. And in measurement of service quality is that it is not easily iden-
Japan people rarely challenge a man in uniform. tifiable and measurable. Unlike the quality of goods, which
Mr. Mizuno is part of ChimPom, a six-person collective can be measured objectively, service quality is an abstract
of largely unschooled artists who have spent a lot of time and elusive construct because of three features unique to
getting into tight spots since the disaster, and are engagin- services: intangibility, heterogeneity, and inseparability of
gly thoughtful about the results. production and consumption. Despite the complexity of
It is easy to dismiss ChimPom’s work as a publicity the issue, a consensus has emerged in the literature to
stunt. But the artists’ actions speak at least as loudly as their measure service quality using clients’ perceptions of the
images. There is a logic to their seven years of guerrilla art service delivered.
42
LÍNGUA INGLESA
Only few studies in auditing have adopted the service cent history has proved that one-size-fits-all solutions are
quality approach, where clients are asked to assess their no good when public health challenges vary from one area
current (and/or former) auditor (i.e., audit firm and/or audit of the country to the next. But we cannot sit back while, in
team). However, the latter approach has several advanta- spite of all this, so many people are suffering such severe
ges because it allows overall client satisfaction to be de- lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities.
termined and also identification of the attributes that drive
client satisfaction. Internet: www.gov.uk (adapted)
43
LÍNGUA INGLESA
09. (TCE/ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – Unfortunately this is not a new problem. We’ve seen
CESPE/2012) several instances of air traffic controllers falling asleep on
duty in recent months.
Welcome to Oxford In response to these cases, the FAA in 2011 revised its
regulations for air traffic controllers to include additional
Many periods of English history are impressively do- time for rest between shifts. The FAA:
cumented in Oxford’s streets, houses, colleges and cha- • Raised the minimum amount of time off between
pels. Within one square mile alone, the city has more than work shifts to 9 hours from 8 hours.
900 buildings of architectural or historical interest. For the • Prohibited air traffic controllers from swapping
visitor this presents a challenge – there is no single buil- shifts without having a minimum of 9 hours off in between
ding that dominates Oxford, no famous fortress or huge shifts.
cathedral that will give you a short-cut view of the city. • Increased supervisor coverage in air traffic control
Even Oxford’s famous University is spread amidst a tangle towers during late night an early morning shifts.
of 35 different colleges and halls in various parts of the • Prohibited air traffic controllers from picking up
city centre, flaunt its treasures; behind department stores and overnight shift after a day off.
lurk grand Palladian doorways or half-hidden crannies or These adjustments are a step in the right direction, but
medieval architecture. The entrance to a college may me they don’t go far enough. Managing schedules for shift
tucked down a narrow alleyway, and even then it is unlikely workers in these high-pressure jobs where public safety is
to be signposted. at stake is too important to settle for improvements that
don’t actually solve the problem.
Oxford University Press, 1999, p. 135 (adapted) Shift workers of all types face challenges to getting
The word “tangle” (L.8) can be correctly replaced by enough sleep while managing long hours, overnight shifts,
“line” and changing schedules that fluctuate between day and
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar night. Research shows that:
por conta da diagramação do material.) • People who engage in shift work get less sleep
overall than those of us who work more regular hours.
A) Certo.
• Shift workers are at higher risk for illness and chro-
B) Errado.
nic disease.
A questão pede que o candidato determine. A palavra
• The sleep deprivation associated with shift work
“tangle” (emaranhar, entrelaçar, complicar) pode ser corre-
increase the risk of accidents, injuries and mistakes in high
tamente substituida por “line” (linha, fila, alinhamento)
-profile, public-safety related industries like medicine and
law enforcement, as well as air traffic control.
RESPOSTA: “B”. In addition to making people more prone to accidents
10. (DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO and injury, sleep deprivation causes a number of negative
CÓDIGO – CESGRANRIO/2012) effects – both physical and psychological – that can impair
the on-the-job performance of air traffic controllers and
Air traffic controllers asleep on the job...still other shift workers. Sleep deprivation:
Michael J. Breus, Ph. D., in Sleepnewzzz • Slows reaction time.
• Interferes with memory.
Here’s some news of workers sleeping on the job that’s • Causes fatigue.
downright scary. A news investigation produced a story • Compromises judgment.
and footage of air traffic controllers at Westchester County • Impairs the ability to retain new information.
Airport sleeping during their shifts. The video, provided to I think we can all agree that we don’t want the peo-
the news outlet by an employee in the air traffic control to- ple responsible for guiding our planes to be sluggish, slo-
wer at Westchester Airport, also shows controllers reading w-reacting, forgetful, fatigued and of questionable judg-
and using laptops and cell phones while on duty. The Fede- ment. But that’s exactly what being sleep deprived can
ral Aviation Administration (FAA) bans its controllers from make them!
use of cell phones, personal reading material and electric It’s the FAAs responsibility to create workplace regula-
devices while on duty. Sleeping is prohibited anywhere in tions that enable air traffic controllers to get the rest they
air traffic control towers. need. This can include not just mandating reasonable time
All of these violations are alarming and dangerous, and off between shifts, but also giving controllers breaks during
pose a serious public safety problem. It is important, I be- shifts and allowing them to nap on their breaks. There are
lieve, to separate the issue of air traffic controllers sleeping also some basic things that controllers themselves – or any
on the job from their choice to play with laptops and cell shift workers – can do to help avoid sleep deprivation:
phones when they are supposed to be working. The video • Make sure to get adequate rest before a shift
images showing air traffic controllers slumped over and beings. Take a nap before work, if needed be.
sleeping at their stations is truly frightening. But the issue • Limit your reliance on caffeine. While it’s okay as
of sleep deprivation among air traffic controllers is a very an occasional pick–me–up, caffeinated beverages are not
real one, and means that some instances of falling asleep substitutes for adequate sleep. And caffeine can interfere
– however dangerous and wrong – is not entirely the con- with your sleep when you actually want and need to be
trollers’ fault, or even within their control. sleepy.
44
LÍNGUA INGLESA
• Keep a strong and consistent sleep routine both research suggests that cutting out or down on sweetened
during your workdays and your days off. It’s not always diet drink or replacing them with unsweetened coffee may
easy, but shift workers in particular need to build their off naturally help lower your depression risk.”
– duty schedules around making sure they get the sleep But he said more studies were needed to explore this.
they need. There are many other factors that may be involved. And the
Similarly to the recent changes in health care, the FAA findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living
is moving in the right direction to help its employees get in the US – might not apply to other populations. The safety
the sleep they need to do their jobs safely. As this latest of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested
incident at Westchester Airport confirms, there is a great by scientists and is assured by regulators.
deal of work still to be done. Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said:
“Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and
And it’s in everyone’s best – and safest – interest that unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As
progress continues to be made. a result, sweeteners have been very widely tested and re-
Sweet Dreams, viewed for safety and the ones on the market have an ex-
Michael J. Breus, PhD cellent safety track record. However, the studies on them
The Sleep Doctor TM continue and this one has thrown up a possible link – not a
www.thesleepdoctor.com cause and effect – with depression.”
Available at http://www.theinsomniablog.com
(www.bbc.co.uk)
In text I, the expression “downright scary” in “Here’s
some news of workers sleeping on the job that’s “down- O termo likely em – People who drank four cups a day
right scary.”” (lines 1-2) can be replaced, without change in were 10% less likely to be diagnosed with depression du-
meaning by ring the 10-year study period than those who drank no cof-
fee. – transmite a ideia de:
A) Faintly alarming. A) Preferência.
B) Propensão.
B) Really encouraging.
C) Impossibilidade.
C) Not at all terrifying.
D) Exclusividade.
D) A little intimidating.
E) Diminuição.
E) Absolutely frightening.
O trecho em questão. Pessoas que beberam quatro
copos por dia eram 10% menos prováveis de serem diag-
A questão pede que o candidato determine. A expres-
nosticadas (...)
são “downright scary” no trecho pode ser substituída sem
perder o sentido por. “Downright scary” quer dizer franca-
RESPOSTA: “B”.
mente assustador.
12. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)
RESPOSTA: “E”.
Diet Drinks “Link to depression” questioned
11. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)
Experts are questioning whether diet drinks could raise
Diet Drinks “Link to depression” questioned depression risk, after a large study has found a link.
Experts are questioning whether diet drinks could raise The US research in more than 250.000 people found
depression risk, after a large study has found a link. depression was more common among frequent consumers
of artificially sweetened beverages. The work, which will be
The US research in more than 250.000 people found presented all the American Academy of Neurology’s annual
depression was more common among frequent consumers meeting, did not look at the cause for this link.
of artificially sweetened beverages. The work, which will be Drinking coffee was linked with a lower risk of depres-
presented all the American Academy of Neurology’s annual sion.
meeting, did not look at the cause for this link. People who drank four cups a day were 10% less likely
Drinking coffee was linked with a lower risk of depres- to be diagnosed with depression during the 10-year stu-
sion. dy period than those who drank no coffee. But those who
People who drank four cups a day were 10% less likely drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially
to be diagnosed with depression during the 10-year stu- sweetened juice a day increased their risk of depression
dy period than those who drank no coffee. But those who by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the
drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our
sweetened juice a day increased their risk of depression research suggests that cutting out or down on sweetened
by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the diet drink or replacing them with unsweetened coffee may
National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our naturally help lower your depression risk.”
45
LÍNGUA INGLESA
46
LÍNGUA INGLESA
that the reservoir of the hydroelectric plants are satisfac- The 2012 average unemployment rate was in line with
tory, and that there will be no need to resort to the ther- the 5.5% median estimate of economists polled by the local
moelectric resources. Estado news agency. Analysts had also pegged December’s
According to the Minister Zimmermann, the Southeast unemployment rate at 4.4%.
has an average of 90% of its reservoirs full, which is an ex- Brazil’s unemployment rate remains at historically low
cellent level for this time of year. Even the Northeast, whose levels despite sluggish economic activity. Salaries have also
reservoir levels are a little lower, do not compromise sys- been on the upswing in an ominous sign for inflation – a
tem security. key area of concern for the Brazilian Central Bank after a
“The system is operating perfectly within the current series of interest rate cuts brought local interest rates to
conditions, which safely allows us to reduce the generation record lows last year. Inflation ended 2012 at 5.84%.
of thermoelectric energy. This will give us an economic sur- The average monthly Brazilian salary retreated slightly
plus that can be used towards system maintenance and in to 1.805,00 Brazilian reais ($908.45) in December, down
the implementation of new quality programs for the energy from the record high BRL 1.809,60 registered in November,
sector”, he said. the IBGE said. Wages trended higher in 2012 as employee
He also explained that: “of course, this does not mean groups called on Brazilian companies and the government
that the committee will not be flexible as to this decision in to increase wages and benefits to counter higher local pri-
case the current conditions take an unexpected turn.” They ces. Companies were also forced to pay more to hire and
will be following the reduction of the projection for the co- retain workers because of the country’s low unemployment.
ming months and, if necessary, the plans will be changed The IBGE measures unemployment in six of Brazil’s
according to the demands vis-avis resources. largest metropolitan areas, including São Paulo, Rio de Ja-
neiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife and Porto Alegre.
Available at: www.gtcit.com Brazil’s unemployment rate, however, is not fully compara-
ble to jobless rates in developed countries as a large por-
In the text, the word in bold-face type is similar to the tion of the population is either underemployed or works
word/expression in italics in: informally without paying taxes. In addition, workers not
actively seeking a job in the month before the survey don’t
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar count as unemployed under the IBGE’s methodology. The
por conta da diagramação do material.) survey also doesn’t take into account farm workers.
A) Prevent (line 8) – induce.
B) Outage (line 9) – abundance. (www.nasdaq.com, Adaptado)
C) Drought (line 9) – lack of rain.
D) Dams (line 10) – river beds. O trecho do quinto parágrafo – workers not actively
A) Resort (line 13) – throw. seeking a job – pode ser reescrito, sem alteração de senti-
do, com:
A questão pede que o candidato determine. No texto, A) Employers that aren’t actively pursuing a job.
a palavra em negrito similar com a palavra/expressão em B) Workers whose job wasn’t active.
itálico é. Prevent – prevenir. Induce – induzir. Outage – Fal- C) Workers which found an active employment.
ta. Abundance – abundância. Drought – período de seca. D) Workers who weren’t actively looking for a job.
Lack of rain – falta de chuva. Dams – represa, reservatório E) Active employees that have just found work.
em barragem. Resort – recorrer. Throw – jogar, arremessar. O trecho em questão – trabalhadores que não procu-
ram ativamente um emprego (no mês anterior a pesquisa
RESPOSTA: “C”. (...)).
16. (CTA – ANALISTA EM C&T JÚNIOR – ADMINISTRA-
ÇÃO – VUNESP/2013) RESPOSTA: “D”.
Brazil’s Average Unemployment Rate Falls to Record 17. ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE-
Low in 2012 TRO/2013)
By Down Jones Business News FDA seems to take light approach to Allergan and LAP
-BAND
January 31, 2013 In 1960, a young inspector for the Food and Drug Ad-
ministration faced down a powerful drug company by re-
Brazil’s unemployment rate for 2012 fell to 5.5%, down jecting its application to sell a morning-sickness drug in the
from the previous record low of 6.0% recorded last year, United States. The company, Richardson-Merrell, griped
the Brazilian Institute of Geography and Statistics, or IBGE, about her repeated demands for more safety data. They
said Thursday. In December, unemployment fell to 4.6% complained to her superiors, branding her as nitpicker. But
compared with 4.9% in November, besting the previous she stood firm. The drug is question was thalidomide, and
record monthly low of 4.7% registered in December 2011, worldwide as many as 12.000 children were born with se-
the IBGE sad. vere birth defects after their mothers used it, in the U.S.,
47
LÍNGUA INGLESA
where Frances Kelsey blocked Merrell from disturbing the um rolo gigante que passa por cima do asfalto quando o
drug expect to a few doctors for ‘experimental’ trials, the mesmo está sendo aplicado. No texto a expressão é usada
toll was 17. Today’s FDA isn’t that FDA. para dizer que a agência que na década de 60 era forte
Today’s FDA can be steamrolled. Today’s FDA just e “peitava” as poderosas companhias farmacêuticas, hoje
approved an application by Allergan to expand the target pode ser vencida, pode ser derrotada pelas companhias.
market of its Lap-Band weight-loss device potentially by
tens of millions of patients. How much safety data did the RESPOSTA: “D”.
FDA review before giving Allergan the green light? Mainly
the results of one year of study of 149 patients. Kelsey (TERMOBAHIA – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E
has said that she demanded more information form Mer- CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2012)
rell, thalidomide’s U.S. manufacturer, because its history
of conflicts with the agency made her suspicious. Is there Committee decides to lower the use of thermoelectric
any reason to mistrust Allergan? Let’s look at the record. In
power generation
September, Allergan pleaded guilty to one criminal count
and paid $600 million in fines and penalties to settle fe-
GTCIT Magazine
deral charges that it had illegally marketed Botox for uses
the FDA hadn’t approved. In accepting the plea bargain,
the government charged that the company had made un- The Monitoring Committee of the Electric Sector
der-the-table payments to doctors who used Botox to treat (CMSE) decided on Monday (may 30, 2012), to diminish the
unapproved conditions, created front groups and websites thermoelectric power generation in Brazil as of next week.
to push the broader uses of the drug while concealing Al- According to the Ministry of Mines and Energy, Márcio
lergan’s backing, and coached physicians to over-diagnose Zimmermann, the thermoelectric generation, which cur-
a condition for which Botox could be legally marketed so rently averages 4.000 megawatts (MW), should now be re-
it could sell more product. Allergan took these steps, the duced to 2.500 MW.
government contended, because the approved uses had These plants are used in Brazil mainly to prevent a po-
meager sales potential. The most prevalent condition for wer outage in the country in times of drought, when the
which Botox treatment was approved, cervical dystonia, is a reservoirs of the dams are low. But the ministry assured
neck spasm that affects only about 27.000 people, Allergan that the reservoir of the hydroelectric plants are satisfac-
wanted doctors to prescribe Botox for headaches. Botox’s tory, and that there will be no need to resort to the ther-
sales grew 1.407% and by 2007, total Botox sales exceeded moelectric resources.
$500 million. More than 70% of that was unapproved uses. According to the Minister Zimmermann, the Southeast
This didn’t seem to enter into the FDA’s review of Aller- has an average of 90% of its reservoirs full, which is an ex-
gan’s application to expand its marketing of the Lap-Band, cellent level for this time of year. Even the Northeast, whose
a device that’s surgically implanted around the stomach. So reservoir levels are a little lower, do not compromise sys-
far, the approved use has been for morbidly obese people. tem security.
An FDA advisory panel, which gave preliminary approval to “The system is operating perfectly within the current
Allergan’s application, wasn’t entirely happy with the com- conditions, which safely allows us to reduce the generation
pany’s data supporting its safety and efficacy claims for the of thermoelectric energy. This will give us an economic sur-
Lap-Band – its own 149-patient study and six other studies, plus that can be used towards system maintenance and in
at least three of which conducted by researchers with fi- the implementation of new quality programs for the energy
nancial links to Allergan – but they felt that the Lap-Band’s sector”, he said.
benefits outweighed the risks.
He also explained that: “of course, this does not mean
that the committee will not be flexible as to this decision in
(HILTZIKLOS, M., Adapted from Los Angeles Times,
case the current conditions take an unexpected turn.” They
22/02/2011)
will be following the reduction of the projection for the co-
“Today’s FDA can be steamrollered.”
Choose the alternative that presents the best synony- ming months and, if necessary, the plans will be changed
mous to the underlined verb. according to the demands vis-avis resources.
A) To deceive.
B) To trap. Available at: www.gtcit.com
C) To impress. In the text, the word in bold-face type is similar to the
D) To overpower. word/expression in italics in:
E) To bully. (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.)
A questão pede que o candidato escolha a melhor al- Prevent (line 8) – induce.
ternativa que represente a melhor alternativa para o verbo Outage (line 9) – abundance.
sublinhado. Na frase, a FDA de hoje pode ser vencida. O Drought (line 9) – lack of rain.
verbo steamrollered vem da expressão do rolo compressor, Dams (line 10) – river beds.
passar por cima de algo com aquela máquina que possui Resort (line 13) – throw.
48
LÍNGUA INGLESA
A questão pede que o candidato determine. No texto, Brazil’s economy is booming and the money that it is
a palavra em negrito similar com a palavra/expressão em generating is being invested in infrastructure and projects
itálico é. Prevent – prevenir. Induce – induzir. Outage – Fal- for the future. Airports are being improved, roads are being
ta. Abundance – abundância. Drought – período de seca. built and public transportation expanded. New hotels are
Lack of rain – falta de chuva. Dams – represa, reservatório being constructed and more and more people are being
em barrage. Resort – recorrer. Throw – jogar, arremessar. employed and trained to handle the influx of tourists in the
coming years.
RESPOSTA: “C”. Over half million visitors are expected to come to Brazil
during the World Cup in 2014. Tourist organizations hope
(MPU – ANALISTA – SUPORTE E INFRAESTRUTURA – that many of them will get a lasting impression of the cou-
CESPE/2013) ntry so that they might come back sometime. The Brazilian
government hopes that successful sporting events will give
The concept of responsible research and innovation the country a major boost in tourism, like the Sydney Olym-
(RRI) is gaining currency in different disciplines. It repre- pics did in 2000 or the World Cup in South Africa in 2010.
sents an attempt to provide an answer to the multitude of As 12 cities prepare to host the matches of the football
ethical, moral, legal and other problems arising from the World Cup Brazil wants to show the world that it cannot
use of technology research and innovation. only play football and dance to samba rhythms but also
There have been attempts to proactively address the organize high-scale events.
normative side of technical developments. The probably Once tourists are in the country they should not only
most notable example of this, at least in Europe, is the at- concentrate on the sporting highlights but also visit many
tempt to establish mechanisms of RRI in nanotechnology, other spectacular attractions that Brazil has to offer, like the
as represented by the European Commission’s (2008) code Iguaçu Falls in the south, or the Amazon rainforest in the
of conduct for nanotechnology. Further examples come north and central parts of the country (…)
from the fields of synthetic biology.
What these activities have in common is that they re-
Extraído de http://www.english-online.at
present attempts to deal with the uncertain, global and
Considerando a flexão em número das classes gramati-
fragmented nature of research and innovation. They incor-
cais das palavras em Inglês, como ficariam, respectivamen-
porate as specs of technology foresight with an awareness
te, os vocábulos country, influx e many na forma plural?
of the necessity to engage in broader social discussions.
Countries – influxes – many.
Countries – influxes – manies.
Internet: www.palgrave-jounals.com
Countryes – influxes – manies.
Based on the text, it is correct to affirm that the word Countryes – influx – manies.
“foresight” (L.16) is the same as neglect. Countries – influx – many.
Certo. A questão pede que o candidato determine o plural
Errado. das palavras sublinhadas. O plural de country é countries.
A questão pede que o candidato determine. De acordo O plural de influx é influxes e a única exceção é many que
com o texto, é correto afirmar que a palavra “foresight” é a não possui forma no plural.
mesma que “neglect”. Foresight quer dizer previdência, no
sentido de provisão, de um cuidado futuro. Neglect quer RESPOSTA: “A”.
dizer negligência, descuido.
(DETRAN/RJ – ASSISTENTE TÉCNICO DE IDENTIFICA-
RESPOSTA: “B”. ÇÃO CIVIL – MAKIYAMA/2013)
49
LÍNGUA INGLESA
built and public transportation expanded. New hotels are Risk assessments for petrochemical plants, indeed for
being constructed and more and more people are being any high-hazard site, should not be limited to what might
employed and trained to handle the influx of tourists in the be described as “internal” fire safety threats and challenges.
coming years. If evidence is needed of this, it is necessary only to look at
Over half million visitors are expected to come to Brazil what happened at the Fukushima nuclear power plant in
during the World Cup in 2014. Tourist organizations hope Japan where the disaster was triggered by an offshore ear-
that many of them will get a lasting impression of the cou- thquake and tsunami. In the current uncertain international
ntry so that they might come back sometime. The Brazilian climate, the risk assessor also has to consider the very real
government hopes that successful sporting events will give
prospect of acts of terrorism aimed at headline-grabbing
the country a major boost in tourism, like the Sydney Olym-
mass destruction of property and lives.
pics did in 2000 or the World Cup in South Africa in 2010.
None of this, of course, lessens the need to provide
As 12 cities prepare to host the matches of the football
World Cup Brazil wants to show the world that it cannot the most effective detection, alarm and suppression equi-
only play football and dance to samba rhythms but also pment. This will probably take the form of fixed equipment
organize high-scale events. providing primary around-the-clock protection for such
Once tourists are in the country they should not only structures as cone roof tanks; open-top floating roof tanks;
concentrate on the sporting highlights but also visit many covered floating roof tanks; horizontal tanks; bunds; and
other spectacular attractions that Brazil has to offer, like the spill grounds. However, it cannot be overstressed that po-
Iguaçu Falls in the south, or the Amazon rainforest in the tentially, all of this equipment is itself at risk in the event of
north and central parts of the country (…) an explosion.
50
LÍNGUA INGLESA
(CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA – CESPE/2012) networks. U.S. Rep. Edward J. Markey, a senior member of
the U.S. House Energy and Commerce Committee, has also
Privacy groups and lawmakers are calling for a new and stepped into the fray.
broader investigation into Google and its privacy practices “The circumstances surrounding Google’s siphoning of
after the U.S. Federal Communications Commission (FCC) personal information leave many unanswered questions,”
announced that it found no evidence that the company Markey said today in an email to Computerworld. “I believe
broke eavesdropping laws. Congress should immediately hold a hearing to get to the
Late this week, the FCC reported that there was no legal bottom of this serious situation.”
precedent to find fault with Google collection unprotected
home Wi-Fi data, such as personal email, passwords and Internet www.computerworld.com
search histories, with its roaming Street View cars between “Fray” (L.19) is synonymous with fighting.
2007 and 2010. However, the FCC did fine Google $ 25,000 (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
for obstructing the investigation. por conta da diagramação do material.)
The Electronic Privacy Information Center (EPIC), a na- Certo.
tional privacy watchdog, disagreed with the FCC findings. Errado.
In a letter sent to U.S. Attorney General Eric Holder today,
EPIC asked that the Department of Justice investigate Goo- A questão pede que o candidato determine – a palavra
gle’s surreptitious collecting of Wi-Fi data from residential “fray” (briga, luta) é sinônimo de “fighting” (briga, luta)
networks. U.S. Rep. Edward J. Markey, a senior member of
the U.S. House Energy and Commerce Committee, has also RESPOSTA: “A”.
stepped into the fray.
“The circumstances surrounding Google’s siphoning of (CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA – CESPE/2012)
personal information leave many unanswered questions,”
Markey said today in an email to Computerworld. “I believe Technology Legislation
Congress should immediately hold a hearing to get to the
bottom of this serious situation.” Technology-related legislation can have a huge impact
on growing businesses, and some interesting issues are li-
Internet www.computerworld.com kely to pop up with the new Congress of the United States
this year. Of great interest to growing businesses are the
“Surreptitious” (L.16) is synonymous with concealed. topics of data protection and net neutrality.
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar Laws that lay out more stringent requirements for re-
por conta da diagramação do material.) taining and protecting employee and customer data could
Certo. be on the horizon. “The laws that apply to big business are
Errado. going to trickle down to small business,” says Ann Wes-
terheim, founder and president of technology consulting
A questão pede que o candidato determine – a palavra firm Ekaru. “Businesses need to have that on their radar.
“surreptitious” (furtivo, secreto, clandestino) é sinônimo de You don’t want to get hit with a fine because you’re not
“concealed” (oculto, escondido) complying.” She suggests looking at laws like Sarbanes-O-
xley to get an idea of where new tech laws could be hea-
RESPOSTA: “A”. ding.
The good news is that proper data protection is so-
(CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA – CESPE/2012) mething businesses should be doing anyway. “A lot of the
measures required to protect employee and customer data
Privacy groups and lawmakers are calling for a new and are just good business practices,” says Westerheim. Gro-
broader investigation into Google and its privacy practices wing businesses can head off potential compliance by gra-
after the U.S. Federal Communications Commission (FCC) dually shoring up their IT security and data protection now.
announced that it found no evidence that the company Net neutrality is likely to be a hot issue again after stal-
broke eavesdropping laws. ling in the Senate last year. Net neutrality proponents want
Late this week, the FCC reported that there was no legal regulations to prevent network providers from prioritizing
precedent to find fault with Google collection unprotected certain Internet traffic “Net neutrality is a big issue for small
home Wi-Fi data, such as personal email, passwords and businesses,” says Westerheim. A net neutrality law stands a
search histories, with its roaming Street View cars between better chance of passing with strong Democratic backing
2007 and 2010. However, the FCC did fine Google $ 25,000 this year, but it figures to be a hard-fought battle. Digital
for obstructing the investigation. copyright issues could also come to the fore in Congress.
The Electronic Privacy Information Center (EPIC), a na- With the changes brought about by the last election, it will
tional privacy watchdog, disagreed with the FCC findings. be an interesting year for entrepreneurs to keep an eye on
In a letter sent to U.S. Attorney General Eric Holder today, the goings-on in Washington.
EPIC asked that the Department of Justice investigate Goo-
gle’s surreptitious collecting of Wi-Fi data from residential Internet www.microsoft.com
51
LÍNGUA INGLESA
In the text the verb to comply in ‘you don’t want to get Narrow.
hit with a fine because you’re not complying’, means to act Scanty.
in accordance with. General.
Certo. Considerate.
Errado.
A questão pede que o candidato determine se o ver- A questão pede que o candidato determine o melhor
bo “to comply” (cumprir, obedecer, concordar, consentir) sinônimo para a palavra sublinhada no texto. “Anonymous
no trecho “se não vai querer receber uma multa porque é um termo amplo para uma sub culta da internet – um
você não está obedecendo”, significa “agir em concordân- grupo de indivíduos, or ‘hacktivistas’ que compartilham
cia com”. ideias comuns sobre anti censura e liberdade de expressão
na internet”. Narrow – estreito. Scanty – escasso. General –
RESPOSTA: “A”. comum, genérico, universal. Considerate – atencioso.
Anonymous is an umbrella term for an internet subcul- The Internet vigilantes: Anonymous hackers’ group
ture – a collection of individuals, or ‘hacktivists’ who share outs man, 32, ‘who drove girl, 15, to suicide by spreading
common ideas of anti-censorship and freedom of speech topless photos of her’
on the internet.
While Anonymous is focused on freedom of speech, Anonymous has named a man it claims posted topless
releasing names of internet harassers is new territory for pictures of a 15-year-old girl online and harassed her so
the group, which is best known for hacking government relentlessly that she killed herself.
and company websites. Amanda Todd, from Vancouver, Canada, was found
They have carried out cyber-attacks on Visa, Master- hanged in her home on October 10, just weeks after she
Card, PayPal and Amazon, and have threatened to take uploaded a video to YouTube detailing her horrific treat-
down Facebook and Twitter servers. ment at the hands of cyber bullies.
The group has connections with the lesser-known hac- When she was just 12, a man in an internet chat room
king group LulzSec, short for Lulz Security, an elite hacker convinced her to flash her breasts, and a year later, he plas-
group that has claimed responsibility for high-profile, de- tered a picture of the incident across Facebook.
bilitating cyber-attacks. Now in a vigilant move, Anonymous, the world’s lar-
Their big hits include the compromising of user accou- gest hacking group, has named the man allegedly respon-
nt data from Sony Pictures and taking the CIA website offli- sible for the picture.
ne. They also attacked Fox.com, leaking the names of more The group claims that he is 32-year-old from British
than 7,000 X Factor contestants, and the PBS News hour Columbia, but MailOnline has chosen not to identify him
website, where they posted a store claiming that slain killer for legal reasons.
Tupac was still living and in New Zealand. As Todd’s supporters set up Facebook pages warning
The group aims to cause mayhem and manipulate the man to ‘sleep with one eye open’, the move by Anony-
flaws in security and passwords systems. It is believed to mous sparks concerns over its abilities to create a ‘trial by
have caused billions of dollars in damages to corporations, internet’ – bypassing the justice system and casting guilt.
banks and agencies. In a video posted to YouTube by Anonymous, a figure
It hit the headlines in March this year after Hector claims the group lists his personal information, including
Xavier Monsegur, one of the group’s ringleaders and an his date of birth and address.
influential member of Anonymous, turned fellow hackers It explains that his username appears on websites whe-
over to authorities. re he ‘blackmailed’ and gave advice to young girls. The
After his arrest in New York on hacking charges in June same username is also tied to a website with a ‘jailbait’
2011, the 28-year-old reportedly began working with the photo gallery.
FBI to bring down the groups’ top members, and five were ‘[He] is an abomination to our society, and will be pu-
later arrested. nished,’ the Anonymous figure says.
Referring to the possibility they might have the wrong
Mail Monday, October 16, 2012. person, they add: ‘At the most this is the person who did
this to Amanda Tood, and at the least it’s another pedophi-
The alternative that brings the best synonym to the le that enjoys taking advantage of children.’
bold underlined word in the text page “Anonymous is an Following Anonymous’ announcement, the web mo-
umbrella term for an internet subculture – a collection of ved swiftly, with groups calling for his death and warning
individuals, or ‘hacktivists’, who share common ideas of an- him to ‘sleep with one eye open’ cropping up on Facebook.
ti-censorship and freedom of speech on the internet” is: CKNW reporters have unsuccessfully tried to speak
52
LÍNGUA INGLESA
with the man, and neighbors have described his home as Her death prompted a local politician to release a video
‘a known party house on the weekend with lots of young of her own that pleads to put an end to bullying.
women coming and going’. ‘I just heard about Amanda. I want to say to everyone
But police attended the home on Monday after a who loved her, to all her family and friends, how sorry I am
neighbor Chyne Simpson, said Anonymous named the about her loss,’ British Columbia premier Christy Clark said.
wrong address. He said he felt threatened by internet users ‘No one deserves to be bullied, No one earns it. No one
and asked them to stay away. asks for it. It isn’t a rite of passage. Bullying has to stop.’
The Royal Canadian Mounted Police refused to confirm
Anonymous have the right man but a spokesperson said http://dailymail.co.uk
they were aware that someone had been named.
‘We are aware of what’s being posted online and cer- The alternative that brings the best synonym in its base
tainly following up what we feel is important to follow up,’ form to the bold underlined word in the text page “Anony-
Sergeant Peter Thiessen told The Globe and Mail, adding: mous has named a man it claims posted topless pictures of
‘[Vigilantes] run the risk of committing a criminal offence.’ a 15-year-old girl online and harassed her so relentlessly
Todd’s family members also said they are not sure the that she killed herself” is:
anonymous report is accurate and said police have tracked Cudgeled.
down a person living in the U.S. whom they believed was Drubbed.
involved. Impaled.
The claims come weeks after Amanda posted a nearly Besieged.
nine-minute YouTube video detailing her treatment on a
stack of notecards held up to the camera. A questão pede que o candidato determine qual o me-
Todd says that a year after she flashed her breasts, the lhor sinônimo para “harassed her so relentlessly” (assediada
man tracked her down and demanded he put on a show for implacavelmente). Cudgeled – agredida com bastão. Dru-
him or he would expose her. bbed – surrada. Impaled – empalada. Besieged – cercada.
When she refused, he created a Facebook page with a
list of her friends and used her naked chest as the profile RESPOSTA: “D”.
photo. The picture quickly spread across the internet and
(EPE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESGRAN-
among her classmates.
RIO/2012)
It led to relentless bullying online, she said, and she was
diagnosed with depressions and started drinking. In the vi-
Text II
deo, posted September 7, she admitted that she had pre-
viously tried to kill herself twice and has been hospitalized.
Soda consumption increases risk of stroke and vascular
After moving to a different city and school, another
disease
instance of bullying occurred after she started a romantic
relationship with an older man who had a girlfriend. Once By John Phillip
that relationship soured, she was confronted and beaten
up by the man’s girlfriend. She was hit in front of a crowd of Americans drink more than 216 liters of carbonated
screaming people who encouraged her to be left in a ditch. soft drinks each year, a number that continues to increa-
Amanda does not speak in the video, and her face is se at an alarming rate. Many people use low-calorie diet
not fully shown, but she confirmed her identity with the last soda in a futile effort to lose weight, Yet they find that these
notecard which says her full name. drinks have the opposite effect leading them to be over-
One of the final images is a jarring picture of her arm weight or obese.
which had been cut repeatedly. Just under six weeks after The high acid content in most carbonated beverages
posting the video, Todd could take the bullying no longer, removes calcium and other critical nutrients from the bone
and took her own life. and tissues, significantly increasing disease risk over years
During a memorial for Todd on Monday her friends of consumption.
said they have been aware of a main in his 30s ‘stalking’ Researchers from Cleveland Clinic’s Wellness Institute
their friend for years. and Harvard University have reported the result of a stu-
‘There were multiple accounts with random names,’ dy in the American Journal of Clinical Nutrition, the first to
one friend told QMI Agency. ‘There were Twitter accounts examine soda’s effect on stroke risk and vascular diseases.
also used.’ Past studies have linked sugar-sweetened beverage
The Vancouver Sun reported that Amanda was a stu- consumption with weight gain, diabetes, high blood pres-
dent in Grade 10 at the Coquitlam Basic Alternative Edu- sure, high cholesterol, gout and coronary artery disease,
cation school. but current research has implicated diet soft drink con-
The principal of the school confirmed her death and sumption with increased disease risk and weight gain due
said that she had become connected with many since she to depletion of essential minerals.
transferred to the school in the middle of last year. Lead study author Dr. Adam Bernstein noted “Soda re-
‘It is a very sad case,’ Paul McNaughton told the paper. mains the largest source of added sugar in the diet. What
‘I can tell you we feel we tried everything we could to help we’re beginning to understand is that regular intake of the-
her when she came to us.’ se beverages sets off a chain reaction in the body that can
53
LÍNGUA INGLESA
potentially lead to many diseases, including stroke. Resear- region could have a major impact on offshore production
chers analyzed soda consumption among 43,371 men and in the foreseeable future.”
84,085 women over a time span of nearly thirty years. Du- Meanwhile, Infield Systems Ltd. Has identified more
ring that time, 2,938 strokes were documented in women than 130 Bboe in discovery oil, gas, and condensate reser-
while 1,416 strokes were documented in men.” ves throughout the offshore arctic and sub-arctic regions.
Around 114 Bboe are gas reserves, and 16 Bbbl (billions of
Despite the millions of dollars spent by soda marketers barrels) are oil. Infield’s additional report on offshore arctic
to instill the virtues of drinking soda, there is nothing heal- oil and gas prospects through 2017 includes current and
thy about consuming any type of carbonated beverage. future offshore oil and gas developments within the Arctic
Moreover, the study did note risk of stroke, compared to Circle, and in the “sub-arctic” regions of Sakhalin Island, the
drinking sweetened beverages. Jeanne d’Arc basin offshore eastern Canada, and the Cook
Inlet off Alaska.
Regarding low calorie drinks, researchers concluded Arctic capital expenditure should increase more than
“older adults who drank diet soda daily had a 45% increa- $7 billion annually through 2017. Russia, with its reserves,
sed risk of heart attacks or strokes compared to those that should largely drive this expenditure, especially during
never drank die soda.” 2013-2015, assuming the Shtokman project goes ahead.
This project includes a comprehensive development of sa-
The suggestion is to substitute carbonated beverage tellites in the Barents Sea, and joint development of the Pri-
consumption with an antioxidant packed cup of green tea razlomnoye and Dolginskoye oil fields in the Pechora Sea.
or coffee to significantly reduce risk of strokes and vascular Prirazlomnaya is the first offshore ice-resistant statio-
diseases. nary platform designed and built in Russia measuring 126
Alexander’s Gas & Oil Connections Magazine. May 12, m (413 ft.) wide by 216 m long. With a weight of 117,000
2012. tons, the platform can accommodate a crew up to 200, and
In text II, the idea expressed by the word in boldface provide year-round operation. The platform is designed to
type is described in: withstand temperatures that can drop to -50º C (-58º F)
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar during winter, and ice formation – the location is typically
por conta da diagramação do material.) free from ice for 110 days each year.
Alarming (line 3) – soothing. The platform will provide drilling, production, and oil
Futile (line 4) – important. storage services, along with preparation and shipment of
Yet (line 4) – But. final products from the Prirazlomnoye field. Gazprom ex-
Content (line 7) – Happy. pects to drill up to 40 directional wells. Dutch contractor
Stroke (line 14) - Death. Tideway has been dumping 100,000 metric tons of stone
(110,231 tons) as an erosion protection system around the
A questão pede que o candidato determine a ideia ex- platform to secure it to the seabed. The development is
pressadas pelas palavras no texto. Alarming – alarmante. targeting annual production of more than 6 million tons
Soothing – calmante. Futile – inútil. Important – importan- (43.8 MMbbl). Associated produced gas will be used for
te. Yet – Ainda, mas. But – Mas, entretanto. Content – con- the platform’s needs. Production operations are schedule
teúdo. Happy – feliz. Stroke – Derrame. Death – morte. to start this year.
Offshore Magazine. May 2, 2012. Volume 72. Issue 5.
RESPOSTA: “C”. In Text I, the idea expressed by the world in boldface
type is described in:
(EPE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESGRAN- (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
RIO/2012) por conta da diagramação do material.)
Frontier (line 1) – country.
Text I Guest (line 6) – invited.
Arctic E&P activity heats up Doubt (line 11) – certainty.
By Jessica Tippee Further (line 11) – within.
Assistant Editor Major (line 12) – destructive.
Not Mexico, not Brazil. The next offshore frontier is the A questão pede que o candidato determine, no texto,
Arctic, according to Andrew Reid, CEO of energy analysts a ideia expressada pelas palavras em negrito são descritas
Douglas-Westwood Company. “More than 400 fields have em. Frontier – fronteira, limite. Country – pais. Guest – con-
been discovered to date in the Arctic, providing reserves vidado. Invited – convidado. Doubt – dúvida. Certainty –
in excess of 240 Bboe (billions of barrels of oil equivalent)” certeza. Further – mais, adicional. Within – dentro, no inte-
Reid said. He was a guest speaker at a recent conference of rior. Major – maior, major. Destructive – destrutivo.
the International Association of Drilling Contractors (IADC),
an agency that has exclusively represented the worldwide RESPOSTA: “B”.
oil and gas drilling industry since 1940. Reid also affirmed
that “There is no doubt that further drilling activity in this
54