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EPCAR

Força Aérea Brasileira

Cadetes do Ar
A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com
base no Edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos.

MA016-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Força Aérea Brasileira - EPCAR

Cargo: Cadetes do Ar

(Baseado no Edital: Portaria DEPENS Nº275-T/de 2, de maio de 2016)

• Língua portuguesa
• Matemática
• Língua Inglesa

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Suelen Domenica Pereira

Capa
Rosa Thaina dos Santos

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Língua Portuguesa

1.1 ESTUDO DE TEXTO......................................................................................................................................................................................................01


1.1.1 Intelecção de textos literários e não literários, verbais e não verbais.........................................................................................01
1.2 GRAMÁTICA....................................................................................................................................................................................................................01
1.2.1 Fonologia: Fonemas, encontros consonantais e vocálicos, dígrafos, divisão silábica, acentuação gráfica e ortografia
de acordo com a nova ortografia..........................................................................................................................................................................08
1.2.2 Morfologia: Estrutura das palavras, formação de palavras, classes de palavras: classificação, flexão e emprego
(substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição)...........................20
1.2.3 Sintaxe: Análise sintática da oração, análise sintática do período, pontuação, regência e concordância, estudo da
crase e colocação pronominal.................................................................................................................................................................................59
1.3 SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA.......................................................................................................................................................................................72
1.3.1 Variedades linguísticas.....................................................................................................................................................................................72
1.3.2 Sinonímia e antonímia, hiponímia e hiperonímia, polissemia, ambiguidade..........................................................................72
1.3.3 Denotação e conotação, figuras de linguagem, funções da linguagem e vícios da linguagem.....................................72
1.3.4 Versificação............................................................................................................................................................................................................72

Matemática

2.1 Conjuntos dos números naturais; sistema de numeração; e bases.......................................................................................................01


2.2 Operações com números naturais.......................................................................................................................................................................01
2.3 Divisibilidade: múltiplos e divisores, números primos e fatoração completa...................................................................................01
2.4 Conjunto dos números racionais: números fracionários, operações e operações inversas no conjunto dos racionais.............01
2.5 Razões: número racional absoluto e razões especiais (velocidade e densidade)...........................................................................01
2.6 Proporções: propriedades, porcentagem, números proporcionais, regra de três, juros e câmbio.........................................01
2.7 Ampliação numérica: conjunto dos inteiros relativos, conjunto dos racionais relativos. Operações diretas e inversas em
inteiros relativos e em racionais relativos.................................................................................................................................................................01
2.8 Equações e inequações do primeiro grau: resolução de inequações do primeiro grau com uma variável no conjunto
dos números racionais relativos...................................................................................................................................................................................01
IE/EA CPCAR 2017 Portaria DEPENS nº 275-T/DE-2 de 9 de maio de 2016. 38......................................................................................01
2.9 Números Reais, números racionais e números irracionais: operações diretas e inversas no conjunto dos números reais,
cálculo com radicais, transformação de radicais e casos deracionalização...............................................................................................01
2.10 Cálculo literal em Reais: expressões equivalentes, reduções, fatoração, equações, inequações e sistemas de equações
simultâneas em Reais........................................................................................................................................................................................................01
2.11 Polinômio numa variável: operações. Noção intuitiva do conceito de “zeros” de um polinômio........................................01
2.12 Equações do segundo grau: resolução das equações incompletas e das equações completas. Fórmula de resolução.
Simplificação no caso de ser “a = l” e “b é par”. Relações entre coeficientes e raízes. Forma (S,P) de uma equação do 2°
grau. Composição de uma equação do 2° grau, conhecidas as raízes.......................................................................................................44
2.13 Equações biquadradas e equações irracionais.............................................................................................................................................44
2.14 Sistemas simples do 2° grau: problemas do segundo grau...................................................................................................................44
2.15 Funções: conceito de função, domínio e conjunto imagem e funções definidas por equações...........................................52
2.16 Coordenadas cartesianas no plano. Gráfico das funções definidas por equações......................................................................52
2.17 Função: afim, linear e constante, gráfico e propriedades dessas funções. Conceito de declividade. Gráficos de inequa-
ções do primeiro grau com duas variáveis. Interseção de regiões do plano...........................................................................................52
2.18 Função trinômio do segundo grau: estudo da função trinômio do segundo grau e construção dos respectivos gráfi-
cos. Propriedade do gráfico da função trinômio do segundo grau. Inequação do segundo grau................................................52
2.19 Introdução à geometria dedutiva: elementos fundamentais: ponto, reta, semi-reta, segmento,.........................................72
plano, semiplano, ângulo e congruência. Estudo dos polígonos em geral, dos triângulos e quadriláteros em particular..72
2.20 Estudo da circunferência: disco, círculo, arcos e cordas. Propriedades. Medidas de ângulos e de arcos..........................72
2.21 Transformações geométricas elementares: translação, rotação e simetria.....................................................................................72
2.22 Razão e proporção de segmentos: feixe de paralelas. Teorema de Tales........................................................................................72
2.23 Semelhança de triângulos e de polígonos. Razões trigonométricas de ângulos agudos........................................................81
2.24 Relações métricas no triângulo retângulo: teorema de Pitágoras. Projeção ortogonal............................................................81
SUMÁRIO

2.25 Relações métricas num triângulo qualquer: lei dos co-senos e senos..............................................................................................81
2.26 Relações métricas no círculo................................................................................................................................................................................81
2.27 Razões trigonométricas: razões trigonométricas dos ângulos 30, 45 e 60 graus. Relações entre as razões trigonomé-
tricas. Emprego das tábuas trigonométricas. Problemas de aplicação.......................................................................................................81
2.28 Polígonos regulares: relações métricas nos polígonos regulares..................................................................................................... 109
2.29 Áreas de regiões planas: relações métricas entre áreas de figuras planas................................................................................... 116
2.30 Medidas de volume, de capacidade, de massa, de comprimento e de área............................................................................... 116
2.31 Noções de Estatística: gráficos de barras, de colunas, de setores e de linhas; distribuição de frequências, população e
variável; variáveis discretas, variáveis contínuas, variáveis qualitativas, média, mediana e moda; dispersão de dados; desvio
e desvio padrão................................................................................................................................................................................................................. 121
2.32 Contagem e Probabilidade: princípio fundamental da contagem; e, Probabilidade............................................................... 136

Língua Inglesa

3.1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. .........................................................................................................................................01


3.2 ESTRUTURAS GRAMATICAIS. ................................................................................................................................................................................01
3.2.1 Substantivos: gênero, número, contáveis e incontáveis. .......................................................................................................................01
3.2.2 Pronomes: pessoal, oblíquo, possessivo, reflexivo, demonstrativo, indefinido e interrogativo. ..........................................01
3.2.3 Adjetivos: grau comparativo de superioridade. .........................................................................................................................................01
3.2.4 Preposições: tempo e lugar. 3.2.5 Conjunções. .........................................................................................................................................01
3.2.6 Advérbios: tempo, lugar, modo e frequência. ............................................................................................................................................01
3.2.7 Numerais. 3.2.8 Artigos: definidos e indefinidos. ......................................................................................................................................01
3.2.9 Verbos: regulares e irregulares, (be, there be), modos, tempos (presente simples, passado simples e presente contí-
nuo), modal (can / can’t), demostrando habilidade, permissão e possibilidade. ..................................................................................01
3.2.10 Caso possessivo. ...................................................................................................................................................................................................01
3.2.11 Question tag e respostas curtas......................................................................................................................................................................01
LÍNGUA PORTUGUESA

1.1 ESTUDO DE TEXTO......................................................................................................................................................................................................01


1.1.1 Intelecção de textos literários e não literários, verbais e não verbais.........................................................................................01
1.2 GRAMÁTICA....................................................................................................................................................................................................................01
1.2.1 Fonologia: Fonemas, encontros consonantais e vocálicos, dígrafos, divisão silábica, acentuação gráfica e ortografia
de acordo com a nova ortografia..........................................................................................................................................................................08
1.2.2 Morfologia: Estrutura das palavras, formação de palavras, classes de palavras: classificação, flexão e emprego
(substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição)...........................20
1.2.3 Sintaxe: Análise sintática da oração, análise sintática do período, pontuação, regência e concordância, estudo da
crase e colocação pronominal.................................................................................................................................................................................59
1.3 SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA.......................................................................................................................................................................................72
1.3.1 Variedades linguísticas.....................................................................................................................................................................................72
1.3.2 Sinonímia e antonímia, hiponímia e hiperonímia, polissemia, ambiguidade..........................................................................72
1.3.3 Denotação e conotação, figuras de linguagem, funções da linguagem e vícios da linguagem.....................................72
1.3.4 Versificação............................................................................................................................................................................................................72
LÍNGUA PORTUGUESA

Condições básicas para interpretar


1.1 ESTUDO DE TEXTO
1.1.1 INTELECÇÃO DE TEXTOS Fazem-se necessários:
LITERÁRIOS E NÃO LITERÁRIOS, a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
VERBAIS E NÃO VERBAIS
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
texto) e semântico;
Observação – na semântica (significado das palavras)
É muito comum, entre os candidatos a um cargo pú- incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
blico, a preocupação com a interpretação de textos. Isso tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
acontece porque lhes faltam informações específicas a gem, entre outros.
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas a c) Capacidade de observação e de síntese e
concursos públicos. d) Capacidade de raciocínio.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão aju-
Interpretar X compreender
dar no momento de responder às questões relacionadas
a textos.
Interpretar significa
- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - Através do texto, infere-se que...
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - É possível deduzir que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - O autor permite concluir que...
e decodificar ). - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...

Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Compreender significa


Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando con- está escrito.
dições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. - o texto diz que...
A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que - é sugerido pelo autor que...
o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
frase for retirada de seu contexto original e analisada se- - o narrador afirma...
paradamente, poderá ter um significado diferente daquele
inicial. Erros de interpretação

É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência


Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
rências diretas ou indiretas a outros autores através de ci-
tações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia tema quer pela imaginação.
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, b) Redução
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a
na prova. um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendi-
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: mento do tema desenvolvido.

1. Identificar – é reconhecer os elementos fundamen- c) Contradição


tais de uma argumentação, de um processo, de uma época Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do can-
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais didato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
definem o tempo). quentemente, errando a questão.
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor
ou de diferenças entre as situações do texto.
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado
de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
com uma realidade, opinando a respeito. que o autor diz e nada mais.
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secun-
dárias em um só parágrafo. Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras pala- relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
vras. si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de

1
LÍNGUA PORTUGUESA

um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pro- a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar
nome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo
vai dizer e o que já foi dito. subentendido.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia - Negação da informação não nega o pressuposto.
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e - Pressuposto não verdadeiro – informação explícita
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do absurda.
verbo; aquele do seu antecedente. Não se pode esquecer - Principais marcadores de pressupostos: a) adjetivos;
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor b) verbos; c) advérbios; d) orações adjetivas; e) conjunções.
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
cedente. QUESTÕES
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de (Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vu-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que nesp/2013)
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância,
a saber: O uso da bicicleta no Brasil

que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, A utilização da bicicleta como meio de locomoção no
mas depende das condições da frase. Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação
qual (neutro) idem ao anterior. com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos
quem (pessoa) quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Ape-
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois sar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que
o objeto possuído. a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de
como (modo) transporte, um dos que oferecem mais vantagens.
onde (lugar) A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicle-
quando (tempo) tas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e
quanto (montante) jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são
todos considerados veículos, com direito de circulação pe-
exemplo:
las ruas e prioridade sobre os automotores.
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade,
aparecer o demonstrativo O ).
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de
Dicas para melhorar a interpretação de textos
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestio-
namentos por excesso de veículos motorizados, que atin-
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do
assunto; gem principalmente as grandes cidades; o favorecimento
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e
a leitura; a economia no combustível, na manutenção, no seguro e,
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto claro, nos impostos.
pelo menos duas vezes; No Brasil, está sendo implantado o sistema de com-
- Inferir; partilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo,
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitu-
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do ra, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com
autor; quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo
compreensão; país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
questão; compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
- O autor defende ideias e você deve percebê-las; Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo
site. O valor do passe mensal é R$10 e o do passe diário,
Segundo Fiorin: R$5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das
-Pressupostos – informações implícitas decorrentes 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que
necessariamente de palavras ou expressões contidas na já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em
frase. pontos estratégicos.
- Subentendidos – insinuações não marcadas clara- A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção
mente na linguagem. não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda
- Pressupostos – verdadeiros ou admitidos como tal. não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de
- Subentendidos – de responsabilidade do ouvinte. transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike.
- Falante não pode negar que tenha querido transmitir Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande,

2
LÍNGUA PORTUGUESA

carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam- mas também se engajam num comportamento de risco –
se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que po- algumas até agem especificamente para irritar o outro mo-
deriam ser evitados. torista ou impedir que este chegue onde precisa.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá
A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando
estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. um motorista a tomar decisões irracionais.
Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocio-
segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, nante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de
motocicletas e caminhões desconhece as leis que abran- nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que
gem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para
ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve in- alguns, mas também é uma atividade que tende a aumen-
tegrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de tar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos cons-
locomoção precisa compreender que deverá gastar com ciência disso no momento.
alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez
que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas
de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e
devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha,
habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane
sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais,
Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a ten-
além de espelho retrovisor do lado esquerdo. dência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartan-
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. do o aspecto comunitário do ato de dirigir.
Adaptado) Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito,
o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsi-
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como to não são os congestionamentos ou mais motoristas nas
meio de locomoção nas metrópoles brasileiras ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressi-
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra va. As crianças aprendem que as regras normais em relação
devido à falta de regulamentação. ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos
incentivado em várias cidades. em comportamentos de disputa ao volante, mudando de
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sem-
maioria dos moradores. pre com pressa para chegar ao destino.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos
os demais meios de transporte. sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era des-
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade carregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a
arriscada e pouco salutar. descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos transformar um incidente em uma violenta briga.
objetivos centrais do texto é Com isso em mente, não é surpresa que brigas vio-
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do lentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas
ciclista. está predisposta a apresentar um comportamento irracio-
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta nal quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a
é mais seguro do que dirigir um carro. maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bi- quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos,
é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas
cicleta no Brasil.
corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como
emoção.
meio de locomoção se consolidou no Brasil.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013.
deve dar prioridade ao pedestre. Adaptado)
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp 3-) Tomando por base as informações contidas no tex-
2013) Leia o texto para responder às questões de 3 a 5 to, é correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante aconte-
Propensão à ira de trânsito cem à medida que os motoristas se envolvem em decisões
conscientes.
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente (B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são cau-
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais se- sadas pela constante preocupação dos motoristas com o
guro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trân- aspecto comunitário do ato de dirigir.
sito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E (C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas
com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma di-
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, reção agressiva.

3
LÍNGUA PORTUGUESA

(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de ex- II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí-
periências e atividades não só individuais como também fica deriva do fato de serem apresentados ao espectador
sociais. objetos imaginários que, embora não existam na vida real,
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle estão, de algum modo, conectados à realidade.
das emoções positivas por parte dos motoristas. III. A ficção científica extrapola os limites da realidade,
mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredi-
4. A ira de trânsito ta-se que seja possível.
A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras. Está correto o que se afirma APENAS em
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade. (A) III.
(C) conduz a um comportamento coerente. (B) I e II.
(D) resulta do comportamento essencialmente comu- (C) I e III.
nitário dos motoristas. (D) II e III.
(E) decorre de imperícia na condução de um veículo. (E) II.
5. De acordo com o perito Dr. James,
7-) Sem prejuízo para o sentido original e a correção
(A) os congestionamentos representam o principal fa-
gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se permite
tor para a ira no trânsito.
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para sonhar seus piores problemas... (2o parágrafo), pode ser
o aumento de suas frustrações. substituído por:
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em (A) descansar.
suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que (B) desprezar.
outros motoristas não o irritem. (C) esquecer.
(D) a principal causa da direção agressiva é o desco- (D) fugir.
nhecimento das regras de trânsito. (E) imaginar.
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira
contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras (TRF 3ª região/2014) Atenção: Para responder às ques-
de civilidade. tões de números 8 a 10 considere o texto abaixo.
Texto I
(TRF 3ª região/2014) Para responder às questões de O canto das sereias é uma imagem que remonta às
números 6 e 7 considere o texto abaixo. mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas.
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama
anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecen- é comum.
do no mundo no momento em que o filme foi feito. Não As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de
no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi-
atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em pro- terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes,
jeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraí-
uma adequada distância de tempo e espaço. dos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então
piores problemas: desumanização, superpopulação, totali- devoravam impiedosamente os tripulantes.
tarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realida- Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com
de, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas
possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo
soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por
o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial
Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia.
para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica
o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essen- Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
cial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cine- inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conse-
matográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, guiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma
objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs música ainda mais sublime do que aquela que vinha da
inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.
se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma
estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e cora-
coletivas futuras. joso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um fil- seus inescapáveis limites humanos.
me. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.) Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza
para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento
6-) Considere: em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que
I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e orde-
com distanciamento de tempo e espaço, questões con- nou que o amarrassem ao mastro central do navio. O sur-
troversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de preendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios
modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser apli- ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses
cada para resolver os problemas da realidade. foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os

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LÍNGUA PORTUGUESA

tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus dispensa um cuidado diferente com a linguagem escrita,
subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de e que os leitores dispensam uma atenção diferenciada ao
não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. que foi produzido.
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, Outra diferença importante é com relação ao trata-
como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literários
do herói era clara: a falsa promessa de gratificação ime- (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras servem
diata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de para veicular uma série de informações, o texto literário
vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar funciona de maneira a chamar a atenção para a própria
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de explorar
contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo vários aspectos como a sonoridade, a estrutura sintática e
suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em o sentido das palavras.
sua própria alma. Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lingua-
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São gem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de uso da
mesma expressão, porém, de acordo com alguns escrito-
Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
res, na linguagem literária:
8-) Há no texto
Linguagem não literária:
(A) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses
1- Anoitece.
usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles. 2- Teus cabelos loiros brilham.
(B) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, 3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ...
cujo talento musical causava inveja ao primeiro.
(C) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em Linguagem literária:
relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu. 1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvarenga
(D) crítica à forma pouco original com que Orfeu deci- Peixoto)
de enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses. 2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz!
(E) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia (Mário Quintana)
quase lhe custou seu projeto de vida. 3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua nas-
cença. (José Cândido de Carvalho)
9-) Depreende-se do texto que as sereias atingiam
seus objetivos por meio de Como distinguir, na prática, a linguagem literária da
(A) intolerância. não literária?
(B) dissimulação. - A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras (pa-
(C) lisura. lavras de sentido figurado), em que as palavras adquirem
(D) observação. sentidos mais amplos do que geralmente possuem.
(E) condescendência. - Na linguagem literária há uma preocupação com a
escolha e a disposição das palavras, que acabam dando
10-) O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4o vida e beleza a um texto.
parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substi- - Na linguagem literária é muito importante a maneira
tuindo-se o elemento grifado por original de apresentar o tema escolhido.
(A) insolente. - A linguagem não literária é objetiva, denotativa,
(B) inatingível. preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em
seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística.
(C) intacto.
Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com-
(D) inativo.
plementos).
(E) impalpável.
Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin-
guagens utilizadas neles.
GABARITO
Texto A
1- B 2-A 3-D 4-B 5-E Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre-
6- D 7-E 8-A 9-B 10-C dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma
coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de
Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa- sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser
lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre a a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor
linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, aque- à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços
la que não caracteriza a literatura. de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por
Embora um médico faça suas prescrições em determi- pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas
nado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem ser que apresenta grande variedade e comportamentos e rea-
consideradas literárias porque se tratam de um vocabulá- ções.
rio especializado e de um contexto de uso específico. Ago- Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário
ra, quando analisamos a literatura, vemos que o escritor da Língua Portuguesa, Nova Fronteira.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Texto B não foi feito por mim.


Amor é fogo que arde sem se ver; Este açúcar veio
É ferida que dói e não se sente; da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
É um contentamento descontente; dono da mercearia.
é dor que desatina sem doer. Este açúcar veio
Luís de Camões. Lírica, Cultrix. de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo e tampouco o fez o dono da usina.
assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes. Este açúcar era cana
No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”, e veio dos canaviais extensos
usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa- que não nascem por acaso
ção artística. no regaço do vale.
No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com Em lugares distantes, onde não há hospital
preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no nem escola,
campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres- homens que não sabem ler e morrem de fome
sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida, aos 27 anos
contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que plantaram e colheram a cana
acabam dando graça e força expressiva ao poema (con- que viraria açúcar.
tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se Em usinas escuras,
sente, fogo que não se vê). homens de vida amarga
e dura
Questões produziram este açúcar
branco e puro
1-) Leia o trecho do poema abaixo. com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
O Poeta da Roça
fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228)
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
TEXTO II
Só fumo cigarro de paia de mio.
A cana-de-açúcar
Patativa do Assaré
Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no
A respeito dele, é possível afirmar que
Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re-
(A) não pode ser considerado literário, visto que a lin- gião que durante séculos foi a grande produtora de cana-
guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for- de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os
mal. férteis solos de massapé, além da menor distância em re-
(B) não pode ser considerado literário, pois nele não lação ao mercado europeu, propiciaram condições favorá-
se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro. veis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional
(C) não é um texto consagrado pela crítica literária. de cana-de-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco,
(D) trata-se de um texto literário, porque, no processo Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir
criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode o açúcar, que em parte é exportado e em parte abastece o
aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular mercado interno, a cana serve também para a produção de
etc álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia
(E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi- e de bebidas. A imensa expansão dos canaviais no Brasil,
te que o consideremos um texto literário. especialmente em São Paulo, está ligada ao uso do álcool
Leia os fragmentos abaixo para responder às questões como combustível.
que seguem:
2-) Para que um texto seja literário:
TEXTO I a) basta somente a correção gramatical; isto é, a ex-
O açúcar pressão verbal segundo as leis lógicas ou naturais.
O branco açúcar que adoçará meu café b) deve prescindir daquilo que não tenha correspon-
nesta manhã de Ipanema dência na realidade palpável e externa.
não foi produzido por mim c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capa-
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. cidade de compreensão do leitor.
Vejo-o puro d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento.
e afável ao paladar O escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, re-
como beijo de moça, água vela o Homem aos outros homens.
na pele, flor e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti-
que se dissolve na boca. Mas este açúcar mentos, ideias, ações.

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LÍNGUA PORTUGUESA

3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção As figuras acima nos comunicam sua mensagem atra-
incorreta vés da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a in-
a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, formação).
ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal-
mente como um meio de refletir e recriar a realidade. - Não Verbal: aquela que utiliza outros métodos de
b) No texto II, de expressão não literária, o autor infor- comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a
ma o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a lingua-
onde é produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, gem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
etc.
c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum –
açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo-
rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre
o açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que
o produz – dura, amarga, triste.
d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos
de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento
de novas formas de dizer. Essas figuras fazem uso apenas de imagens para co-
e) O texto II não é literário porque, diferentemente do municar o que representam.
literário, parte de um aspecto da realidade, e não da ima-
ginação. A Língua é um instrumento de comunicação, sendo
composta por regras gramaticais que possibilitam que de-
Gabarito terminado grupo de falantes consiga produzir enunciados
que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por
1-) D exemplo: falantes da língua portuguesa.
A língua possui um caráter social: pertence a todo um
2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada
caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo membro da comunidade pode optar por esta ou aquela
em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira forma de expressão. Por outro lado, não é possível criar
peculiar. uma língua particular e exigir que outros falantes a com-
preendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de ma-
3-) E – o texto I também fala da realidade, mas com um neira particular a língua comunitária, originando a fala. A
cunho diferente do texto II. No primeiro há uma colocação fala está sempre condicionada pelas regras socialmente
diferenciada por parte do autor em que o objetivo não é estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para
unicamente passar informação, existem outros “motivado- permitir um exercício criativo da comunicação. Um indiví-
res” por trás desta escrita. duo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira:

Linguagem Verbal e Não Verbal A família de Regina era paupérrima.

Linguagem é a capacidade que possuímos de expres- Outro, no entanto, pode optar por:
sar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos.
Está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há co- A família de Regina era muito pobre.
municação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos As diferenças e semelhanças constatadas devem-se
de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além
tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais disso, que essas manifestações devem obedecer às regras
convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de
exemplo). Num sentido mais genérico, a linguagem pode produzir enunciados incompreensíveis como:
ser classificada como qualquer sistema de sinais que se va-
lem os indivíduos para comunicar-se. Família a paupérrima de era Regina.
A linguagem pode ser:
Não devemos confundir língua com escrita, pois são
- Verbal: aquela que faz uso das palavras para comu- dois meios de comunicação distintos. A escrita represen-
nicar algo. ta um estágio posterior de uma língua. A língua falada
é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em
toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom
de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisiono-
mias. A língua escrita não é apenas a representação da lín-
gua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido,
uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas

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LÍNGUA PORTUGUESA

e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos Signo


falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da É um elemento representativo que apresenta dois as-
língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se: pectos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra
- Fatores Regionais: é possível notar a diferença do “cachorro”, reconhecemos a sequência de sons que formam
português falado por um habitante da região nordeste e essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança
outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui
região, também há variações no uso da língua. No estado uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro
que é o significante do signo “cachorro”. Quando escuta-
do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a
mos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional
língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aque- de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse concei-
la utilizada por um cidadão do interior do estado. to que nos vem à mente é o significado do signo “cachorro”
- Fatores Culturais: o grau de escolarização e a for- e também se encontra armazenado em nossa memória.
mação cultural de um indivíduo também são fatores que Ao empregar os signos que formam a nossa língua,
colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa devemos obedecer às regras gramaticais convencionadas
escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pela própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível
pessoa que não teve acesso à escola. colocar o artigo indefinido “um” diante do signo “cachor-
- Fatores Contextuais: nosso modo de falar varia de ro”, formando a sequência “um cachorro”, o mesmo não
acordo com a situação em que nos encontramos: quando seria possível se quiséssemos colocar o artigo “uma” diante
conversamos com nossos amigos, não usamos os termos do signo “cachorro”. A sequência “uma cachorro” contraria
que usaríamos se estivéssemos discursando em uma sole- uma regra de concordância da língua portuguesa, o que
nidade de formatura. faz com que essa sentença seja rejeitada. Os signos que
constituem a língua obedecem a padrões determinados
- Fatores Profissionais: o exercício de algumas ativi-
de organização. O conhecimento de uma língua engloba
dades requer o domínio de certas formas de língua chama-
tanto a identificação de seus signos, como também o uso
das línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, adequado de suas regras combinatórias.
essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio Signo: elemento representativo que possui duas par-
técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de tes indissolúveis: significado e significante. Significado (é o
direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e ou- conceito, a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata
tros especialistas. do signo) + Significante (é a imagem sonora, a forma, a
- Fatores Naturais: o uso da língua pelos falantes parte concreta do signo, suas letras e seus fonemas).
sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo.
Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que
um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem obedecem às regras gramaticais.
adulta.
Fala Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade
e ao desenvolvimento da liberdade de expressão e com-
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato
preensão.
individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala,
pode escolher os elementos da língua que lhe convém,
conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a
situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente socio- 1.2 GRAMÁTICA
cultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade 1.2.1 FONOLOGIA: FONEMAS,
da língua, há uma grande diversificação nos mais variados ENCONTROS CONSONANTAIS E
níveis da fala. Cada indivíduo, além de  conhecer o que fala, VOCÁLICOS, DÍGRAFOS,
conhece também o que os outros falam; é por isso que DIVISÃO SILÁBICA, ACENTUAÇÃO
somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados GRÁFICA E ORTOGRAFIA DE ACORDO COM A
graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas NOVA ORTOGRAFIA.
seja exatamente como a nossa. 
Devido ao caráter individual da fala, é possível observar
alguns níveis:
Letra e Fonema
- Nível Coloquial-Popular: é a fala que a maioria das
pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situa- Letra é o sinal gráfico da escrita. Exemplos: pipoca
ções informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao (tem 6 letras); hoje (tem 4 letras).
utilizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de
acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela Fonema é o menor elemento sonoro capaz de esta-
língua. belecer uma distinção de significado entre palavras. Veja,
- Nível Formal-Culto: é o nível da fala normalmente nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre
utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza- os pares de palavras:
se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obe-
diência às regras gramaticais estabelecidas pela língua. bar – mar tela – vela sela – sala

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LÍNGUA PORTUGUESA

Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um Encontro Vocálicos


elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que repre-
senta o fonema. Nem sempre o número de fonemas de - Ditongos: é o encontro de uma vogal e uma semi-
uma palavra corresponde ao número de letras que usamos vogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Exemplos: pai
para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos (vogal + semivogal = ditongo decrescente); ginásio (semi-
vogal + vogal = ditongo crescente).
quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e
- Tritongos: é o encontro de uma semivogal com uma
cinco letras. vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Exemplo: Pa-
Certos fonemas podem ser representados por diferen- raguai.
tes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representa- - Hiatos: é a sequência de duas vogais numa mesma
do por: s (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc palavra mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca
(nascer) – xc (excelente) – c (cinto) – sç (desço) há mais de uma vogal numa sílaba. Exemplos: saída (sa-í-
da), juiz (ju-iz)
Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fone-
ma, como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois Encontro Consonantais
sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro
letras e cinco fonemas. Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal
intermediária. Exemplos: flor, grade, digno.
Em certas palavras, algumas letras não representam
Dígrafos
nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em pala-
vras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando Grupo de duas letras que representa apenas um fone-
são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal, ma. Exemplos: passo (ss = fonema /s/), nascimento (sc =
como em canto, tinta, etc. fonema /s/), queijo (qu = fonema /k/)

Classificação dos Fonemas Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos.

Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e con- - Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç


soantes. (desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr
(ferro), gu (guerra)
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, ven-
Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das
to), im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un
cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa (tumba, mundo)
livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais e
nasais. Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um
Orais: quando a corrente de ar passa apenas pela cavi- só fonema; nos encontros consonantais, cada letra repre-
dade bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: já, pé, vê, ali, senta um fonema.
pó, dor, uva.
Nasais: quando a corrente de ar passa pela cavidade Observe de acordo com os exemplos que o número
bucal e nasal. A nasalidade pode ser indicada pelo til (~) de letras e fonemas não precisam ter a mesma quantidade.
ou pelas letras n e m. Exemplos: mãe, venda, lindo, pomba, - Chuva: tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem
um único som.
nunca.
- Hipopótamo: tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h”
não tem som.
Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou áto- - Galinha: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem
nas, dependendo da intensidade com que são pronuncia- um único som.
das. A vogal tônica é pronunciada com maior intensidade: - Pássaro: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem
café, bola, vidro. A vogal átona é pronunciada com menor um único som.
intensidade: café, bola, vidro. - Nascimento: 10 letras e 8 fonemas, já que não se pro-
nuncia o “s” e o “en” tem um único som.
Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos - Exceção: 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o
de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Obser- “x”.
ve, por exemplo, a palavra papai. Ela é formada de duas - Táxi: 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de
“ks”.
sílabas: pa-pai. Na sílaba pai, o fonema vocálico /i/ não é
- Guitarra: 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um
tão forte quanto o fonema vocálico /a/; nesse caso, o /i/ é único som e o “rr” também tem um único som.
semivogal. - Queijo: 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um
único som.
Consoantes: são os fonemas em que a corrente de ar,
emitida para sua produção, teve de forçar passagem na Repare que através do exemplo a mudança de apenas
boca, onde determinado movimento articulatório lhe criou uma letra ou fonema gera novas palavras: C a v a l o / C a v
embaraço. Exemplos: gato, pena, lado. a d o / C a l a d o / C o l a d o / S o l a d o.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Exercícios 08. O “I” não é semivogal em:

01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas a) Papai


são as letras que a compõem é: b) Azuis
a) importância c) Médio
b) milhares d) Rainha
c) sequer e) Herói
d) técnica
e) adolescente 09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos:

02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não a) muito, faísca, balaústre.
um, mas dois fonemas? b) guerreiro, gratuito, intuito.
a) exemplo c) fluido, fortuito, Piauí.
b) complexo d) tua, lua, nua.
c) próximos e) n.d.a.
d) executivo
e) luxo 10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresen-
tam ditongo crescente:
03. Qual palavra possui dois dígrafos? a) Lei, Foice, Roubo
a) fechar b) Muito, Alemão, Viu
b) sombra c) Linguiça, História, Área
c) ninharia d) Herói, Jeito, Quilo
d) correndo e) Equestre, Tênue, Ribeirão
e) pêssego
Respostas:
04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos
01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas
apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato,
demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7
hiato, ditongo.
fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas /
a) jamais / Deus / luar / daí
11 letras).
b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/).
c) ódio / saguão / leal / poeira
03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”).
d) quais / fugiu / caiu / história
04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu).
05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C
05. Os vocabulários passarinho e querida possuem:
DIVISÃO SILÁBICA
a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
b)10 e 7 fonemas respectivamente; Sílaba
c) 9 e 6 fonemas respectivamente;
d) 8 e 6 fonemas respectivamente; A palavra amor está dividida em grupos de fonemas
e) 7 e 6 fonemas respectivamente. pronunciados separadamente: a - mor. A cada um des-
ses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se
06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípe- o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é
do: sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca
há mais do que uma vogal em  cada sílaba. Dessa forma,
a) 7 para sabermos o número de sílabas de uma palavra, deve-
b) 12 mos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção:
c) 11 as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem
d) 14 representar semivogais.
e) 15
Classificação das palavras quanto ao número de sí-
07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, res- labas
pectivamente:
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos:
a) 4 e 2 fonemas mãe, flor, lá, meu;
b) 9 e 5 fonemas - Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé,
c) 8 e 5 fonemas i-ra, a-í, trans-por;
d) 7 e 7 fonemas - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma,
e) 8 e 4 fonemas pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exem- Saiba que:


plos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor - São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister,
-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta. Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago,
Divisão Silábica boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano,
filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impu-
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as dico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo,
seguintes normas: necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia),
Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubri-
- Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: ca, subido(a).
foi-ce, a-ve-ri-guou; - São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito,
- Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exem- bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ôme-
plos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; ga, pântano, trânsfuga.
- Não se separam os encontros consonantais que ini- - As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla
ciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co; tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceâ-
- Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin- nia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil,
ga, fi-el, sa-ú-de; zângão/zangão.
- Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc.
Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len- Exercícios
te;
- Separam-se os encontros consonantais das sílabas 1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta:
internas, excetuando-se aqueles em que a segunda con- a) gra-tui-to;
soante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, b) ad-vo-ga-do;
a-brir, a-pli-car. c) tran-si-tó-rio;
d) psi-co-lo-gi-a;
e) in-ter-stí-cio.
Acento Tônico
2-Assinale o item em que a separação silábica é incor-
Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas,
reta:
percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora
a) psi-có-ti-co;
do que as demais.
b) per-mis-si-vi-da-de;
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
c) as-sem-ble-ia;
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. d) ob-ten-ção;
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. e) fa-mí-lia.
Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas 3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as
palavras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um sílabas corretamente separadas:
dos elementos que dão melodia à frase.
a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção;
Classificação da sílaba quanto a intensidade b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal;
c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia;
-Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car;
- Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensida- e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel.
de.
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. 4-Assinale o item em que todas as sílabas estão corre-
Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspon- tamente separadas:
dendo à tônica da palavra primitiva. 
a) a-p-ti-dão;
Classificação das palavras quanto à posição da sí- b) so-li-tá-ri-o;
laba tônica c) col-me-ia;
d) ar-mis-tí-cio;
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábu- e) trans-a-tlân-ti-co.
los da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas
são classificados em: 5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada:
- Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última.
Exemplos: avó, urubu, parabéns a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar;
- Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúl- b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no;
tima. Exemplos: dócil, suavemente, banana c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar;
- Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a an- d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo;
tepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

6- Existe erro de divisão silábica no item: Regras básicas – Acentuação tônica

a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o; A acentuação tônica implica na intensidade com que


b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co; são pronunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá
c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to; de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica.
d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to;
As demais, como são pronunciadas com menos intensida-
e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni-
co. de, são denominadas de átonas.

7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica De acordo com a tonicidade, as palavras são classifi-
é: cadas como:

a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to; Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a
b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ; última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel
c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al; Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai
d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa; na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato
e) coe-são / si-len-cio-so. – passível
8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”,
”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica
sílabas: está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tím-
pano – médico – ônibus
a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo;
b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; Como podemos observar, os vocábulos possuem mais
c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com
d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo; uma sílaba somente: são os chamados monossílabos que,
e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo. quando pronunciados, apresentam certa diferenciação
quanto à intensidade.
9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com he- Tal diferenciação só é percebida quando os pronun-
modiálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-
ciamos em uma dada sequência de palavras. Assim como
se corretamente divididas em sílabas na alternativa:
podemos observar no exemplo a seguir:
a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria; “Sei que não vai dar em nada,
b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria; Seus segredos sei de cor”.
c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a; Os monossílabos classificam-se como tônicos; os de-
e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria. mais, como átonos (que, em, de).

10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo Os acentos


cuja separação silábica não esta feita de acordo com a nor-
ma ortográfica vigente:
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i»,
a) es-cor-re-gou / in-crí-veis;
b) in-fân-cia / cres-ci-a; «u» e sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras
c) i-dei-a / lé-guas; representam as vogais tônicas de palavras como Amapá,
d) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da; caí, público, parabéns. Sobre as letras “e” e “o” indica, além
e) vo-ou / sor-ri-em. da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico – céu (di-
tongos abertos)
Respostas: 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A /
8-E / 9-E / 10-D acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”,
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.:
ACENTUAÇÃO GRÁFICA tâmara – Atlântico – pêssego – supôs
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as re-
artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles
gras estabelecidas pela Gramática Normativa. Esta se com-
põe de algumas particularidades, às quais devemos estar trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi total-
atentos, procurando estabelecer uma relação de familia- mente abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado
ridade e, consequentemente, colocando-as em prática na em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.:
linguagem escrita. mülleriano (de Müller)
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a
prática de redigir, automaticamente aprimoramos essas til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vo-
competências, e logo nos adequamos à forma padrão. gais nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã

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LÍNGUA PORTUGUESA

Regras fundamentais: O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi


abolido. Ex.:
Palavras oxítonas: Antes Agora
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, crêem creem
“o”, “em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – ci- lêem leem
pó(s) – armazém(s) vôo voo
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: enjôo enjoo
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, se-
guidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, se- que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais
guidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – com- acento como antes: CRER, DAR, LER e VER.
pô-lo
Repare:
Paroxítonas: 1-) O menino crê em você
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: Os meninos creem em você.
- i, is : táxi – lápis – júri 2-) Elza lê bem!
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum Todas leem bem!
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – 3-) Espero que ele dê o recado à sala.
fórceps Esperamos que os garotos deem o recado!
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos 4-) Rubens vê tudo!
-- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para Eles veem tudo!
quê? Repare que essa palavra apresenta as terminações
das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua * Cuidado! Há o verbo vir:
UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memo- Ele vem à tarde!
rização! Eles vêm à tarde!

-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quan-
não de “s”: água – pônei – mágoa – jóquei do seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru
-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz
Regras especiais:
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti-
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos verem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
palavras paroxítonas. precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
As formas verbais que possuíam o acento tônico na
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são “e” ou “i” não serão mais acentuadas. Ex.:
acentuados. Ex.: herói, céu, dói, escarcéu.
Antes Depois
Antes Agora apazigúe (apaziguar) apazigue
assembléia assembleia averigúe (averiguar) averigue
idéia ideia argúi (arguir) argui
geléia geleia
jibóia jiboia Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa
apóia (verbo apoiar) apoia do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo
paranóico paranoico vir)

Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acom- A regra prevalece também para os verbos conter, ob-
panhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca ter, reter, deter, abster.
– baú – país – Luís ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
Observação importante: ele retém – eles retêm
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando ele convém – eles convêm
hiato quando vierem depois de ditongo: Ex.:
Antes Agora Não se acentuam mais as palavras homógrafas que
bocaiúva bocaiuva antes eram acentuadas para diferenciá-las de outras seme-
feiúra feiura lhantes (regra do acento diferencial). Apenas em algumas
Sauípe Sauipe exceções, como:

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LÍNGUA PORTUGUESA

A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do 06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
pretérito perfeito do modo indicativo) ainda continua sen- PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência”
do acentuada para diferenciar-se de pode (terceira pessoa recebem acento gráfico com base na mesma regra de
do singular do presente do indicativo). Ex: acentuação gráfica.
Ela pode fazer isso agora. (...) CERTO ( ) ERRADO
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES-
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mes-
preposição por. mas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”,
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “co- respectivamente, são
locar”, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: a) trajetória, inútil, café e baú.
“pôr”; nos outros casos, “por” preposição. Ex: b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
Faço isso por você. c) necessário, túnel, infindáveis e só.
d) médio, nível, raízes e você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
e) éter, hífen, propôs e saída.
Questões sobre Acentuação Gráfica
08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acen-
tuados graficamente de acordo com a mesma regra de
01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA – acentuação gráfica os vocábulos
VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras A) também e coincidência.
são acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que B) quilômetros e tivéssemos.
justificam, respectivamente, as acentuações de: década, C) jogá-la e incrível.
relógios, suíços. D) Escócia e nós.
(A) flexíveis, cartório, tênis. E) correspondência e três.
(B) inferência, provável, saída.
(C) óbvio, após, países. 09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
(D) islâmico, cenário, propôs. PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de
(E) república, empresária, graúda. acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
(...) CERTO ( ) ERRADO
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) GABARITO
Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo
as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio 01. E 02. D 03. E 04. C 05. E
e antropológico. 06. C 07. D 08. B 09. E
(A) Distúrbio e acórdão.
(B) Máquina e jiló. RESOLUÇÃO
(C) Alvará e Vândalo.
(D) Consciência e características. 1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona
(E) Órgão e órfãs. terminada em ditongo / suíços = regra do hiato
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE – ditongo / tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida
TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pa- de “s”)
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo /
lavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de
provável = paroxítona terminada em “l” / saída = regra do
acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
hiato
( ) CERTO ( ) ERRADO
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após
= oxítona terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato
04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS (D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona
GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a terminada em ditongo / propôs = oxítona terminada em
afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação. “o” + “s”
A) tevê – pôde – vê (E) república = proparoxítona / empresária = paroxíto-
B) únicas – histórias – saudáveis na terminada em ditongo / graúda = regra do hiato
C) indivíduo – séria – noticiários
D) diário – máximo – satélite 2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, pri-
meiro temos que classificar as palavras do enunciado
05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- quanto à posição de sua sílaba tônica:
PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; An-
do acento gráfico tem justificativas gramaticais diferentes. tropológico = proparoxítona (todas são acentuadas). Ago-
(...) CERTO ( ) ERRADO ra, vamos à análise dos itens apresentados:

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LÍNGUA PORTUGUESA

(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel
acórdão = paroxítona terminada em “ão” = paroxítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada terminada em “i + s”; só = monossílaba terminada em “o”.
em “o” d) médio, nível, raízes e você.
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = pro- Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = pa-
paroxítona roxítona terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será =
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; oxítona terminada em “a”.
características = proparoxítona e) éter, hífen, propôs e saída.
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona
“ão” e “ã”, respectivamente. terminada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”;
saída = regra do hiato.
3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato;
calúnia = paroxítona terminada em ditongo; injúria = paro- 8-)
xítona terminada em ditongo. A) também e coincidência.
RESPOSTA: “ERRADO”. Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência
= paroxítona terminada em ditongo
4-) B) quilômetros e tivéssemos.
A) tevê – pôde – vê Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparo-
Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito per- xítona
feito do Indicativo) = acento diferencial (que ainda preva- C) jogá-la e incrível.
lece após o Novo Acordo Ortográfico) para diferenciar de Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona termina-
“pode” – presente do Indicativo; vê = monossílaba termi- da em “l’
nada em “e” D) Escócia e nós.
B) únicas – histórias – saudáveis Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós =
Únicas = proparoxítona; história = paroxítona termi- monossílaba terminada em “o + s”
nada em ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em E) correspondência e três.
ditongo. Correspondência = paroxítona terminada em ditongo;
C) indivíduo – séria – noticiários três = monossílaba terminada em “e + s”
Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria =
paroxítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona 9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monos-
terminada em ditongo. sílaba terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em
D) diário – máximo – satélite ditongo aberto “éu”.
Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = RESPOSTA: “ERRADO”.
proparoxítona; satélite = proparoxítona.
ORTOGRAFIA OFICIAL.
5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxíto-
na. Ambas são acentuadas pela mesma regra (antepenúlti- A ortografia é a parte da língua responsável pela gra-
ma sílaba é tônica, “mais forte”). fia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão
RESPOSTA: “ERRADO”. culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou par-
6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diá- cial no que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo ten-
ria = paroxítona terminada em ditongo; paciência = paro- do significados diferentes. Essas palavras são chamadas
xítona terminada em ditongo. Os três vocábulos são acen- de homônimas (canto, do grego, significa ângulo / canto,
tuados devido à mesma regra. do latim, significa música vocal). As palavras homônimas
RESPOSTA: “CERTO”. dividem-se em homógrafas, quando têm a mesma grafia
(gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo
7-) Vamos classificar as palavras do enunciado: gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, pa-
1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo lácio ou passo, movimento durante o andar).
2-) razoável = paroxítona terminada em “l’ Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-
3-) países = regra do hiato se observar as seguintes regras:
4-) será = oxítona terminada em “a”
O fonema s:
a) trajetória, inútil, café e baú.
Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substan-
paroxítona terminada em “l’; café = oxítona terminada em tivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
“e” corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão /
b) exercício, balaústre, níveis e sofá. ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão
Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaús- / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - im-
tre = regra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + pulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer
s”; sofá = oxítona terminada em “a”. - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
c) necessário, túnel, infindáveis e só. - consensual

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LÍNGUA PORTUGUESA

Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes deri- *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
vados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
prim ou com verbos terminados por tir ou meter: agredir poucas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
- agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão /
ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / Observação: Exceção: pajem
regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
compromisso / submeter - submissão litígio, relógio, refúgio.
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé- *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur-
trico / re + surgir - ressurgir gir.
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem- *depois da letra “a”, desde que não seja radical termi-
plos: ficasse, falasse nado com j: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
de origem árabe: cetim, açucena, açúcar *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: ji-
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, boia, manjerona.
Juçara, caçula, cachaça, cacique *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, O fonema ch:
esperança, carapuça, dentuço
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / Escreve-se com X e não com CH:
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
*após ditongos: foice, coice, traição caxi, muxoxo, xucro.
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): *as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J):
marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
xampu, lagartixa.
*depois de ditongo: frouxo, feixe.
O fonema z:
*depois de “en”: enxurrada, enxoval.
Escreve-se com S e não com Z:
Observação: Exceção: quando a palavra de origem
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me- Escreve-se com CH e não com X:
tamorfose. *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
quiseste.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados As letras e e i:
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - *os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.
empresa / difundir - difusão Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são
Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho escritos com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os
*após ditongos: coisa, pausa, pouso verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina - atenção para as palavras que mudam de sentido
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar quando substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (su-
perfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expan-
Escreve-se com Z e não com S: dir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adje- estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
tivo: macio - maciez / rico - riqueza
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portu-
origem não termine com s): final - finalizar / concreto - con- gues/ortografia
cretizar
*como consoante de ligação se o radical não terminar Questões sobre Ortografia
com s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis +
inho - lapisinho 01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre
as frases que seguem, a única correta é:
O fonema j: a) Ele se esqueceu de que?
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distri-
Escreve-se com G e não com J: bui-lo entre os presentes.
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas crí-
gesso. ticas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações 06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU-
dos funcionários. NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. ela cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o
verbo no tempo futuro.
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alter- (A) Mas elas cresceram...
nativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo
(B) Mas elas cresciam...
com a norma- -padrão.
(C) Mas elas cresçam...
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. (D) Mas elas crescem...
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- (E) Mas elas crescerão...
cal.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. 07. (IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM – CCI] – VU-
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! NESP/2011 - ADAPTADA) Assinale a alternativa em que o
trecho – O teste decisivo e derradeiro para ele, cidadão an-
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – sioso e sofredor...– está escrito corretamente no plural.
2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para (A) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadãos
informar os usuários sobre o festival Sounderground. ansioso e sofredores...
Prezado Usuário
(B) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do
ansioso e sofredores...
metrô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30,
começa o Sounderground, festival internacional que presti- (C) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cida-
gia os músicos que tocam em estações do metrô. dãos ansiosos e sofredores...
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- (D) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadões
tarão e divirta-se! ansioso e sofredores...
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se (E) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães
preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as ansiosos e sofredores...
expressões
A) A fim ...a partir ... as B) A fim ...à partir ... às 08. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011)
C) A fim ...a partir ... às D) Afim ...a partir ... às Assinale a alternativa em que a frase NÃO contraria a nor-
E) Afim ...à partir ... as
ma culta:
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios,
FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na se- por isso posso me queixar com razão.
guinte frase: B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultra-
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é passarmos os infortúnios da vida.
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa- C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes
geiros nos aeroportos. que vermos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontanei- vida.
dade, mas nada que ponha em cheque sua reputação de D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento,
pessoa cortês. principalmente daqueles que procuram viver com dignida-
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do só- de e simplicidade.
cio de descançar após o almoço sob a frondoza árvore do
E) As dificuldades por que passamos certamente nos
pátio.
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa má- fazem mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
goa pode estar sendo o grande impecilho na superação
dessa sua crise. 09.Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta:
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta A) Porque essa cara? B) Não vou porque
quantia, mas não quiz ser taxado de conivente na conces- não quero.
são de privilégios ilegítimos. C) Mas por quê? D) Você saiu por quê?

05.Em qual das alternativas a frase está corretamente 10-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO
escrita? FORENSE - CESPE/2013 - adaptada) Uma variante igual-
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou- mente correta do termo “autópsia” é autopsia.
pansa.
( ) Certo
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupan-
ça. ( ) Errado
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans-
sa. GABARITO
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou- 01.E 02. D 03. C 04. A 05. B
pansa. 06. E 07. C 08. E 09. A 10. C

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LÍNGUA PORTUGUESA

RESOLUÇÃO 7-) Como os itens apresentam o mesmo texto, a alter-


nativa correta já indica onde estão as inadequações nos
1-) demais itens.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para 8-) Fiz as correções entre parênteses:
distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes. A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infor-
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos ex- túnios, por isso posso me queixar com razão.
cessivos nas críticas. B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindi- para ultrapassarmos os infortúnios da vida.
cações dos funcionários. C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. que vermos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte
de nossa vida.
2-) D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto so-
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = ta- frimento, principalmente daqueles que procuram viver com
beliães dignidade e simplicidade.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) pas-
= cidadãos samos certamente nos fazem mais fortes e preparados
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório lo- para os infortúnios da vida.
cal. = certidões
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = de- 9-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome
graus está longe do ponto de interrogação.

3-) Prezado Usuário 10-) autopsia s.f., autópsia s.f.; cf. autopsia
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do me- (fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/
trô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa sys/start.htm?sid=23)
o Sounderground, festival internacional que prestigia os mú- RESPOSTA: “CERTO”.
sicos que tocam em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresen- HÍFEN
tarão e divirta-se!
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado;
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado
antes de horas: há crase
para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor,
ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofe-
4-) Fiz a correção entre parênteses:
receram-me; vê-lo-ei).
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é
Serve igualmente para fazer a translineação de pala-
boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passa-
vras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em
geiros nos aeroportos.
duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua
espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque)
sua reputação de pessoa cortês. Uso do hífen que continua depois da Reforma Or-
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio tográfica:
de descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza
(frondosa) árvore do pátio. 1. Em palavras compostas por justaposição que formam
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem
dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho (empe- para formar um novo significado: tio-avô, porto-alegrense,
cilho) na superação dessa sua crise. luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas,
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção guarda-chuva, arco- -íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de coni-
vente na concessão de privilégios ilegítimos. 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-
5-) menina, erva-doce, feijão-verde.
A) O mindingo não depositou na cardeneta de pou-
pansa. = mendigo/caderneta/poupança 3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém
C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupans- e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casa-
sa. = mendigo/caderneta/poupança do, aquém- -fiar, etc.
D) O mendingo não depozitou na carderneta de pou-
pansa. =mendigo/depositou/caderneta/poupança 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas uso: cor- -de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-
elas crescerão... de-meia, água-de- -colônia, queima-roupa, deus-dará.

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LÍNGUA PORTUGUESA

5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- Questões sobre Hífen


Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Al- 01.Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o
sácia-Lorena, etc. novo Acordo, está sendo usado corretamente:
A) Ele fez sua auto-crítica ontem.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- B) Ela é muito mal-educada.
per- quando associados com outro termo que é iniciado C) Ele tomou um belo ponta-pé.
por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor,
ex- -presidente, vice-governador, vice-prefeito. 02.Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do
hífen:
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. faria uma superalimentação.
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada.
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido.
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. D) Nossos antepassados realizaram vários anteproje-
tos.
10. Nas formações em que o prefixo tem como segun- E) O autodidata fez uma autoanálise.
do termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, ele-
tro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano, 03.Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego
semi-hospitalar, super- -homem. do hífen, respeitando-se o novo Acordo.
A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal
termina na mesma vogal do segundo elemento: micro-on- do campeonato.
das, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros
D) O recém-chegado veio de além-mar.
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
E) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mu-
dança de linha), caso a última palavra a ser escrita seja for- 04.Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro
mada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escre- (avarento), copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o
verei anti-inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. Na hífen é obrigatório:
linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hífen em ambas A) em nenhuma delas.
B) na segunda palavra.
as linhas).
C) na terceira palavra.
D) em todas as palavras.
Não se emprega o hífen: E) na primeira e na segunda palavra.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo 05.Fez um esforço __ para vencer o campeonato __.
termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou Qual alternativa completa corretamente as lacunas?
“s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir- A) sobreumano/interregional
religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, B) sobrehumano-interregional
microrradiografia, etc. C) sobre-humano / inter-regional
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
D) sobrehumano/ inter-regional
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes- E) sobre-humano /interegional
trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc. 06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo
sub- às palavras que aparecem nas alternativas a seguir.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen:
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o h inicial: desu- A) (sub) chefe
mano, inábil, desabilitar, etc. B) (sub) entender
C) (sub) solo
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando D) (sub) reptício
o segundo elemento começar com “o”: cooperação, coo- E) (sub) liminar
brigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir,
etc. 07.Assinale a alternativa em que todas as palavras es-
tão grafadas corretamente:
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção A) autocrítica, contramestre, extra-oficial
de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis- B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som
ta, etc. C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei- D) supervida, superelegante, supermoda
to, benquerer, benquerido, etc. E) sobre-saia, mini-saia, superssaia

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LÍNGUA PORTUGUESA

08.Assinale o item em que o uso do hífen está incor- 6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também
reto. diante de palavra iniciada por r. : subchefe, subentender,
A) infraestrutura / super-homem / autoeducação subsolo, sub- -reptício (sem o hífen até a leitura da pala-
B) bem-vindo / antessala /contra-regra vra será alterada; /subre/, ao invés de /sub re/), subliminar
C) contramestre / infravermelho / autoescola
D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói 7-)
E) extraoficial / infra-hepático /semirreta A) autocrítica, contramestre, extraoficial
B) infra-assinado, infravermelho, infrassom
09.Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção C) semicírculo, semi-humano, semi-internato
quanto ao emprego do hífen. D) supervida, superelegante, supermoda = corretas
A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura E) sobressaia, minissaia, supersaia
para relacionamento extraconjugal. 8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra
B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterre-
9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina an-
no.
tirrábica.
C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
rinas.
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina an- 10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
tirrábica.
E) Era um suboficial de uma superpotência.

10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao .1.2.2 MORFOLOGIA: ESTRUTURA


emprego do hífen. DAS PALAVRAS, FORMAÇÃO DE
A) Foi iniciada a campanha pró-leite. PALAVRAS, CLASSES DE PALAVRAS:
B) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
CLASSIFICAÇÃO, FLEXÃO E
C) O contrarregra comeu um contra-filé.
D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso. EMPREGO (SUBSTANTIVO,
E) O meia-direita deu início ao contra-ataque. ADJETIVO, ARTIGO, NUMERAL,
PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO,
GABARITO PREPOSIÇÃO, CONJUNÇÃO
E INTERJEIÇÃO).
01. B 02. B 03. A 04. E 05. C
06. D 07. D 08. B 09. D 10. C

RESOLUÇÃO Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou


característica do ser e se relaciona com o substantivo.
1-) Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, per-
A) autocrítica cebemos que, além de expressar uma qualidade, ela pode
C) pontapé ser colocada ao lado de um substantivo: homem bondoso,
D) supermercado moça bondosa, pessoa bondosa.
E) infravermelhos
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qua-
lidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: ho-
2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assom-
mem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,
brada.
portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.
4-) Morfossintaxe do Adjetivo:
a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de mo-
leque (doce) O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
apresentam elementos de ligação. como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espé- ou do objeto).
cies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos,
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam
elementos de ligação. Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o cam-
peonato inter-regional. Estados e cidades brasileiros:
- Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Alagoas alagoano
- Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma Amapá amapaense
letra com que se inicia a outra palavra Aracaju aracajuano ou aracajuense

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LÍNGUA PORTUGUESA

Amazonas amazonense ou baré Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça
Belo Horizonte belo-horizontino função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra
Brasília brasiliense que estiver qualificando um elemento for, originalmente,
Cabo Frio cabo-friense um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo:
Campinas campineiro ou campinense a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se
estiver qualificando um elemento, funcionará como adje-
Adjetivo Pátrio Composto tivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos
cinza.
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro Veja outros exemplos:
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, eru- Motos vinho (mas: motos verdes)
dita. Observe alguns exemplos: Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto Adjetivo Composto
-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor-
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses malmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas
China sino- / Acordos sino-japoneses o último elemento concorda com o substantivo a que se
Espanha hispano- / Mercado hispano-português refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso
Europa euro- / Negociações euro-americanas um dos elementos que formam o adjetivo composto seja
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italia- um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fica-
nas rá invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
Grécia greco- / Filmes greco-romanos um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemen-
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas to, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra pala-
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portu- vra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um
guesa substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará
Japão nipo- / Associações nipo-brasi- invariável. Por exemplo:
leiras Camisas rosa-claro.
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Flexão dos adjetivos Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
O adjetivo varia em gênero, número e grau. Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qual-
quer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre
Gênero dos Adjetivos invariáveis.
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se têm os dois elementos flexionados.
referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em: Grau do Adjetivo

Biformes - têm duas formas, sendo uma para o mas- Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a inten-
culino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, sidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo:
mau e má, judeu e judia. o comparativo e o superlativo.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no
feminino somente o último elemento. Por exemplo: o moço Comparativo
norte-americano, a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Nesse grau, comparam-se a mesma característica atri-
buída a dois ou mais seres ou duas ou mais característi-
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino cas atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de
como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe
feliz. os exemplos abaixo:
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença No comparativo de igualdade, o segundo termo da
político-social. comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
Número dos Adjetivos
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Supe-
Plural dos adjetivos simples rioridade Analítico
Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acor- No comparativo de superioridade analítico, entre os
do com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos dois substantivos comparados, um tem qualidade supe-
substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e feli- rior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do
zes, ruim e ruins boa e boas que” ou “mais...que”.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Supe- radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo
rioridade Sintético ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A
forma popular é constituída do radical do adjetivo portu-
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de su- guês + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
perioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, preca-
bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, riíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual,
grande/maior, baixo/inferior. as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o de-
Observe que: sagradável hiato i-í.
a) As formas menor e pior são comparativos de supe-
rioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, res- O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
pectivamente. tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações fei- ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade faz
tas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve- referência ao processo verbal, no sentido de caracterizá-lo,
se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais gran- ou seja, indicando as circunstâncias em que esse processo
de e mais pequeno. Por exemplo: se desenvolve.
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois ele- O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sen-
mentos. tido de caracterizar os processos expressos por ele. Contu-
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos),
duas qualidades de um mesmo elemento. pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se-
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In- guem alguns exemplos:
ferioridade Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto,
Sou menos passivo (do) que tolerante. você está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad-
Superlativo
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
O artista canta muito mal.
O superlativo expressa qualidades num grau muito
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifi-
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
ca outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
pudemos verificar que se tratava de somente uma palavra
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de
funcionando como advérbio. No entanto, ele pode estar
um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apre-
demarcado por mais de uma palavra, que mesmo assim
senta-se nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de pala- não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que chama-
vras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: mos de locução adverbial, representada por algumas ex-
O secretário é muito inteligente. pressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente, de
Sintética: a intensificação se faz por meio do acrésci- modo algum, entre outras.
mo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. Dependendo das circunstâncias expressas pelos advér-
Observe alguns superlativos sintéticos: bios, eles se classificam em distintas categorias, uma vez
benéfico beneficentíssimo expressas por:
bom boníssimo ou ótimo de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres-
comum comuníssimo sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
cruel crudelíssimo poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral,
difícil dificílimo frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior
doce dulcíssimo parte dos que terminam em -”mente”: calmamente, triste-
fácil facílimo mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente,
fiel fidelíssimo docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa-
mente
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em
um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto,
Essa relação pode ser: quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase,
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. de todo, de muito, por completo.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora,
Note bem: amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes,
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en-
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata-
etc., antepostos ao adjetivo. mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em
duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, quando, de quando em quando, a qualquer momento, de
de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo tempos em tempos, em breve, hoje em dia

22
LÍNGUA PORTUGUESA

de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Combinação dos Artigos
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí,
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, É muito presente a combinação dos artigos definidos
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter- e indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em essas combinações:
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, Preposições Artigos
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum o, os
a ao, aos
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavel- de do, dos
mente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe em no, nos
por (per) pelo, pelos
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efe- a, as um, uns uma, umas
tivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubi- à, às - -
tavelmente (=sem dúvida). da, das dum, duns duma, dumas
na, nas num, nuns numa, numas
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so- pela, pelas - -
mente, simplesmente, só, unicamente
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam- com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é
bém conhecida por crase.

de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente Constatemos as circunstâncias em que os artigos se


manifestam:
de designação: Eis
de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quan- - Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do
do? (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade), numeral “ambos”: Ambos os garotos decidiram participar
para quê? (finalidade) das olimpíadas.
Locução adverbial - Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso
do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza,
É reunião de duas ou mais palavras com valor de ad- A Bahia...
vérbio. Exemplo:
Carlos saiu às pressas. (indicando modo) - Quando indicado no singular, o artigo definido pode
Maria saiu à tarde. (indicando tempo) indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem.

Há locuções adverbiais que possuem advérbios cor- - No caso de nomes próprios personativos, denotando
respondentes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso
saiu apressadamente. do artigo: O Pedro é o xodó da família.

Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de - No caso de os nomes próprios personativos estarem


modo são flexionados, sendo que os demais são todos in- no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na os Incas, Os Astecas...
categoria dos advérbios é a de grau:
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe - Usa-se o artigo depois do pronome indefinido to-
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - do(a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele
inconstitucionalissimamente, etc.; (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer.
Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
pertinho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho. Toda classe possui alunos interessados e desinteressa-
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, dos. (qualquer classe)
indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou
indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o - Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é
gênero e o número dos substantivos. facultativo:
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.
Classificação dos Artigos
- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma
Artigos Definidos: determinam os substantivos de ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter
maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. é uns vinte anos.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de - O artigo também é usado para substantivar palavras
maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei oriundas de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de
um animal. tudo isso.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome re- Classificação


lativo cujo (e flexões). - Conjunções Coordenativas
Este é o homem cujo amigo desapareceu. - Conjunções Subordinativas
Este é o autor cuja obra conheço.
Conjunções coordenativas
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no
sentido de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme), Dividem-se em:
a menos que venham especificadas. - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex.
Gosto de cantar e de dançar.
Eles estavam em casa. Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas
Eles estavam na casa dos amigos. também, não só...como também.
Os marinheiros permaneceram em terra.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões. - ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de opo-
sição, de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de trata- Principais conjunções adversativas: mas, porém, contu-
mento, com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa do, todavia, no entanto, entretanto.
excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
nome de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora,
Estado de S. Paulo. quer...quer, já...já.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às ora-
Morfossintaxe ções. Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois
Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas (depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim.
relações com o substantivo. Assim, nas orações da língua
portuguesa, o artigo exerce a função de adjunto adnominal - EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex.
do substantivo a que se refere. Tal função independe da É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá
função exercida pelo substantivo: fora.
A existência é uma poesia. Principais conjunções explicativas: que, porque, pois
Uma existência é a poesia. (antes do verbo), porquanto.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações
ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Por Conjunções subordinativas
exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as - CAUSAIS
amiguinhas. Principais conjunções causais: porque, visto que, já que,
uma vez que, como (= porque).
Deste exemplo podem ser retiradas três informações: Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu
as amiguinhas - COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...
Cada informação está estruturada em torno de um ver- como, mais...do que, menos...do que.
bo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três ora- Ela fala mais que um papagaio.
ções:
1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e - CONCESSIVAS
mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. Principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e mesmo que, apesar de, se bem que.
a terceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. Indicam uma concessão, admitem uma contradição,
As palavras “e” e “quando” ligam, portanto, orações. um fato inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”.
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de
Observe: Gosto de natação e de futebol. estar cansada)
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são Apesar de ter chovido fui ao cinema.
partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra
“e” está ligando termos de uma mesma oração. - CONFORMATIVAS
Principais conjunções conformativas: como, segundo,
Morfossintaxe da Conjunção conforme, consoante
Cada um colhe conforme semeia.
As conjunções, a exemplo das preposições, não exer- Expressam uma ideia de acordo, concordância, confor-
cem propriamente uma função sintática: são conectivos. midade.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- CONSECUTIVAS No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo.


Expressam uma ideia de consequência. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou sim-
“tanto”, “tão”, “tamanho”). plesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
Falou tanto que ficou rouco. As sentenças da língua costumam se organizar de for-
ma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e
- FINAIS os distribui em posições adequadas a cada um deles. As in-
Expressam ideia de finalidade, objetivo. terjeições, por outro lado, são uma espécie de “palavra-fra-
Todos trabalham para que possam sobreviver. se”, ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser
porque (=para que), colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos:
Bravo! Bis!
- PROPORCIONAIS bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi
Principais conjunções proporcionais: à medida que,
muito bom! Repitam!”
quanto mais, ao passo que, à proporção que.
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = senten-
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
ça (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”
- TEMPORAIS
A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como
logo que. são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um
Quando eu sair, vou passar na locadora. suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação
particular, um momento ou um contexto específico. Exem-
Diferença entre orações causais e explicativas plos:
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
(OSA) e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos de- Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
paramos com a dúvida de como distinguir uma oração hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
causal de uma explicativa. Veja os exemplos: ção
1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
atropelado”: O significado das interjeições está vinculado à maneira
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificati- como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que
va ou uma explicação do fato expresso na oração anterior. dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contex-
b) As orações são coordenadas e, por isso, indepen- to de enunciação. Exemplos:
dentes uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres-
orações que vêm marcadas por vírgula. são na rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado. chamando! Ei, espere!”
Outra dica é, quando a oração que antecede a OC Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expres-
(Oração Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, são em um hospital; significado da interjeição (sugestão):
ela será explicativa. “Por favor, faça silêncio!”
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo im- Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
perativo)
puxa: interjeição; tom da fala: euforia
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra
puxa: interjeição; tom da fala: decepção
cidade porque não havia cemitério no local.”
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada
(parte destacada) mostra a causa da ação expressa pelo As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
verbo da oração principal. Outra forma de reconhecê-la é 1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria,
colocá-la no início do período, introduzida pela conjunção tristeza, dor, etc.
como - o que não ocorre com a CS Explicativa. Você faz o que no Brasil?
Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar Eu? Eu negocio com madeiras.
os mortos em outra cidade. Ah, deve ser muito interessante.
b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
dependentes uma da outra. 2) Sintetizar uma frase apelativa
Cuidado! Saia da minha frente.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
ções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir As interjeições podem ser formadas por:
sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comporta- - simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
mento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de es- - palavras: Oba!, Olá!, Claro!
truturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo: - grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!,
Droga! Preste atenção quando eu estou falando! Ora bolas!

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LÍNGUA PORTUGUESA

A ideia expressa pela interjeição depende muitas ve- Observações:


zes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode - As interjeições são como frases resumidas, sintéticas.
ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido. Por Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! =
exemplo: Peço-lhe que me desculpe.
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contra-
riedade) - Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes
gramaticais podem aparecer como interjeições.
Classificação das Interjeições Viva! Basta! (Verbos)
Fora! Francamente! (Advérbios)
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, - A interjeição pode ser considerada uma “palavra-fra-
se” porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.:
Atenção!, Olha!, Alerta!
Socorro!, Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto!
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
- Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imita-
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
tivas, que exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bum-
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, ba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!,
Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca! etc.
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, - Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com
Boa! a sua homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria,
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, e não a fazemos depois do “ó” vocativo.
Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora! “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
- Desculpa: Perdão!
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, - Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas
Oh!, Eh! de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, no diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho!
Epa!, Ora! Obrigadinho!
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!,
Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Interjeições, leitura e produção de textos
Cruz!, Putz!
- Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Usadas com muita frequência na língua falada informal,
Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora! quando empregadas na língua escrita, as interjeições cos-
- Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! tumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquiali-
- Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, dade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços
Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha- pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o
me, Deus! temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem
- Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos
- Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com
o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à
sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto
conteúdo mais emocional do que racional fazem das inter-
é, não sofrem variação em gênero, número e grau como
jeições presença constante nos textos publicitários.
os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto
e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al- Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
gumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter morf89.php
claro, neste caso, que não se trata de um processo natural
dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a Numeral é a palavra que indica os seres em termos
linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os
até loguinho. situa em determinada sequência.
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
Locução Interjetiva [quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma Eu quero café duplo, e você?
expressão com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora ...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”]
bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
Ó de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! ...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequên-
Alto lá! Muito bem! cia de “fila”]

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LÍNGUA PORTUGUESA

Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a ex-
pressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par,
ambos(as), novena.

Classificação dos Numerais

Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada:
dobro, triplo, quíntuplo, etc.

Leitura dos Numerais


Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no
início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção “e”.
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.

Flexão dos numerais

Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número:
milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.

Os numerais ordinais variam em gênero e número:


primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésima
primeiros segundos milésimos
primeiras segundas milésimas

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e con-
seguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do
medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças
partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sen-
tido. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)

Emprego dos Numerais

*Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo
e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:

Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

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LÍNGUA PORTUGUESA

*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são lar-
gamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades
comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo -nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normal-
mente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura
da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2. Preposições acidentais: palavras de outras classes Em + este(s) = neste(s)


gramaticais que podem atuar como preposições: como, Em + esta(s) = nesta(s)
durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto. Em + esse(s) = nesse(s)
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valen- Em + aquele(s) = naquele(s)
do como uma preposição, sendo que a última palavra é Em + aquela(s) = naquela(s)
uma delas: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a res- Em + isto = nisto
peito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente Em + isso = nisso
a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, Em + aquilo = naquilo
por cima de, por trás de. A + aquele(s) = àquele(s)
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto A + aquela(s) = àquela(s)
pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concor- A + aquilo = àquilo
dância em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por Dicas sobre preposição
+ a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é caracterís-
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome
tica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a”
Esse processo de junção de uma preposição com outra
seja um artigo, virá precedendo um substantivo. Ele servirá
palavra pode se dar a partir de dois processos:
para determiná-lo como um substantivo singular e femi-
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. nino.
preposição a + artigos definidos o, os A dona da casa não quis nos atender.
a + o = ao Como posso fazer a Joana concordar comigo?
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração. termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Preposição + Artigos Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para pro-
De + o(s) = do(s) curar um tratamento adequado.
De + a(s) = da(s)
De + um = dum - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
De + uns = duns lugar e/ou a função de um substantivo.
De + uma = duma Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como
De + umas = dumas parte da família
Em + o(s) = no(s) Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém.
Em + a(s) = na(s) / Creio que a conhecemos melhor que ninguém.
Em + um = num
Em + uma = numa 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio
Em + uns = nuns das preposições:
Em + umas = numas Destino = Irei para casa.
A + à(s) = à(s) Modo = Chegou em casa aos gritos.
Por + o = pelo(s) Lugar = Vou ficar em casa;
Por + a = pela(s) Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Preposição + Pronomes
Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
De + ele(s) = dele(s)
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tra-
De + ela(s) = dela(s)
tamento.
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s) Instrumento = Escreveu a lápis.
De + esse(s) = desse(s) Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + essa(s) = dessa(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + aquele(s) = daquele(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + aquela(s) = daquela(s) Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + isto = disto Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + isso = disso Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + aquilo = daquilo Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + aqui = daqui Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + aí = daí Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + ali = dali
De + outro = doutro(s) Fonte:
De + outra = doutra(s) http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/

29
LÍNGUA PORTUGUESA

Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun-
a ele se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto
de alguma forma. ou do caso oblíquo.

A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus so- Pronome Reto
nhos!
[substituição do nome] Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sen-
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bo- tença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
nita! Nós lhe ofertamos flores.
[referência ao nome]
Essa moça morava nos meus sonhos! Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
[qualificação do nome] nero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
Grande parte dos pronomes não possuem significados Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim confi-
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro gurado:
de um contexto, o qual nos permite recuperar a referên-
cia exata daquilo que está sendo colocado por meio dos - 1ª pessoa do singular: eu
pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pro- - 2ª pessoa do singular: tu
nomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes - 3ª pessoa do singular: ele, ela
têm por função principal apontar para as pessoas do dis- - 1ª pessoa do plural: nós
curso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação - 2ª pessoa do plural: vós
no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, - 3ª pessoa do plural: eles, elas
os pronomes apresentam uma forma específica para cada
pessoa do discurso. Atenção: esses pronomes não costumam ser usados
como complementos verbais na língua-padrão. Frases
como “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
eu até aqui”, comuns na língua oral cotidiana, devem ser
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for-
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon-
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram-
fala]
me até aqui”.
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem Obs.: frequentemente observamos a omissão do pro-
se fala] nome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as pró-
prias formas verbais marcam, através de suas desinências,
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos
variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme- boa viagem. (Nós)
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
através do pronome seja coerente em termos de gênero Pronome Oblíquo
e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- direto ou indireto) ou complemento nominal.
sa escola neste ano. Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
adequada] Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma
[neste: pronome que determina “ano” = concordância variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação
adequada] indica a função diversa que eles desempenham na oração:
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
dância inadequada] marca o complemento da oração.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
tônicos.
Pronomes Pessoais
Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
assume os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
“vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se dirige e fraca: Ele me deu um presente.
“ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à pessoa O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim con-
ou às pessoas de quem fala. figurado:

30
LÍNGUA PORTUGUESA

- 1ª pessoa do singular (eu): me Observe que as únicas formas próprias do pronome tô-
- 2ª pessoa do singular (tu): te nico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos - As preposições essenciais introduzem sempre prono-
- 2ª pessoa do plural (vós): vos mes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da
língua formal, os pronomes costumam ser usados desta
Observações: forma:
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se Não há mais nada entre mim e ti.
apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união en- Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
tre o pronome “o” ou “a” e preposição “a” ou “para”. Por Não há nenhuma acusação contra mim.
acompanhar diretamente uma preposição, o pronome Não vá sem mim.
“lhe” exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos Atenção: Há construções em que a preposição, apesar
diretos como objetos indiretos. de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o
objetos diretos. verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pro-
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combi- nome, deverá ser do caso reto.
nar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a for- Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
mas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, Não vá sem eu mandar.
lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.
Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: - A combinação da preposição “com” e alguns prono-
- Trouxeste o pacote? mes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo,
- Sim, entreguei-to ainda há pouco. conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos fre-
- Não contaram a novidade a vocês? quentemente exercem a função de adjunto adverbial de
- Não, no-la contaram. companhia.
No português do Brasil, essas combinações não são Ele carregava o documento consigo.
usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
é muito raro. por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios,
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas todos, ambos ou algum numeral.
especiais depois de certas terminações verbais. Quando o Você terá de viajar com nós todos.
verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma Estávamos com vós outros quando chegaram as más
lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal notícias.
é suprimida. Por exemplo: Ele disse que iria com nós três.
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo Pronome Reflexivo
dizer + a = dizê-la São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio-
nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome as- da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação
sume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: expressa pelo verbo.
viram + o: viram-no O quadro dos pronomes reflexivos é assim configura-
repõe + os = repõe-nos do:
retém + a: retém-na - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
tem + as = tem-nas Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
Pronome Oblíquo Tônico
- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos Assim tu te prejudicas.
por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Conhece a ti mesmo.
Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função
de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica - 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
forte. Guilherme já se preparou.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim con- Ela deu a si um presente.
figurado: Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo - 1ª pessoa do plural (nós): nos.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela Lavamo-nos no rio.
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco - 2ª pessoa do plural (vós): vos.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas Vós vos beneficiastes com a esta conquista.

31
LÍNGUA PORTUGUESA

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.


Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

A Segunda Pessoa Indireta


A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso inter-
locutor (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento,
que podem ser observados no quadro seguinte:

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) acerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português
do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em rela-
ção à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratar-
mos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado suposta-
mente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.

- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar
na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do
texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não
poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)

Pronomes Possessivos

São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa
possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

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LÍNGUA PORTUGUESA

NÚMERO PESSOA PRONOME


singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)

Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com
o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.

Observações:

1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, seu
José.

2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.

b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 anos.

c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.

3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência trouxe
sua mensagem?

4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anota-
ções.

5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os
passos. (= Vou seguir seus passos.)

Pronomes Demonstrativos

Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou discurso.
No espaço:
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa
que fala.
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.

Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escri-
ta de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo,
em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universi-
dade destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que
envia a mensagem).
No tempo:
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere ao ano presente.
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a um passado próximo.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.

- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:


Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) - Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
que te indiquei.) São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin-
guém, outrem, quem, tudo.
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas Algo o incomoda?
que o procuraram ontem. Quem avisa amigo é.

- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
o problema. expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s).
- semelhante(s): Não compre semelhante livro. Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
- tal, tais: Tal era a solução para o problema.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos,
ora pronomes indefinidos adjetivos:
Note que:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
construções redundantes, com finalidade expressiva, para
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
das belezas brasileiras, isso é que é sorte! Menos palavras e mais ações.
Alguns se contentam pouco.
- O pronome demonstrativo neutro ou pode represen- Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
tar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso riáveis e invariáveis. Observe:
em que aparece, geralmente, como objeto direto, predi- Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
cativo ou aposto: O casamento seria um desastre. Todos o tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
pressentiam. vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, ne-
nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo outras, quantas.
fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
faz as vezes de): Ninguém teve coragem de falar antes que algo, cada.
ela o fizesse.
São locuções pronominais indefinidas:
- Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que),
primeiro lugar: O referido deputado e o Dr. Alcides eram quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele
amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. [ou então: este (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro,
solteiro, aquele casado] uma ou outra, etc.
Cada um escolheu o vinho desejado.
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
Indefinidos Sistemáticos
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
= naquilo) sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Pronomes Indefinidos negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
São palavras que se referem à terceira pessoa do dis- e qualquer, que generaliza.
curso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando Essas oposições de sentido são muito importantes na
quantidade indeterminada. construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
-plantadas. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa de que fazem parte:
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu- prático.
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des- Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: pessoas quaisquer.

34
LÍNGUA PORTUGUESA

Pronomes Relativos

São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as
orações subordinadas adjetivas.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sis-
tema” é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Quem casa, quer casa.
Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
Note que:
- O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído
por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles
são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Regressando
de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste caso, geraria ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)

- O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou de
ser poeta, que era a sua vocação natural.

- O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos
quais, das quais.
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
(antecedente) (consequente)
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente)

- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre precedido de preposição.


É um professor a quem muito devemos.
(preposição)

- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa
onde morava foi assaltada.
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.

- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:


- como (= pelo qual): Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.
- quando (= em que): Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.

- Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.


O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.

35
LÍNGUA PORTUGUESA

- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode O pronome oblíquo átono pode assumir três posições
ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de na oração em relação ao verbo:
gente que conversava, (que) ria, (que) fumava. 1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
Pronomes Interrogativos 3. mesóclise: pronome no meio do verbo

São usados na formulação de perguntas, sejam elas di- Próclise


retas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem- -se à 3ª pessoa do discurso de modo A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
- Palavras com sentido negativo:
impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual
Nada me faz querer sair dessa cama.
(e variações), quanto (e variações).
Não se trata de nenhuma novidade.
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas - Advérbios:
preferes. Nesta casa se fala alemão.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quan- Naquele dia me falaram que a professora não veio.
tos passageiros desembarcaram.
- Pronomes relativos:
Sobre os pronomes: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função
de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo - Pronomes indefinidos:
quando desempenha função de complemento. Vamos en- Quem me disse isso?
tender, primeiramente, como o pronome pessoal surge na Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
frase e que função exerce. Observe as orações:
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. - Pronomes demonstrativos:
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia Isso me deixa muito feliz!
lhe ajudar. Aquilo me incentivou a mudar de atitude!

- Preposição seguida de gerúndio:


Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso indicado à pesquisa escolar.
reto. Já na segunda oração, observamos o pronome “lhe”
exercendo função de complemento, e, consequentemente, - Conjunção subordinativa:
é do caso oblíquo. Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso,
o pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para Ênclise
a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se
devia ajudar.... Ajudar quem? Você (lhe). A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta
não aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos áto-
Importante: Em observação à segunda oração, o em- nos. A ênclise vai acontecer quando:
prego do pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do ver- - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
bo intransitivo “ajudar” porque o pronome oblíquo pode Amem-se uns aos outros.
estar antes, depois ou entre locução verbal, caso o verbo Sigam-me e não terão derrotas.
principal (no caso “ajudar”) esteja no infinitivo ou gerúndio.
Eu desejo lhe perguntar algo. - O verbo iniciar a oração:
Diga-lhe que está tudo bem.
Eu estou perguntando-lhe algo.
Chamaram-me para ser sócio.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da pre-
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, posição “a”:
diferentemente dos segundos que são sempre precedidos Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
de preposição. Passaram a cumprimentar-se mutuamente.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que - O verbo estiver no gerúndio:
eu estava fazendo. Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreo-
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim cupada.
o que eu estava fazendo. Despediu-se, beijando-me a face.

A colocação pronominal é a posição que os prono- - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
mes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no
ao verbo a que se referem. São pronomes oblíquos átonos: mesmo instante.
me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos. Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.

36
LÍNGUA PORTUGUESA

Mesóclise (A) Ela não lembrava-se do caminho de volta.


(B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado (C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
no futuro do presente ou no futuro do pretérito: (D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela (E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.
se realizará)
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma 05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alter-
proposta a você) nativa cujo emprego do pronome está em conformidade
com a norma padrão da língua.
Questões sobre Pronome (A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está aba-
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012). lada.
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não (C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
está claro até onde pode realmente chegar uma política ba- (D) Conformado, se rendeu às punições.
seada em melhorar a eficiência sem preços adequados para (E) Todos querem que combata-se a corrupção.
o carbono, a água e (na maioria dos países pobres) a terra.
É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono 06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale
e da água faça em si diferença, as companhias não podem a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de
suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se
elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém que eles sejam sempre trazidos junto ao corpo.
encontrou até agora uma maneira de quantificar adequada- (B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situa-
mente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
de crescimento verde sempre será a segunda opção. (C) Nos sentimos impotentes quando não consegui-
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) mos restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, re- (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe
que abrisse a bolsa que encontrara.
ferem- -se, respectivamente, a
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma
(A) dúvidas e preços.
tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus do-
(B) dúvidas e insumos básicos.
nos.
(C) companhias e insumos básicos.
(D) companhias e preços do carbono e da água.
07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
(E) políticas de crescimento e preços adequados.
Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ-
tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- prazo.
adap.). Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho gri- Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta
fado está corretamente substituído por um pronome em: e respectivamente, considerando a norma culta da língua.
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo A) a que … acaba … à
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo- B) com que … acabam … à
lhes desalentado C) de que … acabam … a
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem D) em que … acaba … a
de conhecê-lo? E) dos quais … acaba … à
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não
parecia ser-lhe 08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP –
E) incomodaram o general... − incomodaram-no 2013-adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e
respectivamente, as lacunas do trecho.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). ______alguns anos, num programa de televisão, uma jo-
A substituição do elemento grifado pelo pronome cor- vem fazia referência______ violência______ o brasileiro estava
respondente, com os necessários ajustes, foi realizada de sujeito de forma cômica.
modo INCORRETO em: A) Fazem... a ... de que
A) mostrando o rio= mostrando-o. B) Faz ...a ... que
B) como escolher sítio= como escolhê-lo. C) Fazem ...à ... com que D) Faz ...à ... que
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. E) Faz ...à ... a que
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam =
nada lhes acrescentariam. 09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. As sereias então devoravam impiedosamente os tripu-
lantes.
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a ca-
alternativa em que o pronome destacado está posicionado beça...
de acordo com a norma-padrão da língua. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos 5-)


grifados acima foram corretamente substituídos por um (A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos.
pronome, na ordem dada, em: (B) Falaram-nos que a diplomacia americana está aba-
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los lada.
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes (D) Conformado, rendeu-se às punições.
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes (E) Todos querem que se combata a corrupção.
(D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
(E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los 6-)
10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013- (B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situa-
adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos ção de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida.
estabelecimentos felizmente comprovam os acontecimen- (C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos
tos, e testemunhas vão ajudar a polícia na investigação. restituir um objeto à pessoa que o perdeu.
(D) O homem indignou-se quando lhe propuseram
– de acordo com a norma-padrão, os pronomes que subs-
que abrisse a bolsa que encontrara.
tituem, corretamente, os termos em destaque são:
(E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma
A) os comprovam … ajudá-la.
tendência natural das pessoas em devolvê-los a seus do-
B) os comprovam …ajudar-la.
nos.
C) os comprovam … ajudar-lhe. 7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram
D) lhes comprovam … ajudar-lhe. produtos de que não necessitam e acabam tendo
E) lhes comprovam … ajudá-la. de pagar tudo a prazo.
GABARITO 8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma
jovem fazia referência à violência a que o brasileiro
01. C 02. E 03. C 04. D 05. C estava sujeito de forma cômica.
06. A 07. C 08. E 09. A 10. A Faz, no sentido de tempo passado = sempre no sin-
gular
RESOLUÇÃO
9-)
1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primei- devoravam - verbo terminado em “m” = pronome
ro, não está claro até onde pode realmente chegar uma oblíquo no/na (fizeram-na, colocaram-no)
política baseada em melhorar a eficiência sem preços ade- impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto;
quados para o carbono, a água e (na maioria dos países “lhe” é para objeto indireto
pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos convencer - verbo transitivo direto = pede objeto dire-
preços do carbono e da água faça em si diferença, as com- to; “lhe” é para objeto indireto
panhias não podem suportar ter de pagar, de repente, di- (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
gamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-som- 10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabeleci-
bra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma ma- mentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste-
neira de quantificar adequadamente os insumos básicos. munhas vão ajudar a polícia na investigação.
E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde felizmente os comprovam ... ajudá-la
sempre será a segunda opção. (advérbio)

Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Subs-


2-)
tantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los
denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenôme-
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os
nos, os substantivos também nomeiam:
desalentado
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
conhecê-las ? -sentimentos: raiva, amor...
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não -estados: alegria, tristeza...
parecia sê-lo -qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...
3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las
Morfossintaxe do substantivo
4-)
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta. Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em
(B) A menina tinha se distanciado muito da família. geral exerce funções diretamente relacionadas com o ver-
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. bo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos ver-
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança bais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do
objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de adjun-
tos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos de palavras.

Classificação dos Substantivos

1- Substantivos Comuns e Próprios


Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil,
toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).

Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade.
Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, homem,
mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.

O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.

2 - Substantivos Concretos e Abstratos



LÂMPADA MALA

Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São
substantivos concretos.

Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc.

Observe agora:
Beleza exposta
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

O substantivo beleza designa uma qualidade.

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir.
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou
coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraí-
dos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).

3 - Substantivos Coletivos

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.

Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais
outra abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma
espécie (abelhas).

O substantivo enxame é um substantivo coletivo.

Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mes-
ma espécie.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Substantivo coletivo Conjunto de:


assembleia pessoas reunidas
alcateia l obos
acervo livros
antologia trechos literários selecionados
arquipélago ilhas
banda músicos
bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
batalhão soldados
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cáfila camelos
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
chusma gente, pessoas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas.
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
enxoval roupas
falange soldados, anjos
fauna animais de uma região
feixe lenha, capim
flora vegetais de uma região
frota navios mercantes, ônibus
girândola fogos de artifício
horda bandidos, invasores
junta médicos, bois, credores, examinadores
júri jurados
legião soldados, anjos, demônios
leva presos, recrutas
malta malfeitores ou desordeiros
manada búfalos, bois, elefantes,
matilha cães de raça
molho chaves, verduras
multidão pessoas em geral
ninhada pintos
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
penca bananas, chaves
pinacoteca pinturas, quadros
quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
rebanho ovelhas
récua bestas de carga, cavalgadura
repertório peças teatrais, obras musicais
réstia alhos ou cebolas
romanceiro poesias narrativas
revoada pássaros
sínodo párocos
talha lenha
tropa muares, soldados
turma estudantes, trabalhadores
vara porcos

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação dos Substantivos mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Obser-
ve: gato – gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito
Substantivos Simples e Compostos - prefeita
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a
terra. Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam
O substantivo chuva é formado por um único elemento uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto
ou radical. É um substantivo simples. para o feminino. Classificam-se em:
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a
Substantivo Simples: é aquele formado por um único
cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré
elemento.
fêmea.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja
agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois ele- - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pes-
mentos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. soas: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio,
o ídolo, o indivíduo.
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou - Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pes-
mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. soas por meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a
doente, o artista e a artista.
Substantivos Primitivos e Derivados
Meu limão meu limoeiro, Saiba que: Substantivos de origem grega terminados
meu pé de jacarandá... em ema ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou sistema, o sintoma, o teorema.
de nenhum outro dentro de língua portuguesa. - Existem certos substantivos que, variando de gêne-
ro, variam em seu significado: o rádio (aparelho receptor)
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de
e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital
nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O
substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir (cidade)
da palavra limão.
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de ou-
tra palavra. - Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
- aluna.
Flexão dos substantivos - Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
masculino: freguês - freguesa
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá- - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por de três formas:
exemplo, pode sofrer variações para indicar: - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
Plural: meninos Feminino: menina - troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
Flexão de Gênero
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar - sultana
sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há
dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero - Substantivos terminados em -or:
masculino os substantivos que podem vir precedidos dos - acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz
O velho e o mar
Um Natal inesquecível - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: côn-
Os reis da praia sul - consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque
- duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e
A história sem fim
final por -a: elefante - elefanta
Uma cidade sem passado
As tartarugas ninjas
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculi-
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes no e no feminino: bode – cabra / boi - vaca

Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar no- - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
mes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for- czar – czarina réu - ré

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LÍNGUA PORTUGUESA

Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
Epicenos: cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).

Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso - São geralmente masculinos os substantivos de ori-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
para indicar o masculino e o feminino. grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha- eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver ma, o hematoma.
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades:

Sobrecomuns: Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.


Entregue as crianças à natureza.
A histórica Ouro Preto.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo mas- A dinâmica São Paulo.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem A acolhedora Porto Alegre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o Uma Londres imensa e triste.
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Gênero e Significação:
Outros substantivos sobrecomuns:
Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
no e outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que
criatura.
à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco,
Marcela faleceu
manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que
marca um limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe),
Comuns de Dois Gêneros:
a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissi-
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
dência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinhei-
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma ro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
A distinção de gênero pode ser feita através da análise a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície
cês - repórter francesa de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (docu-
mento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de
- A palavra personagem é usada indistintamente nos peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa
dois gêneros. (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
os personagens dos contos de carochinha. nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação emissora), o
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo voga (remador), a voga (moda, popularidade).
fotográfico Ana Belmonte.
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Flexão de Número do Substantivo

Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó Em português, há dois números gramaticais: o singular,


(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
soprano, o proclama, o pernoite, o púbis. do plural é o “s” final.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Plural dos Substantivos Simples adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-


mens
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
- cânones. formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
em “ns”: homem - homens. alto- -falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-re-
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plu- cos
ral pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes.
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando
Atenção: O plural de caráter é caracteres. formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água-
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam- de-colônia e águas-de-colônia
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; cara- substantivo + preposição oculta + substantivo = cava-
col – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul lo-vapor e cavalos-vapor
e cônsules. substantivo + substantivo que funciona como determi-
nante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de termo anterior:
duas maneiras: palavra-chave - palavras-chave, bomba-relógio - bom-
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis bas-relógio, notícia-bomba - notícias-bomba, homem-rã -
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. homens-rã, peixe- -espada - peixes-espada.
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). - Permanecem invariáveis, quando formados de:
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
duas maneiras:
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o
ca-rolhas
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
- Casos Especiais
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural
de três maneiras. o bem-me-quer e os bem-me-queres
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações o joão-ninguém e os joões-ninguém.
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos Plural das Palavras Substantivadas
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam,
o látex - os látex. no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Pese bem os prós e os contras.
Plural dos Substantivos Compostos O aluno errou na prova dos noves.
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
-A formação do plural dos substantivos compostos de-
pende da forma como são grafados, do tipo de palavras Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou
que formam o composto e da relação que estabelecem en- “z” não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
tre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se tos seis e alguns dez.
como os substantivos simples: aguardente/aguardentes,
girassol/girassóis, pontapé/pontapés, malmequer/ Plural dos Diminutivos
malmequeres.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: pãe(s) + zinhos = pãezinhos
animai(s) + zinhos = animaizinhos
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados botõe(s) + zinhos = botõezinhos
de: chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores farói(s) + zinhos = faroizinhos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- tren(s) + zinhos = trenzinhos
feitos colhere(s) + zinhas = colherezinhas

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LÍNGUA PORTUGUESA

flore(s) + zinhas = florezinhas Particularidades sobre o Número dos Substantivos


mão(s) + zinhas = mãozinhas
papéi(s) + zinhos = papeizinhos - Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
funi(s) + zinhos = funizinhos - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
pai(s) + zinhos = paizinhos - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
pé(s) + zinhos = pezinhos singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
pé(s) + zitos = pezitos bom nome) e honras (homenagem, títulos).
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas
Plural dos Nomes Próprios Personativos com sentido de plural:
Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
improvisadas.
sempre que a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados.
Flexão de Grau do Substantivo
As Raquéis e Esteres.
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
Plural dos Substantivos Estrangeiros as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considera-
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser es- do normal. Por exemplo: casa
critos como na língua original, acrescentando-se “s” (exce-
to quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
jazz. do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adje-
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acor- tivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
do com as regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os ré- cador de aumento. Por exemplo: casarão.
quiens.
Observe o exemplo: - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho
Este jogador faz gols toda vez que joga. do ser. Pode ser:
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Plural com Mudança de Timbre Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indi-
cador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Certos substantivos formam o plural com mudança de
timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa,
fonético chamado metafonia (plural metafônico). número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros
processos: ação (correr); estado (ficar); fenômeno (chover);
Singular Plural ocorrência (nascer); desejo (querer).
corpo (ô) corpos (ó) O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não
os seus possíveis significados. Observe que palavras como
esforço esforços
corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo
fogo fogos
ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam,
forno fornos
porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos
fosso fossos
possuem.
imposto impostos
olho olhos Estrutura das Formas Verbais
osso (ô) ossos (ó) Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode
ovo ovos apresentar os seguintes elementos:
poço poços - Radical: é a parte invariável, que expressa o significa-
porto portos do essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am.
posto postos (radical fal-)
tijolo tijolos - Tema: é o radical seguido da vogal temática que in-
dica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo:
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- fala-r
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (fa-
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), lar), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática
de molho (ó) = feixe (molho de lenha). - I - (partir).

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Desinência modo-temporal: é o elemento que de- Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
signa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
** São impessoais, ainda:
- Desinência número-pessoal: é o elemento que de- 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando
signa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (sin- tempo: Já passa das seis.
gular ou plural): 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) de, indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blas-
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) fêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem re-
(compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, ferência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda,
pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-
apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em se, tais verbos, então, pessoais.
algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente
de “ser possível”. Por exemplo:
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas Não deu para chegar mais cedo.
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura Dá para me arrumar uns trocados?
dos verbos com o conceito de acentuação tônica, perce-
bemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento * Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conju-
tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por gam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do
exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai plural.
no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprende- A fruta amadureceu.
rão, nutriríamos. As frutas amadureceram.
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como
Classificação dos Verbos verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadu-
Classificam-se em:
receu bastante.
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências
normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alte-
Entre os unipessoais estão os verbos que significam
rações no radical: canto cantei cantarei cantava
vozes de animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodi-
cantasse.
lo, cacarejar: galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca altera-
ções no radical ou nas desinências: faço fiz farei fi-
Os principais verbos unipessoais são:
zesse.
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conju- 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
gação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais (preciso, necessário, etc.):
e pessoais: Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Nor- bastante.)
malmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
principais verbos impessoais são: É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, reali-
zar-se ou fazer (em orações temporais). 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, segui-
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) dos da conjunção que.
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) fumar.)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo
Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia)
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
Era primavera quando a conheci. * Pessoais: não apresentam algumas flexões por moti-
Estava frio naquele dia. vos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natu- do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o
reza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, que provavelmente causaria problemas de interpretação
amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, em certos contextos.
“Amanheci mal-humorado”, usa-se o verbo “amanhecer”
em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, emprega- - verbo computar. Este verbo teria como formas do
do em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser presente do indicativo computo, computas, computa - for-
pessoal. mas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvi-

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LÍNGUA PORTUGUESA

dos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáti-
cos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem sido
conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.

- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma
ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
(particípio irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Anexar Anexado Anexo


Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Imprimir Imprimido Impresso


Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais,
ides, fui, foste, pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,
quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo


Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito
sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

46
LÍNGUA PORTUGUESA

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo


Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvhouvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

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LÍNGUA PORTUGUESA

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:

- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abs-
ter-se, ater- -se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade
já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula inte-
grante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia
reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava.

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LÍNGUA PORTUGUESA

A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode - Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo
ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: ou advérbio. Por exemplo:
Maria penteou-me. Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de ad-
vérbio)
Observações: Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes adjetivo)
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em
função sintática. curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exem-
- Há verbos que também são acompanhados de pro- plo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
nomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.
pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos refle-
- Particípio: quando não é empregado na formação
xivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa
dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o
idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exem- resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gê-
plo: nero, número e grau. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me Terminados os exames, os candidatos saíram.
(objeto direto) - 1ª pessoa do singular
Quando o particípio exprime somente estado, sem
Modos Verbais nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas aluna escolhida para representar a escola.
pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, exis-
tem três modos: Tempos Verbais
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu
sempre estudo. Tomando-se como referência o momento em que se
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
Talvez eu estude amanhã. tempos. Veja:
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda 1. Tempos do Indicativo
- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste
agora, menino.
colégio.
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido
Formas Nominais
num momento anterior ao atual, mas que não foi comple-
tamente terminado: Ele estudava as lições quando foi inter-
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda for- rompido.
mas que podem exercer funções de nomes (substantivo, - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
nominais. Observe: Ele estudou as lições ontem à noite.
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do ver- - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato
bo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já tinha es-
de substantivo. Por exemplo: tudado as lições quando os amigos chegaram. (forma com-
Viver é lutar. (= vida é luta) posta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram.
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) (forma simples).
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presen- ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento
te (forma simples) ou no passado (forma composta). Por atual: Ele estudará as lições amanhã.
exemplo: - Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode
É preciso ler este livro. ocorrer posteriormente a um determinado fato passado:
Era preciso ter lido este livro. Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.

2. Tempos do Subjuntivo
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no mo-
pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não mento atual: É conveniente que estudes para o exame.
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do im- - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado,
pessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira: mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele ven-
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) cesse o jogo.
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas cons-
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) truções em que se expressa a ideia de condição ou desejo.
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do cam-
boa colocação. peonato.

49
LÍNGUA PORTUGUESA

- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à
loja, levará as encomendas.

Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal (1ª/2ª e 3ª conj.) Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

50
LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Pretérito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número
e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pes-


soal
1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo

Eu canto --- Que eu cante


Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido
ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender parti
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (Agente Polícia Vunesp 2013) Considere o trecho a seguir.


É comum que objetos ___________ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pes-
soas _____________ a atenção voltada para seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
(A) sejam … mantesse (
(B) sejam … mantivessem
(C) sejam … mantém (
((E) seja … mantêm

02. (Escrevente TJ SP Vunesp 2012-adap.) Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas
sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação
(A) concluída.
(B) atemporal.
(C) contínua.
(D) hipotética.
(E) futura.

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LÍNGUA PORTUGUESA

03. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013-adap.) Sem querer (A) Caso a criança se havia perdido…
estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas (B) Caso a criança perdeu…
interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da per- (C) Caso a criança se perca…
gunta “débito ou crédito?”. (D) Caso a criança estivera perdida…
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de (E) Caso a criança se perda…
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido 08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-
dela. adap.). Assinale a alternativa em que o verbo destacado está
(C) adotar como referência de qualidade. no tempo futuro.
(D) julgar de acordo com normas legais. A) Os consumidores são assediados pelo marketing …
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.
B) … somente eles podem decidir se irão ou não com-
prar.
04. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alterna-
tiva contendo a frase do texto na qual a expressão verbal C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi-
destacada exprime possibilidade. dades”…
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sis- D) … de onde vem o produto…?
tema capaz de disponibilizar um grande número de obras E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas…
literárias...
(B) Funcionando como um imenso sistema de informa- 09. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assina-
ção e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme le a alternativa em que a concordância das formas verbais
arquivo virtual. destacadas se dá em conformidade com a norma-padrão
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por da língua.
associação, e não mais por sequências fixas previamente (A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vizi-
estabelecidas. nhos.
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse (B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter
conceito está ligado a uma nova concepção de textuali- acontecido com a criança.
dade... (C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponi- estavam preocupados.
bilizar toda a literatura do mundo... (D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi en-
contrada.
05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO
(E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O
crescimento econômico, se associado à ampliação do empre- criança se perdeu mesmo assim.
go, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”,
se passarmos o verbo destacado para o futuro do pretérito 10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU-
do indicativo, teremos a forma: NESP – 2013-adap.). Leia as frases a seguir.
A) puder. I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de ma-
B) poderia. deira no animal.
C) pôde. II. Existiam muitos ferimentos no boi.
D) poderá. III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida
E) pudesse. movimentada.
Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este
06. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alterna- pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
tiva em que todos os verbos estão empregados de acordo A) Existia – Haviam – Existiam
com a norma-padrão. B) Existiam – Havia – Existiam
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da C) Existiam – Haviam – Existiam
impressão definitiva. D) Existiam – Havia – Existia
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em E) Existia – Havia – Existia
silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a tra-
balhar no feriado. GABARITO
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a reque- 01. B 02. C 03. E 04. B 05. B
ra a seu superior. 06. A 07. C 08. B 09. C 10. D

07. (Papiloscopista Policial Vunesp 2013-adap.) Assina- RESOLUÇÃO


le a alternativa que substitui, corretamente e sem alterar o
sentido da frase, a expressão destacada em – Se a crian- 1-) É comum que objetos sejam esquecidos em
ça se perder, quem encontrá-la verá na pulseira instruções locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evi-
para que envie uma mensagem eletrônica ao grupo ou tados se as pessoas mantivessem a atenção voltada para
acione o código na internet. seus pertences, conservando-os junto ao corpo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresen- Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações
tando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução ver- em seu radical ou em suas desinências, afastando-se do
bal em destaque expressa ação contínua (= não concluída) modelo a que pertencem.
No português, para verificar se um verbo sofre altera-
3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: ções, basta conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito
trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% do indicativo. Ex: faço – fiz, trago – trouxe, posso - pude.
das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. Não é considerada irregularidade a alteração gráfica
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de do radical de certos verbos para conservação da regulari-
dade fônica. Ex: embarcar – embarco, fingir – finjo.
classificar segundo ideias preconcebidas.
Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do
4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de infor- indicativo:
mação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enor- Eu dou
me arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito Tu dás
Ele dá
5-) Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito Nós damos
do Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós po- Vós dais
deríamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração Eles dão
é crescimento econômico (singular), portanto, terceira pes-
soa do singular (ele) = poderia. Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se
do original “dar” durante a conjugação, sendo considerado
6-) verbo irregular.
(B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em Exemplo: Conjugação do verbo valer:
silêncio.
(C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a Modo Indicativo
trabalhar no feriado. Presente
eu valho
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga...
tu vales
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a re- ele vale
queira a seu superior. nós valemos
vós valeis
7-) Caso a criança se perca…(perda = substantivo: eles valem
Houve uma grande perda salarial...)
Pretérito Perfeito do Indicativo
8-) eu vali
A) Os consumidores são assediados pelo marketing = tu valeste
presente ele valeu
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessi- nós valemos
dades”… = pretérito do Subjuntivo vós valestes
D) … de onde vem o produto…? = presente eles valeram
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = Pretérito Imperfeito do Indicativo
pretérito perfeito eu valia
9-) tu valias
(A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e ele valia
nós valíamos
vizinhos.
vós valíeis
(B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter eles valiam
acontecido com a criança.
(D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi en- Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
contrada. eu valera
(E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a tu valeras
criança se perdeu mesmo assim. ele valera
nós valêramos
10-) I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços vós valêreis
de madeira no animal. eles valeram
II. Existiam muitos ferimentos no boi.
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida Futuro do Presente do Indicativo
movimentada. eu valerei
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal; tu valerás
existir = variável. Portanto, temos: ele valerá
I – Existiam onze pessoas... nós valeremos
II – Havia muitos ferimentos... vós valereis
III – Existia muita gente... eles valerão

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LÍNGUA PORTUGUESA

Futuro do Pretérito do Indicativo Infinitivo


eu valeria Infinitivo Pessoal
tu valerias por valer eu
ele valeria por valeres tu
nós valeríamos por valer ele
vós valeríeis por valermos nós
eles valeriam por valerdes vós
por valerem eles
Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
eu tinha valido Infinitivo Impessoal = valer
tu tinhas valido Particípio = Valido
ele tinha valido
nós tínhamos valido Acompanhe abaixo uma lista com os principais verbos
vós tínheis valido irregulares:
eles tinham valido Dizer
Presente do indicativo: Digo, dizes, diz, dizemos, di-
Gerúndio do verbo valer = valendo zeis, dizem.

Modo Subjuntivo Pretérito perfeito do indicativo: Disse, disseste, disse,


Presente dissemos, dissestes, disseram.
que eu valha
que tu valhas Futuro do presente do indicativo: Direi, dirás, dirá,
que ele valha diremos, direis, dirão.
que nós valhamos
que vós valhais Fazer
que eles valham Presente do indicativo: Faço, fazes, faz, fazemos, fa-
zeis, fazem.
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
se eu valesse Pretérito perfeito do indicativo: Fiz, fizeste, fez, fize-
se tu valesses mos, fizestes, fizeram.
se ele valesse
se nós valêssemos Futuro do presente do indicativo: Farei, farás, fará,
se vós valêsseis faremos, fareis, farão.
se eles valessem
Ir
Futuro do Subjuntivo Presente do indicativo: Vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
quando eu valer
quando tu valeres Pretérito perfeito do indicativo: Fui, foste, foi, fomos,
quando ele valer fostes, foram.
quando nós valermos
quando vós valerdes Futuro do presente do indicativo: Irei, irás, irá, ire-
quando eles valerem mos, ireis, irão.

Imperativo Futuro do subjuntivo: For, fores, for, formos, fordes,


Imperativo Afirmativo forem.
--
vale tu Querer
valha ele Presente do indicativo: Quero, queres, quer, queremos,
valhamos nós quereis, querem.
valei vós
valham eles Pretérito perfeito do indicativo: Quis, quiseste, quis,
quisemos, quisestes, quiseram.
Imperativo Negativo
-- Presente do subjuntivo: Queira, queiras, queira, quei-
não valhas tu ramos, queirais, queiram.
não valha ele
não valhamos nós Ver
não valhais vós Presente do indicativo: Vejo, vês, vê, vemos, vedes,
não valham eles veem.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Pretérito perfeito do indicativo: Vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.

Futuro do presente do indicativo:Verei, verás, verá, veremos, vereis, verão.

Futuro do subjuntivo: Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.

Vir
Presente do indicativo: Venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.

Pretérito perfeito do indicativo: Vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.

Futuro do presente do indicativo: Virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.

Futuro do subjuntivo: Vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.

Vozes do Verbo

Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São
três as vozes verbais:
- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
O menino feriu-se.

Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)

Formação da Voz Passiva

A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.

1- Voz Passiva Analítica


Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.

Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a prepo-
sição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das
frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)

b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)

c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)


O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe
a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Obs.: é menos frequente a construção da voz passi- - Inversamente, usamos formas ativas com sentido
va analítica com outros verbos que podem eventualmente passivo:
funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou mar- Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
cada pela doença. Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)

2- Voz Passiva Sintética - Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido


A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o
o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. sujeito é paciente.
Por exemplo: Chamo-me Luís.
Abriram-se as inscrições para o concurso. Batizei-me na Igreja do Carmo.
Destruiu-se o velho prédio da escola. Operou-se de hérnia.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva Vacinaram-se contra a gripe.
sintética.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/
Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz la- morf54.php
tina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacio-
nam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem Questões sobre Vozes dos Verbos
o significado de voz passiva como sendo a voz que expres-
sa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois 01. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI-
elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE NISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em “Os dados foram divulgados
e AGENTE DA PASSIVA. ontem pelo Instituto Sou da Paz.”, a expressão destacada é
(A) adjunto adnominal.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva (B) sujeito paciente.
(C) objeto indireto.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs- (D) complemento nominal.
tancialmente o sentido da frase.
(E) agente da passiva.
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
02. (FCC-COPERGÁS – Auxiliar Técnico Administrativo -
2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. Trans-
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Pas-
pondo- -se a frase acima para a voz passiva, a forma
siva)
verbal resultante será:
Sujeito da Passiva Agente da Passiva
(A) era abatido.
(B) fora abatido.
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo (C) abatera-se.
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. (D) foi abatido.
Observe mais exemplos: (E) tinha abatido
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
nos. 03. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos ... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
mestres. dade como tais.
- Eu o acompanharei. Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo pas-
Ele será acompanhado por mim. sará a ser, corretamente,
(A) perceba.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, (B) foi percebido.
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: (C) tenham percebido.
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. (D) devam perceber.
(E) estava percebendo.
Saiba que:
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou refle- 04. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM
xivos, são chamados neutros. ESPECIALIDADE – FCC/2012) As ruas estavam ocupadas
O vinho é bom. pela multidão...
Aqui chove muito. A forma verbal resultante da transposição da frase aci-
ma para a voz ativa é:
- Há formas passivas com sentido ativo: (A) ocupava-se.
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) (B) ocupavam.
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nas- (C) ocupou.
cido.) (D) ocupa.
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) (E) ocupava.

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LÍNGUA PORTUGUESA

05. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) ma verbal resultante será:


A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva (A) foi empreendida.
está em: (B) são empreendidos.
(A) Quando Rodolfo surgiu... (C) foi empreendido.
(B) ... adquiriu as impressoras... (D) é empreendida.
(C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa. (E) são empreendidas.
(D) ... acolheu-o como patrono.
(E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do GABARITO
Recife ... 01. E 02. D 03. A 04. E 05. A
06. B 07. C 08. D 09. A 10. D
06. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a RESOLUÇÃO
constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- 1-) No enunciado temos uma oração com a voz passiva
ma verbal resultante é: do verbo. Transformando-a em ativa, teremos: “O Instituto
a) se constituiu. Sou da Paz divulgou dados”. Nessa, “Instituto Sou da Paz”
b) chegou a ser constituído. funciona como sujeito da oração, ou seja, na passiva sua
c) teria chegado a constituir. função é a de agente da passiva. O sujeito paciente é “os
d) chega a se constituir. dados”.
e) chegaria a ser constituído.
2-) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. =
07. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS Ele foi abatido...
CIVIL – FCC/2014 - ADAPTADA) ...’sertanejo’ indicava indis-
tintamente as músicas produzidas no interior do país... 3-) ... valores e princípios que sejam percebidos pela
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- sociedade como tais = dois verbos na voz passiva, então
ma verbal resultante será: teremos um na ativa: que a sociedade perceba os valores
(A) vinham indicadas. e princípios...
(B) era indicado.
(C) eram indicadas. 4-) As ruas estavam ocupadas pela multidão = dois
(D) tinha indicado. verbos na passiva, um verbo na ativa:
(E) foi indicada. A multidão ocupava as ruas.
08. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012 - 5-)
adaptada) Um exemplo de construção na voz passiva está B = as impressoras foram adquiridas...
em: C = família numerosa é sustentada...
(A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” D – foi acolhido como patrono...
(B) “o consumidor pode solicitar a devolução do di- E – a primeira grande folhetaria do Recife foi montada...
nheiro” 6-) O engajamento moral e político não chegou a cons-
(C) “enviar o brinquedo por sedex” tituir um deslocamento da atenção intelectual de Said =
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de dois verbos na voz ativa, mas com presença de preposição
Defesa do Consumidor” e, um deles, no infinitivo, então o verbo auxiliar “ser” ficará
(E) “A empresa fez campanha para recolher” no infinitivo (na voz passiva) e o verbo principal (constituir)
ficará no particípio: Um deslocamento da atenção intelec-
09. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010) tual de Said não chegou a ser constituído pelo engajamen-
Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde to...
vim a entender a tradução completa, a forma verbal resul-
tante será: 7-)’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas pro-
(A) veio a ser entendida. duzidas no interior do país.
(B) teria entendido. As músicas produzidas no país eram indicadas pelo
(C) fora entendida. sertanejo, indistintamente.
(D) terá sido entendida.
(E) tê-la-ia entendido. 8-)
(A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” = voz ativa
10. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do di-
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011 - ADAP- nheiro” = voz ativa
TADA) (C) “enviar o brinquedo por sedex” = voz ativa
... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série (D) “A empresa também é obrigada pelo Código de
Mulheres. Defesa do Consumidor” = voz passiva
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a for- (E) “A empresa fez campanha para recolher” = voz ativa

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LÍNGUA PORTUGUESA

9-)Mais tarde vim a entender a tradução completa... A oração, às vezes, é sinônimo de frase ou período
A tradução completa veio a ser entendida por mim. (simples) quando encerra um pensamento completo e vem
10-) ele empreende, de maneira quase clandestina, a limitada por ponto-final, ponto de interrogação, ponto de
série Mulheres. exclamação e por reticências.
A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira Um vulto cresce na escuridão. Clarissa encolhe-se. É Vas-
quase clandestina. co.

Acima temos três orações correspondentes a três pe-


ríodos simples ou a três frases. Mas, nem sempre oração é
1.2.3 SINTAXE: ANÁLISE SINTÁTICA frase: “convém que te apresses” apresenta duas orações,
DA ORAÇÃO, ANÁLISE SINTÁTICA DO mas uma só frase, pois somente o conjunto das duas é que
traduz um pensamento completo.
PERÍODO, PONTUAÇÃO, REGÊNCIA
Outra definição para oração é a frase ou membro de
E CONCORDÂNCIA, ESTUDO DA
frase que se organiza ao redor de um verbo. A oração pos-
CRASE E COLOCAÇÃO PRONOMINAL. sui sempre um verbo (ou locução verbal), que implica na
existência de um predicado, ao qual pode ou não estar li-
gado um sujeito.
Frase, período e oração: Assim, a oração é caracterizada pela presença de um
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para verbo. Dessa forma:
estabelecer comunicação. Expressa juízo, indica ação, esta- Rua! = é uma frase, não é uma oração.
do ou fenômeno, transmite um apelo, ordem ou exterioriza Já em: “Quero a rosa mais linda que houver, para enfei-
emoções. tar a noite do meu bem.” Temos uma frase e três orações:
Normalmente a frase é composta por dois termos – o As duas últimas orações não são frases, pois em si mesmas
sujeito e o predicado – mas não obrigatoriamente, pois em não satisfazem um propósito comunicativo; são, portanto,
membros de frase.
Português há orações ou frases sem sujeito: Há muito tem-
po que não chove.
Quanto ao período, ele denomina a frase constituí-
da por uma ou mais orações, formando um todo, com
Enquanto na língua falada a frase é caracterizada pela
sentido completo. O período pode ser simples ou com-
entoação, na língua escrita, a entoação é reduzida a sinais
posto.
de pontuação.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em
Período simples é aquele constituído por apenas uma
verbais e nominais, feita a partir de seus elementos consti-
oração, que recebe o nome de oração absoluta.
tuintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido
Chove.
global: A existência é frágil.
- frases interrogativas: o emissor da mensagem formu- Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres
la uma pergunta: Que queres fazer? de opinião.
- frases imperativas: o emissor da mensagem dá uma
ordem ou faz um pedido: Dê-me uma mãozinha! Faça-o Período composto é aquele constituído por duas ou
sair! mais orações:
- frases exclamativas: o emissor exterioriza um estado “Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver.”
afetivo: Que dia difícil! Cantei, dancei e depois dormi.
- frases declarativas: o emissor constata um fato: Ele já
chegou. Termos essenciais da oração:
Quanto à estrutura da frase, as frases que possuem
verbo (oração) são estruturadas por dois elementos essen- O sujeito e o predicado são considerados termos es-
ciais: sujeito e predicado. O sujeito é o termo da frase que senciais da oração, ou seja, sujeito e predicado são termos
concorda com o verbo em número e pessoa. É o “ser de indispensáveis para a formação das orações. No entanto,
quem se declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”. existem orações formadas exclusivamente pelo predicado.
O predicado é a parte da frase que contém “a informação O que define, pois, a oração, é a presença do verbo.
nova para o ouvinte”. Ele se refere ao tema, constituindo a O sujeito é o termo que estabelece concordância com
declaração do que se atribui ao sujeito. o verbo.
Quando o núcleo da declaração está no verbo, temos “Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos.”
o predicado verbal. Mas, se o núcleo estiver num nome, “Minhas primeiras lágrimas caíram dentro dos teus
teremos um predicado nominal: olhos”.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres Na primeira frase, o sujeito é minha primeira lágrima.
de opinião. Minha e primeira referem-se ao conceito básico expresso
A existência é frágil. em lágrima. Lágrima é, pois, a principal palavra do sujeito,

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LÍNGUA PORTUGUESA

sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. O núcleo - com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido
do sujeito relaciona-se com o verbo, estabelecendo a con- do pronome se. Esta é uma construção típica dos verbos
cordância. que não apresentam complemento direto:
A função do sujeito é basicamente desempenhada por Precisa-se de mentes criativas;
substantivos, o que a torna uma função substantiva da ora- Vivia-se bem naqueles tempos;
ção. Pronomes, substantivos, numerais e quaisquer outras Trata-se de casos delicados;
palavras substantivadas (derivação imprópria) também po- Sempre se está sujeito a erros.
dem exercer a função de sujeito. O pronome se funciona como índice de indetermina-
Ele já partiu; ção do sujeito.
Os dois sumiram;
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
Um sim é suave e sugestivo.
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: sos de orações sem sujeito com:
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do - os verbos que indicam fenômenos da natureza:
sujeito. Amanheceu repentinamente;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Está chuviscando.
tificável pela concordância verbal. O sujeito determinado
pode ser simples ou composto. - os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
possível identificar claramente a que se refere a concor- geral:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Está tarde.
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Ainda é cedo.
Estão gritando seu nome lá fora; Já são três horas, preciso ir;
Trabalha-se demais neste lugar. Faz frio nesta época do ano;
Há muitos anos aguardamos mudanças significativas;
O sujeito simples é o sujeito determinado que possui Faz anos que esperamos melhores condições de vida;
um único núcleo. Esse vocábulo pode estar no singular ou
O predicado é o conjunto de enunciados que numa
no plural; pode também ser um pronome indefinido.
dada oração contém a informação nova para o ouvinte.
Nós nos respeitamos mutuamente;
Nas orações sem sujeito, o predicado simplesmente enun-
A existência é frágil; cia um fato qualquer:
Ninguém se move; Chove muito nesta época do ano;
O amar faz bem. Houve problemas na reunião.

O sujeito composto é o sujeito determinado que pos- Nas orações que surge o sujeito, o predicado é aquilo
sui mais de um núcleo. que se declara a respeito desse sujeito.
Alimentos e roupas andam caríssimos; Com exceção do vocativo, que é um termo à parte,
Ela e eu nos respeitamos mutuamente; tudo o que difere do sujeito numa oração é o seu predi-
O amar e o odiar são tidos como duas faces da mesma cado.
moeda. Os homens (sujeito) pedem amor às mulheres (predica-
do);
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a Passou-me (predicado) uma ideia estranha (sujeito) pelo
referência ao sujeito oculto ( ou elíptico), isto é, ao núcleo pensamento (predicado).
do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido
pela desinência verbal ou pelo contexto. Para o estudo do predicado, é necessário verificar se
Abolimos todas as regras. = (nós) seu núcleo está num nome ou num verbo. Deve-se consi-
derar também se as palavras que formam o predicado re-
ferem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
O sujeito indeterminado surge quando não se quer
Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às
ou não se pode identificar claramente a que o predicado mulheres de opinião.
da oração refere--se. Existe uma referência imprecisa ao
sujeito, caso contrário, teríamos uma oração sem sujeito. O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
Na língua portuguesa o sujeito pode ser indetermina- se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se
do de duas maneiras: direta ou indiretamente ao verbo.
- com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o A existência (sujeito) é frágil (predicado).
sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
Bateram à porta; O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao
Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi- sujeito da oração. O verbo atua como elemento de ligação
nistro. entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.

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LÍNGUA PORTUGUESA

O predicado verbal é aquele que tem como núcleo Os homens sensíveis pedem amor às mulheres de opi-
significativo um verbo: nião;
Chove muito nesta época do ano; Os homens sinceros pedem-no às mulheres de opinião;
Senti seu toque suave; Dou-lhes três.
O velho prédio foi demolido. Houve muita confusão na partida final.
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro- O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:
cessos. - com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
referentes a pessoas:
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo Amar a Deus;
significativo um nome; esse nome atribui uma qualidade Adorar a Xangô;
ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo Estimar aos pais.
do sujeito. O predicativo é um nome que se liga a outro
nome da oração por meio de um verbo. - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, tratamento:
isto é, não indica um processo. O verbo une o sujeito ao Não excluo a ninguém;
predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado Não quero cansar a Vossa Senhoria.
do sujeito:
“Ele é senhor das suas mãos e das ferramentas.” - para evitar ambiguidade:
Ao povo prejudica a crise. (sem preposição, a situação
Na frase acima o verbo ser poderia ser substituído por seria outra)
estar, andar, ficar, parecer, permanecer ou continuar, atuan-
do como elemento de ligação entre o sujeito e as palavras O objeto indireto é o complemento que se liga indire-
a ele relacionadas. tamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
A função de predicativo é exercida normalmente por Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres;
um adjetivo ou substantivo.
Os homens pedem-lhes amor sincero;
Gosto de música popular brasileira.
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen-
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No
O termo que integra o sentido de um nome chama-se
predicado verbo-nominal, o predicativo pode referir-se ao
complemento nominal. O complemento nominal liga-se
sujeito ou ao complemento verbal.
ao nome que completa por intermédio de preposição:
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
Desenvolvemos profundo respeito à arte;
nificativo, indicando processos. É também sempre por in-
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o A arte é necessária à vida;
termo a que se refere. Tenho-lhe profundo respeito.
O dia amanheceu ensolarado;
As mulheres julgam os homens inconstantes Termos acessórios da oração e vocativo:

No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta Os termos acessórios recebem esse nome por serem
duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga- acidentais, explicativos, circunstanciais. São termos acessó-
ção. Esse predicado poderia ser desdobrado em dois, um rios o adjunto adverbial, adjunto adnominal, o aposto e o
verbal e outro nominal: vocativo.
O dia amanheceu;
O dia estava ensolarado. O adjunto adverbial é o termo da oração que indi-
ca uma circunstância do processo verbal, ou intensifica o
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função
o complemento homens como o predicativo inconstantes. adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais
exercerem o papel de adjunto adverbial.
Termos integrantes da oração: Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.

Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto
complemento nominal são chamados termos integrantes adverbial são:
da oração. - acréscimo: Além de tristeza, sentia profundo cansaço.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver- - afirmação: Sim, realmente irei partir.
bos transitivos, com eles formando unidades significativas. - assunto: Falavam sobre futebol.
Esses verbos podem se relacionar com seus complementos - causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede…
diretamente, sem a presença de preposição ou indireta- - companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas.
mente, por intermédio de preposição. - concessão: Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.
O objeto direto é o complemento que se liga direta- - conformidade: Fez tudo conforme o combinado.
mente ao verbo. - dúvida: Talvez nos deixem entrar.

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LÍNGUA PORTUGUESA

- fim: Estudou para o exame. c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,


- frequência: Sempre aparecia por lá. tudo isso forma o carnaval.
- instrumento: Fez o corte com a faca. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- intensidade: Corria bastante. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- limite: Andava atabalhoado do quarto à sala.
- lugar: Vou à cidade. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- matéria: Compunha-se de substâncias estranhas. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético.
- meio: Viajarei de trem. A função de vocativo é substantiva, cabendo a subs-
- modo: Foram recrutados a dedo. tantivos, pronomes substantivos, numerais e palavras subs-
- negação: Não há ninguém que mereça. tantivadas esse papel na linguagem.
- preço: As casas estão sendo vendidas a preços exorbi-
tantes. João, venha comigo!
- substituição ou troca: Abandonou suas convicções por Traga-me doces, minha menina!
privilégios econômicos.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- O período composto caracteriza-se por possuir mais
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função de uma oração em sua composição. Sendo assim:
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que - Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também oração)
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais e - Estou comprando um protetor solar, depois irei à
os pronomes adjetivos. praia. (Período Composto =locução verbal, verbo, duas
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu orações)
amigo de infância. - Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um
protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora-
ções).
O adjunto adnominal liga-se diretamente ao substan-
tivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o predi-
Cada verbo ou locução verbal corresponde a uma
cativo do objeto liga-se ao objeto por meio de um verbo.
oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um perío-
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
do simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros
O poeta deixou-a.
exemplos são períodos compostos, pois têm mais de uma
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto: ad-
oração.
junto adnominal)
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer
O poeta português deixou uma obra inacabada.
entre as orações de um período composto: uma relação de
O poeta deixou-a inacabada. coordenação ou uma relação de subordinação.
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Duas orações são coordenadas quando estão juntas
objeto) em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de
informações, marcado pela pontuação final), mas têm, am-
Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um bas, estruturas individuais, como é o exemplo de:
substantivo, adjetivo ou advérbio; o adjunto nominal rela- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
ciona-se apenas ao substantivo. (Período Composto)
Podemos dizer:
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, 1. Estou comprando um protetor solar.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida num termo 2. Irei à praia.
que exerça qualquer função sintática. Separando as duas, vemos que elas são independentes.
É esse tipo de período que veremos agora: o Período
Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado. Composto por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, te-
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo mos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas
ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalen- Sindéticas.
te ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo:
Segunda-feira passei o dia mal-humorado. Coordenadas Assindéticas
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va- São orações coordenadas entre si e que não são liga-
lor na oração, em: das através de nenhum conectivo. Estão apenas justapos-
a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma- tas.
nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
mundo. Coordenadas Sindéticas
b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas Ao contrário da anterior, são orações coordenadas en-
coisas: amor, arte, ação. tre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coor-

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LÍNGUA PORTUGUESA

denativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração Podemos modificar o período acima. Veja:
uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são Eu sinto existir em meu gesto o teu
classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alterna- gesto.
tivas, conclusivas e explicativas. Oração Principal Oração Subordinada

Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas prin- A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu
cipais conjunções são: e, nem, não só... mas também, não sinto” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração
só... como, assim... como. subordinada “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que
Não só cantei como também dancei. a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo.
Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia. Além disso, a conjunção “que”, conectivo que unia as duas
Comprei o protetor solar e fui à praia. orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo
surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas não -, gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzi-
principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretan- das ou implícitas.
to, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por
Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dan-
conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventual-
çando.
mente, introduzidas por preposição.
Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à
praia.
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas
principais conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer; A oração subordinada substantiva tem valor de subs-
seja...seja. tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte-
Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. grante (que, se).
Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras Suponho que você foi à biblioteca hoje.
diferentes. Oração Subordinada Substantiva
Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quar-
to. Você sabe se o presidente já chegou?
Oração Subordinada Substantiva
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também
principais conjunções são: logo, portanto, por fim, por con- introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
seguinte, consequentemente, pois (posposto ao verbo) como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde,
Passei no concurso, portanto irei comemorar. como). Veja os exemplos:
Conclui o meu projeto, logo posso descansar. O garoto perguntou qual seu nome.
Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada. Oração Subordinada Substantiva
A situação é delicada; devemos, pois, agir
Não sabemos por que a vizinha se
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas mudou.
principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verda- Oração Subordinada Substan-
de, pois (anteposto ao verbo). tiva
Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
Só fiquei triste por você não ter viajado comigo. Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
Não fui à praia, pois queria descansar durante o Do-
vas
mingo.
De acordo com a função que exerce no período, a ora-
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
ção subordinada substantiva pode ser:
Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: a) Subjetiva
“Eu sinto que em meu gesto existe o É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito
teu gesto.” do verbo da oração principal. Observe:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental o seu comparecimento à reu-
nião.
Observe que na oração subordinada temos o verbo Sujeito
“existe”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
do presente do indicativo. As orações subordinadas que É fundamental que você compareça à reu-
apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tem- nião.
pos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são Oração Principal Oração Subordinada Substantiva
chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas. Subjetiva

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LÍNGUA PORTUGUESA

Atenção: Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste


Observe que a oração subordinada substantiva pode nisso)
ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos um pe- Oração Subordinada Substantiva Objetiva
ríodo simples: Indireta
É fundamental isso. ou Isso é fundamental.
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica
Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exerce- na oração.
rá a função de sujeito Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração Oração Subordinada Substantiva Objetiva
principal: Indireta

- Verbos de ligação + predicativo, em construções do d) Completiva Nominal


A oração subordinada substantiva completiva nominal
tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
completa um nome que pertence à oração principal e tam-
claro - Está evidente - Está comprovado
bém vem marcada por preposição.
É bom que você compareça à minha festa.
Sentimos orgulho de seu comportamento.
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se Complemento Nominal
- Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado
- Ficou provado Sentimos orgulho de que você se comportou. (Senti-
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. mos orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva Completiva
- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - Nominal
importar - ocorrer - acontecer
Convém que não se atrase na entrevista. Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é sub- que orações subordinadas substantivas completivas nomi-
jetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pes- nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma
soa do singular. da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o
b) Objetiva Direta complemento nominal: o primeiro complementa um verbo,
o segundo, um nome.
A oração subordinada substantiva objetiva direta exer-
ce função de objeto direto do verbo da oração principal. e) Predicativa
A oração subordinada substantiva predicativa exerce
Todos querem sua aprovação no concurso. papel de predicativo do sujeito do verbo da oração princi-
Objeto Direto pal e vem sempre depois do verbo ser.
Nosso desejo era sua desistência.
Todos querem que você seja aprovado. (Todos Predicativo do Sujeito
querem isso)
Oração Principal oração Subordinada Substantiva Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo
era isso)
Objetiva Direta
Oração Subordinada Substantiva
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Predicativa
desenvolvidas são iniciadas por:
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva
- Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”: “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não
A professora verificou se todos alunos estavam presentes. fui bem na prova.
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às f) Apositiva
vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: A oração subordinada substantiva apositiva exerce
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado. função de aposto de algum termo da oração principal.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade!
- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve- Aposto
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu (Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
não sei por que ela fez isso.
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!
c) Objetiva Indireta Oração Subordinada Substantiva
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua Apositiva
como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem reduzida de infinitivo
precedida de preposição.
Meu pai insiste em meu estudo. * Dica: geralmente há a presença dos dois pontos!
Objeto Indireto (:)

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LÍNGUA PORTUGUESA

2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS dualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa,


sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui também orações que realçam um detalhe ou amplificam
valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As dados sobre o antecedente, que já se encontra suficien-
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem temente definido, as quais denominam-se subordinadas
a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe adjetivas explicativas.
o exemplo: Exemplo 1:
Esta foi uma redação bem-sucedida. Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno- homem que passava naquele momento.
minal)
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo
adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos Nesse período, observe que a oração em destaque res-
outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo pa- tringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-
pel. Veja: se de um homem específico, único. A oração limita o uni-
Esta foi uma redação que fez sucesso. verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens,
Oração Principal Oração Subordinada Ad- mas sim àquele que estava passando naquele momento.
jetiva
Exemplo 2:
Perceba que a conexão entre a oração subordinada ad- O homem, que se considera racional, muitas vezes
jetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita age animalescamente.
pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou relacio- Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
nar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma
função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que Nesse período, a oração em destaque não tem sentido
seria exercido pelo termo que o antecede. restritivo em relação à palavra “homem”; na verdade, essa
Obs.: para que dois períodos se unam num período oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar
composto, altera-se o modo verbal da segunda oração. contida no conceito de “homem”.
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reco- Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicativa
nhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser subs- é separada da oração principal por uma pausa que, na es-
tituído por: o qual - a qual - os quais - as quais crita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que
Refiro-me ao aluno que é estudioso. a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as
Essa oração é equivalente a: orações explicativas das restritivas; de fato, as explicativas
Refiro-me ao aluno o qual estuda. vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.

Forma das Orações Subordinadas Adjetivas 3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Quando são introduzidas por um pronome relativo e Uma oração subordinada adverbial é aquela que exer-
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as ce a função de adjunto adverbial do verbo da oração prin-
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi- cipal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo,
das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desen-
reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo volvida, vem introduzida por uma das conjunções subor-
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o dinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a in-
particípio). troduz.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
No primeiro período, há uma oração subordinada ad- Oração Subordinada Adverbial
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito Observe que a oração em destaque agrega uma cir-
perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subor- cunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração su-
dinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome re- bordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são
lativo e seu verbo está no infinitivo. termos acessórios que indicam uma circunstância refe-
rente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas adverbial depende da exata compreensão da circunstância
que exprime. Observe os exemplos abaixo:
Na relação que estabelecem com o termo que caracte- Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
rizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de minha vida.
duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de
especificam o sentido do termo a que se referem, indivi- minha vida.

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LÍNGUA PORTUGUESA

No primeiro período, “naquele momento” é um ad- Principal conjunção subordinativa condicional: SE


junto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal Outras conjunções condicionais: caso, contanto que,
“senti”. No segundo período, esse papel é exercido pela desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que,
oração “Quando vi a estátua”, que é, portanto, uma oração sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvol- Se o regulamento do campeonato for bem elaborado,
vida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa certamente o melhor time será campeão.
(quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicati- Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o
vo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível contrato.
reduzi-la, obtendo-se: Caso você se case, convide-me para a festa.

Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de d) Concessão


minha vida. As orações subordinadas adverbiais concessivas indi-
cam concessão às ações do verbo da oração principal, isto
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia
das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é de concessão está diretamente ligada ao contraste, à que-
introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma bra de expectativa.
preposição (“a”, combinada com o artigo “o”). Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
Obs.: a classificação das orações subordinadas adver- Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locu-
biais é feita do mesmo modo que a classificação dos ad- ções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, pos-
juntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela to que, apesar de que.
oração. Só irei se ele for.
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordina- só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
das Adverbiais Compare agora com:
Irei mesmo que ele não vá.
a) Causa
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
provoca um determinado fato, ao motivo do que se declara
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
na oração principal. “É aquilo ou aquele que determina um
cessiva.
acontecimento”.
Observe outros exemplos:
Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE
Embora fizesse calor, levei agasalho.
Outras conjunções e locuções causais: como (sempre
introduzido na oração anteposta à oração principal), pois, Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos me-
pois que, já que, uma vez que, visto que. tade da população continua à margem do mercado de con-
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte. sumo.
Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve al- Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embo-
ternativa a não ser cancelá-lo. ra não estudasse). (reduzida de infinitivo)
Já que você não vai, eu também não vou.
e) Comparação
b) Consequência As orações subordinadas adverbiais comparativas esta-
As orações subordinadas adverbiais consecutivas ex- belecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo
primem um fato que é consequência, que é efeito do que da oração principal.
se declara na oração principal. São introduzidas pelas con- Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO
junções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto Ele dorme como um urso.
que, etc., e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho... Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações
que. subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo:
Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE Agem como crianças. (agem)
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho) Oração Subordinada Adverbial Comparativa
É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa
dor.) No entanto, quando se comparam ações diferentes,
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- isso não ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (com-
cretizando-os. paração do verbo falar e do verbo fazer).
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi-
da de Infinitivo) f) Conformidade

c) Condição As orações subordinadas adverbiais conformativas indi-


Condição é aquilo que se impõe como necessário para cam ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra,
a realização ou não de um fato. As orações subordinadas um modelo adotado para a execução do que se declara na
adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocor- oração principal.
rer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expres- Principal conjunção subordinativa conformativa: CON-
so na oração principal. FORME

66
LÍNGUA PORTUGUESA

Outras conjunções conformativas: como, consoante e 02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”.
segundo (todas com o mesmo valor de conforme). A oração em destaque é:
Fiz o bolo conforme ensina a receita. a) coordenada explicativa
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm b) coordenada adversativa
direitos iguais. c) coordenada aditiva
d) coordenada conclusiva
g) Finalidade e) coordenada assindética
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a
intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração 03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Re-
principal. leia o seguinte trecho:
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a
prática.
locução conjuntiva para que.
Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos.
norma- -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada en- termo em destaque, o trecho estará corretamente reescrito
trasse. em:
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como
h) Proporção quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
As orações subordinadas adverbiais proporcionais ex- para nossa vida prática.
primem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como
expresso na oração principal. quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcio- para nossa vida prática.
nal: À PROPORÇÃO QUE C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior... sa vida prática.
(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como qua-
quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais... se toda a cultura humanística, têm pouca relevância para
(menos), quanto menos...(mais), quanto menos...(menos). nossa vida prática.
À proporção que estudávamos, acertávamos mais ques- E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
tões.
sa vida prática.
Visito meus amigos à medida que eles me convidam.
Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.)
Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao auto-
i) Tempo móvel mas também da necessidade de maior número de
As orações subordinadas adverbiais temporais acres- viagens... –, os termos em destaque estabelecem relação de
centam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração A) explicação.
principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, an- B) oposição.
terioridade ou posterioridade. C) alternância.
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO D) conclusão.
Outras conjunções subordinativas temporais: enquan- E) adição.
to, mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as
vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. 05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que
Quando você foi embora, chegaram outros convidados. estaremos a seu lado sempre.
Sempre que ele vem, ocorrem problemas. Marque a opção correta quanto à sua classificação:
Mal você saiu, ela chegou. A) Coordenada sindética aditiva.
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi- B) Coordenada sindética alternativa.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio) C) Coordenada sindética conclusiva.
D) Coordenada sindética explicativa.
Questões sobre Orações Coordenadas
06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor ad-
versativo é:
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplan- A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
tação integral de gosto e de estilo” tem valor: B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
A) conclusivo C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
B) adversativo de pedir esmola”.
C) concessivo D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
D) explicativo tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie-
E) alternativo dade”.

67
LÍNGUA PORTUGUESA

E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di- B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como
nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul- quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância
tura, acesso à saúde E à educação”. para nossa vida prática. = conformativa
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase
07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjun- toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
ção sublinhada está corretamente indicado entre parênte- sa vida prática. = conclusiva
ses.
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase
A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
tende trabalhar como advogado. (explicação) toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nos-
B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição) sa vida prática. = explicativa
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu
preocupe. (oposição) substituir por porque; como conclusiva: substituo por por-
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã. tanto.
(alternância)
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam 4-) fruto não só do novo acesso da população ao au-
toda a chuva. (conclusão) tomóvel mas também da necessidade de maior número de
viagens... estabelecem relação de adição de ideias, de fatos
08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas
no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique 5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sem-
-as, respectivamente, como coordenadas: pre.
A) adversativa e aditiva. = conjunção explicativa (= porque) - coordenada sin-
B) explicativa e aditiva. dética explicativa
C) adversativa e alternativa. D) aditiva e alternativa.
6-)
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não
09. Um livro de receita é um bom presente porque aju- ajuda (ideia contrária)
da as pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque” B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
pode ser substituída, sem alteração de sentido, por = adição
A) entretanto.
C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa
B) então.
C) assim. de pedir esmola”. = adição
D) pois. D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manu-
E) porém. tenção da miséria E prejudica o desenvolvimento da socie-
dade”. = adição
10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, te- E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de di-
mos a presença de uma oração coordenada que pode ser nheiro, de moradia digna, emprego, segurança, lazer, cul-
classificada em: tura, acesso à saúde E à educação”. = adição
A) Coordenada assindética;
B) Coordenada assindética aditiva; 7-)
C) Coordenada sindética alternativa; A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pre-
D) Coordenada sindética aditiva.
tende trabalhar como advogado. = adversativa
GABARITO C) Você está preparado para a prova; por isso, não se
01. B 02. E 03. D 04. E 05. D preocupe. = conclusão
06. A 07. B 08. A 09. D 10. D D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
RESOLUÇÃO = explicativa
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam
1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação inte- toda a chuva. = alternativa
gral de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portan-
to: oração coordenada sindética adversativa 8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversa-
tiva
2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames =
- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva
a oração em destaque não é introduzida por conjunção,
então: coordenada assindética
9-) Um livro de receita é um bom presente porque aju-
3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção da as pessoas que não sabem cozinhar.
(e ideia) adversativa = conjunção explicativa: pois
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como
quase toda a cultura humanística, têm pouca relevância 10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adi-
para nossa vida prática. = conclusiva ção, soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva.

68
LÍNGUA PORTUGUESA

Questões sobre Orações Subordinadas A) condição.


B) causa.
(Papiloscopista Policial – Vunesp/2013). C) comparação.
Mais denso, menos trânsito D) tempo.
E) concessão.
As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e
em processo de deterioração agudizado pelo crescimento 03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas
econômico da última década. Existem deficiências evidentes que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas,
em infraestrutura, mas é importante também considerar o exceto:
planejamento urbano. A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço.
Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita
desconcentração, incentivando a criação de diversos centros sobre sua vida.
C) Ignoras quanto custou meu relógio?
urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebi-
de deslocamento.
dos.
Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião
centros e o aumento das distâncias multiplicam o número de
viagens, dificultando o investimento em transporte coletivo e 04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP –
aumentando a necessidade do transporte individual. 2013). Considere a tirinha em que se vê Honi conversando
Se olharmos Los Angeles como a região que levou a com seu Namorado Lute.
desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências.
Numa região rica como a Califórnia, com enorme investi-
mento viário, temos engarrafamentos gigantescos que vira-
ram característica da cidade.
Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com
elevado adensamento e predominância do transporte coleti-
vo, como mostram Manhattan e Tóquio.
O centro histórico de São Paulo é a região da cidade
mais bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura
de telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em outras
grandes cidades, essa deveria ser a região mais adensada da
metrópole. Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento
gradual do centro, com deslocamento das atividades para
diversas regiões da cidade.
A visão de adensamento com uso abundante de trans-
porte coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será pos-
sível reverter esse processo de uso cada vez mais intenso do
transporte individual, fruto não só do novo acesso da popu-
lação ao automóvel, mas também da necessidade de maior
número de viagens em função da distância cada vez maior
entre os destinos da população.
(Dik Browne, Folha de S. Paulo, 26.01.2013)
(Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013.
Adaptado)
É correto afirmar que a expressão contanto que esta-
As expressões mais denso e menos trânsito, no título,
belece entre as orações relação de
estabelecem entre si uma relação de A) causa, pois Honi quer ter filhos e não deseja traba-
(A) comparação e adição. lhar depois de casada.
(B) causa e consequência. B) comparação, pois o namorado espera ter sucesso
(C) conformidade e negação. como cantor romântico.
(D) hipótese e concessão. C) tempo, pois ambos ainda são adolescentes, mas já
(E) alternância e explicação pensam em casamento.
D) condição, pois Lute sabe que exercendo a profissão
02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- de músico provavelmente ganhará pouco.
NESP – 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positi- E) finalidade, pois Honi espera que seu futuro marido
vo por eles se tornarem uma referência positiva dentro da torne-se um artista famoso.
unidade, já que cumprem melhor as regras, respeitam o
próximo e pensam melhor nas suas ações, refletem antes 05. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –
de tomar uma atitude. – o termo em destaque estabelece Apesar da desconcentração e do aumento da extensão
entre as orações uma relação de urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver

69
LÍNGUA PORTUGUESA

e adensar ainda mais os diversos centros já existentes... –, 09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país
sem que tenha seu sentido alterado, o trecho em destaque bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
está corretamente reescrito em: mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alter-
A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Ex- nativa que substitui a expressão em negrito, sem prejuízo
tensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvol- ao conteúdo, é:
ver e adensar ainda mais os diversos centros já existentes... A) já que.
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au- B) todavia.
mento da extensão urbana no Brasil, é importante desen- C) ainda que.
volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen- D) entretanto.
tes... E) talvez.
C) Assim como são verificados a desconcentração e o
aumento da extensão urbana no Brasil, é importante de- 10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alter-
senvolver e adensar ainda mais os diversos centros já exis- nativa que substitui o trecho em destaque na frase – Assi-
tentes... narei o documento, contanto que garantam sua autenti-
D) Visto que com a desconcentração e o aumento da cidade. – sem que haja prejuízo de sentido.
extensão urbana verificados no Brasil, é importante desen- (A) desde que garantam sua autenticidade.
volver e adensar ainda mais os diversos centros já existen- (B) no entanto garantam sua autenticidade.
tes... (C) embora garantam sua autenticidade.
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen- (D) portanto garantam sua autenticidade.
to da extensão urbana verificados no Brasil, é importante (E) a menos que garantam sua autenticidade.
desenvolver e adensar ainda mais os diversos centros já
existentes... GABARITO
01. B 02. B 03. C 04. D 05. A
06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em – 06. C 07. D 08. E 09. C 10. A
É fundamental que essa visão de adensamento com uso RESOLUÇÃO
abundante de transporte coletivo seja recuperada para
1-) mais denso e menos trânsito = mais denso, conse-
que possamos reverter esse processo de uso… –, a expres-
quentemente, menos trânsito, então: causa e consequência
são em destaque estabelece entre as orações relação de
A) consequência.
2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece en-
B) condição.
tre as orações uma relação de causa com a consequência
C) finalidade.
de “tem um efeito positivo”.
D) causa.
E) concessão.
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração
subordinada substantiva objetiva direta
07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013 – adap.). A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou
Considere o trecho: “Como as músicas eram de protesto, seja, não se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos
naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança na- verbos “convir”, “parecer”, “importar”, “constar” etc., e tam-
cional pela ditadura militar e exilado.” O termo Como, em bém não inicia com as conjunções integrantes “que” e “se”.
destaque na primeira parte do enunciado, expressa ideia
de 4-) a expressão contanto que estabelece uma relação
A) contraste e tem sentido equivalente a porém. de condição (condicional)
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que.
C) conformidade e tem sentido equivalente a confor- 5-) Apesar da desconcentração e do aumento da ex-
me. tensão urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva
D) causa e tem sentido equivalente a visto que. B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o au-
E) finalidade e tem sentido equivalente a para que. mento da extensão urbana no Brasil, = causal
C) Assim como são verificados a desconcentração e o
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças aumento da extensão urbana no Brasil = comparativa
Públicas – VUNESP – 2013-adap.) No trecho – “Fio, disjun- D) Visto que com a desconcentração e o aumento da
tor, tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho extensão urbana verificados no Brasil = causal
que chega a contaminar-me. –, a construção tanto ... que E) De maneira que, com a desconcentração e o aumen-
estabelece entre as construções [com tanto orgulho] e [que to da extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas
chega a contaminar-me] uma relação de
A) condição e finalidade. 6-) para que possamos = conjunção final (finalidade)
B) conformidade e proporção.
C) finalidade e concessão. 7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa
D) proporção e comparação. ideia de causa da consequência “foi enquadrado” = causa
E) causa e consequência. e tem sentido equivalente a visto que.

70
LÍNGUA PORTUGUESA

8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a 05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito
construção estabelece uma relação de causa e consequên- das seguintes orações em relação aos verbos destacados:
cia. (a causa da “contaminação” – consequência) - Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de
vida.
9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país - Neste ano, quero prestar serviço voluntário.
bem mais fechado – embora em doze dias recebam o mes-
mo número de imigrantes que o Brasil em um ano.” = A)Tu – vós
conjunção concessiva: ainda que B)Nós – eu
10-) contanto que garantam sua autenticidade. = con- C)Vós – nós
junção condicional = desde que D) Ele - tu

Questões sobre Análise Sintática 06. Classifique o sujeito das orações destacadas no tex-
to seguinte e, a seguir, assinale a sequência correta.
01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os É notável, nos textos épicos, a participação do sobrena-
trabalhadores passaram mais tempo na escola... tural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacio-
O segmento grifado acima possui a mesma função sin- nalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deu-
tática que o destacado em: ses tomam partido e interferem nas aventuras dos heróis,
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. ajudando-os ou atrapalhando- -os.
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa clas- A)simples, composto
se. B)indeterminado, composto
C) O crescimento da escolaridade também foi impul- C)simples, simples
sionado... D) oculto, indeterminado
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino mé-
dio... 07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”.
E) ...impulsionado pelo aumento do número de uni-
Identifique a alternativa que classifica corretamente a fun-
versidades...
ção sintática e a classe morfológica dos termos destacados:
A) objeto indireto – substantivo
02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos
B) objeto direto - substantivo
de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...],
C) sujeito – adjetivo
sabiam os paulistas como...
D) objeto direto – adjetivo
O segmento em destaque na frase acima exerce a mes-
E) sujeito - substantivo
ma função sintática que o elemento grifado em:
A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mos-
tradores para a volta. GABARITO
B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescenta- 01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E
riam aqueles de considerável... RESOLUÇÃO
C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o
sinal. 1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola
D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer flores- = SUJEITO
ta, podia significar uma pista. A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = ob-
E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam- jeto direto
nos a vila de São Paulo como centro... B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
= objeto direto
03. Há complemento nominal em: C) O crescimento da escolaridade também foi impulsio-
A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada. nado... = sujeito paciente
B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
ganhar a vida. = objeto direto
C)Ela estava na janela do edifício. E) ...impulsionado pelo aumento do número de univer-
D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. sidades... = agente da passiva
E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e
mocinho de cinema. 2-) Donos de uma capacidade de orientação nas bre-
nhas selvagens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO
04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o ter- A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL
mo destacado é: B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= ad-
A) pronome possessivo junto adverbial
B) complemento nominal C) seria perceptível o sinal. = predicativo
C) objeto indireto D) Uma sequência de tais galhos = sujeito
D) adjunto adnominal E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto
E) objeto direto direto

71
LÍNGUA PORTUGUESA

3-) Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por


A) o beijo da madrugada. = adjunto adnominal todos os seus falantes em todos os lugares e em qual-
B)a sua possibilidade de ganhar a vida. = complemento quer situação. Sabe-se que, numa mesma língua, há for-
nominal (possibilidade de quê?) mas distintas para traduzir o mesmo significado dentro de
C)na janela do edifício. = adjunto adnominal um mesmo contexto. Suponham-se, por exemplo, os dois
D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto enunciados a seguir:
indireto
E) a brincar de bandido e mocinho de cinema = objeto Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele faz
indireto tempo.
Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há
4-) esta lhe deu cem mil contos = o verbo DAR é bitran- anos.
sitivo, ou seja, transitivo direto e indireto, portanto precisa Qualquer falante do português reconhecerá que os
de dois complementos – dois objetos: direto e indireto. dois enunciados pertencem ao seu idioma e têm o mesmo
Deu o quê? = cem mil contos (direto)
sentido, mas também que há diferenças. Pode dizer, por
Deu a quem? lhe (=a ele, a ela) = indireto
exemplo, que o segundo é de gente mais “estudada”.
Isso é prova de que, ainda que intuitivamente e sem
5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre qua-
saber dar grandes explicações, as pessoas têm noção de
lidade de vida.
- Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário. que existem muitas maneiras de falar a mesma língua. É o
que os teóricos chamam de variações linguísticas.
6-) É notável, nos textos épicos, a participação do so- As variações que distinguem uma variante de outra
brenatural. É frequente a mistura de assuntos relativos ao se manifestam em quatro planos distintos, a saber: fônico,
nacionalismo com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os morfológico, sintático e lexical.
deuses tomam partido e interferem nas aventuras dos he-
róis, ajudando-os ou atrapalhando-os. Variações Fônicas
Ambos os termos apresentam sujeito simples
7-) Surgiram fotógrafos e repórteres. São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons
O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta constituintes da palavra. Os exemplos de variação fônica
(final da oração). Portanto: função sintática: sujeito (com- são abundantes e, ao lado do vocabulário, constituem os
posto); classe morfológica (classe de palavras): substanti- domínios em que se percebe com mais nitidez a diferen-
vos. ça entre uma variante e outra. Entre esses casos, podemos
citar:
- a queda do “r” final dos verbos, muito comum na lin-
1.3 SEMÂNTICA E ESTILÍSTICA
guagem oral no português: falá, vendê, curti (em vez de
1.3.1 VARIEDADES LINGUÍSTICAS.
curtir), compô.
1.3.2 SINONÍMIA E ANTONÍMIA, - o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu
HIPONÍMIA E HIPERONÍMIA, me alembro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem
POLISSEMIA, AMBIGUIDADE. clássica, hoje frequentes na fala caipira.
1.3.3 DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO, - a queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava,
FIGURAS DE LINGUAGEM, FUNÇÕES DA marelo (amarelo), margoso (amargoso), características na
LINGUAGEM E VÍCIOS DA LINGUAGEM. linguagem oral coloquial.
1.3.4 VERSIFICAÇÃO. - a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis
(Petrópolis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas for-
mam típicas de pessoas de baixa extração social.
- A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maio-
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ria das regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do
Rio Grande do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na
“Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; linguagem caipira): quintau, quintar, quintal; pastéu, paster,
se um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor pastel; faróu, farór, farol.
da idade; se uma matrona autoritária ou uma dedicada; se - deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato,
um mercador errante ou um lavrador de pequeno campo preguntar, estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa
fértil (...)” extração social.

Todas as pessoas que falam uma determinada língua Variações Morfológicas


conhecem as estruturas gerais, básicas, de funcionamento
podem sofrer variações devido à influência de inúmeros São as que ocorrem nas formas constituintes da pa-
fatores. Tais variações, que às vezes são pouco perceptíveis lavra. Nesse domínio, as diferenças entre as variantes não
e outras vezes bastantes evidentes, recebem o nome gené- são tão numerosas quanto as de natureza fônica, mas não
rico de variedades ou variações linguísticas. são desprezíveis. Como exemplos, podemos citar:

72
LÍNGUA PORTUGUESA

- o uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para - a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito
criar o superlativo de adjetivos, recurso muito característico para formar o grau superlativo dos adjetivos, características
da linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em da linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior le-
vez de humaníssimo), uma prova hiper difícil (em vez de gal; maior difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado.
dificílima), um carro hiper possante (em vez de possantís- - as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas
simo). e, às vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de
- a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos piada de lado a lado do Oceano. Em Portugal chamam de
regulares: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver), cueca aquilo que no Brasil chamamos de calcinha; o que
se ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser). chamamos de fila no Brasil, em Portugal chamam de bicha;
- a conjugação de verbos regulares pelo modelo de café da manhã em Portugal se diz pequeno almoço; cami-
irregulares: vareia (varia), negoceia (negocia). sola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de suéter,
- uso de substantivos masculinos como femininos ou malha, camiseta.
vice-versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a
champanha (o champanha), tive muita dó dela (muito dó),
Designações das Variantes Lexicais:
mistura do cal (da cal).
- a omissão do “s” como marca de plural de substanti-
vos e adjetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as - Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso
amiga, os livro indicado, as noite fria, os caso mais comum. e, por isso, denunciam uma linguagem já ultrapassada e
- o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Es- envelhecida. É o caso de reclame, em vez de anúncio publi-
pero que o Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas citário; na década de 60, o rapaz chamava a namorada de
últimas eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava broto (hoje se diz gatinha ou forma semelhante), e um ho-
acontecer; Não é possível que ele esforçou (tenha se esfor- mem bonito era um pão; na linguagem antiga, médico era
çado) mais que eu. designado pelo nome físico; um bobalhão era chamado de
coió ou bocó; em vez de refrigerante usava-se gasosa; algo
Variações Sintáticas muito bom, de qualidade excelente, era supimpa.

Dizem respeito às correlações entre as palavras da fra- - Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de
se. No domínio da sintaxe, como no da morfologia, não palavras recém-criadas, muitas das quais mal ou nem es-
são tantas as diferenças entre uma variante e outra. Como traram para os dicionários. A moderna linguagem da com-
exemplo, podemos citar: putação tem vários exemplos, como escanear, deletar, prin-
- o uso de pronomes do caso reto com outra função tar; outros exemplos extraídos da tecnologia moderna são
que não a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) mixar (fazer a combinação de sons), robotizar, robotização.
na rua; não irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve
entre tu (em vez de ti) e ele. - Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras
- o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe emprestadas de outra língua, que ainda não foram apor-
(em vez de “o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem. tuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso,
- a ausência da preposição adequada antes do prono- há muitas expressões latinas, sobretudo da linguagem ju-
me relativo em função de complemento verbal: são pes- rídica, tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o
soas que (em vez de: de que) eu gosto muito; este é o me- corpo” ou, mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso
lhor filme que (em vez de a que) eu assisti; você é a pessoa facto (“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo”), ipsis lit-
que (em vez de em que) eu mais confio.
teris (textualmente, “com as mesmas letras”), grosso modo
- a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pro-
(“de modo grosseiro”, “impreciso”), sic (“assim, como está
nome “que” no início da frase mais a combinação da pre-
escrito”), data venia (“com sua permissão”).
posição “de” com o pronome “ele” (=dele): É um amigo
que eu já conhecia a família dele (em vez de ...cuja família As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight
eu já conhecia). (compreensão repentina de algo, uma percepção súbita),
- a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo feeling (“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing
quando se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu (conjunto de informações básicas), jingle (mensagem pu-
quero falar com você (em vez de contigo); Fala baixo que a blicitária em forma de música).
sua (em vez de tua) voz me irrita. Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que
- ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles ainda não se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-
chegou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou concours (“fora de concurso”, sem concorrer a prêmios),
naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios. tête-à-tête (palestra particular entre duas pessoas), esprit
de corps (“espírito de corpo”, corporativismo), menu (car-
Variações Léxicas dápio), à la carte (cardápio “à escolha do freguês”), phy-
sique du rôle (aparência adequada à caracterização de um
É o conjunto de palavras de uma língua. As varian- personagem).
tes do plano do léxico, como as do plano fônico, são
muito numerosas e caracterizam com nitidez uma va- - Jargão: é o lexo típico de um campo profissional
riante em confronto com outra. Eis alguns, entre múlti- como a medicina, a engenharia, a publicidade, o jorna-
plos exemplos possíveis de citar: lismo. No jargão médico temos uso tópico (para remédios

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LÍNGUA PORTUGUESA

que não devem ser ingeridos), apneia (interrupção da res- Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira?
piração), AVC ou acidente vascular cerebral (derrame cere- Vamos caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um
bral). No jargão jornalístico chama-se de gralha, pastel ou advogado? Um trabalhador braçal de construção civil? Um
caco o erro tipográfico como a troca ou inversão de uma médico? Um garimpeiro? Um repórter de televisão?
letra. A palavra lide é o nome que se dá à abertura de uma E quem usaria a frase abaixo?
notícia ou reportagem, onde se apresenta sucintamente o
assunto ou se destaca o fato essencial. Quando o lide é “Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os la-
muito prolixo, é chamado de nariz-de-cera. Furo é notícia drões.” (frase 2)
dada em primeira mão. Quando o furo se revela falso, foi
uma barriga. Entre os jornalistas é comum o uso do verbo Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes perten-
repercutir como transitivo direto: __ Vá lá repercutir a notícia centes a grupos sociais economicamente mais pobres.
de renúncia! (esse uso é considerado errado pela gramática Pessoas que, muitas vezes, não frequentaram nem a escola
normativa). primária, ou, quando muito, fizeram-no em condições não
adequadas.
- Gíria: é o lexo especial de um grupo (originariamen- Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes
te de marginais) que não deseja ser entendido por outros que tiveram possibilidades socioeconômicas melhores e
grupos ou que pretende marcar sua identidade por meio puderam, por isso, ter um contato mais duradouro com
da linguagem. Existe a gíria de grupos marginalizados, de a escola, com a leitura, com pessoas de um nível cultural
grupos jovens e de segmentos sociais de contestação, so- mais elevado e, dessa forma, “aperfeiçoaram” o seu modo
bretudo quando falam de atividades proibidas. A lista de de utilização da língua.
gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado (no Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação fei-
sentido de afetado por algum prejuízo ou má sorte), ir pro ta acima está bastante simplificada, uma vez que há diver-
brejo (ser malsucedido, fracassar, prejudicar-se irremedia- sos outros fatores que interferem na maneira como o fa-
velmente), cara ou cabra (indivíduo, pessoa), bicha (homos- lante escolhe as palavras e constrói as frases. Por exemplo,
sexual masculino), levar um lero (conversar). a situação de uso da língua: um advogado, num tribunal
de júri, jamais usaria a expressão “tá na cara”, mas isso não
- Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico ex- significa que ele não possa usá-la numa situação informal
cessivamente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em (conversando com alguns amigos, por exemplo).
vez de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir
(em vez de discordar); cinesíforo (em vez de motorista); ob- que as condições sociais influem no modo de falar dos in-
nubilar (em vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em divíduos, gerando, assim, certas variações na maneira de
vez de casamento); chufa (em vez de caçoada, troça). usar uma mesma língua. A elas damos o nome de variações
socioculturais.
- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja,
o uso de um léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É - Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser
o caso de quem diz, por exemplo, de saco cheio (em vez facilmente notada. Ela se caracteriza pelo acento linguís-
de aborrecido), se ferrou (em vez de se deu mal, arruinou- tico, que é o conjunto das qualidades fisiológicas do som
se), feder (em vez de cheirar mal), ranho (em vez de muco, (altura, timbre, intensidade), por isso é uma variante cujas
secreção do nariz). marcas se notam principalmente na pronúncia. Ao conjun-
to das características da pronúncia de uma determinada
Tipos de Variação região dá-se o nome de sotaque: sotaque mineiro, sota-
que nordestino, sotaque gaúcho etc. A variação geográfica,
Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para além de ocorrer na pronúncia, pode também ser percebida
as variantes linguísticas um sistema de classificação que no vocabulário, em certas estruturas de frases e nos sen-
seja simples e, ao mesmo tempo, capaz de dar conta de tidos diferentes que algumas palavras podem assumir em
todas as diferenças que caracterizam os múltiplos modos diferentes regiões do país.
de falar dentro de uma comunidade linguística. O principal Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho
problema é que os critérios adotados, muitas vezes, se su- abaixo, em que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, re-
perpõem, em vez de atuarem isoladamente. cria a fala de um típico sertanejo do centro-norte de Minas:
As variações mais importantes, para o interesse do
concurso público, são os seguintes: “__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado
Mangolô!].
- Sócio-Cultural: Esse tipo de variação pode ser per- __ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço.
cebido com certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a se- Não faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu
guinte frase: era moço, isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui,
de noite, foras d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” novo, gosta de fazer bonito, gosta de se comparecer. Hoje,
(frase 1) não, estou percurando é sossego...”

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutá- Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis,
veis. Elas se alteram com o passar do tempo e com o uso. a motoneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o anti-
Muda a forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o biótico, o enfarte, a acumputura, a biônica, o acrílico, o ta le-
sentido delas. Essas alterações recebem o nome de varia- gal, a apartheid, o som pop, as estruturas e a infraestrutura.
ções históricas. Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro
Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Mundo, a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o
Andrade. Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira, bandeirinha, o mass media, o Ibope, a renda per capita, a
mostra como a língua vai mudando com o tempo. No texto mixagem.
I, ele fala das palavras de antigamente e, no texto II, fala das Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o ser-
palavras de hoje. vomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurolo-
gia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o
Texto I Incra, a Unesco, o Isop, a Oea, e a ONU.
Antigamente Estão reclamando, porque não citei a conotação, o con-
glomerado, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM,
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a gui-
eram todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; comple- tarra elétrica.
tavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra
sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, tensora, vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster,
mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levantam filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo,
tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em carnet da girafa, poluição.
outra freguesia. (...) Os mais idosos, depois da janta, faziam o Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos
quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomava cautela fiscais. Knon-how. Barbeador elétrico de noventa microrra-
de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao ani- nhuras. Fenolite, Baquelite, LP e compacto. Alimentos super
matógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas congelados. Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV
de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de Rodoviária. Argh! Pow! Click!
pouco siso, se metiam em camisas de onze varas, e até em Não havia nada disso no Jornal do tempo de Vences-
calças pardas; não admira que dessem com os burros n’agua. lau Brás, ou mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas
(...) Embora sem saber da missa a metade, os presun- começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na
çosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso esquina, para consumo geral. A enumeração caótica não é
punham a mão em cumbuca. Era natural que com eles se uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na vida de todos
perdesse a tramontana. A pessoa cheia de melindres ficava os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e pa-
sentida com a desfeita que lhe faziam quando, por exemplo, lavras somos, finalmente, mas com que significado?
insinuavam que seu filho era artioso. Verdade seja que às (Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa,
vezes os meninos eram mesmo encapetados; chegavam a pi- Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)
tar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: verdadeiros
cromos, umas teteias. - De Situação: aquelas que são provocadas pelas al-
(...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os terações das circunstâncias em que se desenrola o ato de
meninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam comunicação. Um modo de falar compatível com determi-
ceroulas, bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, nada situação é incompatível com outra:
mas retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam.
Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora. Ô mano, ta difícil de te entendê.

Texto II Esse modo de dizer, que é adequado a um diálogo em


situação informal, não tem cabimento se o interlocutor é o
Entre Palavras professor em situação de aula.
Assim, um único indivíduo não fala de maneira unifor-
Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras me em todas as circunstâncias, excetuados alguns falantes
– circulamos. A maioria delas não figura nos dicionários de da linguagem culta, que servem invariavelmente de uma
há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo mo- linguagem formal, sendo, por isso mesmo, considerados
mento impõe-se tornar conhecimento de novas palavras e excessivamente formais ou afetados.
combinações de. São muitos os fatores de situação que interferem na
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar ne- fala de um indivíduo, tais como o tema sobre o qual ele
nhuma palavra ou locução atual, pelo seu ouvido, sem regis- discorre (em princípio ninguém fala da morte ou de suas
trá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar crenças religiosas como falaria de um jogo de futebol ou
com seu avô; talvez ele não entenda o que você diz. de uma briga que tenha presenciado), o ambiente físico em
O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Ve- que se dá um diálogo (num templo não se usa a mesma
maguet, a chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o ditafone, linguagem que numa sauna), o grau de intimidade entre
a informática, a dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em os falantes (com um superior, a linguagem é uma, com um
1940? colega de mesmo nível, é outra), o grau de comprometi-

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mento que a fala implica para o falante (num depoimento - Alfabeto, abecedário.
para um juiz no fórum escolhem-se as palavras, num rela- - Brado, grito, clamor.
to de uma conquista amorosa para um colega fala-se com - Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
menos preocupação). - Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
As variações de acordo com a situação costumam ser Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinô-
chamadas de níveis de fala ou, simplesmente, variações de nimo pelo outro. Embora irmanados pelo sentido comum,
estilo e são classificadas em duas grandes divisões: os sinônimos diferenciam-se, entretanto, uns dos outros,
- Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de refle- por matizes de significação e certas propriedades que o
xão sobre o que se diz, bem como o estado de atenção e escritor não pode desconhecer. Com efeito, estes têm sen-
vigilância. É na linguagem escrita, em geral, que o grau de tido mais amplo, aqueles, mais restrito (animal e quadrúpe-
formalidade é mais tenso. de); uns são próprios da fala corrente, desataviada, vulgar,
- Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta,
com despreocupação e espontaneidade, em que o grau de literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e
reflexão sobre o que se diz é mínimo. É na linguagem oral oftalmologista, cinzento e cinéreo).
íntima e familiar que esse estilo melhor se manifesta. A contribuição Greco-latina é responsável pela existên-
cia, em nossa língua, de numerosos pares de sinônimos.
Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pe- Exemplos:
queno trecho da gravação de uma conversa telefônica en- - Adversário e antagonista.
tre duas universitárias paulistanas de classe média, trans- - Translúcido e diáfano.
crito do livro Tempos Linguísticos, de Fernando Tarallo. AS - Semicírculo e hemiciclo.
reticências indicam as pausas. - Contraveneno e antídoto.
- Moral e ética.
- Colóquio e diálogo.
Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espíri-
- Transformação e metamorfose.
to, tem dia que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara
- Oposição e antítese.
rachada? Fica assim aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê
um artigo, lê?! Um menino lá que faiz pós-graduação na,
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se si-
na GV, ele me, nóis ficamo até duas hora da manhã ele me
nonímia, palavra que também designa o emprego de si-
explicando toda a matéria de economia, das nove da noite. nônimos.
Como se pode notar, não há preocupação com a pro- Antônimos: são palavras de significação oposta. Exem-
núncia nem com a continuidade das ideias, nem com a es- plos:
colha das palavras. Para exemplificar o estilo formal, eis um - Ordem e anarquia.
trecho da gravação de uma aula de português de uma pro- - Soberba e humildade.
fessora universitária do Rio de Janeiro, transcrito do livro - Louvar e censurar.
de Dinah Callou. A linguagem falada culta na cidade do Rio - Mal e bem.
de Janeiro. As pausas são marcadas com reticências.
A antonímia pode originar-se de um prefixo de senti-
...o que está ocorrendo com nossos alunos é uma frag- do oposto ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, sim-
mentação do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... pático/antipático, progredir/regredir, concórdia/discórdia,
e fica com uma série... de aspectos teóricos... isolados... que explícito/implícito, ativo/inativo, esperar/desesperar, co-
ele não sabe vincular a realidade nenhuma de seu idioma... munista/anticomunista, simétrico/assimétrico, pré-nupcial/
isto é válido também para a faculdade de letras... ou seja... pós-nupcial.
né? há uma série... de conceitos teóricos... que têm nomes
bonitos e sofisticados... mas que... na hora de serem em- Homônimos: são palavras que têm a mesma pronún-
pregados... deixam muito a desejar... cia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente.
Exemplos:
Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o - São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
grau de formalidade e planejamento típico do texto escrito, - Aço (substantivo) e asso (verbo).
mas trata-se de um estilo bem mais formal e vigiado que o
da menina ao telefone. Só o contexto é que determina a significação dos ho-
mônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade,
Significação das Palavras por isso é considerada uma deficiência dos idiomas.
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspec-
Significação das Palavras to fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:

Quanto à significação, as palavras são divididas nas se- Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e dife-
guintes categorias: rentes no timbre ou na intensidade das vogais.
- Rego (substantivo) e rego (verbo).
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproxima- - Colher (verbo) e colher (substantivo).
do. Exemplo: - Jogo (substantivo) e jogo (verbo).

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Apoio (verbo) e apoio (substantivo). Podemos citar ainda, como exemplos de palavras po-
- Para (verbo parar) e para (preposição). lissêmicas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que
- Providência (substantivo) e providencia (verbo). têm dezenas de acepções.
- Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
- Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras po-
per+o). dem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido fi-
gurado. Exemplos:
Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e di- - Construí um muro de pedra. (sentido próprio).
ferentes na escrita. - Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado).
- Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir). - As águas pingavam da torneira, (sentido próprio).
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emen- - As horas iam pingando lentamente, (sentido figura-
dar). do).
- Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato
de consertar). Denotação e Conotação: Observe as palavras em des-
- Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar). taque nos seguintes exemplos:
- Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (ace- - Comprei uma correntinha de ouro.
lerar). - Fulano nadava em ouro.
- Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo se- No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou desig-
lar). na simplesmente o conhecido metal precioso, tem sentido
- Censo (recenseamento) e senso (juízo). próprio, real, denotativo.
- Cerrar (fechar) e serrar (cortar). No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas,
- Paço (palácio) e passo (andar). poder, glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo,
- Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo). possui várias conotações (ideias associadas, sentimentos,
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cas- evocações que irradiam da palavra).
sar = anular).
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e Exercícios
sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo).
01. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pro- erros do passado.
núncia. a) eminente, deflagração, incidiram
- Caminhada (substantivo), caminhaada (verbo). b) iminente, deflagração, reincidiram
- Cedo (verbo), cedo (advérbio). c) eminente, conflagração, reincidiram
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). d) preste, conflaglação, incidiram
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). e) prestes, flagração, recindiram
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir). 02. “Durante a ........ solene era ........ o desinteresse do
mestre diante da ....... demonstrada pelo político”.
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pro- a) seção - fragrante - incipiência
núncia: Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, b) sessão - flagrante - insipiência
tetânico e titânico, atoar e atuar, degradar e degredar, cé- c) sessão - fragrante - incipiência
tico e séptico, prescrever e proscrever, descrição e discri- d) cessão - flagrante - incipiência
ção, infligir (aplicar) e infringir (transgredir), osso e ouço, e) seção - flagrante - insipiência
sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), comprimento
e cumprimento, deferir (conceder, dar deferimento) e diferir 03. Na ..... plenária estudou-se a ..... de direitos territo-
(ser diferente, divergir, adiar), ratificar (confirmar) e retifi- riais a ..... .
car (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito grande: a) sessão - cessão - estrangeiros
soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). b) seção - cessão - estrangeiros
c) secção - sessão - extrangeiros
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma signi- d) sessão - seção - estrangeiros
ficação. A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. e) seção - sessão - estrangeiros
Exemplos:
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar 04. Há uma alternativa errada. Assinale-a:
as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande a) A eminente autoridade acaba de concluir uma via-
curral de gado. gem política.
- Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; b) A catástrofe torna-se iminente.
dó. c) Sua ascensão foi rápida.
- Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo d) Ascenderam o fogo rapidamente.
ao véu do palato. e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.

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LÍNGUA PORTUGUESA

05. Há uma alternativa errada. Assinale-a: Definição: Figuras de linguagem são certos recursos
a) cozer = cozinhar; coser = costurar não--convencionais que o falante ou escritor cria para dar
b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país maior expressividade à sua mensagem.
c) comprimento = medida; cumprimento = saudação
d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar Metáfora
e) chácara = sítio; xácara = verso É o emprego de uma palavra com o significado de ou-
tra em vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É
06. Assinale o item em que a palavra destacada está uma comparação subentendida.
incorretamente aplicada: Minha boca é um túmulo.
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. Essa rua é um verdadeiro deserto.
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros.
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. Comparação
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. Consiste em atribuir características de um ser a outro,
e) A cessão de terras compete ao Estado. em virtude de uma determinada semelhança.
O meu coração está igual a um céu cinzento.
07. O ...... do prefeito foi ..... ontem. O carro dele é rápido como um avião.
a) mandado - caçado
b) mandato - cassado Prosopopeia
c) mandato - caçado É uma figura de linguagem que atribui características
d) mandado - casçado humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la
e) mandado - cassado de PERSONIFICAÇÃO.
O céu está mostrando sua face mais bela.
08. Marque a alternativa cujas palavras preenchem cor- O cão mostrou grande sisudez.
retamente as respectivas lacunas, na frase seguinte: “Ne-
Sinestesia
cessitando ...... o número do cartão do PIS, ...... a data de
Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes
meu nascimento.”
(mistura dos cinco sentidos).
a) ratificar, proscrevi
Raquel tem um olhar frio, desesperador.
b) prescrever, discriminei
Aquela criança tem um olhar tão doce.
c) descriminar, retifiquei
d) proscrever, prescrevi
Catacrese
e) retificar, ratifiquei
É o emprego de uma palavra no sentido figurado por
falta de um termo próprio.
09. “A ......... científica do povo levou-o a .... de feiticeiros O menino quebrou o braço da cadeira.
os ..... em astronomia.” A manga da camisa rasgou.
a) insipiência tachar expertos
b) insipiência taxar expertos Metonímia
c) incipiência taxar espertos É a substituição de uma palavra por outra, quando
d) incipiência tachar espertos existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos
e) insipiência taxar espertos que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empre-
gamos:
10. Na oração: Em sua vida, nunca teve muito ......, apre- - O autor pela obra.
sentava-se sempre ...... no ..... de tarefas ...... . As palavras Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares)
adequadas para preenchimento das lacunas são: - o continente pelo conteúdo.
a) censo - lasso - cumprimento - eminentes O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo
b) senso - lasso - cumprimento - iminentes os torcedores)
c) senso - laço - comprimento - iminentes - a parte pelo todo.
d) senso - laço - cumprimento - eminentes Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto
e) censo - lasso - comprimento - iminentes substitui casa)
- o efeito pela causa.
Respostas: (01.B)(02.B)(03.A)(04.D)(05.B)(06.C)(07.B) Suou muito para conseguir a casa própria. (suor subs-
(08.E)(09.A)(10.B) titui o trabalho)
Perífrase
Figuras de Linguagem, É a designação de um ser através de alguma de suas
características ou atributos, ou de um fato que o celebri-
Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer zou.
figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento, A Veneza Brasileira também é palco de grandes espe-
além de auxiliar a compreender melhor os textos literários, táculos. (Veneza Brasileira = Recife)
deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao signi- A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Ci-
ficado simbólico das palavras e dos textos. dade Maravilhosa = Rio de Janeiro)

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LÍNGUA PORTUGUESA

Antítese Anacoluto
Consiste no uso de palavras de sentidos opostos. Consiste numa mudança repentina da construção sin-
Nada com Deus é tudo. tática da frase.
Tudo sem Deus é nada. Ele, nada podia assustá-lo.
Nota: o anacoluto ocorre com frequência na lingua-
Eufemismo gem falada, quando o falante interrompe a frase, abando-
Consiste em suavizar palavras ou expressões que são nando o que havia dito para reconstruí-la novamente.
desagradáveis.
Ele foi repousar no céu, junto ao Pai. (repousar no céu Anáfora
= morrer) Consiste na repetição de uma palavra ou expressão
Os homens públicos envergonham o povo. (homens para reforçar o sentido, contribuindo para uma maior ex-
públicos = políticos) pressividade.
Cada alma é uma escada para Deus,
Hipérbole
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
É um exagero intencional com a finalidade de tornar
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
mais expressiva a ideia.
Ela chorou rios de lágrimas. Para Deus e em Deus com um sussurro noturno. (Fer-
Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda. nando Pessoa)
Ironia
Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos Silepse
o contrário do que pensamos. Ocorre quando a concordância é realizada com a ideia
Que alunos inteligentes, não sabem nem somar. e não sua forma gramatical. Existem três tipos de silepse:
Se você gritar mais alto, eu agradeço. gênero, número e pessoa.
De gênero: Vossa excelência está preocupado com as
Onomatopeia notícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto à
Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz forma, mas nesse exemplo a concordância se deu com a
natural dos seres. pessoa a que se refere o pronome de tratamento e não
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram. com o sujeito).
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite De número: A boiada ficou furiosa com o peão e der-
toda. rubaram a cerca. (nesse caso a concordância se deu com a
ideia de plural da palavra boiada).
Aliteração De pessoa: As mulheres decidimos não votar em deter-
Consiste na repetição de um determinado som conso- minado partido até prestarem conta ao povo. (nesse tipo
nantal no início ou interior das palavras. de silepse, o falante se inclui mentalmente entre os partici-
O rato roeu a roupa do rei de Roma. pantes de um sujeito em 3ª pessoa).
Elipse Questões sobre Figuras de Linguagem
Consiste na omissão de um termo que fica subentendi-
do no contexto, identificado facilmente. 01. Analista de informática II – VUNESP – 2013
Após a queda, nenhuma fratura.
Ciência e liberdades
Zeugma
Consiste na omissão de um termo já empregado an-
Aparentemente, o título deste artigo não faria nenhum
teriormente.
Ele come carne, eu verduras. sentido, considerando a época em que vivemos, na qual a
Pleonasmo pesquisa científica goza de uma ampla liberdade, garanti-
Consiste na intensificação de um termo através da sua da por universidades e institutos de pesquisa. Vai longe o
repetição, reforçando seu significado. tempo em que Giordano Bruno e Galileu foram condena-
Nós cantamos um canto glorioso. dos à morte.
No entanto, a liberdade de que goza a pesquisa cien-
Polissíndeto tífica vem tendo um contraponto na utilização pelo Estado
É a repetição da conjunção entre as orações de um pe- dos produtos dessa mesma pesquisa. Isso é especialmente
ríodo ou entre os termos da oração. visível no uso da ciência por políticas públicas de saúde.
Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para Resultados de pesquisas, ou mesmo hipóteses não verifica-
dançar. das, são utilizados como instrumentos de ações governa-
mentais, como se assim estivessem justificados.
Assíndeto Tais ações públicas estão particularmente presentes
Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas nas políticas conduzidas contra alimentos gordurosos e
orações. bebidas açucaradas. Governos arrogam-se direitos de in-
Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos tervenção na vida dos cidadãos, supostamente amparados
para dançar. no conhecimento científico.

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LÍNGUA PORTUGUESA

É próprio do progresso científico que seus resultados 03. Assinale a expressão inconveniente por repetir in-
sejam tornados públicos, vindo a balizar a vida das pessoas formações:
se elas optarem por seguir esse conhecimento adquirido. A) É preciso encarar os problemas com coragem;
Mas uma coisa é as pessoas, de posse de certos conheci- B) Ela é o elo entre mim e você;
mentos, optarem por não consumir determinado produto C) É preciso deixar o animal em seu habitat natural;
por considerá-lo prejudicial à sua saúde. Nesse sentido, D) Iniciei os trabalhos há dois meses;
seria função do Estado informar os cidadãos sobre os ma- E) Já não há motivo para reclamação.
lefícios reais ou prováveis do consumo de tais produtos.
Outra, muito diferente, é o Estado impor determinadas 04. Antítese é uma figura de linguagem caracterizada
condutas restritivas da liberdade de escolha, em nome de pela presença de vocábulos de significação oposta. A frase
um conhecimento científico apropriado pelo governo com abaixo em que ocorre uma antítese é:
vista a seus fins específicos. A) “Para que serve um advogado honesto quando o
Consequentemente estaríamos diante de algo extre- que você precisa é de um advogado desonesto?” (Eric Am-
mamente perigoso, a saber, a administração “científica” da bler)
vida. Cidadãos administrados são cidadãos tutelados, inca- B) “Nunca minta para o seu médico, para o seu confes-
pazes de discernir por si mesmos o que é “bom” para eles. sor ou para o seu advogado”. (George Herbert)
A pior administração é a que se diz “verdadeira”, “cien- C) “A ambição universal dos homens é viver colhendo
tífica”, como se coubesse ao Estado optar no lugar dos ci- o que nunca plantaram”. (Adam Smith)
dadãos. Cidadãos administrados cientificamente tendem a D) “O brasileiro é um povo com os pés no chão. E as
se tornar servos do Estado. A eles é reservado um lugar mãos também”. (Ivan Lessa)
específico, o de serem destituídos do conhecimento “ver- E) “Mais vale um pássaro na mão, que dois voando”.
dadeiro”, esse que lhes é imposto à sua revelia. (ditado popular)
A comunidade científica, à medida que avança no terre-
no do político, começa a abandonar o seu terreno próprio, 05. Na metáfora, a palavra adquire um sentido diferen-
vindo a se tornar uma parte do problema, em vez de poder te do comum. Assim, metaforicamente, uma pessoa pode
ser um elemento de sua solução. Melhor fariam os cientistas ser chamada de “flor”, ou um obstáculo ser chamado de
em avançar em suas pesquisas, mostrando, por exemplo, os “pedra”. Assinale qual das frases abaixo apresenta uma me-
elementos e produtos eventualmente prejudiciais à saúde táfora:
dos indivíduos. Não lhes compete uma conduta de “cruza- A) O céu hoje está estrelado, sem nuvens.
dos” pelo controle “científico” dos cidadãos. B) Essa joia é cara, pois é toda de ouro.
Cidadãos devem ser informados, não tutelados. A sua C) Aquele trabalho foi fatigante, exigiu muito esforço.
liberdade de escolha deve ser, antes de tudo, preservada, D) A rainha desfilou com sua coroa de brilhantes.
tratando-se de um direito fundamental do ser humano. E) João disse que a bela Maria é a estrela de sua vida.
(Denis Lerrer Rosenfield, www.estadao.com.br,
25.03.2013. Adaptado) 06. Assinale a alternativa correta de acordo com a in-
dicação entre parênteses, referentes às figuras de lingua-
Assinale a alternativa em que o termo em negrito é gem.
empregado, no texto, com sentido metafórico. A) Ódio e amor são sentimentos que se manifestam no
A)... considerando a época em que vivemos, na qual a homem. (comparação)
pesquisa científica goza de uma ampla liberdade, garanti- B) Seu olhar é uma chuva de estrelas. (metáfora)
da por universidades e institutos de pesquisa. (primeiro C) A noite é escura como ébano. (prosopopeia)
parágrafo) D) Esqueci-me de trazer Paulo Coelho para você. (an-
B) Resultados de pesquisas, ou mesmo hipóteses não títese)
verificadas, são utilizados como instrumentos de ações go- E) Você está faltando com a verdade. (pleonasmo)
vernamentais... (segundo parágrafo)
C) Tais ações públicas estão particularmente presentes 07. A figura encontrada na frase “Paula para aqui, Paula
nas políticas conduzidas contra alimentos gordurosos e para ali” é:
bebidas açucaradas. (terceiro parágrafo) A) elipse
D) Nesse sentido, seria função do Estado informar os B) anacoluto
cidadãos sobre os malefícios reais ou prováveis do consu- C) pleonasmo
mo de tais produtos. (quarto parágrafo) D) anáfora
E) Não lhes compete uma conduta de “cruzados” pelo
controle “científico” dos cidadãos. (penúltimo parágrafo) 08. Nos versos abaixo, de Chico Buarque, encontra-se
a figura de linguagem:
02. “Ele fez anotações na folha do livro”. A expressão “Deixe em paz meu coração que ele é um pote até aqui
sublinhada lembra uma figura: de mágoas”
A) metáfora A) metáfora
B) catacrese B) ironia
C) anacoluto C) eufemismo
D) metonímia D) paradoxo

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LÍNGUA PORTUGUESA

09. A figura de linguagem presente na oração abaixo é: Funções de Linguagem


Paulinho é uma joia preciosa.
A) Metáfora. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
B) Pleonasmo. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
C) Antítese. car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
D) Repetição. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
10. Em: “Baticum! Com a terrível colisão o velho cami- a linguagem?
nhão mergulhou na lagoa central”, há a presença da lingua- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
gem figurada denominada:
A) prosopopeia “Estados Unidos invadem o Iraque”
B) perífrase
C) metonímia Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
D) sinédoque
bre um acontecimento do mundo.
Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
GABARITO
memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
01. E 02. B 03. C 04. A 05. E soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
06. B 07. D 08. A 09. A 10. A mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
COMENTÁRIOS de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
1-) cruzados – empregado no sentido de “lutadores”, ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
defensores” língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
2-) folha do livro – A catacrese costuma ocorrer quan- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
do, por falta de um termo específico para designar um con- as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
ceito, toma-se outro “emprestado”. Passa-se a empregar filosóficos mais avançados.
algumas palavras fora de seu sentido original. A função informativa da linguagem tem importância
central na vida das pessoas, consideradas individualmente
3-) habitat natural – segundo a maioria dos gramáticos, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
todo habitat é natural. nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
4-) Para que serve um advogado honesto quando o meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
que você precisa é de um advogado desonesto? – uso de É a função informativa que permite a realização do
palavras antônimas no mesmo contexto. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
5-) João disse que a bela Maria é a estrela de sua vida. A função informativa costuma ser chamada também de
função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
6-) Ódio e amor são sentimentos que se manifestam que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
no homem. (antítese) coisas ou os eventos a que fazem referência.
A noite é escura como ébano. (comparação)
Esqueci-me de trazer Paulo Coelho para você. (meto-
- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado:
nímia)
Função Conativa.
Você está faltando com a verdade. (eufemismo)

7-) Paula para aqui, Paula para ali “Vem pra Caixa você também.”
– anáfora= Repetição da mesma palavra ou grupo de
palavras Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica
8-) Deixe em paz meu coração que ele é um pote até Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a
aqui de mágoas. = Metáfora adotar esse comportamento, formulou-se um convite com
** dica: Quando a conjunção como ou outros elemen- uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a
tos comparativos (tal qual, assim como, tão... quanto, etc.) forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de
estiverem expressos na frase, a figura de linguagem cha- venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta
ma-se comparação. quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de-
9-) Paulinho é uma joia preciosa. = metáfora (compara- terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen-
ção subentendida, não expressa) tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode-
10-) o velho caminhão mergulhou na lagoa central = se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos,
características humanas atribuídas a seres inanimados. emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiterada-

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LÍNGUA PORTUGUESA

mente a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
aprende a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
dizem, num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, apren- instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
demos os preconceitos contra a mulher. nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- cer hostil.
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres-
A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
sas pela linguagem também servem para fazer fazer.
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem está doente, se está com problemas.
questionar. A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem social.
quando esta é usada para interferir no comportamento das Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma su- entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
gestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo la- de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
tino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). que as pessoas não entendam bem o significado da letra
do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
Função Emotiva. da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
“Eu fico possesso com isso!” função fática para indicar a utilização da linguagem para
estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação
lante e seu interlocutor.
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, gem: Função Metalinguística.
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas vezes,
falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos social- Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
mente. Durante o governo do presidente Fernando Henri- substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
que Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A intenção do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O Fernando te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
tem mudado o país”. Essa maneira informal de se referirem tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a
ao presidente era, na verdade, uma maneira de insinuarem própria linguagem. É o que chama função metalinguística.
intimidade com ele e, portanto, de exprimirem a importân- A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos
cia que lhes seria atribuída pela proximidade com o poder. sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo
Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos para afir- tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos
marmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa valentia outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co-
ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou nossa mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que
competência na conquista amorosa. não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a
Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a
de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo
nossa, não raro inconscientemente.
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Pa-
Emprega-se a expressão função emotiva para designar
a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia- rodiando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássi-
dor, isto é, daquele que fala. ca, vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
podem pescar”.
- A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
Função Fática. - A linguagem serve para criar outros universos.

__Que calorão, hein? A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala
__Também, tem chovido tão pouco. também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos
__Acho que este ano tem feito mais calor do que nos mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte:
outros. mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
__Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor. universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa

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LÍNGUA PORTUGUESA

púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- barulho dos cavalos aumenta.
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras Quando se usam recursos da própria língua para acres-
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am- que estamos usando a linguagem em sua função poética.
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o Para melhor compreensão das funções de linguagem,
amor nunca diminui e assim por diante. torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
cação.
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”.
- Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel
tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está
- Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e
Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
Virgílio Guimarães:
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)
As respostas, dos “interlocutores” podem ser gestuais,
Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria- faciais etc. por isso a mudança (aprimoração) na teoria.
mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada As atitudes e reações dos comunicantes são também
para informar, para influenciar, para manter os laços so- referentes e exercem influência sobre a comunicação
ciais, etc. No segundo, para produzir um efeito prazero-
so de descoberta de sentidos. Em função estética, o mais Lembramo-nos:
importante é como se diz, pois o sentido também é cria-
do pelo ritmo, pelo arranjo dos sons, pela disposição das - Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no
palavras, etc. “eu” do emissor, é carregada de subjetividade. Ligada a
Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, esta função está, por norma, a poesia lírica.
de Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, - Função apelativa (imperativa): com este tipo de men-
/t/, /k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos: sagem, o emissor atua sobre o receptor, afim de que este
assuma determinado comportamento; há frequente uso
E o bosque estala, move-se, estremece... do vocativo e do imperativo. Esta função da linguagem é
Da cavalgada o estrépito que aumenta frequentemente usada por oradores e agentes de publici-
Perde-se após no centro da montanha... dade.
- Função metalinguística: função usada quando a lín-
Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed. gua explica a própria linguagem (exemplo: quando, na
Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi- análise de um texto, investigamos os seus aspectos mor-
cos. fossintáticos e/ou semânticos).

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LÍNGUA PORTUGUESA

- Função informativa (ou referencial): função usada b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.
quando o emissor informa objetivamente o receptor de Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (proble-
uma realidade, ou acontecimento. mas)
- Função fática: pretende conseguir e manter a atenção c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma pa-
dos interlocutores, muito usada em discursos políticos e lavra.
textos publicitários (centra-se no canal de comunicação). Exemplos:
- Função poética: embeleza, enriquecendo a mensa- Eu  advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
gem com figuras de estilo, palavras belas, expressivas, rit- O segurança deteu aquele homem. (deteve)
mos agradáveis, etc.
2) Morfologia
Também podemos pensar que as primeiras falas cons- Exemplos:
cientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
evoluíram para o que podemos reconhecer como “interjei- Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
ções”. As primeiras ferramentas da fala humana.
A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo 3) Semântica
que mais profundamente distingue o homem dos outros Por Exemplo: José  comprimentou seu vizinho ao sair
animais. de casa. (cumprimentou)
Podemos considerar que o desenvolvimento desta
função cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e 4) Estrangeirismos
a libertação da mão, que permitiram o aumento do volume Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de
do cérebro, a par do desenvolvimento de órgãos fonadores palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou
e da mímica facial expressão correspondente na língua.
Devido a estas capacidades, para além da linguagem Exemplos:
falada e escrita, o homem, aprendendo pela observação de O show é hoje! (espetáculo)
animais, desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos sur- Vamos tomar um drink? (drinque)
dos em diferentes países, não só para melhorar a comuni-
cação entre surdos, mas também para utilizar em situações Solecismo
especiais, como no teatro e entre navios ou pessoas e não É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes
animais que se encontram fora do alcance do ouvido, mas níveis:
que se podem observar entre si. 1) Concordância
Por Exemplo: Haviam muitos alunos naquela sala.
Vícios da Linguagem (Havia)
2) Regência
Ao contrário das figuras de linguagem, que represen- Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao)
tam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de lin- 3) Colocação
guagem são palavras ou construções que vão de encontro Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-
às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam me em pé. (não me aguentei em pé)
ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das
regras por parte do emissor. Observe: Ambiguidade ou Anfibologia
Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de
Pleonasmo Vicioso ou Redundância sentido da frase.
Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se
pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de Exemplos:
uma informação na frase. Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado.
(O namorado é de Ana ou da amiga?)
Exemplos: O pai  falou com o filho caído no chão. (Quem estava
Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer. caído no chão? Pai ou filho?)
Hoje fizeram-me uma surpresa  inesperada.
Encontraremos outra alternativa para esse problema. Cacofonia
Observação: o pleonasmo é considerado vício de Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na
linguagem quando usado desnecessariamente, no en- frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente.
tanto, quando usado para reforçar a mensagem, cons-
titui uma figura de linguagem. Exemplos:
Uma mão lava outra. (mamão)
Barbarismo Vi ela na esquina. (viela)
É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis: Dei um beijo na boca dela. (cadela)
1) Pronúncia Eco
a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico. Ocorre quando há palavras na frase com terminações
Por Exemplo: Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica) iguais ou semelhantes, provocando dissonância.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Por Exemplo: A divulgação da promoção não causou (B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes


comoção na população. americanos consomem, em média 357 calorias diárias des-
Hiato sa fonte.
Ocorre quando há uma sequência de vogais, provo- (C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
cando dissonância. americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
Exemplos: sa fonte.
Eu a amo. (D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes
Ou eu ou a outra ganhará  o concurso. americanos, consomem em média 357 calorias diárias des-
sa fonte.
Colisão (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
Ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou americanos, consomem em média 357 calorias diárias, des-
semelhantes, provocando dissonância. sa fonte.
Por Exemplo: Sua saia sujou.
Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada
ou faltante:
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes
estil11.php
americanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X)
diárias dessa fonte.
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES americanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte.
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes
1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/SP americanos consomem, em média, 357 calorias diárias des-
– ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a alternativa sa fonte.
correta quanto à concordância, de acordo com a norma (D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes
-padrão da língua portuguesa. americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- diárias dessa fonte.
cial está no centro dos debates atuais. (E) Um levantamento mostrou que os adolescentes
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge em relação americanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias
aos efeitos da desigualdade social. diárias, (X) dessa fonte.
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
mais pobres é um fenômeno crescente. RESPOSTA: “C”.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti-
cado por alguns teóricos. 3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2011)
(E) Os debates relacionado à distribuição de riquezas Estão plenamente observadas as normas de concordância
não são de exclusividade dos economistas. verbal na frase:
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas
Realizei a correção nos itens: ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibili-
(A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade so- dade social.
cial está = estão b) As duas tábuas em que se comprimem o famigera-
(B) Políticos, economistas e teóricos diverge = diver- do homem-placa carregam ditos que soam irônicos, como
“compro ouro”.
gem
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
(C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos
exposição pública a que se submetem os guardadores de
mais pobres é um fenômeno crescente.
carros.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criti-
d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
cado = criticada propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma demons-
(E) Os debates relacionado = relacionados tração de mau gosto.
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em
RESPOSTA: “C”. apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos
carros-placa.
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Seguin-
do a norma-padrão da língua portuguesa, a frase – Um le- Fiz as correções entre parênteses:
vantamento mostrou que os adolescentes americanos con- a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lu-
somem em média 357 calorias diárias dessa fonte. – recebe gar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é supri-
o acréscimo correto das vírgulas em: mida a visibilidade social.
(A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime)
americanos consomem em média 357 calorias, diárias des- o famigerado homem-placa carregam ditos que soam irô-
sa fonte. nicos, como “compro ouro”.

85
LÍNGUA PORTUGUESA

c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
exposição pública a que se submetem os guardadores de contra os que votam a favor do ensino religioso na escola
carros. pública, consistem = consiste.
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros (D) O número de templos em atividade na cidade de
-placa na propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
demonstração de mau gosto. ção maior do que ocorrem = ocorre
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis in- (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
teressados em apartamentos de luxo a visão grotesca da- a regulação natural do mercado sinalizam para as incon-
queles velhos carros-placa. veniências que adviriam da adoção do ensino religioso
nas escolas públicas.
RESPOSTA: “C”.
RESPOSTA: “E”.
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Se-
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a gundo o Manual de Redação da Presidência da República,
mesma regra que distribuídos. NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.

Distribuímos = regra do hiato (...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria


(A) sócio = paroxítona terminada em ditongo (abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa
(B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o
seu presidente, de acordo com o Manual de Redação da
oblíquo. Nunca!)
Presidência da República (1991).
(C) lúcidos = proparoxítona
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-
(D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui”
detail.php?id=393)
– oxítona: cons-ti-tui)
(E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
RESPOSTA: “E”.
RESPOSTA: “D”.
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
... valores e princípios que sejam percebidos pela socie-
5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) A dade como tais.
concordância verbal está plenamente observada na frase: Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo pas-
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e ma- sará a ser, corretamente,
terialistas, o posicionamento de alguns religiosos e par- (A) perceba.
lamentares acerca da educação religiosa nas escolas pú- (B) foi percebido.
blicas. (C) tenham percebido.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àque- (D) devam perceber.
les que são contra a obrigatoriedade do ensino religioso, (E) estava percebendo.
para se reservar essa prática a setores da iniciativa priva-
da. ... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te-
contra os que votam a favor do ensino religioso na escola remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e
pública, consistem nos altos custos econômicos que acar- princípios...
retarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade de RESPOSTA: “A”
São Paulo vêm gradativamente aumentando, em propor-
ção maior do que ocorrem com o número de escolas pú-
blicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
a regulação natural do mercado sinalizam para as incon-
veniências que adviriam da adoção do ensino religioso
nas escolas públicas.

(A) Provocam = provoca (o posicionamento)


(B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá ha-
ver

86
MATEMÁTICA

2.1 Conjuntos dos números naturais; sistema de numeração; e bases.......................................................................................................01


2.2 Operações com números naturais.......................................................................................................................................................................01
2.3 Divisibilidade: múltiplos e divisores, números primos e fatoração completa...................................................................................01
2.4 Conjunto dos números racionais: números fracionários, operações e operações inversas no conjunto dos racionais.............01
2.5 Razões: número racional absoluto e razões especiais (velocidade e densidade)...........................................................................01
2.6 Proporções: propriedades, porcentagem, números proporcionais, regra de três, juros e câmbio.........................................01
2.7 Ampliação numérica: conjunto dos inteiros relativos, conjunto dos racionais relativos. Operações diretas e inversas em
inteiros relativos e em racionais relativos.................................................................................................................................................................01
2.8 Equações e inequações do primeiro grau: resolução de inequações do primeiro grau com uma variável no conjunto
dos números racionais relativos...................................................................................................................................................................................01
IE/EA CPCAR 2017 Portaria DEPENS nº 275-T/DE-2 de 9 de maio de 2016. 38......................................................................................01
2.9 Números Reais, números racionais e números irracionais: operações diretas e inversas no conjunto dos números reais,
cálculo com radicais, transformação de radicais e casos deracionalização...............................................................................................01
2.10 Cálculo literal em Reais: expressões equivalentes, reduções, fatoração, equações, inequações e sistemas de equações
simultâneas em Reais........................................................................................................................................................................................................01
2.11 Polinômio numa variável: operações. Noção intuitiva do conceito de “zeros” de um polinômio........................................01
2.12 Equações do segundo grau: resolução das equações incompletas e das equações completas. Fórmula de resolução.
Simplificação no caso de ser “a = l” e “b é par”. Relações entre coeficientes e raízes. Forma (S,P) de uma equação do 2°
grau. Composição de uma equação do 2° grau, conhecidas as raízes.......................................................................................................44
2.13 Equações biquadradas e equações irracionais.............................................................................................................................................44
2.14 Sistemas simples do 2° grau: problemas do segundo grau...................................................................................................................44
2.15 Funções: conceito de função, domínio e conjunto imagem e funções definidas por equações...........................................52
2.16 Coordenadas cartesianas no plano. Gráfico das funções definidas por equações......................................................................52
2.17 Função: afim, linear e constante, gráfico e propriedades dessas funções. Conceito de declividade. Gráficos de inequa-
ções do primeiro grau com duas variáveis. Interseção de regiões do plano...........................................................................................52
2.18 Função trinômio do segundo grau: estudo da função trinômio do segundo grau e construção dos respectivos gráfi-
cos. Propriedade do gráfico da função trinômio do segundo grau. Inequação do segundo grau................................................52
2.19 Introdução à geometria dedutiva: elementos fundamentais: ponto, reta, semi-reta, segmento,.........................................72
plano, semiplano, ângulo e congruência. Estudo dos polígonos em geral, dos triângulos e quadriláteros em particular..72
2.20 Estudo da circunferência: disco, círculo, arcos e cordas. Propriedades. Medidas de ângulos e de arcos..........................72
2.21 Transformações geométricas elementares: translação, rotação e simetria.....................................................................................72
2.22 Razão e proporção de segmentos: feixe de paralelas. Teorema de Tales........................................................................................72
2.23 Semelhança de triângulos e de polígonos. Razões trigonométricas de ângulos agudos........................................................81
2.24 Relações métricas no triângulo retângulo: teorema de Pitágoras. Projeção ortogonal............................................................81
2.25 Relações métricas num triângulo qualquer: lei dos co-senos e senos..............................................................................................81
2.26 Relações métricas no círculo................................................................................................................................................................................81
2.27 Razões trigonométricas: razões trigonométricas dos ângulos 30, 45 e 60 graus. Relações entre as razões trigonomé-
tricas. Emprego das tábuas trigonométricas. Problemas de aplicação.......................................................................................................81
2.28 Polígonos regulares: relações métricas nos polígonos regulares..................................................................................................... 109
2.29 Áreas de regiões planas: relações métricas entre áreas de figuras planas................................................................................... 116
2.30 Medidas de volume, de capacidade, de massa, de comprimento e de área............................................................................... 116
2.31 Noções de Estatística: gráficos de barras, de colunas, de setores e de linhas; distribuição de frequências, população e
variável; variáveis discretas, variáveis contínuas, variáveis qualitativas, média, mediana e moda; dispersão de dados; desvio
e desvio padrão................................................................................................................................................................................................................. 121
2.32 Contagem e Probabilidade: princípio fundamental da contagem; e, Probabilidade............................................................... 136

IE/EA CPCAR 2017 Portaria DEPENS nº 275-T/DE-2 de 9 de maio de 2016.


39
2.33 BIBLIOGRAFIA
2.33.1 BRANDÃO, Marcius. Matemática: conceituação. 5ª/6ª/7ª/8ª séries. São Paulo: Editora
Brasil S/A, 1978.
2.33.2 DOLCE, Oswaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos de matemática elementar:
geometria plana. 8. ed. São Paulo: Atual, 2005. v. 9.
2.33.3 IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antônio. Matemática e realidade: 6º ano.
8. ed. São Paulo: Atual, 2013.
2.33.4 IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antônio. Matemática e realidade: 7º ano.
8. ed. São Paulo: Atual, 2013.
2.33.5 IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antônio. Matemática e realidade: 8º ano.
8. ed. São Paulo: Atual, 2013.
2.33.6 IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antônio. Matemática e realidade: 9º ano.
8. ed. São Paulo: Atual, 2013.
MATEMÁTICA

2.1 CONJUNTOS DOS NÚMEROS NATURAIS; SISTEMA DE NUMERAÇÃO; E BASES.2.2


OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS. 2.3 DIVISIBILIDADE: MÚLTIPLOS E DIVISORES,
NÚMEROS PRIMOS E FATORAÇÃO COMPLETA.2.4 CONJUNTO DOS NÚMEROS
RACIONAIS: NÚMEROS FRACIONÁRIOS, OPERAÇÕES E OPERAÇÕES INVERSAS
NO CONJUNTO DOS RACIONAIS. 2.5 RAZÕES: NÚMERO RACIONAL ABSOLUTO E
RAZÕES ESPECIAIS (VELOCIDADE E DENSIDADE). 2.6 PROPORÇÕES: PROPRIEDADES,
PORCENTAGEM, NÚMEROS PROPORCIONAIS, REGRA DE TRÊS, JUROS E CÂMBIO.
2.7 AMPLIAÇÃO NUMÉRICA: CONJUNTO DOS INTEIROS RELATIVOS, CONJUNTO
DOS RACIONAIS RELATIVOS. OPERAÇÕES DIRETAS E INVERSAS EM INTEIROS
RELATIVOS E EM RACIONAIS RELATIVOS. 2.8 EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DO PRIMEIRO
GRAU: RESOLUÇÃO DE INEQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU COM UMA VARIÁVEL NO
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS RELATIVOS.2.9 NÚMEROS REAIS, NÚMEROS
RACIONAIS E NÚMEROS IRRACIONAIS: OPERAÇÕES DIRETAS E INVERSAS NO
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS, CÁLCULO COM RADICAIS, TRANSFORMAÇÃO
DE RADICAIS E CASOS DE RACIONALIZAÇÃO. 2.10 CÁLCULO LITERAL EM REAIS:
EXPRESSÕES EQUIVALENTES, REDUÇÕES, FATORAÇÃO, EQUAÇÕES, INEQUAÇÕES E
SISTEMAS DE EQUAÇÕES SIMULTÂNEAS EM REAIS.2.11 POLINÔMIO NUMA VARIÁVEL:
OPERAÇÕES. NOÇÃO INTUITIVA DO CONCEITO DE “ZEROS” DE UM POLINÔMIO

Números Naturais

O conjunto dos números naturais é representado pela letra maiúscula N e estes números são construídos com os
algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos indo-arábicos. No século VII, os árabes
invadiram a Índia, difundindo o seu sistema numérico. Embora o zero não seja um número natural no sentido que tenha
sido proveniente de objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como um número natural uma vez que ele tem as
mesmas propriedades algébricas que os números naturais. Na verdade, o zero foi criado pelos hindus na montagem do
sistema posicional de numeração para suprir a deficiência de algo nulo.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o número zero e escreveremos este conjunto como: N =
{ 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...}
Representaremos o conjunto dos números naturais com a letra N. As reticências (três pontos) indicam que este conjun-
to não tem fim. N é um conjunto com infinitos números.
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}

A construção dos Números Naturais

- Todo número natural dado tem um sucessor (número que vem depois do número dado), considerando também o
zero.
Exemplos: Seja m um número natural.
a) O sucessor de m é m+1.
b) O sucessor de 0 é 1.
c) O sucessor de 1 é 2.
d) O sucessor de 19 é 20.

- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois números juntos são chamados números consecutivos.
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos.
b) 5 e 6 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.
- Vários números formam uma coleção de números naturais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, o ter-
ceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.

1
MATEMÁTICA

- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um Multiplicação de Números Naturais
antecessor (número que vem antes do número dado).
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente É a operação que tem por finalidade adicionar o pri-
de zero. meiro número denominado multiplicando ou parcela, tan-
a) O antecessor do número m é m-1. tas vezes quantas são as unidades do segundo número
b) O antecessor de 2 é 1. denominadas multiplicador.
c) O antecessor de 56 é 55.
Exemplo
d) O antecessor de 10 é 9.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9
números naturais pares. Embora uma sequência real seja + 9 + 9 + 9 = 36
outro objeto matemático denominado função, algumas O resultado da multiplicação é denominado produto
vezes utilizaremos a denominação sequência dos números e os números dados que geraram o produto, são chama-
naturais pares para representar o conjunto dos números dos fatores. Usamos o sinal × ou · ou x, para representar a
naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...} multiplicação.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
números naturais ímpares, às vezes também chamados, a Propriedades da multiplicação
sequência dos números ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
- Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto
Operações com Números Naturais N dos números naturais, pois realizando o produto de dois
ou mais números naturais, o resultado estará em N. O fato
Na sequência, estudaremos as duas principais opera- que a operação de multiplicação é fechada em N é conhe-
cido na literatura do assunto como: A multiplicação é uma
ções possíveis no conjunto dos números naturais. Pratica-
lei de composição interna no conjunto N.
mente, toda a Matemática é construída a partir dessas duas - Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou
operações: adição e multiplicação. mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o
primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por
A adição de números naturais um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado
que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo
A primeira operação fundamental da Aritmética tem segundo. (m . n) . p = m .(n . p) → (3 . 4) . 5 = 3 . (4 . 5) = 60
por finalidade reunir em um só número, todas as unidades - Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais
de dois ou mais números. Antes de surgir os algarismos existe um elemento neutro para a multiplicação que é o 1.
indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio Qualquer que seja o número natural n, tem-se que: 1 . n =
de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio n.1=n→1.7=7.1=7
de ábacos. - Comutativa: Quando multiplicamos dois números na-
turais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto,
ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo
Propriedades da Adição
elemento teremos o mesmo resultado que multiplicando o
- Fechamento: A adição no conjunto dos números na- segundo elemento pelo primeiro elemento. m . n = n . m
turais é fechada, pois a soma de dois números naturais é → 3 . 4 = 4 . 3 = 12
ainda um número natural. O fato que a operação de adição
é fechada em N é conhecido na literatura do assunto como: Propriedade Distributiva
A adição é uma lei de composição interna no conjunto N.
- Associativa: A adição no conjunto dos números na- Multiplicando um número natural pela soma de dois
turais é associativa, pois na adição de três ou mais parce- números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por
las de números naturais quaisquer é possível associar as cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados
parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números obtidos. m . (p + q) = m . p + m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 +
naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resulta- 6 x 3 = 30 + 18 = 48
do obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado
que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e Divisão de Números Naturais
o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
Dados dois números naturais, às vezes necessitamos
- Elemento neutro: No conjunto dos números naturais,
saber quantas vezes o segundo está contido no primeiro.
existe o elemento neutro que é o zero, pois tomando um O primeiro número que é o maior é denominado dividendo
número natural qualquer e somando com o elemento neu- e o outro número que é menor é o divisor. O resultado da
tro (zero), o resultado será o próprio número natural. divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor
- Comutativa: No conjunto dos números naturais, a pelo quociente obteremos o dividendo.
adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera No conjunto dos números naturais, a divisão não é
a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segun- fechada, pois nem sempre é possível dividir um número
da parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a natural por outro número natural e na ocorrência disto a
segunda parcela com a primeira parcela. divisão não é exata.

2
MATEMÁTICA

Relações essenciais numa divisão de números naturais Questões


- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
deve ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividen- março, uma cantina escolar adotou um sistema de rece-
do é o produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7 bimento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como
- A divisão de um número natural n por zero não é pos- uma conta corrente: coloca-se crédito e vão sendo debi-
sível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então tados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma
poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores no
x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por 0 não cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o
tem sentido ou ainda é dita impossível. seu consumo e os pagamentos na seguinte tabela:

Potenciação de Números Naturais

Para dois números naturais m e n, a expressão mn é um


produto de n fatores iguais ao número m, ou seja: mn = m
. m . m ... m . m → m aparece n vezes
O número que se repete como fator é denominado
base que neste caso é m. O número de vezes que a base se
repete é denominado expoente que neste caso é n. O re-
sultado é denominado potência. Esta operação não passa
de uma multiplicação com fatores iguais, como por exem-
No final do mês, Enzo observou que tinha
plo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → 43 = 4 × 4 × 4 = 64
A) crédito de R$ 7,00.
B) débito de R$ 7,00.
Propriedades da Potenciação
C) crédito de R$ 5,00.
D) débito de R$ 5,00.
- Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente na-
E) empatado suas despesas e seus créditos.
tural é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1.
Exemplos:
2 - (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
a- 1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1
- PREF. IMARUI/2014) José, funcionário público, recebe sa-
b- 13 = 1×1×1 = 1
lário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem
c- 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1 o desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato.
Qual o salário líquido de José?
- Se n é um número natural não nulo, então temos que A) R$ 1800,00
no=1. Por exemplo: B) R$ 1765,00
C) R$ 1675,00
- (a) nº = 1 D) R$ 1665,00
- (b) 5º = 1
- (c) 49º = 1 3 – (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois
números naturais é 10. Multiplicando-se o dividendo por
- A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da
carente de sentido no contexto do Ensino Fundamental. nova divisão será:
A) 2
- Qualquer que seja a potência em que a base é o nú- B) 5
mero natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1, é C) 25
igual ao próprio n. Por exemplo: D) 50
E) 100
- (a) n¹ = n
- (b) 5¹ = 5 4 - (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE MÁ-
- (c) 64¹ = 64 QUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as
compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes
- Toda potência 10n é o número formado pelo algaris- sem juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$
mo 1 seguido de n zeros. 2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de:
Exemplos: A) R$ 150,00.
a- 103 = 1000 B) R$ 175,00.
b- 108 = 100.000.000 C) R$ 200,00.
c- 10o = 1 D) R$ 225,00.

3
MATEMÁTICA

5 - PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA- 9 – (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) O su-


CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem, eu tinha 345 bolinhas cessor do dobro de determinado número é 23. Esse mesmo
de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um determinado número somado a 1 e, depois, dobrado será
campeonato com meus amigos e perdi 67 bolinhas, mas igual a
ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bo- A) 24.
linhas que tenho agora, depois de participar do campeo- B) 22.
nato? C) 20.
A) 368 D) 18.
B) 270 E) 16.
C) 365
D) 290 10 - (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA-
E) 376 DE – FCC/2012) Uma montadora de automóveis possui cin-
co unidades produtivas num mesmo país. No último ano,
6 – (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura cada uma dessas unidades produziu 364.098 automóveis.
de uma determinada cidade que possui apenas duas zo- Toda a produção foi igualmente distribuída entre os merca-
nas eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional dos consumidores de sete países. O número de automóveis
Eleitoral divulgou a seguinte tabela com os resultados da que cada país recebeu foi
eleição. A quantidade de eleitores desta cidade é: A) 26.007
B) 26.070
C) 206.070
1ª Zona Elei- 2ª Zona Elei-
toral toral D) 260.007
E) 260.070
João 1750 2245 Respostas
Maria 850 2320
1 - RESPOSTA: “B”.
Nulos 150 217 crédito: 40+30+35+15=120
Brancos 18 25 débito: 27+33+42+25=127
120-127=-7
Abstenções 183 175
Ele tem um débito de R$ 7,00.
A) 3995
2 - RESPOSTA: “B”.
B) 7165
C) 7532 2000-200=1800-35=1765
D) 7575 O salário líquido de José é R$1765,00.
E) 7933
3 - RESPOSTA: “E”.
7 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE- D= dividendo
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Durante um mutirão para d= divisor
promover a limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários Q = quociente = 10
foram igualmente divididos entre as cinco regiões de tal R= resto = 0 (divisão exata)
cidade. Sendo assim, cada região contou com um número Equacionando:
de voluntários igual a: D= d.Q + R
A) 2500 D= d.10 + 0 → D= 10d
B) 3200
C) 1500 Pela nova divisão temos:
D) 3000
E) 2000

8 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA- Isolando Q temos:


CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Em determinada loja, o paga-
mento de um computador pode ser feito sem entrada, em
12 parcelas de R$ 250,00. Sendo assim, um cliente que opte
por essa forma de pagamento deverá pagar pelo compu-
tador um total de: 4 - RESPOSTA: “B”.
A) R$ 2500,00
B) R$ 3000,00
C) R$1900,00
D) R$ 3300,00
E) R$ 2700,00 Cada prestação será de R$175,00

4
MATEMÁTICA

5 - RESPOSTA: “A”. 1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,


345-67=278 um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
Depois ganhou 90
278+90=368 2 = 0,4
5
6 - RESPOSTA: “E”. 1 = 0,25
Vamos somar a 1ª Zona: 1750+850+150+18+183 = 4
2951 35 = 8,75
2ª Zona : 2245+2320+217+25+175 = 4982 4 = 3,06
153
Somando os dois: 2951+4982 = 7933 50
7 - RESPOSTA: “D”.
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se perio-
dicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
1
= 0,333...
Cada região terá 3000 voluntários. 3
8 - RESPOSTA: “B”. 1 = 0,04545...
250∙12=3000 22
O computador custa R$3000,00. 167 = 2,53030...
66
9 - RESPOSTA: “A”.
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto
o número é 11. Representação Fracionária dos Números Decimais
(11+1) → 2=24
Trata-se do problema inverso: estando o número ra-
10 - RESPOSTA: “E”. cional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na
364098 → 5=1820490 automóveis forma de fração. Temos dois casos:

1º) Transformamos o número em uma fração cujo nu-


merador é o número decimal sem a vírgula e o denomina-
dor é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros
quantas forem as casas decimais do número decimal dado:
Números Racionais – Q
0,9 = 9
m Um número racional é o que pode ser escrito na forma
10
, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve 5,7 =
57
n
ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para 10
significar a divisão de m por n. 0,76 = 76
Como podemos observar, números racionais podem 100
ser obtidos através da razão entre dois números inteiros, 3,48 = 348
razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais 100
é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na lite-
0,005 = 5 = 1
ratura a notação: 1000 200
m
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero}
n 2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada;
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos: para tanto, vamos apresentar o procedimento através de
alguns exemplos:
- Q* = conjunto dos racionais não nulos;
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos; Exemplo 1
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos; Seja a dízima 0, 333... .
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos.
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os mem-
Representação Decimal das Frações bros por 10: 10x = 0,333
Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade
Tomemos um número racional q , tal que p não seja da segunda:
p

múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efe- 10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9
tuar a divisão do numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos: Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 .
9

5
MATEMÁTICA

Exemplo 2 Subtração de Números Racionais


Seja a dízima 5, 1717... A subtração de dois números racionais p e q é a própria
operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... . p – q = p + (–q)
Subtraindo membro a membro, temos:
99x = 512 ⇒ x = 512/99 Multiplicação (Produto) de Números Racionais

Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 . Como todo número racional é uma fração ou pode ser
Exemplo 3 99 escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
dois números racionais a e c , da mesma forma que o
Seja a dízima 1, 23434... produto de frações, através
b de:d
a c ac
Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x = x =
b d bd
1234,34... .
O produto dos números racionais a e b também pode
Subtraindo membro a membro, temos:
ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum
990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x
sinal entre as letras.
= 1222/990
Para realizar a multiplicação de números racionais, de-
vemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda
Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da a Matemática:
dízima 1, 23434... 495
(+1) × (+1) = (+1)
(+1) × (-1) = (-1)
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que (-1) × (+1) = (-1)
representa esse número ao ponto de abscissa zero. (-1) × (-1) = (+1)

Podemos assim concluir que o produto de dois núme-


Exemplo: Módulo de - 3 é 3 . Indica-se - 3 = 3 ros com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de dois
2 2 2 2 números com sinais diferentes é negativo.
3
Módulo de + 3 é 3 . Indica-se + 3 = Propriedades da Multiplicação de Números Racio-
2 2 2 2 nais
3
Números Opostos: Dizemos que – 2 e 2 são números
3
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é,
racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto o produto de dois números racionais ainda é um número
racional.
do outro. As distâncias dos pontos – 3 e 3 ao ponto zero
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = (
da reta são iguais.
2 2
a×b)×c
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a
Soma (Adição) de Números Racionais - Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q
Como todo número racional é uma fração ou pode ser - Elemento inverso: Para todo q =
a em Q, q diferen-
escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre b
os números racionais
a
e
c
, da mesma forma que a te de zero, existe q-1 = b em Q: q × q-1 = 1 a
b d a b
soma de frações, através de: x b =1
a
a
+ c =
ad + bc - Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = (
b d bd a×b)+(a×c)

Propriedades da Adição de Números Racionais Divisão de Números Racionais

A divisão de dois números racionais p e q


O conjunto Q é fechado para a operação de adição,
é a própria operação de multiplicação do nú-
isto é, a soma de dois números racionais ainda é um nú-
mero p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q =
mero racional. p × q-1
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = (
a+b)+c Potenciação de Números Racionais
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
- Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a A potência qn do número racional q é um produto de
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q n fatores iguais. O número q é denominado a base e o nú-
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, mero n é o expoente.
tal que q + (–q) = 0 qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)

6
MATEMÁTICA

Exemplos: - Potência de Potência. Para reduzir uma potência de


3 potência a uma potência de um só expoente, conservamos
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
a) ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ .⎜ ⎟ .⎜ ⎟ = a base e multiplicamos os expoentes
⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ 125

b)

c) (–5)² = (–5) . ( –5) = 25


Radiciação de Números Racionais
d) (+5)² = (+5) . (+5) = 25 Se um número representa um produto de dois ou mais
fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número.
Propriedades da Potenciação: Toda potência com ex- Vejamos alguns exemplos:
poente 0 é igual a 1.
0 Exemplo 1
⎛ 2⎞ = 1
⎜⎝ + ⎟⎠
5 4 Representa o produto 2 . 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz
quadrada de 4. Indica-se √4= 2.
- Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.
Exemplo 2
1
⎛ 9⎞ 9
⎜⎝ − ⎟⎠ = - 4 1
Representa o produto
1
.
1
ou ⎛ 1⎞
2
. Logo,
1
é a raiz
4 9 3 3 ⎜⎝ ⎟⎠
3 3

quadrada de .Indica-se =
1 1 1
9 3
- Toda potência com expoente negativo de um número
9

racional diferente de zero é igual a outra potência que tem


a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual Exemplo 3
ao oposto do expoente anterior.
−2 2 0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3.
⎛ 3⎞ ⎛ 5 ⎞ 25
Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3 0,216 = 0,6.
⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 3 9
- Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo si- Assim, podemos construir o diagrama:
nal da base.

3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8 N Z Q
⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ =
3 3 3 3 27

- Toda potência com expoente par é um número po-


sitivo. Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá
2 o número zero ou um número racional positivo. Logo, os
⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ 1 números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.
⎜⎝ − ⎟⎠ = ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 5 5 25
O número -100 não tem raiz quadrada em Q, pois tan-
- Produto de potências de mesma base. Para reduzir
9
to -10 como +10 , quando elevados ao quadrado, dão 100 .
um produto de potências de mesma base a uma só potên-
3
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no
3 9

cia, conservamos a base e somamos os expoentes. conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
2 3 2+3 5 perfeito.
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
⎜⎝ ⎟⎠ .⎜ ⎟ = ⎜ . ⎟ .⎜ . . ⎟ = ⎜ ⎟ =⎜ ⎟
5 ⎝ 5⎠ ⎝ 5 5⎠ ⎝ 5 5 5⎠ ⎝ 5⎠ ⎝ 5⎠ O número
2
não tem raiz quadrada em Q, pois não
3
existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
- Quociente de potências de mesma base. Para redu- 3
zir um quociente de potências de mesma base a uma só Questões
potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes.
1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo,
¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina fa-
vorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os demais
têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração repre-
senta os alunos que têm ciências como disciplina favorita?

7
MATEMÁTICA

A) 1/4
B) 3/10
C) 2/9
D) 4/5
E) 3/2

,2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL –


UEM/2014) Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30,
em cada uma delas. Pagou com uma nota de 100 reais e
obteve um desconto de 10 centavos. Quantos reais ela re-
cebeu de troco?
A) R$ 40,00
B) R$ 42,00
7 – (Prof./Prefeitura de Itaboraí) Se x = 0,181818...,
C) R$ 44,00
então o valor numérico da expressão:
D) R$ 46,00
E) R$ 48,00

3 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-


CIONAL – VUNESP/2013) De um total de 180 candidatos,
2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espa-
nhol e o restante estuda alemão. O número de candidatos A) 34/39
que estuda alemão é: B) 103/147
A) 6. C) 104/147
B) 7. D) 35/49
C) 8. E) 106/147
D) 9.
E) 10. 8 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Mariana abriu
seu cofrinho com 120 moedas e separou-as:
4 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA- − 1 real: ¼ das moedas
CIONAL – VUNESP/2013) Em um estado do Sudeste, um − 50 centavos: 1/3 das moedas
Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de: − 25 centavos: 2/5 das moedas
salário­base R$ 617,16 e uma gratificação de R$ 185,15. No − 10 centavos: as restantes
mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora, Mariana totalizou a quantia contida no cofre em
mas precisou faltar um dia e foi descontado em R$ 28,40. A) R$ 62,20.
No mês passado, seu salário totalizou B) R$ 52,20.
A) R$ 810,81. C) R$ 50,20.
B) R$ 821,31. D) R$ 56,20.
C) R$ 838,51. E) R$ 66,20.
D) R$ 841,91.
E) R$ 870,31. 9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
Numa operação policial de rotina, que abordou 800 pes-
5 - (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo
soas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e
1/5 deles foram detidos. Já entre as mulheres abordadas,
Obtém-se :
1/8 foram detidas.
A) ½
Qual o total de pessoas detidas nessa operação poli-
B) 1
C) 3/2 cial?
D) 2 A) 145
E) 3 B) 185
C) 220
6 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo D) 260
matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões marcados E) 120
com um número, sendo que todos os jogadores recebem
os mesmos números. Após todos os jogadores receberem 10 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS
seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando pergunta-
tarefa que também é sorteada. Vence o jogo quem cumprir do sobre qual era a sua idade, o professor de matemática
a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era respondeu:
colocar os números marcados nos cartões em ordem cres- “O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha
cente, venceu o jogador que apresentou a sequência idade!”.

8
MATEMÁTICA

Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem: 6 - RESPOSTA: “D”.


A) 40 anos.
B) 35 anos.
C) 45 anos.
D) 30 anos.
E) 42 anos.

Respostas
A ordem crescente é :
1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática: 7 - RESPOSTA: “B”.
x=0,181818... temos então pela transformação na fra-
ção geratriz: 18/99 = 2/11, substituindo:

O que resta gosta de ciências:

8 - RESPOSTA: “A”.
2 - RESPOSTA: “B”.

Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pa-


gou 58 reais
Troco:100-58=42 reais

3 - RESPOSTA: “C”.

Mmc(3,5,9)=45 Mariana totalizou R$ 62,20.

9 - RESPOSTA: “A”.

O restante estuda alemão: 2/45

Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres


4 - RESPOSTA: “D”.

ou 800-600=200 mulheres

Salário foi R$ 841,91.

5 - RESPOSTA: “B”. Total de pessoas detidas: 120+25=145


1,3333= 12/9 = 4/3
1,5 = 15/10 = 3/2 10 - RESPOSTA: “C”.

9
MATEMÁTICA

Conjunto dos Números Inteiros – Z Propriedades da adição de números inteiros: O con-


junto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois
Definimos o conjunto dos números inteiros como a re- números inteiros ainda é um número inteiro.
união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3,
4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o Associativa: Para todos a,b,c em Z:
zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=núme- a + (b + c) = (a + b) + c
ro em alemão). Este conjunto pode ser escrito por: Z = {..., 2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7
-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
O conjunto dos números inteiros possui alguns sub- Comutativa: Para todos a,b em Z:
conjuntos notáveis: a+b=b+a
3+7=7+3
- O conjunto dos números inteiros não nulos:
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}; Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a
Z* = Z – {0} cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
z+0=z
- O conjunto dos números inteiros não negativos: 7+0=7
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z,
tal que
- O conjunto dos números inteiros positivos: z + (–z) = 0
Z*+ = {1, 2, 3, 4,...} 9 + (–9) = 0
- O conjunto dos números inteiros não positivos: Subtração de Números Inteiros
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
A subtração é empregada quando:
- O conjunto dos números inteiros negativos: - Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade;
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1} - Temos duas quantidades e queremos saber quanto
uma delas tem a mais que a outra;
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta
falta a uma delas para atingir a outra.
numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
A subtração é a operação inversa da adição.
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de diferença
zero, é sempre positivo.
subtraendo
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos minuendo
opostos um do outro quando apresentam soma zero; as-
sim, os pontos que os representam distam igualmente da Considere as seguintes situações:
origem.
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião
é 2, pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0 passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a temperatura?
é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é o Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6)
próprio zero. – (+3) = +3

Adição de Números Inteiros 2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, duran-


te o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de
Para melhor entendimento desta operação, associare- 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça-
mos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos feira?
números inteiros negativos a idéia de perder. Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8) (–3) = +3
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) Se compararmos as duas igualdades, verificamos que
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3) (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3)
Temos:
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispen- (+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
sado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode (+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
ser dispensado. (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

10
MATEMÁTICA

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros Divisão de Números Inteiros
é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do se-
gundo.
Dividendo divisor dividendo:
Multiplicação de Números Inteiros Divisor = quociente 0
Quociente . divisor = dividendo
A multiplicação funciona como uma forma simplificada
de uma adição quando os números são repetidos. Podería- Sabemos que na divisão exata dos números naturais:
mos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhan- 40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
do repetidamente alguma quantidade, como por exemplo,
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36
ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar
30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x,
isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30 Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di-
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 visão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
+ 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60 (–20) : (+5) = q  (+5) . q = (–20)  q = (–4)
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: Logo: (–20) : (+5) = - 4
(–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60 Considerando os exemplos dados, concluímos que,
Observamos que a multiplicação é um caso particular para efetuar a divisão exata de um número inteiro por ou-
da adição onde os valores são repetidos. tro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal - Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o
entre as letras. quociente é um número inteiro positivo.
Para realizar a multiplicação de números inteiros, deve- - Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes,
mos obedecer à seguinte regra de sinais: o quociente é um número inteiro negativo.
(+1) x (+1) = (+1) - A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto
(+1) x (-1) = (-1) Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que
(-1) x (+1) = (-1) não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um
(-1) x (-1) = (+1) número inteiro.
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as-
Com o uso das regras acima, podemos concluir que:
sociativa e não tem a propriedade da existência do ele-
mento neutro.
Sinais dos números Resultado do produto 1- Não existe divisão por zero.
Iguais Positivo Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe
Diferentes Negativo um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15.
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente
Propriedades da multiplicação de números intei- de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro
ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a por zero é igual a zero.
multiplicação de dois números inteiros ainda é um número Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1)
inteiro. =0

Associativa: Para todos a,b,c em Z: Potenciação de Números Inteiros


a x (b x c) = (a x b) x c
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7 A potência an do número inteiro a, é definida como um
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
Comutativa: Para todos a,b em Z: base e o número n é o expoente.
axb=bxa an = a x a x a x a x ... x a
3x7=7x3 a é multiplicado por a n vezes
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27
todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
zx1=z
7x1=7 (-7)² = (-7) x (-7) = 49
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de (+9)² = (+9) x (+9) = 81
zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que - Toda potência de base positiva é um número inteiro
z x z–1 = z x (1/z) = 1 positivo.
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1 Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9

Distributiva: Para todos a,b,c em Z: - Toda potência de base negativa e expoente par é
a x (b + c) = (a x b) + (a x c) um número inteiro positivo.
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5) Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64

11
MATEMÁTICA

- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o
um número inteiro negativo. produto de números inteiros, concluímos que:
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 (a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo.
Propriedades da Potenciação: (b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz
Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- de qualquer número inteiro.
se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
= (–7)9 Questões

Quocientes de Potências com bases iguais: Conser- 1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma
va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 = operação λ é definida por:
(+13)8 – 6 = (+13)2 wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Com base nessa definição, é correto afirmar que a
Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli- soma 2λ + (1λ) λ é igual a
cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10 A) −20.
B) −15.
Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1 C) −12.
= +9 (–13)1 = –13 D) 15.
Potência de expoente zero e base diferente de zero: E) 20.
É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1 2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)
Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
Radiciação de Números Inteiros quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é Verificou o preço de alguns produtos:
a operação que resulta em outro número inteiro não ne- TV: R$ 562,00
gativo b que elevado à potência n fornece o número a. O
DVD: R$ 399,00
número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o
Micro-ondas: R$ 429,00
radicando (que fica sob o sinal do radical).
Geladeira: R$ 1.213,00
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a
é a operação que resulta em outro número inteiro não ne-
Na aquisição dos produtos, conforme as condições
gativo que elevado ao quadrado coincide com o número a.
mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco
recebido será de:
Observação: Não existe a raiz quadrada de um núme-
A) R$ 84,00
ro inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
B) R$ 74,00
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais di- C) R$ 36,00
dáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimen- D) R$ 26,00
to de: E) R$ 16,00
√9 = ±3
mas isto está errado. O certo é: 3 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
√9 = +3 MA/2013) Analise as operações a seguir:

Observamos que não existe um número inteiro não


negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
I abac=ax
número negativo.
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
operação que resulta em outro número inteiro que elevado
ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os II
nossos cálculos somente aos números não negativos.

Exemplos
III
3
(a) 8 = 2, pois 2³ = 8. De acordo com as propriedades da potenciação, temos
que, respectivamente, nas operações I, II e III:
(b)
3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8. A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
3
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
(c) 27 = 3, pois 3³ = 27. C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27. E) x=2b, y=2c e z=c+2.

12
MATEMÁTICA

4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número inteiro menor do


que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
A) - 72
B) - 63
C) - 56
D) - 49
E) – 42

5 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo de tabuleiro, Carla


e Mateus obtiveram os seguintes resultados:

Ao término dessas quatro partidas,


A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
D) Carla e Mateus empataram.

6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais

é um número inteiro?

A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4

7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com duas
escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números indicam a quantidade de passageiros que subiram no avião
e os negativos, a quantidade dos que desceram em cada cidade.

Curtiba +240
-194
Rio de Janeiro
+158
-108
Brasília
+94

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


A) 362
B) 280
C) 240
D) 190
E) 135

Respostas

1 - RESPOSTA:“E”.
Pela definição:
Fazendo w=2

13
MATEMÁTICA

Números Reais

O conjunto dos números reais R é uma expansão do


conjunto dos números racionais que engloba não só os in-
teiros e os fracionários, positivos e negativos, mas também
todos os números irracionais.
Os números reais são números usados para represen-
tar uma quantidade contínua (incluindo o zero e os nega-
tivos). Pode-se pensar num número real como uma fração
decimal possivelmente infinita, como 3,141592(...). Os nú-
2 - RESPOSTA: “D”. meros reais têm uma correspondência biunívoca com os
Geladeira + Microondas + DVD = 1213+429+399 = pontos de uma reta.
2041 Denomina-se corpo dos números reais a coleção dos
Geladeira + Microondas + TV = 1213+429+562 = elementos pertencentes à conclusão dos racionais, forma-
2204, extrapola o orçamento do pelo corpo de frações associado aos inteiros (números
Geladeira +TV + DVD=1213+562+399=2174, é a maior racionais) e a norma associada ao infinito.
quantidade gasta possível dentro do orçamento. Existem também outras conclusões dos racionais, uma
Troco:2200-2174=26 reais para cada número primo p, chamadas números p-ádicos. O
corpo dos números p-ádicos é formado pelos racionais e a
3 - RESPOSTA: “B”. norma associada a p!

Propriedade
I da propriedade das potências, temos: O conjunto dos números reais com as operações biná-
rias de soma e produto e com a relação natural de ordem
formam um corpo ordenado. Além das propriedades de
um corpo ordenado, R tem a seguinte propriedade: Se R
II for dividido em dois conjuntos (uma partição) A e B, de
modo que todo elemento de A é menor que todo elemen-
to de B, então existe um elemento x que separa os dois
III conjuntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento de A
e menor ou igual a todo elemento de B.
4 - RESPOSTA: “D”.
Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que -8 é o -7.
Portanto: 7⋅(-7)=-49
Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pe-
5 - RESPOSTA: “C”.
los números Racionais chamamos de conjunto dos núme-
Carla: 520-220-485+635=450 pontos
ros Reais. Ao unirmos o conjunto dos números Irracionais
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos com o conjunto dos números Racionais, formando o con-
Diferença: 575-450=125 pontos junto dos números Reais, todas as distâncias representadas
por eles sobre uma reta preenchem-na por completo; isto
6 - RESPOSTA:“C”. é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa reta é de-
Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos con- nominada reta Real.
juntos do inteiros positivos temos:

x=0 ; x=1

, logo os únicos números que sa-

tisfazem a condição é x= 0 e x=5 , dois números apenas.

7 - RESPOSTA:“D”.
240- 194 +158 -108 +94 = 190

14
MATEMÁTICA

Podemos concluir que na representação dos números Aproximação por


Reais sobre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a
cada ponto da reta corresponde um número Real e a cada Falta Excesso
número Real corresponde um ponto na reta. Erro menor
π π
que
1 unidade 1 3 2 4
1 décimo 1,4 3,1 1,5 3,2
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,15
1 milésimo 1,414 3,141 1,415 3,142
1 décimo de
1,4142 3,1415 1,4134 3,1416
milésimo
Ordenação dos números Reais Operações com números Reais
A representação dos números Reais permite definir
uma relação de ordem entre eles. Os números Reais positi- Operando com as aproximações, obtemos uma suces-
vos são maiores que zero e os negativos, menores. Expres- são de intervalos fixos que determinam um número Real. É
samos a relação de ordem da seguinte maneira: Dados dois assim que vamos trabalhar as operações adição, subtração,
números Reais a e b,  multiplicação e divisão. Relacionamos, em seguida, uma
a≤b↔b–a≥0 série de recomendações úteis para operar com números
Reais:
Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0 - Vamos tomar a aproximação por falta.
5 + 15 ≥ 0 - Se quisermos ter uma ideia do erro cometido, esco-
lhemos o mesmo número de casas decimais em ambos os
Propriedades da relação de ordem números.
- Se utilizamos uma calculadora, devemos usar a apro-
- Reflexiva: a ≤ a ximação máxima admitida pela máquina (o maior número
- Transitiva: a ≤ b e b ≤ c → a ≤ c de casas decimais).
- Anti-simétrica: a ≤ b e b ≤ a → a = b - Quando operamos com números Reais, devemos fa-
- Ordem total: a < b ou b < a ou a = b  zer constar o erro de aproximação ou o número de casas
decimais.
Expressão aproximada dos números Reais - É importante adquirirmos a idéia de aproximação em
função da necessidade. Por exemplo, para desenhar o pro-
jeto de uma casa, basta tomar medidas com um erro de
centésimo.
- Em geral, para obter uma aproximação de n casas de-
cimais, devemos trabalhar com números Reais aproxima-
dos, isto é, com n + 1 casas decimais.
Para colocar em prática o que foi exposto, vamos fazer
as quatro operações indicadas: adição, subtração, multipli-
cação e divisão com dois números Irracionais. 

Valor Absoluto
Como vimos, o erro  pode ser:
Os números Irracionais possuem infinitos algarismos - Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
decimais não-periódicos. As operações com esta classe de - Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo.
números sempre produzem erros quando não se utilizam Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado
todos os algarismos decimais. Por outro lado, é impossível em valor absoluto. O valor absoluto de um número a é de-
utilizar todos eles nos cálculos. Por isso, somos obrigados signado por |a| e coincide com o número positivo, se for
a usar aproximações, isto é, cortamos o decimal em algum positivo, e com seu oposto, se for negativo. 
lugar e desprezamos os algarismos restantes. Os algaris- Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com
mos escolhidos serão uma aproximação do número Real. uma nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o
Observe como tomamos a aproximação de e do número vendedor cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário,
nas tabelas. se nos devolve 1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos. 

15
MATEMÁTICA

3 - (TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRA-


TIVA – FCC/2012) Em uma praia chamava a atenção um
catador de cocos (a água do coco já havia sido retirada).
Ele só pegava cocos inteiros e agia da seguinte maneira:
o primeiro coco ele coloca inteiro de um lado; o segundo
ele dividia ao meio e colocava as metades em outro lado;
o terceiro coco ele dividia em três partes iguais e coloca-
va os terços de coco em um terceiro lugar, diferente dos
outros lugares; o quarto coco ele dividia em quatro partes
iguais e colocava os quartos de coco em um quarto lugar
diferente dos outros lugares. No quinto coco agia como
se fosse o primeiro coco e colocava inteiro de um lado, o
seguinte dividia ao meio, o seguinte em três partes iguais,
o seguinte em quatro partes iguais e seguia na sequência:
inteiro, meios, três partes iguais, quatro partes iguais. Fez
isso com exatamente 59 cocos quando alguém disse ao
catador: eu quero três quintos dos seus terços de coco e
metade dos seus quartos de coco. O catador consentiu e
deu para a pessoa
A) 52 pedaços de coco.
B) 55 pedaços de coco.
C) 59 pedaços de coco.
D) 98 pedaços de coco.
E) 101 pedaços de coco.

4 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


A mãe do Vitor fez um bolo e repartiu em 24 pedaços, to-
dos de mesmo tamanho. A mãe e o pai comeram juntos, ¼
do bolo. O Vitor e a sua irmã comeram, cada um deles, ¼
do bolo. Quantos pedaços de bolo sobraram?
A) 4
B) 6
C) 8
Questões D) 10
E) 12
1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um comer-
ciante tem 8 prateleiras em seu empório para organizar os 5 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)
produtos de limpeza. Adquiriu 100 caixas desses produtos Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do sa-
com 20 unidades cada uma, sendo que a quantidade total lário com aluguel da casa e 3/5 do salário com outras des-
de unidades compradas será distribuída igualmente entre pesas. Do salário que Paulo recebeu, quantos reais ainda
restam?
essas prateleiras. Desse modo, cada prateleira receberá um
A) R$ 120,00
número de unidades, desses produtos, igual a
B) R$ 150,00
A) 40 C) R$ 180,00
B) 50 D) R$ 210,00
C) 100 E) R$ 240,00
D) 160
E) 250 6 - (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA IN-
FORMAÇÃO – VUNESP/2013) Um jardineiro preencheu
2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – parcialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15
INDEC/2013) Em uma banca de revistas existem um total litros cada um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3
de 870 exemplares dos mais variados temas. Metade das de sua capacidade, o segundo com 3/5 da capacidade, e
o terceiro, com um volume correspondente à média dos
revistas é da editora A, dentre as demais, um terço são pu-
volumes dos outros dois baldes. A soma dos volumes de
blicações antigas. Qual o número de exemplares que não
água nos três baldes, em litros, é
são da Editora A e nem são antigas? A) 27.
A) 320 B) 27,5.
B) 290 C) 28.
C) 435 D) 28,5.
D) 145 E) 29.

16
MATEMÁTICA

7 - (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS – editora A: 870/2=435 revistas


UFOP/2013) Uma pessoa caminha 5 minutos em ritmo publicações antigas: 435/3=145 revistas
normal e, em seguida, 2 minutos em ritmo acelerado e,
assim, sucessivamente, sempre intercalando os ritmos da
caminhada (5 minutos normais e 2 minutos acelerados). A
caminhada foi iniciada em ritmo normal, e foi interrompida
após 55 minutos do início. O número de exemplares que não são da Editora A e
O tempo que essa pessoa caminhou aceleradamente nem são antigas são 290.
foi:
A) 6 minutos 3 - RESPOSTA: “B”.
B) 10 minutos
C) 15 minutos
D) 20 minutos

8 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. 14 vezes iguais


IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é Coco inteiro: 14
CORRETO dizer: Metades:14.2=28
A) O conjunto dos números reais reúne somente os nú- Terça parte:14.3=42
meros racionais. Quarta parte:14.4=56
B) R* é o conjunto dos números reais não negativos. 3 cocos: 1 coco inteiro, metade dos cocos, terça parte
C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A não Quantidade total
são números reais. Coco inteiro: 14+1=15
D) As dízimas não periódicas são números reais. Metades: 28+2=30
Terça parte:42+3=45
9 - (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AU- Quarta parte :56
XILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Para numerar
as páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL
por cada algarismo impresso. Por exemplo, para numerar
as páginas 7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL,
0,002 mL e 0,003 mL de tinta. O total de tinta que será
gasto para numerar da página 1 até a página 1 000 de um
4 - RESPOSTA “B”.
livro, em mL, será
A) 1,111.
B) 2,003.
C) 2,893.
D) 1,003.
E) 2,561. Sobrou 1/4 do bolo.

10 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-


GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de
R$ 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto reti-
rou do bolso oito dessas moedas, dando quatro para cada 5 - RESPOSTA: “B”.
filho.
A diferença entre as quantias recebidas pelos dois fi- Aluguel:
lhos de Gilberto é de, no máximo,
A) R$ 0,45 Outras despesas:
B) R$ 0,90
C) R$ 1,10
D) R$ 1,15 Restam :1000-850=R$150,00
E) R$ 1,35
6 - RESPOSTA: “D”.
Respostas Primeiro balde:

1 - RESPOSTA: “E”.
Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades
Segundo balde:
unidades em cada prateleira.

2 - RESPOSTA: “B”.

17
MATEMÁTICA

Terceiro balde: 1º) decompomos os números em fatores primos


2º) o m.m.c. é o produto dos fatores primos comuns e
não comuns:
                   12   =  2  x  2  x  3
A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros                    30   =          2  x  3   x  5
m.m.c (12,30)  = 2  x  2  x  3   x  5
7 - RESPOSTA: “C”. Escrevendo a fatoração dos números na forma de
A caminhada sempre vai ser 5 minutos e depois 2 mi- potência, temos:
nutos, então 7 minutos ao total. 12 = 22  x  3
Dividindo o total da caminhada pelo tempo, temos: 30 = 2   x  3  x  5 
m.m.c (12,30)  = 22  x  3  x  5
O mmc de dois ou mais números, quando fatorados,
é o produto dos fatores comuns e não comuns , cada um
com seu maior expoente
Assim, sabemos que a pessoa caminhou 7. (5 minutos
+2 minutos) +6 minutos (5 minutos+1 minuto)
2) Método da decomposição simultânea
Aceleradamente caminhou: (7.2)+1➜ 14+1=15 minu- Vamos encontrar o mmc (15, 24, 60)
tos

8 - RESPOSTA: “D”.
A) errada - O conjunto dos números reais tem os con-
juntos: naturais, inteiros, racionais e irracionais.
B) errada – R* são os reais sem o zero.
C) errada - -1 e 0 são números reais.

9 - RESPOSTA: “C”.
1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml Neste processo decompomos todos os números ao
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem. mesmo tempo, num dispositivo como mostra a figura aci-
99-10+1=90. ma. O produto dos fatores primos que obtemos nessa de-
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o pri- composição é o m.m.c. desses números.
meiro número. Portanto, m.m.c.(15,24,60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120
90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml OBS:
1. Dados dois ou mais números, se um deles é múlti-
De 100 a 999 plo de todos os outros, então ele é o m.m.c. dos números
999-100+1=900 números dados.
900⋅0,003=2,7ml 2. Dados dois números primos entre si, o mmc deles é
1000=0,004ml o produto desses números.
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893
Máximo divisor comum (mdc)
10 - RESPOSTA: “E”. É o maior divisor comum entre dois ou mais núme-
ros naturais. Usamos a abreviação MDC
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3
de R$ 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
Cálculo do m.d.c
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
Vamos estudar dois métodos para encontrar o mdc de
E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de dois ou mais números
R$ 0,10=R$ 0,40. 1) Um modo de calcular o m.d.c. de dois ou mais nú-
A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35 meros é utilizar a decomposição desses números em fato-
Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o res primos:
maior valor possível – o menor valor. - Decompomos os números em fatores primos;
- O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns.
MMC Acompanhe o cálculo do m.d.c. entre 36 e 90:
36 = 2 x 2 x 3 x 3
O mmc de dois ou mais números naturais é o menor 90 = 2 x 3 x 3 x 5
número, excluindo o zero, que é múltiplo desses números. O m.d.c. é o produto dos fatores primos comuns =>
m.d.c.(36,90) = 2 x 3 x 3
Cálculo do m.m.c. Portanto m.d.c.(36,90) = 18.
Vamos estudar dois métodos para encontrar o mmc de Escrevendo a fatoração do número na forma de potên-
dois ou mais números: cia temos:
1)  Podemos calcular o m.m.c. de dois ou mais números 36 = 22 x 32
utilizando a fatoração. Acompanhe o cálculo do m.m.c. de 90 = 2  x 32 x 5
12 e 30: Portanto m.d.c.(36,90) = 2 x 32 = 18.

18
MATEMÁTICA

2) Processo das divisões sucessivas : Nesse processo 5. João tinha 20 bolinhas de gude e queria distribuí-las
efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata. entre ele e 3 amigos de modo que cada um ficasse com
O divisor desta divisão é o m.d.c. Acompanhe o cálculo do um número par de bolinhas e nenhum deles ficasse com o
m.d.c.(48,30). mesmo número que o outro. Com quantas bolinhas ficou
cada menino? 
Regra prática:
1º) dividimos o número maior pelo número menor; Resposta
    48 / 30 = 1 (com resto 18)
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão an- 1. Calculamos o MDC entre 156 e 234 e o resultado é
terior, por 18, que é o resto da divisão anterior, e assim :  os retalhos devem ter 78 cm de comprimento. 
sucessivamente;
    30 / 18 = 1 (com resto 12) 2. Calculamos o MDC entre 30, 48 e 36. O número de
18 / 12 = 1 (com resto 6) equipes será igual a 19, com 6 participantes cada uma. 
12 / 6 = 2 (com resto zero - divisão exata)
3. Calculamos o MMC entre 3, 4 e 6. Concluímos que
3º) O divisor da divisão exata é 6. Então m.d.c.(48,30) após 12 dias, a manutenção será feita nas três máquinas.
= 6. Portanto, dia 14 de dezembro. 
OBS: 4. Calculamos o MMC entre 2, 3 e 6. De 6 em 6 horas os
1.Dois ou mais números são primos entre si quando o três remédios serão ingeridos juntos. Portanto, o próximo
máximo divisor comum entre eles é o número. horário será às 14 horas. 
2.Dados dois ou mais números, se um deles é divisor
de todos os outros, então ele é o mdc dos números dados. 5. Se o primeiro menino ficar com 2 bolinhas, sobrarão
18 bolinhas para os outros 3 meninos. Se o segundo rece-
Problemas ber 4, sobrarão 14 bolinhas para os outros dois meninos.
O terceiro menino receberá 6 bolinhas e o quarto receberá
1. Uma indústria de tecidos fabrica retalhos de mes- 8 bolinhas.
mo comprimento. Após realizarem os cortes necessários,
verificou-se que duas peças restantes tinham as seguintes Razão
medidas: 156 centímetros e 234 centímetros. O gerente
de produção ao ser informado das medidas, deu a ordem Sejam dois números reais a e b, com b ≠ 0. Chama-se
para que o funcionário cortasse o pano em partes iguais e razão entre a e b (nessa ordem) o quociente a b, ou .
de maior comprimento possível. Como ele poderá resolver A razão é representada por um número racional, mas é
essa situação?  lida de modo diferente.

2. Uma empresa de logística é composta de três áreas: Exemplos


administrativa, operacional e vendedores. A área adminis- 3
trativa é composta de 30 funcionários, a operacional de 48 a) A fração lê-se: “três quintos”.
e a de vendedores com 36 pessoas. Ao final do ano, a em- 5
presa realiza uma integração entre as três áreas, de modo 3
que todos os funcionários participem ativamente. As equi- b) A razão lê-se: “3 para 5”.
pes devem conter o mesmo número de funcionários com 5
o maior número possível. Determine quantos funcionários Os termos da razão recebem nomes especiais.
devem participar de cada equipe e o número possível de O número 3 é numerador
equipes. 
3
a) Na fração
3. (PUC–SP) Numa linha de produção, certo tipo de 5
O número 5 é denominador
manutenção é feita na máquina A a cada 3 dias, na máqui-
na B, a cada 4 dias, e na máquina C, a cada 6 dias. Se no dia O número 3 é antecedente
2 de dezembro foi feita a manutenção nas três máquinas,
após quantos dias as máquinas receberão manutenção no a) Na razão 3
mesmo dia.  5 O número 5 é consequente
4. Um médico, ao prescrever uma receita, determina Exemplo 1
que três medicamentos sejam ingeridos pelo paciente de
acordo com a seguinte escala de horários: remédio A, de 2 A razão entre 20 e 50 é 20 = 2 ; já a razão entre 50 e
em 2 horas, remédio B, de 3 em 3 horas e remédio C, de 6 20 é 50 5 . 50 5
=
em 6 horas. Caso o paciente utilize os três remédios às 8 20 2
horas da manhã, qual será o próximo horário de ingestão
dos mesmos? Exemplo 2

19
MATEMÁTICA

Numa classe de 42 alunos há 18 rapazes e 24 moças. madamente, segundo estimativas projetadas pelo Instituto
A razão entre o número de rapazes e o número de moças Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de
1995.
é = , o que significa que para “cada 3 rapazes há 4 mo-
18 3
24 4
ças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapazes e Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte-
o total de alunos é dada por = ,
18 3
o que equivale a dizer remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
42 7
que “de cada 7 alunos na classe, 3 são rapazes”. 6628000
≅ 71,5hab. / km 2
927286
Razão entre grandezas de mesma espécie

A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o A esse tipo de razão dá-se o nome de densidade de-
quociente dos números que expressam as medidas dessas mográfica.
grandezas numa mesma unidade. A notação hab./km2 (lê-se: ”habitantes por quilômetro
quadrado”) deve acompanhar a razão.
Exemplo
Exemplo 3
Uma sala tem 18 m2. Um tapete que ocupar o centro
dessa sala mede 384 dm2. Vamos calcular a razão entre a Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de
área do tapete e a área da sala. gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros percor-
Primeiro, devemos transformar as duas grandezas em ridos pelo número de litros de combustível consumidos,
uma mesma unidade: teremos o número de quilômetros que esse carro percorre
Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2 com um litro de gasolina:
Área do tapete: 384 dm2
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos
escrever a razão: 83, 76km
≅ 10, 47km / l
2 8l
384dm 384 16
2
= =
1800dm 1800 75
A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo mé-
Razão entre grandezas de espécies diferentes dio.
A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve
Exemplo 1 acompanhar a razão.

Considere um carro que às 9 horas passa pelo quilô- Exemplo 4


metro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilômetro
170. Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse comprimento
é representado num desenho por 20 cm. Qual é a escala
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
Tempo gasto: 11h – 9h = 2h do desenho?

Calculamos a razão entre a distância percorrida e o comprimento i no i desenho 20cm 20cm 1


tempo gasto para isso: Escala = = = = ou1: 40
comprimento i real 8m 800cm 40
140km
= 70km / h
2h A razão entre um comprimento no desenho e o corres-
pondente comprimento real, chama-se Escala.
A esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade mé-
dia. Proporção
Observe que: A igualdade entre duas razões recebe o nome de pro-
- as grandezas “quilômetro e hora” são de naturezas
porção.
diferentes;
- a notação km/h (lê-se: “quilômetros por hora”) deve 3 6
acompanhar a razão. Na proporção 5 = 10 (lê-se: “3 está para 5 assim como
6 está para 10”), os números 3 e 10 são chamados extre-
Exemplo 2 mos, e os números 5 e 6 são chamados meios.

A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Observemos que o produto 3 x 10 = 30 é igual ao pro-
Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de 927 286 duto 5 x 6 = 30, o que caracteriza a propriedade fundamen-
km2 e uma população de 66 288 000 habitantes, aproxi- tal das proporções:

20
MATEMÁTICA

“Em toda proporção, o produto dos meios é igual


ao produto dos extremos”. 4 8 4 − 3 8 − 6 1 2
= ⇒ = ⇒ =
3 6  4 8 4 8
Exemplo 1
2 6 ou
Na proporção = , temos 2 x 9 = 3 x 6 = 18;
3 9 4 8 4 − 3 8 − 6 1 2
= ⇒ = ⇒ =
e em 1 = 4 , temos 4 x 4 = 1 x 16 = 16. 3 6  3 6 3 6
4 16 A soma dos antecedentes está para a soma dos con-
sequentes assim como cada antecedente está para o seu
Exemplo 2 consequente.
Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a
seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da 12 3 ⎧12 + 3 12 15 12
= ⇒⎨ = ⇒ =
criança. 8 2 ⎩ 8+2 8 10 8
Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é dada
por:
ou
5gotas x 12 3 ⎧12 + 3 3 15 3
= → x = 30gotas = ⇒⎨ = ⇒ =
2kg 12kg 8 2 ⎩ 8 + 2 2 10 2
Por outro lado, se soubermos que foram corretamente
ministradas 20 gotas a uma criança, podemos concluir que A diferença dos antecedentes está para a diferença dos
seu “peso” é 8 kg, pois: consequentes assim como cada antecedente está para o
seu consequente.
5gotas
= 20gotas / p → p = 8kg
2kg 3 1 ⎧ 3−1 3 2 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
15 5 ⎩15 − 5 15 10 15
(nota: o procedimento utilizado nesse exemplo é co-
mumente chamado de regra de três simples.) ou
3 1 ⎧ 3−1 1 2 1
Propriedades da Proporção = ⇒⎨ = ⇒ =
15 5 ⎩15 − 5 5 10 5
O produto dos extremos é igual ao produto dos meios:
essa propriedade possibilita reconhecer quando duas ra- Questões
zões formam ou não uma proporção.
1 - (VUNESP - AgSegPenClasseI-V1 - 2012) – Em um
4 12 concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas
e
3 9 formam uma proporção, pois 1800. A razão do número de candidatos aprovados para o
total de candidatos participantes do concurso é:
Produtos dos extremos ← 4.9  → Produtos dos
 = 3.12 A) 2/3
meios. 36 36
B) 3/5
C) 5/10
A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro
D) 2/7
(ou para o segundo termo) assim como a soma dos dois
E) 6/7
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
2 – (VNSP1214/001-AssistenteAdministrativo-I – 2012)
5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14 – Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que
= ⇒⎨ = ⇒ =
2 4 ⎩ 5 10 5 10 tomam café puro e o número de pessoas que tomam café
ou com leite, de manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180
pessoas tomarem café de manhã nessa padaria, e supondo
5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14 que essa razão permaneça a mesma, pode-se concluir que
= ⇒⎨ = ⇒ =
2 4 ⎩ 2 4 2 4 o número de pessoas que tomarão café puro será:
A) 72
A diferença entre os dois primeiros termos está para B) 86
o primeiro (ou para o segundo termo) assim como a dife- C) 94
rença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o D) 105
quarto termo). E) 112

21
MATEMÁTICA

3 - (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU- D)


RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Num zooló- Nº de revis-
gico, a razão entre o número de aves e mamíferos é igual à Nº de livros
tas
razão entre o número de anfíbios e répteis. Considerando
que o número de aves, mamíferos e anfíbios são, respecti- Antes da compra 200 50
vamente, iguais a 39, 57 e 26, quantos répteis existem neste Após a compra 300 200
zoológico?
A) 31 E)
B) 34
C) 36 Nº de revis-
Nº de livros
D) 38 tas
E) 43 Antes da compra 200 200
Após a compra 50 300
4 - (TRT - Técnico Judiciário) Na figura abaixo, os pon-
tos E e F dividem o lado AB do retângulo ABCD em seg-
mentos de mesma medida.
6 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012)
Uma rede varejista teve um faturamento anual de 4,2 bi-
lhões de reais com 240 lojas em um estado. Considerando
que esse faturamento é proporcional ao número de lojas,
em outro estado em que há 180 lojas, o faturamento anual,
em bilhões de reais, foi de
A) 2,75
B) 2,95
C) 3,15
D) 3,35
E) 3,55
A razão entre a área do triângulo (CEF) e a área
do retângulo é:
7 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMA-
a) 1/8
b) 1/6 RUÍ/2014) De cada dez alunos de uma sala de aula, seis são
c) 1/2 do sexo feminino. Sabendo que nesta sala de aula há de-
d) 2/3 zoito alunos do sexo feminino, quantos são do sexo mas-
e) 3/4 culino?
A) Doze alunos.
5 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Na B) Quatorze alunos.
biblioteca de uma faculdade, a relação entre a quantidade C) Dezesseis alunos.
de livros e de revistas era de 1 para 4. Com a compra de D) Vinte alunos.
novos exemplares, essa relação passou a ser de 2 para 3.
Assinale a única tabela que está associada corretamen-
8 - (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
te a essa situação.
A) NESP/2013) Em um dia de muita chuva e trânsito caótico,
2/5 dos alunos de certa escola chegaram atrasados, sendo
Nº de livros Nº de revistas
que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atra-
Antes da com- so. Sabendo que todos os demais alunos chegaram no ho-
50 200
pra rário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão
Após a compra 200 300 entre o número de alunos que chegaram com mais de 30
minutos de atraso e número de alunos que chegaram no
B) horário, nessa ordem, foi de
Nº de livros Nº de revistas A) 2:3
B) 1:3
Antes da compra 50 200 C) 1:6
Após a compra 300 200 D) 3:4
E) 2:5
C)
Nº de livros Nº de revistas 9 - (PMPP1101/001-Escriturário-I-manhã – 2012) – A
Antes da compra 200 50 razão entre as idades de um pai e de seu filho é hoje de
5/2. Quando o filho nasceu, o pai tinha 21 anos. A idade do
Após a compra 200 300 filho hoje é de

22
MATEMÁTICA

A) 10 anos
B) 12 anos
C) 14 anos
D) 16 anos
E) 18 anos

10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o nú-
mero de atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um
determinado dia, nessa ordem, foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir
que, no total, o número de usuários atendidos foi
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350
Respostas

1 – Resposta “B”

2 – Resposta “A”
Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o
número total de pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:

CP+CL = 180

A relação encontrada entre eles é de ; assim aplicando a propriedade da proporção teremos:

  180.2 = CP.5  CP =  CP = 72

3 - RESPOSTA: “D”

Aplicando-se o produto dos meios pelos extremos temos:

4 - Resposta “B”

23
MATEMÁTICA

5 - RESPOSTA: “A” 10 - RESPOSTA: “E”


Para cada 1 livro temos 4 revistas Usuários internos: I
Significa que o número de revistas é 4x o número de Usuários externos : E
livros.
50 livros: 200 revistas
 5I = 3I+420 2I = 420 I = 210
Depois da compra
2 livros :3 revistas
200 livros: 300 revistas I+E = 210+140 = 350

6 - RESPOSTA: “C” Porcentagem

É uma fração de denominador centesimal, ou seja, é


uma fração de denominador 100. Representamos porcen-
tagem pelo símbolo % e lê-se: “por cento”.
50
Deste modo, a fração é uma porcentagem que po-
240.x = 4,2.180 → 240x = 756 → x = 3,15 bilhões demos representar por 50%.
100

7 - RESPOSTA: “A” Forma Decimal: É comum representarmos uma por-


Como 6 são do sexo feminino, 4 são do sexo masculi- centagem na forma decimal, por exemplo, 35% na forma
no(10-6 = 4) .Então temos a seguinte razão: decimal seriam representados por 0,35.
75
 6x = 72  x = 12 75% = = 0,75
100

Cálculo de uma Porcentagem: Para calcularmos uma


porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p
8- RESPOSTA: “C”
por V. 100

Se 2/5 chegaram atrasados p


P% de V = .V
100
chegaram no horário
Exemplo 1

23% de 240 = . 240 = 55,2


23
100
tiveram mais de 30 minutos de atraso
Exemplo 2

Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que 67%


de uma amostra assistem a um certo programa de TV. Se a
população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas assis-
tem ao tal programa?
67
Resolução: 67% de 56 000 = .56000 = 37520
100

9 – RESPOSTA: “C” Resposta: 37 520 pessoas.

A razão entre a idade do pai e do filho é respectiva- Porcentagem que o lucro representa em relação ao
mente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, sig- preço de custo e em relação ao preço de venda
nifica que hoje o pai tem x + 21 , onde x é a idade do filho.
Montando a proporção teremos: Chamamos de lucro em uma transação comercial de
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o
preço de custo.
Lucro = preço de venda – preço de custo
Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada de
prejuízo.

Assim, podemos escrever:


Preço de custo + lucro = preço de venda
Preço de custo – prejuízos = preço de venda

24
MATEMÁTICA

Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem Resolução: VA = 1,4 . V


de duas formas: 3 500 = 1,4 . V
Lucro sobre o custo = lucro/preço de custo. 100%
3500
Lucro sobre a venda = lucro/preço de venda. 100% V= = 2500
1,4

Observação: A mesma análise pode ser feita para o Resposta: R$ 2 500,00


caso de prejuízo.
Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos
Exemplo um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor
Uma mercadoria foi comprada por R$ 500,00 e vendida após o primeiro aumento, temos:
por R$ 800,00.
Pede-se: V1 = V . (1 +
p1
)
- o lucro obtido na transação; 100
- a porcentagem de lucro sobre o preço de custo; Sendo V2 o valor após o segundo aumento, temos:
- a porcentagem de lucro sobre o preço de venda. V2 = V1 . (1 + p2 )
100
Resposta: V2 = V . (1 + 1 ) . (1 + 2 )
p p
Lucro = 800 – 500 = R$ 300,00 100 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá
Lc = 300
= 0,60 = 60% sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.
500

Lv = = 0,375 = 37,5%
300
800 Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:
V1 = V. (1 – p1 )
Aumento 100

Sendo V2 o valor após o segundo desconto, temos:


Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial V
que deve sofrer um aumento de p% de seu valor. Chame- V2 = V1 . (1 –
p2
)
mos de A o valor do aumento e VA o valor após o aumento. 100
Então, A = p% de V = p . V
100 V2 = V . (1 – p1 ) . (1 – p2 )
100 100
p Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá
VA = V + A = V + .V
100 sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um descon-
p to de p2%.
VA = ( 1 + ).V
100 Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
V1 = V . (1+ 1 )
p p
Em que (1 + 100 ) é o fator de aumento. 100

Desconto Sendo V2 o valor após o desconto, temos:


V2 = V1 . (1 – p2 )
100
Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial V
que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Chame- V2 = V . (1 + p1 ) . (1 – p2 )
100 100
mos de D o valor do desconto e VD o valor após o descon-
to. Então, D = p% de V = p . V Exemplo
100
(VUNESP-SP) Uma instituição bancária oferece um ren-
VD = V – D = V –
p
.V dimento de 15% ao ano para depósitos feitos numa certa
100 modalidade de aplicação financeira. Um cliente deste ban-
VD = (1 –
p
).V co deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final de n anos,
100 o capital que esse cliente terá em reais, relativo a esse de-
Em que (1 –
p
) é o fator de desconto. pósito, são:
100 n
 p 
Exemplo Resolução: VA = 1 +  .v
 100 
n

Uma empresa admite um funcionário no mês de janei- VA = 1. 15  .1000


ro sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se VA = 1 000
100 . (1,15)n

a empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir V = 1 000 . 1,15n


A

de março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo? VA = 1 150,00n

25
MATEMÁTICA

Questões

1 - (PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO/2014) Se em um tanque de um carro for misturado 45 litros
de etanol em 28 litros de gasolina, qual será o percentual aproximado de gasolina nesse tanque?
A) 38,357%
B) 38,356%
C) 38,358%
D) 38,359%

2 - (CEF / Escriturário) Uma pessoa x pode realizar uma certa tarefa em 12 horas. Outra pessoa, y, é 50% mais eficiente
que x. Nessas condições, o número de horas necessárias para que y realize essa tarefa é :
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8

3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Observe a tabela que indica o consumo mensal de uma mesma torneira da pia
de uma cozinha, aberta meia volta por um minuto, uma vez ao dia.

Em relação ao consumo mensal da torneira alimentada pela água da rua, o da torneira alimentada pela água da caixa
representa, aproximadamente,
A) 20%
B) 26%
C) 30%
D) 35%
E) 40%

4 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de uma mercadoria, na loja J, é
de R$ 50,00. O dono da loja J resolve reajustar o preço dessa mercadoria em 20%. A mesma mercadoria, na loja K, é vendida
por R$ 40,00. O dono da loja K resolve reajustar o preço dessa mercadoria de maneira a igualar o preço praticado na loja J
após o reajuste de 20%. Dessa maneira o dono da loja K deve reajustar o preço em
A) 20%.
B) 50%.
C) 10%.
D) 15%.
E) 60%.

5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de venda de um produto, des-
contado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem
o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
A) 67%.
B) 61%.
C) 65%.
D) 63%.
E) 69%.

6 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$
350,00. Para estabelecer o preço de venda desse produto em sua loja, o comerciante decidiu que o valor deveria ser sufi-
ciente para dar 30% de desconto sobre o preço de venda e ainda assim garantir lucro de 20% sobre o preço de compra.
Nessas condições, o preço que o comerciante deve vender essa mercadoria é igual a

26
MATEMÁTICA

A) R$ 620,00. Quem arrematou algum dos lotes disponíveis no leilão


B) R$ 580,00. pagou 20% do lance mais 5% de comissão do leiloeiro no
C) R$ 600,00. ato da arrematação. Os 80% restantes foram pagos impre-
D) R$ 590,00. terivelmente até o dia 11 de dezembro.
E) R$ 610,00.
Fonte: http://www.ssp.se.gov.br05/12/13 (modificada).
7 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA –
FCC/2013) Uma bolsa contém apenas 5 bolas brancas e 7 Vitor arrematou um lote, pagou o combinado no ato
bolas pretas. Sorteando ao acaso uma bola dessa bolsa, a da arrematação e os R$28.800,00 restantes no dia 10 de
probabilidade de que ela seja preta é
dezembro. Com base nas informações contidas no texto,
A) maior do que 55% e menor do que 60%.
calcule o valor total gasto por Vitor nesse leilão.
B) menor do que 50%.
C) maior do que 65%.
D) maior do que 50% e menor do que 55%. A) R$34.600,00
E) maior do que 60% e menor do que 65%. B) R$36.000,00
C) R$35.400,00
8 - PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- D) R$32.000,00
MA/2013) Das 80 crianças que responderam a uma en- E) R$37.800,00
quete referente a sua fruta favorita, 70% eram meninos.
Dentre as meninas, 25% responderam que sua fruta favori- Respostas
ta era a maçã. Sendo assim, qual porcentagem representa,
em relação a todas as crianças entrevistadas, as meninas 1 - RESPOSTA: “B”.
que têm a maçã como fruta preferida? Mistura:28+45=73
A) 10% 73------100%
B) 1,5% 28------x
C) 25% X=38,356%
D) 7,5%
E) 5% 2 - RESPOSTA “C”.
12 horas → 100 %
9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
50 % de 12 horas = = 6 horas
Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a seguinte
promoção:
X = 12 horas → 100 % = total de horas trabalhado
Y = 50 % mais rápido que X.
Então, se 50% de 12 horas equivalem a 6 horas, logo Y
faz o mesmo trabalho em 6 horas.

3 - RESPOSTA: “B”.

Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção


e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro obtido por
ele com a revenda das latas de cerveja das duas embala- 4 - RESPOSTA: “B”.
gens completas foi:
A) R$33,60
B) R$28,60
C) R$26,40
D) R$40,80
E) R$43,20

10 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)


Leilão de veículos apreendidos do Detran aconteceu no dia O reajuste deve ser de 50%.
7 de dezembro.
5 - RESPOSTA: “A”.
O Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe – De- Preço de venda: PV
tran/SE – realizou, no dia 7 de dezembro, sábado, às 9 ho- Preço de compra: PC
ras, no Espaço Emes, um leilão de veículos apreendidos em
fiscalizações de trânsito. Ao todo foram leiloados 195 veí- Note que: 1,4 = 100%+40% ou 1+0,4.Como ele supe-
culos, sendo que 183 foram comercializados como sucatas rou o preço de venda (100%) em 40% , isso significa soma
e 12 foram vendidos como aptos para circulação. aos 100% mais 40%, logo 140%= 1,4.

27
MATEMÁTICA

PV - 0,16PV = 1,4PC Juros Simples


0,84PV=1,4PC
Toda vez que falamos em juros estamos nos referin-
do a uma quantia em dinheiro que deve ser paga por um
devedor, pela utilização de dinheiro de um credor (aquele
que empresta).
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.
- Os juros são representados pela letra j.
6 - RESPOSTA: “C”. - O dinheiro que se deposita ou se empresta chama-
Preço de venda: PV mos de capital e é representado pela letra C.
Preço de compra: 350 - O tempo de depósito ou de empréstimo é represen-
30% de desconto, deixa o produto com 70% do seu tado pela letra t.
valor. - A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre
Como ele queria ter um lucro de 20% sobre o preço um capital durante certo tempo. É representado pela letra i
de compra, devemos multiplicar por 1,2(350+0,2.350) ➜ e utilizada para calcular juros.
0,7PV = 1,2 . 350
Chamamos de simples os juros que são somados ao
capital inicial no final da aplicação.

Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mes-


ma unidade:
O preço de venda deve ser R$600,00. Taxa anual --------------------- tempo em anos
Taxa mensal-------------------- tempo em meses
7 - RESPOSTA: “A”. Taxa diária---------------------- tempo em dias
Ao todo tem 12 bolas, portanto a probabilidade de se
tirar uma preta é: Consideremos, como exemplo, o seguinte problema:

Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quan-


tia de R$ 3. 000,00, pelo prazo de 4 meses, à taxa de 2% ao
8 - RESPOSTA: “D”. mês. Quanto deverá ser pago de juros?
Tem que ser menina E gostar de maçã.
Meninas:100-70=30% Resolução:

, simplificando temos ➜ - Capital aplicado (C): R$ 3.000,00


P = 0,075 . 100% = 7,5%. - Tempo de aplicação (t): 4 meses
- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês)
9 - RESPOSTA: “A”.
Fazendo o cálculo, mês a mês:
- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 x
R$ 3.000,00 = R$ 60,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$
60,00 + R$ 60,00 = R$ 120,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$
120,00 + R$ 60,00 = R$ 180,00
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$
180,00 + R$ 60,00 = R$ 240,00
Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos
R$ 240,00 de juros.

O lucro de Alexandre foi de R$33,60. Fazendo o cálculo, período a período:


- No final do 1º período, os juros serão: i.C
10 - RESPOSTA: “E”. - No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
R$28.800-------80% - No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
x------------------100% ------------------------------------------------------------
-----------
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C +
... + i.C

Portanto, temos:

Valor total: R$36.000,00+R$1.800,00=R$37.800,00 J=C.i.t

28
MATEMÁTICA

Observações: Observe que o crescimento do principal segundo ju-


ros simples é LINEAR enquanto que o crescimento segun-
1) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma do juros compostos é EXPONENCIAL, e, portanto tem um
unidade. crescimento muito mais “rápido”. Isto poderia ser ilustrado
2) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma graficamente da seguinte forma:
decimal.
3) Chamamos de montante (M) a soma do capital com
os juros, ou seja: Na fórmula J= C . i . t, temos quatro va-
riáveis. Se três delas forem valores conhecidos, podemos
calcular o 4º valor.

M=C+ j
Exemplo

A que taxa esteve empregado o capital de R$ 20.000,00


para render, em 3 anos, R$ 28.800,00 de juros? (Observa- Na prática, as empresas, órgãos governamentais e
ção: Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa investidores particulares costumam reinvestir as quantias
anual.) geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o em-
prego mais comum de juros compostos na Economia. Na
C = R$ 20.000,00 verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos
t = 3 anos econômicos.
j = R$ 28.800,00
i = ? (ao ano) Fórmula para o cálculo de Juros compostos
Considere o capital inicial (principal P) $1000,00 aplica-
do a uma taxa mensal de juros compostos ( i ) de 10% (i =
j = C.i.t
100 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (principal + juros),
mês a mês:
28 800 = 20000..i.3
100 Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 =
1000(1 + 0,1)
28 800 = 600 . i
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 =
1000(1 + 0,1)2
i = 28.800
600 Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 =
1000(1 + 0,1)3
i = 48
.................................................................................................
Após o nº (enésimo) mês, sendo S o montante, tere-
Resposta: 48% ao ano. mos evidentemente: S = 1000(1 + 0,1)n

Juros Compostos De uma forma genérica, teremos para um principal P,


aplicado a uma taxa de juros compostos i durante o perío-
O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabe- do n : S = P (1 + i)n onde S = montante, P = principal, i =
mos, devido aos juros, segundo duas modalidades, a saber: taxa de juros e n = número de períodos que o principal P
Juros simples - ao longo do tempo, somente o princi- (capital inicial) foi aplicado.
pal rende juros. Nota: Na fórmula acima, as unidades de tempo refe-
Juros compostos - após cada período, os juros são in- rentes à taxa de juros (i) e do período (n), tem de ser neces-
corporados ao principal e passam, por sua vez, a render sariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que
juros. Também conhecido como “juros sobre juros”. não pode ser esquecido! Assim, por exemplo, se a taxa for
Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2%
capital através juros simples e juros compostos, com um ao mês durante 3x12=36 meses.
exemplo: Suponha que $100,00 são empregados a uma
taxa de 10% a.a. (ao ano) Teremos: Exemplos
1 – Expresse o número de períodos n de uma aplica-
ção, em função do montante S e da taxa de aplicação i por
período.

Solução:
Temos S = P(1+i)n
Logo, S/P = (1+i)n

29
MATEMÁTICA

Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos es- A) R$63.600,00.


crever: B) R$63.672,48.
n = log (1+ i ) (S/P) . Portanto, usando logaritmo decimal C) R$63.854,58.
(base 10), vem: D) R$62.425,00.
log(S / P) log S − log P E) R$62.400,00.
n= =
log(1+ i) log(1+ i)
3. CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDA-
TEC/2013) Um empréstimo de R$ 50.000,00 será pago no
Temos também da expressão acima que: n.log(1 + i) = prazo de 5 meses, com juros simples de 2,5% a.m. (ao mês).
logS – logP Nesse sentido, o valor da dívida na data do seu vencimento
será:
Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos A) R$6.250,00.
juros compostos é uma aplicação prática do estudo dos B) R$16.250,00.
logaritmos. C) R$42.650,00.
2 – Um capital é aplicado em regime de juros compos- D) R$56.250,00.
tos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de quanto E) R$62.250,00.
tempo este capital estará duplicado?
4. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
Solução: Sabemos que S = P (1 + i)n. Quando o capital MA/2013) Teresa pagou uma conta no valor de R$ 400,00
inicial estiver duplicado, teremos S = 2P. com seis dias de atraso. Por isso, foi acrescido, sobre o va-
Substituindo, vem: 2P = P(1+0,02)n [Obs: 0,02 = 2/100 lor da conta, juro de 0,5% em regime simples, para cada dia
= 2%] de atraso. Com isso, qual foi o valor total pago por Teresa?
Simplificando, fica: A) R$ 420,00.
2 = 1,02n , que é uma equação exponencial simples. B) R$ 412,00.
Teremos então: n = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 C) R$ 410,00.
/ 0,00860 = 35
D) R$ 415,00.
E) R$ 422,00.
Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores
podem ser obtidos rapidamente em máquinas calculadoras
5. PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular, o
Polícia autua 16 condutores durante blitz da Lei Seca
examinador teria de informar os valores dos logaritmos ne-
No dia 27 de novembro, uma equipe da Companhia
cessários, ou então permitir o uso de calculadora na prova,
de Polícia de Trânsito(CPTran) da Polícia Militar do Estado
o que não é comum no Brasil.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses de Sergipe realizou blitz da Lei Seca na Avenida Beira Mar.
(observe que a taxa de juros do problema é mensal), o que Durante a ação, a polícia autuou 16 condutores.
equivale a 2 anos e 11 meses. Segundo o capitão Fábio <achado, comandante da CP-
Resposta: 2 anos e 11 meses. Tran, 12 pessoas foram notificadas por infrações diversas e
quatro por desobediência à Lei Seca[...].
Exercícios O quarteto detido foi multado em R$1.910,54 cada e
teve a Carteira Nacional de Trânsito (CNH) suspensa por
1. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA- um ano.
DE – FCC/2012) Renato aplicou uma quantia no regime de (Fonte: PM/SE 28/11/13, modificada)
capitalização de juros simples de 1,25% ao mês. Ao final de Investindo um capital inicial no valor total das quatros
um ano, sacou todo o dinheiro da aplicação, gastou meta- mulas durante um período de dez meses, com juros de 5%
de dele para comprar um imóvel e aplicou o restante, por ao mês, no sistema de juros simples, o total de juros obti-
quatro meses, em outro fundo, que rendia juros simples de dos será:
1,5% ao mês. Ao final desse período, ele encerrou a aplica- A) R$2.768,15
ção, sacando um total de R$ 95.082,00. A quantia inicial, em B) R$1.595,27
reais, aplicada por Renato no primeiro investimento foi de C) R$3.821,08
A) 154.000,00 D) R$9.552,70
B) 156.000,00 E) R$1.910,54
C) 158.000,00
D) 160.000,00 6. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – IN-
E) 162.000,00 DEC/2013) Uma aplicação financeira rende mensalmente
0,72%. Após 3 meses, um capital investido de R$ 14.000,00
2. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- renderá: (Considere juros compostos)
NISTRATIVO – FCC/2014) José Luiz aplicou R$60.000,00 A) R$ 267,92
num fundo de investimento, em regime de juros compos- B) R$ 285,49
tos, com taxa de 2% ao mês. Após 3 meses, o montante C) R$300,45
que José Luiz poderá sacar é D) R$304,58

30
MATEMÁTICA

7. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC/2013) Qual a porcentagem de rendimento mensal de um


capital de R$ 5.000,00 que rende R$ 420,00 após 6 meses?
(Considere juros simples)
A) 2,2%
B) 1,6%
C) 1,4%
D) 0,7%

8. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Pretendendo aplicar em um fundo que rende juros compostos, um investidor
fez uma simulação. Na simulação feita, se ele aplicar hoje R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 daqui a um ano, e não fizer nenhuma
retirada, o saldo daqui a dois anos será de R$ 38.400,00. Desse modo, é correto afirmar que a taxa anual de juros conside-
rada nessa simulação foi de
A) 12%.
B) 15%.
C) 18%.
D) 20%.
E) 21%.

9. (TRT 1ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2013) Juliano possui R$ 29.000,00 aplicados em
um regime de juros compostos e deseja comprar um carro cujo preço à vista é R$30.000,00. Se nos próximos meses essa
aplicação render 1% ao mês e o preço do carro se mantiver, o número mínimo de meses necessário para que Juliano tenha
em sua aplicação uma quantia suficiente para comprar o carro é
A) 7.
B) 4.
C) 5.
D) 6.
E) 3.

10. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRANRIO/2012) João tomou um empréstimo de R$900,00 a juros com-
postos de 10% ao mês. Dois meses depois, João pagou R$600,00 e, um mês após esse pagamento, liquidou o empréstimo.
O valor desse último pagamento foi, em reais, aproximadamente,
A) 240,00
B) 330,00
C) 429,00
D) 489,00
E) 538,00

Respostas

1 - RESPOSTA: “B”.
Quantia inicial: C= 25.000 ; i=1,25% a.m = 0,0125 ; t= 1 ano = 12 meses
M= J+C e J= C.i.t da junção dessas duas fórmulas temos : M=C.(1+i.t),aplicando

Como ele gastou metade e a outra metade ele aplicou a uma taxa i=1,5% a.m=0,015 e t=4m e sacou após esse período
R$ 95.082,00

95.082 = 0,6095C ➜ ➜ C= 156.000

A quantia inicial foi de R$ 156.000,00.

31
MATEMÁTICA

2 - RESPOSTA: “B”.
C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m

O montante a ser sacado será de R$ 63.672,48.

3 - RESPOSTA: “D”.
J=C.i.t C = 50.000 ; i = 2,5% a.m = 0,025 ; t = 5m
J=50 000.0,025.5
J=6250
M=C+J
M=50 000+6 250=56250
O valor da dívida é R$56.250,00.

4 – RESPOSTA: “B”.

C = 400 ; t = 6 d ; i = 0,5% a.d = 0,005

O valor que ela deve pagar é R$412,00.

5 - RESPOSTA: “C”.

O juros obtido será R$3.821,08.

6 - RESPOSTA: “D”.
i = 0,72%a.m = 0,0072 ; t = 3m ; C = 14.000

Como ele quer saber os juros:


M = C+J ➜ J = 14304,58-14000 = 304,58
A aplicação renderá R$ 304,58.

7 - RESPOSTA: “C”.
C = 5.000 ; J = 420 ; t = 6m
J=C.i.t ➜ 420=5000.i.6

A porcentagem será de 1,4%.

8 - RESPOSTA: “D”.

32
MATEMÁTICA

C1º ano = 10.000 ; C2º ano = 20.000

M1+M2 = 384000

Têm se uma equação do segundo grau, usa-se então a fórmula de Bhaskara:

É correto afirmar que a taxa é de 20%

9 - RESPOSTA: “B”.

C=29.000 ; M=30.000 ; i=1%a.m = 0,01

Teremos que substituir os valores de t, portanto vamos começar dos números mais baixos:
1,013=1,0303, está próximo, mas ainda é menor
1,014=1,0406
Como t=4 passou o número que precisava(1,0344), então ele tem que aplicar no mínimo por 4 meses.

10 - RESPOSTA: “E”.

C = 900 ; i = 10% a.m=0,10 ; t = 2m ; pagou 2 meses depois R$ 600,00 e liquidou após 1 mês

33
MATEMÁTICA

Depois de dois meses João pagou R$ 600,00. Solução: Indicando por x o número de horas e colocan-
do as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna
1089-600=489 e as grandezas de espécies diferentes que se correspon-
dem em uma mesma linha, temos:
Velocidade (km/h) Tempo (h)
Regra de Três Simples 60 4
80 x
Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
mente ou inversamente proporcionais podem ser resol- Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), va-
vidos através de um processo prático, chamado regra de mos colocar uma flecha:
três simples.
Velocidade (km/h) Tempo (h)
Exemplo 1: Um carro faz 180 km com 15L de álcool.
Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 60 4
210 km? 80 x

Solução: Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo


O problema envolve duas grandezas: distância e litros fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas ve-
de álcool. locidade e tempo são inversamente proporcionais. No
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na co-
consumido. luna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma flecha da coluna “tempo”:
mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que
se correspondem em uma mesma linha: Velocidade (km/h) Tempo (h)
Distância (km) Litros de álcool 60 4
180 15 80 x
210 x

Na coluna em que aparece a variável x (“litros de ál- sentidos contrários


cool”), vamos colocar uma flecha:
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido
Distância (km) Litros de álcool
180 15   das flechas. Assim, temos:
210 x 4 80 4 12
= 4x = 4 . 3 4x = 12 x= x=3
x 60 3 4
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo
de álcool também duplica. Então, as grandezas distância
e litros de álcool são diretamente proporcionais. No es- Resposta: Farei esse percurso em 3 h.
quema que estamos montando, indicamos esse fato colo-
cando uma flecha na coluna “distância” no mesmo sentido Exemplo 3: Ao participar de um treino de Fórmula
da flecha da coluna “litros de álcool”: 1, um competidor, imprimindo velocidade média de 200
km/h, faz o percurso em 18 segundos. Se sua velocidade
Distância (km) Litros de álcool fosse de 240 km/h, qual o tempo que ele teria gasto no
180 15 percurso?
210 x Vamos representar pela letra x o tempo procurado.
Estamos relacionando dois valores da grandeza veloci-
dade (200 km/h e 240 km/h) com dois valores da grandeza
mesmo sentido tempo (18 s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos
Armando a proporção pela orientação das flechas, te-
os outros três.
mos:

180 6 15
= 6x = 7 . 15 6x = 105 x = 105 x Velocidade Tempo gasto para fazer o percurso
210 7 x = 17,5 6
200 km/h 18 s
240 km/h x
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo
Exemplo 2: Viajando de automóvel, à velocidade de gasto para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as
60 km/h, eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumen- grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os nú-
tando a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei meros 200 e 240 são inversamente proporcionais aos nú-
esse percurso? meros 18 e x.

34
MATEMÁTICA

Daí temos: Exemplo 2: Uma empreiteira contratou 210 pessoas


200 . 18 = 240 . x para pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após
3 600 = 240x 4 meses de serviço, apenas 75 km estavam pavimentados.
240x = 3 600 Quantos empregados ainda devem ser contratados para
x = 3600 que a obra seja concluída no tempo previsto?
240
x = 15 Solução: Em de ano foi pavimentada de estrada.
Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andan- Comparemos cada grandeza com aquela em que está
do em 200 km/h, teria gasto 18 segundos para realizar o o x.
percurso.

Regra de Três Composta

O processo usado para resolver problemas que envol-


vem mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente Sentido contrário
proporcionais, é chamado regra de três composta.
Exemplo 1: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 pe- As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente
ças. Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras pro- proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tem-
duziriam 300 dessas peças? po fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será
Solução: Indiquemos o número de dias por x. Coloque- indicado colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no
mos as grandezas de mesma espécie em uma só coluna e sentido contrário ao da flecha da coluna “pessoas”:
as grandezas de espécies diferentes que se correspondem
em uma mesma linha. Na coluna em que aparece a variável
x (“dias”), coloquemos uma flecha:

Máquinas Peças Dias


8 160 4  
6 300 x
Comparemos cada grandeza com aquela em que está
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente
o x.
As grandezas peças e dias são diretamente proporcio- proporcionais. No nosso esquema isso será indicado colo-
nais. No nosso esquema isso será indicado colocando-se cando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo senti-
na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha do da flecha da coluna “pessoas”:
da coluna “dias”:
Máquinas Peças Dias
8 160 4
6 300 x

Mesmo sentido

As grandezas máquinas e dias são inversamente pro-


porcionais (duplicando o número de máquinas, o número
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso
será indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma fle- Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 –
cha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: 210 = 105 pessoas.
Máquinas Peças Dias
8 160 4
6 300 x Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.

Sentidos contrários Questões

Agora vamos montar 1 – (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPE-


4 a proporção, igualando a razão
que contém o x, que é , com o produto das outras razões, RACIONAL – VUNESP/2013) Um atleta está treinando
obtidas segundo a orientação
x
das flechas  6 160  : para fazer 1 500 metros em 5 minutos. Como ele pretende
 .  manter um ritmo sempre constante, deve fazer cada 100
2
4 6 160 81  8 300  metros em
= .
A) 15 segundos.
5
x 81 30015
4 2 4 2.5 B) 20 segundos.
=
x 5 => 2x = 4 . 5 a x= 1 => x = 10 C) 22 segundos.
2 D) 25 segundos.
Resposta: Em 10 dias. E) 30 segundos.

35
MATEMÁTICA

2 – (SAP/SP – AGENTE DE SEGURANÇA PENITEN- 7 – (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL/2014)


CIÁRIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Uma máquina de- Uma equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8
mora 1 hora para fabricar 4 500 peças. Essa mesma máqui- horas por dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma
na, mantendo o mesmo funcionamento, para fabricar 3 375 área igual a 4800 m². Se essa equipe fosse constituída por
dessas mesmas peças, irá levar 15 operários, trabalhando 10 horas por dia, durante 80
A) 55 min. dias, faria o calçamento de uma área igual a:
B) 15 min. A) 4500 m²
C) 35 min. B) 5000 m²
D) 1h 15min. C) 5200 m²
E) 45 min. D) 6000 m²
E) 6200 m²
3 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
IMARUÍ/2014) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(- 8 – (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
vinte e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por NESP/2014) Dez funcionários de uma repartição traba-
cento) sobre o valor de custo do tal veículo, por quanto lham 8 horas por dia, durante 27 dias, para atender certo
Manoel adquiriu o carro em questão? número de pessoas. Se um funcionário doente foi afastado
A) R$24.300,00 por tempo indeterminado e outro se aposentou, o total de
B) R$29.700,00 dias que os funcionários restantes levarão para atender o
C) R$30.000,00 mesmo número de pessoas, trabalhando uma hora a mais
D)R$33.000,00 por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será:
E) R$36.000,00 A) 29.
B) 30.
4 - (DNOCS -2010) Das 96 pessoas que participaram C) 33.
de uma festa de Confraternização dos funcionários do De- D) 28.
partamento Nacional de Obras Contra as Secas, sabe-se E) 31.
que 75% eram do sexo masculino. Se, num dado momento
9 - (TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Sa-
antes do término da festa, foi constatado que a porcen-
be-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias em
tagem dos homens havia se reduzido a 60% do total das
1 minuto e 15 segundos. O tempo necessário para que 7
pessoas presentes, enquanto que o número de mulheres
máquinas copiadoras, de mesma capacidade que a primei-
permaneceu inalterado, até o final da festa, então a quanti-
ra citada, possam imprimir 3360 cópias é de
dade de homens que haviam se retirado era?
A) 15 minutos.
A) 36. B) 3 minutos e 45 segundos.
B) 38. C) 7 minutos e 30 segundos.
C) 40. D) 4 minutos e 50 segundos.
D) 42. E) 7 minutos.
E) 44.
10 – (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
5 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em uma ma- MA/2013) Os 5 funcionários de uma padaria produzem,
quete, uma janela de formato retangular mede 2,0 cm de utilizando três fornos, um total de 2500 pães ao longo das
largura por 3,5 cm de comprimento. No edifício, a largura 10 horas de sua jornada de trabalho. No entanto, o dono
real dessa janela será de 1,2 m. O comprimento real corres- de tal padaria pretende contratar mais um funcionário,
pondente será de: comprar mais um forno e reduzir a jornada de trabalho de
A) 1,8 m seus funcionários para 8 horas diárias. Considerando que
B) 1,35 m todos os fornos e funcionários produzem em igual quan-
C) 1,5 m tidade e ritmo, qual será, após as mudanças, o número de
D) 2,1 m pães produzidos por dia?
E) 2,45 m A) 2300 pães.
B) 3000 pães.
6 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD- C) 2600 pães.
MINISTRATIVO – FCC/2014) O trabalho de varrição de D) 3200 pães.
6.000 m² de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 E) 3600 pães.
varredores trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as
mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de Respostas
calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de
A) 8 horas e 15 minutos. 1- RESPOSTA: “B”
B) 9 horas. Como as alternativas estão em segundo, devemos tra-
C) 7 horas e 45 minutos. balhar com o tempo em segundo.
D) 7 horas e 30 minutos. 1 minuto = 60 segundos ; logo 5minutos = 60.5 = 300
E) 5 horas e 30 minutos. segundos

36
MATEMÁTICA

Metro Segundos Largura comprimento


1500 ----- 300 0,02m ------------ 0,035m
100 ----- x 1,2m ------------- x

Como estamos trabalhando com duas grandezas dire-


tamente proporcionais temos:
6. - RESPOSTA: “D”.
15.x = 300.1 ➜ 15x = 300 ➜ x = 20 segundos Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta
o x.
2- RESPOSTA: “E”. M²↑ varredores↓ horas↑
Peças Tempo 6000--------------18-------------- 5
4500 ----- 1 h 7500--------------15--------------- x
3375 ----- x
Quanto mais a área, mais horas(diretamente propor-
Como estamos trabalhando com duas grandezas dire- cionais)
tamente proporcionais temos: Quanto menos trabalhadores, mais horas(inversamen-
te proporcionais)

4500.x = 3375.1 ➜ x = 0,75 h


Como a resposta esta em minutos devemos achar o
correspondente em minutos
Hora Minutos
1 ------ 60
0,75 ----- x
1.x = 0,75.60 ➜ x = 45 minutos.
Como 0,5 h equivale a 30 minutos , logo o tempo será
de 7 horas e 30 minutos.
3. RESPOSTA : “C”
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é
7 - RESPOSTA: “D”.
90% do valor total.
Operários↑ horas↑ dias↑ área↑
Valor %
20-----------------8-------------60-------4800
27000 ------ 90
X ------- 100 15----------------10------------80-------- x

= 27000.10 ➜ 9x = 270000 Todas as grandezas são diretamente proporcionais,


logo:
➜ x = 30000.

4. RESPOSTA : “A”

75% Homens = 72
25% Mulheres = 24 Antes

40% Mulheres = 24
60% Homens = x Depois
8- RESPOSTA: “B”
40% -------------- 24 Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamen-
60% -------------- x to esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas
por dia , passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo
40x = 60 . 24 ➜ x = ➜ x = 36. um total de 9 horas, nesta condições temos:
Funcionários↑ horas↑ dias↓
Portanto: 72 – 36 = 36 Homens se retiraram. 10---------------8--------------27
8----------------9-------------- x

5. RESPOSTA: “D” Quanto menos funcionários, mais dias devem ser tra-
Transformando de cm para metro temos : 1 metro = balhados (inversamente proporcionais).
100cm Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser tra-
➜ 2 cm = 0,02 m e 3,5 cm = 0,035 m balhados (inversamente proporcionais).

37
MATEMÁTICA

Funcionários↓ horas↓ dias↓ 2y3 – 5y = 11 (equação de 3º grau)


8---------------9-------------- 27
2
10----------------8----------------x 1 – 3x + =x+ 1 (equação de 1º grau)
5 2
➜ x.8.9 = 27.10.8 ➜ 72x = 2160 ➜ x = 30 O método que usamos para resolver a equação de 1º
dias. grau é isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozi-
nha em um dos lados da igualdade. Para conseguir isso, há
dois recursos:
9 - RESPOSTA: “C”. - inverter operações;
Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 se- - efetuar a mesma operação nos dois lados da igual-
gundos = 75 segundos dade.
Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha con-
trária) e quanto mais cópias, mais tempo (flecha mesma Exemplo 1
posição) Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo opera-
ções.
Máquina↑ cópias↓ tempo↓
1----------------80-----------75 segundos Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-
7--------------3360-----------x se que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração).
Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, in- Se 3x é igual a 18, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6
vertendo os valores de” máquina”. (invertemos a multiplicação por 3).

Máquina↓ cópias↓ tempo↓ Registro


7----------------80----------75 segundos
1--------------3360--------- x 3x – 2 = 16
3x = 16 + 2
3x = 18
➜ x.7.80 = 75.1.3360 ➜ 560x = 252000
18
➜ x = 450 segundos x=
3
Transformando x=6
1minuto-----60segundos
x-------------450 Exemplo 2
x=7,5 minutos=7 minutos e 30segundos.
2 1
Resolução da equação 1 – 3x + =x+ , efetuan-
10 - RESPOSTA: “D”. 5
do a mesma operação nos dois lados da igualdade.
2
Funcionários↑ Fornos ↑ pães ↑ horas↑
5--------------------3-----------2500----------10 Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois
6--------------------4-------------x--------------8 lados da equação por mmc (2;5) = 10. Dessa forma, são
As flecham indicam se as grandezas são inversamente eliminados os denominadores. Fazemos as simplificações
ou diretamente proporcionais. e os cálculos necessários e isolamos x, sempre efetuando a
Quanto mais funcionários mais pães são feitos(direta- mesma operação nos dois lados da igualdade. No registro,
mente) as operações feitas nos dois lados da igualdade são indica-
das com as setas curvas verticais.

Registro
1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2
10 – 30x + 4 = 10x + 5
-30x - 10x = 5 - 10 - 4
-40x = +9(-1)
40x = 9
x = 9/40
x = 0,225

Há também um processo prático, bastante usado, que


Equação do 1º Grau se baseia nessas ideias e na percepção de um padrão visual.
- Se a + b = c, conclui-se que a = c + b.
Veja estas equações, nas quais há apenas uma incóg-
nita: Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando
no lado esquerdo; na segunda, a parcela b aparece sub-
3x – 2 = 16 (equação de 1º grau) traindo no lado direito da igualdade.

38
MATEMÁTICA

- Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0. 2 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMA-
Na primeira igualdade, o número b aparece multipli- RUÍ/2014) Certa quantia em dinheiro foi dividida igual-
cando no lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividin- mente entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do
do no lado direito da igualdade. dinheiro que ganhou e 1/3(um terço) do restante de cada
uma foi colocado em um recipiente totalizando R$900,00(-
O processo prático pode ser formulado assim: novecentos reais), qual foi a quantia dividida inicialmente?
- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com A) R$900,00
incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do B) R$1.800,00
outro lado. C) R$2.700,00
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a ope- D) R$5.400,00
ração.
3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um quadrado é
Exemplo chamado mágico quando suas casas são preenchidas por
números cuja soma em cada uma das linhas, colunas ou
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2 diagonais é sempre a mesma.
Resolução da equação = - , usan-
2 3 3 O quadrado abaixo é mágico.
do o processo prático.

Procedimento e justificativa: Iniciamos da forma


habitual, multiplicando os dois lados pelo mmc (2;3) = 6.
A seguir, passamos a efetuar os cálculos indicados. Nes-
te ponto, passamos a usar o processo prático, colocando
termos com a incógnita à esquerda e números à direita,
invertendo operações.

Registro
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2
- =
2 3 3
2
6. 5(x+2) - 6. (x+2) . (x-3) = 6. x
2 3 3
15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2
15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2
15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2
15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2 Um estudante determinou os valores desconhecidos
17x – 2x2 + 42 = – 2x2 corretamente e para 3x − 1 atribuiu
17x – 2x2 + 2x2 = – 42 A)14
17x = – 42 B) 12
x=-
42 C) 5
17 D) 3
Note que, de início, essa última 2equação aparentava E) 1
x
ser de 2º grau por causa do termo - no seu lado direito.
3 4 - (PGE/BA – ASSISTENTE DE PROCURADORIA –
Entretanto, depois das simplificações, vimos que foi reduzi-
FCC/2013) A prefeitura de um município brasileiro anun-
da a uma equação de 1º grau (17x = – 42).
ciou que 3/5 da verba destinada ao transporte público se-
riam aplicados na construção de novas linhas de metrô. O
Questões
restante da verba seria igualmente distribuído entre quatro
outras frentes: corredores de ônibus, melhoria das estações
1 - (PRF) Num determinado estado, quando um veículo de trem, novos terminais de ônibus e subsídio a passagens.
é rebocado por estacionar em local proibido, o motorista Se o site da prefeitura informa que serão gastos R$ 520 mi-
paga uma taxa fixa de R$ 76,88 e mais R$ 1,25 por hora lhões com a melhoria das estações de trem, então o gasto
de permanência no estacionamento da polícia. Se o valor com a construção de novas linhas de metrô, em reais, será
pago foi de R$ 101,88 o total de horas que o veículo  ficou de
estacionado na polícia corresponde a:
A) 20        A) 3,12 bilhões.
B) 21       B) 2,86 bilhões.
C) 22       C) 2,60 bilhões.
D) 23      D) 2,34 bilhões.
E) 24 E) 2,08 bilhões.

39
MATEMÁTICA

5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- 9 - (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁ-


NISTRATIVO – FCC/2014) Um funcionário de uma empresa RIA I - FCC/2013) Glauco foi à livraria e comprou 3 exem-
deve executar uma tarefa em 4 semanas. Esse funcionário plares do livro J. Comprou 4 exemplares do livro K, com
executou 3/8 da tarefa na 1a semana. Na 2a semana, ele preço unitário de 15 reais a mais que o preço unitário do
executou 1/3 do que havia executado na 1a semana. Na 3a livro J. Comprou também um álbum de fotografias que
e 4a semanas, o funcionário termina a execução da tarefa e custou a terça parte do preço unitário do livro K.
verifica que na 3a semana executou o dobro do que havia
executado na 4a semana. Sendo assim, a fração de toda a Glauco pagou com duas cédulas de 100 reais e recebeu
tarefa que esse funcionário executou na 4ª semana é igual o troco de 3 reais. Glauco pagou pelo álbum o valor, em
a reais, igual a
A) 5/16. A) 33.
B) 1/6. B) 132.
C) 8/24. C) 54.
D)1/ 4. D) 44.
E) 2/5. E) 11.

6 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINIS- 10 - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁRIA I -


TRATIVO – FCC/2014) Bia tem 10 anos a mais que Luana, FCC/2013) Hoje, a soma das idades de três irmãos é 65
que tem 7 anos a menos que Felícia. Qual é a diferença de anos. Exatamente dez anos antes, a idade do mais velho era
idades entre Bia e Felícia? o dobro da idade do irmão do meio, que por sua vez tinha
A) 3 anos. o dobro da idade do irmão mais novo. Daqui a dez anos, a
B) 7 anos. idade do irmão mais velho será, em anos, igual a
C) 5 anos. A) 55.
D) 10 anos. B) 25.
E) 17 anos. C) 40.
D) 50.
7 -(DAE AMERICANAS/SP – ANALISTA ADMINSTRATI- E) 35.
VO – SHDIAS/2013) Em uma praça, Graziela estava conver-
sando com Rodrigo. Graziela perguntou a Rodrigo qual era Respostas
sua idade, e ele respondeu da seguinte forma:
- 2/5 de minha idade adicionados de 3 anos correspon- 1 - RESPOSTA “A”.
dem à metade de minha idade. Devemos inicialmente equacionar através de uma
Qual é a idade de Rodrigo? equação do 1º grau, ou seja:
A) Rodrigo tem 25 anos.
y= 76,88 + 1,25. x ➜ 101,88 = 76,88 + 1,25x ➜
B) Rodrigo tem 30 anos.
C) Rodrigo tem 35 anos. 101,88 – 76,88 = 1,25x
D) Rodrigo tem 40 anos. 1,25x = 25 ➜ x = ➜ x = 20 horas.

8 - (METRO/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METROVIÁ- Obs.: y é o valor pago pela multa x corresponde ao nú-
RIA I - FCC/2013) Dois amigos foram a uma pizzaria. O mais mero de horas de permanência no estacionamento.
velho comeu da pizza que compraram. Ainda da mesma
pizza o mais novo comeu da quantidade que seu amigo 2 - RESPOSTA: “B”.
havia comido. Sendo assim, e sabendo que mais nada des- Quantidade a ser dividida: x
sa pizza foi comido, a fração da pizza que restou foi Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e
deu R$900,00, quer dizer que cada uma colocou R$300,00.

40
MATEMÁTICA

6 - RESPOSTA: “A”.
Luana: x
Bia: x+10
Felícia: x+7
x = 1800 Bia-Felícia= x+10-x-7 = 3 anos.

3 - RESPOSTA: “A”. 7 - RESPOSTA: “B”.


Igualando a 1ª linha com a 3ª , temos: Idade de Rodrigo: x

3x-1=14

4 - RESPOSTA: “A”. Mmc(2,5)=10


520 milhões para as melhorias das estações de trem,
como foi distribuído igualmente, corredores de ônibus, no-
vos terminais e subsídio de passagem também receberam
cada um 520 milhões.
Restante da verba foi de 520.4 = 2080 ; 106 = notação
científica de milhões (1.000.000).
Verba: y

8 - RESPOSTA: “C”.

ou 3,12 bi-
lhões.

5 - RESPOSTA: “B”.
Tarefa: x Sobrou 1/10 da pizza.
Primeira semana: 3/8x
9 - RESPOSTA: “E”.
2 semana: Preço livro J: x
Preço do livro K: x+15

1ª e 2ª semana:

Na 3ª e 4ª semana devem ser feito a outra metade, pois


ele executou a metade na 1ª e 2ª semana como consta na Valor pago:197 reais (2.100 – 3)
fração acima (1/2x).
3ªsemana: 2y
4ª semana: y

41
MATEMÁTICA

Propriedades da desigualdade

Propriedade Aditiva:
O valor pago pelo álbum é de R$ 11,00.
Mesmo sentido
 
10 - RESPOSTA: “C”. Exemplo: Se 8 > 3, então 8 + 2 > 3 + 2, isto é: 10 > 5.
Irmão mais novo: x  
Irmão do meio: 2x Somamos +2 aos dois membros da desigualdade
Irmão mais velho:4x
Uma desigualdade não muda de sentido quando adi-
Hoje: cionamos ou subtraímos um mesmo número aos seus dois
Irmão mais novo: x+10 membros.
Irmão do meio: 2x+10
Irmão mais velho:4x+10 Propriedade Multiplicativa:

x+10+2x+10+4x+10=65 Mesmo sentido


7x=65-30  
7x=35 Exemplo: Se 8 > 3, então 8 . 2 > 3 . 2, isto é: 16 > 6.
x=5  
Multiplicamos os dois membros por 2
hoje: Uma desigualdade não muda de sentido quando mul-
Irmão mais novo: x+10=5+10=15 tiplicamos ou dividimos seus dois membros por um mes-
Irmão do meio: 2x+10=10+10=20 mo número positivo.
Irmão mais velho:4x+10=20+10=30 Mudou de sentido
 
Daqui a dez anos Exemplo: Se 8 > 3, então 8 . (–2) < 3 . (–2), isto é: –16 < –6
Irmão mais novo: 15+10=25  
Irmão do meio: 20+10=30 Multiplicamos os dois membros por –2
Irmão mais velho: 30+10=40
Uma desigualdade muda de sentido quando multipli-
O irmão mais velho terá 40 anos. camos ou dividimos seus dois membros por um mesmo
número negativo.
Inequação do 1º Grau
Resolver uma inequação é determinar o seu conjunto
Inequação é toda sentença aberta expressa por uma verdade a partir de um conjunto universo dado.
desigualdade.
Vejamos, através do exemplo, a resolução de inequa-
As inequações x + 5 > 12 e 2x – 4 ≤ x + 2 são do 1º ções do 1º grau.
grau, isto é, aquelas em que a variável x aparece com ex- a) x < 5, sendo U = N
poente 1.

A expressão à esquerda do sinal de desigualdade cha-


ma-se primeiro membro da inequação. A expressão à di-
reita do sinal de desigualdade chama-se segundo membro
da inequação. Os números naturais que tornam a desigualdade ver-
dadeira são: 0, 1, 2, 3 ou 4. Então V = {0, 1, 2, 3, 4}.
Na inequação x + 5 > 12, por exemplo, observamos b) x < 5, sendo U = Z
que:

A variável é x;
O primeiro membro é x + 5;
O segundo membro é 12.
Todo número inteiro menor que 5 satisfaz a desigual-
Na inequação 2x – 4 ≤ x + 2: dade. Logo, V = {..., –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4}.

A variável é x; c) x < 5, sendo U = Q


O primeiro membro é 2x – 4; Todo número racional menor que 5 é solução da ine-
O segundo membro é x + 2. quação dada. Como não é possível representar os infinitos

42
MATEMÁTICA

números racionais menores que 5 nomeando seus elemen- 3 – (Tec.enfermagem/PM) O menor número inteiro que
tos, nós o faremos por meio da propriedade que caracteri- satisfaz a inequação 4x + 2 (x-1) > x – 12 é:
za seus elementos. Assim: A) -2.
V = {x ∊ Q / x <5} B) -3.
C) -1.
Resolução prática de inequações do 1º grau: D) 4.
A resolução de inequações do 1º grau é feita proce- E) 5.
dendo de maneira semelhante à resolução de equações, ou
seja, transformando cada inequação em outra inequação 4 – (AUX. TRT 6ª/FCC) Uma pessoa, brincando com uma
equivalente mais simples, até se obter o conjunto verdade. calculadora, digitou o número 525. A seguir, foi subtraindo
6, sucessivamente, só parando quando obteve um número
Exemplo negativo. Quantas vezes ela apertou a tecla corresponden-
Resolver a inequação 4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5, sendo te ao 6?
U = Q. A) 88.
4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5 B) 87.
4x – 8 ≤ 6x + 2 + 5 aplicamos a propriedade dis- C) 54.
tributiva D) 53.
4x – 6x ≤ 2 + 5 + 8 aplicamos a propriedade aditiva E) 42.
–2x ≤ 15 reduzimos os termos semelhantes
5 – (CFSD/PM/2012) Baseado na figura abaixo, o me-
Multiplicando os dois membros por –1, devemos mu- nor valor inteiro par que o número x pode assumir para
dar o sentido da desigualdade. que o perímetro dessa figura seja maior que 80 unidades
2x ≥ –15 de comprimento é:
Dividindo os dois membros por 2, obtemos:
2x 15 15
≥− ⇒x≥−
2 2 2
⎧ 15 ⎫
Logo, V = ⎨ x ∈Q | x ≥ − ⎬
⎩ 2⎭
Vamos determinar o conjunto verdade caso tivéssemos
U = Z.
15
Sendo − = −7,5 , vamos indicá-lo na reta numerada:
2

Logo, V = {–7, –6, –5, –4, ...} ou V = {x ∊ Z| x ≥ –7}. A) 06.


B) 08.
Questões C) 10.
D) 12.
1 – (OBM) Quantos são os números inteiros x que sa- E) 14.
tisfazem à inequação ?
A) 13; 6 - (MACK) – Em N, o produto das soluções da inequa-
B) 26; ção 2x – 3
C) 38; A) maior que 8.
D) 39; B) 6.
E) 40. C) 2.
D) 1.
2 - (ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) A pontuação numa E) 0.
prova de 25 questões é a seguinte: + 4 por questão res-
pondida corretamente e –1 por questão respondida de for- Respostas
ma errada. Para que um aluno receba nota correspondente
a um número positivo, deverá acertar no mínimo: 1 - RESPOSTA “D”.
A) 3 questões Como só estamos trabalhando com valores positivos,
B) 4 questões podemos elevar ao quadrado todo mundo e ter 9 < x < 49,
C) 5 questões sendo então que x será 10, 11, 12, 13, 14,..., 48.
D) 6 questões Ou seja, poderá ser 39 valores diferentes.
E) 7 questões

43
MATEMÁTICA

2 - RESPOSTA “D”.
Se a cada x questões certas ele ganha 4x pontos então 2.12 EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU:
quando erra (25 – x) questões ele perde (25 – x)(-1) pontos, RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES
a soma desses valores será positiva quando: INCOMPLETAS E DAS EQUAÇÕES
4X + (25 -1 )(-1) > 0 ➜ 4X – 25 + x > 0 ➜ 5x > 25 ➜
COMPLETAS. FÓRMULA DE RESOLUÇÃO.
x>5
SIMPLIFICAÇÃO NO CASO DE SER
O aluno deverá acertar no mínimo 5 questões.
“A = L” E “B É PAR”. RELAÇÕES ENTRE
3 - RESPOSTA “C”. COEFICIENTES E RAÍZES. FORMA (S,P) DE
4x + 2 – 2 > x -12 UMA EQUAÇÃO DO 2° GRAU.
4x + 2x – x > -12 +2 COMPOSIÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO
5x > -10 2° GRAU, CONHECIDAS AS RAÍZES.
x > -2 2.13 EQUAÇÕES BIQUADRADAS E
Se enumerarmos nosso conjunto verdade teremos: EQUAÇÕES IRRACIONAIS.
V={-1,0,1,2,...}, logo nosso menor número inteiro é -1. 2.14 SISTEMAS SIMPLES DO 2° GRAU:
PROBLEMAS DO SEGUNDO GRAU.
4 - RESPOSTA “A”.
Vamos chamar de x o número de vezes que ele apertou
a calculadora Equação do 2º Grau
525 – 6x < 0 ( pois o resultado é negativo)
-6x < -525. (-1) ➜ 6x > 525 ➜ x > 87,5 ; logo a respos- Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x toda
ta seria 88( maior do que 87,5). equação da forma :
ax2 + bx + c = 0, em que a, b, c são números reais e a
5 - RESPOSTA “B”. ≠ 0.
Perímetro soma de todos os lados de uma figura: Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os núme-
6x – 8 + 2.(x+5) + 3x + 8 > 80 ros reais expressos por a, b, c são chamados coeficientes
6x – 8 + 2x + 10 + 3x + 8 > 80 da equação:
11x + 10 > 80
- a é sempre o coeficiente do termo em x2.
11x > 80 -10
- b é sempre o coeficiente do termo em x.
x > 70/11
- c é sempre o coeficiente ou termo independente.
x > 6,36
Como tem que ser o menor número inteiro e par, logo Equação completa e incompleta:
teremos 8. - Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz
completa.
6 – RESPOSTA “E”

Exemplos

5x2 – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5, b =


Como ele pede o produto das soluções, teremos: – 8, c = 3).
3.2.1.0,...= 0; pois todo número multiplicado por zero será y2 + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1, b =
ele mesmo 12, c = 20).
- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º
grau se diz incompleta.

Exemplos
x2 – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e
c = – 81).
10t2 +2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2
e c = 0).
5y2 = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).
Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx
+ c = 0, que é denominada forma normal ou forma reduzi-
da de uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não es-
tão escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de trans-
formações convenientes, em que aplicamos o princípio
aditivo e o multiplicativo, podemos reduzi-las a essa forma.

44
MATEMÁTICA

Exemplo: Pelo princípio aditivo. −b± ∆ −b+ ∆


x= x' =
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2 2.a 2.a
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0 −b− ∆
x '' =
2.a
Exemplo: Pelo princípio multiplicativo.
2 1 x 2º caso: é zero ( = 0).
- =
x 2 x-4
Neste caso, ∆ é igual a zero e ocorre:
4.(x - 4) - x(x - 4) 2x2
=
2x(x - 4) 2x(x - 4)
−b± ∆ −b± 0 −b±0 −b
4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2 x= = x= = =
4x – 16 – x2 + 4x = 2x2 2.a 2.a 2.a 2a
– x2 + 8x – 16 = 2x2
– x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0 Observamos, então, a existência de um único valor real
– 3x2 + 8x – 16 = 0 para a incógnita x, embora seja costume dizer que a equa-
ção tem duas raízes reais e iguais, ou seja:
Resolução das equações incompletas do 2º grau com
uma incógnita. −b
x’ = x” =
- A equação é da forma ax2 + bx = 0. 2a
x2 + 9 = 0 ➜ colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0
x=0 ou x–9=0 3º caso: é um número real negativo ( < 0).
x=9 Neste caso, ∆ não é um número real, pois não há no
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da conjunto dos números reais a raiz quadrada de um número
equação. negativo.
Dizemos então, que não há valores reais para a incóg-
- A equação é da forma ax2 + c = 0. nita x, ou seja, a equação não tem raízes reais.
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas se-
x2 – 16 = 0 ➜ Fatoramos o primeiro membro, que é rem duas ou uma única dependem, exclusivamente, do
uma diferença de dois quadrados. discriminante = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa
(x + 4) . (x – 4) = 0 expressão.
x+4=0 x–4=0 Na equação ax2 + bx + c = 0
x=–4 x=4 - = b2 – 4.a.c
Logo, S = {–4, 4}.
- Quando ≥ 0, a equação tem raízes reais.
- Quando < 0, a equação não tem raízes reais.
Fórmula de Bháskara - > 0 (duas raízes diferentes).
- = 0 (uma única raiz).
Usando o processo de Bháskara e partindo da equação
escrita na sua forma normal, foi possível chegar a uma fór- Exemplo: Resolver a equação x2 + 2x – 8 = 0 no con-
mula que vai nos permitir determinar o conjunto solução junto R.
de qualquer equação do 2º grau de maneira mais simples. temos: a = 1, b = 2 e c = – 8
Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fór- = b2 – 4.a.c = (2)2 – 4 . (1) . (–8) = 4 + 32 = 36 > 0
mula de Bháskara.
−b± ∆ Como > 0, a equação tem duas raízes reais diferen-
x= tes, dadas por:
2.a
Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai
depender do discriminante ; temos então, três casos a
estudar.

1º caso: é um número real positivo ( > 0). −2+6 4 − 2−6 −8


Neste caso, ∆ é um número real, e existem dois va- x’ = = =2 x” = = = −4
lores reais diferentes para a incógnita x, sendo costume re- 2 2 2 2
presentar esses valores por x’ e x”, que constituem as raízes
da equação. Então: S = {-4, 2}.

45
MATEMÁTICA

Propriedade das raízes ao valor do brinde sem o desconto é dada por:


A) b2 - 2b + 48 = 0
Dada a equação ax2 + bx + c=0 , com a , e S e P a soma B) b2 + 10b - 1200 = 0
e o produto respectivamente dessas raízes. C) b2 - 2b - 48 = 0
D) b2 - 10b + 1200 = 0
E) b2 + 2b - 240 = 0

6 - (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-


MÁTICA – IMA/2014) Temos que a raiz do polinômio p(x)
= x² – mx + 6 é igual a 6. O valor de m é:
A) 15
Logo podemos reescrever a equação da seguinte for-
B) 7
ma: x2 – Sx +P=0 C) 10
D) 8
Questões E) 5

1 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- 7 – (TEC. JUD. – 2ª FCC) Em certo momento, o núme-
MA/2013) Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma ro x de soldados em um policiamento ostensivo era tal que
equação de segundo grau, o valor de m deverá, necessaria- subtraindo-se do seu quadrado o seu quadruplo, obtinha-
mente, ser diferente de: se 1845. O valor de x é:
A) 1. A) 42.
B) 2. B) 45.
C) 3. C) 48.
D) 0. D) 50.
E) 9. E) 52.

2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – 8 - (CPTM - Médico do trabalho – Makiyama) A me-


trologia anunciou que o dia de amanhã será frio, com al-
INDEC/2013) Qual a equação do 2º grau cujas raízes são
gumas pancadas de chuva. A temperatura mínima prevista
1 e 3/2?
é A e a temperatura máxima é B. Sabendo que A e B são as
A) x²-3x+4=0 raízes da equação x² - 26x + 160 = 0, podemos afirmar que
B) -3x²-5x+1=0 A e B são respectivamente, em graus Celsius.
C) 3x²+5x+2=0 (A) 10° e 16°.
D) 2x²-5x+3=0 (B) 12° e 16°.
(C) 10° e 18°.
3 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – (D) 15° e 17°.
INDEC/2013) O dobro da menor raiz da equação de 2º (E) 12° e 18°.
grau dada por x²-6x=-8 é:
A) 2 9 - (Prefeitura de São Paulo - SP - Guarda Civil Me-
B) 4 tropolitano - MS CONCURSOS) Se x1 > x2 são as raízes da
C) 8 equação x2 - 27x + 182 = 0, então o valor de é:
D) 12

4 - (CGU – ADMINISTRATIVA – ESAF/2012) Um seg-


mento de reta de tamanho unitário é dividido em duas par-
tes com comprimentos x e 1-x respectivamente.

Calcule o valor mais próximo de x de maneira que


x = (1-x) / x, usando √5=2,24.
A) 0,62
B) 0,38
C) 1,62 10 - (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática –
C) 0,5 EXAMES) A soma das raízes da equação (k - 2)x² - 3kx +
D) 1/ 1 = 0, com k ≠ 2, é igual ao produto dessas raízes. Nessas
condições. Temos:
5 - Antônio gastou R$ 240,00 na compra de brindes A) k = 1/2.
iguais para distribuir no final de ano. Com um desconto de B) k = 3/2.
R$ 2,00 em cada brinde, teria comprado 10 brindes a mais C) k = 1/3.
com os mesmos R$ 240,00. A equação cuja solução levará D) k = 2/3.
E) k = -2.

46
MATEMÁTICA

Respostas

1 - RESPOSTA: “C”.
Neste caso o valor de a
3m-9≠0
3m≠9
m≠3

2 - RESPOSTA: “D”.
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas
raízes multiplicadas resultam no valor de c.

3 - RESPOSTA: “B”.
x²-6x+8=0

Dobro da menor raiz: 2⋅2=4

4 - RESPOSTA: “A”.

5 - RESPOSTA “C”.
Dados:
→ preço de cada brinde
→ total de brindes
De acordo com o enunciado temos:

47
MATEMÁTICA

Substituindo em teremos:

6 – RESPOSTA: “B”.
Lembrando que a fórmula pode ser escrita como :x²-Sx+P, temos que P(produto)=6 e se uma das raízes é 6, a outra é 1.
Então a soma é 6+1=7
S=m=7

7 – RESPOSTA “B”
Montando a expressão
x2 – 4x =1845 ; igualando a expressão a zero teremos: x2 – 4x -1845=0
Aplicando a formula de Bháskara:

Logo o valor de x = 45

8 - RESPOSTA: “A”.
Resolvendo a equação pela fórmula de Bháskara:
x2 – 26x + 160 = 0; a = 1, b = - 26 e c = 160

∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (- 26)2 – 4.1.160
∆ = 676 – 640
∆ = 36

9 - RESPOSTA: “D”.
Primeiro temos que resolver a equação:

a = 1, b = - 27 e c = 182

∆ = b2 – 4.a.c
∆ = (-27)2 – 4.1.182
∆ = 729 – 728
∆=1

48
MATEMÁTICA

O mmc entre x1 e x2 é o produto x1.x2 Finalmente, tomamos como solução para inequação as
regiões do eixo x que atenderem às exigências da desi-
= gualdade.

Exemplo

10 - RESPOSTA: “C”. Resolver a inequação x2 – 6x + 8 ≥ 0.


Vamos usar as fórmulas da soma e do produto: S = - Fazemos y = x2 – 6x + 8.
. - Estudamos a variação de sinal da função y.
(k – 2)x2 – 3kx + 1 = 0; a = k – 2, b = - 3k e c = 1

S=P

- Tomamos, como solução da inequação, os valores de


Inequações do 2˚ Grau
x para os quais y > 0:
Chamamos inequação do 2º grau às sentenças: S = {x ∈ R| x < 2 ou x > 4}

ax2 + bx + c > 0 Observação: Quando o universo para as soluções não


ax2 + bx + c ≥ 0 é fornecido, fazemos com que ele seja o conjunto R dos
ax2 + bx + c < 0 reais.
ax2 + bx + c ≤ 0
Questões
Onde a, b, c são números reais conhecidos, a ≠ 0, e x
é a incógnita. 1- Foram colocados em uma reserva 35 animais amea-
çados de extinção. Decorridos t anos, com 0 t 10, a popu-
Estudo da variação de sinal da função do 2º grau: lação N desses animais passou a ser estimada por N(t) = 35
+ 4t – 0,4 t². Nessas condições, o número máximo que essa
- Não é necessário que tenhamos a posição exata do população de animais poderá atingir é:
vértice, basta que ele esteja do lado certo do eixo x; A) 38
- Não é preciso estabelecer o ponto de intersecção do B) 45
gráfico da função com o eixo y e, considerando que a ima- C) 52
gens acima do eixo x são positivas e abaixo do eixo negati- D) 59
vas, podemos dispensar a colocação do eixo y. E) 63
Para estabelecermos a variação de sinal de uma função
do 2º grau, basta conhecer a posição da concavidade da 2 - (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABI-
parábola, voltada para cima ou para baixo, e a existência e LIDADE – FCC/2012) No conjunto dos números reais, a
quantidade de raízes que ela apresenta. inequação (x − 1) (x + 5) + x ≤ (2x − 1)² apresenta como
Consideremos a função f(x) = ax2 + bx + c com a ≠ 0. conjunto solução:
A) R
B) {x ∈ R / x ≤ −2 ou x ≥ −1}
C) {x ∈ R / −2 ≤ x ≤ −1}
D) {x ∈ R / x ≤ 1 ou x ≥ 2}
E) {x ∈ R / 1 ≤ x ≤ 2}

3 - (PRF 2013 – Cespe) - Considere que o nível de con-


centração de álcool na corrente sanguínea, em g/L, de uma
pessoa, em função do tempo t, em horas, seja expresso por
N = – 0,008(t² – 35t + 34). Considere, ainda, que essa pes-
soa tenha começado a ingerir bebida alcoólica a partir de
t = t0 (N(t0) = 0), partindo de um estado de sobriedade, e
que tenha parado de ingerir bebida alcoólica em t = t1, vol-
tando a ficar sóbria em t = t2. Considere, por fim, a figura
acima, que apresenta o gráfico da função N(t) para t є [t0,
t2]. Com base nessas informações e tomando 24,3 como
valor aproximado de √589, julgue os itens que se seguem.

49
MATEMÁTICA

O nível de concentração de álcool na corrente sanguí- S = {5,35 ˂ t ˂ 29,65} , diferença entre eles = 24,3
nea da pessoa em questão foi superior a 1 g/L por pelo
menos 23 horas. 4 – RESPOSTA : “C”
( ) Certa ( ) Errada n² – 6n + 8 > 0,resolvendo pelo método da Soma e
Produto, temos: 
 4 – A proposição funcional “Para todo e qualquer valor
de n, tem-se 6n < n² + 8  ” será verdadeira, se n for um
número real
A) menor que 8.
B) menor que 4.
C) menor que 2.
D) maior que 2.  Precisamos descobrir dois números cuja soma é 6 e o
E) maior que 3. produto é 8 só podem ser 2 e 4.
Como a>0 a parábola tem concavidade para cima:
Respostas

1 - RESPOSTA “B”.
Como o intervalo de tempo corresponde de 0 a 10
anos e o maior tempo é 10 anos , logo teremos:
S = n < 2 ou n > 4

Sistema de Equação

Definição
2 - RESPOSTA: “D”.
x² + 5x – x – 5 + x ≤ 4x² - 4x +1 Observe o raciocínio: João e José são colegas. Ao pas-
-3x²+9x-6 ≤0 : (3) sarem por uma livraria, João resolveu comprar 2 cadernos
-x²+3x-2≤0 .(-1) e 3 livros e pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos.
x²-3x+2≥0 José gastou R$ 9,20 na compra de 2 livros e 1 caderno. Os
dois ficaram satisfeitos e foram para casa.
No dia seguinte, encontram um outro colega e fala-
ram sobre suas compras, porém não se lembrava do preço
unitário de dos livros. Sabiam, apenas que todos os livros,
como todos os cadernos, tinham o mesmo preço.
Bom, diante deste problema, será que existe algum
modo de descobrir o preço de cada livro ou caderno com
as informações que temos ? Será visto mais à frente.
Um sistema de equação do primeiro grau com duas
incógnitas x e y, pode ser definido como um conjunto for-
mado por duas equações do primeiro grau. Lembrando
que equação do primeiro grau é aquela que em todas as
S={x ∈ R / x ≤ 1 ou x ≥ 2} incógnitas estão elevadas à potência 1.

3 – RESPOSTA : CERTA Observações gerais


– 0,008(t² – 35t + 34) > 1
– 8(t² – 35t + 34) > 1000 Em tutoriais anteriores, já estudamos sobre equações
t² – 35t + 34 > – 125 do primeiro grau com duas incógnitas, como exemplo: X +
t² – 35t + 159 > 0 y = 7 x – y = 30 x + 2y = 9 x – 3y = 15

50
MATEMÁTICA

Foi visto também que as equações do 1º grau com Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta
duas variáveis admitem infinitas soluções: substituir os valores em ambas as equações:
X+y=6x–y=7 x-y=2x+y=8
5–3=25+3=8
2 = 2 (verdadeiro 8 = 8 (verdadeiro)

A resposta então é verdadeira. O par (5,3) é a solu-


ção do sistema de equações acima.

Métodos para solução de sistemas do 1º grau.

Vendo a tabela acima de soluções das duas equações, - Método de substituição


é possível checar que o par (4;2), isto é, x = 4 e y = 2, é a
solução para as duas equações. Esse método de resolução de um sistema de 1º grau
estabelece que “extrair” o valor de uma incógnita é substi-
Assim, é possível dizer que as equações tuir esse valor na outra equação.
X+y=6 Observe:
X–y=7 x–y=2
x+y=4
Formam um sistema de equações do 1º grau.
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o va-
Exemplos de sistemas: lor de uma das incógnitas, ou seja, estabelecer o valor de
acordo com a outra incógnita, desta forma:
x – y = 2 ---> x = 2 + y

Agora iremos substituir o “X” encontrado acima, na “X”


da segunda equação do sistema:
x+y=4
(2 + y ) + y = 4
2 + 2y = 4 ----> 2y = 4 -2 -----> 2y = 2 ----> y = 1

Temos que: x = 2 + y, então


Observe este símbolo. A matemática convencionou x=2+1
neste caso para indicar que duas ou mais equações for- x=3
mam um sistema.
Assim, o par (3,1) torna-se a solução verdadeira do sis-
Resolução de sistemas tema.

Resolver um sistema significa encontrar um par de va- - Método da adição


lores das incógnitas X e Y que faça verdadeira as equações
que fazem parte do sistema. Este método de resolução de sistema do 1º grau con-
Exemplos: siste apenas em somas os termos das equações fornecidas.
a) O par (4,3 ) pode ser a solução do sistema
x–y=2 Observe:
x+y=6 x – y = -2
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta 3x + y = 5
substituir os valores em ambas as equações: Neste caso de resolução, somam-se as equações da-
x-y=2x+y=6 das:
4–3=14+3=7 x – y = -2
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso) 3x + y = 5 +
4x = 3
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução x = 3/4
do sistema de equações acima.
b) O par (5,3 ) pode ser a solução do sistema Veja nos cálculos que quando somamos as duas equa-
x–y=2 ções o termo “Y” se anula. Isto tem que ocorrer para que
x+y=8 possamos achar o valor de “X”.

51
MATEMÁTICA

Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os valores de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente uma
incógnita ?

Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de multiplicação pelo valor excludente negativo.

Ex.:
3x + 2y = 4
2x + 3y = 1

Ao somarmos os termos acima, temos:


5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o valor de “y”, fazemos o seguinte:
» multiplica-se a 1ª equação por +2
» multiplica-se a 2ª equação por – 3

Vamos calcular então:


3x + 2y = 4 ( x +2)
2x + 3y = 1 ( x -3)
6x +4y = 8
-6x - 9y = -3 +
-5y = 5
y = -1

Substituindo:
2x + 3y = 1
2x + 3.(-1) = 1
2x = 1 + 3
x=2

Verificando:
3x + 2y = 4 ---> 3.(2) + 2(-1) = 4 -----> 6 – 2 = 4

2.15 FUNÇÕES: CONCEITO DE FUNÇÃO, DOMÍNIO E CONJUNTO IMAGEM E FUNÇÕES


DEFINIDAS POR EQUAÇÕES. 2.16 COORDENADAS CARTESIANAS NO PLANO. GRÁFICO
DAS FUNÇÕES DEFINIDAS POR EQUAÇÕES. 2.17 FUNÇÃO: AFIM, LINEAR E
CONSTANTE, GRÁFICO E PROPRIEDADES DESSAS FUNÇÕES. CONCEITO DE
DECLIVIDADE. GRÁFICOS DE INEQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU COM DUAS VARIÁVEIS.
INTERSEÇÃO DE REGIÕES DO PLANO. 2.18 FUNÇÃO TRINÔMIO DO SEGUNDO
GRAU: ESTUDO DA FUNÇÃO TRINÔMIO DO SEGUNDO GRAU E CONSTRUÇÃO DOS
RESPECTIVOS GRÁFICOS. PROPRIEDADE DO GRÁFICO DA FUNÇÃO TRINÔMIO DO
SEGUNDO GRAU. INEQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU.

Função do 1˚ Grau

Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, função é uma relação binária de A em B de tal maneira que todo elemento x,
pertencente ao conjunto A, tem para si um único correspondente y, pertencente ao conjunto B, que é chamado de imagem
de x.

52
MATEMÁTICA

Notemos que, para uma relação binária dos conjuntos Reconhecemos, graficamente, uma função injetora
A e B, nesta ordem, representarem uma função é preciso quando, uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar
que: o gráfico da função, uma única vez.

- Todo elemento do conjunto A tenha algum corres-


pondente (imagem) no conjunto B;
- Para cada elemento do conjunto A exista um único
correspondente (imagem) no conjunto B.

Assim como em relação, usamos para as funções, que


são relações especiais, a seguinte linguagem:

Domínio: Conjunto dos elementos que possuem ima- f(x) é injetora g(x) não é injetora
gem. Portanto, todo o conjunto A, ou seja, D = A. (interceptou o gráfico mais
de uma vez)
Contradomínio: Conjunto dos elementos que se colo-
cam à disposição para serem ou não imagem dos elemen- Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
tos de A. Portanto, todo conjunto B, ou seja, CD = B. domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
domínio.
Conjunto Imagem: Subconjunto do conjunto B forma-
do por todos os elementos que são imagens dos elementos
do conjunto A, ou seja, no exemplo anterior: Im = {a, b, c}.

Exemplo

Consideremos os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 5} e B = {0,


1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}.
Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora
Vamos definir a função f de A em B com f(x) = x + 1. quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar
o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos
Tomamos um elemento do conjunto A, representado
uma vez o gráfico da função.
por x, substituímos este elemento na sentença f(x), efetua-
mos as operações indicadas e o resultado será a imagem
do elemento x, representada por y.

f: A → B f(x) é sobrejetora g(x) não é sobrejetora


y = f(x) = x + 1 (não interceptou o gráfico)
Tipos de Função Bijetora: Quando apresentar as características de fun-
ção injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja,
Injetora: Quando para ela elementos distintos do do- elementos distintos têm sempre imagens distintas e todos
mínio apresentam imagens também distintas no contrado- os elementos do contradomínio são imagens de pelo me-
mínio. nos um elemento do domínio.

53
MATEMÁTICA

Função crescente: A função f(x), num determinado in-


x y = 2x – 1
tervalo, é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes
a este intervalo, com x1<x2, tivermos f(x1)<f(x2). –2 –5
–1 –3
0 –1
1 1
2 3
3 5

Transportados os pares ordenados para o plano carte-


siano, vamos obter o gráfico correspondente à função f(x).
x1<x2 → f(x1)<f(x2)

Função decrescente: Função f(x), num determinado


intervalo, é decrescente se, para quaisquer x1 e x2 perten-
cente a este intervalo, com x1 < x2, tivermos f(x1)>f(x2).

x1<x2 → f(x1)>f(x2)
Exemplo para a > 0
Consideremos f(x) = 2x – 1.
Função constante: A função f(x), num determinado
intervalo, é constante se, para quaisquer x1 < x2, tivermos
f(x1) = f(x2).
x f(x)
-1 -3
0 -1
1 1
2 3

Gráficos de uma Função


A apresentação de uma função por meio de seu gráfico
é muito importante, não só na Matemática como nos diver-
sos ramos dos estudos científicos.

Exemplo
Consideremos a função real f(x) = 2x – 1. Vamos cons-
truir uma tabela fornecendo valores para x e, por meio da
sentença f(x), obteremos as imagens y correspondentes.

54
MATEMÁTICA

Exemplo para a < 0 No plano cartesiano, o zero da função do 1º grau é


Consideremos representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o
f(x) = –x + 1. eixo x.

x f(x) x y (x,y)
-1 2 1 -2 (1, -2)
0 1 3 2 (3,2)
1 0
2 -1

Observe que a reta y = 2x – 4 intercepta o eixo x no


ponto (2,0), ou seja, no ponto de abscissa 2, que é o zero
da função.
Conhecido o zero de uma função do 1º grau e lem-
Consideremos a função f(x) = ax + b com a ≠ 0, em que brando a inclinação que a reta pode ter, podemos esboçar
x0 é a raiz da função f(x). o gráfico da função.

Estudo do sinal da função do 1º grau:


a>0 a<0 Estudar o sinal da função do 1º grau y = ax + b é deter-
minar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Exemplo
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
a) Qual o valor de x que anula a função?
x>x0⇒f(x)>0 x>x0⇒f(x)<0 y=0
x=x0⇒f(x)=0 x=x0⇒f(x)=0 2x – 4 = 0
2x = 4
x<x0⇒f(x)<0 x<x0⇒f(x)>0
4
x=
Conclusão: O gráfico de uma função do 1º grau é uma 2
reta crescente para a > 0 e uma reta decrescente para a < 0. x=2
Zeros da Função do 1º grau: A função se anula para x = 2.
Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax + b) Quais valores de x tornam positiva a função?
b o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para y>0
que y seja igual à zero. 2x – 4 > 0
Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta 2x > 4
resolver a equação ax + b = 0.
x> 4
Exemplo 2
x>2
Determinar o zero da função:
y = 2x – 4. A função é positiva para todo x real maior que 2.
2x – 4 = 0
2x = 4 c) Quais valores de x tornam negativa a função?
x= 4
x= 2 y<0
O zero da função y = 2x – 4 é 2. 2x – 4 < 0

55
MATEMÁTICA

2x < 4 Produto Cartesiano


Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto
4
x< cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis pares
2
ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao
x<2 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença ao 2º conjunto
(B).
A função é negativa para todo x real menor que 2.
Podemos também estudar o sinal da função por meio A x B= {(x,y) / x ∈ A e y ∈ B}
de seu gráfico:
Quando o produto cartesiano for efetuado entre o
conjunto A e o conjunto A, podemos representar A x A =
A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de
apresentação do produto cartesiano.

Exemplo

Sejam A = {1, 4, 9} e B = {2, 3}. Podemos efetuar o pro-


duto cartesiano A x B, também chamado A cartesiano B, e
apresentá-lo de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da lista-
gem, quando escrevemos todos os pares ordenados que
constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:
A e B = {(1, 2),(1, 3),(4, 2),(4, 3),(9, 2),(9, 3)}
- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0; Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar
- Para x < 2 temos y < 0. o produto B e A (B cartesiano A): B x A = {(2, 1),(2, 4),(2, 9),(3,
1),(3, 4),(3, 9)}.
Relação Binária
Observando A x B e B x A, podemos notar que o produ-
Par Ordenado to cartesiano não tem o privilégio da propriedade comuta-
tiva, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igual-
Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) es- dade A x B = B x A quando A e B forem conjuntos iguais.
tamos, na verdade, representando o mesmo conjunto. Po- Observação: Considerando que para cada elemento do
rém, em alguns casos, é conveniente distinguir a ordem conjunto A o número de pares ordenados obtidos é igual
dos elementos. ao número de elementos do conjunto B, teremos: n(A x B)
Para isso, usamos a idéia de par ordenado. A princípio, = n(A) x n(B).
trataremos o par ordenado como um conceito primitivo e
vamos utilizar um exemplo para melhor entendê-lo. Con- b) Diagrama de flechas
sideremos um campeonato de futebol e que desejamos Apresentamos o produto cartesiano por meio do dia-
apresentar, de cada equipe, o total de pontos ganhos e o grama de flechas, quando representamos cada um dos
saldo de gols. Assim, para uma equipe com 12 pontos ga- conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordena-
nhos e saldo de gols igual a 18, podemos fazer a indicação dos por “flechas” que partem do 1º elemento do par or-
(12, 18), já tendo combinado, previamente, que o primeiro denado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par
ordenado (no 2º conjunto).
número se refere ao número de pontos ganhos, e o segun-
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o
do número, ao saldo de gols.
produto cartesiano A x B fica assim representado no dia-
Portanto, quando tivermos para outra equipe a infor-
grama de flechas:
mação de que a sua situação é (2, -8) entenderemos, que
esta equipe apresenta 2 pontos ganhos e saldo de gols -8.
Note que é importante a ordem em que se apresenta este
par de números, pois a situação (3, 5) é totalmente diferen-
te da situação (5,3). Fica, assim, estabelecida a idéia de par
ordenado: um par de valores cuja ordem de apresentação
é importante.
Observações: (a, b) = (c, d) se, e somente se, a = c e b
=d
(a, b) = (b, a) se, o somente se, a = b

56
MATEMÁTICA

c) Plano cartesiano D = {x∈R/x ≥ 7}


Apresentamos o produto cartesiano, no plano carte-
siano, quando representamos o 1º conjunto num eixo hori- - f(x)= √x+1
3

zontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem D=R


e, por meio de pontos, marcamos os elementos desses
conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os Observação: Devemos notar que, para raiz de índice
elementos passamos retas (horizontais ou verticais). Nos impar, o radicando pode assumir qualquer valor real, inclu-
cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão re- sive o valor negativo.
presentando, no plano cartesiano, cada um dos pares or-
denados do conjunto A cartesiano B (B x A). - f(x)=
3
√x+8
x + 8 > 0 → x > -8
D = {x∈R/x > -8}

- f(x)= √x+5
x-8
x–5≥0→x≥5
x–8≥0→x≠8
D = {x∈R/x ≥ 5 e x ≠ 8}

Exercícios
Domínio de uma Função Real 1. Determine o domínio das funções reais apresen-
tadas abaixo.
Para uma função de R em R, ou seja, com elementos no a) f(x) = 3x2 + 7x – 8
conjunto dos números reais e imagens também no conjun-
to dos números reais, será necessária, apenas, a apresen- 3
b) f(x)=
tação da sentença que faz a “ligação” entre o elemento e 3x-6
a sua imagem.
c) f(x)= √x+2
Porém, para algumas sentenças, alguns valores reais
não apresentam imagem real.
d) f(x)= √2x+1
3

Por exemplo, na função f(x) = √(x-1) , o número real


0 não apresenta imagem real e, portanto, f(x) caracterís-
e) f(x)= 4x
ticas de função, precisamos limitar o conjunto de partida, √7x+5 mais a sua metade é igual a 150.
eliminando do conjunto dos números reais os elementos 2. Um número
que, para essa sentença, não apresentam imagem. Nesse Qual é esse número?
caso, bastaria estabelecermos como domínio da função f(x)
o conjunto D = {x∈R/x ≥ 1}. 3. Considere a função f, de domínio N, definida por
Para determinarmos o domínio de uma função, por- f(1) = 4 e f(x+1) = 3f(x)-2. O valor de f(0) é:
tanto, basta garantirmos que as operações indicadas na a) 0
sentença são possíveis de serem executadas. Dessa forma, b) 1
apenas algumas situações nos causam preocupação e elas c) 2
serão estudadas a seguir. d) 3
e) 4
1ª y= √f(x) f(x)≥(n∈N*)
2n

4. Sejam f e g funções definidas em R por f(x)=2x-1 e


2ª y= 1 ⇒ f(x)≠0 g(x)=x-3. O valor de g(f(3)) é:
f(x( a) -1
Vejamos alguns exemplos de determinação de domí- b) 1
nio de uma função real. c) 2
d) 3
Exemplos e) 4
Determine o domínio das seguintes funções reais.
5. Numa loja, o salário fixo mensal de um vendedor
- f(x)=3x2 + 7x – 8 é 500 reais. Além disso, ele recebe de comissão 50 reais
D=R por produto vendido.
a) Escreva uma equação que expresse o ganho men-
- f(x)=√x+7 sal y desse vendedor, em função do número x de pro-
x – 7 ≥ 0→ x ≥ 7 duto vendido.

57
MATEMÁTICA

b) Quanto ele ganhará no final do mês se vendeu 4 f(0 + 1) = 3f (0) – 2


produtos? f(1) = 3f(0) - 2
c) Quantos produtos ele vendeu se no final do mês
recebeu 1000 reais? É dito que f(1) = 4, portanto:
4 = 3f(0) - 2
6. Considere a função dada pela equação y = x + 1, Isolando f(0):
determine a raiz desta função. 4+2 = 3f(0)
6 = 3f(0)
7. Determine a raiz da função y = - x + 1 e esboce
f(0) = 6/3 = 2.
o gráfico.
4) Resposta “E”.
8. Determine o intervalo das seguintes funções para
que f(x) > 0 e f(x) < 0. Solução: Começamos encontrando f(3):
a) y = f(x) = x + 1 f(3) = 2.(3) + 1, ou seja, f(3) = 7
b) y = f(x) = -x + 1 Se está pedindo g[f(3)] então está pedindo g(7):
g(7) = 7 - 3 = 4
9. Determine o conjunto imagem da função:
D(f) = {1, 2, 3} Logo, a resposta certa, letra “E”.
y = f(x) = x + 1
5) Solução
10. Determine o conjunto imagem da função: a) y = salário fixo + comissão
D(f) = {1, 3, 5} y = 500 + 50x
y = f(x) = x²
b) y = 500 + 50x , onde x = 4
Respostas y = 500 + 50 . 4 = 500 + 200 = 700

1) Solução: c) y = 500 + 50x , onde y = 1000


a) D = R 1000 = 500 + 50x  
50x = 1000 – 500
b) 3x – 6 ≠ 0
50x = 500
x≠2
D = R –{2} x = 10.

c) x + 2 ≥ 0 6) Solução: Basta determinar o valor de x para termos


x ≥ -2 y=0
D = {x ∈ R/ x ≥ -2} x+1=0
x = -1

d) D = R Dizemos que -1 é a raiz ou zero da função.


Devemos observar que o radicando deve ser maior ou
igual a zero para raízes de índice par.

e) Temos uma raiz de índice par no denominado, assim:


7x + 5 > 0
x > - 7/5
D = {x ∈ R/ x > -5/7}.

2) Resposta “100”.
Solução:
n + n/2 = 150
2n/2 + n/2 = 300/2
2n + n = 300
3n = 300
n = 300/3 Note que o gráfico da função y = x + 1, interceptará
n = 100. (cortará) o eixo x em -1, que é a raiz da função.

3. Resposta “C”. 7) Solução: Fazendo y = 0, temos:


Solução : Com a função dada f(x + 1) = 3f(x) – 2 substi- 0 = -x + 1
tuímos o valor de x por x = 0: x=1

58
MATEMÁTICA

Gráfico: Exemplo

- y = x2 – 5x + 4, sendo a = 1, b = –5 e c = 4
- y = x2 – 9, sendo a = 1, b = 0 e c = –9
- y = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0

Representação gráfica da Função do 2º grau

Exemplo

Se a função f de R em R definida pela equação y = x2


– 2x – 3. Atribuindo à variável x qualquer valor real, obtere-
mos em correspondência os valores de y:

Note que o gráfico da função y = -x + 1, interceptará Para x = –2 temos y = (–2)2 – 2(–2) –3 = 4 + 4 – 3 = 5


(cortará) o eixo x em 1, que é a raiz da função. Para x = –1 temos y = (–1)2 – 2(–1) –3 = 1 + 2 – 3 = 0
Para x = 0 temos y = (0)2 – 2(0) –3 = – 3
8) Solução: Para x = 1 temos y = (1)2 – 2(1) –3 = 1 – 2 – 3 = –4
a) y = f(x) = x + 1 Para x = 2 temos y = (2)2 – 2(2) –3 = 4 – 4 – 3 = –3
x+1>0 Para x = 3 temos y = (3)2 – 2(3) –3 = 9 – 6 – 3 = 0
x > -1 Para x = 4 temos y = (4)2 – 2(4) –3 = 16 – 8 – 3 = 5
Logo, f(x) será maior que 0 quando x > -1
x+1<0
x < -1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x < -1

b) y = f(x) = -x + 1
* -x + 1 > 0
-x > -1
x<1
Logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1

-x + 1 < 0
-x < -1
x>1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1
(*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desigual-
dade).

9) Solução:
f(1) = 1 + 1 = 2
f(2) = 2 + 1 = 3
f(3) = 3 + 1 = 4 x y (x,y)
Logo: Im(f) = {2, 3, 4}. –2 5 (–2,5)

10) Solução: –1 0 (–1,0)


f(1) = 1² = 1 0 –3 (0, –3)
f(3) = 3² = 9 1 –4 (1, –4)
f(5) = 5² = 25
2 –3 (2, –3)
Logo: Im(f) = {1, 9, 25}
3 0 (3,0)
Função do 2º Grau 4 5 (4,5)

Chama-se função do 2º grau ou função quadrática O gráfico da função de 2º grau é uma curva aberta cha-
toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º mada parábola.
grau da forma f(x) = ax2 + bx + c ou y = ax2 + bx + c , com O ponto V indicado na figura chama-se vértice da pa-
a, b e c reais e a ≠ 0. rábola.

59
MATEMÁTICA

Concavidade da Parábola

No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter sua concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo
(a < 0).

a>0 a<0

Podemos por meio do gráfico de uma função, reconhecer o seu domínio e o conjunto imagem.

Consideremos a função f(x) definida por A = [a, b] em R.

Domínio: Projeção ortogonal do gráfico da função no eixo x. Assim, D = [a, b] = A

Conjunto Imagem: Projeção ortogonal do gráfico da função no eixo y. Assim, Im = [c, d].

60
MATEMÁTICA

Zeros da Função do 2º grau

As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0 e, portanto, as
soluções da equação do 2º grau.

ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio da chamada “fórmula de Bhaskara”.
Δ
-b + √
x= -
2.a Onde Δ = b2 – 4.a.c

As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço do
gráfico de uma função do 2º grau.

f(x) = ax2 + bx + c com a ≠ 0


Δ>0 Δ=0 Δ<0
a>0

a<0

Coordenadas do vértice da parábola


A parábola que representa graficamente a função do 2º grau apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que
intercepta o gráfico num ponto chamado de vértice.

As coordenadas do vértice são:


-b -Δ
xv = e xv =
2a 4a

   

Vértice (V)

O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está associado ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do vértice
(yv).

61
MATEMÁTICA

Exemplo Tabela:
Para x = 0 temos y = (0)2 – 4(0) + 3 = 0 – 0 + 3 = 3
Vamos determinar as coordenadas do vértice da pará- Para x = 1 temos y = (1)2 – 4(1) + 3 = 1 – 4 + 3 = 0
bola da seguinte função quadrática: y = x2 – 8x + 15. Para x = 3 temos y = (3)2 – 4(3) + 3 = 9 – 12 + 3 = 0
Para x = 4 temos y = (4)2 – 4(4) + 3 = 16 – 16 + 3 = 3
Cálculo da abscissa do vértice:
x y (x,y)
-(-8)
xv= -b = = 8 =4 0 3 (0,3)
2a 2(1) 2
1 0 (1,0)
Cálculo da ordenada do vértice: 2 –1 (2,–1)Vértice
Substituindo x por 4 na função dada: 3 0 (3,0)
4 3 (4,3)
yV = (4)2 – 8(4) + 15 = 16 – 32 + 15 = –1
Gráfico:
Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por V
(4, –1).

Valor máximo e valor mínimo da função do 2º grau

- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem or-


denada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto de
mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor mínimo
da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem
ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de má-
ximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo da
função.
Estudos do sinal da função do 2º grau
Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar
os valores reais de x que tornam a função positiva, negativa
ou nula.

Exemplo

y = x2 – 6x + 8

Zeros da função: Esboço do Gráfico


y = x2 – 6x + 8
Δ = (–6)2 – 4(1)(8)
Construção do gráfico da função do 2º grau Δ = 36 – 32 = 4
- Determinamos as coordenadas do vértice; √Δ= √4 = 2
- Atribuímos a x valores menores e maiores que xv e
calculamos os correspondentes valores de y;
- Construímos assim uma tabela de valores; Estudo do Sinal:
- Marcamos os pontos obtidos no sistema cartesiano;
- Traçamos a curva. 6+2 8 Para x < 2 ou x > 4 temos y > 0
6±2 = =4
x= 2 2 Para x = 2 ou x = 4 temos y = 0
Exemplo 2 6−2 4 Para 2 < x < 4 temos y < 0
y = x2 – 4x + 3 = =2
2 2

Coordenadas do vértice: Exercícios


-(-4)
xv = -b = = 4 =2 V (2, –1) 1. O triplo do quadrado do número de filhos de Pedro
2a 2(1) 2
é igual a 63 menos 12 vezes o número de filhos. Quantos
yV = (2)2 – 4(2) + 3 = 4 – 8 + 3 = –1 filhos Pedro tem?

62
MATEMÁTICA

2. Uma tela retangular com área de 9600cm2  tem de 2) Resposta “80cm; 120 cm”.
largura uma vez e meia a sua altura. Quais são as dimen- Solução: Se chamarmos de  x  altura da tela, temos
sões desta tela? que 1,5x será a sua largura. Sabemos que a área de uma
3. O quadrado da minha idade menos a idade que eu figura geométrica retangular
tinha 20 anos atrás e igual a 2000. Quantos anos eu tenho é calculada multiplicando-se a medida da sua largura,
agora? pela medida da sua altura. Escrevendo o enunciado na for-
4. Comprei 4 lanches a um certo valor unitário. De ou- ma de uma sentença matemática temos:
tro tipo de lanche, com o mesmo preço unitário, a quanti- x . 1,5x = 9600
dade comprada foi igual ao valor unitário de cada lanche. Que pode ser expressa como:
Paguei com duas notas de cem reais e recebi R$ 8,00 de 1,5x2 - 9600 = 0
troco. Qual o preço unitário de cada produto? Note que temos uma equação do 2° grau incompleta,
5. O produto da idade de Pedro pela idade de Paulo é que como já vimos terá duas raízes reais opostas, situação
igual a 374. Pedro é 5 anos mais velho que Paulo. Quantos que ocorre sempre que o coeficiente b é igual a zero. Va-
anos tem cada um deles? mos aos cálculos:
6. Há dois números cujo triplo do quadrado é a igual 15
vezes estes números. Quais números são estes? 1,5x2 - 9600 = 0 ⇒ 1,5x2 = 9600 ⇒ x2 =
9600
7. Quais são as raízes da equação x2 - 14x + 48 = 0? 1,5
8. O dobro do quadrado da nota final de Pedrinho é ⇒ x = ±√6400 ⇒ x = ±80
zero. Qual é a sua nota final?
9. Solucione a equação biquadrada: -x4 + 113x2 - 3136 As raízes reais encontradas são  -80  e  80, no entanto
= 0. como uma tela não pode ter dimensões negativas, deve-
10. Encontre as raízes da equação biquadrada: x4 - 20x2 - mos desconsiderar a raiz -80.
576 = 0. Como 1,5x representa a largura da tela, temos então
Respostas que ela será de 1,5 . 80 = 120.
Portanto, esta tela tem as dimensões de 80cm de altu-
1) Resposta “3”.
ra, por 120cm de largura.
Solução: Sendo x o número de filhos de Pedro, temos
que 3x2 equivale ao triplo do quadrado do número de filhos
3) Resposta “45”.
e que 63 - 12x equivale a 63 menos 12 vezes o número de
Solução: Denominando x a minha idade atual, a partir
filhos. Montando a sentença matemática temos:
do enunciado podemos montar a seguinte equação:
3x2 = 63 - 12x
x2 - (x - 20) = 2000
Ou ainda:
Que pode ser expressa como:
3x2 + 12x - 63 = 0 x2 - (x - 20) = 2000 ⇒ x2 - x + 20 = 2000 ⇒ x2 - x - 1980
=0
Temos agora uma sentença matemática reduzida à
forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada equação do A solução desta equação do 2° grau completa nós dará
2° grau. Vamos então encontrar as raízes da equação, que a resposta deste problema. Vejamos:
será a solução do nosso problema: -(-1) ± √(-1)2 - 4 . 1 . (-1980)
Primeiramente calculemos o valor de Δ: x2 - x - 1980 = ⇒ x =
2.1
Δ = b2 - 4.a.c = 122 - 4 . 3 .(-63) = 144 + 756 = 900 1 ± √7921
⇒x=
2
Como Δ é maior que zero, de antemão sabemos que
a equação possui duas raízes reais distintas. Vamos calcu- x1 =
1 + 89
⇒ x1 = 45
lá-las: 1 ± 89 2
⇒x= ⇒ 1 - 89
3x2 + 12 - 63 = 0 ⇒ x = -12 ± √Δ ⇒
2 x2 = ⇒ x2 = -44
2
2.3

-12 + √900 18 As raízes reais da equação são -44 e 45. Como eu não


x1 = ⇒x1 = -12 ± 30 ⇒ x1 = ⇒ x1 = 3
6 6 6 posso ter -44 anos, é óbvio que só posso ter 45 anos.
Logo, agora eu tenho 45 anos.
-12 - √900 -42
x2 = ⇒x1 = -12 - 30 ⇒ x2 = ⇒ x2 = -7
6 6 6 4) Resposta “12”.
Solução: O enunciado nos diz que os dois tipos de lan-
A raízes encontradas são 3 e -7, mas como o número che têm o mesmo valor unitário. Vamos denominá-lo então
de filhos de uma pessoa não pode ser negativo, descarta- de x.
mos então a raiz -7. Ainda segundo o enunciado, de um dos produtos eu
Portanto, Pedro tem 3 filhos. comprei 4 unidades e do outro eu comprei x unidades.

63
MATEMÁTICA

Sabendo-se que recebi R$ 8,00 de troco ao pa- A fórmula geral de resolução ou fórmula de Bhaskara


gar R$ 200,00 pela mercadoria, temos as informações ne- pode ser utilizada na resolução desta equação, mas por se
cessárias para montarmos a seguinte equação: tratar de uma equação incompleta, podemos solucioná-la
4 . x + x . x + 8 = 200 de outra forma.
Ou então: Como apenas o coeficiente c é igual a zero, sabemos
4.x + x . x + 8 = 200 ⇒ 4x + x2 + 8 = 200 ⇒ x2 + 4x - que esta equação possui duas raízes reais. Uma é igual aze-
192=0 ro e a outra é dada pelo oposto do coeficiente b dividido
pelo coeficiente a. Resumindo podemos dizer que:
Como x representa o valor unitário de cada lanche, va-
mos solucionar a equação para descobrimos que valor é x1 = 0
este: ax + bx = 0 ⇒
2
b
x2 = -
-4 ± √4 - 4 . 1 . (-192)
2 a
x2 + 4x - 192 = 0 ⇒ x =
2.1
Temos então:
-4 ± √784
⇒x=
2 b -15
x1 =
-4 + 28
⇒ x1 = 12 x=- ⇒x= ⇒x=5
2 a 3
-4 ± 28
⇒x= ⇒ -4 - 89
2 x2 = ⇒ x2 = -16 7) Resposta “6; 8”.
2

As raízes reais da equação são -16 e 12. Como o preço Solução: Podemos resolver esta equação simplesmente
não pode ser negativo, a raiz igual -16 deve ser descartada. respondendo esta pergunta:
Assim, o preço unitário de cada produto é de R$ 12,00. Quais são os dois números que somados totalizam 14
e que multiplicados resultam em 48?
5) Resposta “22; 17”. Sem qualquer esforço chegamos a 6 e 8, pois 6 + 8 =
Solução: Se chamarmos de x a idade de Pedro, teremos 14 e 6 . 8 = 48.
que x - 5 será a idade de Paulo. Como o produto das idades Segundo as relações de Albert Girard, que você encon-
é igual a 374, temos que x . (x - 5) = 374. tra em detalhes em outra página deste site, estas são as
Esta sentença matemática também pode ser expressa raízes da referida equação.
como: Para simples conferência, vamos solucioná-la também
através da fórmula de Bhaskara:
x.(x - 5) = 374 ⇒ x2 - 5x = 374 ⇒ x2 - 5x - 374 = 0
-(-14) ± √(-14)2 - 4 . 1 . 48
x2 - 14x + 48 = 0 ⇒ x =
2.1
Primeiramente para obtermos a idade de Pedro, vamos
solucionar a equação: ⇒ x = 14 ± √4
2
-(-5) ± √(-5)2 - 4 . 1 . (-374) 14 ± 2
x2 - 5x - 374 = 0 ⇒ 2.1 ⇒ x =
2
5 ± √1521
⇒x= 14 + 2
2 5 + 39 x1 = ⇒ x1 = 8
x1 = ⇒ x1 = 22 2
2 ⇒
5 ± 39 14 - 2
⇒x= ⇒ 5 - 39 x2 = ⇒ x2 = 6
2 x2 = ⇒ x2 = -17 2
2

As raízes reais encontradas são -17 e 22, por ser nega- 8) Resposta “0”.


tiva, a raiz -17 deve ser descartada. Solução: Sendo x a nota final, matematicamente temos:
Logo a idade de Pedro é de 22 anos. 2x2 = 0
Como Pedro é 5 anos mais velho que Paulo, Paulo tem
então 17 anos. Podemos identificar esta sentença matemática como
Logo, Pedro tem 22 anos e Paulo tem 17 anos. sendo uma equação do segundo grau incompleta, cujos
coeficientes b e c são iguais a zero.
6) Resposta “0; 5”. Conforme já estudamos este tipo de equação sempre
Solução: Em notação matemática, definindo a incóg- terá como raiz real o número zero. Apenas para verificação
nita como x, podemos escrever esta sentença da seguinte vejamos:
forma:
0
3x2 = 15x 2x2 = 0 ⇒ x2 = ⇒ x2 = 0 ⇒ x ±√0 ⇒ x =0
Ou ainda como: 2
3x2 - 15x = 0 9) Resposta “-8; -7; 7 e 8”.

64
MATEMÁTICA

Solução: Substituindo na equação x4  por  y2  e tam- Para y1 temos:


bém x2 e y temos:
-y2 + 113y - 3136 = 0 x1 = √36 ⇒ x1= 6
x2 = 36 ⇒ x = ±√36 ⇒
Resolvendo teremos:
x2 = -√36 ⇒ x2= -6
−113 ± 1132 − 4.(−1).(−3136)
-y + 113y - 3136 = 0 ⇒ y =
2
2 + (−1) Para y2, como não existe raiz quadrada real de um nú-
mero negativo, o valor de -16 não será considerado.
−113 + 225 -113 + 15
y1 = ⇒ y1 =
−2 -2 Desta forma, as raízes da equação biquadrada x4  -

−113 − 225 20x2 - 576 = 0 são somente: -6 e 6.
y2 = ⇒ y2 = -113 - 15
−2 -2
Função Exponencial
-98 Uma função é uma maneira de associar a cada valor do
y1 = ⇒ y1 = 49
-2 argumento x um único valor da função f(x). Isto pode ser
⇒ feito especificando através de uma fórmula um  relaciona-
y2 = -128 ⇒ y2 = 64 mento gráfico entre diagramas representando os dois con-
-2 juntos, e/ou uma regra de associação, mesmo uma tabela
de correspondência pode ser construída; entre conjuntos
numéricos é comum representarmos funções por seus grá-
Substituindo os valores de y na expressão x2 = y temos: ficos, cada par de elementos relacionados pela função de-
termina um ponto nesta representação, a restrição de uni-
Para y1 temos: cidade da imagem implica em um único ponto da função
x1 = √49 ⇒ x1 = 7 em cada linha de chamada do valor independente x.
x = 49 ⇒ x ±√49 ⇒
2 Como um termo matemático, “função” foi introduzido
x2 = - √49 ⇒ x2 = -7 por Leibniz em 1694, para descrever quantidades relacio-
nadas a uma curva; tais como a inclinação da curva ou um
Para y2 temos: ponto específico da dita curva. Funções relacionadas à cur-
vas são atualmente chamadas funções diferenciáveis e são
x3 = √64 ⇒ x3 = 8
ainda o tipo de funções mais encontrado por não-matemá-
x = 64 ⇒ x ±√64 ⇒
2
ticos. Para este tipo de funções, pode-se falar em limites e
x4 = - √64 ⇒ x4 = -8
derivadas; ambos sendo medida da mudança nos valores
Assim sendo, as raízes da equação biquadrada -x4  + de saída associados à variação dos valores de entrada, for-
113x2 - 3136 = 0 são: -8, -7, 7 e 8. mando a base do cálculo infinitesimal.
A palavra função foi posteriormente usada por Euler
em meados do século XVIII para descrever uma expressão
10) Resposta “-6; 6”.
envolvendo vários argumentos; i.e:y = F(x). Ampliando a
definição de funções, os matemáticos foram capazes de es-
Solução: Iremos substituir x4  por  y2  e x2  e  y, obtendo
tudar “estranhos” objetos matemáticos tais como funções
uma equação do segundo grau:
que não são diferenciáveis em qualquer de seus pontos.
y2 - 20y - 576 = 0
Tais funções, inicialmente tidas como puramente imaginá-
rias e chamadas genericamente de “monstros”, foram já no
Ao resolvermos a mesma temos: final do século XX, identificadas como importantes para a
−20 ± (−20)2 − 4.1.(−576) construção de modelos físicos de fenômenos tais como o
y2 - 20y - 576 = 0 ⇒ movimento Browniano.
2.3
Durante o Século XIX, os matemáticos começaram
20 + 2704 20 + 52 72 a formalizar todos os diferentes ramos da matemática.
y1= ⇒y1= ⇒y1= ⇒y1=36
2 2 2 Weierstrass defendia que se construisse o cálculo infinite-
simal sobre a Aritmética ao invés de sobre a Geometria, o
que favorecia a definição de Euler em relação à de Leibniz
20 − 52 −32
20 − 2704 (veja aritmetização da análise). Mais para o final do sécu-
y2= ⇒y2= ⇒y2= 2 ⇒y2=-16
2 2 lo, os matemáticos começaram a tentar formalizar toda a
Matemática usando Teoria dos conjuntos, e eles consegui-
ram obter definições de todos os objetos matemáticos em
Substituindo os valores de y na expressão x2 = y obte- termos do conceito de conjunto. Foi Dirichlet quem criou a
mos as raízes da equação biquadrada: definição “formal” de função moderna.

65
MATEMÁTICA

Função Exponencial Propriedades da Função Exponencial  

Conta a lenda que um rei solicitou aos seus súditos Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
que lhe inventassem um novo jogo, a fim de diminuir o número racional, então:
seu tédio. O melhor jogo teria direito a realizar qualquer - ax ay= ax + y
desejo. Um dos seus súditos inventou, então, o jogo de - ax / ay= ax - y
xadrez. O Rei ficou maravilhado com o jogo e viu-se obri- - (ax) y= ax.y
gado a cumprir a sua promessa. Chamou, então, o inventor - (a b)x = ax bx
do jogo e disse que ele poderia pedir o que desejasse. O
- (a / b)x = ax / bx
astuto inventor pediu então que as 64 casas do tabulei-
- a-x = 1 / ax  
ro do jogo de xadrez fossem preenchidas com moedas de
Estas relações também são válidas para exponenciais
ouro, seguindo a seguinte condição: na primeira casa seria
colocada uma moeda e em cada casa seguinte seria colo- de base e (e = número de Euller = 2,718...)
cado o dobro de moedas que havia na casa anterior. O Rei - y = ex se, e somente se, x = ln(y)
considerou o pedido fácil de ser atendido e ordenou que - ln(ex) =x
providenciassem o pagamento. Tal foi sua surpresa quando - ex+y= ex.ey
os tesoureiros do reino lhe apresentaram a suposta conta, - ex-y = ex/ey
pois apenas na última casa o total de moedas era de 263, - ex.k = (ex)k
o que corresponde a aproximadamente 9 223 300 000 000  
000 000 = 9,2233.1018. Não se pode esquecer ainda que o A Constante de Euler
valor entregue ao inventor seria a soma de todas as moe-
das contidas em todas as casas. O rei estava falido! Existe uma importantíssima constante matemática de-
A lenda nos apresenta uma aplicação de funções expo- finida por
nenciais, especialmente da função y = 2x. e = exp(1)
As funções exponenciais são aquelas que crescem ou O número e é um número irracional e positivo e em
decrescem muito rapidamente. Elas desempenham papéis função da definição da função exponencial, temos que:
fundamentais na Matemática e nas ciências envolvidas com Ln(e) = 1
ela, como: Física, Química, Engenharia, Astronomia, Econo- Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
mia, Biologia, Psicologia e outras.
temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
ros a estudar as propriedades desse número.
Definição
A função exponencial é a definida como sendo a inver- O valor deste número expresso com 40 dígitos deci-
sa da função logarítmica natural, isto é: mais, é:
logab = x ⇔ ax = b e = 2,7182818284590452353602874713526624977
Podemos concluir, então, que a função exponencial é 57
definida por: Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
y= ax , com 1 ≠ a > 0 pode ser escrita como a potência de base e com expoente
x, isto é: 
Gráficos da Função Exponencial ex = exp(x)

Função Logarítmica

Toda equação que contém a incógnita na base ou no


logaritmando de um logaritmo é denominada equação
logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações
logarítmicas:
log 2 x = 3
log x = 100 = 2
7 log 5 = 625x = 42
3log 2 x 64 = 9
log −6−x 2x = 1

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se


ou no logaritmando, ou na base de um logaritmo. Para
solucionarmos equações logarítmicas recorremos a mui-
tas das propriedades dos logaritmos.

66
MATEMÁTICA

Solucionando Equações Logarítmicas Neste caso a condição de existência em função da base


do logaritmo é um pouco mais complexa:
Vamos solucionar cada uma das equações acima, co- 0
meçando pela primeira: log2 x = 3 2x > 0 ⇒ x > ⇒x>0
2
Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que: E, além disto, temos também a seguinte condição:
log2 x = 3 ⇔ 23 = x
1
2x ≠ 1 ⇒ x ≠
Logo x é igual a 8:23 = x ⇒ X = 2.2.2 ⇒ x= 8 2
⎧1 ⎫
Portanto a condição de existência é: x ∈R+ − ⎨ ⎬
*

De acordo com a definição de logaritmo o logarit- ⎩2 ⎭


mando deve ser um número real positivo e já que 8 é um Agora podemos proceder de forma semelhante ao
número real positivo, podemos aceitá-lo como solução da exemplo anterior: Como x = 2 satisfaz a condição de exis-
equação. A esta restrição damos o nome de condição de tência da equação logarítmica, então 2 é solução da equa-
existência. ção. Assim como no exercício anterior, este também pode
logx 100 = 2 ser solucionado recorrendo-se à outra propriedade dos lo-
garitmos: log-6-x 2x = 1
Pela definição de logaritmo a base deve ser um núme- Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro
ro real e positivo além de ser diferente de 1. Então a nossa vamos solucionar a equação e depois vamos verificar quais
condição de existência da equação acima é que: são as condições de existência: Então x = -2 é um valor
candidato à solução da equação. Vamos analisar as condi-
x ∈R+* − {1}
ções de existência da base -6 - x:
Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portan-
Em relação a esta segunda equação nós podemos es- to x = -2 não satisfaz a condição de existência e não pode
crever a seguinte sentença: logx 100 = 2 ⇔ x2 = 100 ser solução da equação. Embora não seja necessário, va-
mos analisar a condição de existência do logaritmando 2x:
Que nos leva aos seguintes valores de x: 2x > 0 ⇒ x > 0
⎧ x = −10 Como x = -2, então x também não satisfaz esta con-
x 2 = 100 ⇒ x = ± 100 ⇒ ⎨ dição de existência, mas não é isto que eu quero que você
⎩ x = 10 veja. O que eu quero que você perceba, é que enquanto
uma condição diz que x < -6, a outra diz que x > 0. Qual
Note que x = -10 não pode ser solução desta equação, é o número real que além de ser menor que -6 é também
pois este valor de x não satisfaz a condição de existência, já maior que 0?
que -10 é um número negativo. Como não existe um número real negativo, que sendo
Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação, menor que -6, também seja positivo para que seja maior
pois 10 é um valor que atribuído a x satisfaz a condição de que zero, então sem solucionarmos a equação nós po-
existência, visto que 10 é positivo e diferente de 1. demos perceber que a mesma não possui solução, já que
7log5 625x = 42 nunca conseguiremos satisfazer as duas condições simul-
taneamente. O conjunto solução da equação é portanto S
Neste caso temos a seguinte condição de existência: = {}, já que não existe nenhuma solução real que satisfaça
625x > 0 ⇒ x >
0
⇒x>0 as condições de existência da equação.
625
Voltando à equação temos: Função Logarítmica
A função logaritmo natural mais simples é a função y=-
42
7 log 5 625x = 42 ⇒ log 5 625x = ⇒ log 5 625x = 6 f0(x)=lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x, lnx) pois a
7 ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.

Aplicando a mesma propriedade que aplicamos nos


casos anteriores e desenvolvendo os cálculos temos: Como
25 satisfaz a condição de existência, então S = {25} é o
conjunto solução da equação. Se quisermos recorrer a ou-
tras propriedades dos logaritmos também podemos resol-
ver este exercício assim:

⇒ log5 x=2 ⇔ 52 = x ⇒ x = 25

Lembre-se que logb(M.N) = logb M + logb N e que log5


625 = 4, pois 54 = 625.  
3log2x64 = 9

67
MATEMÁTICA

Representação da Função Logarítmica no Plano


O domínio da função ln é R+ =]0,∞[ e a imagem é o
*
Cartesiano
conjunto R+* =] − ∞,+∞[ . O eixo vertical é uma assíntota ao Podemos representar graficamente uma função lo-
gráfico da função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez garítmica da mesma forma que fizemos com a função
mais da reta x=0 exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e
O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico de montando uma tabela com os respectivos valores de f(x).
uma função logarítmica natural geral, quando comparado Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traça-
ao gráfico de y=ln x, a partir das transformações sofridas mos a curva do gráfico. Vamos representar graficamente a
por esta função. Consideremos uma função logarítmica função f(x) = log x e como estamos trabalhando com um
cuja expressão é dada por y=f1(x)=ln x+k, onde k é uma logaritmo de base 10, para simplificar os cálculos vamos
constante real. A pergunta natural a ser feita é: qual a ação escolher para x alguns valores que são potências de 10:
da constante k no gráfico dessa nova função quando com- 0,001, 0,01, 0,1, 1, 10 e 2.
parado ao gráfico da função inicial y=f0(x)=ln x ?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que Temos então a seguinte tabela:
seja dada pela expressão y=f2(x)=a.ln x onde a é uma cons-
tante real, a ≠ 0. Observe que se a=0, a função obtida não
será logarítmica, pois será a constante real nula. Uma ques- x y = log x
tão que ainda se coloca é a consideração de funções lo- 0,001 y = log 0,001 = -3
garítmicas do tipo y=f3(x)=ln(x+m), onde m é um número 0,01 y = log 0,01 = -2
real não nulo. Se g(x)=3.ln(x-2) + 2/3, desenhe seu gráfico,
fazendo os gráficos intermediários, todos num mesmo par 0,1 y = log 0,1 = -1
de eixos. 1 y = log 1 = 0
y=a.ln(x+m)+k 10 y = log 10 = 1

Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções lo-


garítmicas do tipo y = f4(x) = a In (x + m) + k, onde o coe-
ficiente a não é zero, examinando as transformações do
gráfico da função mais simples y = f0 (x) = In x, quando
fazemos, em primeiro lugar, y=ln(x+m); em seguida, y=a.
ln(x+m) e, finalmente, y=a.ln(x+m)+k.

Analisemos o que aconteceu:


- em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação
horizontal de -m unidades, pois x=-m exerce o papel que
x=0 exercia em y=ln x;
- a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudan-
ça de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada é igual
àquela do ponto de mesma abscissa em y=ln(x+m) multi-
plicada pelo coeficiente a; Ao lado temos o gráfico desta função logarítmica, no
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma qual localizamos cada um dos pontos obtidos da tabela e
translação vertical de k unidades, pois, para cada abscissa, os interligamos através da curva da função: Veja que para
as ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k fica- valores de y < 0,01 os pontos estão quase sobre o eixo
ram acrescidas de k, quando comparadas às ordenadas dos das ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note
pontos do gráfico de y=a.ln(x+m). também que neste tipo de função uma grande variação no
O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia valor de x implica numa variação bem inferior no valor de y.
na resolução de equações ou inequações, pois as opera- Por exemplo, se passarmos de x = 100 para x = 1000000, a
ções algébricas a serem realizadas adquirem um signifi- variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:
cado que é visível nos gráficos das funções esboçados no
mesmo referencial cartesiano.
⎧ f (100) = log100 = 2

Função logarítmica de base a é toda função ⎩ f (1000000) = log1000000 = 6
f : *+ →  , definida por f (x) = log a x com a ∈ + e a ≠ 1 .
*

Podemos observar neste tipo de função que a variável Função Crescente e Decrescente
independente x é um logaritmando, por isto a denomina- Assim como no caso das funções exponenciais, as fun-
mos função logarítmica. Observe que a base a é um valor ções logarítmicas também podem ser classificadas como
real constante, não é uma variável, mas sim um número função crescente ou função decrescente. Isto se dará em
real. função da base a ser maior ou menor que 1. Lembre-se que
A função logarítmica de *+ →  é inversa da função segundo a definição da função logarítmica f :  + →  ,
*

exponencial de  →  + e vice-versa, pois: definida por f(x) = Loga x, temos que e a > 0 e a ≠ 1
*

68
MATEMÁTICA

Função Logarítmica Crescente Se os coeficientes são números inteiros, o polinômio é


denominado polinômio inteiro em x.
Uma das funções polinomiais mais importantes é f: R
R definida por:
f(x) = a x² + b x + c

O gráfico desta função é a curva plana denominada


parábola, que tem algumas características utilizadas em es-
tudos de Cinemática, radares, antenas parabólicas e faróis
de carros.
O valor numérico de um polinômio p = p(x) em x = a
é obtido pela substituição de x pelo número a, para obter
p(a).

Exemplo
Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente,
qualquer que seja o valor real positivo de x. No gráfico O valor numérico de p(x) = 2x² + 7x - 12 para x = 3 é
da função ao lado podemos observar que à medida que x dado por:
aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamente vemos p(3) = 2 × (3)² + 7 × 3 - 12 = 2 × 9 + 21 - 12 = 18 + 9
que a curva da função é crescente. Também podemos ob- = 27
servar através do gráfico, que para dois valor de x (x1 e x2),
que log a x2 > log a x1 ⇔ x1 > x2 , isto para x1, x2 e a números Grau de um polinômio
reais positivos, com a > 1.
Em um polinômio, o termo de mais alto grau que pos-
Função Logarítmica Decrescente sui um coeficiente não nulo é chamado termo dominante
e o coeficiente deste termo é o coeficiente do termo domi-
nante. O grau de um polinômio p = p(x) não nulo, é o ex-
poente de seu termo dominante, que aqui será denotado
por gr(p).
Acerca do grau de um polinômio, existem várias obser-
vações importantes:
- Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não
possui termo dominante. Em estudos mais avançados, de-
fine-se o grau de um polinômio nulo, mas não o faremos
aqui.
- Se o coeficiente do termo dominante de um polinô-
mio for igual a 1, o polinômio será chamado Mônico.
- Um polinômio pode ser ordenado segundo as suas
potências em ordem crescente ou decrescente.
- Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o poli-
Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decres- nômio será dito incompleto.
cente em todo o domínio da função. Neste outro gráfico - Se o grau de um polinômio incompleto for n, o nú-
podemos observar que à medida que x aumenta, y dimi- mero de termos deste polinômio será menor do que n + 1.
nui. Graficamente observamos que a curva da função é de- - Um polinômio será completo quando possuir todas as
crescente. No gráfico também observamos que para dois potências consecutivas desde o grau mais alto até o termo
valores de x (x1 e x2), que log a x2 < log a x1 ⇔ x2 > x1 , isto constante.
para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É - Se o grau de um polinômio completo for n, o número
importante frisar que independentemente de a função ser de termos deste polinômio será exatamente n + 1.
crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre cruza - É comum usar apenas uma letra p para representar a
o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar função polinomial p = p(x) e P[x] o conjunto de todos os
o eixo das ordenadas e que o log a x2 = log a x1 ⇔ x2 = x1 , polinômios reais em x.
isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.
Igualdade de polinômios
Função Polinomial
Os polinômios p e q em P[x], definidos por:
Um polinômio (função polinomial) com coeficientes p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
reais na variável x é uma função matemática f: R R defi- q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn
nida por: p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn, onde ao, a1,
a2, ..., an são números reais, denominados coeficientes do São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n:
polinômio. O coeficiente ao é o termo constante. ak = bk

69
MATEMÁTICA

Teorema Definimos o produto de p e q, como outro polinômio


r em P[x]:
Uma condição necessária e suficiente para que um po- r(x) = p(x) · q(x) = co + c1x + c2x² + c3x³ +...+ cnxn
linômio inteiro seja identicamente nulo é que todos os seus
coeficientes sejam nulos. Tal que:
ck = aobk + a1bk-1 + a2 bk-2 + a3bk-3 +...+ ak-1 b1 + akbo
Assim, um polinômio: p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+
anxn será nulo se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n: Para cada ck (k = 1, 2, 3,..., m+n). Observamos que para
ak= 0 cada termo da soma que gera ck, a soma do índice de a
com o índice de b sempre fornece o mesmo resultado k.
O polinômio nulo é denotado por po= 0 em P[x]. A estrutura matemática (P[x],·) formada pelo conjun-
O polinômio unidade (identidade para o produto) p1 = to de todos os polinômios com o produto definido acima,
1 em P[x], é o polinômio:
possui várias propriedades:
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ + ...+ anxn
Associativa
tal que ao = 1 e ak = 0, para todo k = 1, 2, 3,..., n.

Soma de polinômio Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:


(p · q) · r = p · (q · r)
Consideremos p e q polinômios em P[x], definidos por:
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +... + anxn Comutativa
q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +... + bnxn
Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que:
Definimos a soma de p e q, por: p·q=q·p
(p + q)(x) = (ao + bo) + (a1 + b1)x + (a2 + b2)x² +... + (an
+ bn)xn Elemento nulo

A estrutura matemática (P[x],+) formada pelo conjunto Existe um polinômio po(x) = 0 tal que
de todos os polinômios com a soma definida acima, possui po · p = po, qualquer que seja p em P[x].
algumas propriedades:
Associativa Elemento Identidade

Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que: Existe um polinômio p1(x) = 1 tal que
(p + q) + r = p + (q + r) po · p = po, qualquer que seja p em P[x]. A unidade po-
linomial é simplesmente denotada por p1 = 1.
Comutativa
Existe uma propriedade mista ligando a soma e o pro-
Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que: duto de polinômios:
p+q=q+p
Distributiva
Elemento neutro
Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:
Existe um polinômio po (x) = 0 tal que:
p · (q + r) = p · q + p · r
po + p = p, qualquer que seja p em P[x].
Com as propriedades relacionadas com a soma e o
Elemento oposto
produto, a estrutura matemática (P[x],+,·) é denominada
Para cada p em P[x], existe outro polinômio q = -p em anel comutativo com identidade.
P[x] tal que
p+q=0 Exercícios

Com estas propriedades, a estrutura (P[x],+) é denomi- 1. Considerando os polinômios –2x² + 5x – 2 e –3x³ +


nada um grupo comutativo. 2x – 1. Efetue a adição e a subtração entre eles.

Produto de polinômios 2. Transforme o seguinte polinômio em monômio: (3x2)


x (5x3 + 8x2 – x).
Sejam p, q em P[x], dados por:
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn 3. Efetue a multiplicação de polinômio (x – 1) x (x2 +
q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn 2x - 6)  por polinômio.

70
MATEMÁTICA

4. Qual o valor numérico do polinômio p(x) = x3 - 5x + 5) Resposta “1296”.


2 para x = -1? Solução: Teremos:
Para x = 1: 
5. Qual a soma dos coeficientes do polinômio T(x) = S = T(1) = (5.1 + 1)4 = 64 = 6 . 6 . 6 . 6 = 1296.
(5x + 1)4?
6) Resposta “10”.
6. Sendo P(x) = Q(x) + x2 + x + 1 e sabendo que 2 é Solução: Se 2 é raiz de P(x), então sabemos que P(2) =
raiz de P(x) e 1 é raiz de Q(x) , calcule o valor de P(1) - Q(2). 0 e se 1 é raiz de Q(x) então Q(1) = 0.
Temos então substituindo x por 1 na expressão dada:
7. Qual o grau mínimo da equação P(x) = 0, sabendo-se
que três de suas raízes são os números 5,   3 + 2i  e   4 - 3i. P(1) = Q(1) + 12 + 1 + 1 ∴
P(1) = 0 + 1 + 1 + 1 = 3. Então P(1) = 3. Analogamente,
8. Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos: poderemos escrever:

9. Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos: P(2) = Q(2) + 22 + 2 + 1  0 = Q(2) + 7,
Logo Q(2) = -7.
10. Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:  Conclui-se que P(1) - Q(2) = 3 - (-7) = 3 + 7 = 10.

Respostas 7) Resposta “5”.


Solução: Pela propriedade P3, os complexos conjuga-
1) Solução: Adição dos 3 - 2i e 4 + 3i são também raízes. Logo, por P1, con-
(–2x² + 5x – 2) + (–3x³ + 2x – 1) → eliminar os parênte- cluímos que o grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x)
ses fazendo o jogo de sinal possui no mínimo 5 raízes.
–2x² + 5x – 2 – 3x³ + 2x – 1 → reduzir os termos seme-
lhantes 8) Resposta “10x3 + x2 + 3x – 2”.
–2x² + 7x – 3x³ – 3 → ordenar de forma decrescente de Solução:
acordo com a potência (2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distribu-
tiva.
–3x³ – 2x² + 7x – 3.
2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
Subtração
10x3 + x2 + 3x – 2.
(–2x² + 5x – 2) – (–3x³ + 2x – 1) → eliminar os parênte-
ses realizando o jogo de sinal
9) Resposta “6x2 + 3x + 15”.
–2x² + 5x – 2 + 3x³ – 2x + 1 → reduzir os termos se-
Solução:
melhantes
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
–2x² + 3x – 1 + 3x³ → ordenar de forma decrescente de
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
acordo com a potência
6x2 + 3x + 15.
3x³ – 2x² + 3x – 1
10) Resposta “- 10x3 + 2x2”.
2) Resposta “15x5 + 24x4 – 3x3”.    Solução:
Solução: -2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.
(3x2) x (5x3 + 8x2 – x) → aplicar a propriedade distribu- -2x2 . 5x – 2x2 . (-1)
tiva da multiplicação - 10x3 + 2x2
15x5 + 24x4 – 3x3.

3) Resposta “x³ + x² – 8x + 6”.


Solução:
(x – 1) . (x2 + 2x - 6) 
x2 . (x – 1) + 2x . (x – 1) – 6 . (x – 1)
(x³ – x²) + (2x² – 2x) – (6x – 6)
x³ – x² + 2x² – 2x – 6x + 6 → reduzindo os termos se-
melhantes.
x³ + x² – 8x + 6.
4) Resposta “6”.
Solução: Teremos, substituindo a variável x por x =
-1 → p(-1) = (-1)3 - 5(-1) + 2 = -1 + 5 + 2 = 6
∴ p(-1) = 6.

71
MATEMÁTICA

Ângulo
2.19 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA
DEDUTIVA: ELEMENTOS
FUNDAMENTAIS: PONTO, RETA,
SEMI-RETA, SEGMENTO, PLANO,
SEMIPLANO, ÂNGULO E CONGRUÊNCIA.
ESTUDO DOS POLÍGONOS EM GERAL,
DOS TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS EM
PARTICULAR.
2.20 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA:
DISCO, CÍRCULO, ARCOS E CORDAS.
PROPRIEDADES. MEDIDAS DE Definições.
ÂNGULOS E DE ARCOS.
2.21 TRANSFORMAÇÕES a) Ângulo é a região plana limitada por duas semirretas
GEOMÉTRICAS ELEMENTARES: de mesma origem.
TRANSLAÇÃO, ROTAÇÃO E SIMETRIA.
b) Ângulos congruentes: Dois ângulos são ditos con-
2.22 RAZÃO E PROPORÇÃO DE gruentes se têm a mesma medida.
SEGMENTOS: FEIXE DE PARALELAS.
TEOREMA DE TALES c) Bissetriz de um ângulo: É a semirreta de origem no
vértice do ângulo que divide esse ângulo em dois ângulos
congruentes.
Geometria Plana
Perímetro: entendendo o que é perímetro.
A Geometria é a parte da matemática que estuda as fi-
guras e suas propriedades. A geometria estuda figuras abs- Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de
tratas, de uma perfeição não existente na realidade. Apesar comprimento.
disso, podemos ter uma boa ideia das figuras geométricas, Quantos metros lineares serão necessários para colo-
observando objetos reais, como o aro da cesta de basquete car rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m de
que sugere uma circunferência, as portas e janelas que su- largura e que nela não se coloca rodapé?
gerem retângulos e o dado que sugere um cubo.

Reta, semirreta e segmento de reta

A conta que faríamos seria somar todos os lados da


sala, menos 1m da largura da porta, ou seja:
Definições. P = (5 + 5 + 8 + 8) – 1
P = 26 – 1
a) Segmentos congruentes. P = 25
Dois segmentos são congruentes se têm a mesma me-
dida.

b) Ponto médio de um segmento.


Um ponto P é ponto médio do segmento AB se per-
tence ao segmento e divide AB em dois segmentos con-
gruentes.

c) Mediatriz de um segmento.
É a reta perpendicular ao segmento no seu ponto mé-
dio Colocaríamos 25m de rodapé.

72
MATEMÁTICA

A soma de todos os lados da planta baixa se chama No cálculo da área de qualquer retângulo podemos se-
Perímetro. guir o raciocínio:
Portanto, Perímetro é a soma dos lados de uma figura
plana.

Área
Área é a medida de uma superfície.
A área do campo de futebol é a medida de sua super-
fície (gramado).
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos
em uma malha quadriculada, a sua área será equivalente
à quantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma
unidade de área:
Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha
quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1
cm. Se contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1
cm de dimensões no retângulo. Como sabemos que a
área é a medida da superfície de uma figuras podemos
dizer que 24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área
do retângulo.

Veremos que a área do campo de futebol é 70 unida-


des de área.
A unidade de medida da área é: m² (metros quadra-
dos), cm² (centímetros quadrados), e outros.
Se tivermos uma figura do tipo:
O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o
outro, só que representado de forma diferente. O cálcu-
lo da área do retângulo pode ficar também da seguinte
forma:
A = 6 . 4 A = 24 cm²
Podemos concluir que a área de qualquer retângulo
é:

Sua área será um valor aproximado. Cada é uma


unidade, então a área aproximada dessa figura será de 4
unidades.
No estudo da matemática calculamos áreas de figuras
planas e para cada figura há uma fórmula pra calcular a A=b
sua área. .h
Quadrado
Retângulo É o quadrilátero que tem os lados congruentes e to-
É o quadrilátero que tem todos os ângulos internos dos os ângulos internos a congruentes (90º).
congruentes e iguais a 90º.

73
MATEMÁTICA

Sua área também é calculada com o produto da base Um trapézio é formado por uma base maior (B), por
pela altura. Mas podemos resumir essa fórmula: uma base menor (b) e por uma altura (h).
Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso
dividi-lo em dois triângulos, veja como:
Primeiro: completamos as alturas no trapézio:

Como todos os lados são iguais, podemos dizer que


base é igual a e a altura igual a , então, substituindo na Segundo: o dividimos em dois triângulos:
fórmula A = b . h, temos:
A= .
A= ²

Trapézio
É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. A altura
de um trapézio é a distância entre as retas suporte de suas
bases.
A área desse trapézio pode ser calculada somando as
áreas dos dois triângulos (∆CFD e ∆CEF).
Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo se-
paradamente observamos que eles possuem bases dife-
rentes e alturas iguais.

Cálculo da área do ∆CEF:

A∆1 = B . h
2
Em todo trapézio, o segmento que une os pontos mé- Cálculo da área do ∆CFD:
dios dos dois lados não paralelos, é paralelo às bases e vale
a média aritmética dessas bases. A∆2 = b . h
2
Somando as duas áreas encontradas, teremos o cálcu-
lo da área de um trapézio qualquer:

AT = A∆1 + A∆2

AT = B . h + b . h
2 2
A área do trapézio está relacionada com a área do
triângulo que é calculada utilizando a seguinte fórmula:
A = b . h (b = base e h = altura). AT = B . h + b . h → colocar a altura (h) em evi-
2 2
Observe o desenho de um trapézio e os seus elemen- dência, pois é um termo comum aos dois fatores.
tos mais importantes (elementos utilizados no cálculo da
sua área):
AT = h (B + b)
2
Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer
utilizamos a seguinte fórmula:

A = h (B + b)
2

74
MATEMÁTICA

h = altura Propriedades dos triângulos


B = base maior do trapézio
b = base menor do trapézio 1) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3 ângu-
Losango los internos é 180º.

É o quadrilátero que tem os lados congruentes.

2) Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo


Em todo losango as diagonais são: é igual à soma das medidas dos 2 ângulos internos não
adjacentes.
a) perpendiculares entre si;

b) bissetrizes dos ângulos internos.

A área do losango é definida pela seguinte fórmula:

d .D Onde D é a diagonal maior e d é a menor.


S=
2
Triângulo
3) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3 ângu-
Figura geométrica plana com três lados.
los externos é 360º.

4) Em todo triângulo isósceles, os ângulos da base são


Ângulo externo. O ângulo externo de qualquer polígo- congruentes. Observação - A base de um triângulo isósce-
no convexo é o ângulo formado entre um lado e o prolon- les é o seu lado diferente.
gamento do outro lado.

Classificação dos triângulos.

a) quanto aos lados:


- triângulo equilátero.
- triângulo isósceles.
- triângulo escaleno.

b) quanto aos ângulos:


- triângulo retângulo.
- triângulo obtusângulo. Altura - É a distância entre o vértice e a reta suporte do
- triângulo acutângulo. lado oposto.

75
MATEMÁTICA

Área do triangulo Exercícios

1. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da


altura respectivamente, indicadas por b e h. Se construir-
mos um outro paralelogramo que tem o dobro da base e o
dobro da altura do outro paralelogramo, qual será relação
entre as áreas dos paralelogramos?
2. Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm.
Qual é a área deste triângulo equilátero?
3. Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas
medidas da altura e da base são respectivamente 10 cm e
2 dm?
Segmentos proporcionais 4. As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm.
Qual é a medida da sua superfície?
Teorema de Tales. 5. Considerando as informações constantes no trian-
gulo PQR, pode-se concluir que a altura PR desse triângulo
Em todo feixe de retas paralelas, cortado por uma reta mede:
transversal, a razão entre dois segmento quaisquer de uma
transversal é igual à razão entre os segmentos correspon-
dentes da outra transversal.

a)5 b)6 c)7 d)8

Semelhança de triângulos 6. Num cartão retangular, cujo comprimento é igual ao


dobro de sua altura, foram feitos dois vincos AC e BF, que
Definição. formam, entre si, um ângulo reto (90°). Observe a figura:
Dois triângulos são semelhantes se têm os ângulos
dois a dois congruentes e os lados correspondentes dois a
dois proporcionais.

Definição mais “popular”.

Dois triângulos são semelhantes se um deles é a redu-


ção ou a ampliação do outro.
Importante - Se dois triângulos são semelhantes, a pro-
porcionalidade se mantém constante para quaisquer dois
segmentos correspondentes, tais como: lados, medianas, Considerando AF=16cm e CB=9cm, determine:
alturas, raios das circunferências inscritas, raios das circun- a) as dimensões do cartão;
ferências circunscritas, perímetros, etc. b) o comprimento do vinco AC

7. Na figura, os ângulos assinalados sao iguais, AC=2 e


AB=6. A medida de AE é:
a)6/5 b)7/4 c)9/5 d)3/2 e)5/4

76
MATEMÁTICA

8. Na figura a seguir, as distâncias dos pontos A e B à


reta valem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre 5. 4 6 36
= ⇒ PR = =6
essa reta são os pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que PR 9 6
distância de C deverá estar o ponto E, do segmento CD,
para que CÊA=DÊB 6.
x 9
a)3 = ⇒ x ² = 144 ⇒ x = 12
b)4 16 x
c)5 = =
a ) x 12( altura ); 2 x 24(comprimento)
d)6 b) AC = 9² + x ² = 81 + 144 = 15
e)7

7.
9. Para ladrilhar uma sala são necessários exatamente
400 peças iguais de cerâmica na forma de um quadrado.
Sabendo-se que a área da sala tem 36m², determine:
a) a área de cada peça, em m².
b) o perímetro de cada peça, em metros.

10. Na figura, os ângulos ABC, ACD, CÊD, são retos. Se


AB=2 3 m e CE= 3 m, a razão entre as áreas dos triângu-
los ABC e CDE é:

a)6
b)4
c)3
d)2
e) 3 8.

Respostas

1. A2 = (2b)(2h) = 4bh = 4A1

2. Segundo o enunciado temos:


l=5mm

Substituindo na fórmula:

=
S
l² 3
⇒=S
5² 3
= 6, 25 3 ⇒ =
S 10,8 9.
4 4
3. Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:
h=10
b=20

Substituindo na fórmula:

=
S b= = 100cm
.h 20.10 = ² 2dm²
10.
4. Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula
que envolve as diagonais, cujos valores temos abaixo:

d1=10
d2=15
Utilizando na fórmula temos:

d1.d 2 10.15
S= ⇒ = 75cm ²
2 2

77
MATEMÁTICA

Circunferência Trigonométrica cia intersecta a reta tangente t no ponto T=(1,t’). A ordena-


da deste ponto T, é definida como a tangente do arco AM
Dada uma circunferência trigonométrica contendo o correspondente ao ângulo a.
ponto A=(1,0) e um número real x, existe sempre um arco
orientado AM sobre esta circunferência, cuja medida algé-
brica corresponde a x radianos.
Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circun-
ferência trigonométrica, de centro em (0,0) e raio unitário.
Seja M=(x’,y’) um ponto desta circunferência, localizado no
primeiro quadrante, este ponto determina um arco AM que
corresponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do
ponto M sobre o eixo OX determina um ponto C=(x’,0) e a
projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina
outro ponto B=(0,y’). Assim a tangente do ângulo a é dada pelas suas várias
A medida do segmento OB coincide com a ordenada determinações: tan(AM) = tan(a) = tan(a+k ) = µ(AT) = t’
y’ do ponto M e é definida como o seno do arco AM que Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)),
corresponde ao ângulo a, denotado por sen(AM) ou sen(a). para cada ângulo a do primeiro quadrante. O seno, o cos-
seno e a tangente de ângulos do primeiro quadrante são
todos positivos.
Um caso particular importante é quando o ponto M
está sobre o eixo horizontal OX. Neste caso: cos(0)=1,
sen(0)=0 e tan(0)=0
Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros
quadrantes

Ângulos no segundo quadrante

Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto


Como temos várias determinações para o mesmo ân- M no segundo quadrante, então o ângulo a entre o eixo
gulo, escreveremos sen(AM)=sen(a)=sen(a+2k )=y’ OX e o segmento OM pertence ao intervalo /2<a< . Do
mesmo modo que no primeiro quadrante, o cosseno está
Para simplificar os enunciados e definições seguintes, relacionado com a abscissa do ponto M e o seno com a or-
escreveremos sen(x) para denotar o seno do arco de me- denada deste ponto. Como o ponto M=(x,y) possui abscis-
dida x radianos. sa negativa e ordenada positiva, o sinal do seno do ângulo
a no segundo quadrante é positivo, o cosseno do ângulo a
Cosseno: O cosseno do arco AM correspondente ao é negativo e a tangente do ângulo a é negativa.
ângulo a, denotado por cos(AM) ou cos(a), é a medida do
segmento 0C, que coincide com a abscissa x’ do ponto M.

Outro caso particular importante é quando o ponto M


está sobre o eixo vertical OY e neste caso: cos( /2)=0    e  
sen( /2)=1
Como antes, existem várias determinações para este A tangente não está definida, pois a reta OM não inter-
ângulo, razão pela qual, escrevemos cos(AM) = cos(a) = cepta a reta t, pois elas são paralelas.
cos(a+2k ) = x’
Ângulos no terceiro quadrante
Tangente
O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante,
Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica o que significa que o ângulo pertence ao intervalo: <a<3
no ponto A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao eixo OX. A /2. Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto M’=(-x,-y) do
reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferên- primeiro quadrante, em relação à origem do sistema, indi-

78
MATEMÁTICA

cando que tanto a sua abscissa como a sua ordenada são sen(a) = -sen(b)
negativos. O seno e o cosseno de um ângulo no terceiro cos(a) = cos(b)
quadrante são negativos e a tangente é positiva. tan(a) = -tan(b)

Simetria em relação ao eixo OY

Seja M um ponto da circunferência trigonométrica lo-


calizado no primeiro quadrante, e seja M’ simétrico a M em
relação ao eixo OY, estes pontos M e M’ possuem a mesma
ordenada e as abscissa são simétricas.

Em particular, se a= radianos, temos que cos( )=-1,  


sen( )=0    e    tan( )=0

Ângulos no quarto quadrante

O ponto M está no quarto quadrante, 3 /2<a< 2 . O


seno de ângulos no quarto quadrante é negativo, o cosse-
no é positivo e a tangente é negativa. Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente
ao arco AM’. Desse modo:
sen(a) = sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = -tan(b)

Simetria em relação à origem

Seja M um ponto da circunferência trigonométrica lo-


calizado no primeiro quadrante, e seja M’ simétrico de M
em relação a origem, estes pontos M e M’ possuem orde-
Quando o ângulo mede 3 /2, a tangente não está nadas e abscissas simétricas.
definida pois a reta OP não intercepta a reta t, estas são
paralelas. Quando a=3 /2, temos: cos(3 /2)=0,   sin(3
/2)=-1

Simetria em relação ao eixo OX

Em uma circunferência trigonométrica, se M é um pon-


to no primeiro quadrante e M’ o simétrico de M em relação
ao eixo OX, estes pontos M e M’ possuem a mesma abscis-
sa e as ordenadas possuem sinais opostos.

Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo


correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente
ao arco AM’. Desse modo:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = tan(b)

Senos e cossenos de alguns ângulos notáveis

Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de


Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo alguns ângulos que aparecem com muita frequência em
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente exercícios e aplicações, sem necessidade de memorização,
ao arco AM’, obtemos: é através de simples observação no círculo trigonométrico.

79
MATEMÁTICA

Segunda relação fundamental

Outra relação fundamental na trigonometria, muitas


vezes tomada como a definição da função tangente, é dada
por:
sen(a)
tan(a) =
cos(a)

Deve ficar claro, que este quociente somente fará sen-


tido quando o denominador não se anular.
Se a=0, a= ou a=2 , temos que sen(a)=0, implican-
do que tan(a)=0, mas se a= /2 ou a=3 /2, segue que
cos(a)=0 e a divisão acima não tem sentido, assim a relação
tan(a)=sen(a)/cos(a) não é verdadeira para estes últimos
valores de a.
Primeira relação fundamental Para a 0, a ,a 2 ,a /2 e a 3 /2, con-
sidere novamente a circunferência trigonométrica na figura
Uma identidade fundamental na trigonometria, que seguinte.
realiza um papel muito importante em todas as áreas da
Matemática e também das aplicações é: sin²(a) + cos²(a) =
1 que é verdadeira para todo ângulo a.
Necessitaremos do conceito de distância entre dois
pontos no plano cartesiano, que nada mais é do que a re-
lação de Pitágoras. Sejam dois pontos, A=(x’,y’) e B=(x”,y”).

Os triângulos OMN e OTA são semelhantes, logo:


AT OA
=
MN ON

Como AT=|tan(a)|, MN=|sen(a)|, OA=1 e ON=|cos(a)|,


Definimos a distância entre A e B, denotando-a por para todo ângulo a, 0<a<2 com a /2 e a 3 /2
d(A,B), como: temos
sen(a)
tan(a) =
cos(a)
Forma polar dos números complexos
Se M é um ponto da circunferência trigonométrica,
cujas coordenadas são indicadas por (cos(a),sen(a)) e a dis- Um número complexo não nulo z=x+yi, pode ser re-
tância deste ponto até a origem (0,0) é igual a 1. Utilizando presentado pela sua forma polar:
a fórmula da distância, aplicada a estes pontos, d(M,0)=[(- z = r [cos(c) + i sen(c)]
cos(a)-0)²+(sen(a)-0)²]1/2, de onde segue que 1=cos²(a)+-
sin²(a). onde r=|z|=R[x²+y²], i²=-1 e c é o argumento (ângulo
formado entre o segmento Oz e o eixo OX) do número
complexo z.

80
MATEMÁTICA

A multiplicação de dois números complexos na forma Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos:
polar: sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
A = |A| [cos(a)+isen(a)] tan(a + b) =
cos(a)cos(b) − sen(a)sen(b)
B = |B| [cos(b)+isen(b)]
Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a)
é dada pela Fórmula de De Moivre: cos(b), segue a fórmula:
AB = |A||B| [cos(a+b)+isen(a+b)] tan(a) + tan(b)
Isto é, para multiplicar dois números complexos em tan(a + b) =
1− tan(a)tan(b)
suas formas trigonométricas, devemos multiplicar os seus
módulos e somar os seus argumentos. Como
Se os números complexos A e B são unitários então sen(a-b) = sen(a)cos(b) - cos(a)sen(b)
|A|=1 e |B|=1, e nesse caso cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
A = cos(a) + i sen(a) podemos dividir a expressão de cima pela de baixo,
B = cos(b) + i sen(b) para obter: tan(a) − tan(b)
tan(a − b) =
1+ tan(a)tan(b)
Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a+b) + i sen(a+b)

Existe uma importantíssima relação matemática, atri-


2.23 SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
buída a Euler (lê-se “óiler”), garantindo que para todo nú- E DE POLÍGONOS. RAZÕES
mero complexo z e também para todo número real z: TRIGONOMÉTRICAS DE
eiz = cos(z) + i sen(z) ÂNGULOS AGUDOS.
2.24 RELAÇÕES MÉTRICAS NO
Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso TRIÂNGULO RETÂNGULO: TEOREMA DE
de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma outra forma para PITÁGORAS. PROJEÇÃO ORTOGONAL.
representar números complexos unitários A e B, como: 2.25 RELAÇÕES MÉTRICAS NUM
A = eia = cos(a) + i sen(a) TRIÂNGULO QUALQUER: LEI DOS
B = eib = cos(b) + i sen(b) CO-SENOS E SENOS.
2.26 RELAÇÕES MÉTRICAS NO CÍRCULO.
onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. 2.27 RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS:
Assim, ei(a+b) = cos(a+b)+isen(a+b) RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS DOS
ÂNGULOS 30, 45 E 60 GRAUS.
Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a)+isen(a)]
[cos(b)+isen(b)]
RELAÇÕES ENTRE AS RAZÕES
TRIGONOMÉTRICAS. EMPREGO DAS
e desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i TÁBUAS TRIGONOMÉTRICAS.
[cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)] PROBLEMAS DE APLICAÇÃO.

Para que dois números complexos sejam iguais, suas


partes reais e imaginárias devem ser iguais, logo Trigonometria no Triângulo Retângulo
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a+b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a) Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas Definiremos algumas relações e números obtidos a
fórmulas da soma partir dos lados de triângulos retângulos. Antes, porém,
cos(a+(-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b) precisamos rever algumas de suas propriedades.
sen(a+(-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)
A fig. 1 apresenta um triângulo onde um de seus ân-
para obter π
gulos internos é reto (de medida 90º ou rad), o que nos
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b) permite classificá-lo como um triângulo retângulo.
2
sen(a-b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)

Seno, cosseno e tangente da soma e da diferença

Na circunferência trigonométrica, sejam os ângulos a e


b com 0£a£2 e 0£b£2 , a>b, então;
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)

81
MATEMÁTICA

Lembremo-nos de que, qualquer que seja o triângulo,


a soma dos seus três ângulos internos vale 180º. Logo, a Tangente do ângulo = cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo
respeito do triângulo ABC apresentado, dizemos que: cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo

α + β + 90 = 180 ⇒ α + β = 90 A partir dessas definições, o cálculo de seno, co-seno


e tangente do ângulo α, por exemplo, nos fornecerão os
Com isso, podemos concluir: seguintes valores:
- Que os ângulos α e β são complementares, isto é, são
ângulos cujas medidas somam 90º; sen α = 3 = 0,6
- Uma vez que são complementares ambos terão me- 5
dida inferior a 90º. cos α = 4 = 0,8
5
Portanto, dizemos que todo triângulo retângulo tem 3
tg α = = 0,75
um ângulo interno reto e dois agudos, complementares 4
entre si. Ao que acabamos de ver, aliemos um conhecimento
De acordo com a figura, reconhecemos nos lados b e adquirido da Geometria. Ela nos ensina que dois triângulos
c os catetos do triângulo retângulo e em a sua hipotenusa. de lados proporcionais são semelhantes.
Lembremo-nos de que a hipotenusa será sempre o Se multiplicarmos, então, os comprimentos dos lados
lado oposto ao ângulo reto em, ainda, o lado maior do de nosso triângulo pitagórico semelhante, com os novos
triângulo. Podemos relacioná-los através do Teorema de lados (6, ,8 e 10) igualmente satisfazendo o Teorema de
Pitágoras, o qual enuncia que o quadrado sobre a hipo- Pitágoras.
tenusa de um triângulo retângulo é igual à soma dos qua-
drados sobre os catetos (sic) ou, em linguajar moderno, “a Na fig. 3, apresentamos o resultado dessa operação,
soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da em que mostramos o triângulo ABC, já conhecido na fig.
hipotenusa de um triângulo retângulo”. 1 e A1BC1.
Aplicado ao nosso triângulo, e escrito em linguagem
matemática, o teorema seria expresso como segue:
a2 = b2 + c2

Seno, Co-seno e Tangente de um Ângulo Agudo

A fig. 2 ilustra um triângulo retângulo conhecido como


triângulo pitagórico, classificação devida ao fato de que,
segundo a tradição grega, através dele Pitágoras enunciou
seu Teorema.

Observemos que os ângulos α e β permanecem sendo


os ângulos agudos internos do triângulo recém-construí-
do.
Lançando Mao das medidas dos novos lados
A1 B, BC 1eA1C1 (respectivamente 8, 10 e 6 unidades de
comprimento), calculemos, para o ângulo α, os valores de
seno, co-seno e tangente:
De fato, as medidas de seus lados (3, 4 e 5 unidades de 8
comprimento) satisfazem a sentença 52 = 32 + 42. sen α = = 0,6
10
Apesar de nos apoiarmos particularmente no triângulo
pitagórico, as relações que iremos definir são válidas para cos α = 8 = 0,8
todo e qualquer triângulo retângulo. Apenas queremos, 10
dessa forma, obter alguns resultados que serão compara- tg α = 6 = 0,75
dos adiante. 8
Definimos seno, co-seno e tangente de um ângulo Nosso intuito, na repetição dessas operações, é mos-
agudo de um triângulo retângulo pelas relações apresen- trar que, não importando se o triângulo PE maior ou me-
tadas no quadro a seguir: nor, as relações definidas como seno, co-seno e tangente
têm, individualmente, valores constantes, desde que calcu-
Seno do ângulo = cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo lados para os mesmo ângulos.
hipotenusa Em outras palavras, seno, co-seno e tangente são fun-
ções apenas dos ângulos internos do triângulo, e não de
Co-seno do ângulo = cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo seus lados.
hipotenusa
82
MATEMÁTICA

Outras Razões Trigonométricas – Co-tangente, Se- Sabemos ainda que:


cante e Co-secante b c
sen α = sen β =
Além das razões com que trabalhamos até aqui, são a a
definidas a co-tangente, secante e co-secante de um ângu- c b
lo agudo de triângulo retângulo através de relações entre cos α = cos β =
seus lados, como definimos no quadro a seguir: a a
b c
tg α = tg β =
cot do ângulo = cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo c b
cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo c b
cotg α = cotg β =
sec do ângulo = hipotenusa b c
cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo Verifica-se facilmente que:

cosec do ângulo = hipotenusa sen α = cos β; cos α = sen β;


cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo tg α = cotg β; cotg α = tg β.

Exemplo
Por exemplo, para um triângulo retângulo de lados 3,
4 e 5 unidades de comprimento, como exibido na fig. 6, Um triângulo retângulo tem catetos cujas medidas são
teríamos, para o ângulo α, 5 cm e 12 cm. Determine o valor de seno, co-seno e tan-
gente dos seus ângulos agudos.
cotg α = 4
3

sec α = 5
4

cosec α = 5
3
Resolução

Para respondermos ao que se pede, necessitaremos


do comprimento da hipotenusa do triângulo. Aplicando o
Teorema de Pitágoras, temos que:

a2 = b2 + c2 → a2 = 52 + 122 = 169

Logo, a = 13 cm. Assim, obtemos para seno, co-seno e


tangente dos ângulos da Figura, os seguintes valores:
Seno, Co-seno, Tangente e Co-tangente de Ângulos
Complementares 5 12 5
senα = ¥ conα = ¥ tgα =
13 13 12
Já foi visto que em todo triângulo retângulo os ângulos
12 5 12
agudos são complementares. senβ = ¥ conβ = ¥ tgβ =
13 13 5

Ângulos Notáveis

Seno, Co-seno e Tangente dos Ângulos Notáveis

Uma vez definidos os conceitos de seno, co-seno e


tangente de ângulos agudos internos a um triângulo retân-
gulo, passaremos a determinar seus valores para ângulos
de grande utilização em diversas atividades profissionais e
α + β = 90 encontrados facilmente em situações cotidianas.

83
MATEMÁTICA

Por exemplo, na Mecânica, demonstra-se que o ângulo Seno, Co-seno e Tangente de 30o e 60o.
de lançamento, tomado com relação à horizontal, para o
qual se obtém o máximo alcance com uma mesma veloci- Tomando por base o triângulo equilátero da figura 5, e
dade de tiro, é de 45o; uma colméia é constituída, interior- conhecendo as medidas de seus lados, temos:
mente, de hexágonos regulares, que por sua vez, são divisí-
veis, cada um, em seis triângulos equiláteros, cujos ângulos l
internos medem 60o; facilmente encontram-se coberturas sen 30 =
o 2 1 1 1
= . =
de casas, de regiões tropicais, onde não há neve, com ân- l 2 l 2
gulo de inclinação definido nos 30o, etc.
Vamos selecionar, portanto, figuras planas em que
possamos delimitar ângulo com as medidas citadas (30o, l 3
45o e 60o). Para isso, passaremos a trabalhar com o quadra-
do e o triângulo equilátero. cos 30 = = 2 = 3
oh
l l 2
Observemos, na figura 4 e na figura 5, que a diagonal
de um quadrado divide ângulos internos opostos, que são
retos, em duas partes de 45 + o+, e que o segmento que l l
define a bissetriz (e altura) de um ângulo interno do triân- tg 30o= 2 l 2 1 3 3
gulo equilátero permite-nos reconhecer, em qualquer das = 2 = . . =
h l 3 2 l 3= 3 3 3
metades em que este é dividido, ângulos de medidas 30o
e 60o. 2

l 3
sen 60 = = 2 = 3
oh
l 1 2

l
cos 60 = = l .1 = 1
o2
l 2 l 2

l 3
Primeiramente, vamos calcular os comprimentos da tg 60o= h 3 2
diagonal do quadrado (identificado na figura 4 por d) e a = 2 = . = 3
l l 2 1
altura h, do triângulo equilátero (figura 5).
Uma vez que as regiões sombreadas nas figuras são
2 2
triângulos retângulos, podemos aplicar o teorema de Pitá-
goras para cada um deles.
Seno, Co-seno e Tangente de 45o
Para o meio-quadrado, temos que:
A partir do quadrado representado na figura 4, de lado
D2 =a2 + a2 → d2 = 2 . a2 a e diagonal a 2 , podemos calcular:

∴d = a 2
a a 1 2 2
sen 45o= = = . =
Quanto ao triângulo equilátero, podemos escrever o d a 2 2 2 2
seguinte:
a a 1 2 2
cos 45o=
2
⎛ 1⎞ l2 3l 2 l 3 = = . =
l 2 = ⎜ ⎟ + h2 ⇒ h2 = l 2 − ⇒ h2 = ⇒∴ h = d a 2 2 2 2
⎝ 2⎠ 4 4 2
Sabemos, agora, que o triângulo hachurado no interior a
do quadrado tem catetos de medida a e hipotenusa a 2 tg 45 o = =1
a
. Para o outro triângulo sombreado, teremos catetos e me-
didas 1 e l 3 , enquanto sua hipotenusa tem comprimento l. Os resultados que obtivemos nos permitem definir, a
Passemos,
2 2 agora, ao cálculo de seno, co-seno e tan- seguir, uma tabela de valores de seno, co-seno e tangente
gente dos ângulos de 30om 45o e 60o. dos ângulos notáveis, que nos será extremamente útil.

84
MATEMÁTICA

30o 45o 60o Podemos afirma, portanto, que a soma dos quadrados
de seno e co-seno de um ângulo x é igual à unidade, ou
sen seja:
1 2 3
2 2 2 Sen2x + cos2x = 1

cos 1 Expliquemos o significado da partícula co, que inicia


3 2 o nome das relações co-seno, cotangente e co-secante.
2 2 2 Ela foi introduzida por Edmund Gunter, em 1620, queren-
do indicar a razão trigonométrica do complemento. Por
tg exemplo, co-seno de 22o tem valor idêntico ao seno de 68o
3 3
1 (complementar de 22o)
3 Assim, as relações co-seno, co-tangente e co-secante
de um ângulo indicam, respectivamente, seno, tangente e
Identidades Trigonométricas secante do complemento desse ângulo.
É comum a necessidade de obtermos uma razão tri- Assim, indicando seno, tangente e secante simples-
gonométrica, para um ângulo, a partir de outra razão cujo mente pelo nome de razão, podemos dizer que:
valor seja conhecido, ou mesmo simplificar expressões ex-
tensas envolvendo várias relações trigonométricas para um co-razão x = razão (90o –x)
mesmo ângulo.
Nesses casos, as identidades trigonométricas que ire- Facilmente podemos concluir, com base no triângulo
mos deduzir neste tópico são ferramentas de grande apli- apresentado na figura A, que:
cabilidade.
Antes de demonstrá-las, é necessário que definamos o sen α=cos β sen β=cos α
que vem a ser uma identidade. tg α=cotg β tg β=cotg α
Identidade em uma ou mais variáveis é toda igualdade sec α=cossec β sec β=cossec α
verdadeira para quaisquer valores a elas atribuídos, desde
que verifiquem as condições de existência de expressão. Façamos outro desenvolvimento. Tomemos um dos
2 2x + 4
Por exemplo, a igualdade x + x = 2x é uma identidade
2

ângulos agudos do triângulo ABC, da figura A. Por exem-


em x, pois é verdadeira para todo x real, desde q x≠0 (divi- plo, α. Dividindo-se sen α por cos α, obtemos:
são por zero é indeterminado ou inexistente).
b
sen α a b a b
= = . = = tg α
cos β c a c c
a
De forma análoga, o leitor obterá o mesmo resultado
se tomar o ângulo β. Dizemos, portanto, que, para um ân-
gulo x, tal que cós x ≠ 0,
Vamos verificar agora como se relacionam as razões sen x
tg x =
trigonométricas que já estudamos. Para isso, faremos uso cos x
do triângulo ABC apresentado na figura A, retângulo em A. Podemos observar, também, que a razão b , que re-
Aplicando as medidas de seus lados no teorema de Pi- presenta tg α, se invertida (passando a c ), vem a consti-
c

tágoras, obtemos a seguinte igualdade: tuir cotg α. Em virtude disso, e aproveitando a identidade
b

enunciada anteriormente, podemos dizer que, para todo


b2 + c2 = a2
ângulo x de seno não-nulo:
Dividindo os seus membros por a2, não alteraremos a 1 cos x
cotg x = =
igualdade. Assim, teremos: tg x sen x

Tais inversões ocorrem também e se tratando das re-


2 2
b2 c2 a2 ⎛ b⎞ ⎛ c⎞
+ = ⇒⎜ ⎟ +⎜ ⎟ =1 lações seno, co-seno, secante e co-secante. Vejamos que:
a2 a2 a2 ⎝ a⎠ ⎝ a⎠
⎧ a ⎧ c
Observemos que as frações entre parênteses podem ⎪⎪ sen α = b E ⎪⎪cos α = a
definir, com relação ao nosso triângulo, que: ⎨ ⎨
⎪cos ec α = a ⎪sec α = a
sen2α + cos2α = 1 e cos2β + sen2 β = 1 ⎪⎩ b ⎪⎩ c

85
MATEMÁTICA

Teríamos encontrado inversões semelhantes se utili- 6. Os lados de um triângulo são 3, 4 e 6. O cosseno


zássemos o ângulo β. do maior ângulo interno desse triângulo vale:
Dizemos, assim, que, para um dado ângulo x, a) 11 / 24
b) - 11 / 24
sec x = 1 c) 3 / 8
cox x d) - 3 / 8
cosec x = 1 e) - 3 / 10
sen x
Desde que seja respeitada a condição de os denomi- 7. Se x e y são dois arcos complementares, então
nadores dos segundos membros dessas identidades não podemos afirmar que A = (cosx - cosy)2 + (senx + seny)2
serem nulos. é igual a:
a) 0
Exercícios b) ½
c) 3/2
1. Sabe-se que, em qualquer triângulo retângulo, d) 1
a medida da mediana relativa à hipotenusa é igual à e) 2
metade da medida da hipotenusa. Se um triângulo re-
tângulo tem catetos medindo 5cm e 2cm, calcule a re- 8. Calcule sen 2x sabendo-se que tg x + cotg x = 3.
presentação decimal da medida da mediana relativa a
hipotenusa nesse triângulo. 9. Qual o domínio e o conjunto imagem da função
y = arcsen 4x?
2. Um quadrado e um triângulo equilátero têm o
mesmo perímetro. Sendo h a medida da altura do triângulo 10. Calcule o triplo do quadrado do coseno de um
e d a medida da diagonal do quadrado. Determine o valor arco cujo quadrado da tangente vale 2.
da razão h/d.
Respostas

1) Solução:
h2 = 52 + 22
h 2 = 25 + 4
h 2 = 29
h = 29
3. As raízes da equação x² - 14x + 48 = 0 expressam
29 5, 38
em centímetros as medidas dos catetos de um triângu- mediana = = = 2,69
lo retângulo. Determine a medida da hipotenusa e o 2 2
perímetro desse triângulo.

4. Seja o triângulo ABC, mostrado na figura, onde


a = 20, b = 10 2 e B = 30. Calcular o raio do círculo
circunscrito e o ângulo C.

5. Os lados adjacentes de um paralelogramo me-


dem 1388m e 2526m e o ângulo formado entre estes la-
dos mede 54,42º. Determinar o comprimento da maior
diagonal desse quadrilátero.

86
MATEMÁTICA

2) Solução: 4) Solução:
Pela Lei dos senos, b = 2R . sen(B), logo 10 2 = 2R .
sen(30) e desse modo R = 10 2 .
4L 2 = 3L1
Como a soma dos ângulos internos de um triângulo é
3
L2 = L 1 igual a 180º, calcularemos o ângulo A.
4 Pela Lei dos Senos, b . sem (A) = a . sen(B), de onde
d 2 = L2 2 +L2 2 segue que 10 2 . sem(A) = 20 . sen(30), assim, sem (A) =
d 2 = 2L2 2 2
d = L2 2 2
Como A é um dos ângulos do triângulo então A = 45º
3
d = L1 2 ou A = 135º.
4 Como B = 30°, da relação A + B + C = 180º, segue que
A + C = 150° e temos duas possibilidades:
2
⎛L ⎞
L1 2 = ⎜ 1 ⎟ + h 2
⎝ 2⎠ 1. A = 45º e C = 105º
2. A = 135º e C = 15º.
L1 2
h 2 = L1 2 −
4 5) Solução:
4L −L1 2
2
No triângulo ABC, A + C = 54,42º, então: B = 180º -
h2 = 1 54,42º = 125,58º
4
2 A lei dos cossenos:
3L
h2 = 1 b² = a² + c² - 2ac cos(B)
4
3L1 2 garante que:
h=
4
b² = (1388)² + (2526)² - 2(1388)(2526) cos(125,58º)
L 3
h= 1
2 Assim, b = 3519,5433 e então garantimos que a maior
L1 3 diagonal do paralelogramo mede aproximadamente
h L 3 4 4 3 2 4 6 6 3519,54 metros.
= 2 = 1 × = × = =
d 3L1 2 2 3L1 2 6 2 2 12 3
6) Resposta “B”.
4 Solução: Sabemos que num triângulo, ao maior lado
opõe-se o maior ângulo. Logo, o maior ângulo será aquele
3) Solução: oposto ao lado de medida 6. Teremos então, aplicando a lei
x2 − 14x + 48 = 0 dos cossenos:
62  = 32  + 42  - 2 . 3 . 4 . cos  b  \  36 - 9 - 16 = - 24 .
14 ± (−14)2 − 4.148 cos b \ cos b = - 11 / 24 e, portanto, a alternativa correta
x=
2.1 é a letra B.
14 ± 196 − 192
x= Lembrete: TC - Teorema dos cossenos: Em todo triân-
2
gulo, o quadrado de um lado é igual à soma dos quadra-
14 + 2 dos dos outros dois, menos o dobro do produto desses
x=
2 lados pelo cosseno do angulo que eles formam.
14 + 2
x1 = =8
2 7) Resposta “E”.
14 − 2 Solução: Desenvolvendo os quadrados, vem:
x2 = =6 A = cos2 x - 2 . cosx . cosy + cos2 y + sen2 x + 2 . senx .
2
seny + sen2 y
h 2 = 62 + 82
h 2 = 36 + 64 Organizando convenientemente a expressão, vem:
A = (cos2 x + sen2 x) + (sen2 y + cos2 y) - 2 . cosx . cosy
h = 100
2
+ 2 . senx . seny
h = 100 A = 1 + 1 - 2 . cosx . cosy + 2 . senx . seny
A = 2 - 2 . cosx . cosy + 2 . senx . seny
h = 10cm
Como os arcos são complementares, isto significa que
P = 6 + 8 + 10 = 24cm x + y = 90º \ y = 90º - x. 

87
MATEMÁTICA

Substituindo, vem:
A = 2 - 2 . cosx . cos(90º - x) + 2 . senx . sen(90º - x)
Mas, cos(90º - x) = senx e sen(90º - x) = cosx, pois sa-
bemos que o seno de um arco é igual ao cosseno do seu
complemento e o cosseno de um arco é igual ao seno do
seu complemento.

Logo, substituindo, fica:


A = 2 - 2 . cosx . senx + 2 . senx . cosx
A = 2 + (2senxcosx - 2senxcosx) = 2 + 0 = 2 , e portanto
a alternativa correta é a letra E.

8) Solução: Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


Escrevendo a tgx e cotgx em função de senx e cosx , que 90º.
vem:
senx cos x sen 2 x + cos 2 x 1
+ = 3∴ = 3∴ =3
cos x senx senx cos x senxconx

Daí, vem: 1 = 3 . senx . cosx \ senx . cosx = 1 / 3. Ora,


sabemos que sen 2x = 2 . senx . cosx e portanto senx .
cosx = (sen 2x) / 2 , que substituindo vem:

(sen 2x) / 2 = 1 / 3 e, portanto, sen 2x = 2 / 3.

9. Solução:
Podemos escrever: 4x = seny. Daí, vem:
Para x: -1 £ 4x £ 1 Þ -1/4 £ x £ 1/4. Portanto, Domínio
Ângulo Central:
= D = [-1/4, 1/4].
Para y: Da definição vista acima, deveremos ter - Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro
-p /2 £ y £ p /2. da circunferência;
Resposta:  D = [-1/4, 1/4] e Im = [-p /2, p /2]. - Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do
polígono regular e cujos lados passam por vértices conse-
10) Solução: cutivos do polígono.
Seja x o arco. Teremos:
tg2x = 2

Desejamos calcular 3.cos2x, ou seja, o triplo do quadra-


do do coseno do arco.
Sabemos da Trigonometria que: 1 + tg2x = sec2x

Portanto, substituindo, vem: 1 + 2 = sec2x = 3


Como sabemos que:
secx = 1/cosx , quadrando ambos os membros vem:
sec2x = 1/ cos2x \ cos2x = 1/sec2x = 1/3 \ 3cos2x = 3(1/3)
Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não per-
=1
tence à circunferência e os lados são tangentes à ela.
Portanto, o triplo do quadrado do coseno do arco cuja
tangente vale 2, é igual à unidade.
Resposta: 1

Ângulos

Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego


- gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem não
colineares.

88
MATEMÁTICA

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a Ângulos Complementares: Dois ângulos são comple-
0
uma circunferência e seus lados são secantes a ela. mentares se a soma das suas medidas é 90 .

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a


mesma medida.
Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do
que 90º.

Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são


opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro.

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;


- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos re-


0
plementares se a soma das suas medidas é 360 .

Ângulo Reto:

- É o ângulo cuja medida é 90º;


- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendi-
culares.
Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos su-
plementares se a soma das suas medidas de dois ângulos
é 180º.

89
MATEMÁTICA

Poligonal: Linha quebrada, formada por vários seg- 2. As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?
mentos formando ângulos.

Grado: (gr.): Do latim - gradu; dividindo a circunferên-


cia em 400 partes iguais, a cada arco unitário que corres- 3. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados:
ponde a 1/400 da circunferência denominamos de grado.
a)
Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência
em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a
1/360 da circunferência denominamos de grau.

Exercícios

1. As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a me-


dida do ângulo â, nos seguintes casos:

a)
b)

b) c)

c) d)

90
MATEMÁTICA

4. Usando uma equação, determine a medida de cada Respostas


ângulo do triângulo:
1) Resposta
a) 55˚
b) 74˚
c) 33˚

2) Resposta “130”.
Solução: Imagine uma linha cortando o ângulo î, for-
mando uma linha paralela às retas “a” e “b”.
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô.

a) Quanto mede a soma dos ângulos de um quadrado?

5. Dois ângulos são complementares tais que o triplo


de um deles é igual ao dobro do outro. Determine o suple-
mento do menor.

6. A metade de um ângulo menos a quinta parte de seu


complemento mede 38 graus. Qual é esse angulo?

7. Cinco semi-retas partem de um mesmo ponto V, for-


mando cinco ângulos que cobrem todo o plano e são pro- Sendo assim, ê = 80° e ô = 50°, pois o ângulo ô é igual
porcionais aos números 2, 3, 4, 5 e 6. Calcule o maior dos ao complemento de 130° na reta b.
ângulos.
Logo, î = 80° + 50° = 130°.
8. Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo
3) Solução:
y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
a) 160° - 3x = x + 100°        
160° - 100° = x + 3x    
60° = 4x     
x = 60°/4    
x = 15°  

Então 15°+100° = 115° e 160°-3*15° = 115°

b) 6x + 15° + 2x + 5º = 180°


6x + 2x = 180° -15° - 5°
8x = 160°
x = 160°/8
9. Observe a figura abaixo e determine o valor de m e x = 20°
n. Então, 6*20°+15° = 135° e 2*20°+5° = 45°

c) Sabemos que a figura tem 90°.

Então x + (x + 10°) + (x + 20°) + (x + 20°) = 90°


4x + 50° = 90°
4x = 40°
x = 40°/4
x = 10°
d) Sabemos que os ângulos laranja + verde formam
10. Determine o valor de a na figura seguinte: 180°, pois são exatamente a metade de um círculo.

Então, 138° + x = 180°


x = 180° - 138°
x = 42°

Logo, o ângulo x mede 42°.

91
MATEMÁTICA

4) Solução: Sabemos que a soma dos ângulos do triân- 8) Resposta “135˚”.


gulo é 180°. Solução: Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do
ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
Então, 6x + 4x + 2x = 180°
12x = 180° Então vale lembrar que:
x = 180°/12
x = 15° x + y = 180 então y = 180 – x.
Os ângulos são: 30° 60° e 90°.
E também como x e z são opostos pelo vértice, x = z
a) Um quadrado tem quatro ângulos de 90º, e, portan-
to a soma deles vale 360º. E de acordo com a figura:  o ângulo x mede a sexta
parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
5) Resposta “144˚”.
Solução: x = y/6 + z/2
- dois ângulos são complementares, então a + b = 90º Agora vamos substituir lembrando que y = 180 - x e x
- o triplo de um é igual ao dobro do outro, então 3a =z
= 2b Então:

É um sistema de equações do 1º grau. Se fizermos a = x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
2b/3, substituímos na primeira equação: 6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
6x – 2x = 180°
2b/3 + b = 90 4x = 180°
5b/3 = 90 x=180°/4
b = 3/5 * 90 x=45º
b = 54 → a = 90 – 54 = 36º
Agora achar y, sabendo que y = 180° - x
Como a é o menor ângulo, o suplemento de 36 é 180- y=180º - 45°
36 = 144º. y=135°.

6) Resposta “80˚”. 9) Resposta “11º; 159º”.


Solução: (a metade de um ângulo) menos seu a [quinta Solução:
parte] de seu [complemento] mede 38º. 3m - 12º e m + 10º, são ângulos opostos pelo vérti-
ce logo são iguais.
[a/2] – [1/5] [(90-a)] = 38
a/2 – 90/5 + a/5 = 38 3m - 12º = m + 10º
a/2 + a/5 = 38 + 90/5 3m - m = 10º + 12º
7a/10 = 38 + 18 2m = 22º
a = 10/7 * 56 m = 22º/2
a = 80º m = 11º
m + 10º e n são ângulos suplementares logo a soma
7) Resposta “180˚”. entre eles é igual a 180º.
Solução: Seja x a constante de proporcionalidade, te- (m + 10º) + n = 180º
mos para os ângulos: a, b, c, d, e…, a seguinte proporção (11º + 10º) + n = 180º
com os números 2, 3, 4, 5 e 6: 21º + n = 180º
n = 180º - 21º
a/2 = x → a = 2x n = 159º
b/3 = x → b = 3x
c/4 = x → c = 4x Resposta: m = 11º e n = 159º.
d/5 = x → d = 5x
e/6 = x → e = 6x 10) Resposta “45˚”.
É um ângulo oposto pelo vértice, logo, são ângulos
Assim as semi-retas: a + b + c + d + e = 2x + 3x + 4x iguais.
+ 5x + 6x = 360º
Triângulos
Agora a soma das retas: 20x
Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono
Então: 20x = 360º → x = 360°/20 que possui o menor número de lados. Talvez seja o polí-
x = 18° gono mais importante que existe. Todo triângulo possui al-
guns elementos e os principais são: vértices, lados, ângulos,
Agora sabemos que o maior é 6x, então 6 . 18° = 108°. alturas, medianas e bissetrizes.

92
MATEMÁTICA

Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes Classificação dos triângulos quanto ao
sobre os mesmos. número de lados

Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas


iguais. m(AB) = m(BC) = m(CA)

1. Vértices: A,B,C.
2. Lados: AB,BC e AC.
3. Ângulos internos: a, b e c. Triângulo Isóscele: Pelo menos dois lados têm medi-
das iguais. m(AB) = m(AC).
Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um
vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice for-
mando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo.

Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas


diferentes.

Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto


médio do lado oposto. BM é uma mediana.

Classificação dos triângulos quanto às


medidas dos ângulos

Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são


agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do
que 90º.

Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas


partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e neste
caso Ê = Ô.

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso,


isto é, possui um ângulo com medida maior do que 90º.

Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângulo.


Todo triângulo possui três ângulos internos.

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto


(90 graus).

Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triân-


gulo e pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).

93
MATEMÁTICA

Medidas dos Ângulos de um Triângulo Para escrever que dois triângulos ABC e DEF são con-
gruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po- Para os triângulos das figuras abaixo, existe a con-
deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos gruência entre os lados, tal que:
ângulos internos desse triângulo. Em alguns locais escre- AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e entre os ângulos: A ~ R , B
vemos as letras maiúsculas A, B e C para representar os ~S,C~T
ângulos.

Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST, es-


A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é crevemos: ABC ~ RST
sempre igual a 180 graus, isto é: a + b + c = 180º
Dois triângulos são congruentes, se os seus elementos
Exemplo correspondentes são ordenadamente congruentes, isto é,
os três lados e os três ângulos de cada triângulo têm res-
Considerando o triângulo abaixo, podemos escrever pectivamente as mesmas medidas.
que: 70º + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos x = 180º Para verificar se um triângulo é congruente a outro,
- 70º - 60º = 50º. não é necessário saber a medida de todos os seis elemen-
tos, basta conhecerem três elementos, entre os quais esteja
presente pelo menos um lado. Para facilitar o estudo, indi-
caremos os lados correspondentes congruentes marcados
com símbolos gráficos iguais.

Casos de Congruência de Triângulos

LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conhecidos.


Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC.
Dois triângulos são congruentes quando têm, respec-
Como observamos no desenho, em anexo, as letras minús-
tivamente, os três lados congruentes. Observe que os ele-
culas representam os ângulos internos e as respectivas le-
mentos congruentes têm a mesma marca.
tras maiúsculas os ângulos externos.

Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma


dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um ân-
externo. Assim: A = b+c, B = a+c, C = a+b gulo
Exemplo Dois triângulos são congruentes quando têm dois la-
dos congruentes e os ângulos formados por eles também
No triângulo desenhado: x=50º+80º=130º. são congruentes.

Congruência de Triângulos ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e


um lado
A idéia de congruência: Duas figuras planas são con- Dois triângulos são congruentes quando têm um lado
gruentes quando têm a mesma forma e as mesmas dimen- e dois ângulos adjacentes a esse lado, respectivamente,
sões, isto é, o mesmo tamanho. congruentes.

94
MATEMÁTICA

Dois triângulos são semelhantes se, têm os 3 ângulos


e os 3 lados correspondentes proporcionais, mas existem
alguns casos interessantes a analisar.

Casos de Semelhança de Triângulos

Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem


LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido um dois ângulos correspondentes congruentes, então os triân-
lado, um ângulo e um ângulo oposto ao lado. gulos são semelhantes.
Dois triângulos são congruentes quando têm um lado,
um ângulo, um ângulo adjacente e um ângulo oposto a
esse lado respectivamente congruente.

Semelhança de Triângulos Se A~D e C~F então: ABC~DEF

A idéia de semelhança: Duas figuras são semelhantes Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois
quando têm a mesma forma, mas não necessariamente o lados correspondentes proporcionais e os ângulos forma-
mesmo tamanho. dos por esses lados também são congruentes, então os
Se duas figuras R e S são semelhantes, denotamos: triângulos são semelhantes.
R~S.

Exemplo
As ampliações e as reduções fotográficas são figuras
semelhantes. Para os triângulos:

Como m(AB) / m(EF) = m(BC) / m(FG) = 2


Então ABC ~ EFG

Exemplo
os três ângulos são respectivamente congruentes, isto
Na figura abaixo, observamos que um triângulo pode
é: A~R, B~S, C~T
ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângulos se-
melhantes e o valor de x será igual a 8.
Observação: Dados dois triângulos semelhantes, tais
triângulos possuem lados proporcionais e ângulos con-
gruentes. Se um lado do primeiro triângulo é proporcio-
nal a um lado do outro triângulo, então estes dois lados
são ditos homólogos. Nos triângulos acima, todos os lados
proporcionais são homólogos.
Realmente:

AB~RS pois m(AB)/m(RS) = 2


BC~ST pois m(BC)/m(ST) = 2 Realmente, x pode ser determinado a partir da seme-
AC~RT pois m(AC)/m(RT) = 2 lhança de triângulos.
Como as razões acima são todas iguais a 2, este valor
comum é chamado razão de semelhança entre os triângu- Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os
los. Podemos concluir que o triângulo ABC é semelhante três lados correspondentes proporcionais, então os triân-
ao triângulo RST. gulos são semelhantes.

95
MATEMÁTICA

6. Determine a altura de um triângulo equilátero de


lado l.

Exercícios

1. Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n: 7. Determine x nas figuras.

2. Determine os valores literais indicados na figura:

8. Determine a diagonal de um quadrado de lado l.

3. Determine os valores literais indicados na figura:

9. Calcule o perímetro do triângulo retângulo ABC da


figura, sabendo que o segmento BC é igual a 10 m e cos
α = 3/5

4. Determine os valores literais indicados na figura:

10. Calcule a altura de um triângulo equilátero que


5. Determine os valores literais indicados na figura: tem 10 cm de lado.

96
MATEMÁTICA

Respostas 6) Solução: 2
⎛ 1⎞
l 2 = h2 ⎜ ⎟
1) Solução: ⎝ 2⎠
a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10
12
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8 l 2 = h2 +
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 4
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4 1 2
h2 = l 2 −
4
2) Solução:
4l 2 − l 2
13² = 12² + x² h =
2

169 = 144 + x² 4
x² = 25
2
3l
h2 =
x=5 4

5.12 = 13.y 3l 2 l 3
h= =
y = 60/13 4 2

7) Solução: O triângulo ABC é equilátero.


3) Solução:
l 3
x=
532 == 35m
2
2
+ x2 2
25 = 99 + x2
m= x=
8 3
=4 3
x2 = 165 2
x= 2 √16 = 4
4 = 5n
16 8) Solução:
n= d2 = l2 + 12
5
d2 = 2l2
9 16
h2 = x d = √2l2
5 5 d = 1√2
144
h =
2
9) Solução:
25 x
cos α =
144 10
h=
25 3 x
=
12 5 10
h=
5 5x = 30
30
4) Solução: x= =6
5
AC = 10 → e ← AB = 24 10 2 = 6 2 + y 2
(O é o centro da circunferência) 100 = 36 + y2
Solução: y 2 = 100 − 36
(BC) = 10 + 24
2 2 2
y 2 = 64 ⇒ y = 64 = 8
(BC)2 = 100 + 576 P = 10 + 6 + 8 = 24m
(BC)2 = 676
10) Solução:
BC = 676 = 26
26
x= = 13
2

5) Solução:
d2 = 52 + 42
d2 = 25 + 16
d2 = 41
d = √41

97
MATEMÁTICA

10 2 = 5 2 + h 2 Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois lados


opostos paralelos. Alguns elementos gráficos de um trapé-
h = 100 − 25
2
zio (parecido com aquele de um circo).
h 2 = 75
h = 75 = 5 2.3 = 5 3cm

Quadrilátero

Quadriláteros e a sua classificação

Quadrilátero é um polígono com quatro lados e os


principais quadriláteros são: quadrado, retângulo, losango, - AB é paralelo a CD
trapézio e trapezóide. - BC é não é paralelo a AD
- AB é a base maior
- DC é a base menor

Os trapézios recebem nomes de acordo com os triân-


gulos que têm características semelhantes. Um trapézio
pode ser:

- Retângulo: dois ângulos retos


- Isósceles: lados não paralelos congruentes
No quadrilátero acima, observamos alguns elementos - Escaleno: lados não paralelos diferentes
geométricos:
- Os vértices são os pontos: A, B, C e D.
- Os ângulos internos são A, B, C e D.
- Os lados são os segmentos AB, BC, CD e DA. Exercícios

Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadri- 1. Determine a medida dos ângulos indicados:
látero qualquer, obtemos sempre dois triângulos e como a
soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é a)
180 graus, concluímos que a soma dos ângulos internos de
um quadrilátero é igual a 360 graus.

b)

Classificação dos Quadriláteros

Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados opos-


tos paralelos. Num paralelogramo, os ângulos opostos são
congruentes. Os paralelogramos mais importantes rece-
bem nomes especiais: c)
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

2. As medidas dos ângulos internos de um quadrilátero


são: x + 17°; x + 37°; x + 45° e x + 13°. Determine as medi-
das desses ângulos.

98
MATEMÁTICA

3. No paralelogramo abaixo, determine as medidas de 8. Sabendo que x é a medida da base maior, y é a medi-
x e y. da da base menor, 5,5 cm é a medida da base média de um
trapézio e que x - y = 5 cm, determine as medidas de x e y.
9. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da
altura respectivamente, indicadas por b e h. Se construir-
mos um outro paralelogramo que tem o dobro da base e o
dobro da altura do outro paralelogramo, qual será relação
entre as áreas dos paralelogramos?
10. É possível obter a área de um losango cujo lado
mede 10 cm?

Respostas

4. A figura abaixo é um losango. Determine o valor de 1) Solução:


x e y, a medida da diagonal AC , da diagonal BD e o pe- a) x + 105° + 98º + 87º = 360º
rímetro do triângulo BMC. x + 290° = 360°
x = 360° - 290°
x = 70º
b) x + 80° + 82° = 180°
x + 162° = 180°
x = 180º - 162º
x = 18°

18º + 90º + y + 90º = 360°


y + 198° = 360°
5. No retângulo abaixo, determine as medidas de x e y = 360º - 198°
y = 162º
y indicadas:
c) 3a / 2 + 2a + a / 2 + a = 360º
(3a + 4a + a + 2a) / 2 = 720° /2
10a = 720º
a = 720° / 10
a =  72°
72° + b + 90° = 180°
b + 162° = 180°
b = 180° - 162°
b = 18°.
6. Determine as medidas dos ângulos do trapézio da
figura abaixo: 2) Solução:
x + 17° + x + 37° + x + 45° + x + 13° = 360°
4x + 112° = 360°
4x = 360° - 112°
x = 248° / 4
x = 62°

Então, os ângulos são:


x + 17° = 79°
x + 37° = 99°
7. A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c x + 45° = 107º
representam medidas dos ângulos internos desse trapézio. x + 13° = 75°.
Determine a medida de a, b, c.
3) Solução:
9y + 16° = 7y + 40°
9y = 7y + 40° - 16°
9y = 7y + 24°
9y - 7y = 24°
2y = 24°
y = 24º /2
y = 12°

99
MATEMÁTICA

Então: x + y = 11 
x + (7 * 12° + 40°) = 180° 8 + y = 11
x = 180º - 124° y = 11 – 8
x = 56° y=3

4) Solução: 9) Solução:
x = 15 A2 = (2b)(2h) = 4 bh = 4 A1
y = 20
AC = 20 + 20 = 40
BD = 15 + 15 = 30 10) Solução:
Não, pois os ângulos entre os lados de dois losangos,
BMC = 15 + 20 + 25 = 60.
podem ser diferentes.
5) Solução:
12 x + 2° + 5 x + 3° = 90° Equações da circunferência
17 x + 5° = 90° Equação reduzida
17 x = 90° - 5°
17 x = 85° Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um
x = 85° / 17° = 5° plano equidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano,
y = 5x + 3° denominado centro da circunferência:
y = 5 (5°) + 3°
y = 28°

6) Solução:
x + 27° + 90° = 180°
x + 117° = 180°
x = 180° - 117°
x = 63°

y + 34° + 90° = 180°


y + 124° = 180°
Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qual-
y = 180° - 124°
y = 56° quer da circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio
dessa circunferência. Então:
As medidas dos ângulos são:
63° ; 56° ; 90° + 27° = 117° ; 90 + 34° = 124°.

7) Solução:
c = 117°
a + 117° = 180°
a = 180° - 117°
a = 63°
b = 63°

8) Solução:
⎧x + y ⎫
⎪ = 5,5 ⎪
⎨ 2 ⎬ 2
⎪⎩ x − y = 5 ⎪⎭ dcp = (X P − XC )2 + (YP − YC ) ⇒ (x − a)2 − (y − b)2 = r
x+y ⇒ (x − a)2 + (y − b)2 = r 2
= 5,5
2
x + y = 11 Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da
x + y = 11 circunferência e permite determinar os elementos essen-
x-y=5 ciais para a construção da circunferência: as coordenadas
__________ do centro e o raio.

2x + 0 = 16 Observação: Quando o centro da circunferência estiver


2x = 16/2 na origem (C(0,0)), a equação da circunferência será x2 +
x=8 y2 = r2.

100
MATEMÁTICA

Equação Geral

Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equa-


ção geral da circunferência:
(x − a)2 + (y − b)2 = r 2 ⇒ x 2 − 2ax + a 2 + y 2 − 2by + b 2 = r 2
⇒ x 2 + y 2 − 2ax − 2by + a 2 + b 2 − r 2 = 0 Posição de um ponto em relação a
Como exemplo, vamos determinar a equação geral da uma circunferência
circunferência de centro C(2, -3) e raio r = 4.
Em relação à circunferência de equação ( x - a )2 + ( y - b
A equação reduzida da circunferência é: ) = r2, o ponto P(m, n) pode ocupar as seguintes posições:
2

a) P é exterior à circunferência
( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16

Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:


x 2 − 4x + 4 + y 2 + 6y + 9 − 16 = 0 ⇒ x 2 + y 2 − 4x + 6y − 3 = 0

Determinação do centro e do raio da circunferên-


cia, dada a equação geral

Dada a equação geral de uma circunferência, utiliza-


mos o processo de fatoração de trinômio quadrado perfei-
to para transformá-la na equação reduzida e, assim, deter-
minamos o centro e o raio da circunferência.
Para tanto, a equação geral deve obedecer a duas con-
dições:
- Os coeficientes dos termos x2 e y2 devem ser iguais CP > r ⇒ (X p − Xc )2 + (Y p − Yc )2 > r
a 1;
- Não deve existir o termo xy.
⇒ (m − a)2 + (n − b)2 > r
⇒ (m − a)2 + (n − b)2 > r
Então, vamos determinar o centro e o raio da circunfe-
⇒ (m − a)2 + (n − b)2 − r 2 > 0
rência cuja equação geral é x2 + y2 - 6x + 2y - 6 = 0.

Observando a equação, vemos que ela obedece às b) P pertence à circunferência


duas condições.
Assim:

1º passo: agrupamos os termos em x e os termos em y


e isolamos o termo independente
x2 - 6x + _ + y2 + 2y + _ = 6

2º passo: determinamos os termos que completam os


quadrados perfeitos nas variáveis x e y, somando a ambos
os membros as parcelas correspondentes

CP = r ⇒ (m − a)2 + (n − b)2 = r 2
⇒ (m − a)2 + (n − b)2 − r 2 = 0

3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos


( x - 3 ) 2 + ( y + 1 ) 2 = 16

4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o


centro e o raio

101
MATEMÁTICA

c) P é inferior à circunferência (x - a)2 + ( y - b )2 = r2, temos:


| Aa + Bb + C |
dcs =
A2 + B2

Assim:

CP = r ⇒ (m − a)2 + (n − b)2 < r 2


⇒ (m − a)2 + (n − b)2 − r 2 < 0

Assim, para determinar a posição de um ponto P(m, n)


em relação a uma circunferência, basta substituir as coor-
denadas de P na expressão (x - a)2 + (y - b)2 - r2:

- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 > 0, então P é exterior à


circunferência;
- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 =    0, então P pertence à
circunferência;
- se ( m - a)2 + ( n - b)2 - r2 < 0, então P é interior à
circunferência.

Posição de uma reta em relação a uma circunferên-


cia

Dadas uma reta s: Ax + Bx + C = 0 e uma circunferência


de equação ( x - a)2 + ( y - b)2 = r2, vamos examinar as
posições relativas entre s e :

s ∩ α = ∅ ⇒ s − é − exterior − a → α
s ∩ α = {T } ⇒ s − é − tan gente − a → α
Condições de tangência entre reta e circunferência
s ∩ α = { s1 , s2 } ⇒ s − é − sec ante − a → α
Dados uma circunferência e um ponto P(x, y) do pla-
Também podemos determinar a posição de uma reta no, temos:
em relação a uma circunferência calculando a distância da
reta ao centro da circunferência. Assim, dadas a reta s: Ax + a) se P pertence à circunferência, então existe uma úni-
By + C = 0 e a circunferência : ca reta tangente à circunferência por P

102
MATEMÁTICA

s é solução única Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos


de um plano cuja distância a um ponto fixo O é menor ou
b) se P é exterior à circunferência, então existem duas igual que uma distância r dada. Quando a distância é nula,
retas tangentes a ela por P o círculo se reduz a um ponto. O círculo é a reunião da cir-
cunferência com o conjunto de pontos localizados dentro
da mesma. No gráfico acima, a circunferência é a linha de
cor verde-escuro que envolve a região verde, enquanto o
círculo é toda a região pintada de verde reunida com a
circunferência.

Pontos interiores de um círculo e exteriores


a um círculo

Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo


são os pontos do círculo que não estão na circunferência.
r e t são soluções

c) se P é interior à circunferência, então não existe reta


tangente à circunferência passando pelo ponto P

Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo


são os pontos localizados fora do círculo.

Raio, Corda e Diâmetro

Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é


um segmento de reta com uma extremidade no centro da
circunferência e a outra extremidade num ponto qualquer
A Importância da Circunferência da circunferência. Na figura, os segmentos de reta OA, OB
e OC são raios.
A circunferência possui características não comumente Corda: Corda de uma circunferência é um segmento
encontradas em outras figuras planas, como o fato de ser de reta cujas extremidades pertencem à circunferência. Na
a única figura plana que pode ser rodada em torno de um figura, os segmentos de reta AC e DE são cordas.
ponto sem modificar sua posição aparente. É também a Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um
única figura que é simétrica em relação a um número infi- círculo) é uma corda que passa pelo centro da circunferên-
nito de eixos de simetria. A circunferência é importante em cia. Observamos que o diâmetro é a maior corda da circun-
ferência. Na figura, o segmento de reta AC é um diâmetro.
praticamente todas as áreas do conhecimento como nas
Engenharias, Matemática, Física, Química, Biologia, Arqui-
tetura, Astronomia, Artes e também é muito utilizado na
indústria e bastante utilizada nas residências das pessoas.

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico


de todos os pontos de um plano que estão localizados a
uma mesma distância r de um ponto fixo denominado o
centro da circunferência. Esta talvez seja a curva mais im-
portante no contexto das aplicações.

103
MATEMÁTICA

Posições relativas de uma reta e uma


circunferência

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferên-


cia se essa reta intercepta a circunferência em dois pontos
quaisquer, podemos dizer também que é a reta que con-
tém uma corda.

Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferên- Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro
cia é uma reta que intercepta a circunferência em um único O, intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e
ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência B, a perpendicular à reta s que passa pelo centro O da cir-
ou ponto de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o pon- cunferência, passa também pelo ponto médio da corda AB.
to de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma
reta tangente à circunferência.

Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o


centro e P um ponto da circunferência. Toda reta perpen-
dicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto de
tangência P.

Observações: Raios e diâmetros são nomes de seg- Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicu-
mentos de retas, mas às vezes são também usados como lar ao raio no ponto de tangência.
os comprimentos desses segmentos. Por exemplo, pode-
mos dizer que ON é o raio da circunferência, mas é usual
dizer que o raio ON da circunferência mede 10 cm ou que Posições relativas de duas circunferências
o raio ON tem 10 cm.
Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a
duas circunferências ao mesmo tempo é denominada uma
tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes co-
muns: a interna e a externa.

- Tangentes e secantes são nomes de retas, mas tam-


bém são usados para denotar segmentos de retas ou se-
mi-retas. Por exemplo, “A tangente PQ” pode significar a
reta tangente à circunferência que passa pelos pontos P e
Q mas também pode ser o segmento de reta tangente à
circunferência que liga os pontos P e Q. Do mesmo modo,
a “secante AC” pode significar a reta que contém a corda
BC e também pode ser o segmento de reta ligando o ponto
A ao ponto C.
Ao traçar uma reta ligando os centros de duas cir-
Propriedades das secantes e tangentes cunferências no plano, esta reta separa o plano em dois
semi-planos. Se os pontos de tangência, um em cada cir-
Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro cunferência, estão no mesmo semi-plano, temos uma reta
O, intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um
B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento em cada circunferência, estão em semi-planos diferentes,
de reta OM é perpendicular à reta secante s. temos uma reta tangente comum interna.

104
MATEMÁTICA

Circunferências internas: Uma circunferência C1 é in- Propriedade dos quadriláteros circunscritos:


terna a uma circunferência C2, se todos os pontos do cír-
culo C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é Se um quadrilátero é circunscrito a uma circunferência,
externa à outra se todos os seus pontos são pontos exter- a soma de dois lados opostos é igual a soma dos outros
nos à outra. dois lados.

Arco de circunferência e ângulo central

Seja a circunferência de centro O traçada ao lado. Pela


definição de circunferência temos que OP = OQ = OR =... e
isto indica que os raios de uma circunferência são segmen-
Circunferências concêntricas: Duas ou mais circunfe- tos congruentes.
rências com o mesmo centro, mas com raios diferentes são
circunferências concêntricas.
Circunferências tangentes: Duas circunferências que
estão no mesmo plano, são tangentes uma à outra, se elas
são tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangên-
cia.

Circunferências congruentes: São circunferências que


possuem raios congruentes. Aqui a palavra raio refere-se
ao segmento de reta e não a um número.
Ângulo central: Em uma circunferência, o ângulo cen-
tral é aquele cujo vértice coincide com o centro da circunfe-
As circunferências são tangentes externas uma à outra rência. Na figura, o ângulo a é um ângulo central. Se numa
se os seus centros estão em lados opostos da reta tangente circunferência de centro O, um ângulo central determina
comum e elas são tangentes internas uma à outra se os um arco AB, dizemos que AB é o arco correspondente ao
seus centros estão do mesmo lado da reta tangente co- ângulo AÔB.
mum.

Circunferências secantes: são aquelas que possuem


somente dois pontos distintos em comum.

Arco menor: É um arco que reúne dois pontos da cir-


cunferência que não são extremos de um diâmetro e todos
os pontos da circunferência que estão dentro do ângulo
central cujos lados contém os dois pontos. Na figura, a li-
nha vermelha indica o arco menor AB ou arco menor ACB.
Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de
reta tangentes à circunferência nos ponto A e B, então es- Arco maior: É um arco que liga dois pontos da circun-
ses segmentos AP e BP são congruentes. ferência que não são extremos de um diâmetro e todos os
pontos da circunferência que estão fora do ângulo central
Polígonos circunscritos cujos lados contêm os dois pontos. Na figura a parte azul é
o arco maior, o ponto D está no arco maior ADB enquanto
Polígono circunscrito a uma circunferência é o que o ponto C não está no arco maior, mas está no arco menor
possui seus lados tangentes à circunferência. Ao mesmo
AB, assim é frequentemente usado três letras para repre-
tempo, dizemos que esta circunferência está inscrita no
polígono. sentar o arco maior.

105
MATEMÁTICA

Semicircunferência: É um arco obtido pela reunião extremos de dois arcos de circunferência sendo um deles
dos pontos extremos de um diâmetro com todos os pontos um arco menor e o outro um arco maior. Quando não for
da circunferência que estão em um dos lados do diâmetro. especificada, a expressão arco de uma corda se referirá ao
O arco RTS é uma semicircunferência da circunferência de arco menor e quanto ao arco maior sempre teremos que
centro P e o arco RUS é outra. especificar.

Observações: Em uma circunferência dada, temos que: Observações: Se um ponto X está em um arco AB e
- A medida do arco menor é a medida do ângulo cen- o arco AX é congruente ao arco XB, o ponto X é o ponto
tral correspondente a m(AÔB) e a medida do arco maior é médio do arco AB. Além disso, qualquer segmento de reta
360 graus menos a medida do arco menor m(AÔB). que contém o ponto X é um segmento bissetor do arco AB.
O ponto médio do arco não é o centro do arco, o centro do
arco é o centro da circunferência que contém o arco.
- Para obter a distância de um ponto O a uma reta r,
traçamos uma reta perpendicular à reta dada passando
pelo ponto O. O ponto T obtido pela interseção dessas
duas retas é o ponto que determinará um extremo do seg-
mento OT cuja medida representa a distância entre o ponto
e a reta.
- A medida da semicircunferência é 180 graus ou Pi
radianos.
- Em circunferências congruentes ou em uma simples
circunferência, arcos que possuem medidas iguais são ar-
cos congruentes.
- Em uma circunferência, se um ponto E está entre os
pontos D e F, que são extremidades de um arco menor,
então:
- Em uma mesma circunferência ou em circunferên-
cias congruentes, cordas congruentes possuem arcos con-
gruentes e arcos congruentes possuem cordas congruen-
tes. (Situação 1).
- Um diâmetro que é perpendicular a uma corda é bis-
m(DE)+m(EF)=m(DF). setor da corda e também de seus dois arcos. (Situação 2).
- Em uma mesma circunferência ou em circunferências
- Se o ponto E está entre os pontos D e F, extremidades congruentes, cordas que possuem a mesma distância do
de um arco maior: m(DE)+m(EF)=m(DEF). centro são congruentes. (Situação 3).

- Apenas esta última relação faz sentido para as duas


últimas figuras apresentadas.
Polígonos inscritos na circunferência
Propriedades de arcos e corda
Um polígono é inscrito em uma circunferência se cada
Uma corda de uma circunferência é um segmento de vértice do polígono é um ponto da circunferência e neste
reta que une dois pontos da circunferência. Se os extremos caso dizemos que a circunferência é circunscrita ao polí-
de uma corda não são extremos de um diâmetro eles são gono.

106
MATEMÁTICA

Ângulo semi-inscrito e arco capaz

Ângulo semi-inscrito: Ângulo semi-inscrito ou ângulo


de segmento é um ângulo que possui um dos lados tan-
gente à circunferência, o outro lado secante à circunferên-
cia e o vértice na circunferência. Este ângulo determina um
arco (menor) sobre a circunferência. No gráfico ao lado, a
Propriedade dos quadriláteros inscritos: Se um qua- reta secante passa pelos pontos A e B e o arco correspon-
drilátero está inscrito em uma circunferência então os ân- dente ao ângulo semi-inscrito BAC é o arco AXB onde X é
gulos opostos são suplementares, isto é a soma dos ân- um ponto sobre o arco.
gulos opostos é 180 graus e a soma de todos os quatro
ângulos é 360 graus.

Observação: A medida do ângulo semi-inscrito é a


 + Π= 180 graus metade da medida do arco interceptado. Na figura, a me-
Ê + Ô = 180 graus dida do ângulo BÂC é igual a metade da medida do arco
 + Ê + Î + Ô = 360 graus AXB.

Ângulos inscritos Arco capaz: Dado um segmento AB e um ângulo k,


pergunta-se: Qual é o lugar geométrico de todos os pontos
Ângulo inscrito: relativo a uma circunferência é um ân- do plano que contém os vértices dos ângulos cujos lados
gulo com o vértice na circunferência e os lados secantes a passam pelos pontos A e B sendo todos os ângulos con-
ela. Na figura à esquerda abaixo, o ângulo AVB é inscrito e gruentes ao ângulo k? Este lugar geométrico é um arco de
AB é o arco correspondente. circunferência denominado arco capaz.

Observação: Todo ângulo inscrito no arco capaz AB,


Medida do ângulo inscrito: A medida de um ângulo com lados passando pelos pontos A e B são congruentes
inscrito em uma circunferência é igual à metade da respec- e isto significa que, o segmento de reta AB é sempre visto
tiva medida do ângulo central, ou seja, a metade de seu sob o mesmo ângulo de visão se o vértice deste ângulo
arco correspondente, isto é: m = n/2 = (1/2) m(AB) está localizado no arco capaz. Na figura abaixo à esquerda,
os ângulos que passam por A e B e têm vértices em V1, V2,
Ângulo reto inscrito na circunferência: O arco corres- V3,..., são todos congruentes (a mesma medida).
pondente a um ângulo reto inscrito em uma circunferência
é a semi-circunferência. Se um triângulo inscrito numa se-
mi-circunferência tem um lado igual ao diâmetro, então ele
é um triângulo retângulo e esse diâmetro é a hipotenusa
do triângulo.

Na figura acima à direita, o arco capaz relativo ao ân-


gulo semi-inscrito m de vértice em A é o arco AVB. Se n é
ângulo central então a medida de m é o dobro da medida
de n, isto é: m(arco AB) = 2 medida(m) = medida(n)

107
MATEMÁTICA

Exercícios 2) Solução: Basta compararmos a equação dada com a


equação genérica reduzida de uma circunferência:
1. Dado um hexágono regular com área 48 R[3] cm2. x0 = 1
Calcular a razão entre as áreas dos círculos inscrito e cir- y0 = -4
cunscrito. Escreva a equação da circunferência cujo extre- r2 = 9 → r = 3
mos do diâmetro é dado pelos pontos A(2,–1) e B(6,3). Assim a origem está no ponto (1, -4) e ela possui um
raio de 3.
2. Dada uma equação reduzida de uma circunferência
(x - 1)2 + (y + 4)2 = 9, dizer qual a origem e o raio da cir- 3) Solução:
cunferência: a) 22 + 12 ? 6.2 ? 2.1 +6 = -3 <0
P é interno à circunferência
3. Para a circunferência de equação x2 + y2 - 6x ? 2y +6
= 0, observar posição relativa dos seguintes pontos b) 52 + 12 ? 6.5 ? 2.1 +6 = 0
Q Pertence à circunferência.
a) P(2, 1)
b) Q(5, 1)
4) Solução: Procuraremos as eventuais interseções en-
tre elas, isolando o y da reta e jogando na equação da cir-
4. Examinar a posição relativa entre a reta r: 2x + y ? 2 cunferência teremos:
= 0 e a circunferência l: (x ? 1)2 + (y ? 5)2 = 5
y  = 2 ? 2x
5. Obter as equações das tangentes à circunferência l: x2 + (2 ? 2x)2 ? 2x ? 10 . (2 ? 2x) + 21 =0
x2 + y2 = 9, que sejam paralelas à reta s: 2x + y ? 1 = 0. x2 + 2x +1 =0

6. A projeção de uma corda sobre o diâmetro que pas- Nesta equação temos discriminante (delta) nulo e úni-
sa por uma de suas extremidades é 36 cm. Calcule o com- ca solução x = -1, o que leva a um único y, que é 4, assim a
primento da corda, sabendo que o raio da circunferência reta tangencia a circunferência.
é 50 cm.
5) Solução:
7. Se um ponto P da circunferência trigonométrica cor- Nestes casos é aconselhável que a equação da reta es-
responde a um número x real, qual é a forma dos outros teja como de fato está, na sua forma geral, pois as tangen-
números que também correspondem a esse mesmo pon- tes t, sendo paralelas a s, manterão o coeficiente angular e
to? poderemos escrever suas equações como 2x + y + c = 0 ,
bastando, então, encontrar os valores de c:
8. Quantas voltas serão dadas na circunferência trigo-
25π As tangentes distam r = 3 do centro (0,0):
nométrica para se representar os números e -12? dC,t = |c|/05 = 3
12 c =± 305
9. Qual o comprimento do arco descrito pelo ponteiro Portanto t1 : 2x + y + 305 = 0 e t2 : 2x + y - 305= 0.
dos minutos de um relógio cujo mostrador tem 5 cm de
diâmetro, após ter passado 1 hora? 6) Solução: Para Achar o comprimento de uma circun-
ferência tem que usar essa fórmula C=2.π.r
10. Calcule qual a medida em graus do ângulo formado Sendo π (pi) = 3,14
pelos ponteiros do relógio às 15h 15min.   r = Raio

Respostas C=2×3,14×50
C=6,28×50
1) Solução: C=31,4.
Como os pontos A e B são os extremos do diâmetro,
o ponto médio entre eles é o centro da circunferência. En- 7) Solução: Dado um número real x, fica determina-
contrando então o centro temos h = (2 + 6) / 2 = 8 / 2 = 4 do um ponto P da circunferência trigonométrica, de modo
e k = (–1 + 3) / 2 = 2 / 2 = 1 e daí, o centro é o ponto C(4,1). que o comprimento do arco AP, bem como a medida em
A distância entre o centro e qualquer um dos pontos A ou radianos do arco AP, é x. Qualquer outro número real que
B é o raio. difira do número x, por um número inteiro de vezes 2π ,
irá corresponder a esse mesmo ponto P.
Assim, a forma dos outros números que também cor-
Logo,
respondem a esse mesmo ponto é x + 2kπ , k ∈Z .

R = dCB = (6 − 4) + (3 − 1) = 2 +2 = 4 + 4 = 8
2 2 2 2
8) Solução: Dado o número real 25 π , temos:
12
25 π
Então a equação é dada por: x2 + y2 – 2.4.x – 2.1.y + 42 π = 2π +
+ 1 – √8 2 = 0 ou x2 + y2 – 8x – 2y + 9 = 0.
2 12 12

108
MATEMÁTICA

Portanto, para representá-lo será necessário dar uma Como os monômios, os polinômios também possuem
volta inteira e mais um doze avos de meia volta, no sentido grau e é assim que eles são separados. Para identificar o
positivo de percurso, isto é, no sentido anti-horário. seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse
Por outro lado, dado o número real -12, temos: será o grau do polinômio.
−12 −6
= ≅ −1,91 , ou seja, será dada, aproximadamente, uma Com os polinômios podemos efetuar todas as opera-
2π π
volta inteira e mais 0,91 de volta no sentido horário, já que ções: adição, subtração, divisão, multiplicação, potencia-
o número dado é negativo. ção.
O procedimento utilizado na adição e subtração de
9) Solução: Como o diâmetro do relógio é de 5 cm, polinômios envolve técnicas de redução de termos seme-
temos que o raio é 2,5 cm. lhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais iguais e
Após 1 hora, o ponteiro dos minutos descreve um ân- sinais diferentes. Observe os exemplos a seguir:
gulo de uma volta no relógio, ou seja, o arco descrito é um
arco de uma volta. Adição
Assim, o comprimento desse arco é
C = 2π .2,5 ≅ 15, 70cm Exemplo 1
10) Solução: Sabemos que, a cada hora, o ponteiro
Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6.
das horas se desloca 30o. E, portanto, em 15 minutos, ele
(x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo
se desloca 7o30’.
Já o ponteiro dos minutos se desloca 90o em 15 minu- parênteses através do jogo de sinal.
tos Logo, o ângulo entre os dois ponteiros é de 7o30’, às +(–3x2) = –3x2
15h e 15min. +(+8x) = +8x
+(–6) = –6
x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos seme-
lhantes.

x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6
–2x2 + 5x – 7
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) = –2x2 + 5x – 7

Exemplo 2

Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos:


(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses
utilizando o jogo de sinal.
2.28 POLÍGONOS REGULARES: 4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhan-
RELAÇÕES MÉTRICAS NOS tes.
POLÍGONOS REGULARES. 4x2 – 10x + 6x – 5 + 12
4x2 – 4x + 7
Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7
Polinômios Subtração

Para polinômios podemos encontrar várias definições Exemplo 1


diferentes como:
Polinômio é uma expressão algébrica com todos os Subtraindo –3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8.
termos semelhantes reduzidos. Polinômio é um ou mais (5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses
monômios separados por operações. utilizando o jogo de sinal.
As duas podem ser aceitas, pois se pegarmos um poli- – (–3x2) = +3x2
nômio encontraremos nele uma expressão algébrica e mo- – (+10x) = –10x
nômios separados por operações.
– (–6) = +6
- 3xy é monômio, mas também considerado polinô-
mio, assim podemos dividir os polinômios em monômios 5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos seme-
(apenas um monômio), binômio (dois monômios) e trinô- lhantes.
mio (três monômios). 5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6
8x2 – 19x – 2
- 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica. Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2

109
MATEMÁTICA

Exemplo 2 -2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.


-2x2 . 5x – 2x2 . (-1)
Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5 - 10x3 + 2x2
teremos:
(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2
os parênteses através do jogo de sinais.
2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de ter-
mos semelhantes. Multiplicação de número natural
2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5 - Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
0x³ – 6x² + x + 16 3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
– 6x² + x + 16 3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² 6x2 + 3x + 15.
+ x + 16
Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.
Exemplo 3

Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B Multiplicação de polinômio com polinômio


= 2x³ – 6x² – 9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x + 20. Calcule: - Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2)
a) A + B + C (3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva.
(6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² 3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2
+ 9x + 20) 15x3 + 6x – 5x2 – 2
6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² +
9x + 20 Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + - Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:
10 + 20
(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distribu-
9x³ + 6x² – 8x + 45
tiva.
A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45 2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
b) A – B – C 10x3+ x2 + 3x – 2
(6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2
+ 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x Divisão
– 20 A compreensão de como funciona a divisão de polinô-
6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10
mio por monômio irá depender de algumas definições e
– 20
6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30 conhecimentos. Será preciso saber o que é um monômio,
3x³ + 4x² – 8x – 15 um polinômio e como resolver a divisão de monômio por
monômio. Dessa forma, veja a seguir uma breve explicação
A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15 sobre esses assuntos.

A multiplicação com polinômio (com dois ou mais mo- • Polinômio é uma expressão algébrica racional e intei-
nômios) pode ser realizada de três formas: ra, por exemplo:
Multiplicação de monômio com polinômio. x2y
Multiplicação de número natural com polinômio.
Multiplicação de polinômio com polinômio. 3x – 2y
As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguin- x + y5 + ab
tes propriedades: • Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas
- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . um termo, ou seja, que possui apenas coeficiente e parte
a = a n+m
m
literal. Por exemplo:
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
multiplicar parte literal com parte literal e coeficiente com 3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
coeficiente.
-5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal.
Multiplicação de monômio com polinômio • Divisão de monômio por monômio
Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o
- Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos: divisor são monômios devemos seguir a regra: dividimos
3x . (5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva. coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal.
3x . 5x2 + 3x . 3x + 3x . (-1) Exemplos: 6x3 : 3x = 6 . x3 = 2x2 3x2
15x3 + 9x2 – 3x
Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x
- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:

110
MATEMÁTICA

Observação: ao dividirmos as partes literais temos que 2. Suponha que a medida do lado de um quadrado
estar atentos à propriedade que diz que base igual na divi- seja expressa por 6x², em que x representa um número real
são, repete a base e subtrai os expoentes. positivo. Qual o monômio que vai expressar a área desse
Depois de relembrar essas definições veja alguns quadrado?
exemplos de como resolver divisões de polinômio por
monômio. 3. Um caderno de 200 folhas custa x reais, e um ca-
Exemplo: (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2) derno de 100 folhas custa y reais. Se Noêmia comprar 7
cadernos de 200 folhas e 3 cadernos de 100 folhas, qual é
O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monô- a expressão algébrica que irá expressar a quantia que ela
mios. Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um monômio, irá
irá gastar?
dividir cada um deles, veja:
(10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
4. Escreve de forma reduzida o polinômio: 0,3x – 5xy +
1,8y + 2x – y + 3,4xy.

Assim, transformamos a divisão de polinômio por mo- 5. Calcule de dois modos (7x – 2xy – 5y) + (-2x + 4xy
nômio em duas divisões de monômio por monômio. Por- + y)
tanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficien-
te por coeficiente e parte literal por parte literal. 6. Determine P1 + P2 – P3, dados os Polinômios:

P1 = 3x² + x²y² - 7y²


P2 = 2x² + 8x²y² + 3y²
P3 = 5x² + 7x²y² - 9y²

7. Qual é o polinômio P que, adicionado ao polinômio


2y5 – 3y4 + y² – 5y + 3, dá como resultado o polinômio 3y5
– 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1?

8. Qual é a forma mais simples de se escrever o polinô-


mio expresso por: 2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x)?
ou

Portanto, (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2) = 5a2b + 4 9. Qual a maneira para se calcular a multiplicação do
Exemplo: (9x2y3 – 6x3y2 – xy) : (3x2y) seguinte polinômio: (2x + y)(3x – 2y)?

O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três mo- 10. Calcule: (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab).
nômios. Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um monômio irá
dividir cada um deles, veja: Respostas

1) Resposta “13y reais”.


Solução: 4y + 6y + 3y =
Assim, transformamos a divisão de polinômio por mo- = (4 + 6 + 3)y =
nômio em três divisões de monômio por monômio. Por- = 13y
tanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficien- Logo, as três juntas gastaram 13y reais.
te por coeficiente e parte literal por parte literal.
2) Resposta “36x4”.
Solução:
Área: (6x²)² = (6)² . (x)² = 36x4
Logo, a área é expressa por 36x4.

Portanto, 3) Resposta “7x + 3y”.


Solução:
7 cadernos a x reais cada um: 7x reais
Exercícios 3 cadernos a y reais cada um: 3y reais.
Portanto, a quantia que Noêmia gastará na compra dos
1. Um Caderno custa y reais. Gláucia comprou 4 cader- cadernos é expressa por:
nos, Cristina comprou 6, e Karina comprou 3. Qual é o mo- 7x + 3y → uma expressão algébrica que indica a adição
nômio que expressa a quantia que as três gastaram juntas? de monômios.

111
MATEMÁTICA

4) Resposta “2,3x – 1,65xy + 0,8y”. 2˚ Maneira:


Solução: 3x – 2y
0,3x – 5xy + 1,8y + 2x – y + 3,4xy = x 2x + y
= 0,3x + 2x – 5xy + 3,4xy + 1,8y – y = → propriedade -------------------
comutativa 6x² – 4xy
= 2,3x – 1,65xy + 0,8y → reduzindo os termos seme- + 3xy – 2y²
lhantes ---------------------
6x² – xy – 2y²
Então: 2,3x – 1,65xy + 0,8y é a forma reduzida do po-
linômio dado. 10) Resposta “3a4b – 5a³b² + 12a²b³”.
Solução:
5) Resposta “5x + 2xy – 4y”. (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab) =
Solução: 1˚ Modo: = (12a5b² 4ab) – (20a4b³ 4ab) + (48a³b4 4ab) =
(7x – 2xy – 5y) + (–2x + 4xy + y) = = 3a4b – 5a³b² + 12a²b³
= 7x – 2xy – 5y – 2x + 4xy + y =
= 7x – 2x – 2xy + 4xy – 5y + y = Cálculos Algébricos
= 5x + 2xy – 4y
2˚ Modo: Expressões Algébricas são aquelas que contêm nú-
7x – 2xy – 5y meros e letras.
– 2x + 4xy + y Ex: 2ax²+bx
-------------------------
5x + 2xy – 4y Variáveis são as letras das expressões algébricas que
representam um número real e que de princípio não  pos-
6) Resposta “–3x² + 2x²y² + 5y²”. suem um valor definido.
Solução: Valor numérico de uma expressão algébrica é o nú-
(3x² + x²y² - 7y²) + (x² + 8x²y² + 3y²) – (5x² + 7x²y² -
mero que obtemos substituindo as variáveis por números
9y²) =
e efetuamos suas operações.
= 3x² + x²y² – 7y² – x² + 8x²y² + 3y² – 5x² – 7x²y² + 9y² =
= 3x² – x² – 5x² + x²y² + 8x²y² – 7x²y² – 7y² + 3y² + 9y² =
Ex: Sendo x =1 e y = 2, calcule o valor numérico (VN)
= –3x² + 2x²y² + 5y²
da expressão:
x² + y » 1² + 2 =3 Portando o valor numérico da
Logo, P1 + P2 – P3 = –3x² + 2x²y² + 5y².
expressão é 3.
7) Resposta “y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2”.
Solução: Monômio: os números e letras estão ligados apenas
P + (2y5 – 3y4 + y² – 5y + 3) = (3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y por produtos.
+ 1). Daí: Ex : 4x
P = (3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1) – (2y5 – 3y4 + y² – 5y
+ 3) = Polinômio: é a soma ou subtração de monômios.  
= 3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1 – 2y5 + 3y4 – y² + 5y – 3 = Ex: 4x+2y
= 3y5 – 2y5 – 2y4 + 3y4 – 2y3 + 2y² – y² – 4y + 5y + 1 – 3 =
= y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2. Termos semelhantes: são aqueles que possuem par-
tes literais iguais ( variáveis )
Logo, o polinômio P procurado é y5 + y4 – 2y3 + y² + Ex: 2 x³ y² z e 3 x³ y² z » são termos semelhantes pois
y – 2. possuem a mesma parte literal.

8)Resposta “5ax – 7x² – a²”. Adição e Subtração de expressões algébricas


Solução: Para determinarmos a soma ou subtração de expres-
2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x) = sões algébricas, basta somar ou subtrair os termos seme-
= 6ax – 4x² + 2ax – a² – 3ax – 3x² = lhantes.
= 6ax + 2ax – 3ax – 4x² – 3x² – a² = Assim: 2 x³ y² z + 3x³ y² z = 5x³ y² z ou 2 x³ y² z - 3x³
= 5ax – 7x² – a² y² z = -x³ y² z

9) Resposta “6x² – xy – 2y²”. Convém lembrar dos jogos de sinais.


Solução: Nesse caso podemos resolve de duas manei- Na expressão ( x³ + 2 y² + 1 ) – ( y ² - 2 ) = x³ +2 y² +
ras: 1 – y² + 2 = x³ + y² +3
1˚ Maneira: (2x + y)(3x – 2y) =
= 2x . 3x – 2x . 2y + y . 3x – y . 2y = Multiplicação e Divisão de expressões algébricas
= 6x² – 4xy + 3xy – 2y² = Na multiplicação e divisão de expressões algébricas,
= 6x² – xy – 2y² devemos usar a propriedade distributiva.

112
MATEMÁTICA

Exemplos: - 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os ter-


1) a ( x+y ) = ax + ay mos semelhantes. 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a
2) (a+b)(x+y) = ax + ay + bx + by soma e a subtração.
3) x ( x ² + y ) = x³ + xy -5y3 – x2 como os dois termos restantes não são seme-
lhantes, devemos deixar apenas indicado à operação dos
Para multiplicarmos potências de mesma base, conser- monômios.
vamos a base e somamos os expoentes.
Na divisão de potências devemos conservar a base e Reduza os termos semelhantes na expressão 4x2 – 5x
subtrair os expoentes -3x + 2x2. Depois calcule o seu valor numérico da expres-
são. 4x2 – 5x - 3x + 2x2 reduzindo os termos semelhantes.
Exemplos: 4x2 + 2x2 – 5x - 3x
1) 4x² : 2 x = 2 x 6x2 - 8x os termos estão reduzidos, agora vamos achar
2) ( 6 x³ - 8 x ) : 2 x = 3 x² - 4 o valor numérico dessa expressão.
3) (x4 - 5x3 + 9x2 - 7x+2) :(x2 - 2x + 1) = x2 - 3x +2 Para calcularmos o valor numérico de uma expressão
devemos ter o valor de sua incógnita, que no caso do exer-
Resolução: cício é a letra x.
Vamos supor que x = - 2, então substituindo no lugar
x4 - 5x3 + 9x2 - 7x+2 x2 - 2x + 1 do x o -2 termos:
-x4 + 2x3 - x2 x2 - 3x + 2
6x2 - 8x
3 2
-3x + 8x -7x
3x3 - 6x2 -3x 6 . (-2)2 – 8 . (-2) =
2x2 - 4x + 2 6 . 4 + 16 =
-2x2 + 4x - 2 24 + 16
0 40
Para iniciarmos as operações devemos saber o que são
termos semelhantes.
Multiplicação de monômios
Dizemos que um termo é semelhante do outro quando
suas partes literais são idênticas.
Para multiplicarmos monômios não é necessário que
Veja: 
eles sejam semelhantes, basta multiplicarmos coeficien-
5x2 e 42x são dois termos, as suas partes literais são x2
te com coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo
e x, as letras são iguais, mas o expoente não, então esses
que quando multiplicamos as partes literais devemos usar
termos não são semelhantes. 
a propriedade da potência que diz: am . an = am + n (bases
7ab2 e 20ab2 são dois termos, suas partes literais são
iguais na multiplicação repetimos a base e somamos os ex-
ab2 e ab2, observamos que elas são idênticas, então pode-
mos dizer que são semelhantes. poentes).

Adição e subtração de monômios (3a2b) . (- 5ab3) na multiplicação dos dois monômios,


devemos multiplicar os coeficientes 3 . (-5) e na parte literal
Só podemos efetuar a adição e subtração de monô- multiplicamos as que têm mesma base para que possamos
mios entre termos semelhantes. E quando os termos en- usar a propriedade am . an = am + n.
volvidos na operação de adição ou subtração não forem
semelhantes, deixamos apenas a operação indicada. 3 . ( - 5) . a2 . a . b . b3
Veja: -15 a2 +1 b1 + 3
Dado os termos 5xy2, 20xy2, como os dois termos são -15 a3b4
semelhantes eu posso efetuar a adição e a subtração deles.
5xy2 + 20xy2 devemos somar apenas os coeficientes e Divisão de monômios
conservar a parte literal.
25 xy2 Para dividirmos os monômios não é necessário que
5xy2 - 20xy2 devemos subtrair apenas os coeficientes e eles sejam semelhantes, basta dividirmos coeficiente com
conservar a parte literal. coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que
- 15 xy2 quando dividirmos as partes literais devemos usar a pro-
priedade da potência que diz: am : an = am - n (bases iguais
Veja alguns exemplos: na divisão repetimos a base e diminuímos os expoentes),
- x2 - 2x2 + x2 como os coeficientes são frações deve- sendo que a ≠ 0.
mos tirar o mmc de 6 e 9.
3x2 - 4 x2 + 18 x2 (-20x2y3) : (- 4xy3) na divisão dos dois monômios, deve-
            18 mos dividir os coeficientes -20 e - 4 e na parte literal divi-
17x2 dirmos as que têm mesma base para que possamos usar a
18 propriedade am : an = am – n.

113
MATEMÁTICA

-20 : (– 4) . x2 : x . y3 : y3 Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fór-


5 x2 – 1 y3 – 3 mula do termo geral e efetuamos os cálculos indicados.
5x1y0 Temos então:
5x T6+1 = T7 = C9,6 . (2x)9-6 × (1)6 = 9! ×(2x)3×1=
[(9-6)! x6!]
9.8.7.6!
Potenciação de monômios = ×8x³=672x³
3.2.1.6!
Na potenciação de monômios devemos novamente Portanto o sétimo termo procurado é 672x3.
utilizar uma propriedade da potenciação:
2) Resposta “90720x4y4”.
(I) (a . b)m = am . bm Solução: Temos:
(II) (am)n = am . n a = 2x
Veja alguns exemplos: b = 3y
(-5x2b6)2 aplicando a propriedade n=8
Sabemos que o desenvolvimento do binômio terá 9
(I). (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade termos, porque n = 8. Ora sendo T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 os
(II) 25 . x4 . b12 25x4b12 termos do desenvolvimento do binômio, o termo do meio
(termo médio) será o T5 (quinto termo).
Exercícios
Logo, o nosso problema resume-se ao cálculo do T5.
1. Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9, desen- Para isto, basta fazer p = 4 na fórmula do termo geral e
volvido segundo as potências decrescentes de x. efetuar os cálculos decorrentes. Teremos:

2. Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + T4+1 = T5 = C8,4 . (2x)8-4 . (3y)4 = 8! . (2x)4 . (3y)4 =
3y)8? [(8-4)! .4!]
= 8.7.6.5.4! . 16x4 . 81y4
3. Desenvolvendo o binômio (2x - 3y)3n, obtemos um (4!.4.3.2.1
polinômio de 16 termos. Qual o valor de n? Fazendo as contas vem: 

4. Determine o termo independente de x no desenvol- T5 = 70.16.81.x4 . y4 = 90720x4y4 , que é o termo médio


vimento de (x + 1/x )6. procurado.

5. Calcule: (3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2). 3) Resposta “5”.


Solução: Ora, se o desenvolvimento do binômio possui
6. Efetue e simplifique o seguinte calculo algébrico: 16 termos, então o expoente do binômio é igual a 15.
(2x+3).(4x+1). Logo,
3n = 15 de onde se conclui que n = 5.
7. Efetue e simplifique os seguintes cálculos algébricos:
a) (x - y).(x² - xy + y²) 4) Resposta “20”.
b) (3x - y).(3x + y).(2x - y) Solução: Sabemos que o termo independente de x é
aquele que não depende de x, ou seja, aquele que não pos-
8. Dada a expressão algébrica bc – b2, determine o seu sui x.
valor numérico quando b = 2,2 e c = 1,8. Temos no problema dado:
a=x
9. Calcule o valor numérico da expressão 2x3 – 10y,
1
quando x = -3 e y = -4. b=
10. Um caderno curta y reais. Gláucia comprou 4 ca- x
dernos, Cristina comprou 6 cadernos, e Karina comprou 3. n = 6.
Qual é o monômio que expressa a quantia que as três gas- Pela fórmula do termo geral, podemos escrever:
taram juntas?
Tp+1 = C6,p . x6-p . ( 1 )p = C6,p . x6-p . x-p = C6,p . x6-2p.
Respostas x
Ora, para que o termo seja independente de x, o ex-
1) Resposta “672x3”. poente desta variável deve ser zero, pois x0 = 1.
Solução: Primeiro temos que aplicar a fórmula do ter- Logo, fazendo 6 - 2p = 0, obtemos p = 3. Substituindo
mo geral de (a + b)n, onde: então p por 6, teremos o termo procurado. Temos então:
a = 2x
b=1 T3+1 = T4 = C6,3 . x0 = C6,3 = 6! = 6.5.4.3! =20
n=9 [(6-3)!.3!] 3!.2.1

114
MATEMÁTICA

Logo, o termo independente de x é o T4 (quarto termo) que é igual a 20.

5) Solução:
(3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2)
3x² + 2x – 1 – 2x² + 4x + 2 =
x² + 6x + 1

6) Solução:
(2x+3).(4x+1)
8x² + 2x + 12x + 3 =
8x² + 14x + 3

7) a - Solução:
(x - y).(x² - xy + y²)
x³ - x²y + xy² - x²y + xy² - y³ =
x³ - 2x²y + 2xy² - y³ =

b - Solução:
(3x - y).(3x + y).(2x - y)
(3x - y).(6x² - 3xy + 2xy - y²) =
(3x - y).(6x² - xy - y²) =
18x³ - 3x²y - 3xy² - 6x²y + xy² + y³ =
18x³ - 9x²y - 2xy² + y³

8) Resposta “-0,88”.
Solução:
bc – b2 =
2,2 . 1,8 – 2,22 = (Substituímos as letras pelos valores passados no enunciado)
3,96 – 4,84 =
-0,88.
Portanto, o valor procurado é 0,88.

9) Resposta “-14”.
Solução:
2x3 – 10y =
2.(-3)² - 10.(-4) = (Substituímos as letras pelos valores do enunciado da questão)
2.(27) – 10.(-4) =
(-54) – (-40) =
-54 + 40 = -14.
Portanto -14 é o valor procurado na questão.

10) Resposta “13y reais”.


Solução: Como Gláucia gastou 4y reais, Cristina 6y reais e Karina 3y reais, podemos expressar essas quantias juntas por:
4y + 6y + 3y =
(4 + 6 + 3)y =
13y

Importante: Numa expressão algébrica, se todos os monômios ou termos são semelhantes, podemos tornar mais sim-
ples a expressão somando algebricamente os coeficientes numéricos e mantendo a parte literal.

115
MATEMÁTICA

2.29 ÁREAS DE REGIÕES PLANAS:


RELAÇÕES MÉTRICAS ENTRE
ÁREAS DE FIGURAS PLANAS.

“Caro Candidato, esse conteúdo já foi abordado no decorrer da matéria”

2.30 MEDIDAS DE VOLUME, DE


CAPACIDADE, DE MASSA, DE
COMPRIMENTO E DE ÁREA.

Sistema de Medidas Decimais

Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o metro, porque dele derivam as demais.

Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão:
cada unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Por isso, o sistema é chamado decimal.

E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome
popular de litro.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro
quadrado, o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hec-
tare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos
comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102.

Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc.
Na prática, são muitos usados o metro cúbico e o centímetro cúbico.
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 =
103, o sistema continua sendo decimal.

Unidades de Volume
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

116
MATEMÁTICA

A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o volume da água que enche um tanque é de 7 000 litros,
dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.

Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centímetro mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama.

Unidades de Massa
kg hg dag g dg cg mg
quilograma hectograma decagrama grama decigrama centigrama miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,01g 0,001g

Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t):
1t = 1000 kg.

Não Decimais

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.

2h = 2 . 60min = 120 min = 120 . 60s = 7 200s

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.

0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h =
18min.

Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia, na
cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. Há uma
coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema grau – minuto –
segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

Há ainda um sistema não-decimal, criado há algumas décadas, que vem se tornando conhecido. Ele é usado para me-
dir a informação armazenada em memória de computadores, disquetes, discos compacto, etc. As unidades de medida são
bytes (b), kilobytes (kb), megabytes (Mb), etc. Apesar de se usarem os prefixos “kilo” e “mega”, essas unidades não formam
um sistema decimal.

Um kilobyte equivale a 210 bytes e 1 megabyte equivale a 210 kilobytes.

117
MATEMÁTICA

Exercícios

1. Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e che-
gou na hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. A que horas terminará a aula de inglês?
a) 14h
b) 14h 30min
c) 15h 15min
d) 15h 30min
e) 15h 45min

2. 348 mm3 equivalem a quantos decilitros?

3. Quantos decalitros equivalem a 1 m3?

4. Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados.

5. Quantos quilômetros cúbicos equivalem a 14 mm3?

6. Quantos centilitros equivalem a 15 hl?

7. Passe 5.200 gramas para quilogramas.

8. Converta 2,5 metros em centímetros.

9. Quantos minutos equivalem a 5h05min?

10. Quantos minutos se passaram das 9h50min até as 10h35min?

Respostas

1) Resposta “D”.
Solução: Basta somarmos todos os valores mencionados no enunciado do teste, ou seja:
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min

Logo, a questão correta é a letra D.

2) Resposta “0, 00348 dl”.


Solução: Como 1 cm3 equivale a 1 ml, é melhor dividirmos 348 mm3 por mil, para obtermos o seu equivalente em cen-
tímetros cúbicos: 0,348 cm3.
Logo 348 mm3 equivalem a 0, 348 ml, já que cm3 e ml se equivalem.

Neste ponto já convertemos de uma unidade de medida de volume, para uma unidade de medida de capacidade.
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quando então passaremos dois níveis à esquerda. Dividiremos então
por 10 duas vezes:

Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl.


3) Resposta “100 dal”.
Solução: Sabemos que 1 m3 equivale a 1.000 l, portanto para convertermos de litros a decalitros, passaremos um nível
à esquerda.
Dividiremos então 1.000 por 10 apenas uma vez:

Isto equivale a passar a vírgula uma casa para a esquerda.

118
MATEMÁTICA

Poderíamos também raciocinar da seguinte forma:

Como 1 m3 equivale a 1 kl, basta fazermos a conversão de 1 kl para decalitros, quando então passaremos dois níveis à
direita. Multiplicaremos então 1 por 10 duas vezes:

Logo, 100 dal equivalem a 1 m³.

4) Resposta “0, 00005 hm²”.


Solução: Para passarmos de decímetros quadrados para hectômetros quadrados, passaremos três níveis à esquerda.
Dividiremos então por 100 três vezes:

Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a esquerda.

Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm².

5) Resposta “0,000000000000000014 km3, ou a 1,4 x 10-17 km3”.  


Solução: Para passarmos de milímetros cúbicos para quilômetros cúbicos, passaremos seis níveis à esquerda. Dividire-
mos então 14 por 1000 seis vezes:

Portanto, 0, 000000000000000014 km3, ou a 1,4 x 10-17 km3 se expresso em notação científica equivalem a 14 mm3.

6) Resposta “150.000 cl”.


Solução: Para irmos de hectolitros a centilitros, passaremos quatro níveis à direita.
Multiplicaremos então 15 por 10 quatro vezes:

Isto equivale a passar a vírgula quatro casas para a direita.

Logo, 150.000 cl equivalem a 15 hl.

7) Resposta “5,2 kg”.


Solução: Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, devemos dividir (porque na tabela grama está à direita de
quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passarmos de gramas para quilogramas saltamos três níveis à esquerda.
Primeiro passamos de grama para decagrama, depois de decagrama para hectograma e finalmente de hectograma
para quilograma:

Isto equivale a passar a vírgula três casas para a esquerda.

Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg.

8) Resposta “250 cm”.


Solução: Para convertermos 2,5 metros em centímetros, devemos multiplicar (porque na tabela metro está à esquerda
de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para passarmos de metros para centímetros saltamos dois níveis à direita.
Primeiro passamos de metros para decímetros e depois de decímetros para centímetros:

119
MATEMÁTICA

Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a di- 10 43 97


reita. Note que , na casa dos segundos, obtivemos 97 s e
vamos decompor esse valor em:
Logo, 2,5 m é igual a 250 cm. 97 s = 60 s + 37 s = 1 min + 37 s
Então, devemos retirar 60 s da classe dos segundos e
9) Resposta “305min”. acrescentar 1 min na classe dos minutos.
Solução:
(5 . 60) + 5 = 305 min. Logo a resposta fica: 10 h 44 min 37 s
10) Resposta “45 min”.
Solução: 45 min Para subtrair unidades de medida de tempo, o proces-
so é semelhante ao usado na adição.
Unidade de tempo Ex; vamos subtrair 4 h 41 min 44 s de 7 h 53 min 36 s
Horaminutosegundo
A unidade padrão de medida de tempo é o segundo, 7 5336
abreviado por s. 4 4144
Os múltiplos do segundo são: --------------------------------------------------

Hora Minuto Segundo Perceba que a subtração 36 s – 44 s não é possível nos


números naturais, então, vamos retirar 1 min de 53 min,
h min s transformar esse 1 min em 60 s e acrescenta-los aos 36 s.
3600 s 60 s 1s Assim:
Hora minuto segundo
Usamos o sistema sexagesimal, que emprega a base 7 52 96
sessenta. Os múltiplos do segundo enquadram-se nesse 4 41 44
sistema. Repare que cada unidade é sessenta vezes maior ------------------------------------------------
que a unidade que a antecede. 3 11 52
1 h = 60 min Para multiplicarmos uma unidade de medida de tempo
1 min = 60 s por um número natural, devemos multiplicar as horas, mi-
nutos e segundos Por esse número natural.
Para transformar uma unidade em outra imediatamen- Ex: multiplicar 4 h 52 min 8 s por 6
te superior, basta dividi-la por 60 e inferior basta multipli- 4 h52 min 8 s
ca-la por 60. X6
Ex:3h = 3 . 60 = 180 min --------------------------------------
52 min = 52 . 60 = 3120 s 24h 312 min48 s
1020 s = 1020 : 60 = 17 min
420 min = 420 : 60 = 7 h Como 312 min é maior que 1 hora, devemos descobrir
quantas horas cabem em 312 minutos. Para isso basta divi-
Ao usarmos o sistema sexagesimal, cada grupo de 60 dir 312 por 60 onde o resultado é 5 e o resto é 12.
forma outra classe; então, 60 segundos formam 1 minuto e Então 312 min = 5 h 12 min
60 minutos formam 1 hora. Para adicionarmos unidades de Devemos então acrescentar 5 h a 24 h = 29 h e o re-
tempo vamos tomar cuidado para posicionar hora embaixo sultado fica
de hora, minuto embaixo de minuto e segundo embaixo de 29 h 12 min 48 s
segundo.
Por exemplo: 1)Para adicionarmos 5h 12 min 37 s a Problemas
8 h 20 min 11 s, vamos colocar as unidades iguais uma
embaixo da outra e depois adicionar os valores da mesma 1.Dois amigos partiram às 10h 32 min de Aparecida do
classe. Norte e chegaram a Ribeirão Preto às 16 h 8 min. Quanto
tempo durou a viagem?
Horaminuto segundo
5 1237 2. João nasceu numa terça feira às 13 h 45 min 12 s e
8 2011 Maria nasceu no mesmo dia, às 8 h 13 min 47 s. Determine
-------------------------------------------- a diferença entre os horários de nascimento de João e Ma-
13 3248 ria, nessa ordem.

2)vamos adicionar 8h 19 min 58 s com 2 h 24 min 39 s 3.Um passageiro embarcou em um ônibus na cidade
Horaminuto segundo A às 14h 32 min 18s, esse ônibus saiu da rodoviária desta
8 19 58 cidade às 14h 55min 40s e chegou à rodoviária da cidade
224 39 B às 19h 27min 15s,do mesmo dia. Quanto tempo o passa-
------------------------------------------- geiro permaneceu no interior do ônibus?

120
MATEMÁTICA

a) 05h 54min 09s Estatística pode ser pensada como a ciência de apren-
b) 04h 05min 57s dizagem a partir de dados. No nosso quotidiano, precisa-
c) 05h 05min 09s mos tomar decisões, muitas vezes decisões rápidas.
d) 04h 54min 57s

Respostas

1.5 h 36 min

2.5 h 31 min 25 s Em linhas gerais a Estatística fornece métodos que au-


xiliam o processo de tomada de decisão através da análise
3.Vamos considerar o horário de chegada à cidade B e dos dados que possuímos.
o horário que o passageiro entrou no ônibus Em Estatística, um resultado é significante, portanto,
tem significância estatística, se for improvável que tenha
ocorrido por acaso (que em estatística e probabilidade é
19 h27 min15 seg
tratado pelo conceito de chance), caso uma determinada
14 h32 min18 seg
hipótese nula seja verdadeira, mas não sendo improvável
Para subtrair 18 de 15 não é possível então empresta-
caso a hipótese base seja falsa. A expressão teste de signifi-
mos 1 minuto dos 27 cância foi cunhada por Ronald Fisher.
Mais concretamente, no teste de hipóteses com base
Que passa a ser 26 e no lugar de 15 seg usamos 15 em frequência estatística, a significância de um teste é a
+60(que é 1 min). Então probabilidade máxima de rejeitar acidentalmente uma hi-
pótese nula verdadeira (uma decisão conhecida como erro
75 – 18 = 57 seg. de tipo I). O nível de significância de um resultado é tam-
bém chamado de α e não deve ser confundido com o valor
O mesmo acontece com os minutos. Vamos emprestar p (p-value).
1 hora das 19 que passa a ser 18 e no lugar de 26 minutos Por exemplo, podemos escolher um nível de signifi-
usamos 26 + 60 ( que é uma hora). Então 86 – 32 = 54 cância de, digamos, 5%, e calcular um valor crítico de um
minutos parâmetro (por exemplo a média) de modo que a probabi-
lidade de ela exceder esse valor, dada a verdade da hipó-
Por fim 18 h – 14 h = 4 horas tese nulo, ser 5%. Se o valor estatístico calculado (ou seja,
Resp. 4 horas 54 min e 57 seg. o nível de 5% de significância anteriormente escolhido) ex-
ceder o valor crítico, então é significante “ao nível de 5%”.
Se o nível de significância (ex: 5% anteriormente dado)
é menor, o valor é menos provavelmente um extremo em
2.31 NOÇÕES DE ESTATÍSTICA: relação ao valor crítico. Deste modo, um resultado que é
GRÁFICOS DE BARRAS, DE COLUNAS, “significante ao nível de 1%” é mais significante do que um
DE SETORES E DE LINHAS; resultado que é significante “ao nível de 5%”. No entanto,
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS, um teste ao nível de 1% é mais susceptível de padecer do
POPULAÇÃO E VARIÁVEL; VARIÁVEIS erro de tipo II do que um teste de 5% e por isso terá menos
poder estatístico.
DISCRETAS, VARIÁVEIS CONTÍNUAS, Ao divisar um teste de hipóteses, o técnico deverá
VARIÁVEIS QUALITATIVAS, MÉDIA, tentar maximizar o poder de uma dada significância, mas
MEDIANA E MODA; DISPERSÃO DE ultimamente tem de reconhecer que o melhor resultado
DADOS; DESVIO E DESVIO PADRÃO. que se pode obter é um compromisso entre significância e
poder, em outras palavras, entre os erros de tipo I e tipo II.
É importante ressaltar que os valores p Fisherianos são
filosoficamente diferentes dos erros de tipo I de Neyman
Conceitos Básicos -Pearson. Esta confusão é infelizmente propagada por mui-
tos livros de estatística.
A estatística é, hoje em dia, um instrumento útil e, em
alguns casos, indispensável para tomadas de decisão em Divisão da Estatística:
diversos campos: científico, econômico, social, político…
Todavia, antes de chegarmos à parte de interpretação - Estatística Descritiva: Média (Aritmética, Geométri-
para tomadas de decisão, há que proceder a um indispen- ca, Harmônica, Ponderada) - Mediana - Moda - Variância
sável trabalho de recolha e organização de dados, sendo - Desvio padrão - Coeficiente de variação.
a recolha feita através de recenseamentos (ou censos ou - Inferência Estatística: Testes de hipóteses - Signi-
levantamentos estatísticos) ou sondagens. ficância - Potência - Hipótese nula/Hipótese alternativa
Existem indícios que há 300 mil anos a.C. já se faziam - Erro de tipo I - Erro de tipo II - Teste T - Teste Z - Distri-
censos na China, Babilônia e no Egito. Censos estes que se buição t de Student - Normalização - Valor p - Análise de
destinavam à taxação de impostos. variância.

121
MATEMÁTICA

- Estatística Não-Paramétrica: Teste Binomial - Teste então a variável B também muda, então ele poderá concluir
Qui-quadrado (uma amostra, duas amostras independen- que A “influencia” B. Dados de uma pesquisa correlacional
tes, k amostras independentes) - Teste Kolmogorov-Smir- podem ser apenas “interpretados” em termos causais com
nov (uma amostra, duas amostras independentes) - Teste base em outras teorias (não estatísticas) que o pesquisa-
de McNemar - Teste dos Sinais - Teste de Wilcoxon - Teste dor conheça, mas não podem ser conclusivamente provar
de Walsh - Teste Exata de Fisher - Teste Q de Cochran - Tes- causalidade.
te de Kruskal-Wallis - Teste de Friedman.
- Análise da Sobrevivência: Função de sobrevivência - Variáveis dependentes e variáveis independentes:
Kaplan-Meier - Teste log-rank - Taxa de falha - Proportional Variáveis independentes são aquelas que são manipuladas
hazards models. enquanto que variáveis dependentes são apenas medidas
- Amostragem: Amostragem aleatória simples (com ou registradas. Esta distinção confunde muitas pessoas
reposição, sem reposição) - Amostragem estratificada - que dizem que “todas variáveis dependem de alguma coi-
Amostragem por conglomerados - Amostragem sistemá- sa”. Entretanto, uma vez que se esteja acostumado a esta
tica - estimador razão - estimador regressão. distinção ela se torna indispensável. Os termos variável
- Distribuição de Probabilidade: Normal - De Pareto dependente e independente aplicam-se principalmente
- De Poisson - De Bernoulli - Hipergeométrica - Binomial à pesquisa experimental, onde algumas variáveis são ma-
- Binomial negativa - Gama - Beta - t de Student - F-Sne- nipuladas, e, neste sentido, são “independentes” dos pa-
decor. drões de reação inicial, intenções e características dos su-
- Correlação: Variável de confusão - Coeficiente de jeitos da pesquisa (unidades experimentais).Espera-se que
correlação de Pearson - Coeficiente de correlação de pos- outras variáveis sejam “dependentes” da manipulação ou
tos de Spearman - Coeficiente de correlação tau de Ken- das condições experimentais. Ou seja, elas dependem “do
dall). que os sujeitos farão” em resposta. Contrariando um pouco
Regressão: Regressão linear - Regressão não-linear a natureza da distinção, esses termos também são usados
- Regressão logística - Método dos mínimos quadrados em estudos em que não se manipulam variáveis indepen-
- Modelos Lineares Generalizados - Modelos para Dados
dentes, literalmente falando, mas apenas se designam su-
Longitudinais.
jeitos a “grupos experimentais” baseados em propriedades
- Análise Multivariada: Distribuição normal multiva-
pré-existentes dos próprios sujeitos. Por exemplo, se em
riada - Componentes principais - Análise fatorial - Análise
uma pesquisa compara-se a contagem de células brancas
discriminante - Análise de “Cluster” (Análise de agrupa-
(White Cell Count em inglês, WCC) de homens e mulheres,
mento) - Análise de Correspondência.
sexo pode ser chamada de variável independente e WCC
- Séries Temporais: Modelos para séries temporais -
de variável dependente.
Tendência e sazonalidade - Modelos de suavização expo-
Níveis de Mensuração: As variáveis diferem em “quão
nencial - ARIMA - Modelos sazonais.
bem” elas podem ser medidas, isto é, em quanta informa-
Panorama Geral: ção seu nível de mensuração pode prover. Há obviamente
algum erro em cada medida, o que determina o “montante
Variáveis: São características que são medidas, contro- de informação” que se pode obter, mas basicamente o fa-
ladas ou manipuladas em uma pesquisa. Diferem em mui- tor que determina a quantidade de informação que uma
tos aspectos, principalmente no papel que a elas é dado variável pode prover é o seu tipo de nível de mensuração.
em uma pesquisa e na forma como podem ser medidas. Sob este prisma as variáveis são classificadas como nomi-
nais, ordinais e intervalares.
Pesquisa “Correlacional” X Pesquisa “Experimen- - Variáveis nominais permitem apenas classificação
tal”: A maioria das pesquisas empíricas pertencem cla- qualitativa. Ou seja, elas podem ser medidas apenas em
ramente a uma dessas duas categorias gerais: em uma termos de quais itens pertencem a diferentes categorias,
pesquisa correlacional (Levantamento) o pesquisador não mas não se pode quantificar nem mesmo ordenar tais ca-
influencia (ou tenta não influenciar) nenhuma variável, mas tegorias. Por exemplo, pode-se dizer que 2 indivíduos são
apenas as mede e procura por relações (correlações) en- diferentes em termos da variável A (sexo, por exemplo),
tre elas, como pressão sangüínea e nível de colesterol. Em mas não se pode dizer qual deles “tem mais” da qualidade
uma pesquisa experimental (Experimento) o pesquisador representada pela variável. Exemplos típicos de variáveis
manipula algumas variáveis e então mede os efeitos des- nominais são sexo, raça, cidade, etc.
ta manipulação em outras variáveis; por exemplo, aumen- - Variáveis ordinais permitem ordenar os itens medidos
tar artificialmente a pressão sangüínea e registrar o nível em termos de qual tem menos e qual tem mais da quali-
de colesterol. A análise dos dados em uma pesquisa ex- dade representada pela variável, mas ainda não permitem
perimental também calcula “correlações” entre variáveis, que se diga “o quanto mais”. Um exemplo típico de uma
especificamente entre aquelas manipuladas e as que fo- variável ordinal é o status sócio-econômico das famílias re-
ram afetadas pela manipulação. Entretanto, os dados ex- sidentes em uma localidade: sabe-se que média-alta é mais
perimentais podem demonstrar conclusivamente relações “alta” do que média, mas não se pode dizer, por exemplo,
causais (causa e efeito) entre variáveis. Por exemplo, se o que é 18% mais alta. A própria distinção entre mensuração
pesquisador descobrir que sempre que muda a variável A nominal, ordinal e intervalar representa um bom exemplo

122
MATEMÁTICA

de uma variável ordinal: pode-se dizer que uma medida mento fosse feito com outras amostras retiradas da mesma
nominal provê menos informação do que uma medida or- população, lembrando que o maior interesse está na po-
dinal, mas não se pode dizer “quanto menos” ou como esta pulação. O interesse na amostra reside na informação que
diferença se compara à diferença entre mensuração ordinal ela pode prover sobre a população. Se o estudo atender
e intervalar. certos critérios específicos (que serão mencionados pos-
- Variáveis intervalares permitem não apenas ordenar teriormente) então a confiabilidade de uma relação obser-
em postos os itens que estão sendo medidos, mas também vada entre variáveis na amostra pode ser estimada quan-
quantificar e comparar o tamanho das diferenças entre titativamente e representada usando uma medida padrão
eles. Por exemplo, temperatura, medida em graus Celsius (chamada tecnicamente de nível-p ou nível de significância
constitui uma variável intervalar. Pode-se dizer que a tem- estatística).
peratura de 40C é maior do que 30C e que um aumento de
20C para 40C é duas vezes maior do que um aumento de Significância Estatística (nível-p): A significância es-
30C para 40C. tatística de um resultado é uma medida estimada do grau
  em que este resultado é “verdadeiro” (no sentido de que
Relações entre variáveis: Duas ou mais variáveis seja realmente o que ocorre na população, ou seja no sen-
quaisquer estão relacionadas se em uma amostra de ob- tido de “representatividade da população”). Mais tecnica-
servações os valores dessas variáveis são distribuídos de mente, o valor do nível-p representa um índice decrescen-
forma consistente. Em outras palavras, as variáveis estão te da confiabilidade de um resultado. Quanto mais alto o
relacionadas se seus valores correspondem sistematica- nível-p, menos se pode acreditar que a relação observada
mente uns aos outros para aquela amostra de observações. entre as variáveis na amostra é um indicador confiável da
Por exemplo, sexo e WCC seriam relacionados se a maioria relação entre as respectivas variáveis na população. Especi-
dos homens tivesse alta WCC e a maioria das mulheres bai- ficamente, o nível-p representa a probabilidade de erro en-
xa WCC, ou vice-versa; altura é relacionada ao peso porque volvida em aceitar o resultado observado como válido, isto
tipicamente indivíduos altos são mais pesados do que indi- é, como “representativo da população”. Por exemplo, um
víduos baixos; Q.I. está relacionado ao número de erros em nível-p de 0,05 (1/20) indica que há 5% de probabilidade
um teste se pessoas com Q.I.’s mais altos cometem menos
de que a relação entre as variáveis, encontrada na amostra,
erros.
seja um “acaso feliz”. Em outras palavras, assumindo que
não haja relação entre aquelas variáveis na população, e o
Importância das relações entre variáveis: Geralmen-
experimento de interesse seja repetido várias vezes, pode-
te o objetivo principal de toda pesquisa ou análise científi-
ria-se esperar que em aproximadamente 20 realizações do
ca é encontrar relações entre variáveis. A filosofia da ciência
experimento haveria apenas uma em que a relação entre as
ensina que não há outro meio de representar “significado”
variáveis em questão seria igual ou mais forte do que a que
exceto em termos de relações entre quantidades ou qua-
foi observada naquela amostra anterior. Em muitas áreas
lidades, e ambos os casos envolvem relações entre variá-
veis. Assim, o avanço da ciência sempre tem que envolver a de pesquisa, o nível-p de 0,05 é costumeiramente tratado
descoberta de novas relações entre variáveis. Em pesquisas como um “limite aceitável” de erro.
correlacionais a medida destas relações é feita de forma
bastante direta, bem como nas pesquisas experimentais. Como determinar que um resultado é “realmente”
Por exemplo, o experimento já mencionado de comparar significante: Não há meio de evitar arbitrariedade na de-
WCC em homens e mulheres pode ser descrito como pro- cisão final de qual nível de significância será tratado como
cura de uma correlação entre 2 variáveis: sexo e WCC. A realmente “significante”. Ou seja, a seleção de um nível de
Estatística nada mais faz do que auxiliar na avaliação de significância acima do qual os resultados serão rejeitados
relações entre variáveis. como inválidos é arbitrária. Na prática, a decisão final de-
Aspectos básicos da relação entre variáveis: As duas pende usualmente de: se o resultado foi previsto a priori ou
propriedades formais mais elementares de qualquer rela- apenas a posteriori no curso de muitas análises e compara-
ção entre variáveis são a magnitude (“tamanho”) e a con- ções efetuadas no conjunto de dados; no total de evidên-
fiabilidade da relação. cias consistentes do conjunto de dados; e nas “tradições”
- Magnitude é muito mais fácil de entender e medir existentes na área particular de pesquisa. Tipicamente, em
do que a confiabilidade. Por exemplo, se cada homem em muitas ciências resultados que atingem nível-p 0,05 são
nossa amostra tem um WCC maior do que o de qualquer considerados estatisticamente significantes, mas este nível
mulher da amostra, poderia-se dizer que a magnitude da ainda envolve uma probabilidade de erro razoável (5%).
relação entre as duas variáveis (sexo e WCC) é muito alta Resultados com um nível-p 0,01 são comumente conside-
em nossa amostra. Em outras palavras, poderia-se prever rados estatisticamente significantes, e com nível-p 0,005 ou
uma baseada na outra (ao menos na amostra em questão). nível-p 0,001 são freqüentemente chamados “altamente”
- Confiabilidade é um conceito muito menos intuitivo, significantes. Estas classificações, porém, são convenções
mas extremamente importante. Relaciona-se à “represen- arbitrárias e apenas informalmente baseadas em experiên-
tatividade” do resultado encontrado em uma amostra es- cia geral de pesquisa. Uma conseqüência óbvia é que um
pecífica de toda a população. Em outras palavras, diz quão resultado considerado significante a 0,05, por exemplo,
provável será encontrar uma relação similar se o experi- pode não sê-lo a 0,01.

123
MATEMÁTICA

Significância estatística e o número de análises rea- Observando um exemplo mais geral. Imagine-se uma
lizadas: Desnecessário dizer quanto mais análises sejam população teórica em que a média de WCC em homens
realizadas em um conjunto de dados, mais os resultados e mulheres é exatamente a mesma. Supondo um experi-
atingirão “por acaso” o nível de significância convenciona- mento em que se retiram pares de amostras (homens e
do. Por exemplo, ao calcular correlações entre dez variáveis mulheres) de um certo tamanho da população e calcula-se
(45 diferentes coeficientes de correlação), seria razoável es- a diferença entre a média de WCC em cada par de amostras
perar encontrar por acaso que cerca de dois (um em cada (supor ainda que o experimento será repetido várias vezes).
20) coeficientes de correlação são significantes ao nível-p Na maioria dos experimento os resultados das diferenças
0,05, mesmo que os valores das variáveis sejam totalmente serão próximos de zero. Contudo, de vez em quando, um
aleatórios, e aquelas variáveis não se correlacionem na po- par de amostra apresentará uma diferença entre homens
pulação. Alguns métodos estatísticos que envolvem muitas e mulheres consideravelmente diferente de zero. Com que
comparações, e portanto uma boa chance para tais erros, freqüência isso acontece? Quanto menor a amostra em
incluem alguma “correção” ou ajuste para o número total cada experimento maior a probabilidade de obter esses
de comparações. Entretanto, muitos métodos estatísticos resultados errôneos, que, neste caso, indicariam a exis-
(especialmente análises exploratórias simples de dados) tência de uma relação entre sexo e WCC obtida de uma
não oferecem nenhum remédio direto para este problema. população em que tal relação não existe. Observe-se mais
Cabe então ao pesquisador avaliar cuidadosamente a con- um exemplo (“razão meninos para meninas”, Nisbett et al.,
fiabilidade de descobertas não esperadas. 1987):
Há dois hospitais: no primeiro nascem 120 bebês a
Força X Confiabilidade de uma relação entre va- cada dia e no outro apenas 12. Em média a razão de me-
riáveis: Foi dito anteriormente que força (magnitude) e ninos para meninas nascidos a cada dia em cada hospital
confiabilidade são dois aspectos diferentes dos relaciona- é de 50/50. Contudo, certo dia, em um dos hospitais nas-
mentos entre variáveis. Contudo, eles não são totalmente ceram duas vezes mais meninas do que meninos. Em que
independentes. Em geral, em uma amostra de um certo hospital isso provavelmente aconteceu? A resposta é óbvia
tamanho quanto maior a magnitude da relação entre va- para um estatístico, mas não tão óbvia para os leigos: é
muito mais provável que tal fato tenha ocorrido no hospi-
riáveis, mais confiável a relação.
tal menor. A razão para isso é que a probabilidade de um
Assumindo que não há relação entre as variáveis na
desvio aleatório da média da população aumenta com a
população, o resultado mais provável deveria ser também
diminuição do tamanho da amostra (e diminui com o au-
não encontrar relação entre as mesmas variáveis na amos-
mento do tamanho da amostra).
tra da pesquisa. Assim, quanto mais forte a relação encon-
trada na amostra menos provável é a não existência da re-
Por que pequenas relações podem ser provadas
lação correspondente na população. Então a magnitude e
como significantes apenas por grandes amostras: Os
a significância de uma relação aparentam estar fortemente
exemplos dos parágrafos anteriores indicam que se um re-
relacionadas, e seria possível calcular a significância a partir lacionamento entre as variáveis em questão (na população)
da magnitude e vice-versa. Entretanto, isso é válido ape- é pequeno, então não há meio de identificar tal relação em
nas se o tamanho da amostra é mantido constante, por- um estudo a não ser que a amostra seja correspondente-
que uma relação de certa força poderia ser tanto altamente mente grande. Mesmo que a amostra seja de fato “per-
significante ou não significante de todo dependendo do feitamente representativa” da população o efeito não será
tamanho da amostra. estatisticamente significante se a amostra for pequena.
Analogamente, se a relação em questão é muito grande na
Por que a significância de uma relação entre va- população então poderá ser constatada como altamente
riáveis depende do tamanho da amostra: Se há muito significante mesmo em um estudo baseado em uma pe-
poucas observações então há também poucas possibili- quena amostra. Mais um exemplo:
dades de combinação dos valores das variáveis, e então a Se uma moeda é ligeiramente viciada, de tal forma que
probabilidade de obter por acaso uma combinação desses quando lançada é ligeiramente mais provável que ocorram
valores que indique uma forte relação é relativamente alta. caras do que coroas (por exemplo uma proporção 60%
Considere-se o seguinte exemplo: para 40%). Então dez lançamentos não seriam suficientes
Há interesse em duas variáveis (sexo: homem, mulher; para convencer alguém de que a moeda é viciada, mesmo
WCC: alta, baixa) e há apenas quatro sujeitos na amostra que o resultado obtido (6 caras e 4 coroas) seja perfeita-
(2 homens e 2 mulheres). A probabilidade de se encontrar, mente representativo do viesamento da moeda. Entretan-
puramente por acaso, uma relação de 100% entre as duas to, dez lançamentos não são suficientes para provar nada?
variáveis pode ser tão alta quanto 1/8. Explicando, há uma Não, se o efeito em questão for grande o bastante, os dez
chance em oito de que os dois homens tenham alta WCC lançamentos serão suficientes. Por exemplo, imagine-se
e que as duas mulheres tenham baixa WCC, ou vice-versa, que a moeda seja tão viciada que não importe como ve-
mesmo que tal relação não exista na população. Agora con- nha a ser lançada o resultado será cara. Se tal moeda fos-
sidere-se a probabilidade de obter tal resultado por acaso se lançada dez vezes, e cada lançamento produzisse caras,
se a amostra consistisse de 100 sujeitos: a probabilidade de muitas pessoas considerariam isso prova suficiente de que
obter aquele resultado por acaso seria praticamente zero. há “algo errado” com a moeda. Em outras palavras, seria

124
MATEMÁTICA

considerada prova convincente de que a população teórica teiramente causados pelo sexo. Poderia-se dizer que nesta
de um número infinito de lançamentos desta moeda teria amostra sexo é perfeitamente correlacionado a WCC, ou
mais caras do que coroas. Assim, se a relação é grande, seja, 100% das diferenças observadas entre os sujeitos re-
então poderá ser considerada significante mesmo em uma lativas a suas WCC’s devem-se a seu sexo.
pequena amostra. - Se todos os valores de WCC estão em um intervalo de
0 a 1000, a mesma diferença (de 2) entre a WCC média de
Pode uma “relação inexistente” ser um resultado homens e mulheres encontrada no estudo seria uma par-
significante: Quanto menor a relação entre as variáveis te tão pequena na diferença global dos valores que muito
maior o tamanho de amostra necessário para prová-la sig- provavelmente seria considerada desprezível. Por exemplo,
nificante. Por exemplo, imagine-se quantos lançamentos um sujeito a mais que fosse considerado poderia mudar,
seriam necessários para provar que uma moeda é viciada ou mesmo reverter, a direção da diferença. Portanto, toda
se seu viesamento for de apenas 0,000001 %! Então, o ta- boa medida das relações entre variáveis tem que levar em
manho mínimo de amostra necessário cresce na mesma conta a diferenciação global dos valores individuais na
proporção em que a magnitude do efeito a ser demonstra- amostra e avaliar a relação em termos (relativos) de quanto
do decresce. Quando a magnitude do efeito aproxima-se desta diferenciação se deve à relação em questão.
de zero, o tamanho de amostra necessário para prová-lo
aproxima-se do infinito. Isso quer dizer que, se quase não “Formato geral” de muitos testes estatísticos: Como
há relação entre duas variáveis o tamanho da amostra pre- o objetivo principal de muitos testes estatísticos é avaliar
cisa quase ser igual ao tamanho da população, que teorica- relações entre variáveis, muitos desses testes seguem o
mente é considerado infinitamente grande. A significância princípio exposto no item anterior. Tecnicamente, eles re-
estatística representa a probabilidade de que um resultado presentam uma razão de alguma medida da diferenciação
similar seja obtido se toda a população fosse testada. As- comum nas variáveis em análise (devido à sua relação) pela
sim, qualquer coisa que fosse encontrada após testar toda diferenciação global daquelas variáveis. Por exemplo, teria-
a população seria, por definição, significante ao mais alto se uma razão da parte da diferenciação global dos valores
nível possível, e isso também inclui todos os resultados de de WCC que podem se dever ao sexo pela diferenciação
“relação inexistente”. global dos valores de WCC. Esta razão é usualmente cha-
mada de razão da variação explicada pela variação total.
Como medir a magnitude (força) das relações en- Em estatística o termo variação explicada não implica ne-
tre variáveis: Há muitas medidas da magnitude do rela- cessariamente que tal variação é “compreendida concei-
cionamento entre variáveis que foram desenvolvidas por tualmente”. O termo é usado apenas para denotar a va-
estatísticos: a escolha de uma medida específica em dadas riação comum às variáveis em questão, ou seja, a parte da
circunstâncias depende do número de variáveis envolvidas, variação de uma variável que é “explicada” pelos valores
níveis de mensuração usados, natureza das relações, etc. específicos da outra variável e vice-versa.
Quase todas, porém, seguem um princípio geral: elas pro-
curam avaliar a relação comparando-a de alguma forma Como é calculado o nível de significância estatís-
com a “máxima relação imaginável” entre aquelas variáveis tico: Assuma-se que já tenha sido calculada uma medida
específicas. Tecnicamente, um modo comum de realizar da relação entre duas variáveis (como explicado acima). A
tais avaliações é observar quão diferenciados são os valo- próxima questão é “quão significante é esta relação”? Por
res das variáveis, e então calcular qual parte desta “diferen- exemplo, 40% da variação global ser explicada pela relação
ça global disponível” seria detectada na ocasião se aquela entre duas variáveis é suficiente para considerar a relação
diferença fosse “comum” (fosse apenas devida à relação significante? “Depende”. Especificamente, a significância
entre as variáveis) nas duas (ou mais) variáveis em questão. depende principalmente do tamanho da amostra. Como já
Falando menos tecnicamente, compara-se “o que é comum foi explicado, em amostras muito grandes mesmo relações
naquelas variáveis” com “o que potencialmente poderia muito pequenas entre variáveis serão significantes, en-
haver em comum se as variáveis fossem perfeitamente re- quanto que em amostras muito pequenas mesmo relações
lacionadas”. Outro exemplo: muito grandes não poderão ser consideradas confiáveis
Em uma amostra o índice médio de WCC é igual a 100 (significantes). Assim, para determinar o nível de significân-
em homens e 102 em mulheres. Assim, poderia-se dizer cia estatística torna-se necessária uma função que repre-
que, em média, o desvio de cada valor da média de ambos sente o relacionamento entre “magnitude” e “significância”
(101) contém uma componente devida ao sexo do sujeito, das relações entre duas variáveis, dependendo do tama-
e o tamanho desta componente é 1. Este valor, em certo nho da amostra. Tal função diria exatamente “quão prová-
sentido, representa uma medida da relação entre sexo e vel é obter uma relação de dada magnitude (ou maior) de
WCC. Contudo, este valor é uma medida muito pobre, por- uma amostra de dado tamanho, assumindo que não há tal
que não diz quão relativamente grande é aquela compo- relação entre aquelas variáveis na população”. Em outras
nente em relação à “diferença global” dos valores de WCC. palavras, aquela função forneceria o nível de significância
Há duas possibilidades extremas: S (nível-p), e isso permitiria conhecer a probabilidade de erro
- Se todos os valore de WCC de homens são exata- envolvida em rejeitar a idéia de que a relação em ques-
mente iguais a 100 e os das mulheres iguais a 102 então tão não existe na população. Esta hipótese “alternativa” (de
todos os desvios da média conjunta na amostra seriam in- que não há relação na população) é usualmente chamada

125
MATEMÁTICA

de hipótese nula. Seria ideal se a função de probabilidade Todos os testes estatísticos são normalmente dis-
fosse linear, e por exemplo, apenas tivesse diferentes incli- tribuídos: Não todos, mas muitos são ou baseados na
nações para diferentes tamanhos de amostra. Infelizmente, distribuição normal diretamente ou em distribuições a ela
a função é mais complexa, e não é sempre exatamente a relacionadas, e que podem ser derivadas da normal, como
mesma. Entretanto, em muitos casos, sua forma é conhe- as distribuições t, F ou Chi-quadrado (Qui-quadrado). Tipi-
cida e isso pode ser usado para determinar os níveis de camente, estes testes requerem que as variáveis analisadas
significância para os resultados obtidos em amostras de sejam normalmente distribuídas na população, ou seja, que
certo tamanho. Muitas daquelas funções são relacionadas elas atendam à “suposição de normalidade”. Muitas variá-
a um tipo geral de função que é chamada de normal (ou veis observadas realmente são normalmente distribuídas,
gaussiana). o que é outra razão por que a distribuição normal repre-
senta uma “característica geral” da realidade empírica. O
Por que a distribuição normal é importante: A “dis- problema pode surgir quando se tenta usar um teste ba-
tribuição normal” é importante porque em muitos casos seado na distribuição normal para analisar dados de variá-
ela se aproxima bem da função introduzida no item ante- veis que não são normalmente distribuídas. Em tais casos
rior. A distribuição de muitas estatísticas de teste é normal há duas opções. Primeiramente, pode-se usar algum teste
ou segue alguma forma que pode ser derivada da distribui- “não paramétrico” alternativo (ou teste “livre de distribui-
ção normal. Neste sentido, filosoficamente, a distribuição ção”); mas isso é freqüentemente inconveniente porque
normal representa uma das elementares “verdades acerca tais testes são tipicamente menos poderosos e menos fle-
da natureza geral da realidade”, verificada empiricamente, xíveis em termos dos tipos de conclusões que eles podem
e seu status pode ser comparado a uma das leis funda- proporcionar. Alternativamente, em muitos casos ainda
mentais das ciências naturais. A forma exata da distribuição se pode usar um teste baseado na distribuição normal se
normal (a característica “curva do sino”) é definida por uma apenas houver certeza de que o tamanho das amostras é
função que tem apenas dois parâmetros: média e desvio suficientemente grande. Esta última opção é baseada em
padrão. um princípio extremamente importante que é largamente
Uma propriedade característica da distribuição normal responsável pela popularidade dos testes baseados na dis-
é que 68% de todas as suas observações caem dentro de
tribuição normal. Nominalmente, quanto mais o tamanho
um intervalo de 1 desvio padrão da média, um intervalo de
da amostra aumente, mais a forma da distribuição amos-
2 desvios padrões inclui 95% dos valores, e 99% das obser-
tral (a distribuição de uma estatística da amostra) da média
vações caem dentro de um intervalo de 3 desvios padrões
aproxima-se da forma da normal, mesmo que a distribui-
da média. Em outras palavras, em uma distribuição normal
ção da variável em questão não seja normal. Este princípio
as observações que tem um valor padronizado de menos
é chamado de Teorema Central do Limite.
do que -2 ou mais do que +2 tem uma freqüência relativa
de 5% ou menos (valor padronizado significa que um valor Como se conhece as consequências de violar a supo-
é expresso em termos de sua diferença em relação à média, sição de normalidade: Embora muitas das declarações fei-
dividida pelo desvio padrão). tas anteriormente possam ser provadas matematicamente,
algumas não têm provas teóricas e podem demonstradas
Ilustração de como a distribuição normal é usada apenas empiricamente via experimentos Monte Carlo (si-
em raciocínio estatístico (indução): Retomando o exem- mulações usando geração aleatória de números). Nestes
plo já discutido, onde pares de amostras de homens e mu- experimentos grandes números de amostras são geradas
lheres foram retirados de uma população em que o valor por um computador seguindo especificações pré-designa-
médio de WCC em homens e mulheres era exatamente o das e os resultados de tais amostras são analisados usando
mesmo. Embora o resultado mais provável para tais expe- uma grande variedade de testes. Este é o modo empírico
rimentos (um par de amostras por experimento) é que a de avaliar o tipo e magnitude dos erros ou viesamentos a
diferença entre a WCC média em homens e mulheres em que se expõe o pesquisador quando certas suposições teó-
cada par seja próxima de zero, de vez em quando um par ricas dos testes usados não são verificadas nos dados sob
de amostras apresentará uma diferença substancialmente análise. Especificamente, os estudos de Monte Carlo foram
diferente de zero. Quão freqüentemente isso ocorre? Se o usados extensivamente com testes baseados na distribui-
tamanho da amostra é grande o bastante, os resultados ção normal para determinar quão sensíveis eles eram à vio-
de tais repetições são “normalmente distribuídos”, e assim, lações da suposição de que as variáveis analisadas tinham
conhecendo a forma da curva normal pode-se calcular pre- distribuição normal na população. A conclusão geral destes
cisamente a probabilidade de obter “por acaso” resultados estudos é que as conseqüências de tais violações são me-
representando vários níveis de desvio da hipotética média nos severas do que se tinha pensado a princípio. Embora
populacional 0 (zero). Se tal probabilidade calculada é tão estas conclusões não devam desencorajar ninguém de se
pequena que satisfaz ao critério previamente aceito de sig- preocupar com a suposição de normalidade, elas aumenta-
nificância estatística, então pode-se concluir que o resul- ram a popularidade geral dos testes estatísticos dependen-
tado obtido produz uma melhor aproximação do que está tes da distribuição normal em todas as áreas de pesquisa.
acontecendo na população do que a “hipótese nula”. Lem-
brando ainda que a hipótese nula foi considerada apenas Objeto da Estatística: Estatística é uma ciência exata
por “razões técnicas” como uma referência contra a qual o que visa fornecer subsídios ao analista para coletar, orga-
resultado empírico (dos experimentos) foi avaliado. nizar, resumir, analisar e apresentar dados. Trata de parâ-

126
MATEMÁTICA

metros extraídos da população, tais como média ou desvio Conclusão


padrão. A estatística fornece-nos as técnicas para extrair
informação de dados, os quais são muitas vezes incom- A média aritmética dos n elementos do conjunto nu-
pletos, na medida em que nos dão informação útil sobre mérico A é a soma de todos os seus elementos, dividida
o problema em estudo, sendo assim, é objetivo da Estatís- por n.
tica extrair informação dos dados para obter uma melhor
compreensão das situações que representam. Quando se Exemplo
aborda uma problemática envolvendo métodos estatísti-
cos, estes devem ser utilizados mesmo antes de se recolher
Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6,
a amostra, isto é, deve-se planejar a experiência que nos vai
9, e 13.
permitir recolher os dados, de modo que, posteriormente,
se possa extrair o máximo de informação relevante para o
problema em estudo, ou seja, para a população de onde Resolução
os dados provêm. Quando de posse dos dados, procura-se
agrupá-los e reduzi-los, sob forma de amostra, deixando de Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto
lado a aleatoriedade presente. Seguidamente o objetivo do (3, 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5 elementos, dividi-
estudo estatístico pode ser o de estimar uma quantidade da por 5. Assim:
ou testar uma hipótese, utilizando-se técnicas estatísticas
3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
convenientes, as quais realçam toda a potencialidade da x= ↔x= ↔x=7
Estatística, na medida em que vão permitir tirar conclusões 15 5
acerca de uma população, baseando-se numa pequena
amostra, dando-nos ainda uma medida do erro cometido. A média aritmética é 7.
Exemplo: Ao chegarmos a uma churrascaria, não pre-
cisamos comer todos os tipos de saladas, de sobremesas Média Aritmética Ponderada
e de carnes disponíveis, para conseguirmos chegar a con-
clusão de que a comida é de boa qualidade. Basta que seja Definição
provado um tipo de cada opção para concluirmos que es-
tamos sendo bem servidos e que a comida está dentro dos
A média dos elementos do conjunto numérico A relati-
padrões.
va à adição e na qual cada elemento tem um “determinado
peso” é chamada média aritmética ponderada.
Noção Geral de Média

Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e Cálculo da média aritmética ponderada
efetue uma certa operação com todos os elementos de A.
Se for possível substituir cada um dos elementos do Se x for a média aritmética ponderada dos elementos
conjunto A por um número x de modo que o resultado da do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1;
operação citada seja o mesmo diz-se, por definição, que x P2; P3; ...; Pn, respectivamente, então, por definição:
será a média dos elementos de A relativa a essa operação.
P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
Média Aritmética = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn
(P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
Definição = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,

A média dos elementos do conjunto numérico A relati-


va à adição é chamada média aritmética. P1 .x1; P2 .x2 ; P3 .x3;...Pn xn
x=
P1 + P2 + P3 + ...+ Pn
Cálculo da média aritmética
Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então:
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto
x1; x2 ; x3;...; xn que é a média aritmética simples.
numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição: x=
n

Conclusão
n parcelas
e, portanto, A média aritmética ponderada dos n elementos do
conjunto numérico A é a soma dos produtos de cada ele-
x=
x1; x2 ; x3;...; xn mento multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela
n soma dos pesos.

127
MATEMÁTICA

Exemplo Respostas

Calcular a média aritmética ponderada dos números 1) Resposta “5”.


35, 20 e 10 com pesos 2, 3, e 5, respectivamente. Solução:
M.A. ( 2 e 8 ) = 2 + 8 / 2 = 10 / 2 = 5 → M.A. ( 2 e 8 )
Resolução = 5.

Se x for a média aritmética ponderada, então: 2) Resposta “6”.


Solução:
2.35 + 3.20 + 5.10 70 + 60 + 50 180
x= ↔x= ↔x= ↔ x = 18 M.A. ( 3, 5 e 10 ) = 3 + 5 + 10 / 3 = 18 / 3 = 6 → M.A. (
2 + 3+ 5 10 10 3, 5 e 10 ) = 6.

A média aritmética ponderada é 18. 3) Resposta “10”.


Solução: Para resolver esse exercício basta fazer a
Observação: A palavra média, sem especificar se é arit- soma dos números e dividi-los por quatro, que é a quanti-
mética, deve ser entendida como média aritmética. dade de números, portanto:

Exercícios 11+ 7 + 13 + 9 40
M .A = = = 10
4 4
1. Determine a média aritmética entre 2 e 8.
Logo, a média aritmética é 10.
2. Determine a média aritmética entre 3, 5 e 10.

3. Qual é a média aritmética simples dos números 11, 4) Resposta “164”.


7, 13 e 9? Solução: Quando falamos de média aritmética simples,
ao diminuirmos um dos valores que a compõe, precisamos
4. A média aritmética simples de 4 números pares aumentar a mesma quantidade em outro valor, ou distribuí
distintos, pertences ao conjunto dos números inteiros não -la entre vários outros valores, de sorte que a soma total
nulos é igual a 44. Qual é o maior valor que um desses não se altere, se quisermos obter a mesma média.
números pode ter? Neste exercício,  três  dos elementos devem ter o me-
nor valor possível, de sorte que o quarto elemento tenha
5. Calcule a média aritmética simples em cada um dos o maior valor dentre eles, tal que a média aritmética seja
seguintes casos: igual a 44. Este será o maior valor que o quarto elemento
a) 15; 48; 36 poderá assumir.
b) 80; 71; 95; 100 Em função do enunciado, os três menores valores intei-
c) 59; 84; 37; 62; 10 ros, pares, distintos e não nulos são:2, 4 e 6. Identificando
d) 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 como x este quarto valor, vamos montar a seguinte equa-
ção:
6. Qual é a média aritmética ponderada dos números
10, 14, 18 e 30 sabendo-se que os seus pesos são respecti- 2+4+6+x
= 44
vamente 1, 2, 3 e 5? 4
7. Calcular a média ponderada entre 3, 6 e 8 para os Solucionando-a temos:
respectivos pesos 5 , 3 e 2.
8. Numa turma de 8ª série 10 alunos possuem 14 Logo, o maior valor que um desses números pode ter
anos, 12 alunos possuem 15 anos e oito deles 16 anos de é 164.
idade. Qual será a idade média dessa turma?
9. Determine a média salarial de uma empresa, cuja fo-
5) Solução:
lha de pagamento é assim discriminada:
a) (15 + 48 + 36)/3 =
99/3 = 33
Profissio- → Quantidade → Salário
nais b) (80 + 71 + 95 + 100)/4=
Serventes → 20 profissionais → R$ 320,00 346/4 = 86,5
c) (59 + 84 + 37 + 62 + 10)/5=
Técnicos → 10 profissionais → R$ 840,00 = 252/5
Engenhei- → 5 profissionais → R$ 1.600,00 = 50,4
ros
d) (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9)/9=
10. Calcule a média ponderada entre 5, 10 e 15 para os 45/9 =
respectivos pesos 10, 5 e 20. =5

128
MATEMÁTICA

6) Resposta “22”. Utilidades da Média


Solução: Neste caso a solução consiste em multiplicar- Geométrica
mos cada número pelo seu respectivo peso e somarmos
todos estes produtos. Este total deve ser então dividido Progressão Geométrica
pela soma total dos pesos:
Uma das utilizações deste tipo de média é na definição
10.1+ 14.2 + 18.3 + 30.5 10 + 28 + 54 + 150 242 de uma progressão geométrica que diz que em toda PG.,
= = = 22
1+ 2 + 3 + 5 11 11 qualquer termo é média geométrica entre o seu antece-
dente e o seu consequente:
Logo, a média aritmética ponderada é 22.
an = an−1 .an+1
7) Resposta “4,9”.
Solução:
Tomemos como exemplo três termos consecutivos de
3.5 + 6.3 + 8.2 15 + 18 + 16 49 uma PG.: 7, 21 e 63.
MP = = = = 4,9 Temos então que o termo 21 é média geométrica dos
5 + 3+ 2 10 10
termos 7 e 63.
8) Resposta “ ±14,93 ” Vejamos:
Solução:

14.10 + 15.12 + 16.8 140 + 180 + 128 448 7.63 ⇒ 441 ⇒ 21


MP = = = = ±14,93
10 + 12 + 8 30 30
Variações Percentuais em Sequência
9) Resposta “ ≅ R$651, 43 ”
Solução: Estamos diante de um problema de média Outra utilização para este tipo de média é quando es-
aritmética ponderada, onde as quantidades de profissio- tamos trabalhando com variações percentuais em sequên-
nais serão os pesos. E com isso calcularemos a média pon- cia.
derada entre R$ 320,00 , R$ 840,00 e R$ 1 600,00 e seus
respectivos pesos 20 , 10 e 5. Portanto: Exemplo

320.20 + 840.10 + 1600.5 22.800 Digamos que uma categoria de operários tenha um
MP = = ≅ R$651, 43
20 + 10 + 5 35 aumento salarial de 20% após um mês, 12% após dois me-
ses e 7% após três meses. Qual o percentual médio mensal
10) Resposta “11,42”. de aumento desta categoria?
Solução:
Sabemos que para acumularmos um aumento
5.10 + 10.5 + 15.20 50 + 50 + 300 400 de 20%, 12% e 7% sobre o valor de um salário, devemos
MP = = = = 11, 42
10 + 5 + 20 35 35 multiplicá-lo sucessivamente por 1,2, 1,12 e 1,07 que são
os fatores correspondentes a tais percentuais.
Média Geométrica
A partir dai podemos calcular a média geométrica des-
tes fatores:
Este tipo de média é calculado multiplicando-se todos
os valores e extraindo-se a raiz de índice n deste produto.
Digamos que tenhamos os números 4, 6 e 9, para ob- 3
1,2.1,12.1,07 ⇒ 3 1, 43808 ⇒ 1,128741
termos o valor médio geométrico deste conjunto, multipli-
camos os elementos e obtemos o produto 216. Como sabemos, um fator de 1, 128741 corresponde
Pegamos então este produto e extraímos a sua raiz cú- a 12, 8741% de aumento.
bica, chegando ao valor médio 6. Este é o valor percentual médio mensal do aumento
Extraímos a raiz cúbica, pois o conjunto é composto de salarial, ou seja, se aplicarmos três vezes consecutivas o
3 elementos. Se fossem n elementos, extrairíamos a raiz de percentual 12, 8741%, no final teremos o mesmo resultado
índice n. que se tivéssemos aplicado os percentuais 20%, 12% e 7%.

Neste exemplo teríamos a seguinte solução: Digamos que o salário desta categoria de operários
seja de R$ 1.000,00, aplicando-se os sucessivos aumentos
3
4.6.9 ⇒ 3 216 ⇒ 6 temos:

129
MATEMÁTICA

Salário +% Salário Salário +% Salário Aplicação Prática


Inicial Informado final inicial médio final
Dentre todos os retângulos com a área igual a 64 cm²,
R$ R$ R$ 12, R$
20% qual é o retângulo cujo perímetro é o menor possível, isto
1.000,00 1.200,00 1.000,00 8417 1.128,74
é, o mais econômico? A resposta a este tipo de questão é
R$ R$ R$ 12, R$ dada pela média geométrica entre as medidas do compri-
12%
1.200,00 1.334,00 1.287,74 8417 1.274,06 mento a e da largura b, uma vez que a.b = 64.
R$ R$ R$ 12, R$
7%
1.334,00 1.438,00 1.274,06 8417 1.438,08 A média geométrica G entre a e b fornece a medida
desejada.
Observe que o resultado final de R$ 1.438,08 é o mes- G = R[a × b] = R[64] = 8
mo nos dois casos. Se tivéssemos utilizado a média aritmé-
tica no lugar da média geométrica, os valores finais seriam Resposta
distintos, pois a média aritmética de 13% resultaria em um
salário final de R$ 1.442,90, ligeiramente maior como já era É o retângulo cujo comprimento mede 8 cm e é lógi-
esperado, já que o percentual de  13%  utilizado é ligeira- co que a altura também mede 8 cm, logo só pode ser um
mente maior que os 12, 8417% da média geométrica. quadrado! O perímetro neste caso é p = 32 cm. Em qual-
quer outra situação em que as medidas dos comprimentos
Cálculo da Média Geométrica forem diferentes das alturas, teremos perímetros maiores
do que 32 cm.
Em uma fórmula: a média geométrica de a1, a2, ..., an é
1/n Interpretação gráfica
⎛ n ⎞
⎜⎝ ∏ ai ⎟⎠ = (a1 .a2 ...an ) = a1 .a2 ...an
1/n n

i=1 A média geométrica entre dois segmentos de reta


pode ser obtida geometricamente de uma forma bastante
A média geométrica de um conjunto de números é simples.
sempre menor ou igual à média aritmética dos membros
desse conjunto (as duas médias são iguais se e somente se Sejam AB e BC segmentos de reta. Trace um segmento
todos os membros do conjunto são iguais). Isso permite a de reta que contenha a junção dos segmentos AB e BC, de
definição da média aritmética geométrica, uma mistura das forma que eles formem segmentos consecutivos sobre a
duas que sempre tem um valor intermediário às duas. mesma reta.
A média geométrica é também a média aritmética har-
mônica no sentido que, se duas sequências (an) e (hn) são
definidas:
an + hn x+y
an+1 = ,a1 =
2 2
Dessa junção aparecerá um novo segmento AC. Obte-
E nha o ponto médio O deste segmento e com um compasso
2 2 centrado em O e raio OA, trace uma semi-circunferência
hn+1 = ,h =
1 1 1 1 1
+ + começando em A e terminando em C. O segmento vertical
an hn x y traçado para cima a partir de B encontrará o ponto D na se-
então  an  e  hn  convergem para a média geométrica mi-circunferência. A medida do segmento BD corresponde
de x e y. à média geométrica das medidas dos segmentos AB e BC.

Cálculo da Media Geométrica Triangular Exercícios

Bom primeiro observamos o mapa e somamos as áreas 1. Determine a média proporcional ou geométrica
dos quadrados catetos e dividimos pela hipotenusa e no entre 2 e 8.
final pegamos a soma dos ângulos subtraindo o que esta
entre os catetos e dividimos por PI(3,1415...) assim desco- 2. Determine a média geométrica entre 1, 2 e 4.
brimos a media geométrica dos triângulos.
3. Determine a média geométrica entre dois números
Exemplo sabendo que a média aritmética e a média harmônica entre
eles são, respectivamente, iguais a 4 e 9.
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e
345, é dada por: 4. A média geométrica entre 3 números é 4. Quanto
devo multiplicar um desses números para que a média
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013 aumente 2 unidades ?

130
MATEMÁTICA

5. Qual é a média geométrica dos núme- Se não dispusermos de uma calculadora científica esta
ros 2, 4, 8, 16 e 32? solução ficaria meio inviável, pois como iríamos extrair tal
raiz, isto sem contar na dificuldade em realizarmos as mul-
6. Dados dois números quaisquer, a média aritmética tiplicações?
simples e a média geométrica deles são respectivamente
20 e 20,5. Quais são estes dois números? Repare que todos os números são potência de 2, po-
demos então escrever:
7. A média geométrica entre dois números é igual a 6.
Se a eles juntarmos o número 48, qual será a média geo-
métrica entre estes três números?
5
2.4.8.16.32 ⇒ 5 2.2 2.2 3.2 4.2 5

8. Calcule a média geométrica entre 4 e 9. Como dentro do radical temos um produto de potên-
cias de mesma base, somando-se os expoentes temos:
9. Calcule a média geométrica entre 3, 3, 9 e 81

10. Calcule a média geométrica entre 1, 1, 1, 32 e 234.


5
2.2 2.2 3.2 4.2 5 ⇒ 5 215

Respostas Finalmente dividindo-se o índice e o expoente por 5 e


resolvendo a potência resultante:
1) Resposta “4”.
Solução:
5
215 ⇒ 1 2 3 ⇒ 2 3 ⇒ 8

M .G.(2e8) = 2 2 × 8 = 16 = 4 ⇒ M .G.(2e8) = 4 Logo, a média geométrica deste conjunto é 8.

2) Resposta “2”. 6) Resposta “16, 25”.


Solução: Solução: Chamemos de  a e b estes dois números. A
média aritmética deles pode ser expressa como:
M .G.(1,2e4) = 3 1× 2 × 4 = 3 8 = 2 ⇒ M .G.(1,2e4) = 2

a+b
Observação: O termo média proporcional deve ser, = 20,5
apenas, utilizado para a média geométrica entre dois nú- 2
meros.
Já média geométrica pode ser expressa como:
3) Resposta “6”.
Solução: Aplicando a relação: g2 = a.h, teremos: a.b = 20

g2 = 4.9 → g2 = 36 → g = 6 → MG. (4, 9) = 6. Vamos isolar a na primeira equação:


27 a+b
4) Resposta “ ” = 20,5 ⇒ a + b = 20,5.2 ⇒ a = 41− b
8 2
Solução: Se a média geométrica entre 3 números é 4,
podemos escrever: Agora para que possamos solucionar a segunda equa-
ção, é necessário que fiquemos com apenas uma variável
na mesma. Para conseguirmos isto iremos substituir a por
M .G. = 3 x.y.z ⇒ 4 = 3 x.y.z ⇒ x.y.z = 64
41 - b:

( ) = 20
2
Se multiplicarmos um deles por m, a nova média será: a.b = 20 ⇒ (41− b).b = 20 ⇒ 41b − b 2 2

4 + 2 = 3 x.y.z.m ⇒ 6 = 3 x.y.z.m ⇒ x.y.z.m = 216 ⇒ 41b − b 2 = 400 ⇒ −b 2 + 41b − 400 = 0


216 27
e como x . y . z = 64 → 64 . m = 216 → m = = Note que acabamos obtendo uma equação do segun-
64 8 do grau:
5) Resposta “8”.
Solução: Se dispusermos de uma calculadora científica, -b2 + 41b - 400 = 0
este exercício pode ser solucionado multiplicando-se to-
dos os números e extraindo-se do produto final, a raiz de
índice cinco, pois se tratam de cinco números:
5
2.4.8.16.32 ⇒ 5 32768 ⇒ 8

131
MATEMÁTICA

Solucionando a mesma temos: Logo, ao juntarmos o número 48 aos dois números ini-
ciais, a média geométrica passará a ser 12.

−41 ± 412 − 4.(−1).(−400) 8) Resposta “6”.


−b 2 + 41b − 400 = 0 ⇒ b = Solução: G = 2 4.9 = 6
2.(−1)
⎧ −41+ 81 −41+ 9 −32 9) Resposta “9”.
⎪⎪b1 = ⇒ b1 = ⇒ b1 = ⇒ b1 = 16 Solução: G = 4 3.3.9.81 = 9
−2 −2 −2
⇒⎨
⎪b = −41− 81 ⇒ b = −41+ 9 ⇒ b = −50 ⇒ b = 25 10) Resposta “6”.
⎪⎩ 2 −2
2
−2
2
−2
2
Solução: G = 5 1.1.1.32.243 = 6

O número b pode assumir, portanto os valores 16 e 25. Mediana: é o valor que tem tantos dados antes dele,
É de se esperar, portanto que quando b for igual a 16, como depois dele. Para se medir a mediana, os valores de-
que a seja igual a 25 e quando b for igual a 25, que a seja vem estar por ordem crescente ou decrescente. No caso do
igual a 16. Vamos conferir. número de dados ser ímpar, existe um e só um valor central
Sabemos que a = 41 - b, portanto atribuindo a b um de que é a mediana. Se o número de dados é par, toma-se a
seus possíveis valores, iremos encontrar o valor de a. média aritmética dos dois valores centrais para a mediana.
É uma medida de localização do centro da distribui-
ção dos dados, definida do seguinte modo: Ordenados os
Para b = 16 temos:
elementos da amostra, a mediana é o valor (pertencente
ou não à amostra) que a divide ao meio, isto é, 50% dos
a = 41 - b ⇒ 41 - 16 ⇒ a = 25 elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e
os outros 50% são maiores ou iguais à mediana. 
Para b = 25 temos: Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, de-
pois de ordenada a amostra de n elementos: Se n é ímpar,
a = 41 - b ⇒ a = 41 - 25 ⇒ a = 16 a mediana é o elemento médio. Se n é par, a mediana é a
semi-soma dos dois elementos médios.
Logo, os dois números são 16, 25. A mediana, m, é uma medida de localização do centro
da distribuição dos dados, definida do seguinte modo:
7) Resposta “12”. Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o va-
Solução: Se chamarmos de  P o produto destes dois lor (pertencente ou não à amostra) que a divide ao meio, isto
números, a partir do que foi dito no enunciado podemos é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à
mediana e os outros 50% são maiores ou iguais à mediana.
montar a seguinte equação:
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, de-
P =6 pois de ordenada a amostra de n elementos:
- Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio.
Elevando ambos os membros desta equação ao qua- - Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois ele-
drado, iremos obter o valor numérico do produto destes mentos médios.
dois números:
2 Se se representarem os elementos da amostra orde-
P = 6 ⇒ ( P) = 6 2 ⇒ P = 36
nada com a seguinte notação: X1:n, X2:n, ..., Xn:n; então uma
expressão para o cálculo da mediana será:
Agora que sabemos que o produto de um número pelo
outro é igual 36, resta-nos multiplicá-lo por 48 e extraímos
a raiz cúbica deste novo produto para encontrarmos a mé-
dia desejada:

M = 3 36.48 ⇒ M = 3 (2 2.32 ).(2 4.3) ⇒ M = 3 2 6.33


⇒ M = 2 2.3 ⇒ M = 4.3 ⇒ M = 12

Note que para facilitar a extração da raiz cúbica, rea- Como medida de localização, a mediana é mais robusta
lizamos a decomposição dos números 36 e 48 em fatores do que a média, pois não é tão sensível aos dados. Consi-
primos. Acesse a página decomposição de um número na- deremos o seguinte exemplo: um aluno do 10º ano obteve
tural em fatores primos para maiores informações sobre as seguintes notas: 10, 10, 10, 11, 11, 11, 11, 12. A média e a
este assunto. mediana da amostra anterior são respectivamente.

132
MATEMÁTICA

=10.75 e =11

Admitamos que uma das notas de 10 foi substituída


por uma de 18. Neste caso a mediana continuaria a ser
Como medida de localização, a mediana é mais resis-
igual a 11, enquanto que a média subiria para 11.75.
tente do que a média, pois não é tão sensível aos dados.
- Quando a distribuição é simétrica, a média e a me-
diana coincidem.
- A mediana não é tão sensível, como a média, às ob-
servações que são muito maiores ou muito menores do
Média e Mediana: Se se representarmos os elementos
que as restantes (outliers). Por outro lado a média reflete o
da amostra ordenada com a seguinte notação: X1:n, X2:n,
valor de todas as observações.
..., Xn: “n” então uma expressão para o cálculo da mediana
será:
Assim, não se pode dizer em termos absolutos qual
Como medida de localização, a mediana é mais robus-
destas medidas de localização é preferível, dependendo do
ta do que a média, pois não é tão sensível aos dados.
contexto em que estão a ser utilizadas.
- Quando a distribuição é simétrica, a média e a me-
Exemplo: Os salários dos 160 empregados de uma
diana coincidem.
determinada empresa, distribuem-se de acordo com a se-
- A mediana não é tão sensível, como a média, às ob-
guinte tabela de frequências:
servações que são muito maiores ou muito menores do
que as restantes (outliers). Por outro lado a média reflete o
valor de todas as observações. Salário (em
75 100 145 200 400 1700
euros)
A média ao contrário da mediana, é uma medida muito Frequência
influenciada por valores “muito grandes” ou “muito peque- 23 58 50 20 7 2
absoluta
nos”, mesmo que estes valores surjam em pequeno núme-
ro na amostra. Estes valores são os responsáveis pela má Frequência
23 81 131 151 158 160
utilização da média em muitas situações em que teria mais acumulada
significado utilizar a mediana.
A partir do exposto, deduzimos que se a distribuição Calcular a média e a mediana  e comentar os resulta-
dos dados: dos obtidos.
- for aproximadamente simétrica, a média aproxima-se Resolução: = = (75.23+100.58+...+400.7+1700.2)/16
da mediana. 0 = 156,10
- for enviesada para a direita (alguns valores grandes Resolução: euros. m = semi-soma dos elementos de
como “outliers”), a média tende a ser maior que a mediana. ordem 80 e 81 = 100 euros.
- for enviesada para a esquerda (alguns valores peque- Comentário: O fato de termos obtido uma média de
nos como “outliers”), a média tende a ser inferior à media- 156,10 e uma mediana de 100, é reflexo do fato de exis-
na. tirem alguns, embora poucos, salários muito altos, relati-
vamente aos restantes. Repare-se que, numa perspectiva
social, a mediana é uma característica mais importante do
que a média. Na realidade 50% dos trabalhadores têm sa-
lário menor ou igual a 100 €, embora a média de 156,10 €
não transmita essa ideia.

Vejamos de uma outra forma: Sabes, quando a dis-


tribuição dos dados é simétrica ou aproximadamente si-
métrica, as medidas de localização do centro da amostra
(média e mediana) coincidem ou são muito semelhantes.
O mesmo não se passa quando a distribuição dos dados
é assimétrica, fato que se prende com a pouca resistência
da média.

Dado um histograma é fácil obter a posição da media- Representando as distribuições dos dados (esta obser-
na, pois esta está na posição em que passando uma linha vação é válida para as representações gráficas na forma de
vertical por esse ponto o histograma fica dividido em duas diagramas de barras ou de histograma) na forma de uma
partes com áreas iguais. mancha, temos, de um modo geral:

133
MATEMÁTICA

Qp =
Moda: é o valor que ocorre mais vezes numa distri-
buição, ou seja, é o de maior efetivo e, portanto, de maior onde representamos por [a], o maior inteiro contido
frequência. Define-se moda como sendo: o valor que sur- em a.
ge com mais frequência se os dados são discretos, ou, o
intervalo de classe com maior frequência se os dados são Aos quartis de ordem 1/4 e 3/4 , damos respectiva-
contínuos. Assim, da representação gráfica dos dados, ob- mente o nome de 1º quartil e 3º quartil. Exemplo: Tendo-se
tém-se imediatamente o valor que representa a moda ou decidido registrar os pesos dos alunos de uma determi-
a classe modal. Esta medida é especialmente útil para re- nada turma prática do 10º ano, obtiveram-se os seguintes
duzir a informação de um conjunto de dados qualitativos, valores (em kg):
apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os
quais não se pode calcular a média e por vezes a mediana.
52 56 62 54 52 51 60 61 56 55 56 54 57 67 61 49
Para um conjunto de dados, define-se moda como
sendo: o valor que surge com mais frequência  se os dados
são discretos, ou, o intervalo de classe com maior frequên- a) Determine os quantis de ordem 1/7, 1/2 e os 1º e
cia se os dados são contínuos. Assim, da representação 3º quartis.
gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que b) Um aluno com o peso de 61 kg, pode ser considera-
representa a moda ou a classe modal. do “normal”, isto é nem demasiado magro, nem demasiado
gordo?

Resolução: Ordenando a amostra anterior, cuja dimen-


são é 16, temos:

49 51 52 52 54 54 55 56 56 56 57 60 61 61 62 67

a) 16 . 1/7 = 16/7, onde [16/7] = 2 e Q1/7 = x3 : 16 = 52


16 . 1/4 = 4, onde Q1/2 = [x8 : 16 + x9 : 16]/2 = 56
Esta medida é especialmente útil para reduzir a infor- 16 . 1/2 = 8, onde Q1/4 = [x4 : 16 + x5 : 16]/2 = 53
mação de um conjunto de dados qualitativos, apresenta- 16 . 3/4 = 12, onde Q3/4 = [x12 : 16 + x13 : 16]/2 = 60.5
dos sob a forma de nomes ou categorias, para os quais não
se pode calcular a média e por vezes a mediana (se não
b) Um aluno com 61 kg pode ser considerado um pou-
forem susceptíveis de ordenação).
co “forte”, pois naquela turma só 25% dos alunos é que
têm peso maior ou igual a 60.5 kg.

Escalas – Tabelas – Gráficos

Tipos de gráficos: Os dados podem então ser repre-


sentados de várias formas:

Diagramas de Barras
Quartis: Generalizando a noção de mediana m, que
como vimos anteriormente é a medida de localização, tal
que 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais
a m, e os outros 50% são maiores ou iguais a m, temos a
noção de quartil de ordem p, com 0<p<1, como sendo
o valor Qp tal que 100p% dos elementos da amostra são
menores ou iguais a Qp e os restantes 100 (1-p)% dos ele-
mentos da amostra são maiores ou iguais a Qp.
Tal como a mediana, é uma medida que se calcula
a partir da amostra ordenada. Um processo de obter os
quartis é utilizando a Função Distribuição Empírica.
Generalizando ainda a expressão para o cálculo da me-
diana, temos uma expressão análoga para o cálculo dos
quartis:

134
MATEMÁTICA

Diagramas Circulares sim por diante. Apesar de não adotarmos nenhuma regra
formal para estabelecer as faixas, procuraremos utilizar, em
geral, de 5 a 8 faixas com mesma amplitude.

Eventualmente, faixas de tamanho desigual podem ser


convenientes para representar valores nas extremidades da
tabela. Exemplo:

Histogramas

Pictogramas
Gráfico de Barras: Para construir um gráfico de barras,
1ª (10) representamos os valores da variável no eixo das abscissas
2ª (8) e suas as frequências ou porcentagens no eixo das orde-
3ª (4) nadas. Para cada valor da variável desenhamos uma barra
4ª (5) com altura correspondendo à sua freqüência ou porcenta-
5ª (4) gem. Este tipo de gráfico é interessante para as variáveis
= 1 unidade qualitativas ordinais ou quantitativas discretas, pois permi-
te investigar a presença de tendência nos dados. Exemplo:
Tabela de Frequências: Como o nome indica, conte-
rá os valores da variável e suas respectivas contagens, as
quais são denominadas frequências absolutas ou simples-
mente, frequências. No caso de variáveis qualitativas ou
quantitativas discretas, a tabela de freqüência consiste em
listar os valores possíveis da variável, numéricos ou não, e
fazer a contagem na tabela de dados brutos do número de
suas ocorrências. A frequência do valor i será representada
por ni, a frequência total por n e a freqüência relativa por
fi = ni/n.
Para variáveis cujos valores possuem ordenação natu-
ral (qualitativas ordinais e quantitativas em geral), faz sen-
tido incluirmos também uma coluna contendo as frequên-
cias acumuladas f ac, obtidas pela soma das frequências
de todos os valores da variável, menores ou iguais ao valor
considerado.
No caso das variáveis quantitativas contínuas, que po-
dem assumir infinitos valores diferentes, é inviável cons-
truir a tabela de frequência nos mesmos moldes do caso Diagrama Circular: Para construir um diagrama circu-
anterior, pois obteríamos praticamente os valores originais lar ou gráfico de pizza, repartimos um disco em setores
da tabela de dados brutos. Para resolver este problema, circulares correspondentes às porcentagens de cada valor
determinamos classes ou faixas de valores e contamos o (calculadas multiplicando-se a frequência relativa por 100).
número de ocorrências em cada faixa. Por ex., no caso da Este tipo de gráfico adapta-se muito bem para as variáveis
variável peso de adultos, poderíamos adotar as seguintes qualitativas nominais. Exemplo:
faixas: 30 |— 40 kg, 40 |— 50 kg, 50 |— 60, 60 |— 70, e as-

135
MATEMÁTICA

Polígono de Frequência:
Semelhante ao histograma, mas construído a partir dos
pontos médios das classes. Exemplo:

Gráfico de Ogiva:
Apresenta uma distribuição de frequências acumula-
Histograma: O histograma consiste em retângulos das, utiliza uma poligonal ascendente utilizando os pontos
contíguos com base nas faixas de valores da variável e com extremos.
área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta
forma, a altura de cada retângulo é denominada densidade
de frequência ou simplesmente densidade definida pelo
quociente da área pela amplitude da faixa. Alguns autores
utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na cons-
trução do histograma, o que pode ocasionar distorções (e,
consequentemente, más interpretações) quando amplitu-
des diferentes são utilizadas nas faixas. Exemplo:

2.32 CONTAGEM E PROBABILIDADE:


PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA
CONTAGEM; E, PROBABILIDADE.

Análise Combinatória
Gráfico de Linha ou Sequência: Adequados para
apresentar observações medidas ao longo do tempo, enfa- Análise combinatória é uma parte da matemática que
tizando sua tendência ou periodicidade. Exemplo: estuda, ou melhor, calcula o número de possibilidades, e
estuda os métodos de contagem que existem em acertar
algum número em jogos de azar. Esse tipo de cálculo nas-
ceu no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo Fon-
tana (1500-1557), chamado também de Tartaglia. Depois,
apareceram os franceses Pierre de Fermat (1601-1665) e
Blaise Pascal (1623-1662). A análise desenvolve métodos
que permitem contar, indiretamente, o número de elemen-
tos de um conjunto. Por exemplo, se quiser saber quantos
números de quatro algarismos são formados com os alga-
rismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9, é preciso aplicar as propriedades
da análise combinatória. Veja quais propriedades existem:

- Princípio fundamental da contagem


- Fatorial
- Arranjos simples

136
MATEMÁTICA

- Permutação simples Técnicas de contagem: Na Técnica de contagem não


- Combinação importa a ordem.
- Permutação com elementos repetidos
Considere A = {a; b; c; d; …; j} um conjunto formado por
Princípio fundamental da contagem: é o mesmo que 10 elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca”.
a Regra do Produto, um princípio combinatório que indi-
ca quantas vezes e as diferentes formas que um aconteci- ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se
mento pode ocorrer. O acontecimento é formado por dois diferenciam pela natureza de um dos elemento.
estágios caracterizados como sucessivos e independentes: ac e ca são agrupamentos que podem ser considera-
dos distintos ou não distintos pois se diferenciam somente
• O primeiro estágio pode ocorrer de m modos distin- pela ordem dos elementos.
tos.
• O segundo estágio pode ocorrer de n modos distin- Quando os elementos de um determinado conjunto A
tos. forem algarismos, A = {0, 1, 2, 3, …, 9}, e com estes algaris-
mos pretendemos obter números, neste caso, os agrupa-
Desse modo, podemos dizer que o número de formas mentos de 13 e 31 são considerados distintos, pois indicam
diferente que pode ocorrer em um acontecimento é igual números diferentes.
ao produto m . n
Quando os elementos de um determinado conjunto A
Exemplo: Alice decidiu comprar um carro novo, e ini- forem pontos, A = {A1, A2, A3, A4, A5…, A9}, e com estes pon-
cialmente ela quer se decidir qual o modelo e a cor do seu tos pretendemos obter retas, neste caso os agrupamentos
novo veículo. Na concessionária onde Alice foi há 3 tipos são iguais, pois indicam a mesma reta.
de modelos que são do interesse dela: Siena, Fox e Astra,
sendo que para cada carro há 5 opções de cores: preto, Conclusão: Os agrupamentos...
vinho, azul, vermelho e prata. Qual é o número total de 1. Em alguns problemas de contagem, quando os
agrupamentos se diferirem pela natureza de pelo menos
opções que Alice poderá fazer?
um de seus elementos, os agrupamentos serão considera-
dos distintos.
Resolução: Segundo o Principio Fundamental da Con-
ac = ca, neste caso os agrupamentos são denominados
tagem, Alice tem 3×5 opções para fazer, ou seja,ela poderá
combinações.
optar por 15 carros diferentes. Vamos representar as 15 op-
ções na árvore de possibilidades:
Pode ocorrer: O conjunto A é formado por pontos e o
problema é saber quantas retas esses pontos determinam.
2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela
ordem de seus elementos, os problemas de contagem se-
rão agrupados e considerados distintos.
ac ≠ ca, neste caso os agrupamentos são denominados
arranjos.

Pode ocorrer: O conjunto A é formado por algarismos


e o problema é contar os números por eles determinados.

Fatorial: Na matemática, o fatorial de um número natu-


ral n, representado por n!, é o produto de todos os inteiros
positivos menores ou iguais a n. A notação n! foi intro-
duzida por Christian Kramp em 1808. A função fatorial é
normalmente definida por:

Por exemplo, 5! = 1 . 2 . 3 . 4 . 5 = 120

Note que esta definição implica em particular que 0!


Generalizações: Um acontecimento é formado por k = 1, porque o produto vazio, isto é, o produto de nenhum
estágios sucessivos e independentes, com n1, n2, n3, … , nk número é 1. Deve-se prestar atenção neste valor, pois este
possibilidades para cada. O total de maneiras distintas de faz com que a função recursiva (n + 1)! = n! . (n + 1) fun-
ocorrer este acontecimento é n1, n2, n3, … , nk cione para n = 0.

137
MATEMÁTICA

Os fatoriais são importantes em análise combinatória. Cálculo do número de permutação simples:


Por exemplo, existem n! caminhos diferentes de arranjar n
objetos distintos numa sequência. (Os arranjos são chama- O número total de permutações simples de n elemen-
dos permutações) E o número de opções que podem ser tos indicado por Pn, e fazendo k = n na fórmula An,k = n (n
escolhidos é dado pelo coeficiente binomial. – 1) (n – 2) . … . (n – k + 1), temos:

Pn = An,n= n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1)
(n – 2) . … .1 = n!

Portanto: Pn = n!
Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições
em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem Combinações Simples: são agrupamentos formados
com os elementos de um conjunto que se diferenciam so-
ou pela natureza dos elementos componentes. Seja A um
mente pela natureza de seus elementos. Considere A como
conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual
um conjunto com n elementos k um natural menor ou igual
a n. Os arranjos simples k a k dos n elementos de A, são os
a n. Os agrupamentos de k elementos distintos cada um,
agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem
que diferem entre si apenas pela natureza de seus elemen-
entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus elementos. tos são denominados combinações simples k a k, dos n
elementos de A.
Cálculos do número de arranjos simples:
Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com
Na formação de todos os arranjos simples dos n ele- elementos distintos. Com os elementos de A podemos for-
mentos de A, tomados k a k: mar 4 combinações de três elementos cada uma: abc – abd
– acd – bcd
n → possibilidades na escolha do 1º elemento.
n - 1 → possibilidades na escolha do 2º elemento, pois Se trocarmos ps 3 elementos de uma delas:
um deles já foi usado.
n - 2 → possibilidades na escolha do 3º elemento, pois Exemplo: abc, obteremos P3 = 6 arranjos disdintos.
dois deles já foi usado.
. abc abd acd bcd
.
. acb
n - (k - 1) → possibilidades na escolha do kº elemento, bac
pois l-1 deles já foi usado. bca
cab
No Princípio Fundamental da Contagem (An, k), o núme-
ro total de arranjos simples dos n elementos de A (tomados cba
k a k), temos:
An,k = n (n - 1) . (n - 2) . ... . (n – k + 1) Se trocarmos os 3 elementos das 4 combinações obte-
(é o produto de k fatores) mos todos os arranjos 3 a 3:
abc abd acd bcd
Multiplicando e dividindo por (n – k)! acb adb adc bdc
bac bad cad cbd
bca bda cda cdb
cab dab dac dbc
cba dba dca dcb
Note que n (n – 1) . (n – 2). ... .(n – k + 1) . (n – k)! = n! (4 combinações) x (6 permutações) = 24 arranjos
Podemos também escrever Logo: C4,3 . P3 = A4,3

Permutações: Considere A como um conjunto com n Cálculo do número de combinações simples: O núme-
elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, ro total de combinações simples dos n elementos de A re-
são denominados permutações simples de n elementos. De presentados por C n,k, tomados k a k, analogicamente ao
acordo com a definição, as permutações têm os mesmos exemplo apresentado, temos:
elementos. São os n elementos de A. As duas permutações a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k,
diferem entre si somente pela ordem de seus elementos. obtemos Pk arranjos distintos.

138
MATEMÁTICA

b) Trocando os k elementos das Cn,k . Pk arranjos dis- QUESTÕES


tintos.
01. Quantos números de três algarismos distintos po-
Portanto: Cn,k . Pk = An,k ou dem ser formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8?

A n,k 02. Organiza-se um campeonato de futebol com 14


C n,k = clubes, sendo a disputa feita em dois turnos, para que cada
Pk clube enfrente o outro no seu campo e no campo deste. O
Lembrando que: número total de jogos a serem realizados é:
(A)182
(B) 91
(C)169

(D)196
(E)160
Também pode ser escrito assim:
03. Deseja-se criar uma senha para os usuários de um
sistema, começando por três letras escolhidas entre as cin-
co A, B, C, D e E, seguidas de quatro algarismos escolhidos
entre 0, 2, 4, 6 e 8. Se entre as letras puder haver repetição,
mas se os algarismos forem todos distintos, o número total
Arranjos Completos: Arranjos completos de n elemen- de senhas possíveis é:
tos, de k a k são os arranjos de k elementos não necessa- (A) 78.125
riamente distintos. Em vista disso, quando vamos calcular (B) 7.200
os arranjos completos, deve-se levar em consideração os (C) 15.000
arranjos com elementos distintos (arranjos simples) e os (D) 6.420
elementos repetidos. O total de arranjos completos de n (E) 50
elementos, de k a k, é indicado simbolicamente por A*n,k
dado por: A*n,k = nk 04. (UFTM) – João pediu que Cláudia fizesse cartões
com todas as permutações da palavra AVIAÇÃO. Cláudia
executou a tarefa considerando as letras A e à como dife-
Permutações com elementos repetidos
rentes, contudo, João queria que elas fossem consideradas
como mesma letra. A diferença entre o número de cartões
Considerando: feitos por Cláudia e o número de cartões esperados por
João é igual a
α elementos iguais a a, (A) 720
β elementos iguais a b, (B) 1.680
γ elementos iguais a c, …, (C) 2.420
λ elementos iguais a l, (D) 3.360
(E) 4.320
Totalizando em α + β + γ + … λ = n elementos.
05. (UNIFESP) – As permutações das letras da palavra
Simbolicamente representado por Pnα, β, γ, …, λ o nú- PROVA foram listadas em ordem alfabética, como se fos-
mero de permutações distintas que é possível formarmos sem palavras de cinco letras em um dicionário. A 73ª pala-
com os n elementos: vra nessa lista é
(A) PROVA.
(B) VAPOR.
(C) RAPOV.
(D) ROVAP.
(E) RAOPV.
Combinações Completas: Combinações completas de
n elementos, de k a k, são combinações de k elementos
06. (MACKENZIE) – Numa empresa existem 10 dire-
não necessariamente distintos. Em vista disso, quando tores, dos quais 6 estão sob suspeita de corrupção. Para
vamos calcular as combinações completas devemos levar que se analisem as suspeitas, será formada uma comissão
em consideração as combinações com elementos distintos especial com 5 diretores, na qual os suspeitos não sejam
(combinações simples) e as combinações com elementos maioria. O número de possíveis comissões é:
repetidos. O total de combinações completas de n elemen- (A) 66
tos, de k a k, indicado por C*n,k (B) 72
(C) 90
(D) 120
(E) 124

139
MATEMÁTICA

07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola As três letras poderão ser escolhidas de 5 . 5 . 5 =125
possui um banco de questões de matemática composto maneiras.
de 5 questões sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4 Os quatro algarismos poderão ser escolhidos de 5 . 4 .
sobre retas. De quantas maneiras distintas a equipe pode 3 . 2 = 120 maneiras.
montar uma prova com 8 questões, sendo 3 de parábolas, O número total de senhas distintas, portanto, é igual a
2 de circunferências e 3 de retas? 125 . 120 = 15.000.
(A) 80
(B) 96 04.
(C) 240 I) O número de cartões feitos por Cláudia foi
(D) 640
(E) 1.280

08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre as- II) O número de cartões esperados por João era
sistidas por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para uma
eventualidade qualquer, dois particulares enfermeiros, por
serem os mais experientes, nunca são escalados para tra-
Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680
balharem juntos. Sabendo-se que em todos os grupos par-
ticipa um dos dois enfermeiros mais experientes, quantos 05. Se as permutações das letras da palavra PROVA fo-
grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser formados? rem listadas em ordem alfabética, então teremos:
(A) 06 P4 = 24 que começam por A
(B) 10 P4 = 24 que começam por O
(C) 12 P4 = 24 que começam por P
(D) 15
(E) 20 A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que
começa por R. Ela é RAOPV.
09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes
para concorrer a uma gincana. O número de maneiras dife- 06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita
rentes de formar duas equipes é de corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comis-
(A) 10 são de 5 diretores na qual os suspeitos não sejam maioria,
(B) 15 podem ser escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o
(C) 20 número de possíveis comissões é
(D) 25
(E) 30

10. Considere os números de quatro algarismos do sis-


tema decimal de numeração. Calcule:
a) quantos são no total;
b) quantos não possuem o algarismo 2;
c) em quantos deles o algarismo 2 aparece ao menos 07. C5,3 . C4,2 . C4,3 = 10 . 6 . 4 = 240
uma vez;
d) quantos têm os algarismos distintos;
e) quantos têm pelo menos dois algarismos iguais.
08.
Resoluções
I) Existem 5 enfermeiros disponíveis: 2 mais experientes
e outros 3.
01. II) Para formar grupos com 3 enfermeiros, conforme o
enunciado, devemos escolher 1 entre os 2 mais experientes
e 2 entre os 3 restantes.
02. O número total de jogos a serem realizados é A14,2 III) O número de possibilidades para se escolher 1 entre
= 14 . 13 = 182. os 2 mais experientes é

03.

Algarismos IV) O número de possibilidades para se escolher 2 en-


tre 3 restantes é

Letras

140
MATEMÁTICA

V) Assim, o número total de grupos que podem ser Então, 35 . 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo
formados é 2 . 3 = 6 anterior) vem 105:5 = 21, que é o coeficiente do sexto ter-
mo, conforme se vê acima.
09.
Observações:
10. 1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um poli-
a) 9 . A*10,3 = 9 . 103 = 9 . 10 . 10 . 10 = 9000 nômio.
b) 8 . A*9,3 = 8 . 93 = 8 . 9 . 9 . 9 = 5832 2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos .
c) (a) – (b): 9000 – 5832 = 3168 3) os coeficientes dos termos equidistantes dos extre-
d) 9 . A9,3 = 9 . 9 . 8 . 7 = 4536 mos , no desenvolvimento De (a + b)n são iguais .
e) (a) – (d): 9000 – 4536 = 4464 4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .

Binômio de Newton Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton

Denomina-se Binômio de Newton , a todo binômio da Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b)n
forma (a + b)n , sendo n um número natural . , sendo p um número natural, é dado por
Exemplo:  ⎛ n⎞
B = (3x - 2y)4 ( onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do T p+1 = ⎜ ⎟ .a n− p .b p
binômio] ). ⎝ p⎠

Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton onde


:
a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 ⎛ n⎞ n!
b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3 ⎜⎝ p ⎟⎠ = Cn. p = p!(n − p)!
c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5
é denominado Número Binomial e Cn.p é o número de
Nota:
combinações simples de n elementos, agrupados p a p, ou
Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que
seja, o número de combinações simples de n elementos
elas possuem uma lei de formação bem definida, senão ve-
de taxa p.
jamos:
Este número é também conhecido como Número
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos Combinatório.
são iguais ao expoente do binômio, ou seja, igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser Probabilidade
obtidos a partir da seguinte regra prática de fácil memori-
zação: Ponto Amostral, Espaço Amostral e Evento
Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e
dividimos o resultado pela ordem do termo. O resultado Em uma tentativa com um número limitado de resulta-
será o coeficiente do próximo termo. Assim por exemplo, dos, todos com chances iguais, devemos considerar:
para obter o coeficiente do terceiro termo do item (d) aci- Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos re-
ma teríamos: sultados possíveis.
5.4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo an- Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos resul-
terior (2 por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que é o tados possíveis; será representado por S e o número de
coeficiente do terceiro termo procurado. elementos do espaço amostra por n(S).
Observe que os expoentes da variável a decrescem de Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do espa-
n até 0 e os expoentes de b crescem de 0 até n. Assim o ço amostral; será representado por A e o número de ele-
terceiro termo é 10 a3b2 (observe que o expoente de a de- mentos do evento por n(A).
cresceu de 4 para 3 e o de b cresceu  de 1 para 2).
Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S,
binômio de Newton (a + b)7 será: portanto são eventos.
(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 Ø = evento impossível.
a2b5 + 7 ab6 + b7 S = evento certo.

Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º ter- Conceito de Probabilidade


mo (21 a2b5) ?
Pela regra: coeficiente do termo anterior = 35. Multipli- As probabilidades têm a função de mostrar a chance
camos 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer
resultado pela ordem do termo que é 5. um determinado evento A, que é simbolizada por P(A), de

141
MATEMÁTICA

um espaço amostral S ≠ Ø, é dada pelo quociente entre o


número de elementos A e o número de elemento S. Repre-
sentando:

Logo: P(A B) = P(A) + P(B) - P(A B)


Exemplo: Ao lançar um dado de seis lados, numerados
de 1 a 6, e observar o lado virado para cima, temos: Eventos Mutuamente Exclusivos
- um espaço amostral, que seria o conjunto S {1, 2, 3,
4, 5, 6}. A
- um evento número par, que seria o conjunto A1 = {2,
4, 6} C S.
- o número de elementos do evento número par é
n(A1) = 3. B
- a probabilidade do evento número par é 1/2, pois S

Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão deno-


Propriedades de um Espaço Amostral Finito e Não minados mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B = 0,
Vazio portanto: P(A B) = P(A) + P(B). Quando os eventos A1, A2,
A3, …, An de S forem, de dois em dois, sempre mutuamente
- Em um evento impossível a probabilidade é igual a exclusivos, nesse caso temos, analogicamente:
zero. Em um evento certo S a probabilidade é igual a 1.
Simbolicamente: P(Ø) = 0 e P(S) = 1. P(A1 A2 A3 … An) = P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... +
- Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤ P(An)
P(A) ≤ 1.
- Se A for o complemento de A em S, neste caso: P(A) Eventos Exaustivos
= 1 - P(A). Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S forem, de dois
em dois, mutuamente exclusivos, estes serão denominados
Demonstração das Propriedades exaustivos se A1 A2 A3 … An = S

Considerando S como um espaço finito e não vazio,


temos:

Então, logo:

Portanto: P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... + P(An) = 1

Probabilidade Condicionada

Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S,


finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é
dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo que
União de Eventos já ocorreu A. É representada por P(B/A).
Considere A e B como dois eventos de um espaço
amostral S, finito e não vazio, temos: Veja:

B
S

142
MATEMÁTICA

Eventos Independentes - As k vezes em que ocorre o evento A são quaisquer


entre as n vezes possíveis. O número de maneiras de esco-
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral lher k vezes o evento A é, portanto Cn,k.
S, finito e não vazio. Estes serão independentes somente - Sendo assim, há Cn,k eventos distintos, mas que pos-
quando: suem a mesma probabilidade pk . (1 – p)n-k, e portanto a
probabilidade desejada é: Cn,k . pk . (1 – p)n-k
P(A/N) = P(A) P(B/A) = P(B)
QUESTÕES
Intersecção de Eventos
01. A probabilidade de uma bola branca aparecer ao se
Considerando A e B como dois eventos de um espaço retirar uma única bola de uma urna que contém, exatamen-
amostral S, finito e não vazio, logo: te, 4 bolas brancas, 3 vermelhas e 5 azuis é:

(A) (B) (C) (D) (E)


02. As 23 ex-alunas de uma turma que completou o
Ensino Médio há 10 anos se encontraram em uma reunião
comemorativa. Várias delas haviam se casado e tido filhos.
A distribuição das mulheres, de acordo com a quantidade
de filhos, é mostrada no gráfico abaixo. Um prêmio foi sor-
Assim sendo: teado entre todos os filhos dessas ex-alunas. A probabili-
dade de que a criança premiada tenha sido um(a) filho(a)
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A) único(a) é
P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B)

Considerando A e B como eventos independentes,


logo P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B) =
P(A) . P(B). Para saber se os eventos A e B são independen-
tes, podemos utilizar a definição ou calcular a probabilida-
de de A ∩ B. Veja a representação:

A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou


A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) . P(B)

Lei Binominal de Probabilidade

Considere uma experiência sendo realizada diversas (A) (B) (C) (D) (E)
vezes, dentro das mesmas condições, de maneira que os
resultados de cada experiência sejam independentes. Sen- 03. Retirando uma carta de um baralho comum de 52
do que, em cada tentativa ocorre, obrigatoriamente, um cartas, qual a probabilidade de se obter um rei ou uma
evento A cuja probabilidade é p ou o complemento A cuja dama?
probabilidade é 1 – p.
04. Jogam-se dois dados “honestos” de seis faces, nu-
Problema: Realizando-se a experiência descrita exata- meradas de 1 a 6, e lê-se o número de cada uma das duas
mente n vezes, qual é a probabilidade de ocorrer o evento faces voltadas para cima. Calcular a probabilidade de serem
A só k vezes? obtidos dois números ímpares ou dois números iguais?

Resolução: 05. Uma urna contém 500 bolas, numeradas de 1 a 500.


- Se num total de n experiências, ocorrer somente k Uma bola dessa urna é escolhida ao acaso. A probabilidade
vezes o evento A, nesse caso será necessário ocorrer exata- de que seja escolhida uma bola com um número de três
mente n – k vezes o evento A. algarismos ou múltiplo de 10 é
- Se a probabilidade de ocorrer o evento A é p e do (A) 10%
evento A é 1 – p, nesse caso a probabilidade de ocorrer k (B) 12%
vezes o evento A e n – k vezes o evento A, ordenadamente, (C) 64%
é: (D) 82%
(E) 86%

06. Uma urna contém 4 bolas amarelas, 2 brancas e 3


bolas vermelhas. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a
probabilidade de ela ser amarela ou branca?

143
MATEMÁTICA

07. Duas pessoas A e B atiram num alvo com proba- 04. No lançamento de dois dados de 6 faces, nu-
bilidade 40% e 30%, respectivamente, de acertar. Nestas meradas de 1 a 6, são 36 casos possíveis. Consi-
condições, a probabilidade de apenas uma delas acertar derando os eventos A (dois números ímpares) e B
o alvo é: (dois números iguais), a probabilidade pedida é:
(A) 42%
(B) 45%
(C) 46%
(D) 48% 05. Sendo Ω, o conjunto espaço amostral, temos n(Ω)
(E) 50% = 500

08. Num espaço amostral, dois eventos independentes A: o número sorteado é formado por 3 algarismos;
A e B são tais que P(A U B) = 0,8 e P(A) = 0,3. Podemos A = {100, 101, 102, ..., 499, 500}, n(A) = 401 e p(A) =
401/500
concluir que o valor de P(B) é:
(A) 0,5
B: o número sorteado é múltiplo de 10;
(B) 5/7
B = {10, 20, ..., 500}.
(C) 0,6
(D) 7/15 Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do ter-
(E) 0,7 mo geral da P.A., em que
a1 = 10
09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro an = 500
pretas. Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de r = 10
cada bola antes de retirar a seguinte. A probabilidade de só Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 →
a primeira e a terceira serem brancas é: n = 50

Dessa forma, p(B) = 50/500.


(A) (B) (C) (D) (E)
A Ω B: o número tem 3 algarismos e é múltiplo de 10;
A Ω B = {100, 110, ..., 500}.
10. Uma lanchonete prepara sucos de 3 sabores: la- De an = a1 + (n – 1) . r, temos: 500 = 100 + (n – 1) . 10
ranja, abacaxi e limão. Para fazer um suco de laranja, são → n = 41 e p(A B) = 41/500
utilizadas 3 laranjas e a probabilidade de um cliente pedir
Por fim, p(A.B) =
esse suco é de 1/3. Se na lanchonete, há 25 laranjas, então
a probabilidade de que, para o décimo cliente, não haja
06.
mais laranjas suficientes para fazer o suco dessa fruta é:
Sejam A1, A2, A3, A4 as bolas amarelas, B1, B2 as brancas
e V1, V2, V3 as vermelhas.
(A) 1 (B) (C) (D) (E) Temos S = {A1, A2, A3, A4, V1, V2, V3 B1, B2} → n(S) = 9
A: retirada de bola amarela = {A1, A2, A3, A4}, n(A) = 4
B: retirada de bola branca = {B1, B2}, n(B) = 2
Respostas

01.

02.
A partir da distribuição apresentada no gráfico:
08 mulheres sem filhos.
07 mulheres com 1 filho. Como A B = , A e B são eventos mutuamente ex-
06 mulheres com 2 filhos. clusivos;
02 mulheres com 3 filhos. Logo: P(A B) = P(A) + P(B) =
Como as 23 mulheres têm um total de 25 filhos, a pro-
babilidade de que a criança premiada tenha sido um(a) fi-
lho(a) único(a) é igual a P = 7/25.
07.
03. P(dama ou rei) = P(dama) + P(rei) = Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocor-
rer os seguintes eventos:
(A) “A” acerta e “B” erra; ou
(B) “A” erra e “B” acerta.

144
MATEMÁTICA

Assim, temos:
P (A B) = P (A) + P (B)
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
!!,! = = = 126
P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30% 5! 4! 5! ∙ 24
P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30 !
P (A B) = 0,28 + 0,18 RESPOSTA: “A”.
P (A B) = 0,46
P (A B) = 46% 2. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR
SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais velho que Jorge de
08. forma que a razão entre o número de anagramas de seus
Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) . nomes representa a diferença entre suas idades. Se Jorge
P(B) e como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos: tem 20 anos, a idade de Renato é
A) 24.
P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B)
B) 25.
0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B)
C) 26.
0,7 . (PB) = 0,5 D) 27.
P(B) = 5/7. E) 28.
09. Representando por a proba- Anagramas de RENATO
bilidade pedida, temos: ______
6.5.4.3.2.1=720
=
= Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120 720
Razão dos anagramas: = 6!
120
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos
10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três
tipos de sucos e que os nove primeiros clientes foram ser- RESPOSTA: “C”.
vidos com apenas um desses sucos, então:
3. (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – CON-
I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é
SULPLAN/2013) Uma dona de casa troca a toalha de rosto
possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros do banheiro diariamente e só volta a repeti-la depois que
clientes, pois seriam necessárias 27 laranjas. já tiver utilizado todas as toalhas. Sabe-se que a dona de
II- Para que não haja laranjas suficientes para o próxi- casa dispõe de 8 toalhas diferentes. De quantas maneiras
mo cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito ela pode ter utilizado as toalhas nos primeiros 5 dias de
tenham pedido sucos de laranjas, e um deles tenha pedido um mês?
outro suco. A) 4650.
A probabilidade de isso ocorrer é: B) 5180.
C) 5460.
D) 6720.
E) 7260.

_____
8.7.6.5.4=6720

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES RESPOSTA: “D”.

4. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Leia o


trecho abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que
1. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
preenche corretamente a lacuna.
MA/2013) Dentre os nove competidores de um campeona- Com a palavra PERMUTA é possível formar ____ ana-
to municipal de esportes radicais, somente os quatro pri- gramas começados por consoante e terminados por vogal.
meiros colocados participaram do campeonato estadual. A) 120
Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem B) 480
formadas com quatro desses nove competidores? C) 1.440
A) 126 D) 5.040
B) 120
C) 224 _______
D) 212 P5.4.3.2.1 A=120
E) 156 120.2(letras E e U)=240

145
MATEMÁTICA

120+240=360 anagramas com a letra P E) 6500

360.4=1440 (serão 4 tipos por ter 4 consoantes) _______


7.6.5.4.3.2.1=5040
RESPOSTA: “C”. Anagramas são quaisquer palavras que podem ser for-
5. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a alter- madas com as letras, independente se formam palavras
nativa que apresenta o número de anagramas da palavra que existam ou não.
QUARTEL que começam com AR.
A) 80. RESPOSTA: “B”.
B) 120.
C) 240. 9. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO/2012) Analise
D) 720. as sentenças abaixo.
I. 4! + 3! = 7!
AR_ _ _ _ _ II. 4! ⋅ 3! = 12!
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1=120 III. 5! + 5! = 2 ⋅ 5!
É correto o que se apresenta em
RESPOSTA: “B”. A) I, apenas.
B) II, apenas.
6. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Uma lei de certo C) III, apenas.
país determinou que as placas das viaturas de polícia de- D) I, II e III.
veriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto
grego (24 letras). I falsa
Sendo assim, o número de placas diferentes será igual 4!=24
a 3!=6
A) 175.760.000.
7!=5040
B) 183.617.280.
II falsa
C) 331.776.000.
4! ⋅ 3! ≠12!
D) 358.800.000.
III verdadeira
5!=120
Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
5!+5!=240
_ _ _ _ _ _ _
2 ⋅ 5!=240
10 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 24 ⋅ 24 ⋅ 24 ⋅ 24=331.776.000

RESPOSTA: “C”. RESPOSTA: “C”.


7. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-
NISTRATIVO – FCC/2014) São lançados dois dados e mul- 10. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
tiplicados os números de pontos obtidos em cada um de- GRANRIO/2013) Uma empresa de propaganda pretende
les. A quantidade de produtos distintos que se pode obter criar panfletos coloridos para divulgar certo produto. O
nesse processo é papel pode ser laranja, azul, preto, amarelo, vermelho ou
A) 36. roxo, enquanto o texto é escrito no panfleto em preto, ver-
B) 27. melho ou branco.
C) 30. De quantos modos distintos é possível escolher uma
D) 21. cor para o fundo e uma cor para o texto se, por uma ques-
E) 18. tão de contraste, as cores do fundo e do texto não podem
ser iguais?
__ A) 13
6.6=36 B) 14
Mas, como pode haver o mesmo produto por ser dois C) 16
dados, 36/2=18 D) 17
E) 18
RESPOSTA: “E”.
__
8. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁ- 6.3=18
TICA – IMA/2014) Quantos são os anagramas da palavra
TESOURA? Tirando as possibilidades de papel e texto iguais:
A) 2300 P P e V V=2 possibilidades
B) 5040 18-2=16 possiblidades
C) 4500
D) 1000 RESPOSTA: “C”.

146
MATEMÁTICA

11. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU- A) 150


RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Numa sala B) 200
há 3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com inter- C) 410
ruptores independentes. De quantas maneiras é possível D) 216
ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2 ven- E) 320
tiladores ligados e 3 lâmpadas acesas?
A) 12. !!,! ∙ !!,! ∙ !!,!
B) 18.
C) 20. 6! 6.5!
D) 24. !!,! = = =6
1! 5! 5!
E) 36.
6 ∙ 6 ∙ 6 = 216
1ª possibilidade:2
!! ventiladores e 3 lâmpadas !
!!,! = =3 RESPOSTA: “D”.
!!!!
13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA
!! E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Um técnico judiciário
!!!,! = =4 deve agrupar 4 processos do juiz A, 3 do juiz B e 2 do juiz
!!!!
C, de modo que os processos de um mesmo juiz fiquem
!!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 4 = 12 sempre juntos e em qualquer ordem. A quantidade de
maneiras diferentes de efetuar o agrupamento é de
!
2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas A) 32.
B) 38.
!!
C) 288.
!!,! = =3 D) 864.
!!!!
E) 1728.
!!
!!,! = =1 Juiz A:P4=4!=24
!!!!
Juiz B: P3=3!=6
Juiz C: P2=2!=2
!!,! ∙ !!,! = 3 ∙ 1 = 3 _ _ _
! 24.6.2=288.P3=288.6=1728
3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas A P3 deve ser feita, pois os processos tem que ficar
!! juntos, mas não falam em que ordem podendo ser de
!!,! = =1 qualquer juiz antes.
!!!!
Portanto pode haver permutação entre eles.
!!
!!,! = !!!! = 4 RESPOSTA: “E”.

!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 4 = 4 14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA


E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) O Tribunal de Justiça
! está utilizando um código de leitura de barras composto
4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas por 5 barras para identificar os pertences de uma deter-
minada seção de trabalho. As barras podem ser pretas ou
!!
!!,! = !!!! = 1 brancas. Se não pode haver código com todas as barras
da mesma cor, o número de códigos diferentes que se
pode obter é de
!!
!!,! = !!!! = 1 A) 10.
B) 30.
C) 50.
!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 1 = 1 D) 150.
! E) 250.
Somando as possibilidades:12+3+4+1=20 _____
2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2=32 possibilidades se pudesse ser qual-
RESPOSTA: “C”. quer uma das cores
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
12. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁ- 32-2=30
TICA – IMA/2014) Se enfileirarmos três dados iguais, obte-
remos um agrupamento dentre quantos possíveis. RESPOSTA: “B”.

147
MATEMÁTICA

15. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR – 18. (TJ/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA
CESGRANRIO/2012) Certa empresa identifica as diferentes – FCC/2012) A palavra GOTEIRA é formada por sete letras
peças que produz, utilizando códigos numéricos compos- diferentes. Uma sequência dessas letras, em outra ordem,
tos de 5 dígitos, mantendo, sempre, o seguinte padrão: os é TEIGORA. Podem ser escritas 5040 sequências diferentes
dois últimos dígitos de cada código são iguais entre si, mas com essas sete letras. São 24 as sequências que terminam
diferentes dos demais. Por exemplo, o código “03344” é com as letras GRT, nessa ordem, e começam com as quatro
válido, já o código “34544”, não. vogais. Dentre essas 24, a sequência AEIOGRT é a primei-
Quantos códigos diferentes podem ser criados? ra delas, se forem listadas alfabeticamente. A sequência
A) 3.312 IOAEGRT ocuparia, nessa listagem alfabética, a posição de
B) 4.608 número
C) 5.040 A) 11.
D) 7.000 B) 13.
E) 7.290 C) 17.
_____ D) 22.
9.9.9.1.1=729 E) 23.
São 10 possibilidades para os últimos dois dígitos:
729.10=7290 A_ _ _ GRT P3=3!=6
E_ _ _ GRT P3=3!=6
RESPOSTA: “E”. IA_ _GRT P2=2!=2
IE_ _GRT P2=2!=2
16. (DNIT – ANALISTA ADMINISTRATIVO –ADMINIS- IOAEGRT-17ª da sequência
TRATIVA – ESAF/2012) Os pintores Antônio e Batista farão
uma exposição de seus quadros. Antônio vai expor 3 qua- RESPOSTA: “C”.
dros distintos e Batista 2 quadros distintos. Os quadros se-
rão expostos em uma mesma parede e em linha reta, sendo 19. (SEED/SP – AGENTE DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
que os quadros de um mesmo pintor devem ficar juntos. – VUNESP/2012) Um restaurante possui pratos principais e
Então, o número de possibilidades distintas de montar essa individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne
exposição é igual a: vermelha, 3 com frango, e 4 apenas com vegetais. Alber-
A) 5 to, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três
B) 12 pratos principais individuais, um para cada. Alberto não
C) 24 come carne vermelha nem frango, Bianca só come vege-
D) 6 tais, e Carolina só não come vegetais. O total de pedidos
E) 15 diferentes que podem ser feitos atendendo as restrições
Para Antônio alimentares dos três é igual a
_ _ _ P3=3!=6 A) 384.
B) 392.
Para Batista C) 396.
_ _ P2=2!=2 D) 416.
E pode haver permutação dos dois expositores: E) 432.

6.2.2=24 Para Alberto:5+4=9


Para Bianca:4
RESPOSTA: “C”. Para Carolina: 12
___
17. (CRMV/RJ – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUN- 9.4.12=432
DAÇÃO BIO-RIO/2014) Um anagrama de uma palavra é
um reordenamento de todas as suas letras. Por exemplo, RESPOSTA: “E”.
ADEUS é um anagrama de SAUDE e OOV é um anagrama
de OVO. A palavra MOTO possui a seguinte quantidade de 20. (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
anagramas: SPDM/2012) O total de números de 3 algarismos que ter-
A)8 minam por um número par e que podem ser formados pe-
B)10 los algarismos 3,4,5,7,8, com repetição, é de:
C)12 A) 50
D)16 B) 100
E)20
C) 75
Como tem letra repetida: D) 80
!! !∙!∙!∙!
O último algarismo pode ser 4 ou 8
!!! = !! = = 12 ___
! 5.5.2=50
!
RESPOSTA: “C”. RESPOSTA: “A”.

148
MATEMÁTICA

21. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- 15 técnicos arquivam e classificam


NISTRATIVO – FCC/2014) Dos 43 vereadores de uma ci- 46-15=31 arquivam e atendem
dade, 13 dele não se inscreveram nas comissões de Edu- 4 classificam e atendem
cação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos vereadores Classificam:15+4=19 como são 27 faltam 8
se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se
inscreveram apenas nas comissões de Educação e Saúde e
oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu
em apenas uma dessas comissões. O número de vereado-
res inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
A) 15.
B) 21.
C) 18.
D) 27. RESPOSTA: “B”.
E) 16.
23. (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARI-
7 vereadores se inscreveram nas 3. FADO I – FCC/2014) O diagrama indica a distribuição de
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o atletas da delegação de um país nos jogos universitários
12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer nos con- por medalha conquistada. Sabe-se que esse país conquis-
juntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos tou medalhas apenas em modalidades individuais. Sabe-se
três) ainda que cada atleta da delegação desse país que ganhou
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento bá- uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma meda-
sico. lha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). De acordo com o
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comis- diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país
sões, pois 13 dos 43 não se inscreveram. ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro.
Portanto, 30-7-12-8=3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 verea-
dores.

A análise adequada do diagrama permite concluir cor-


retamente que o número de medalhas conquistadas por
esse país nessa edição dos jogos universitários foi de
A) 15.
Só em saneamento se inscreveram: 3+7+8=18 B) 29.
C) 52.
RESPOSTA: “C”. D) 46.
E) 40.

22. (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Dos O diagrama mostra o número de atletas que ganharam
46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos 15 medalhas.
deles também estão aptos para classificar processos e os No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2
demais estão aptos para atender ao público. Há outros 11 por ser 2 medalhas e na intersecção das três medalhas mul-
técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não tiplica-se por 3.
são capazes de arquivar documentos. Dentre esses últimos
técnicos mencionados, 4 deles também são capazes de Intersecções:
classificar processos. Sabe-se que aqueles que classificam 6 ∙ 2 = 12
processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando que to- 1∙2=2
dos os técnicos que executam essas três tarefas foram cita- 4∙2=8
dos anteriormente, eles somam um total de 3∙3=9
A) 58. !
B) 65. Somando as outras:
C) 76. 2+5+8+12+2+8+9=46
D) 53.
E) 95. RESPOSTA: “D”.

149
MATEMÁTICA

24. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚ- O número de pessoas que preferem apenas a marca
DE NM – AOCP/2014) Qual é o número de elementos que C2 é zero.
formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos
do número 3, menores que 31? RESPOSTA: “A”.
A) 9
B) 10 (TJ/PE – OFICIAL DE JUSTIÇA – JUDICIÁRIO E ADMINIS-
C) 11 TRATIVO – FCC/2012) Em um clube com 160 associados,
D) 12 três pessoas, A, B e C (não associados), manifestam seu in-
E) 13 teresse em participar da eleição para ser o presidente deste
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30} clube. Uma pesquisa realizada com todos os 160 associa-
dos revelou que
10 elementos − 20 sócios não simpatizam com qualquer uma destas
pessoas.
RESPOSTA: “B”. − 20 sócios simpatizam apenas com a pessoa A.
− 40 sócios simpatizam apenas com a pessoa B.
(PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE − 30 sócios simpatizam apenas com a pessoa C.
NM – AOCP/2014) Considere dois conjuntos A e B, sabendo − 10 sócios simpatizam com as pessoas A, B e C.
que ! ∩ ! = {!}, ! ∪ ! = {!; !; !; !; !}!!!! − ! = {!; !},!!
assinale a alternativa que apresenta o conjunto B. A quantidade de sócios que simpatizam com pelo me-
A) {1;2;3} nos duas destas pessoas é
B) {0;3} A) 20.
C) {0;1;2;3;5} B) 30.
D) {3;5} C) 40.
E) {0;3;5} D) 50.
E) 60.
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é ele-
mento de B.
A-B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A ∪ B, tiramos que B={0;3;5}.

RESPOSTA: “E”.
(TJ/BA – ANAISTA JUDICIARIO – BANCO DE DADOS –
FAPERP/2012) Foi realizada uma pesquisa, com um grupo
de pessoas, envolvendo a preferência por até duas marcas
de carros dentre as marcas C1, C2 e C3. A pesquisa apre-
sentou os seguintes dados:
-59 preferem a marca C1
40 preferem a marca C2 A+B+C=90
-50 preferem a marca C3. Simpatiza com as três: 10
-17 preferem as marcas C1 e C2. Não simpatizam com nenhuma 20
-12 preferem as marcas C1 e C3 90+10+20 =120 pessoas
-23 preferem as marcas C2 e C3 Como têm 160 pessoas:
-49 não preferem nenhuma das três marcas. X+Y+Z=160-120=40 pessoas
Portanto, a quantidade de sócios que simpatizam com
O número de pessoas que preferem apenas a marca pelo menos 2 são 40 (dos sócios que simpatizam com duas
C2 é igual a pessoas) + 10 (simpatizam com três)=50
A) 0
B) 15 RESPOSTA: “D”.
C) 25.
D) 40.

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LÍNGUA INGLESA

3.1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. .........................................................................................................................................01


3.2 ESTRUTURAS GRAMATICAIS. ................................................................................................................................................................................01
3.2.1 Substantivos: gênero, número, contáveis e incontáveis. .......................................................................................................................01
3.2.2 Pronomes: pessoal, oblíquo, possessivo, reflexivo, demonstrativo, indefinido e interrogativo. ..........................................01
3.2.3 Adjetivos: grau comparativo de superioridade. .........................................................................................................................................01
3.2.4 Preposições: tempo e lugar. 3.2.5 Conjunções. .........................................................................................................................................01
3.2.6 Advérbios: tempo, lugar, modo e frequência. ............................................................................................................................................01
3.2.7 Numerais. 3.2.8 Artigos: definidos e indefinidos. ......................................................................................................................................01
3.2.9 Verbos: regulares e irregulares, (be, there be), modos, tempos (presente simples, passado simples e presente contí-
nuo), modal (can / can’t), demostrando habilidade, permissão e possibilidade. ..................................................................................01
3.2.10 Caso possessivo. ...................................................................................................................................................................................................01
3.2.11 Question tag e respostas curtas......................................................................................................................................................................01
LÍNGUA INGLESA

3.1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.


3.2 ESTRUTURAS GRAMATICAIS3.2.1 SUBSTANTIVOS: GÊNERO, NÚMERO, CONTÁVEIS
E INCONTÁVEIS. 3.2.2 PRONOMES: PESSOAL, OBLÍQUO, POSSESSIVO, REFLEXIVO,
DEMONSTRATIVO, INDEFINIDO E INTERROGATIVO. 3.2.3 ADJETIVOS: GRAU COMPARATIVO
DE SUPERIORIDADE. 3.2.4 PREPOSIÇÕES: TEMPO E LUGAR. 3.2.5 CONJUNÇÕES. 3.2.6
ADVÉRBIOS: TEMPO, LUGAR, MODO E FREQUÊNCIA. 3.2.7 NUMERAIS. 3.2.8 ARTIGOS:
DEFINIDOS E INDEFINIDOS. 3.2.9 VERBOS: REGULARES E IRREGULARES, (BE, THERE BE),
MODOS, TEMPOS (PRESENTE SIMPLES, PASSADO SIMPLES E PRESENTE CONTÍNUO),
MODAL (CAN / CAN’T), DEMOSTRANDO HABILIDADE, PERMISSÃO E POSSIBILIDADE. 3.2.10
CASO POSSESSIVO. 3.2.11 QUESTION TAG E RESPOSTAS CURTAS.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS EM INGLÊS

Língua é fundamentalmente um fenômeno oral. É, portanto indispensável desenvolver certa familiaridade com o idio-
ma falado, e mais especificamente, com a sua pronúncia, antes de se procurar dominar o idioma escrito.
A inversão desta sequência pode causar vícios de pronúncia resultantes da incorreta interpretação fonética das letras.
Principalmente no caso do aprendizado de inglês, onde a correlação entre pronúncia e ortografia é extremamente irregular
e a interpretação oral da ortografia muito diferente do português, e cuja ortografia se caracteriza também pela ausência
total de indicadores de sílaba tônica, torna-se necessário priorizar e antecipar o aprendizado oral.
Satisfeita esta condição ou não, o exercício de leitura em inglês deve iniciar a partir de textos com vocabulário reduzi-
do, de preferência com uso moderado de expressões idiomáticas, regionalismos, e palavras “difíceis” (de rara ocorrência).
Proximidade ao nível de conhecimento do aluno é pois uma condição importante. Outro aspecto, também importante, é
o grau de atratividade do texto. O assunto, se possível, deve ser de alto interesse para o leitor. Não é recomendável o uso
constante do dicionário, e este, quando usado, deve de preferência ser inglês - inglês. A atenção deve concentrar-se na
ideia central, mesmo que detalhes se percam, e o aluno deve evitar a prática da tradução. O leitor deve habituar-se a buscar
identificar sempre em primeiro lugar os elementos essenciais da oração, ou seja, sujeito, verbo e complemento. A maior
dificuldade nem sempre é entender o significado das palavras, mas sua função gramatical e consequentemente a estrutura
da frase.
O grau de dificuldade dos textos deve avançar gradativamente, e o aluno deve procurar fazer da leitura um hábito
frequente e permanente.

Técnicas de Leitura: Skimming e Scanning”

Existem diferentes estilos de leituras para diferentes situações. Páginas na internet, romances, livros textos, manuais,
revistas, jornais e correspondência são alguns dos itens lidos por pessoas todos os dias. Leitores eficientes e efetivos apren-
dem a usar muitos estilos de leitura para diferentes propósitos. Por exemplo, você pode ler por prazer, para obter informa-
ções ou para completar uma tarefa. A técnica escolhida irá depender do objetivo da leitura. Scanning, skimming, e leituras
críticas são diferentes estilos de leituras. Se você está procurando por informação, deve-se usar scanning para uma palavra
específica. Se você está explorando ou revendo um documento deve-se usar a skimming.
A compreensão do texto lido depende: da capacidade do leitor em relacionar ideias, estabelecer referências, fazer in-
ferências ou deduções lógicas, identificar palavras que sinalizam ideias, além da percepção de elementos que colaborem
na compreensão de palavras, como os prefixos e sufixos e não simplesmente, como muitos acreditam, o conhecimento de
vocabulário, ou seja, só o conhecimento de vocabulário é insuficiente para compreender um texto. Como a leitura é um
processo, para ler de forma mais ativa, rápida e, desse modo, mais efetiva, procure: “ quebrar o hábito de ler palavra por
palavra;
“ usar seu prévio conhecimento sobre o assunto;
“ dominar as estratégias que fortalecerão este processo;
“ prestar atenção ao contexto em que o texto está colocado;
“ fortalecer as estruturas gramaticais que sustentam a formulação das idéias apresentadas.

Prevendo o conteúdo de um texto

É a primeira coisa a fazer antes de começar a leitura do texto.


É possível, muitas vezes, antecipar ou prever o conteúdo de um texto, através do título, de um subtítulo, gráfico ou
figura incluídos. O título, quando bem escolhido, identifica o assunto do texto.

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LÍNGUA INGLESA

Técnica de leitura – Scanning

(habilidade de leitura em alta velocidade)


É uma habilidade que ajuda o leitor a obter informação de um texto sem ler cada palavra. É uma rápida visualização
do texto como um scanner faz quando, rapidamente, lê a informação contida naquele espaço. Scanning envolve mover os
olhos de cima para baixo na página, procurando palavras chaves, frases especificas ou ideias. Ao realizar o scanning procure
verificar se o autor fez uso de organizadores no texto, como: números, letras, passos ou as palavras primeiro, segundo, pró-
ximas. Procure por palavras em negrito, itálico, tamanhos de fontes ou cores diferentes. O processo de scanning é muito útil
para encontrar informações específicas de, por exemplo, um número de telefone numa lista, uma palavra num dicionário,
uma data de nascimento, ou de falecimento numa biografia, um endereço ou a fonte para a resposta de uma determinada
pergunta sua. Após “escanear” o documento, você deve usar a técnica de skimming.

Técnica de leitura – Skimming


O processo de skimming permite ao leitor identificar rapidamente a ideia principal ou o sentido geral do texto. O uso
do skimming é frequente quando a pessoa tem muito material para ler em pouco tempo. Geralmente a leitura no skimming
é realizada com a velocidade de três a quatro vezes maior que a leitura normal. Diferentemente do scanning, skimming é
mais abrangente; exige conhecimento de organização de texto, a percepção de dicas de vocabulário, habilidade para inferir
ideias e outras habilidades de leitura mais avançadas.
Existem muitas estratégias que podem ser usadas ao realizar o skimming. Algumas pessoas lêem o primeiro e o último
parágrafo usando títulos, sumários e outros organizadores na medida que lêem a página ou a tela do monitor. Você pode
ler o titulo, subtítulo, cabeçalhos, e ilustrações. Considere ler somente a primeira sentença de cada parágrafo. Esta técnica
é útil quando você está procurando uma informação especifica em vez de ler para compreender. Skimming funciona bem
para achar datas, nomes, lugares e para revisar figuras e tabelas. Use skimming para encontrar a ideia principal do texto e
ver se um artigo pode ser de interesse em sua pesquisa.
Muitas pessoas consideram scanning e skimming como técnicas de pesquisa do que estratégias de leitura. Entretanto,
quando é necessário ler um grande volume de informação, elas são muito práticas, como exemplo durante a procura de
uma informação específica, de dicas, ou ao revisar informações. Assim, scanning e skimming auxiliam-no na definição de
material que será lido ou descartado.

1) Procure identificar os elementos essenciais da oração - o sujeito e o verbo.


O português se caracteriza por uma certa flexibilidade com relação ao sujeito. Existem as figuras gramaticais do sujeito
oculto, indeterminado e inexistente, para justificar a ausência do sujeito. Mesmo quando não ausente, o sujeito frequente-
mente aparece depois do verbo, e às vezes até no fim da frase (ex: Ontem apareceu um vendedor lá no escritório).
O inglês é mais rígido: praticamente não existem frases sem sujeito e ele aparece sempre antes do verbo em frases
afirmativas e negativas. O sujeito é sempre um nome próprio (ex: Paul is my friend), um pronome (ex: He’s my friend) ou
um substantivo (ex: The house is big).
Pode-se dizer que o pensamento em inglês se estrutura a partir do sujeito; em seguida vêm o verbo, o complemento,
e os adjuntos adverbiais. Para uma boa interpretação de textos em inglês, não adianta reconhecer o vocabulário apenas; é
preciso compreender a estrutura, e para isso é de fundamental importância a identificação do verbo e do sujeito.

2) Não se atrapalhe com os substantivos em cadeia. Leia-os de trás para frente.


A ordem normal em português é substantivo – adjetivo (ex: casa grande), enquanto que em inglês é o inverso (ex: big
house). Além disto, qualquer substantivo em inglês é potencialmente também um adjetivo, podendo ser usado como tal.
Exemplos:
brick house = casa de tijolos
vocabulary comprehension test = teste de compreensão de vocabulário health quality improvement measures = medi-
das de melhoramento da qualidade da saúde
English vocabulary comprehension test = teste de compreensão de vocabulário de inglês
Sempre que o aluno se defrontar com um aparente conjunto de substantivos enfileirados, deve lê-los de trás para
diante intercalando a preposição “de”.

3) Cuidado com o sufixo ...ing.


O aluno principiante tende a interpretar o sufixo ...ing unicamente como gerúndio, quando na maioria das vezes ele
aparece como forma substantivada de verbo ou ainda como adjetivo. Se a palavra terminada em ...ing for um substantivo,
poderá figurar na frase como sujeito, enquanto que se for um verbo no gerúndio, jamais poderá ser interpretado como
sujeito nem como complemento. Este é um detalhe que frequentemente compromete seriamente o entendimento.

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LÍNGUA INGLESA

gerund – Ex: We are planning to ...


(gerúndio)        What are you doing?
noun – zEx: He likes fishing and camping, and hates accounting.
...ing
(substantivo)        This apartment building is new.
adjective – Ex: This is interesting and exciting to me.
(adjetivo)        That was a frightening explosion.

4) Familiarize-se com os principais sufixos.

A utilidade de se conhecer os principais sufixos e suas respectivas regras de formação de palavras, do ponto de vista
daquele que está desenvolvendo familiaridade com inglês, está no fato de que este conhecimento permite a identificação
da provável categoria gramatical mesmo quando não se conhece a palavra no seu significado, o que é de grande utilidade
na interpretação de textos.
Vejam as regras de formação de palavras abaixo e seus respectivos sufixos, com alguns exemplos:

SUBSTANTIVO + ...ful = ADJETIVO (significando full of …, having …) SUBSTANTIVO + ...less = ADJETIVO (signifi-
cando without …)

SUBSTANTIVO ...ful ADJETIVO ...less ADJETIVO

care (cuidado) careful (cuidadoso) careless (descuidado)


harm (dano, prejuízo) harmful (prejudicial) harmless (inócuo, inofensivo)
hope (esperança) hopeful (esperançoso) hopeless (que não tem esperança)
meaning (significado) meaningful (significativo) meaningless (sem sentido)
pain (dor) painful (doloroso) painless (indolor)
power (potência) powerful (potente) powerless (impotente)
use (uso) useful (útil) useless (inútil)
beauty (beleza) beautiful (belo, bonito) -
skill (habilidade) skillful (habilidoso) -
wonder (maravilha) wonderful (maravilhoso) -

end (fim) - endless (interminável)


home (casa) - homeless (sem-teto)
speech (fala) - speechless (sem fala)
stain (mancha) - stainless (sem mancha, inoxidável)
top (topo) - topless (sem a parte de cima)
wire (arame, fio) - wireless (sem fio)
worth (valor) - worthless (que não vale nada)

SUBSTANTIVO + …hood = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser).
Há cerca de mil anos atrás, no período conhecido como Old English, hood era uma palavra independente, com um significa-
do amplo, relacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível social, condição. A palavra ocorria em conjunto com outros
substantivos para posteriormente, com o passar dos séculos, se transformar num sufixo.

SUBSTANTIVO CONTÁVEL …hood SUBSTANTIVO ABSTRATO

adult (adulto) adulthood (maturidade)


brother (irmão) brotherhood (fraternidade)
child (criança) childhood (infância)
father (pai) fatherhood (paternidade)
mother (mãe) motherhood (maternidade)
neighbor (vizinho) neighborhood (vizinhança)

3
LÍNGUA INGLESA

SUBSTANTIVO + …ship = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de ser).
A origem do sufixo _ship é uma história semelhante à do sufixo _hood. Tratava-se de uma palavra independente na época
do Old English, relacionada a shape e que tinha o significado de criar, nomear. Ao longo dos séculos aglutinou-se com o
substantivo a que se referia adquirindo o sentido de estado ou condição de ser tal coisa.

SUBSTANTIVO CONTÁVEL …ship SUBSTANTIVO ABSTRATO

citizen (cidadão) citizenship (cidadania)


dealer (negociante, revendedor) dealership (revenda)
dictator (ditador) dictatorship (ditadura)
friend (amigo) friendship (amizade)
leader (líder) leadership (liderança)
member (sócio, membro de um clube) membership (qualidade de quem é sócio)
owner (proprietário) ownership (posse, propriedade)
partner (sócio, companheiro) partnership (sociedade comercial)
relation (relação) relationship (relacionamento)

ADJETIVO + …ness = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o estado, a qualidade de).

ADJETIVO …ness SUBSTANTIVO ABSTRATO

dark (escuro) darkness (escuridão)


happy (feliz) happiness (felicidade)
kind (gentil) kindness (gentileza)
polite (bem-educado) politeness (boa educação)
selfish (egoísta) selfishness (egoísmo)
soft (macio, suave) softness (maciez, suavidade)
thick (grosso, espesso) thickness (espessura)
useful (útil) usefulness (utilidade)
weak (fraco) weakness (fraqueza)
youthful (com aspecto de jovem) youthfulness (característica de quem é jovem)

ADJETIVO + …ity = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o mesmo que o anterior: o estado, a qualidade de;
equivalente ao sufixo ...idade do português). Uma vez que a origem deste sufixo é o latim, as palavras a que se aplica são
na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança com o português.

ADJETIVO …ity SUBSTANTIVO ABSTRATO

able (apto, que tem condições de) ability (habilidade, capacidade)


active (ativo) activity (atividade)
available (disponível) availability (disponibilidade)
complex (complexo) complexity (complexidade)
flexible (flexível) flexibility (flexibilidade)
generous (generoso) generosity (generosidade)
humid (úmido) humidity (umidade)
personal (pessoal) personality (personalidade)
possible (possível) possibility (possibilidade)
probable (provável) probability (probabilidade)
productive (produtivo) productivity (produtividade)
responsible (responsável) responsibility (responsabilidade)
sincere (sincero) sincerity (sinceridade)

4
LÍNGUA INGLESA

VERBO + …tion (…sion) = SUBSTANTIVO (sufixo de alta produtividade significando o estado, a ação ou a instituição;
equivalente ao sufixo ...ção do português). A origem deste sufixo é o latim. Portanto, as palavras a que se aplica são na
grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança e equivalência com o português.

VERBO ...tion SUBSTANTIVO

accommodate (acomodar) accommodation (acomodação)


acquire (adquirir) acquisition (aquisição, assimilação)
act (atuar, agir) action (ação)
administer (administrar) administration (administração)
attend (participar de) attention (atenção)

cancel (cancelar) cancellation (cancelamento)


collect (coletar, colecionar) collection (coleta, coleção)
communicate (comunicar) communication (comunicação)
compose (compor) composition (composição)
comprehend (compreender) comprehension (compreensão)
confirm (confirmar) confirmation (confirmação)
connect (conectar) connection (conexão)
consider (considerar) consideration (consideração)
construct (construir) construction (construção)
contribute (contribuir) contribution (contribuição)
converse (conversar) conversation (conversação)
cooperate (cooperar) cooperation (cooperação)
correct (corrigir) correction (correção)
corrupt (corromper) corruption (corrupção)
create (criar) creation (criação)

define (definir) definition (definição)


demonstrate (demonstrar) demonstration (demonstração)
deport (deportar) deportation (deportação)
describe (descrever) description (descrição)
direct (direcionar) direction (direção)
discuss (discutir) discussion (discussão)
distribute (distribuir) distribution (distribuição)

educate (educar, instruir) education (educação, instrução)


elect (eleger) election (eleição)
evaluate (avaliar) evaluation (avaliação)
exaggerate (exagerar) exaggeration (exagero)
examine (examinar) examination (exame)
except (excluir, fazer exceção) exception (exceção)
explain (explicar) explanation (explicação)
explode (explodir) explosion (explosão)
express (expressar) expression (expressão)
extend (extender, prorrogar) extension (prorrogação)

form (formar) formation (formação)


found (fundar, estabelecer) foundation (fundação)

generalize (generalizar) generalization (generalização)


graduate (graduar-se, formar-se) graduation (formatura)

humiliate (humilhar) humiliation (humilhado)

5
LÍNGUA INGLESA

identify (identificar) identification (identificação)


imagine (imaginar) imagination (imaginação)
immerse (imergir) immersion (imersão)
incorporate (incorporar) incorporation (incorporação)
infect (infeccionar) infection (infecção)
inform (informar) information (informação)
inject (injetar) injection (injeção)
inspect (inspecionar) inspection (inspeção)
instruct (instruir) instruction (instrução)
intend (ter intenção, pretender) intention (intenção)
interpret (interpretar) interpretation (interpretação)
introduce (introduzir, apresentar) introduction (introdução, apresentação)
justify ( justificar, alinhar texto) justification ( justificação, alinhamento de texto)

legislate (legislar) legislation (legislação)


locate (localizar) location (localização)
lubricate (lubrificar) lubrication (lubrificação)

menstruate (menstruar) menstruation (menstruação)


modify (modificar) modification (modificação)
motivate (motivar) motivation (motivação)

nominate (escolher, eleger) nomination (escolha de um candidato)


normalize (normalizar) normalization (normalização)

obligate (obrigar) obligation (obrigação)


operate (operar) operation (operação)
opt (optar) option (opção)
organize (organizar) organization (organização)
orient (orientar) orientation (orientação)
permit (permitir) permission (permissão)
pollute (poluir) pollution (poluição)
present (apresentar) presentation (apresentação)
privatize (privatizar) privatization (privatização)
produce (produzir) production (produção)
promote (promover) promotion (promoção)
pronounce (pronunciar) pronunciation (pronúncia)
protect (proteger) protection (proteção)
qualify (qualificar) qualification (qualificação)
quest (buscar, procurar) question (pergunta)
receive (receber) reception (recepção)
reduce (reduzir) reduction (redução)
register (registrar) registration (registro)
regulate (regular) regulation (regulamento)
relate (relacionar) relation (relação)
repete (repetir) repetition (repetição)
revolt (revoltar-se) revolution (revolução)
salve (salvar) salvation (salvação)
select (selecionar) selection (seleção)
situate (situar) situation (situação)
solve (resolver, solucionar) solution (solução)
transform (transformar) transformation (transformação)
translate (traduzir) translation (tradução)
transmit (transmitir) transmission (transmissão)
transport (transportar) transportation (transporte)

6
LÍNGUA INGLESA

VERBO + …er = SUBSTANTIVO (significando o agente da ação; sufixo de alta produtividade).

VERBO ...er SUBSTANTIVO

bank (banco) banker (banqueiro)


blend (misturar) blender (liquidificador)
boil (ferver) boiler (tanque de aquecimento, caldeira)
call (chamar, ligar) caller (aquele que faz uma ligação telefônica)
compute (computar) computer (computador)
drum (tamborear, tocar bateria) drummer (baterista)
dry (secar) drier (secador)
drive (dirigir) driver (motorista)
erase (apagar) eraser (apagador, borracha)
fight (lutar) fighter (lutador, caça)
freeze (congelar) freezer (congelador)
interpret (interpretar) interpreter (intérprete)
kill (matar) killer (matador, assassino)
lead (liderar) leader (líder)
light (iluminar, acender) lighter (isqueiro)
lock (chavear) locker (armário de chavear)
love (amar) lover (amante)
manage (gerenciar) manager (gerente)
paint (pintar) painter (pintor)
photograph (fotografar) photographer (fotógrafo)
print (imprimir) printer (impressora)
prosecute (acusar) prosecuter (promotor)
publish (publicar) publisher (editor)
read (ler) reader (leitor)
record (gravar, registrar) recorder (gravador)
report (reportar) reporter (repórter)
rob (assaltar) robber (assaltante)
sing (cantar) singer (cantor)
smoke (fumar) smoker (fumante)
speak (falar) speaker (porta-voz, aquele que fala)
supply (fornecer) supplier (fornecedor)
teach (ensinar) teacher (professor)
train (treinar) trainer (treinador)
travel (viajar) traveler (viajante)
use (usar) user (usuário)
wait (esperar) waiter (garçom)
wash (lavar) washer (lavador, máquina de lavar)
work (trabalhar) worker (trabalhador, funcionário)
write (escrever) writer (escritor)

7
LÍNGUA INGLESA

VERBO + …able (...ible) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …ável ou …ível do português; sufixo de alta produtivida-
de). Sua origem é o sufixo _abilis do latim, que significa capaz de, merecedor de.

VERBO …able (...ible) ADJETIVO

accept (aceitar) acceptable (aceitável)


access (acessar) accesible (acessível)
achieve (realizar, alcançar um resultado) achievable (realizável)
advise (aconselhar) advisable (aconselhável)
afford (proporcionar, ter meios para custear) affordable (que dá para comprar)
apply (aplicar, candidatar-se a) applicable (aplicável)
avail (proporcionar, ser útil) available (disponível)
believe (acreditar, crer) believable (acreditável)
compare (comparar) comparable (comparável)
comprehend (abranger, compreender) comprehensible (abrangente, compreensível)
predict (predizer, prever) predictable (previsível)
question (questionar) questionable (questionável)
rely (confiar) reliable (confiável)
respond (responder) responsible (responsável)
sense (sentir) sensible (sensível)
trust (confiar) trustable (confiável)
understand (entender) understandable (inteligível)
value (valorizar) valuable (valioso)

VERBO + …ive (…ative) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …tivo ou …ível do português; sufixo de alta produtivida-
de). Sua origem é o sufixo _ivus do latim, que significa ter a capacidade de.

VERBO …ive (…ative) ADJETIVO

act (atuar) active (ativo)


administrate (administrar) administrative (administrativo)
affirm (afirmar) affirmative (affirmativo)
attract (atrair) attractive (atrativo)
communicate (comunicar) communicative (comunicativo)
conserve (conservar) conservative (conservador)
construct (construir) constructive (construtivo)
expend (gastar) expensive (caro)
explode (explodir) explosive (explosivo)
inform (informar) informative (informativo)
instruct (instruir) instructive (instrutivo)
interrogate (interrogar) interrogative (interrogativo)
offend (ofender) offensive (ofensivo)
prevent (prevenir) preventive (preventivo)
produce (produzir) productive (produtivo)

8
LÍNGUA INGLESA

ADJETIVO + …ly = ADVÉRBIO (o mesmo que o sufixo …mente do português; sufixo de alta produtividade).

ADJETIVO …ly ADVÉRBIO

actual (real) actually (de fato, na realidade)


approximate (aproximado) approximately (aproximadamente)
basic (básico) basically (basicamente)
careful (cuidadoso) carefully (cuidadosamente)
careless (descuidado) carelessly (de forma descuidada)
certain (certo) certainly (certamente)
dangerous (perigoso) dangerously (perigosamente)
efficient (eficiente) efficiently (eficientemente)
eventual (final) eventually (finalmente)
exact (exato) exactly (exatamente)
final (final) finally (finalmente)
fortunate (afortunado, feliz) fortunately (felizmente)
frequent (frequente) frequently (frequentemente)
hard (duro, difícil) hardly (dificilmente)
hopeful (esperançoso) hopefully (esperemos que)
important (importante) importantly (de forma importante)
late (tarde, último) lately (ultimamente)
natural (natural) naturally (naturalmente)
necessary (necessário) necessarily (necessariamente)
normal (normal) normally (normalmente)
obvious (óbvio) obviously (obviamente)
occasional (ocasional, eventual) occasionally (ocasionalmente, eventualmente)
original (original) originally (originalmente)
perfect (perfeito) perfectly (perfeitamente)
permanent (permanente) permanently (permanentemente)
quick (ligeiro) quickly (ligeiramente)
real (real) really (realmente)
recent (recente) recently (recentemente)
regular (regular) regularly (regularmente)
sincere (sincero) sincerely (sinceramente)
slow (lento) slowly (lentamente)
successful (bem-sucedido) successfully (de forma bem-sucedida)
sudden (repentino) suddenly (repentinamente)
unfortunate (infeliz) unfortunately (infelizmente)
urgent (urgente) urgently (urgentemente)
usual (usual) usually (usualmente, normalmente)

Veja uma lista mais completa de sufixos e prefixos em Word Formation (Morfologia - Formação de Palavras)

9
LÍNGUA INGLESA

5) Não se deixe enganar pelos verbos preposicionais.


Os verbos preposicionais, também chamados de phrasal verbs ou two-word verbs, confundem porque a adição da pre-
posição normalmente altera substancialmente o sentido original do verbo. Ex:

go off - disparar (alarme)


go - ir
go over - rever, verificar novamente

turn on - ligar
turn off - desligar
turn - virar, girar
turn down - desprezar
turn into - transformar em

put off - cancelar, postergar


put on - vestir, botar
put - colocar, botar put out - apagar (fogo)
put away - guardar
put up with - tolerar

6) Procure conhecer bem as principais palavras de conexão.


Words of connection ou words of transition são conjunções, preposições, advérbios, etc, que servem para estabelecer
uma relação lógica entre frases e ideias. Familiaridade com estas palavras é chave para o entendimento e a correta inter-
pretação de textos.

7) Cuidado com os falsos conhecidos.


Falsos conhecidos, também chamados de falsos amigos, são palavras normalmente derivadas do latim, que têm por-
tanto a mesma origem e que aparecem em diferentes idiomas com ortografia semelhante, mas que ao longo dos tempos
acabaram adquirindo significados diferentes.

8)  Use sua intuição, não tenha medo de adivinhar significados, e não dependa muito do dicionário.
Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário, uma vez que o
português é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário proveniente do latim. É principalmente no
vocabulário técnico e científico que aparecem as maiores semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário
cotidiano encontramos palavras que nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item
anterior). Estes, entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto confiar na
semelhança. Por exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, important, intelligent, interesting, manual, modern,
necessary, pronunciation, student, supermarket, test, vocabulary, etc., são palavras que brasileiros entendem sem saber nada
de inglês. Assim sendo, o aluno deve sempre estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo
que conhecemos do português, provavelmente tem o mesmo significado.
Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente recomendável para alunos
de nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e familiaridade com as características estruturais da gra-
mática do idioma. A leitura, entretanto, torna-se inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para
todas palavras cujo entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou
seja, concentrar-se na ideia central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não deve o leitor desistir na
primeira página por achar que nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com insistência e curiosidade. A probabilidade é
de que o entendimento aumente de forma surpreendente, à medida que o leitor mergulha no conteúdo do texto.

BIBLIOGRAFIA
Lado, Robert. Language teaching: A scientific approach. New York: McGraw Hill, 1964.

Itens gramaticais relevantes para a compreensão dos conteúdos semânticos.

Tempos Verbais

Verbo é a classe de palavras que nomeia, descreve um estado ou uma ação. A maioria dos verbos em Inglês é dividida
em verbos regulares (regular verbs) e verbos irregulares (irregular verbs). Os verbos irregulares são os que não são
conjugados da mesma maneira que os regulares e para os quais não existe uma regra geral; para cada verbo irregular há
uma regra. Em Inglês, toda a sentença precisa ter um verbo, pelo menos.

10
LÍNGUA INGLESA

Os tempos verbais na Língua Inglesa podem ser dividi- *OBSERVAÇÃO: Nas expressões que se referem a ida-
dos basicamente em quatro grupos: des o verbo to be equivale ao verbo ter, em Português.
1. Simple Tenses; Verbo To Be - Presente do Indicativo / Verb To Be -
2. Continuous Tenses / Progressive Tenses; Simple Present/Present Simple
3. Perfect Tenses / Perfect Simple Tenses; O Simple Present é o equivalente, na língua inglesa, ao
4. Perfect Continuous Tenses / Perfect Progressive Tenses. Presente do Indicativo, na língua portuguesa.
 
Começaremos a estudar os verbos a partir do Ver- - FORMAS:
bo “to be”, que é um dos verbos mais básicos em língua Apresentamos a seguir as formas do Simple Present
inglesa. (Presente Simples) do verbo to be. Na 1ª coluna encon-
  tra-se a forma sem contração e, na 2ª, mostramos a forma
Verbo to be - Verb to be contraída. A forma interrogativa não possui contração:
O verbo to be significa ser e estar em português e,
além desses dois significados, este verbo é muito usado no 1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA:
sentido de ficar (tornar-se). Observe os usos e as formas
deste verbo:
Forma sem Contração Forma Contraída
- USOS: I am I’m
You are You’re
Usa-se o verbo to be:
1. Para identificar e descrever pessoas e objetos: He is He’s
Richard is my friend. (Ricardo é meu amigo.) She is She’s
It is It’s
I am Italian. (Eu sou Italiano.) We are We’re
I’m from Spain. (Eu sou da Espa-
nha.) You are You’re
It is a computer. (Isto é um com- They are They’re
putador.)

They will be at the club waiting for me. (Eles estarão


no clube esperando por mim.)
They are French actors. (Eles são atores franceses.) Examples:
Your mother will be very happy if you tell the truth. I’m a waiter. (Eu sou garçom.)
(Sua mãe ficará muito feliz se você falar a verdade.)
I will be very grateful to you. (Eu ficarei muito grato
a você.)
Is she your sister? (Ela é sua irmã?)
They are friends of mine. (Eles são meus amigos.)
She is in the kitchen. (Ela está na cozinha.)
2. Nas expressões de tempo, idade* e lugar:
 
2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA:
It was raining this morning.
(Hoje de manhã estava cho- Forma sem Contração Forma Contraída
vendo.)
It is sunny today. (Hoje o dia I am not ---x---
está ensolarado.) You are not You aren’t
I am twenty years old. (Te-
He is not He isn’t
nho vinte anos.)
She is not She isn’t
It is not It isn’t
We are spending our
vacation in San Francisco. We are not We aren’t
(Estamos passando nossas You are not You aren’t
férias em São Francisco.)
They are not They aren’t
Rachel is four years older
than me.
Examples:
(Raquel é quatro anos mais
Mary is not happy. (Mary não está feliz.)
velha do que eu.)
It is not correct. [(Isto) Não está certo.]

11
LÍNGUA INGLESA

 3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGA- 2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA:


TIVA:

Forma Sem Contração Forma Contraída


Forma sem Contração Forma Contraída
I was not I wasn’t
am I? ---x--- You were not You weren’t
are you? ---x--- He was not He wasn’t
is he? ---x--- She was not She wasn’t
is she? ---x--- It was not It wasn’t
is it? ---x--- We were not We weren’t
are we? ---x--- You were not You weren’t
are you? ---x--- They were not They weren’t
are they? ---x---
Examples:

They were not good students. (Eles não eram bons


Example: alunos.)
Is she a journalist? (Ela é jornalista?) Mary wasn’t the main actress. (Mary não era a atriz
principal.)

Verbo To Be - Passado / Verb To Be - Past Simple/ 3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGA-


Simple Past TIVA:

- FORMAS:
Forma Sem Contração Forma Contraída
Apresentamos a seguir as formas do Simple Past
(Passado Simples) do verbo to be. As formas afirmativas was I? ---x---
e interrogativas do Simple Past não possuem contração; a were you? ---x---
forma negativa é organizada da seguinte maneira: na 1ª
was he? ---x---
coluna encontra-se a forma sem contração e na 2ª, mostra-
mos a forma contraída: was she? ---x---
was it? ---x---
1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA:
were we? ---x---
were you? ---x---
Forma Sem Contração Forma Contraída were they? ---x---

I was ---x---
You were ---x--- Example:
He was ---x--- Were you occupied when I called to you? (Você esta-
va ocupado quando lhe liguei?)
She was ---x---
It was ---x---
We were ---x--- Verbo To Be - Futuro / Verb To Be - Simple Future
You were ---x--- Apresentamos a seguir as formas do Simple Future
(Futuro Simples) do verbo to be. Na 1ª coluna encontra-
They were ---x--- se a forma sem contração e na 2ª, mostramos a forma con-
traída. A forma interrogativa não possui contração:
Examples:

We were in a hurry last night and didn’t stop to talk to


him. (Estávamos com pressa ontem à noite e não paramos
para falar com ele.)
It was too cold yesterday. (Estava muito frio ontem.)

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LÍNGUA INGLESA

1 - AFFIRMATIVE FORM / FORMA AFIRMATIVA: Examples:


I won’t be here next week. (Não estarei aqui na sema-
na que vem.)
Forma Sem Contração Forma Contraída He will not be a spoiled child. (Ele não será uma crian-
ça mimada.)
I will be I’ll be
We will not be ready to play the game tomorrow. (Não
You will be You’ll be estaremos preparados para jogar o jogo amanhã.)

He will be He’ll be 3 - INTERROGATIVE FORM / FORMA INTERROGA-


TIVA:
She will be She’ll be

It will be It’ll be Forma Sem Contração Forma Contraída


We will be We’ll be
will I be? ---x---
You will be You’ll be
will you be? ---x---
They will be They’ll be
will he be? ---x---
will she be? ---x---
Examples:
We will be on vacation next month. will it be? ---x---
(Estaremos de férias no mês que
vem.) will we be? ---x---
I think it will be raining tomorrow.
will you be? ---x---
(Acho que estará chovendo ama-
nhã.) will they be? ---x---
She will be the most beautiful bride
in the whole world! (Ela será a noiva Examples:
mais linda do mundo inteiro!)
Will you be at home tomorrow evening? (Você vai es-
tar em casa amanhã à noite?)

Will I be late if I get there at nine o’clock? (Vou estar


I’ll be there at eight o’clock. atrasado se chegar lá às nove horas?)
(Estarei lá às oito horas.)
Will he be waiting for me in the station? (Ela estará
esperando por mim na estação?)
Seguem abaixo as principais formas que a língua ingle-
sa emprega para indicar o tempo de uma ação ou de um
2 - NEGATIVE FORM / FORMA NEGATIVA: estado relativo no momento da fala ou da escrita:

Forma Sem Contração Forma Contraída PRESENT SIMPLE

I will not be I’ll not be / I won’t be O PRESENT SIMPLE é usado para indicar um estado
que é considerado permanente ou uma ação que ocorre
You will not be You’ll not be / You won’t be sempre:
The sun rises in the east and sets in the west.
He will not be He’ll not be / He won’t be
(O sol nasce no leste e se põe no oeste.)
She will not be She’ll not be / She won’t be Every day he leaves the office at 5.30.
(Todo dia ele sai do escritório às 17h30.)
It will not be It’ll not be / It won’t be
We will not be We’ll not be / We won’t be My brother works at BBC.
(Meu irmão trabalha na BBC.)
You will not be You’ll not be / You won’t be
Um outro uso, menos frequente, é a indicação de uma
They’ll not be / They won’t ação que ocorre no momento em que se fala (uma demons-
They will not be
be tração ou um comentário sobre futebol, por exemplo.)

13
LÍNGUA INGLESA

Hooddle passes to Waddle, eho scores...


(Hoodle passa a bola para Waddle, que marca um gol...)

First I pour in the milk, then I add some flour...


(Primeiro coloco o leite, depois acrescento um pouco de farinha...)

No present simple , forma-se a 3ª pessoa do singular acrescentando-se ao infinitivo os sufixos –s ou –es, de


acordo com as Regras ortográficas.

he                                he                                                     he
she    walks                           she     watches                                   she     cries
it                                      it                                                        it

PRESENT CONTINUOUS

O present continuous é usado para indicar um estado atual ou um evento que está ocorrendo no momento da fala ou
próximo ao momento da fala, mas que não é considerado permanente:

He’s working for the BBC now.


(Ele está trabalhando na BBC agora.)

We’re living in a rented flat.


(Estamos morando em um apartamento alugado.)
He’s studing English.
(Ele está estudando inglês.)

It’s raining.
(Está chovendo.)

IMPORTANTE

Existem verbos que normalmente não se empregam na forma contínua em inglês, mesmo quando se referem a um
estado temporário. São eles:

to adore to imagine to need to remember to sound


to believe to know to owe to require to taste
to cost to like to please to resemble to think
to detest to love to prefer to see to understand
to hate to mean to recall to seem to want
to hear to mind to recognize to smell to wish

Alguns deles, no entanto, podem ser usados tanto no present continuous quanto no present simple, mas o seu signifi-
cado será diferente, dependendo da forma utilizada.

Veja as diferenças nos exemplos abaixo:

I think he is a good teacher. I’m thinking about going on holiday soon.


to think
(Eu acho que ele é um bom professor.) (Estou pensando em sair de férias em breve.)
The weather appears to be better. He’s appearing at the Royal Theatre now.
to appear
(Parece que o tempo está melhor.) (Ele está se apresentando no Royal Theatre agora.)

14
LÍNGUA INGLESA

PAST a)      Para um estado ou ação repetida ou contínua que


PAST SIMPLE começou no passado e ainda persiste:
O past simple é usado para indicar um evento concluí- b)      Um evento no passado que causou um efeito que
do no passado: ainda persiste ou que, de alguma forma, ainda é relevante
ao presente; no caso da forma negativa, refere-se a “não-o-
Exemplo: talked corrência” de um evento até o presente:
Para formar o past simple de verbos regulares,
acrescenta-se ao radical o sufixo –ed, como nesta frase: I have finished my homework so now I can play tennis.
(Eu terminei o meu dever de casa, agora posso jogar
tênis.)
He talked about his vacation.
(Ele falou sobre suas férias.)
I can’t write ai the moment because I’ve hurt my arm.
(Eu não posso escrever agora porque machuquei meu
The macht ended in a draw. braço.)
(O jogo terminou empatado.)
Talks have begun between América and Japan.
The train left five minutes ago. (As discussões entre os Estados Unidos e o Japão co-
(O trem partiu há cinco minutos.) meçaram.)

Também é usado para indicar um estado que começou The timetable has been changed.
e terminou no passado: (O horário foi mudado.)

I was a student at that time. Have you washed your hands?


(Eu era um estudante naquela época.) (Você lavou as mãos?)
She’s changed a lot.
USED TO (Ela mudou muito.)
A forma USED TO é utilizada para indicar ações habi-
tuais no passado e que não ocorrem mais no presente: The cat has fought again.
(O gato brigou de novo.)
They haven’t decided on the wedding date yet.
I used to cycle to school when I was a boy.
(Eles não decidiram a data do casamento ainda.)
(Eu ia para a escola de bicicleta quando era menino.) It has never been so hot in June.
(Nunca fez tanto calor em junho.)
PAST CONTINUOUS
O past continuous é aplicado para indicar uma ação c) Um evento que aconteceu no passado, em que o
que estava em andamento quando sobreveio outra. Nesse tempo não é mencionado. Essa forma é empregada princi-
caso a ação interrompida está no past continuous e a ação palmente para indicar uma experiência em que o evento é
que causou a interrupção está no past simple: mais importante que o tempo.
I have lived in London.
I was shaving when he arrived. (Eu morei em Londres.)
(Eu estava fazendo a barba quando ele chegou.)
It was raining when I woke up. I’ve never been here before.
(Estava chovendo quando eu acordei.) (Nunca estive aqui antes.)
It’s the best book I’ve ever read.
O past continuous também é usado para indicar situa- (É o melhor livro que já li.)
ções que estavam ocorrendo em um determinado momen-
to no passado. Essa forma é encontrada, geralmente, na PAST PERFECT SIMPLE e PAST PERFECT CONTI-
NUOUS
descrição literária de um acontecimento:
Esses tempos indicam um estado, ação repetida ou
contínua que durou até um ponto determinado no pas-
The sun was shining and the birds were singing. sado:
(O sol estava brilhando e os pássaros estavam cantan-
do.) They had been waiting for the bus for an hour qhen it
finally came.
PRESENT PERFECT SIMPLE e PRESENT PERFECT (Eles estavam esperando pelo ônibus havia uma hora
CONTINUOUS quando ele finalmente apareceu.)

Essas duas formas são empregadas em três situações O past perfect é usado quando duas ações acontece-
básicas. Todas elas dão ênfase a algum tipo de conexão ram no passado. A ação que ocorreu antes fica no past per-
entre o presente e o passado. fect e a que aconteceu depois no simple past.

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LÍNGUA INGLESA

We had just sat down when the doorbell rang. FUTURE COM PRESENT CONTINUOUS
(Nós acabáramos de sentar quando a campainha to- O present continuous pode ser usado para fazer refe-
cou.) rência a eventos que foram planejados para acontecer no
futuro. Seu uso é similar ao de GOING TO.
Someone had told them before we arrived.
(Alguém os tinha avisado antes de chegarmos.) England are playing against Scotland tonight.
FUTURE (A Inglaterra joga contra a Escócia hoje à noite.)

FUTURE COM WILL FUTURE PERFECT


O future com WILL é usado para fazer referência a O future perfect é formado com SHALL/WILL + HAVE
eventos que não podem ser controlados pelo sujeito, + particípio passado. Essa forma é empregada para indicar
como, por exemplo, previsões. ações  ou estados  que terão terminado em um certo pon-
to no futuro.
In 100 years the world will be a different place. On October 25th we will have been married for tem
(Daqui cem anos o mundo vai ser diferente.) years.
(No dia 25 de outubro vamos fazer dez anos de casa-
The journey will take over three hours. dos.)
(A viagem levará mais de três horas.)
He will have arrived by then.
WILL também é usado para ações tomadas pelo sujeito (A essa hora ele já está chegando.)
no momento da fala:
I shall have been here a month tomorrow.
I’ll answer the phone. (Amanhã vai fazer um mês que estou aqui.)
(Vou atender o telefone.)
OUTRAS EXPRESSÕES DE TEMPO
I will make a complain.
(Vou fazer uma reclamação.)
a) BE TO indica um evento programado:
FUTURE COM GOING TO
Elections are to be held next September.
(As eleições serão realizadas em setembro próximo.)
Essa forma de futuro indica a intenção das pessoas ao
que já foi decidido e vai acontecer num futuro muito pró-
The match was to have been played last Friday.
ximo.
(O jogo era para ter ocorrido na Sexta-feira passada.)
My brother is going to sell his house.
They were to leave today, but the flight eas cancelled.
(Meu irmão vai vender a casa dele.) (Eles iam viajar hoje, mas o vôo foi cancelado.)
She is going to visit her friends in the countryside next
week. Observações:
(Ela vai visitar seus amigos no interior na próxima se- - É também usado para dar instruções ou ordens:
mana.)
You are to come back as soon as it finishes.
A forma GIONG TO é usada quando podemos fazer (Você tem de voltar assim que terminar.)
uma previsão de que um fato vai acontecer no futuro devi- You are not to talk to me like that.
do a um indício presente. (Você não deve falar assim comigo.)

It’s cloudy. It’s going to rain. - Com NEVER, tem-se a ideia de “destino”:
(Está nublado. Vai chover.)
He was never to see her again.
FUTURE COM PRESENT SIMPLE (Ele nunca mais a veria novamente.)

O present simple é empregado para fazer referência She was never to recover.
a eventos futuros que são parte de uma programação ou (Nunca mais ela iria se recuperar.)
tabela de horários: b)      BE ABOUT TO indica uma ação iminente:

The sun rises at 5.31 tomorrow. We were about to go out when he rang.
(O Sol nasce às 5h31 amanhã.) (Estávamos para sair quando ele telefonou.)

The plane takes off in twenty minutes. I think it’s about to rain.
(O avião decola daqui a vinte minutos.) (Acho que já vai chover.)

16
LÍNGUA INGLESA

c)      JUST emprega-se com o present continuous e os tempos perfeitos para indicar ações que ocorrem no momento
em que se fala ou escreve ou em um momento próximo daquele em que se fala ou escreve:
It’s just starting to rain.
(Está começando a chover neste momento.)

They have just gone out.


(Acabaram de sair.)

He had just gone out when I got there.


(Ele tinha acabado de sair quando cheguei lá.)

REGRAS ORTOGRÁFICAS
Todos os verbos, inclusive os regulares, estão sujeitos às seguintes regras ortográficas:

a)      Se a última sílaba do radical terminar em uma consoante que não seja x, y ou w, for precedida de uma vogal (e
não de um ditongo) e for Tonica, dobra-se a consoante final antes de –ing e –ed:

clap clapping clapped


regret regretting regretted
admit admitting admitted
drop dropping dropped
occur occurring ocurred
star starring starred
fulfil fulfilling  fulfilled

Se a última sílaba não for a sílaba tônica da palavra, normalmente não se dobra a consoante final, como neste exemplo:

travel traveling traveled

Alguns verbos terminados com outras letras dobram a consoante final mesmo que a última sílaba não seja a sílaba
tônica:

workship workshipping workshipped


b) Os verbos terminados em consoante + -y têm esse y alterado para –i + -es na formação da 3ª pessoa do singular do
presente, e para –i + -ed na formação do past simple e  do particípio passado:

try tries tried


carry carries carried

IMPORTANTE
Os verbos terminados em vogal + y mantêm o y e recebem o sufixo –ed. Por exemplo: play – played.
Verbos terminados em –ie, ao contrário, trocam a terminação –ie por –y na formação do gerúndio:

Die dying
Lie lying

c) Os verbos terminados em –e átono perdem o e antes de se acrescentar –ing:

give giving
hope hoping
precede preceding
 
d) Os verbos terminados em –s, -z, -ch, -sh e –x formam a 3ª pessoa do singular do presente acrescentando-se –es a
suas terminação:

miss misses
fizz fizzes
scratch scratches
wish wishes
fix  fixes

17
LÍNGUA INGLESA

e) Os verbos TO DO e TO GO (e seus compostos) também formam a 3ª pessoa do singular do presente acrescentando-


se –es:

do does
go  goes

IMPORTANTE
Há um grande número de verbos em inglês que têm formas irregulares para o past simple e para o particípio passado.

2. MODELO DE CONJUGAÇÃO – TEMPOS SIMPLES E COMPOSTOS


Mostraremos a seguir os tempos simples e compostos dos verbos em inglês, apresentando como exemplos o verbo TO
WORK (trabalhar) para a voz ativa e o verbo TO WRITE (escrever) para a voz passiva:

FORMA AFIRMATIVA

Present simple: I work. (Eu trabalho.)


Past simple: I worked. (Eu trabalhei.)
Present continuous: I am working. (Eu estou trabalhando.)
Past continuous: I was working. (Eu estava trabalhando.)
Present perfect: I have work. (Eu trabalhei.)
Past perfect: I had worked. (Eu tinha trabalhado.)
Present perfect continuous: I have been worked. (Eu tenho trabalhado.)
Past perfect continuous: I had been working. (Eu tinha trabalhado.)
Present simple passive: The book is written. (O livro está escrito.)
Past simple passive: The book was written. (O livro foi escrito.)
Present continuous passive: The book was being written. (O livro estava sendo escrito.)
Present perfect passive: The book has been written. (O livro tem sido escrito.)
Past perfect passive: The book had been written. (O livro tinha sido escrito.)

FORMA NEGATIVA

Present simple: I do not work. (Eu não trabalho.)


Past simple: I did not work. (Eu não trabalhei.)
Present continuous: I am not working. (Eu não estou trabalhando.)
Past continuous: I was not working. (Eu não estava trabalhando.)
Present perfect: I have not work. (Eu não trabalhei.)
Past perfect: I had not worked. (Eu não tinha trabalhado.)
Present perfect continuous: I have not been worked. (Eu não tenho trabalhado.)
Past perfect continuous: I had not been working. (Eu não tinha trabalhado.)
Present simple passive: The book is not written. (O livro não está escrito.)
Past simple passive: The book was not written. (O livro não foi escrito.)
Present continuous passive: The book was not being written. (O livro não estava sendo escrito.)
Present perfect passive: The book has not been written. (O livro não tem sido escrito.)
Past perfect passive: The book had not been written. (O livro não tinha sido escrito.)

18
LÍNGUA INGLESA

FORMA INTERROGATIVA AFRIMATIVA E INTERROGATIVA NEGATIVA

Does he work? (Ele trabalha?)


Doesn’t he work? (Ele não trabalha?)
Did he work? (Ele trabalhou?)
Didn’t he work? (Ele não trabalhou?)
Is he working? (Ele está trabalhando?)
Isn’t he working? (Ele não está trabalhando?)
Was he working? (Ele estava trabalhando?)
Wasn’t he working? (Ele não estava trabalhando?)
Has he worked? (Ele trabalhou?)
Hasn’t he worked? (Ele não trabalhou?)
Had he worked? (Ele tinha trabalhado?)
Hadn’t he worked? (Ele não tinha trabalhado?)
Has he been working? (Ele tem trabalhado?)
Hasn’t he been working? (Ele não tem trabalhado?)
Had he been working? (Ele tinha trabalhado?)
Hadn’t he been working? (Ele não tinha trabalhado?)
Is the book written? (O livro está escrito?)
Isn’t the book written? (O livro não está escrito?)
Was the book being written? (O livro estava sendo escrito?)
Wasn’t the book being written? (O livro não estava sendo escrito?)
Is the book being written? (O livro está sendo escrito?)
Isn’t the book being written? (O livro não está sendo escrito?
Was the book being written? (O livro estava sendo escrito?)
Wasn’t the book being written? (O livro não estava sendo escrito?)
Has the book been written? (O livro foi escrito?)
Hasn’t the book been written? (O livro não foi escrito?)
Had the book been written? (O livro tinha sido escrito?)
Hadn’t the book been written? (O livro não tinha sido escrito?)

3.   VERBOS MODAIS


Modelo de conjugação dos modais
Os verbos modais em inglês são: CAN, MAY, SHALL, WILL, MUST, OUGHT TO,    USED TO, DARE, NEED. Principais formas:

AFIRMATIVA NEGATIVA
Forma Plena Forma contraída Forma Plena Forma contraída
Present can can not can’t
Past culd could not couldn’t
Present may may not -
Past might might not mightn’t
Present shall shall not shan’t
Past should should not shouldn’t
Present will ‘ll will not won’t

19
LÍNGUA INGLESA

Past would ‘d would not wouldn’t


Present must must not mustn’t
Present ought to ought not to oughtn’t to
usedn’t to
Past used to used not to
didn’t use to
Present dare* dare not daren’t
Present need* need not needn’t

*No inglês britânico TO DARE e TO NEED podem funcionar tanto como modais quanto como principais, sem nenhuma
diferença de significado.

Observação:
Os verbos modais também são chamados de “auxiliares secundários”, pois podem ser antepostos aos “auxiliares pri-
mários” TO HAVE, TO BE, e TO DO – esse último, quando está substituindo um verbo principal. Tais verbos apresentam no
máximo duas formas (present simple e past simple), não têm infinitivo, gerúndio, imperativo nem particípio passado e não
recebem o sufixo –s na 3ª pessoa do singular do present simple. Os modais são usados com a forma básica do verbo.

Usando-se WILL como exemplo, mostramos o paradigma completo do modal:

FORMA AFIRMATIVA FORMA NEGATIVA

He will work. He will not work.


(He’ll work.) (He won’t work.)

He would work. He would not work.


(He’d work.) (He wouldn’t work.)

He will be working. He will not be working.


(He’ll be working.) (He won’t be working.)

He would be working. He would not be working.


(He’d be working.) (He wouldn’t be working.)

He will have worked. He will not have worked.


(He’ll have worked.) (He won’t have worked.)

He would have worked. He would not have worked.


(He’d have worked.) (He wouldn’t have worked.)

He will have been working. He will not have been working.


(He’ll have been working.) (He won’t have been working.)

He would have been working. He would not have been working.


He’d have been working. (He wouldn’t have been working.)

The book will be written. The book would not be written.


(It’ll be written.) (It won’t be written.)

20
LÍNGUA INGLESA

The book would be written. The book would not be written.


(It’d be written.) (The book wouldn’t be written.)

The book will have been written. The book will not have been written.
(It’ll have been written.) (The book won’t have been written.)

The book would have been written. The book would not have been written.
It’d have been written. The book wouldn’t have been written.

INTERROGATIVA AFIRMATIVA INTERROGATIVA NEGATIVA

Will he not work?


Will he work?
(Won’t he work?)

Would not he work?


Would he work?
(Wouldn’t he work?)

Will he not be working?


Will he be working?
(Won’t he be working?)

Would he not be working?


Would he be working?
(Wouldn’t he be working?)

Will the book not be written?


Will the book be written?
(Won’t the book be written?)

Would the book not be written?


Would the book be written?
(Wouldn’t the book be written?)

Will the book have not been written?


Will the book have been written?
(Won’t the book have been written?)

Would the book have not been written?


Would the book have been written?
(Wouldn’t the book have been written?)

EMPREGO DOS MODAIS

Alguns modais equivalem a certos verbos em português. CAN e MAY, por exemplo, traduzem por “poder”, e MUST por
“dever”. WILL e SHALL, no entanto, não têm um correspondente exato em português. Em razão de no inglês haver mais
verbos desse tipo do que no português, este capítulo será estruturado de acordo com os significados expressos dos verbos,
e não pelo verbo em si, uma vez que cada modal tem diversas possibilidades de uso.
Vejamos agora os vários empregos dos verbos modais:

COULD, CAN MAY e MIGHT –


permissão

Existe uma gradação de formalidade (da informalidade gentil à formalidade fria, dependendo da circunstância.) CAN é
o menos formal e o mais direto. COLUD, MAY e MIGHT, os mais formais.

21
LÍNGUA INGLESA

You can use um umbrella if you like. That could explain his strange behaviour.
(Você pode usar meu guarda-chuva se quiser.) (Isso poderia explicar seu comportamento estranho.)

Could I ask a question? He can’t have been going to work at that time.
(Eu poderia fazer uma pergunta?) (Não é possível que ele tenha ido trabalhar àquela
hora.)
May I go now? It couldn’t have been na accident.
(Posso ir agora?) (Não podia ter sido um acidente.)
WILL, WOULD CAN e COULD - pedido
You may begin now. Para fazer um pedido de forma mais direta com um
(Você pode começar agora.) verbo modal usa-se WILL. WOULD é um pouco menos di-
reto, porém mais elegante. CAN denota mais delicadeza
Might I enquire what the reason for this is? ainda. COULD indica menos objetividade. Mas, como sem-
(Eu posso perguntar qual a razão disto?) pre, o uso desses verbos depende do contexto, do tom de
voz, etc.
CAN, COULD – capacidade Will you show me that letter?
This car can run 200 kph. (Você me mostra aquela carta?)
(Este carro pode chegar a 200 km/h.)
Would you move over a bit?
When I was younger I could run 100 meters in 12 se- (Você poderia se afastar um pouco?)
conds.
            (Quando eu era mais novo, podia correr 100 Can you help me lift this, please?
metros em 12 segundos.) (Pode me ajudar a levantar isto, por favor?)

Can you speak German? – No, but I could when I was Could you tell me how to get to the airport?
at school. (Poderia me dizer como chegar ao aeroporto?)
(Você sabe falar alemão? – Não, mas eu sabia quando
estava na escola.) WILL, SHALL – futuro
WILL e SHALL são os únicos modais que indicam es-
TO BE ABLE pecificamente o tempo, no caso, futuro. SHALL só é con-
Como os modais não têm infinitivo, emprega-se o ver- jugado na 1ª pessoa do singular o do plural (I e WE); WILL
bo TO BE ABLE para substituir CAN quando esta mão pode é conjugado nas demais pessoas. Contudo, atualmente se
ser usado por razões sintáticas. nota o uso de WILL para todas as pessoas.
No infinitivo: I shan’t be long.
It is important to be able to drive these days. (Não vou demorar.)
(É importante saber dirigir hoje em dia.)
We shall be expecting you.
Precedido de outro modal: (Vamos esperá-lo.)
You must be able to speak English to be a diplomat.
(Você tem de saber falar inglês para ser diplomata.) It will soon be summer.
(Logo mais será verão.)
No futuro:
I don’t know if I’ll be able to go. I’ll go if you like.
(Não sei se vou poder ir.) (Eu vou se você quiser.)

MAY, MIGHT, CAN e COULD – possibilidade How will we recognize him?


A mais clara ou a mais forte possibilidade indica-se (Como vamos reconhecê-lo?)
com MAY.
COULD (que não deve ser confundido com o passado Ao fazer um pedido em um restaurante, em geral
de CAN) sugere um grau de possibilidade um pouco me- usa-se WILL:
nor. MIGHT indica uma possibilidade mais remota. CAN, I’ll have shrimps, with French fries and salad.
por sua vez, somente é usado na negativa para indicar im- (Eu vou querer camarões com batatas fritas e salada.)
possibilidade:
SHALL – sugestão, convite
You may find that a week is not enough. Shall I get you a glass of water?
(Você pode achar que uma semana não é suficiente.) (Posso lhe trazer um copo de água?)

I don’t know if I’ll go. I might. Shall I open the window a little?
(Não sei se vou. É possível.) (Você quer que eu abra um pouco a janela?)

22
LÍNGUA INGLESA

Shall we go to the cinema this evening? NOT HAVE TO é a forma negativa de MUST, ou seja, é
(Vamos ao cinema hoje à noite?) ausência de obrigação.
You don’t have to wear a tuxedo to go to this party.
Shall we stop now? (Você não precisa ir de smoking a essa festa.)
(Vamos parar agora?)
HAVE GOT TO  é  muito comum na fala informal do
SHALL – ameaça, promessa inglês britânico:
O uso de SHALL, nesse caso, é bastante formal Have you got to go already?
(Vocês já tem de ir?)
He shall suffer for this.
(Ele sofrerá por isso.) We’ve got to catch a plane.
(Nós temos de pegar um avião.)
Blessed are the merciful, for they shall obtain mercy. A única forma de exprimir obrigação no passado é
com HAVE TO:
(Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcança-
We had to open all our cases at the customs.
rão misericórdia.)
(Tivemos de abrir todas nossas malas na alfândega.)
MUST e HAVE TO indicam dever enquanto OUGHT TO
SHOULD, MUST e OUGHT TO – obrigação. e SHOULD indicam apenas um conselho, uma recomenda-
ção e não uma obrigação:
Os modais      SHOULD, MUST e OUGHT TO são de uso You should go, but you don’t have to.
corrente na linguagem diária. MUST possui um significado (Você devia ir, mas não é obrigado.)
mais forte. SHOULD é utilizado normalmente como forma
de dar um conselho: MUSTN’T, OUGHTN’T TO - proibição
A Negativa de MUST indica sempre proibição.
You should read this. It’s very good. You mustn’t tell them.
(Você deveria ler isto. É muito bom.) (Você não deve contar para eles.)
Anyone wishing to speak to the director should make
an appoitment. You oughtn’t to have lent my bool toyour brother.
(Quem quiser falar com o diretor, deve marcar uma (Você não deveria ter emprestado meu livro para o seu
hora.) irmão.)

All students must regoster by August 15th. SHOULD, MUST e OUGHT TO – conclusão lógica
(Todos os estudantes deverão se matricular até o dia Os verbos que denotam obrigação também são usados
15 de agosto.) quando se quer dar a ideia de “conclusão lógica”. Nessa
You ought to have worked harder. situação, esses verbos são utilizados para fazer deduções:
(Você deveria ter trabalhado mais.)
The water should be good in Italy now.
HAD BETTER é uma alternativa “não modal” para (O clima deve estar bom na Itália agora.)
SHOULD e OUGHT TO quando estes indicam “obriga-
ção”: They ought to have finished by now.
(A essa altura eles já deviam ter terminado.)
You had better go now if you don’t want to be latter.
It must be ready to eat now.
(É melhor você ir agora se não quiser chegar atrasado.)
(Deve estar pronto para comer agora.)
Hadn’t we better stop now? He must be nearly 80.
(Não seria melhor pararmos agora?) (Ele deve ter quase 80 anos.)
They’d better train a bit more, hadn’t they? HAVE TO está sendo cada vez mais empregado para
(Seria melhor eles treinarem um pouco mais, não é?) expressar “conclusão lógica”, principalmente nos EUA e en-
tre pessoas mais jovens na Inglaterra, embora neste país
Observações ainda não seja aceito como “inglês correto” pela maioria
HAVE TO é usado para indicar obrigação e substitui a das pessoas:
foram MUST quando não é possível  empregá-la na por
razões sintáticas, ou seja, no infinitivo ou no gerúndio: He has to be the worst singer in the world.
(Ele deve ser o pior cantor do mundo.)
You may have to wait rather a long time.
(Você terá de esperar bastante tempo.) SHOULD, WOULD – condição
This would never have happened if your father had
It would be a nuisance to have to do all that again. been alive.
(Seria chato ter de fazer tudo isso de novo.) (Isso nunca teria acontecido se seu pai estivesse vivo.)

23
LÍNGUA INGLESA

I should be most grateful if you would send me an apli- Observações:


cattion form.
(Ficaria muito agradecido se você me enviasse o for- 1.No inglês britânico, TO NEED e TO DARE constam na
mulário de inscrição.) lista dos verbos modais apenas porque funcionam grama-
ticalmente como eles, isto é, precedem o sujeito na interro-
WILL, WOULD – pronunciado com ênfase - insistên- gativa e o advérbio NOT sem precisar de auxiliar, etc.:
cia
They will take their baby with them everywhere they Need I remind you ...?
go. (Preciso lembrar-lhe de que...?)
(Eles insistem em levar o bebê a todos os lugares aon-
de vão.) You needn’t shout.
(Você não precisa gritar.)
You will leave everything to the last minute.
He daren’t call the police.
(Você faz questão de deixar tudo para a última hora.)
(Ele não se atreve a chamar a polícia.)
You wouldn’t listen my advice.
(Você não quis ouvir meus conselhos.)
You wouldn’t dare do that.
MUST também é usado neste sentido: (Você não ousaria fazer isso.)
If you must know, I was at my mother’s.
(Se você insiste em saber, eu estava na casa de minha You needn’t have come.
mãe.) (Você não precisava ter vindo.)
No entanto, podem também funcionar como verbos
WOULD (pronunciado com ênfase) exprime a ideia de principais, co o mesmo sentido:
que uma coisa “era de esperar”:
Do I need to remind you that you are not allowed to
He would say that, of course. ask questions?
(Claro que ele ia dizer isso.) (Preciso lembrar-lhe de que não é permitido fazer per-
I would go and say something stupid like that, woudn’t guntas?)
I?
(Eu tinha que dizer uma coisa idiota como essa, não You don’t need to shout.
tinha?) (Você não precisa gritar.)

WILL, WOULD – ações habitualmente repetidas He doesn’t dare (to) call the police.
When I was younger, I would go for a run every mor- (Ele não ousaria chamar a polícia.)
ning.
(Quando eu era mais novo, eu corria toda manhã.) You didn’t need to come.
If you let him, he’ll talk for hours about his boat. (Você não precisava ter vindo.)
(Se você deixar, ele passa horas falando sobre seu bar-
co.) 2. WOULD RATHER quer dizer “preferir”:
Would you rather have tea?
SHOULD, WOULD (Você prefere tomar chá?)
I’d rather you didn’t do that.
SHOULD e WOULD são empregados no subjuntivo:
(Eu preferia que você não fizesse isso.)
If you should change your mind,...
I’d rather not, if you don’t mind.
(Se você mudar de ideia...)
(Prefiro não sair, se você não se incomoda.)
Should you find that ... Os verbos modais combinam-se com THERE BE (haver)
(Se você achar que...) como com qualquer outra locução verbal:

It asked that overdue books should ne returnes by Fri- There may be (pode haver)
day. There will be (haverá)
(Pede-se que os livros com prazos de entrega vencidos There ought to be (devia haver)
sejam devolvidos até sexta-feira.) There cannot be (nãopode haver)
Might there be? (poderia haver?)
I was hoping he would come earlier. There needn’t be (não precisava haver), etc.
(Eu estava esperando que ele viesse mais cedo.)

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LÍNGUA INGLESA

4. NEGATIVO I’m hungry.   (estou com fome.)


NOT (ou a contração N’T) integrada ao verbo) vem de- I’m not hungry.  (Não estou com fome.)
pois do primeiro verbo auxiliar ou modal:
I have time ro rest a little.  (Tenho tempo para descan-
I was working. sar um pouco.)
(Eu estava trabalhando.)
I don’t have time
I was not working                                    to rest. (Não tempo para descansar.)
I wasn’t I do not have time
(Eu não estava trabalhando.)
Quando há mais de um auxiliar, coloca-se NOT depois
We can not go tomorrow. do primeiro:
We can’t go tomorrow.
(Não podemos ir amanhã.) He may not have been reading.  (Pode ser que ele não
esteja lendo.)
Na negativa, a forma básica de qualquer verbo que
está no verbo auxiliar no tempo presente (do, does). Se     auxiliar    auxiliar
houver verbo modal ou outro verbo auxiliar (ex.: to be, to Não pode haver mais de uma palavra negativa em uma
have), não se pode usar don’t nem doesn’t para o negativo: mesma oração. Nesse caso, usa-se ANY no lugar da segun-
da negativa:
Auxiliar to be
I am working. (Eu estou trabalhando.) I don’t have anything to say.  (Não tenho nada a dizer.)
I am not working. (Eu não estou trabalhando.)
No one said anything. (Ninguém disse nada.)
Modal “can”
I can work. (Eu posso trabalhar.) Adjetivos (Adjectives)
I can not work. (Eu não posso trabalhar.)
Os adjetivos, assim como no português, servem para
I like you. (Gosto de você.) definir ou caracterizar um substantivo ou pronome, nor-
malmente aparecem antes do substantivo. Por exemplo, a
I do not like you.  ( frase “Ela tem uma pele macia”, em inglês ficaria “She has
Não gosto de você.) a soft skin” (soft = macio, skin = pele). Note que o adjetivo
I don’t vem antes do substantivo.
Outros exemplos:
We go to the beach in the summer. (Nós vamos à praia - He has a big house (ele tem uma casa grande)
no verão.) - She lives in a beautiful paradise (ela vive em um lin-
do paraíso)
We do not Quando houver o verbo to be em uma frase, o adjetivo
go to the beach in the summer.   (Nós não vamos à virá logo depois, como:
praia no verão.) - He is nice (ele é legal)
We don’t - They are smart (eles são espertos)
Para formar a negativa no passado dos verbos regula- Os advetivos do inglês não tem diferenciação quanto
res e irregulares, usa-se o auxiliar DID: ao gênero:
- She is married (ela é casada)
John went to the cinema yesterday. - He is married (ele é casado)
(John foi ao cinema ontem.) Preposições (Prepositions)

John did not go As preposições de tempo no inglês são: at, in, on, un-
to the cinema yesterday.   (John não foi ao cinema on- til, after, around, before, between, entre muitas outras.
tem.) Elas têm um grau de especificidade, enquanto o IN sugere
John didn’t go uma informação mais vaga, genérica, o AT é mais preciso.
O ON fica em meio termo.
Try that beer. (Experimente aquela cerveja.) O IN é usado quando queremos dizer que uma coisa
está contida em outra (dentro de, em):
Don’t drink that beer. (Não tome aquela cerveja.) - She is studying in England, at Cambridge High School
OBSERVAÇÃO: (Ela está estudando na Inglaterra, na Universidade de Cam-
NOT é partícula de formação do negativo e não pode bridge).
ser empregado sem auxiliar, a não ser quando TO BE e TO - The car is in the garage (o carro está [dentro] da ga-
HAVE funcionarem como verbos principais: ragem)

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LÍNGUA INGLESA

- The book is on the table (o livro está na [em cima] da mesa)


Note no primeiro exemplo, que o IN dá uma informação mais genérica (um país), enquanto o AT especifica mais o local
(uma universidade).
O At também pode significar que se está EM, não necessariamente dentro:
- I’m at home (estou em casa)
- The dog jumped at my face (o cachorro pulou em meu rosto)
O ON significa “em cima de”, “sobre”:
- He left the wallet on the table (ele deixou a carteira na [em cima da] mesa)
Until significa “até que”, “até”:
- I’ll not go home until she arrive (Eu não vou pra casa até ela chegar)
After: depois, após:
- I’ll go home after the party (eu vou pra casa depois da festa)

Conjunções (Conjunctions)

As linking words são as conjunções do Inglês, servem para fazer relação entre as idéias e informações expressadas em
uma frase. Linking words:
Either ... or (ou ... ou, nem ... nem)
Neither ... nor (nem ... nem (sem o not))
Both ... and (tanto ... quanto)
not only ... but also (não somente ... mas também)
Aplicando
-Either you go or stay here (Ou você vai, ou fica aqui)
-She doesn’t speak either english or portuguese (ela não fala português nem inglês)
-He could go neither right or left (ele nao poderia ir nem para a direita nem para a esquerda)
-Both he and she are special (tanto ele quanto ela são especiais)
-Teachers are not only teachers, but also friends (os professores não são somente professores, mas amigos também.)
Conjunções adversativas
São aquelas que dão ideias opostas.
But – mas However – entretanto nevertheless - não obstante, mesmo assim
Consecutivas ou conclusivas
São usadas para terminar frases, fazer conclusões.
so - então, por isso therefore – portanto thus - por isso consequently – consequentemente then – então hence - daí,
logo (ex: ele fuma, daí as tosses)

Concessivas
Concessões, permissões. Although – embora Even though - muito embora in spite of - apesar de

Conjunções de Acréscimos
Continuidade. besides - além disso moreover - além do mais furthermore - além disso, ademais

Explicativas
Para dar explicação à algo, dar razão à. because – porque as – como since – desde for - pois, visto que

Pronomes (Pronouns)
Os pronomes demonstrativos, assim como no português, servem para apontar, mostrar algum animal, objeto ou pes-
soa.

Usa-se “this” para referir-se a algo que está perto de quem fala. O plural de this é “these”.
Exemplos:
- This car is comfortable. (Este carro é confortável.)
- These clothes are beautiful. (Estas roupas são bonitas.)

Usa-se “that” para referir-se a algo que está longe de quem fala. O plural de that é “those”.
Exemplos:
- That is the teacher (Aquele (a) é o(a) professor(a))
- Those are the students. (Aqueles são os alunos. )
Note que, diferentemente da língua portuguesa, no inglês não há pronomes demonstrativos femininos e pronomes
demonstrativos masculinos. Observe o quadro abaixo:

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LÍNGUA INGLESA

English Portuguese
This (singular) Este, esta, isto.
These (plural) Estes, estas.
That (singular) Aquele, aquela, aquilo.
Those (plural) Aqueles, aquelas.

Pronomes Pessoais (Personal Pronouns)

CASO RETO (sujeito) CASO OBLÍQUO (objeto)


SUBJECT PRONOUN OBJECT PRONOUN
I Eu ME Me, mim
YOU Você, tu YOU Lhe, o, a, te, ti, a você
HE Ele HIM Lhe, a, a ele
SHE Ela HER Lhe, a, a ela
IT Ele, ela (neutro) IT Lhe, o, a
WE Nós US Nos
YOU Vocês, vós YOU Vos, lhes, a vocês
THEY Eles, elas (neutro) THEM Lhes, os, as

Observem nos exemplos as diferenças ente o sujeito e objeto:


She saw her at the supermarket. Ela a viu no supermercado.
She saw us at the restaurant. Ela nos viu no restaurante.
You gave me a present. Você me deu um presente.

Pronomes Reflexivos (Reflexive Pronouns)


mesmas, -se

PRONOME PESSOAL PRONOME REFLEXIVO


PERSONAL PRONOUN REFLEXIVE PRONOUN
I MYSELF a mim mesmo, -me
YOU YOURSELF a ti, a você mesmo (a), -te, -se
HE HIMSELF a si, a ele mesmo, -se
SHE HERSELF a si mesmo (a), -se
IT ITSELF a si mesmo (a), -se
WE OURSELVES a nós mesmos (as), -nos
YOU YOURSELVES a vós, vocês mesmos (as), -vos, -se
THEY THEMSELVES a si, a eles mesmos, a elas

Janet hurt herself. Janete se machucou.


Virginia Woolf killed herself. Virginia Woolf se matou.
Tom was sitting there by herself. Tom estava sentado lá sozinho.
I did this myself! Eu mesmo fiz isto!
They paint the shoes themselves. Eles próprios pintaram o sapato.

Os pronomes possessivos são utilizados quando não queremos repetir um substantivo já citado anteriormente, ou que
está “subentendido” em uma frase.
Possessive Pronouns:
I – Mine
You – Yours
He – His

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LÍNGUA INGLESA

She – Hers (Ela é tão elegante que qualquer calça jeans certamen-
It – Its te ficará bonita nela.)
We – Ours Nas perguntas, significa algum, alguma, alguns, algu-
You – Yours mas. Muitas vezes, em português, simplesmente não usa-
hey - Theirs ríamos nenhum pronome nesses casos, ou, outras vezes,
usaríamos o singular. Portanto, procure acostumar-se a
Exemplos:
usar ‘any’ em interrogações em inglês e a adaptar a tradu-
- That dog is mine (aquele cão é meu)
- This book is hers (este livro é dela) ção, caso seja necessária
Do you have any brothers and sisters?
Uso do SOME e ANY (Você tem (alguns) irmãos e irmãs?)
Are there any good restaurants near here?
O uso de some e any. (Há algum bom restaurante aqui perto?
• Some – use somente em –> Frases Afirmativas + ou ainda: Há (alguns) bons restaurantes aqui perto?)
Perguntas Polidas
• Any – use somente em –> Frases Negativas + Per- Tag Question
guntas Tag question é utilizada no final das sentenças para ob-
1- SOME: ter confirmação do que foi dito anteriormente, e por isso
‘Some’ significa algum, alguns, alguma, algumas e deve ela é curta e rápida. Observe os exemplos:
ser usado em afirmações.
Exemplos:
She is a doctor, isn’t she? (Ela é uma médica, não é?)
Some people never give up their dreams.
(Algumas pessoas nunca desistem dos seus sonhos.)
There are some over there. => Observe que quando a 1ª parte é afirmativa, a 2ª
(Há algumas logo ali.) parte será negativa.
Em alguns casos, quando estiver junto com um subs- It isn’t raining, is it? (Não está chovendo, está?)
tantivo incontável, uma boa tradução para ’some’ pode ser
‘um pouco de’. => Observe que quando a 1ª parte está negativa, a 2ª
I drank some wine at the party yesterday. parte será positiva.
(Eu bebi um pouco de vinho na festa ontem.)
Use ’some’ em Perguntas Polidas, isto é, aquelas em VERBOS AUXILIARES
que você deseja ou precisa ser mais formal. Você deve fazer Quando temos o verbo auxiliar na sentença, como o
isso quando oferecer algo a alguém, já que ‘any’ tem uma verbo to be, to have, can, could, should, nós utilizamos es-
certa carga negativa. ses verbos para formar a tag question. Observe os exem-
Então, usar ‘any’ em uma pergunta para oferecer algo a
plos:
alguém não é muito educado. É como em português. Tem
aquela ideia de que não se deve oferecer um cafezinho a It is cold today, isn’t it? (Está frio hoje, não está?)
alguém usando a palavra não na pergunta, assim:
Você não aceita um cafezinho? Fernanda is a good girl, isn’t she? (Fernanda é uma boa
- pois ao usar o ‘não’ na pergunta, você está induzindo garota, não é?)
a pessoa a não aceitar. Da mesma forma, não use ‘any’ na David was there, wasn’t he? (David estava lá, não es-
pergunta para oferecer algo a alguém. Use ’some’: tava?)
Would you like some coffee?
(Você gostaria de ‘algum‘ café? -> a tradução literal They were friends, weren’t they? (Eles eram amigos,
‘algum’ não fica boa aqui, certo? Também não me agrada não eram?)
muito a tradução ‘Você gostaria de ‘um pouco de’ café?,
porque parece que você está oferecendo *apenas* um She has a car, hasn’t she? (Ela tem um carro, não tem?)
pouco de café (sendo sovina!) - e não costumamos falar
assim no Brasil. Então, podemos entender melhor se sim-
My parents can’t run, can they? (Meus pais não podem
plesmente não usarmos o ‘algum’, pois não é essa a ideia
em português, e sim: correr, podem?)
Você aceita um cafezinho? )
My sister could travel, couldn’t she? (Minha irmã pode-
2- ANY: ria viajar, não poderia?)
Nas negativas, pode significar nenhum ou nenhuma:
I don’t have any friends in Australia. The teacher should do this, shouldn’t he? (O professor
(Eu não tenho nenhum amigo na Austrália.) deveria fazer isso, não deveria?)
There aren’t any pens here.
(Não há nenhuma caneta aqui.) VERBOS NÃO AUXILIARES
Any pode significar qualquer. Nesse caso, geralmente, Quando não temos o verbo auxiliar na sentença, como
é enfatizado na fala. o verbo to be, to have, can, could, should, nós utilizamos
She is so elegant that any jeans will surely look good outras formas verbais para formar a tag question, como:
on her. do, does, don’t, doens’t – para o presente – e did ou didn’t

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LÍNGUA INGLESA

– para o passado. Devemos relembrar que se a primeira Quando usar o Artigo Definido - When to use the
parte está na forma positiva, a segunda deve estar na ne- Definite Article
gativa e vice-versa. Observe os exemplos: Utiliza-se o The diante de:

You understand English, don’t you? (Você entende in- 1. Substantivos mencionados anteriormente, já de-
glês, não entende?) finidos pelo locutor:
He wrote some letters and postcards. The letters were
You don’t live here, do you? (Você não mora aqui, to his girlfriend.
mora?) Ele escreveu algumas cartas e cartões-postais. As car-
tas eram para sua namorada.
She doesn’t cook very well, does she? (Ela não cozinha Mary bought a funny dress. The dress is full of small
muito bem, cozinha?) animals and big flowers.
You went to Salvador last week, didn’t you? (Você foi a Mary comprou um vestido engraçado. O vestido é
Salvador semana passada, não foi?) cheio de animaizinhos e flores enormes.
 
Raquel didn’t go to school, did she? (Raquel não foi à 2. Substantivos únicos em sua espécie:
escola, foi?) The Sun (o sol), the Moon (a lua), the sky (o céu), the
planet Earth (o planeta Terra), the universe (o universo), etc.
FUTURE AND CONDITIONAL
Para o futuro se usa o auxiliar will, na forma afirmativa,
e won’t na forma negativa; ou would para expressar con-
dição, na forma afirmativa, e wouldn’t, na forma negativa.
Observe os exemplos:

You will travel to Buenos Aires, won’t you? (Você irá


viajar para Buenos Aires, não vai?)

He won’t arrive on time, will he? (Ele não chegará a


tempo, chegará?)

Marcela would arrive, wouldn’t she? (Marcela iria che- 3. Nomes Geográficos de rios, mares, canais, ocea-
gar, não iria?) nos, pólos, desertos, golfos, grupos de ilhas e cadeias
The players wouldn’t go, would they? (Os jogadores de montanhas:
não iriam, iriam?) The Amazonas River, The Pacif Ocean, The English
Observação: Channel (O Canal da Mancha), The North Pole, The Sahara,
Para a 1º pessoa do singular I, a tag question tem uma The Gulf of Mexico, The Bahamas, The Alps, etc.
forma irregular.
Ex.: I am your friend, aren’t I? 4. Adjetivos usados como substantivos no plural:
The poor (os pobres), The powerful (os poderosos),
Artigos (Articles) The good (os bons), The bad (os maus)

Artigo é a classe de palavras que se antepõe ao Subs- Observação: Como podemos proceder, então, para os
tantivo para definir, limitar ou modificar seu uso. Os artigos substantivos no singular? Como dizer, por exemplo, “o
dividem-se em Definido e Indefinido. poderoso” ou “a pobre”? Veja:
The powerful man helped the poor woman.
O Artigo Definido (The) -  The Definite Article - O poderoso ajudou a pobre.
(The) Note que especificamos a quem o adjetivo está se refe-
O Artigo Definido The é usado antes de um substan- rindo (adjetivo + substantivo)
tivo já conhecido pelo ouvinte ou leitor. Significa O, A, OS,
AS, mas, em Inglês, é invariável em gênero e número, ao 5. Nomes compostos de países:
contrário do que acontece no Português. Exemplos: The United Kingdom (o Reino Unido)
The United States (os Estados Unidos)
The boy - O menino The United Arab Emirates (os Emirados Árabes Unidos)
The Dominican Republic (a República Dominicana)
The boys - Os meninos
6. Com nomes próprios para indicar a família toda
The girl - A menina ou especificar a pessoa sobre a qual se fala (mas nunca
se usa artigo antes de nomes próprios e de possessi-
The girls - As meninas vos):

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LÍNGUA INGLESA

The Martins went to the restaurant they like. 11. Com os superlativos:
Os Martin foram ao restaurante que gostam.
The Kennedys are a famous family.
Os Kennedy são uma família famosa.
The John I’m talking about is Jane’s brother.
O John de quem estou falando é o irmão da Jane. Tony is the tallest guy in our group.
Peter is my Friend. (e não “The Peter is my friend”) Tony é o cara mais alto do nosso grupo.
O Peter é meu amigo.
We are selling our house. (e não “We are selling the
our house”)
Estamos vendendo (a) nossa casa. Hellen is the best teacher I’ve ever had.
A Hellen é a melhor professora que eu já tive.
 7. Antes de nomes de instrumentos musicais e rit-
mos/danças: 12. Com o grau comparativo, para indicar que duas
John plays the piano very well. coisas aumentam ou diminuem na mesma proporção:
John toca piano muito bem. The more she gets, the more she wants.
Quanto mais ela consegue, mais ela quer.
That girl who is playing the clarinet is Martha’s sister. The more I study philosophy, the less I understand it.
Aquela garota que está tocando clarinete é irmã da Quanto mais eu estudo filosofia, menos eu entendo.
Martha.
13. Com numerais ordinais indicando ênfase numé-
Mary likes the saxophone. rica:
Mary gosta de saxofone. This is the first time she comes to Brazil.
Valéria dances the samba graciously. Esta é a primeira vez que ela vem ao Brasil.
Valéria dança samba graciosamente.
Quando NÃO usar o Artigo Definido - When NOT to
Juan dances the tango like a professional. use the Definite Article
Juan dança tango como um profissional. Omite-se o The quando temos:
 
8. Com nomes de jornais: 1. Nomes de cidades, estados, ilhas, países, conti-
The Economist, The New York Times, The Washington nentes:
Post
Brazil is a very large coun-
9. Com a maioria dos nomes de edifícios:
try.
The Capitol, The Empire States, The Louvre, The
Kremlin, The Taj Mahal, The Vatican O Brasil é um país muito
Exceções: Buckingham Palace e todos os edifícios com extenso.
a palavra hall (Carnegie Hall, Lilly Hall). Roraima is the Brazil’s
10. Diante de nomes de cinemas, teatros, hotéis, Northernmost state.
restaurantes, clubes, museus, bibliotecas e galerias de Roraima é o estado mais
arte: ao norte do Brasil.
There’s a foreign film festival at the Paramount. Hawaii is in Oceania.
Há um festival de filmes estrangeiros no Paramount. O Havaí situa-se na Ocea-
nia.
I saw Barbra Streisand at the Palladium in 1975.
Eu vi Barbra Streisand no Palladium em 1975. Asia is bigger than Europe.
A Ásia é maior que a Europa.
They have a reservation at the Plaza for next week. Rio is a beautiful city.
Eles têm uma reserva no Plaza para a semana que vem. O Rio é uma cidade linda.
They will stay in Las Vegas for a while.
We are going to have dinner at the Chinese Palace. Eles passarão um tempo em Las Vegas.
Nós vamos jantar no Chinese Palace.  
2. Nomes próprios e pronomes possessivos:
They plan to go dancing at the Apollo.
Eles planejam ir dançar no Apollo. Mary’s best friend is Bob.
O melhor amigo da Mary é o
You must visit the British Museum. Bob.
Você precisa visitar o Museu Britânico. I think our gold was stolen. (E
não “I think the our gold was
The lecture at the Boston Library will start at seven stolen”)
o’clock. Acredito que o nosso ouro foi
A palestra na Boston Library começará às sete horas. roubado.

30
LÍNGUA INGLESA

3. Substantivos no plural utilizados em sentido ge- Importante: Quando esses substantivos são especifi-
nérico: cados, o artigo é sempre usado:
People all over the world want to be happy. The happiness she feels seems to be artificial.
As pessoas em todos os cantos do mundo querem ser
A felicidade que ela sente parece ser artificial.
felizes.
The death of the milkman is still a mystery.
A morte do leiteiro ainda é um mistério.
Children like The diamond Paul gave her is beautiful.
toys. O diamante que Paul lhe deu é lindo.
As crianças gos- The silk my aunt brought from China is expensive.
tam de brinque- A seda que minha tia trouxe da China é cara.
dos.
Man is mortal. 5. Substantivos que denotam esportes, ciências,
O homem é disciplinas acadêmicas, cores, refeições, estações do
mortal. ano, meses e dias da semana:

Brazilians love soccer. Tennis is very popular in Australia.


Os brasileiros adoram futebol. O tênis é muito popular na Austrália.
Biology is an important science.
Importante: A Biologia é uma ciência importante.
Os substantivos contáveis (countable nouns) são aque- Chemistry and Physics are required for that course.
les que admitem plural, ou seja, a maioria. Ex: cat (gato), Química e física são exigidas para aquele curso.
computer (computador), hot dog (cachorro-quente).
Os substantivos incontáveis (uncountable nouns) são os Yellow is Steve’s favorite col-
que, em inglês (às vezes, também, em português), não or.
admitem plural. Exemplos: gold (ouro), information (in- O amarelo é a cor favorita de
formação), money (dinheiro), advice (conselho). Quando Steve.
o substantivo é contável e está sendo usado em sentido I’m going to the bank after
genérico no singular, emprega-se o artigo: lunch.
The cat is a domestic animal. Vou ao banco depois do al-
O gato é um animal doméstico. moço.
Mas: Cats are domestic animals. Dinner will be served at
Os gatos são animais domésticos. eight.
The computer is a wonder of technology. O jantar será servido às oito.
O computador é uma maravilha da tecnologia.
Mas: Computers are wonders of technology. Could you please send me the books on Monday?
Os computadores são maravilhas da tecnologia. Você poderia, por gentileza, me enviar os livros na se-
gunda-feira?
Note que o artigo é omitido somente no plural, mas no Mas: The blue of her eyes is stunning.
singular, não! O azul dos olhos dela é estonteante.
4. Substantivos abstratos ou os que indicam mate- The lunch my grandma offered us was delicious.
rial: O almoço que minha vó nos ofereceu estava delicioso.

We all need some little The winter we spent in London was unforgettable.
happiness. O inverno que passamos em Londres foi inesquecível.
Todos nós precisamos Observe que os substantivos destacados nesse último
de um pouquinho de grupo estão empregados em sentido específico.
felicidade.  
Most people fear dea- 6. Títulos ou designações de cargos, apesar de le-
th. varem o artigo, como em Português, devem ser usados
A maioria das pessoas sem artigo quando acompanhados de nome próprio:
tem medo da morte.

Diamond is a girl’s best friend.


O diamante é o melhor amigo da mulher.

Silk is much used in summer.


A seda é bastante usada no verão.

31
LÍNGUA INGLESA

The president came to our city. O presidente veio à We all plan to fly to Europe
nossa cidade. next semester.
Mas: President Kennedy was murdered. O presidente Nós todos planejamos viajar
Kennedy foi assassinado. para a Europa no semestre
The Queen of England lives in London. A rainha da In- que vem.
glaterra mora em Londres.
Mas: Queen Elizabeth II was crowned in 1953. A Ra- Last week, Melanie didn’t
inha Elizabeth II foi coroada em 1953. come to school because she
The doctor is visiting his patients. O médico está visi- was sick.
tando seus pacientes. Na semana passada, Melanie
Mas: Doctor Varella is visiting his patients. O doutor não veio à escola porque es-
Varella está visitando seus pacientes. tava doente.
The captain spoke to the soldiers. O capitão falou aos
soldados.
9. Diante de palavras que se referem a idiomas:
Mas: Captain Smith spoke to the soldiers. O capitão
Smith falou ao soldados.
They want to speak English fluently.
 
Eles querem falar Inglês fluentemente.
7. Certos substantivos como bed, church, court,
hospital, prison, college, school, market, home, society
e work, quando usados para a finalidade à qual se des- French and Rumanian are also romance languages.
tinam normalmente: O francês e o romeno também são línguas neolati-
nas.
Our children go to bed at nine. Chinese is a very difficult language.
Nossos filhos vão para a cama às nove. O Chinês é uma língua muito difícil.

We go to church every Sunday to attend the Mass. Os Artigos Indefinidos (A/An) - The Indefinite Ar-
Nós vamos à igreja todos os domingos para participar ticles (A/An)
da Missa.
Os artigos indefinidos A e An acompanham o substan-
He’ll send them all to court. tivo do qual o falante/leitor ainda não tem conhecimento.
Ele vai levá-los todos para os tribunais. Siginificam, em Português, UM ou UMA, e não variam em
gênero nem em número, ao contrário do português. São
Tony is very sick. He is still in hospital. utilizados da seguinte forma:
Tony está muito doente. Ele ainda está no hospital.
1) A (um, uma) é utilizado antes de palavras que ini-
ciem por som de consoante, ou seja, antes de consoantes,
The thieves were sent
da semivogal Y e do H sonoro/audível:
to prison.
A book (um livro)
Os ladrões foram
A house (uma casa)
mandados para a pri-
A year (um ano)
são.
A university (uma universidade)
Frank attends college
in Florida.
Frank frequenta uma Atenção:
faculdade na Flórida. Note que também se deve empregar o artigo A antes
de palavras que iniciem por “EU”, “EW” e “U”, já que
They don’t go to market on Saurdays because it’s the essas letras têm o som de consoante quando apare-
crowdest day. cem no início de palavras. Exemplos:
Eles não vão ao mercado aos sábados porque é o dia A Euphemism is the act of substituting a mild, indi-
mais lotado. rect, or vague term for one considered harsh, blunt,
The students went home earlier. or offensive.
Os estudantes foram para casa mais cedo. Um Eufemismo é o ato de substituir por um termo
My wife goes to work on foot. moderado, indireto ou vago aquele considerado
Minha esposa vai para o trabalho a pé. rude, brusco ou ofensivo.
My uncle has a ewe in his farm.
8. Antes das palavras next e last, em expressões
Meu tio tem uma ovelha em sua fazenda.
temporais:
Nowadays, English is a universal language.
Hoje em dia, o Inglês é uma língua universal.

32
LÍNGUA INGLESA

2) AN (um, uma) é utilizado antes de palavras que ini- Quando usar o Artigo Indefinido - When to use the
ciem por som de vogal, ou seja, antes de vogais e do H Indefinite Article
mudo/não audível:
An egg (um ovo) Empregamos o artigo indefinido A ou An diante de:
An evening (uma noite)
     1. Substantivos que denotam profissão:
An opera (uma ópera) Michael wants to be a doctor.
An arm (um braço) Michael quer ser um médico.
Marcos Pontes is an astronaut.
Atenção: No Inglês existem apenas quatro palavras Marcos Pontes é um astronauta.
que iniciam por H mudo/ não-audível:  
2. Substantivos que indicam nacionalidade:
- Who won the race? (Quem ganhou a corrida?)
- It was a German. (Foi um alemão.)
 
Certas nacionalidades têm duas palavras diferentes:
uma para o adjetivo e outra para o substantivo. Apresenta-
mos as principais:

  Adjetivo Substantivo

inglês English / British Englishman


francês French Frenchman
heir (herdeiro) honest (honesto)
escocês Scottish Scotsman
 
irlandês Irish Irishman
sueco Swedish Swede
d i n a m a r-
Danish Dane
quês
holandês Dutch Dutchman
espanhol Spanish Spaniard

3. Substantivos que denotam religião:


Mary is a devout Catholic.
Mary é uma católica devota.
 
hour (hora) honor (honra) 4. Antes de um substantivo singular e contável, usa-
do como exemplo de uma classe ou grupo:
Juntamente com seus derivados, que devem ser prece-
didas por AN. Veja os exemplos: A lion has a mane.
In Machado de Assis’ Quincas Borba, Rubião is an heir Leão tem juba.
of the philosofer Quincas Borba.
Em Quincas Borba, de Machado de Assis, Rubião é um A dog is a good companion.
herdeiro do Filósofo Quincas Borba. O cachorro é um bom companheiro.
There are simple things for saving the
Earth that take less than an hour to be done. A politician is usually corrupt.
Há coisas simples para salvar o planeta que levam me- Político é normalmente corrupto.
nos de uma hora para serem feitas.  
If there were an honest intention that moment, the 5. Diante das palavras few e little com sentido posi-
mayor wouldn’t promise so many things. tivo (algum, alguns = o suficiente):
Se houvesse uma intenção honesta naquele momento, I can see a few buildings in the distance. (a few = um
o prefeito não prometeria tantas coisas.
pequeno número, antes de substantivos contáveis)
Ladies and Gentleman: it’s an honor sharing this fan-
tastic night with you! Posso avistar alguns prédios ao longe.
Senhoras e Senhores: é uma honra dividir essa noite I’d like a little milk in my coffee, please. (a little = uma
fantástica com vocês! pequena quantidade, antes de substantivos incontáveis)

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LÍNGUA INGLESA

Gostaria de um pouco de leite em meu café, por favor.


6. Antes de numerais ou substantivos que implicam quantidade:

Grace Kelly has a hundred pairs of high-heeled shoes.


Grace Kelly tem uma centena de pares de sapato de saltos altos.
The President told us a thousand lies.
O Presidente nos contou mil mentiras.
She bought a dozen eggs to cook a dessert.
Ela comprou uma dúzia de ovos para fazer uma sobremesa.
Saiba mais sobre os números em inglês na seção Matemática no Inglês.

7. Depois da palavra what (“que” com sentido enfático), such (tal, tais) e half (meio / meia), precedendo subs-
tantivos contáveis:
What a terrible movie we watched!
Que filme horrível assistimos!
Mas: What complete research you presented! Congratulations! (research = substantivo incontável)
Que pesquisa completa você apresentou! Parabéns!
I’ve never seen such a wild storm.
Nunca vi uma tempestade tão violenta.
 
8. Também utiliza-se o artigo indefinido com sentido de por em expressões como “preço por quilo”, “km por
hora”, “vezes por dia”, etc.:
one real a kilo (um real por quilo)
ninety kilometers an hour (noventa quilômetros por hora)
three times a day (três vezes ao dia)
two times a week (duas vezes por semana)
four times a year (quatro vezes por ano)

Quando NÃO usar o Artigo Indefinido - When NOT to use the Indefinite Article

Não são empregados «A» ou o «An» quando temos:


1) Substantivos no Plural - “A” e “An” NÃO equivalem a UNS nem a
UMAS. São utilizados somente com substantivos no singular!
2) Antes de substantivos incontáveis (embora façamos isso no Portu-
guês). Nesses casos, usamos SOME. (Confira na seção dos uncoutable
nouns quais são os substantivos incontáveis no Inglês):
I’ll give you some advice: don’t call him today.
Vou te dar um conselho: não ligue pra ele hoje.

Can you lend me some money?


Você pode me emprestar um (algum) dinheiro?

Numerais Um/Uma ou Artigos Indefinidos A/AN? - “One” or Indefinite Articles?


Como saber quando utilizar A/An ou ONE, se, no Inglês, os três podem ser traduzidos por Um ou Uma? Apresentamos
algumas dicas que lhe ajudarão:

1. Para  nos referirmos a UMA unidade de algo podemos utilizar, antes de um Substantivo Contável no Singular,
tanto o numeral ONE como os artigos indefinidos A/AN:
We’ll be in New Zealand for one year. (or ...a year.)
Ficaremos na Nova Zelândia por um ano.
Wait here for one minute, and I’ll be with you. (or ...a minute...)
Espere aqui por um minuto, que eu estarei com você.
 
2. Utilizamos ONE para enfatizar extensão de tempo, quantidade, valor, etc.
He weights one hundred and twenty kilos! Would you believe it?
Ele pesa cento e vinte quilos! Dá para acreditar?
Observe que na oração acima, ao se utilizar ONE, dá-se maior ênfase ao peso do que se utilizássemos o artigo A.
Saiba mais sobre os números em inglês na seção Matemática no Inglês.

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LÍNGUA INGLESA

 3. Utilizamos necessariamente o ONE, em vez de A/AN, quando queremos enfatizar que estamos nos referindo
a somente UMA coisa ou pessoa, em vez de duas ou mais:
Do you want one sandwich or two?
Você quer um sanduíche ou dois?
Are you staying only one day?
Você ficará somente um dia?
I just took one look at her and she started laughing. Crazy girl!
Foi só eu dar uma olhada pra ela que ela começou a rir. Garota doida!

4. Utilizamos ONE na expressão-padrão one...other/another


The choreography works just like this: give me one hand, and then the other...
A coreografia funciona bem assim: você me dá uma mão, e depois a outra...
Bees carry pollen from one plant to another.
As abelhas carregam pólen de uma planta para outra.
 
5. Também utilizamos ONE em expressões como one day, one evening, one spring, etc. para indicar dia, noite,
primavera, etc. sem os especificar:
Hope to see you again one day.
Espero te ver novamente um (qualquer) dia.

One evening, when he was working late at the office, he received a call: the mysterious call...
Uma (certa) noite, em que ele trabalhava até tarde no escritório, ele recebeu um telefonema: o misterioso telefonema...

Contáveis ou Incontáveis? (Countable or Uncountable?)


Os substantivos podem ser classificados em contáveis (countable) e incontáveis (uncountable). Nos dicionários pode-
mos encontrar a indicação n[C (countable noun)] para os contáveis e n[U (uncountable nouns)] para os incontáveis.
 
Substantivos Contáveis - Countable Nouns
Os Countable Nouns são os nomes de objetos, pessoas, ideias, lugares, animais, etc. que em inglês podem ser con-
tados, enumerados, representando a maioria dos substantivos. Esses substantivos são utilizados tanto na forma singular
como na plural.

A bee Many bees

No singular, podem vir precedidos de números, de artigo definido the, de artigos indefinidos a/an e de pronomes no
singular (this, that, my, your, etc).
No plural, podem vir precedidos de diversos pronomes como some, many, a lot of, few, these, those, my, their, etc.

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LÍNGUA INGLESA

Por exemplo:

a newspaper (um jornal)  two newspapers (dois jornais)

a key (uma chave)    


those keys (aquelas chaves)

an idea (uma ideia)    your ideas (suas ideias)

one bottle (uma garrafa) two bottles (duas garrafas)  

a man (um homem)  these men (estes homens)

one house (uma casa) a lot of houses (muitas casas)

a cat (um gato)  some cats (alguns gatos)   

Substantivos Incontáveis - Uncountable Nouns


Os Uncountable Nouns (ou Mass Nouns) representam um grupo menor de substantivos. Eles denotam uma substân-
cia homogênea, isto é, coisas que percebemos mais como uma massa do que como um ou vários objetos isolados, ou uma
ideia abstrata que, em inglês, não permite subdivisões.
Esses substantivos, portanto, não podem ser contados, enumerados, tendo a mesma forma para o singular e para o
plural. Ainda que o sentido seja plural, o verbo com o qual concordam também vai ficar sempre no singular. Exemplos:

water (água) air (ar)


salt (sal) snow (neve)
money (dinheiro) evidence (evidência)
music (música) proof (prova)
ink (tinta para escrever ou para imprimir) housework (serviço doméstico)
weather (tempo meteorológico) permission (permissão)
jewerly (joias) eletricity (eletricidade)

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LÍNGUA INGLESA

a glass of water ( e não one water)

- Não podemos dizer one water, three salts, two moneys, five musics.
- Os substantivos incontáveis nunca são precedidos pelos artigos indefinidos a/an: a water   a money    a salt      an ink
 
- Os substantivos incontáveis frequentemente indicam: substância - food (comida), iron (ferro), water (água) ativida-
des - help (ajuda), travel (viagem), work (trabalho) qualidades humanas - courage (coragem), cruelty (crueldade), honesty
(honestidade) ideias abstratas - beauty (beleza), freedom (liberdade), life (vida), luck (sorte), time (tempo)

Importante: Certos substantivos que são contáveis em português, são incontáveis em inglês. Exemplos:

O correto é:
“Music” - Don’t say it: I wanna show you a song.
I wanna show you a music -> (Quero te mostrar uma música.)

 There are fifteen musics in that al- There are fifteen songs in that album.
bum -> (Há quinze músicas naquele álbum.)

Nesse caso, devemos saber a diferença no Inglês entre Music, que se refere à arte da Música como um todo (substan-
tivo incontável), e Song, que é a obra, uma canção, composição, canto ou melodia (substantivo contável). Devemos cuidar
para não nos confundirmos, já que, em português, podemos usar a mesma palavra, Música, para os dois significados.

A: Can’t you help me with my homeworks homework first? I need


some informations information about Michael Curtiz.
(Você não me ajudaria em meus temas de casa antes? Preciso de
algumas informações sobre Michael Curtiz.)
B: Why don’t you look on the internet? (Por que você não procura
na internet?)
A: That’s what I want to do, but can you give me an advice some
advice where to look?
(Isso é o que quero fazer, mas você pode me dar um conselho de
onde posso procurar?)
A: Do you want another toast piece of toast? (Você quer outra
torrada?)

Note que, apesar de em português utilizarmos a palavra no plural, em inglês o substantivo homework é incontável,
isto é, não apresenta forma diferenciada para o plural. O mesmo ocorre com information e toast, que também devem vir
precedidos de certos pronomes ou de algumas expressões. Veja que:
- Podem ocorrer antes de um substantivo incontável o artigo the, os pronomes some, any, a lot of e much, mas não
many, que ocorre somente com os contáveis.

I need some water. (Preciso de água.)


Would you like some cheese? ou Would you like a piece of cheese?
(Gostaria de queijo/um pedaço de queijo?)
 
- Compare  a/an e some:
Nicole bought a hat (contável), some shoes (incontável) and some perfume (incontável).
(Nicole comprou um chapéu, sapatos e perfumes.)
This morning, I read a newspaper (contável), made some phone calls (contável) and listened to some music (incontável).
(Hoje pela manhã, li um jornal, dei alguns telefonemas e escutei música.)

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LÍNGUA INGLESA

 - Para especificar a quantidade diante de substantivos  EXERCÍCIOS


incontáveis podemos utilizar algumas expressões, como a
piece of, a cup of, a bottle of, a loaf of, etc. Desse modo, Leia o diálogo abaixo e responda as
estaremos transformando-os em substantivos contáveis.
Eis alguns exemplos de pares substância homogênea x item Questões de 1 a 10:
em particular:
(como vimos, algumas palavras incontáveis em Inglês Interview
são contáveis em Português. Be careful with them!) MARK: Hello! Can I ask you some questions for a in-
terview?
Foods and drinks: JENNIFER: Yes, I can answer some questions.
MARK: Thank you for taking the time. Now first ques-
water, beer (cerveja), wine (vinho), tea (chá), coffee tion: What do you do?
(café), etc. - a glass, a bottle, a jug, a cup of. milk (leite) - a JENNIFER: I work in a library. I am librarian.
carton/bottle of milk (uma embalagem/garrafa bread (pão)
MARK: Are you married?
- a loaf/piece/slice of bread; a loaf; a roll cheese - a slice, a
JENNIFER: Yes, I am.
chunk, a piece of cheese (uma fatia/pedaço de queijo)
MARK: What does your husband do?
JENNIFER: He works as a policeman.
MARK: Do you usually have dinner together?
JENNIFER: Yes, We do.
A carton of milk and a chunk of cheese. MARK: How often does your husband exercise?
JENNIFER: He sometimes exercises four times a week.
But he usually exercises only twice a week.
MARK: Where do you like going on holiday?
meat (carne) - a piece, a slice, a pound of meat butter JENNIFER: We rarely go on holiday. However, we like
(manteiga)- a bar of butter (um tablete de manteiga) ket- going to the mountains if we can.
chup, mayonnaise, mustard - a bottle of, a tube of. cho- MARK: What type of books do you read?
colate - a bar of chocolate (um chocolate, uma barra de JENNIFER: I often read horror stories.
chocolate) sugar - a loaf/ loaf sugar (açúcar em cubinhos) MARK: Thank you very much for answering my ques-
rice (arroz) - a bowl of rice (uma tigela/um prato de arroz) tions.
pasta (macarrão, massa) - a plate of pasta, a serving of pas- JENNIFER: You’re welcome!
ta chewing gum (goma de mascar) - a piece of chewing
gum (e não a chewing gum) QUESTÕES
 
- Muitos substantivos incontáveis podem ser usados
DE ACORDO COM A LEITURA E INTERPRETAÇÃO
como contáveis quando se estiver falando de diferentes ti-
DO TEXTO ACIMA:
pos desses produtos; Exemplos:
cheese/cheeses - queijos/tipos de queijo
wine/wines - vinho/tipos de vinhos. Ex.: Questão 01-. De acordo com o texto Jennifer é uma:
We have a selection of fine wines at very good prices. a) professora
(Temos uma seleção de vinhos finos a preços muito b) artista plástica
bons.) c) bibliotecária
butter/butters - manteiga/tipos de manteigas. Ex.: d) secretária.
There were several French butters at the supermarket
today. Questão 02- Todos têm um estado civil, indique a al-
(Havia diversas manteigas francesas no supermercado ternativa que
hoje.) corresponde ao estado civil dela:
- Um mesmo substantivo às vezes pode ser contável e a) casada
incontável, mas com significados diferentes: b) divorciada
c) solteira
a paper - um jornal some paper - papel d) viúva
an iron - um ferro elétrico some iron - ferro Questão 03- O marido de Jennifer também trabalha, a
a glass - um copo some glass - vidro profissão dele é:
some rubber - borracha a) policial
a rubber - uma borracha b) dentista
(material)
c) engenheiro
one hair - um pêlo some hair - cabelo d) advogado

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LÍNGUA INGLESA

Questão 04 Além da profissão, ele pratica exercícios or Cold Play song but can’t remember the equation for the
de quanto em quanto tempo? circumference of a circle or the Spanish word for printer?
a) duas vezes por semana. When listening to music, following the lyrics and melody/
b) três vezes por dia. rhythm requires both sides of our brains to be active, ma-
c) uma vez ao mês. king it easier to remember information that’s simply read.
d) quatro vezes por semana. That’s why you often have lines from songs stuck in your
head, but you don’t find the same thing with passages from
Questão 05 Todos nós gostamos de lazer aos feriados. books.
Nos feriados eles costumam ir: Learning a new language? You should start by listening
a) à praia. to a song; you will get a better sense of words and pro-
b) a museus. nunciation. In addition to all these fabulous benefits, music
c) às montanhas. is excellent to help you remember and recall information.
d) ao teatro. Add to that increased motivation and improved mood, and
you have a winning language learning tactic. When using
Questão 06. Como Jennifer trabalha em uma livraria, music to learn, you can use your listening, speaking and (if
ela adora ler livros. Marque a alternativa que corresponde you follow along with the lyrics) your reading skills.
a preferência de livros de Jennifer:
a) aventura (Adaptado de: T-SKEET, J. Why Learning a Language
b) romances from Music is Easier. Voxy. 12 jul. 2012. Disponível em:
c) ficção científica <http://voxy.com/blog/index.php/2012/07/learn-mu-
d) terror sic-language/>. Acesso em: 14 ago. 2012.)

Questão 07. A frase: Você estudou as formas verbais. a) Segundo a autora, é mais fácil memorizar músicas
Marque a alternativa que corresponde a forma negativa “I que outros tipos de informações. Explique, de acordo com
read horror stories”. Na forma negativa ficará: o texto, por que isso acontece.
a) I read not horror stories. b) Cite três benefícios da música para o aprendizado de
b) I not read horror stories. línguas estrangeiras mencionados no texto.
c) I don’t read horror stories.
d) n.d.a Respostas:

Questão 08. – Na frase: “He Works as a policeman”, se a) Segundo o texto, quando ouvimos uma música,
passarmos a frase destacada para a 2ª pessoa do plural e ambos os hemisférios do cérebro são ativados através do
para a forma interrogativa, teremos: exercício de seguir a letra e a melodia/o ritmo, o que torna
a) Does he works as a policeman? o processo de memorização mais fácil do que na simples
b) Works he as a policeman: leitura.
c) Do you work as a policeman?
d) Does you work as a policeman? b) Os benefícios são: melhor compreensão das pala-
vras, contato com pronúncia, melhor memorização, maior
Questão 09- No simple present os verbos “DO” “GO” motivação, bom humor; oportunidade para exercitar as ha-
e “READ”, nas terceiras pessoas do singular, obterão a se- bilidades de ler, falar e ouvir.
guinte forma:
a) DOES, GOES e READS Medical Jokes
b) DOS, GOS, READES
c) DOIS, GOIS, READIS A man goes to his doctor ans says: “I don’t think my
d) n.d.a wife is hearing is good as it used to be. What should i do?
The doctor replies: “Try this test to find out for sure.
Questão 10- “I work in a library”, na 3ª pessoa do sin- When your wife is in the kitchen doing dishes, stand fif-
gular, a frase obterá a seguinte forma: teen feet behind her and ask her a question, if she doesn’t
a) I works in a library. respond keep moving closer asking the question until she
b) I don’t work in a library. hears you.”
c) She work in a library. The man goes home and sees his wife preparing din-
d) She works in a library. ner. He stands fifteen feet behind her and says : “ What’s
Respostas: 1C 2 A 3A 4D 5C 6D 7C 8C 9A 10D for dinner, honey?” He gets no response, so he moves to
ten feet behind her, and ask again. Still no aswer. Finally
Leia o texto a seguir. he stands directly behind her and says, “Honey, what’s for
dinner?” She replies: “For the fourth time, i SAID CHICKEN”
What is the 17th letter of the alphabet? Are you singing 1) According to the text, the man:
the alphabet song to find the answer? It’s “Q”. Have you a) is a friend of the doctor and his wife
ever wondered why you can recite all the lyrics to an Adele b) remembers the good old days with the doctor’s wife.

39
LÍNGUA INGLESA

c) wants the doctor to convince his wife to take a hea- 5) c) is shouting and irritated. - A mulher estava gritan-
ring test. do e irritada pois tinha respondido quatro vezes a pergunta
d) complains because his wife is in poor health. do marido e ele não tinha escutado.
e) is worried because his wife’s hearing.

2) After going to the doctor, the man: EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES


a) followed exactly what the doctor recommended.
b) forgot an important part of the doctor’s tst.
c) didn’t realize that his wife was hungry. 01. (BNDES – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2013)  
d) came to the conclusion that his wife was sick
e) decided to take his wife to a restaurant. Coworking: Sharing How We Work

3) The result of the test shows that: In the past, when trying to find places to work, inde-
a) the wife doesn’t like to be disturbed while cooking. pendent workers, small businesses, and organizations of-
b) the wife’s hearing is not good at all ten had to choose between several scenarios, all with their
c) the wife prepared chicken four times that week. attendant advantages and disadvantages: working from
d) the man has a hearing impairment instead of his wife home; working from a coffee shop, library, or other public
e) the wife doesn’t like to cook chicken for the man. venue; or leasing an executive suite or other commercial
space.
4) O trecho do texto- “ I don’t think my wife1s hea- Is there a better way to work? Yes. Enter coworking.
ring is good as it used to be” - tem o sentido de que: Coworking takes freelancers, indie workers, and entre-
a) no passado, a esposa prestava mais atenção ao que preneurs who feel that they have been dormant or isolated
o marido dizia. working alone at home or who have been migrating from a
b) a audição da esposa piorou com o passar do tempo, coffee shop to a friend’s garage or languishing in a sterile
na opinião do marido. business center – to a space where they can truly roost.
c) a esposa costumava pensar melhor antes de dar ou- “We can come out of hiding,” a coworker tells us, “and
vidos ao marido. be in a space that’s comfortable, friendly, and has an aes-
d) o marido acha que sua esposa sempre teve um pro- thetic appeal that’s a far cry from the typical cookie-cutter
blema de audição. office environment.”
e) o marido atribuiu o silêncio da esposa ao passar dos For many, it might be puzzling to pay for a well-e-
anos. quipped space teeming with other people, even with the
chance of free coffee and inspiration. You might ask your-
5) The wife’s answer - “For the fourth time, I SAID self, “Well, why pay for a place to work when I’m perfectly
CHICKEN”! - indicates that she: comfortable at home and paying nothing?” Or, “Isn’t the
a) is very shy. whole point of telecommuting or starting my own business
b) is really hungry. a chance to avoid ‘going to the office’?”
c) is shouting and irritated. Coworking may sound like an unnecessary expense,
d) is deaf. but let’s consider what you get from being a part of the
e) has already called him four times to have dinner. space.
At its most basic level, coworking is the phenomenon
Respostas: of workers coming together in a shared or collaborative
workspace or one or more of these reasons: to reduce
1) e) is worried because his wife’s hearing. - O marido costs by having shared facilities and equipment, to access
está preocupado com a audição da esposa, pois ele foi até a community of fellow entrepreneurs, and to seek out col-
o médico achando que a esposa não está ouvindo corre- laboration within and across fields. Coworking spaces of-
tamente. fer an exciting alternative for people longing to escape the
2) a) followed exactly what the doctor recommended. confines of their cubicle walls, the isolation of working solo
- Depois de ir até o médico, o homem seguir corretamente at home, or the inconveniences of public venues.
o que o médico recomendou. The benefits and cost-savings in productivity and ove-
3) d)  the man has a hearing impairment instead of rall happiness and well-being reaped from coworking are
his wife - O resultado do teste foi que ao invés da esposa, also potentially huge. Enthusiasm and creativity become
quem tinha a deficiência auditiva era o marido. contagious and multiply when you diversity your work en-
4) b) a audição da esposa piorou com o passar do vironment with people from different fields or backgrou-
tempo, na opinião do marido. - De acordo com o mari- nds. At coworking spaces, members pass each other during
do, quando ele foi reclamar com o médico sobre a audição the day, conversations get going, and miraculously idea-
da esposa, ele se queixou que a audição da mulher piorou fusion happens with everyone benefitting from the shared
com o passar do tempo. thinking and brainstorming.

40
LÍNGUA INGLESA

Differences matter. Coworking hinges on the belief worse with time. Eventually, a person with AD might need
that innovation and inspiration come from the cross-pol- help in many areas, including eating and getting dressed.
lination of different people in different fields or speciali- For some people in the early or middle stages of the disea-
zations. Random opportunities and discoveries that arise se, medicine might help symptoms, such as memory loss,
from interactions with others play a large role In coworking. from getting worse for a limited time. Other drugs may
To see this in action on a large scale, think about Goo-
help people feel less worried or depressed. Dealing with
gle. Google made the culture of sharing and collaboration
in the workplace legend. It deployed “grouplets” for initia- Alzheimer’s disease can be extremely difficult, but planning
tives that cover broader changes through the organization. ahead and getting support can lighten the lead. AD usually
One remarkable story of a successful Google grouplet begins after age 60, and risk goes up with age. The risk
involved getting engineers to write their own testing code is also higher if a family member has had AD. Scientists
to reduce the incidence of bugs in software code. Thinking are working to better understand AD. Ongoing studies are
creatively, the grouplet came up with a campaign based looking at whether some things can help prevent or delay
on posting episodes discussing new and interesting testing the disease. Areas that are being explored include exercise,
techniques on the bathroom stalls. “Testing on the Toilet” eating omega-3 fatty acids, and keeping your brain active.
spread fast and garnered both rants and raves. Soon, peo-
ple were hungry for more, and the campaign ultimately de-
veloped enough inertia to become a de facto part of the Available: www.womenshealth.gov
coding culture. They moved out of the restrooms and into
the mainstream. Read the sentence below and choose the alternative
Keith Sawyer, a professor of psychology and education that presents a synonym to the underlined word.
at Washington University in St. Louis, MO, has written wi-
dely on collaboration and innovation. In his study of jazz “Ongoing studies are looking at whether some things
performances, Keith Sawyer made this observation, “The can help prevent or delay the disease.”
group has the ideas, not the individual musicians.” Some of
the most famous products were born out of this mosh pit
of interaction – in contrast to the romantic idea of a lone A) Cut down.
working genius driving change. According to Sawyer, more B) Suspended.
often than not, true innovation emerges from an improvi- C) Ended.
sed process and draws from trial-by-error and many inputs. D) Continuous.
Unexpected insights emerge from the group dyna-
mic. If increasing interaction among different peer groups A palavra “ongoing” quer dizer algo contínuo, em an-
within a single company could lead to promising results damento. Cut down – cortar, diminuir. Suspended – sus-
imagine the possibilities for solopreneurs, small businesses,
penso. Ended – terminado. Continuous – contínuo.
and indie workers – if only they could reach similar levels
of peer access as those experienced by their bigger coun-
terparts. It is this potential that coworking tries to capture RESPOSTA: “D”.
for its members.
03. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES-
Available: http://workawesome.com (adapted) PE/2012)

The expression indie workers, found in lines 10 and 90, Darkness and light
refers to
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
Caravaggio’s art is made from darkness and light. His
por conta da diagramação do material.)
A) Retired civil servants. pictures present spotlight moments of extreme and often
B) Lazy businessmen aiming for profit. agonized human experience. A man is decapitated in his
C) Self-employed independent professionals. bedchamber, blood spurting from a deep gash in his neck.
D) Expert employees at international organizations. A woman is shot in the stomach with a bow and arrow at
E) Workaholic employers in large companies. point-blank range.
A questão pede que o candidato determine. A expres- Caravaggio’s images freeze time but also seem to
são “indie workers” se refere a. Indie é uma abreviação para hover on the brink of their own disappearance. Faces are
independent, neste caso, trabalhadores independentes. brightly illuminated. Details emerge from darkness with
RESPOSTA: “C”. such uncanny clarity that they might be hallucinations. Yet
02. (ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE- always the shadows encroach, the pools of blackness that
TRO/2013)   threaten to obliterate all. Looking at this picture is like loo-
king at the world of flashes of lightning.
Alzheimer’s disease Caravaggio’s life is like his art, a series of lightning fla-
shes in the darkness of nights. He is a man who can never
Alzheimer’s disease (AD) is a form of dementia, whi- be known in full because almost all that he did, said and
ch is a brain disorder. It damages nerve cells in the brain. thought is lost in the irrecoverable past. He was one of the
This affects your ability to remember things, think clearly, most electrifying original artists ever to have lived, yet we
and care for yourself. AD begins slowly, and symptoms get have only one solitary sentence from him on the subject

41
LÍNGUA INGLESA

of painting – the sincerity of which is, in any case, ques- that has become clearer since the nuclear disaster of March
tionable, since it was elicited from him when he was under 11th 2011. In fact, Noi Sawaragi, a prominent art critic, says
interrogation for the capital crime of libel. they may be hinting at a new direction in Japanese con-
When Caravaggio emerges from the obscurity of the temporary art.
past he does so, like the characters in his own paintings, Radiation and nuclear annihilation have suffused Ja-
as a man in extremis. He lived much of his life as a fugiti- pan’s subculture since the film Gojira (the Japanese God-
ve, and that is how he is preserved in history – a man on zilla) in 1954. The two themes crop up repeatedly in manga
the run, heading for the hills, keeping to the shadows. But and anime cartoons.
he is caught, now and again, but the sweeping beam of a Other young artists are ploughing similar ground. Kota
searchlight. Each glimpse is different. He appears in many Takeuchi, for instance, secretly took a job at Fukushima Dai
guises and moods. Caravaggio throws stones at the house -ichi and is recorded pointing an angry finger at the camera
of his landlady and sings ribald songs outside her window. that streams live images of the site. Later he used public
He has a fight with a waiter about the dressing on a plate news conferences to pressure Tepco, operator of the plant,
of artichokes. His life is a series of intriguing and vivid ta- about the conditions of its workers inside. His work, like
bleaux – scenes that abruptly switch from low farce to high ChimPom’s blurs the distinction between art and activism.
drama. Japanese political art is unusual and the new subversi-
veness could be a breath of fresh air; if only anyone noti-
New York - London. W. W. Norton & Company, 2010 ced. The ChimPom artists have received scant coverage in
(adapted) the stuffy arts pages of the national newspapers. The group
held just one show of Mr. Mizuno’s reactor photographs in
In line 5, “at point-blank range” means Japan. He says: “The timing has not been right. The media
A) In a cold-blooded manner. will just want to make the work look like a crime.”
B) Summarily.
C) Without intention. Internet: www.economist.com (adapted)
D) Fatally.
E) Within a short distance. The words “mangled” (L.6) and “suffused” (L.23) mean
respectively
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
A questão pede que o candidato determine. Na linha
por conta da diagramação do material.)
cinco “at point-blank range” (à queima-roupa) significa. In
A) “Ruined” and “permeated”.
a cold-blooded manner – de forma a sangue-frio. Summa-
B) “Mutilated” and “obscured”.
rily – sumariamente. Without intention – sem intenção. Fa-
C) “Subdued” and “covered”.
tally – fatalmente. Within a short distance – a uma curta
D) “Humongous” and “imbued”.
distância.
E) “Torn” and “Zeroed in on”.
RESPOSTA: “E”. A questão pede que o candidato determine. As pala-
vras “mangled” (destroçado) e “suffused” (impregnado,
04. (INSTITUTO RIO BRANCO – DIPLOMATA – CES- inundado) significam respectivamente. Ruined – arruinado,
PE/2012)   destruído. Permeated – permeado, penetrado. Mutilated –
mutilado. Obscured – obscurecido. Subdued – subjugado,
Godzilla’s grandchildren dominado.
Covered – coberto. Humongous – gigante. Imbued –
In Japan there is no kudos in going to jail for your art. embutido. Torn – rasgado. Zeroed in on – mirado em.
Bending the rules, let alone breaking them, is largely taboo.
That was one reason Toshinori Mizuno was terrified as he RESPOSTA: “A”.
worked undercover at the Fukushima
Dai-ichi nuclear-power plant, trying to get the shot that 05. (SEFAZ/ES – AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTA-
shows him in front of the mangled third reactor holding DUAL – CESPE/2013)  
up a referee’s red card. He was also terrified of the radia-
tion, which registered its highest reading where he took the It is well accepted and acknowledged that service
photograph. The only reason he did not arouse suspicion, quality is essential for firm success. The problem with the
he says, is because he was in regulation radiation kit. And in measurement of service quality is that it is not easily iden-
Japan people rarely challenge a man in uniform. tifiable and measurable. Unlike the quality of goods, which
Mr. Mizuno is part of ChimPom, a six-person collective can be measured objectively, service quality is an abstract
of largely unschooled artists who have spent a lot of time and elusive construct because of three features unique to
getting into tight spots since the disaster, and are engagin- services: intangibility, heterogeneity, and inseparability of
gly thoughtful about the results. production and consumption. Despite the complexity of
It is easy to dismiss ChimPom’s work as a publicity the issue, a consensus has emerged in the literature to
stunt. But the artists’ actions speak at least as loudly as their measure service quality using clients’ perceptions of the
images. There is a logic to their seven years of guerrilla art service delivered.

42
LÍNGUA INGLESA

Only few studies in auditing have adopted the service cent history has proved that one-size-fits-all solutions are
quality approach, where clients are asked to assess their no good when public health challenges vary from one area
current (and/or former) auditor (i.e., audit firm and/or audit of the country to the next. But we cannot sit back while, in
team). However, the latter approach has several advanta- spite of all this, so many people are suffering such severe
ges because it allows overall client satisfaction to be de- lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities.
termined and also identification of the attributes that drive
client satisfaction. Internet: www.gov.uk (adapted)

Internet: http://onlinelibrarywhiley.com (adapted) The adjective “one-size-fits-all” (L.5) means “long-term


and drastic”
The word “unlike” (L.4) is the same as A) Certo.
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar B) Errado.
por conta da diagramação do material.)
A questão pede que o candidato determine. O adjetivo
A) Aside from.
“one-size-fits-all” (um tamanho serve para todos) significa
B) Similar to.
“long-term and drastic” (longo período e drástico).
C) Contrasted with.
D) Resembling.
RESPOSTA: “B”.
E) Despite.
08. (STF – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA
A questão pede que o candidato determine. A palavra – CESPE/2013)  
“unlike” (o contrário) é o mesmo que. Aside from – além de.
Similar to – similar à. Contrasted with – contrastadas com. The head of the National Security Agency defended his
Resembling – semelhante. Despite – apesar de. beleaguered organization, saying it acts within the law to
stop militant attacks and calling reports that the NSA col-
RESPOSTA: “C”. lected data on millions of phone calls in Europe false.
The intelligence chiefs appeared against a backdrop of
06. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)   angry accusations by European allies that the United States
spies on their leaders and citizens, accusations prompted
The difficulty for health policy makers the world over is by highly classified documents that Snowden leaked to
this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles media organizations.
through presidential decree or through being overprotec- Army General Keith Alexander, testifying with other
tive towards people and the way they choose to live. Re- U.S. spy chiefs before the House of Representatives Intelli-
cent history has proved that one-size-fits-all solutions are gence committee, sought to defuse a growing controversy
no good when public health challenges vary from one area over reports of NSA snooping on citizens and leaders of
of the country to the next. But we cannot sit back while, in major U.S. allies.
spite of all this, so many people are suffering such severe The hearing took place as Congress in weighing new
lifestyle-driven ill health and such acute health inequalities. legislative proporsals that could limit some of the NSA’s
Internet: www.gov.uk (adapted) more expansive electronic intelligence collection programs.
The expression “the world over” (L.1) is synonymous More than any previous disclosures from the Snowden
with “in some parts of the world”. documents, the reports of spying on close U.S. allies have
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar forced the White House to promise reforms and even ack-
nowledge that America’s electronic surveillance may have
por conta da diagramação do material.)
gone too far.
A) Certo.
B) Errado.
Internet: www.reuters.com (adapted)
A questão pede que o candidato determine. A expres- The word “beleaguered” (L.2) is synonymous with “be-
são “the world over” (no mundo todo) é sinônimo com “in sieged”
some parts of the world” (em algumas partes do mundo). (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.)
RESPOSTA: “B”. A) Certo.
B) Errado.
07. (FUNASA – TODOS OS CARGOS – CESPE/2013)  
A questão pede que o candidato determine. A palavra
The difficulty for health policy makers the world over is “beleaguered” (cercada) é sinônimo com “besieged” (cer-
this: it is simply not possible to promote healthier lifestyles cada, sob ataque).
through presidential decree or through being overprotec-
tive towards people and the way they choose to live. Re- RESPOSTA: “A”.

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LÍNGUA INGLESA

09. (TCE/ES – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – Unfortunately this is not a new problem. We’ve seen
CESPE/2012)   several instances of air traffic controllers falling asleep on
duty in recent months.
Welcome to Oxford In response to these cases, the FAA in 2011 revised its
regulations for air traffic controllers to include additional
Many periods of English history are impressively do- time for rest between shifts. The FAA:
cumented in Oxford’s streets, houses, colleges and cha- • Raised the minimum amount of time off between
pels. Within one square mile alone, the city has more than work shifts to 9 hours from 8 hours.
900 buildings of architectural or historical interest. For the • Prohibited air traffic controllers from swapping
visitor this presents a challenge – there is no single buil- shifts without having a minimum of 9 hours off in between
ding that dominates Oxford, no famous fortress or huge shifts.
cathedral that will give you a short-cut view of the city. • Increased supervisor coverage in air traffic control
Even Oxford’s famous University is spread amidst a tangle towers during late night an early morning shifts.
of 35 different colleges and halls in various parts of the • Prohibited air traffic controllers from picking up
city centre, flaunt its treasures; behind department stores and overnight shift after a day off.
lurk grand Palladian doorways or half-hidden crannies or These adjustments are a step in the right direction, but
medieval architecture. The entrance to a college may me they don’t go far enough. Managing schedules for shift
tucked down a narrow alleyway, and even then it is unlikely workers in these high-pressure jobs where public safety is
to be signposted. at stake is too important to settle for improvements that
don’t actually solve the problem.
Oxford University Press, 1999, p. 135 (adapted) Shift workers of all types face challenges to getting
The word “tangle” (L.8) can be correctly replaced by enough sleep while managing long hours, overnight shifts,
“line” and changing schedules that fluctuate between day and
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar night. Research shows that:
por conta da diagramação do material.) • People who engage in shift work get less sleep
overall than those of us who work more regular hours.
A) Certo.
• Shift workers are at higher risk for illness and chro-
B) Errado.
nic disease.
A questão pede que o candidato determine. A palavra
• The sleep deprivation associated with shift work
“tangle” (emaranhar, entrelaçar, complicar) pode ser corre-
increase the risk of accidents, injuries and mistakes in high
tamente substituida por “line” (linha, fila, alinhamento)
-profile, public-safety related industries like medicine and
law enforcement, as well as air traffic control.
RESPOSTA: “B”. In addition to making people more prone to accidents
10. (DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO and injury, sleep deprivation causes a number of negative
CÓDIGO – CESGRANRIO/2012)   effects – both physical and psychological – that can impair
the on-the-job performance of air traffic controllers and
Air traffic controllers asleep on the job...still other shift workers. Sleep deprivation:
Michael J. Breus, Ph. D., in Sleepnewzzz • Slows reaction time.
• Interferes with memory.
Here’s some news of workers sleeping on the job that’s • Causes fatigue.
downright scary. A news investigation produced a story • Compromises judgment.
and footage of air traffic controllers at Westchester County • Impairs the ability to retain new information.
Airport sleeping during their shifts. The video, provided to I think we can all agree that we don’t want the peo-
the news outlet by an employee in the air traffic control to- ple responsible for guiding our planes to be sluggish, slo-
wer at Westchester Airport, also shows controllers reading w-reacting, forgetful, fatigued and of questionable judg-
and using laptops and cell phones while on duty. The Fede- ment. But that’s exactly what being sleep deprived can
ral Aviation Administration (FAA) bans its controllers from make them!
use of cell phones, personal reading material and electric It’s the FAAs responsibility to create workplace regula-
devices while on duty. Sleeping is prohibited anywhere in tions that enable air traffic controllers to get the rest they
air traffic control towers. need. This can include not just mandating reasonable time
All of these violations are alarming and dangerous, and off between shifts, but also giving controllers breaks during
pose a serious public safety problem. It is important, I be- shifts and allowing them to nap on their breaks. There are
lieve, to separate the issue of air traffic controllers sleeping also some basic things that controllers themselves – or any
on the job from their choice to play with laptops and cell shift workers – can do to help avoid sleep deprivation:
phones when they are supposed to be working. The video • Make sure to get adequate rest before a shift
images showing air traffic controllers slumped over and beings. Take a nap before work, if needed be.
sleeping at their stations is truly frightening. But the issue • Limit your reliance on caffeine. While it’s okay as
of sleep deprivation among air traffic controllers is a very an occasional pick–me–up, caffeinated beverages are not
real one, and means that some instances of falling asleep substitutes for adequate sleep. And caffeine can interfere
– however dangerous and wrong – is not entirely the con- with your sleep when you actually want and need to be
trollers’ fault, or even within their control. sleepy.

44
LÍNGUA INGLESA

• Keep a strong and consistent sleep routine both research suggests that cutting out or down on sweetened
during your workdays and your days off. It’s not always diet drink or replacing them with unsweetened coffee may
easy, but shift workers in particular need to build their off naturally help lower your depression risk.”
– duty schedules around making sure they get the sleep But he said more studies were needed to explore this.
they need. There are many other factors that may be involved. And the
Similarly to the recent changes in health care, the FAA findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living
is moving in the right direction to help its employees get in the US – might not apply to other populations. The safety
the sleep they need to do their jobs safely. As this latest of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested
incident at Westchester Airport confirms, there is a great by scientists and is assured by regulators.
deal of work still to be done. Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said:
“Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and
And it’s in everyone’s best – and safest – interest that unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As
progress continues to be made. a result, sweeteners have been very widely tested and re-
Sweet Dreams, viewed for safety and the ones on the market have an ex-
Michael J. Breus, PhD cellent safety track record. However, the studies on them
The Sleep Doctor TM continue and this one has thrown up a possible link – not a
www.thesleepdoctor.com cause and effect – with depression.”
Available at http://www.theinsomniablog.com
(www.bbc.co.uk)
In text I, the expression “downright scary” in “Here’s
some news of workers sleeping on the job that’s “down- O termo likely em – People who drank four cups a day
right scary.”” (lines 1-2) can be replaced, without change in were 10% less likely to be diagnosed with depression du-
meaning by ring the 10-year study period than those who drank no cof-
fee. – transmite a ideia de:
A) Faintly alarming. A) Preferência.
B) Propensão.
B) Really encouraging.
C) Impossibilidade.
C) Not at all terrifying.
D) Exclusividade.
D) A little intimidating.
E) Diminuição.
E) Absolutely frightening.
O trecho em questão. Pessoas que beberam quatro
copos por dia eram 10% menos prováveis de serem diag-
A questão pede que o candidato determine. A expres-
nosticadas (...)
são “downright scary” no trecho pode ser substituída sem
perder o sentido por. “Downright scary” quer dizer franca-
RESPOSTA: “B”.
mente assustador.
12. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)  
RESPOSTA: “E”.
Diet Drinks “Link to depression” questioned
11. (CETESB – ADVOGADO – VUNESP/2013)  
Experts are questioning whether diet drinks could raise
Diet Drinks “Link to depression” questioned depression risk, after a large study has found a link.
Experts are questioning whether diet drinks could raise The US research in more than 250.000 people found
depression risk, after a large study has found a link. depression was more common among frequent consumers
of artificially sweetened beverages. The work, which will be
The US research in more than 250.000 people found presented all the American Academy of Neurology’s annual
depression was more common among frequent consumers meeting, did not look at the cause for this link.
of artificially sweetened beverages. The work, which will be Drinking coffee was linked with a lower risk of depres-
presented all the American Academy of Neurology’s annual sion.
meeting, did not look at the cause for this link. People who drank four cups a day were 10% less likely
Drinking coffee was linked with a lower risk of depres- to be diagnosed with depression during the 10-year stu-
sion. dy period than those who drank no coffee. But those who
People who drank four cups a day were 10% less likely drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially
to be diagnosed with depression during the 10-year stu- sweetened juice a day increased their risk of depression
dy period than those who drank no coffee. But those who by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the
drank four cans or glasses of diet fizzy drinks or artificially National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our
sweetened juice a day increased their risk of depression research suggests that cutting out or down on sweetened
by about a third. Lead researcher Dr Honglei Chen, of the diet drink or replacing them with unsweetened coffee may
National Institutes of Health in North Carolina, said: “Our naturally help lower your depression risk.”

45
LÍNGUA INGLESA

But he said more studies were needed to explore this. C) Insensível.


There are many other factors that may be involved. And the D) Consciente.
findings – in people in their 50s, 60s, 70s and 80s and living E) Desinformado.
in the US – might not apply to other populations. The safety O adjetivo aware se refere ao fato de estar ciente de
of sweeteners, like aspartame, has been extensively tested algo, consciente de uma decisão.
by scientists and is assured by regulators.
Gaynor Bussell, of the British Dietetic Association, said: RESPOSTA: “D”.
“Sweeteners used to be called ‘artificial’ sweeteners and
unfortunately the term ‘artificial’ has evoked suspicion. As 14. (CTA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – VU-
a result, sweeteners have been very widely tested and re- NESP/2013)  
viewed for safety and the ones on the market have an ex-
cellent safety track record. However, the studies on them Web content inventories of existing sites commonly
continue and this one has thrown up a possible link – not a take the form of a spreadsheet file with multiple work-
cause and effect – with depression.” sheets, containing long listings of every page in the site,
(www.bbc.co.uk) along with such essential characteristics as the page title,
URL, people responsible for the content, and so on. Each
The term “whether” in – Experts are questioning whe- page typically gets a row on the spreadsheet, with columns
ther diet drinks could raise depression risk, after a large listing such basic information as:
study has found a link. – introduces: • Unique id number for project purposes.
A) A supposition. • Page title.
B) A certainty. • Page template or type.
C) A denial. • URL.
D) A dismissal. • General type of content.
E) An acceptance. • Person responsible for the content.
• Keep/revise/discard decisions.
O termo “whether” é usado para fazer o contraste • Create new content?
quando pode ou não acontecer. Nesta frase, experts estão • Review status
perguntando se os refrigerantes diet podem ou não au-
mentar o risco de depressão (...) Extraido de: webstyleguide.com

RESPOSTA: “A”. No texto, a expressão and so on pode ser substituída,


sem perda de sentido, por:
13. (CTA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – VU- A) And finally.
NESP/2013)   B) Certainly.
C) Et cetera.
Two of the greatest technologies of our age are tele- D) Otherwise.
communications and computer engineering. Telecommu- E) Thereby.
nications is concerned with moving information from one
point to another point or from one point to many other A expressão and so on é usado no fim de uma lista no
points. I think it is no exaggeration to say that the tele- sentido de assim por diante, ou neste caso et cetera.
communications industry is largely taken for granted by
the vast majority of people. If you were to ask the average RESPOSTA: “C”.
person what the greatest technological feat of 1969 was,
they would probably reply ‘The first manned landing on 15. (TERMOBAHIA – TÉCNICO DE SEGURANÇA JÚ-
the moon’. A much more magnificent achievement was NIOR – CESGRANRIO/2012)  
the ability of millions of people half a million kilometers
away to watch what was taking place on the moon in their Committee decides to lower the use of thermoelectric
own homes. However, if most people are not aware of the power generation
great developments in the telecommunications industry, GTCIT Magazine
they will not have missed the microprocessor revolution. In
the last few years powerful computers have become even The Monitoring Committee of the Electric Sector
more powerful and minicomputers and microprocessors (CMSE) decided on Monday (may 30, 2012), to diminish the
have spread to industry education, research and the home. thermoelectric power generation in Brazil as of next week.
According to the Ministry of Mines and Energy, Márcio
Extraido de: The Principles of Computer Hardware, Alan Zimmermann, the thermoelectric generation, which cur-
Clements, International Student Edition, 2nd, 1991) rently averages 4.000 megawatts (MW), should now be re-
duced to 2.500 MW.
No texto, o termo aware tem significado de: These plants are used in Brazil mainly to prevent a po-
A) Preocupado. wer outage in the country in times of drought, when the
B) Indiferente. reservoirs of the dams are low. But the ministry assured

46
LÍNGUA INGLESA

that the reservoir of the hydroelectric plants are satisfac- The 2012 average unemployment rate was in line with
tory, and that there will be no need to resort to the ther- the 5.5% median estimate of economists polled by the local
moelectric resources. Estado news agency. Analysts had also pegged December’s
According to the Minister Zimmermann, the Southeast unemployment rate at 4.4%.
has an average of 90% of its reservoirs full, which is an ex- Brazil’s unemployment rate remains at historically low
cellent level for this time of year. Even the Northeast, whose levels despite sluggish economic activity. Salaries have also
reservoir levels are a little lower, do not compromise sys- been on the upswing in an ominous sign for inflation – a
tem security. key area of concern for the Brazilian Central Bank after a
“The system is operating perfectly within the current series of interest rate cuts brought local interest rates to
conditions, which safely allows us to reduce the generation record lows last year. Inflation ended 2012 at 5.84%.
of thermoelectric energy. This will give us an economic sur- The average monthly Brazilian salary retreated slightly
plus that can be used towards system maintenance and in to 1.805,00 Brazilian reais ($908.45) in December, down
the implementation of new quality programs for the energy from the record high BRL 1.809,60 registered in November,
sector”, he said. the IBGE said. Wages trended higher in 2012 as employee
He also explained that: “of course, this does not mean groups called on Brazilian companies and the government
that the committee will not be flexible as to this decision in to increase wages and benefits to counter higher local pri-
case the current conditions take an unexpected turn.” They ces. Companies were also forced to pay more to hire and
will be following the reduction of the projection for the co- retain workers because of the country’s low unemployment.
ming months and, if necessary, the plans will be changed The IBGE measures unemployment in six of Brazil’s
according to the demands vis-avis resources. largest metropolitan areas, including São Paulo, Rio de Ja-
neiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife and Porto Alegre.
Available at: www.gtcit.com Brazil’s unemployment rate, however, is not fully compara-
ble to jobless rates in developed countries as a large por-
In the text, the word in bold-face type is similar to the tion of the population is either underemployed or works
word/expression in italics in: informally without paying taxes. In addition, workers not
actively seeking a job in the month before the survey don’t
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar count as unemployed under the IBGE’s methodology. The
por conta da diagramação do material.) survey also doesn’t take into account farm workers.
A) Prevent (line 8) – induce.
B) Outage (line 9) – abundance. (www.nasdaq.com, Adaptado)
C) Drought (line 9) – lack of rain.
D) Dams (line 10) – river beds. O trecho do quinto parágrafo – workers not actively
A) Resort (line 13) – throw. seeking a job – pode ser reescrito, sem alteração de senti-
do, com:
A questão pede que o candidato determine. No texto, A) Employers that aren’t actively pursuing a job.
a palavra em negrito similar com a palavra/expressão em B) Workers whose job wasn’t active.
itálico é. Prevent – prevenir. Induce – induzir. Outage – Fal- C) Workers which found an active employment.
ta. Abundance – abundância. Drought – período de seca. D) Workers who weren’t actively looking for a job.
Lack of rain – falta de chuva. Dams – represa, reservatório E) Active employees that have just found work.
em barragem. Resort – recorrer. Throw – jogar, arremessar. O trecho em questão – trabalhadores que não procu-
ram ativamente um emprego (no mês anterior a pesquisa
RESPOSTA: “C”. (...)).
16. (CTA – ANALISTA EM C&T JÚNIOR – ADMINISTRA-
ÇÃO – VUNESP/2013)   RESPOSTA: “D”.

Brazil’s Average Unemployment Rate Falls to Record 17. ANVISA – ANALISTA ADMINISTRATIVO – CE-
Low in 2012 TRO/2013)  

By Down Jones Business News FDA seems to take light approach to Allergan and LAP
-BAND
January 31, 2013 In 1960, a young inspector for the Food and Drug Ad-
ministration faced down a powerful drug company by re-
Brazil’s unemployment rate for 2012 fell to 5.5%, down jecting its application to sell a morning-sickness drug in the
from the previous record low of 6.0% recorded last year, United States. The company, Richardson-Merrell, griped
the Brazilian Institute of Geography and Statistics, or IBGE, about her repeated demands for more safety data. They
said Thursday. In December, unemployment fell to 4.6% complained to her superiors, branding her as nitpicker. But
compared with 4.9% in November, besting the previous she stood firm. The drug is question was thalidomide, and
record monthly low of 4.7% registered in December 2011, worldwide as many as 12.000 children were born with se-
the IBGE sad. vere birth defects after their mothers used it, in the U.S.,

47
LÍNGUA INGLESA

where Frances Kelsey blocked Merrell from disturbing the um rolo gigante que passa por cima do asfalto quando o
drug expect to a few doctors for ‘experimental’ trials, the mesmo está sendo aplicado. No texto a expressão é usada
toll was 17. Today’s FDA isn’t that FDA. para dizer que a agência que na década de 60 era forte
Today’s FDA can be steamrolled. Today’s FDA just e “peitava” as poderosas companhias farmacêuticas, hoje
approved an application by Allergan to expand the target pode ser vencida, pode ser derrotada pelas companhias.
market of its Lap-Band weight-loss device potentially by
tens of millions of patients. How much safety data did the RESPOSTA: “D”.
FDA review before giving Allergan the green light? Mainly
the results of one year of study of 149 patients. Kelsey (TERMOBAHIA – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E
has said that she demanded more information form Mer- CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO/2012)  
rell, thalidomide’s U.S. manufacturer, because its history
of conflicts with the agency made her suspicious. Is there Committee decides to lower the use of thermoelectric
any reason to mistrust Allergan? Let’s look at the record. In
power generation
September, Allergan pleaded guilty to one criminal count
and paid $600 million in fines and penalties to settle fe-
GTCIT Magazine
deral charges that it had illegally marketed Botox for uses
the FDA hadn’t approved. In accepting the plea bargain,
the government charged that the company had made un- The Monitoring Committee of the Electric Sector
der-the-table payments to doctors who used Botox to treat (CMSE) decided on Monday (may 30, 2012), to diminish the
unapproved conditions, created front groups and websites thermoelectric power generation in Brazil as of next week.
to push the broader uses of the drug while concealing Al- According to the Ministry of Mines and Energy, Márcio
lergan’s backing, and coached physicians to over-diagnose Zimmermann, the thermoelectric generation, which cur-
a condition for which Botox could be legally marketed so rently averages 4.000 megawatts (MW), should now be re-
it could sell more product. Allergan took these steps, the duced to 2.500 MW.
government contended, because the approved uses had These plants are used in Brazil mainly to prevent a po-
meager sales potential. The most prevalent condition for wer outage in the country in times of drought, when the
which Botox treatment was approved, cervical dystonia, is a reservoirs of the dams are low. But the ministry assured
neck spasm that affects only about 27.000 people, Allergan that the reservoir of the hydroelectric plants are satisfac-
wanted doctors to prescribe Botox for headaches. Botox’s tory, and that there will be no need to resort to the ther-
sales grew 1.407% and by 2007, total Botox sales exceeded moelectric resources.
$500 million. More than 70% of that was unapproved uses. According to the Minister Zimmermann, the Southeast
This didn’t seem to enter into the FDA’s review of Aller- has an average of 90% of its reservoirs full, which is an ex-
gan’s application to expand its marketing of the Lap-Band, cellent level for this time of year. Even the Northeast, whose
a device that’s surgically implanted around the stomach. So reservoir levels are a little lower, do not compromise sys-
far, the approved use has been for morbidly obese people. tem security.
An FDA advisory panel, which gave preliminary approval to “The system is operating perfectly within the current
Allergan’s application, wasn’t entirely happy with the com- conditions, which safely allows us to reduce the generation
pany’s data supporting its safety and efficacy claims for the of thermoelectric energy. This will give us an economic sur-
Lap-Band – its own 149-patient study and six other studies, plus that can be used towards system maintenance and in
at least three of which conducted by researchers with fi- the implementation of new quality programs for the energy
nancial links to Allergan – but they felt that the Lap-Band’s sector”, he said.
benefits outweighed the risks.
He also explained that: “of course, this does not mean
that the committee will not be flexible as to this decision in
(HILTZIKLOS, M., Adapted from Los Angeles Times,
case the current conditions take an unexpected turn.” They
22/02/2011)
will be following the reduction of the projection for the co-
“Today’s FDA can be steamrollered.”
Choose the alternative that presents the best synony- ming months and, if necessary, the plans will be changed
mous to the underlined verb. according to the demands vis-avis resources.
A) To deceive.
B) To trap. Available at: www.gtcit.com
C) To impress. In the text, the word in bold-face type is similar to the
D) To overpower. word/expression in italics in:
E) To bully. (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
por conta da diagramação do material.)
A questão pede que o candidato escolha a melhor al- Prevent (line 8) – induce.
ternativa que represente a melhor alternativa para o verbo Outage (line 9) – abundance.
sublinhado. Na frase, a FDA de hoje pode ser vencida. O Drought (line 9) – lack of rain.
verbo steamrollered vem da expressão do rolo compressor, Dams (line 10) – river beds.
passar por cima de algo com aquela máquina que possui Resort (line 13) – throw.

48
LÍNGUA INGLESA

A questão pede que o candidato determine. No texto, Brazil’s economy is booming and the money that it is
a palavra em negrito similar com a palavra/expressão em generating is being invested in infrastructure and projects
itálico é. Prevent – prevenir. Induce – induzir. Outage – Fal- for the future. Airports are being improved, roads are being
ta. Abundance – abundância. Drought – período de seca. built and public transportation expanded. New hotels are
Lack of rain – falta de chuva. Dams – represa, reservatório being constructed and more and more people are being
em barrage. Resort – recorrer. Throw – jogar, arremessar. employed and trained to handle the influx of tourists in the
coming years.
RESPOSTA: “C”. Over half million visitors are expected to come to Brazil
during the World Cup in 2014. Tourist organizations hope
(MPU – ANALISTA – SUPORTE E INFRAESTRUTURA – that many of them will get a lasting impression of the cou-
CESPE/2013)   ntry so that they might come back sometime. The Brazilian
government hopes that successful sporting events will give
The concept of responsible research and innovation the country a major boost in tourism, like the Sydney Olym-
(RRI) is gaining currency in different disciplines. It repre- pics did in 2000 or the World Cup in South Africa in 2010.
sents an attempt to provide an answer to the multitude of As 12 cities prepare to host the matches of the football
ethical, moral, legal and other problems arising from the World Cup Brazil wants to show the world that it cannot
use of technology research and innovation. only play football and dance to samba rhythms but also
There have been attempts to proactively address the organize high-scale events.
normative side of technical developments. The probably Once tourists are in the country they should not only
most notable example of this, at least in Europe, is the at- concentrate on the sporting highlights but also visit many
tempt to establish mechanisms of RRI in nanotechnology, other spectacular attractions that Brazil has to offer, like the
as represented by the European Commission’s (2008) code Iguaçu Falls in the south, or the Amazon rainforest in the
of conduct for nanotechnology. Further examples come north and central parts of the country (…)
from the fields of synthetic biology.
What these activities have in common is that they re-
Extraído de http://www.english-online.at
present attempts to deal with the uncertain, global and
Considerando a flexão em número das classes gramati-
fragmented nature of research and innovation. They incor-
cais das palavras em Inglês, como ficariam, respectivamen-
porate as specs of technology foresight with an awareness
te, os vocábulos country, influx e many na forma plural?
of the necessity to engage in broader social discussions.
Countries – influxes – many.
Countries – influxes – manies.
Internet: www.palgrave-jounals.com
Countryes – influxes – manies.
Based on the text, it is correct to affirm that the word Countryes – influx – manies.
“foresight” (L.16) is the same as neglect. Countries – influx – many.
Certo. A questão pede que o candidato determine o plural
Errado. das palavras sublinhadas. O plural de country é countries.
A questão pede que o candidato determine. De acordo O plural de influx é influxes e a única exceção é many que
com o texto, é correto afirmar que a palavra “foresight” é a não possui forma no plural.
mesma que “neglect”. Foresight quer dizer previdência, no
sentido de provisão, de um cuidado futuro. Neglect quer RESPOSTA: “A”.
dizer negligência, descuido.
(DETRAN/RJ – ASSISTENTE TÉCNICO DE IDENTIFICA-
RESPOSTA: “B”. ÇÃO CIVIL – MAKIYAMA/2013)  

(DETRAN/RJ – ASSISTENTE TÉCNICO DE IDENTIFICA- Brazil Prepares For Tourist Boom


ÇÃO CIVIL – MAKIYAMA/2013)   Brazil is preparing for major tourist invasion as two of
the world’s biggest sporting events are scheduled to be
Brazil Prepares For Tourist Boom held in the country in the coming years. The 2014 World
Brazil is preparing for major tourist invasion as two of Cup is the first global football championship held in South
the world’s biggest sporting events are scheduled to be America in almost 40 years and the first Olympic Summer
held in the country in the coming years. The 2014 World Games ever will be staged in Rio de Janeiro in 2016.
Cup is the first global football championship held in South According to the country’s tourist board Brazil is ex-
America in almost 40 years and the first Olympic Summer pecting twice the number of visitors that it has in normal
Games ever will be staged in Rio de Janeiro in 2016. years. In 2010, about 5 million visitors came to the South
According to the country’s tourist board Brazil is ex- American country. That is a very low number compared to
pecting twice the number of visitors that it has in normal France which has almost 80 million visitors a year and the
years. In 2010, about 5 million visitors came to the South US with 60 million. (…)
American country. That is a very low number compared to Brazil’s economy is booming and the money that it is
France which has almost 80 million visitors a year and the generating is being invested in infrastructure and projects
US with 60 million. (…) for the future. Airports are being improved, roads are being

49
LÍNGUA INGLESA

built and public transportation expanded. New hotels are Risk assessments for petrochemical plants, indeed for
being constructed and more and more people are being any high-hazard site, should not be limited to what might
employed and trained to handle the influx of tourists in the be described as “internal” fire safety threats and challenges.
coming years. If evidence is needed of this, it is necessary only to look at
Over half million visitors are expected to come to Brazil what happened at the Fukushima nuclear power plant in
during the World Cup in 2014. Tourist organizations hope Japan where the disaster was triggered by an offshore ear-
that many of them will get a lasting impression of the cou- thquake and tsunami. In the current uncertain international
ntry so that they might come back sometime. The Brazilian climate, the risk assessor also has to consider the very real
government hopes that successful sporting events will give
prospect of acts of terrorism aimed at headline-grabbing
the country a major boost in tourism, like the Sydney Olym-
mass destruction of property and lives.
pics did in 2000 or the World Cup in South Africa in 2010.
None of this, of course, lessens the need to provide
As 12 cities prepare to host the matches of the football
World Cup Brazil wants to show the world that it cannot the most effective detection, alarm and suppression equi-
only play football and dance to samba rhythms but also pment. This will probably take the form of fixed equipment
organize high-scale events. providing primary around-the-clock protection for such
Once tourists are in the country they should not only structures as cone roof tanks; open-top floating roof tanks;
concentrate on the sporting highlights but also visit many covered floating roof tanks; horizontal tanks; bunds; and
other spectacular attractions that Brazil has to offer, like the spill grounds. However, it cannot be overstressed that po-
Iguaçu Falls in the south, or the Amazon rainforest in the tentially, all of this equipment is itself at risk in the event of
north and central parts of the country (…) an explosion.

Extraído de http://www.english-online.at While petrochemical fires are, thankfully, not everyday


occurrences, when they do occur the consequences can be
De acordo com o texto, qual a expectativa do número economically and environmentally devastating, as well as
de turistas que devem vir ao Brasil durante a copa do mun- being seriously life-threatening on a significant scale. So
do de 2014? it is essential for petrochemical workers to keep a higher
Exatos quinze milhões. attention level so that they do not risk being faced with
Exatos cinco milhões.
the prospect. More time and energy needs to be devoted
Exato um milhão e meio.
to implementing sustainable measures that will reduce or
Pouco menos de meio milhão.
eliminate the risk of fire. Certainly, this means workers must
Mais de meio milhão.
do their job according to stricter rules at all times: per-
No quarto parágrafo o texto afirma que meio milhão forming both passive and active fire protection measures
de visitantes são esperados (...) daily, devising and implementing fully integrated emergen-
cy and disaster management plans, and most importantly,
RESPOSTA: “E”. seeing fire engineering as a dynamic indispensable busi-
ness continuity process.
(INNOVA – ADVOGADO JÚNIOR – CESGRANRIO/2012) 
In text I, the word/expression in boldface type is similar
Text I to the one in italics in:
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar
Preparation, the Key to Petrochemical Fire Safety por conta da diagramação do material.)
Outcome (line 7) – drawn.
By Paul Frankland Unenviable (line 9) – enjoyable.
International Fire Protection Magazine Irrespective of (line 10) – in spite of.
Make up for (lines 11-12) – turn into.
Having the right equipment in place to detect and su-
Assume (line 15) – perform.
ppress a petrochemical fire is essential, but so is having
well thought out emergency preparedness plans, being in
A questão pede que o candidato determine. A pala-
a position to ensure fast response, and having effective in-
cident control. vra em negrito (primeira palavra) é similar com a segunda
The response in the first few minutes to a petrochemi- palavra. Outcome – resultado, efeito. Drawn – desenhado,
cal fire is critical to the final outcome, as anyone who has tirado, puxado. Unenviable – não viável. Enjoyable – agra-
ever found themselves in that unenviable position will tell dável. Irrespective of – Independente de, sem se relacionar
you. The fact of the matter is that irrespective of how so- a. In spite of – apesar de, a despeito de. Assume – assumir,
phisticated the detection and fire suppression installations, presumir. Perform – realizar, fazer.
nothing will make up for a lack of emergency prepared-
ness, inadequate training or poorly implemented incident RESPOSTA: “C”.
management. The golden rule when preparing for such an
emergency is: assume nothing and test everything.

50
LÍNGUA INGLESA

(CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA – CESPE/2012)  networks. U.S. Rep. Edward J. Markey, a senior member of
the U.S. House Energy and Commerce Committee, has also
Privacy groups and lawmakers are calling for a new and stepped into the fray.
broader investigation into Google and its privacy practices “The circumstances surrounding Google’s siphoning of
after the U.S. Federal Communications Commission (FCC) personal information leave many unanswered questions,”
announced that it found no evidence that the company Markey said today in an email to Computerworld. “I believe
broke eavesdropping laws. Congress should immediately hold a hearing to get to the
Late this week, the FCC reported that there was no legal bottom of this serious situation.”
precedent to find fault with Google collection unprotected
home Wi-Fi data, such as personal email, passwords and Internet www.computerworld.com
search histories, with its roaming Street View cars between “Fray” (L.19) is synonymous with fighting.
2007 and 2010. However, the FCC did fine Google $ 25,000 (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
for obstructing the investigation. por conta da diagramação do material.)
The Electronic Privacy Information Center (EPIC), a na- Certo.
tional privacy watchdog, disagreed with the FCC findings. Errado.
In a letter sent to U.S. Attorney General Eric Holder today,
EPIC asked that the Department of Justice investigate Goo- A questão pede que o candidato determine – a palavra
gle’s surreptitious collecting of Wi-Fi data from residential “fray” (briga, luta) é sinônimo de “fighting” (briga, luta)
networks. U.S. Rep. Edward J. Markey, a senior member of
the U.S. House Energy and Commerce Committee, has also RESPOSTA: “A”.
stepped into the fray.
“The circumstances surrounding Google’s siphoning of (CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA – CESPE/2012) 
personal information leave many unanswered questions,”
Markey said today in an email to Computerworld. “I believe Technology Legislation
Congress should immediately hold a hearing to get to the
bottom of this serious situation.” Technology-related legislation can have a huge impact
on growing businesses, and some interesting issues are li-
Internet www.computerworld.com kely to pop up with the new Congress of the United States
this year. Of great interest to growing businesses are the
“Surreptitious” (L.16) is synonymous with concealed. topics of data protection and net neutrality.
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar Laws that lay out more stringent requirements for re-
por conta da diagramação do material.) taining and protecting employee and customer data could
Certo. be on the horizon. “The laws that apply to big business are
Errado. going to trickle down to small business,” says Ann Wes-
terheim, founder and president of technology consulting
A questão pede que o candidato determine – a palavra firm Ekaru. “Businesses need to have that on their radar.
“surreptitious” (furtivo, secreto, clandestino) é sinônimo de You don’t want to get hit with a fine because you’re not
“concealed” (oculto, escondido) complying.” She suggests looking at laws like Sarbanes-O-
xley to get an idea of where new tech laws could be hea-
RESPOSTA: “A”. ding.
The good news is that proper data protection is so-
(CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA – CESPE/2012)  mething businesses should be doing anyway. “A lot of the
measures required to protect employee and customer data
Privacy groups and lawmakers are calling for a new and are just good business practices,” says Westerheim. Gro-
broader investigation into Google and its privacy practices wing businesses can head off potential compliance by gra-
after the U.S. Federal Communications Commission (FCC) dually shoring up their IT security and data protection now.
announced that it found no evidence that the company Net neutrality is likely to be a hot issue again after stal-
broke eavesdropping laws. ling in the Senate last year. Net neutrality proponents want
Late this week, the FCC reported that there was no legal regulations to prevent network providers from prioritizing
precedent to find fault with Google collection unprotected certain Internet traffic “Net neutrality is a big issue for small
home Wi-Fi data, such as personal email, passwords and businesses,” says Westerheim. A net neutrality law stands a
search histories, with its roaming Street View cars between better chance of passing with strong Democratic backing
2007 and 2010. However, the FCC did fine Google $ 25,000 this year, but it figures to be a hard-fought battle. Digital
for obstructing the investigation. copyright issues could also come to the fore in Congress.
The Electronic Privacy Information Center (EPIC), a na- With the changes brought about by the last election, it will
tional privacy watchdog, disagreed with the FCC findings. be an interesting year for entrepreneurs to keep an eye on
In a letter sent to U.S. Attorney General Eric Holder today, the goings-on in Washington.
EPIC asked that the Department of Justice investigate Goo-
gle’s surreptitious collecting of Wi-Fi data from residential Internet www.microsoft.com

51
LÍNGUA INGLESA

In the text the verb to comply in ‘you don’t want to get Narrow.
hit with a fine because you’re not complying’, means to act Scanty.
in accordance with. General.
Certo. Considerate.
Errado.
A questão pede que o candidato determine se o ver- A questão pede que o candidato determine o melhor
bo “to comply” (cumprir, obedecer, concordar, consentir) sinônimo para a palavra sublinhada no texto. “Anonymous
no trecho “se não vai querer receber uma multa porque é um termo amplo para uma sub culta da internet – um
você não está obedecendo”, significa “agir em concordân- grupo de indivíduos, or ‘hacktivistas’ que compartilham
cia com”. ideias comuns sobre anti censura e liberdade de expressão
na internet”. Narrow – estreito. Scanty – escasso. General –
RESPOSTA: “A”. comum, genérico, universal. Considerate – atencioso.

(COBRA TECNOLOGIA S-A (BB) – ANALISTA ADMINIS- RESPOSTA: “B”.


TRATIVO – ESPP/2013)  
(COBRA TECNOLOGIA S-A (BB) – ANALISTA ADMINIS-
A new type of hacktivism: Anonymous branches out TRATIVO – ESPP/2013)  

Anonymous is an umbrella term for an internet subcul- The Internet vigilantes: Anonymous hackers’ group
ture – a collection of individuals, or ‘hacktivists’ who share outs man, 32, ‘who drove girl, 15, to suicide by spreading
common ideas of anti-censorship and freedom of speech topless photos of her’
on the internet.
While Anonymous is focused on freedom of speech, Anonymous has named a man it claims posted topless
releasing names of internet harassers is new territory for pictures of a 15-year-old girl online and harassed her so
the group, which is best known for hacking government relentlessly that she killed herself.
and company websites. Amanda Todd, from Vancouver, Canada, was found
They have carried out cyber-attacks on Visa, Master- hanged in her home on October 10, just weeks after she
Card, PayPal and Amazon, and have threatened to take uploaded a video to YouTube detailing her horrific treat-
down Facebook and Twitter servers. ment at the hands of cyber bullies.
The group has connections with the lesser-known hac- When she was just 12, a man in an internet chat room
king group LulzSec, short for Lulz Security, an elite hacker convinced her to flash her breasts, and a year later, he plas-
group that has claimed responsibility for high-profile, de- tered a picture of the incident across Facebook.
bilitating cyber-attacks. Now in a vigilant move, Anonymous, the world’s lar-
Their big hits include the compromising of user accou- gest hacking group, has named the man allegedly respon-
nt data from Sony Pictures and taking the CIA website offli- sible for the picture.
ne. They also attacked Fox.com, leaking the names of more The group claims that he is 32-year-old from British
than 7,000 X Factor contestants, and the PBS News hour Columbia, but MailOnline has chosen not to identify him
website, where they posted a store claiming that slain killer for legal reasons.
Tupac was still living and in New Zealand. As Todd’s supporters set up Facebook pages warning
The group aims to cause mayhem and manipulate the man to ‘sleep with one eye open’, the move by Anony-
flaws in security and passwords systems. It is believed to mous sparks concerns over its abilities to create a ‘trial by
have caused billions of dollars in damages to corporations, internet’ – bypassing the justice system and casting guilt.
banks and agencies. In a video posted to YouTube by Anonymous, a figure
It hit the headlines in March this year after Hector claims the group lists his personal information, including
Xavier Monsegur, one of the group’s ringleaders and an his date of birth and address.
influential member of Anonymous, turned fellow hackers It explains that his username appears on websites whe-
over to authorities. re he ‘blackmailed’ and gave advice to young girls. The
After his arrest in New York on hacking charges in June same username is also tied to a website with a ‘jailbait’
2011, the 28-year-old reportedly began working with the photo gallery.
FBI to bring down the groups’ top members, and five were ‘[He] is an abomination to our society, and will be pu-
later arrested. nished,’ the Anonymous figure says.
Referring to the possibility they might have the wrong
Mail Monday, October 16, 2012. person, they add: ‘At the most this is the person who did
this to Amanda Tood, and at the least it’s another pedophi-
The alternative that brings the best synonym to the le that enjoys taking advantage of children.’
bold underlined word in the text page “Anonymous is an Following Anonymous’ announcement, the web mo-
umbrella term for an internet subculture – a collection of ved swiftly, with groups calling for his death and warning
individuals, or ‘hacktivists’, who share common ideas of an- him to ‘sleep with one eye open’ cropping up on Facebook.
ti-censorship and freedom of speech on the internet” is: CKNW reporters have unsuccessfully tried to speak

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LÍNGUA INGLESA

with the man, and neighbors have described his home as Her death prompted a local politician to release a video
‘a known party house on the weekend with lots of young of her own that pleads to put an end to bullying.
women coming and going’. ‘I just heard about Amanda. I want to say to everyone
But police attended the home on Monday after a who loved her, to all her family and friends, how sorry I am
neighbor Chyne Simpson, said Anonymous named the about her loss,’ British Columbia premier Christy Clark said.
wrong address. He said he felt threatened by internet users ‘No one deserves to be bullied, No one earns it. No one
and asked them to stay away. asks for it. It isn’t a rite of passage. Bullying has to stop.’
The Royal Canadian Mounted Police refused to confirm
Anonymous have the right man but a spokesperson said http://dailymail.co.uk
they were aware that someone had been named.
‘We are aware of what’s being posted online and cer- The alternative that brings the best synonym in its base
tainly following up what we feel is important to follow up,’ form to the bold underlined word in the text page “Anony-
Sergeant Peter Thiessen told The Globe and Mail, adding: mous has named a man it claims posted topless pictures of
‘[Vigilantes] run the risk of committing a criminal offence.’ a 15-year-old girl online and harassed her so relentlessly
Todd’s family members also said they are not sure the that she killed herself” is:
anonymous report is accurate and said police have tracked Cudgeled.
down a person living in the U.S. whom they believed was Drubbed.
involved. Impaled.
The claims come weeks after Amanda posted a nearly Besieged.
nine-minute YouTube video detailing her treatment on a
stack of notecards held up to the camera. A questão pede que o candidato determine qual o me-
Todd says that a year after she flashed her breasts, the lhor sinônimo para “harassed her so relentlessly” (assediada
man tracked her down and demanded he put on a show for implacavelmente). Cudgeled – agredida com bastão. Dru-
him or he would expose her. bbed – surrada. Impaled – empalada. Besieged – cercada.
When she refused, he created a Facebook page with a
list of her friends and used her naked chest as the profile RESPOSTA: “D”.
photo. The picture quickly spread across the internet and
(EPE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESGRAN-
among her classmates.
RIO/2012)  
It led to relentless bullying online, she said, and she was
diagnosed with depressions and started drinking. In the vi-
Text II
deo, posted September 7, she admitted that she had pre-
viously tried to kill herself twice and has been hospitalized.
Soda consumption increases risk of stroke and vascular
After moving to a different city and school, another
disease
instance of bullying occurred after she started a romantic
relationship with an older man who had a girlfriend. Once By John Phillip
that relationship soured, she was confronted and beaten
up by the man’s girlfriend. She was hit in front of a crowd of Americans drink more than 216 liters of carbonated
screaming people who encouraged her to be left in a ditch. soft drinks each year, a number that continues to increa-
Amanda does not speak in the video, and her face is se at an alarming rate. Many people use low-calorie diet
not fully shown, but she confirmed her identity with the last soda in a futile effort to lose weight, Yet they find that these
notecard which says her full name. drinks have the opposite effect leading them to be over-
One of the final images is a jarring picture of her arm weight or obese.
which had been cut repeatedly. Just under six weeks after The high acid content in most carbonated beverages
posting the video, Todd could take the bullying no longer, removes calcium and other critical nutrients from the bone
and took her own life. and tissues, significantly increasing disease risk over years
During a memorial for Todd on Monday her friends of consumption.
said they have been aware of a main in his 30s ‘stalking’ Researchers from Cleveland Clinic’s Wellness Institute
their friend for years. and Harvard University have reported the result of a stu-
‘There were multiple accounts with random names,’ dy in the American Journal of Clinical Nutrition, the first to
one friend told QMI Agency. ‘There were Twitter accounts examine soda’s effect on stroke risk and vascular diseases.
also used.’ Past studies have linked sugar-sweetened beverage
The Vancouver Sun reported that Amanda was a stu- consumption with weight gain, diabetes, high blood pres-
dent in Grade 10 at the Coquitlam Basic Alternative Edu- sure, high cholesterol, gout and coronary artery disease,
cation school. but current research has implicated diet soft drink con-
The principal of the school confirmed her death and sumption with increased disease risk and weight gain due
said that she had become connected with many since she to depletion of essential minerals.
transferred to the school in the middle of last year. Lead study author Dr. Adam Bernstein noted “Soda re-
‘It is a very sad case,’ Paul McNaughton told the paper. mains the largest source of added sugar in the diet. What
‘I can tell you we feel we tried everything we could to help we’re beginning to understand is that regular intake of the-
her when she came to us.’ se beverages sets off a chain reaction in the body that can

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LÍNGUA INGLESA

potentially lead to many diseases, including stroke. Resear- region could have a major impact on offshore production
chers analyzed soda consumption among 43,371 men and in the foreseeable future.”
84,085 women over a time span of nearly thirty years. Du- Meanwhile, Infield Systems Ltd. Has identified more
ring that time, 2,938 strokes were documented in women than 130 Bboe in discovery oil, gas, and condensate reser-
while 1,416 strokes were documented in men.” ves throughout the offshore arctic and sub-arctic regions.
Around 114 Bboe are gas reserves, and 16 Bbbl (billions of
Despite the millions of dollars spent by soda marketers barrels) are oil. Infield’s additional report on offshore arctic
to instill the virtues of drinking soda, there is nothing heal- oil and gas prospects through 2017 includes current and
thy about consuming any type of carbonated beverage. future offshore oil and gas developments within the Arctic
Moreover, the study did note risk of stroke, compared to Circle, and in the “sub-arctic” regions of Sakhalin Island, the
drinking sweetened beverages. Jeanne d’Arc basin offshore eastern Canada, and the Cook
Inlet off Alaska.
Regarding low calorie drinks, researchers concluded Arctic capital expenditure should increase more than
“older adults who drank diet soda daily had a 45% increa- $7 billion annually through 2017. Russia, with its reserves,
sed risk of heart attacks or strokes compared to those that should largely drive this expenditure, especially during
never drank die soda.” 2013-2015, assuming the Shtokman project goes ahead.
This project includes a comprehensive development of sa-
The suggestion is to substitute carbonated beverage tellites in the Barents Sea, and joint development of the Pri-
consumption with an antioxidant packed cup of green tea razlomnoye and Dolginskoye oil fields in the Pechora Sea.
or coffee to significantly reduce risk of strokes and vascular Prirazlomnaya is the first offshore ice-resistant statio-
diseases. nary platform designed and built in Russia measuring 126
Alexander’s Gas & Oil Connections Magazine. May 12, m (413 ft.) wide by 216 m long. With a weight of 117,000
2012. tons, the platform can accommodate a crew up to 200, and
In text II, the idea expressed by the word in boldface provide year-round operation. The platform is designed to
type is described in: withstand temperatures that can drop to -50º C (-58º F)
(OBS: Os números das linhas na questão podem variar during winter, and ice formation – the location is typically
por conta da diagramação do material.) free from ice for 110 days each year.
Alarming (line 3) – soothing. The platform will provide drilling, production, and oil
Futile (line 4) – important. storage services, along with preparation and shipment of
Yet (line 4) – But. final products from the Prirazlomnoye field. Gazprom ex-
Content (line 7) – Happy. pects to drill up to 40 directional wells. Dutch contractor
Stroke (line 14) - Death. Tideway has been dumping 100,000 metric tons of stone
(110,231 tons) as an erosion protection system around the
A questão pede que o candidato determine a ideia ex- platform to secure it to the seabed. The development is
pressadas pelas palavras no texto. Alarming – alarmante. targeting annual production of more than 6 million tons
Soothing – calmante. Futile – inútil. Important – importan- (43.8 MMbbl). Associated produced gas will be used for
te. Yet – Ainda, mas. But – Mas, entretanto. Content – con- the platform’s needs. Production operations are schedule
teúdo. Happy – feliz. Stroke – Derrame. Death – morte. to start this year.
Offshore Magazine. May 2, 2012. Volume 72. Issue 5.
RESPOSTA: “C”. In Text I, the idea expressed by the world in boldface
type is described in:
(EPE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESGRAN- (OBS: Os números das linhas na questão podem variar
RIO/2012)   por conta da diagramação do material.)
Frontier (line 1) – country.
Text I Guest (line 6) – invited.
Arctic E&P activity heats up Doubt (line 11) – certainty.
By Jessica Tippee Further (line 11) – within.
Assistant Editor Major (line 12) – destructive.

Not Mexico, not Brazil. The next offshore frontier is the A questão pede que o candidato determine, no texto,
Arctic, according to Andrew Reid, CEO of energy analysts a ideia expressada pelas palavras em negrito são descritas
Douglas-Westwood Company. “More than 400 fields have em. Frontier – fronteira, limite. Country – pais. Guest – con-
been discovered to date in the Arctic, providing reserves vidado. Invited – convidado. Doubt – dúvida. Certainty –
in excess of 240 Bboe (billions of barrels of oil equivalent)” certeza. Further – mais, adicional. Within – dentro, no inte-
Reid said. He was a guest speaker at a recent conference of rior. Major – maior, major. Destructive – destrutivo.
the International Association of Drilling Contractors (IADC),
an agency that has exclusively represented the worldwide RESPOSTA: “B”.
oil and gas drilling industry since 1940. Reid also affirmed
that “There is no doubt that further drilling activity in this

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