Danca Escola
Danca Escola
Danca Escola
DANIELE CARBONERA
SERGIO ANTONIO CARBONERA
Em primeiro lugar somos muito gratos a Deus, por nos fornecer a vida, saúde e
capacidade para a realização deste trabalho; as nossas famílias pelo apoio nas horas difíceis
e por nos dar força em estar sempre alcançando nossos objetivos; Agradecemos também a
Faculdade Iguaçu pela sua existência e pelo órgão mantenedor em nossa sede; Ao Instituto
ESAP, por ser um órgão muito comprometido com seus cursos; aos colegas de sala, pelos
momentos de solidariedade e ao professor orientador Nei Salles Filho, que se dispões de
suas preocupações para estar nos atendendo e colaborando na realização deste trabalho, vai
o nosso muito obrigado.
EPÍGRAFE
Ontem, a dança...
pulsando nos ritos, nas festas, celebrações
deslizando nos salões,
nos bailes da corte
flutuando nos palcos,
entre as névoas e a leveza dos romances
gritando a dor, a liberdade,
os mistérios da vida,
da morte.
Hoje, a dança...
por toda a parte
por todo e nenhum tempo-espaço
por ser experiência
cotidiano
arte
por não ser nada
o tudo que me habita.
RESUMO
Na criança a dança aparece muito cedo, logo que ela domina a marcha e assim
também percebemos que ela se perde cedo, seja por vergonha, repressão ou ate
mesmo por falta de estímulos de profissionais que muitas vezes deixam de
trabalhar esse conteúdo por pensarem que não sabem ou por acharem difíceis de
serem ensinados. Nesse contexto o presente estudo se deve ao fato de mostrar
para os profissionais de educação física, que eles devem se arriscar mais a
trabalhar com este conteúdo, porque de fato é tão importante e não tem nenhum
segredo para seu ensinamento, alem de fazer parte da disciplina de educação
física. E para isso não é preciso formar nem um bailarino na escola, é preciso
apenas libertar os movimentos e trabalhar as expressões. Com uma única
represa lha, os cuidados com o tipo de música que vai trabalhar dentro da escola.
Assim o presente estudo tem como objetivo despertar o interesse dos alunos e
professores para as aulas de dança na escola. E a metodologia utilizada para o
estudo foi de uma pesquisa descritiva com a revisão de várias literaturas, a fim de
firmar a importância de se trabalhar com a dança no contexto escolar.
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................7
1. MOVIMENTO CORPORAL.................................................................................10
2. O QUE VEM SER A DANÇA .............................................................................17
3. O QUE DANÇAR .......................................................................................28
4. A DANÇA NA ESCOLA .....................................................................................38
CONCLUSÃO ........................................................................................................54
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................57
INTRODUÇÃO
1. MOVIMENTO CORPORAL
A dança é tão antiga como a própria vida humana. Nasceu na expressão das
emoções primitivas, nas manifestações, na comunhão mística do homem com a
natureza. Segundo os estudos de Hannelore FAHLBUSCH (1990), os primeiros
documentos sobre a origem pré-histórica dos passos de dança, são provenientes
de descobertas das pinturas e esculturas gravadas nas pedras lascadas e polidas
das cavernas.
O homem que ainda nem falava, se utilizou do gesto rudimentar para
expressar suas emoções num ritmo natural. A dança na vida do homem primitivo
tinha muito significado, porque fazia parte de todos os acontecimentos de sua
vida: nascimento, casamento, mortes, caça, guerras, iniciação da adolescência,
fertilidade e acasalamento, doenças, cerimônias, colheitas.
Paulina OSSONA (1988) deixa claro os significados e os movimentos
realizados dentro das danças primitivas, que de alguma forma sempre queriam
dizer alguma coisa:
A dança da chuva - realizada para chamar a chuva necessária para saciar a
sede e a própria plantação, os movimentos realizados imitavam o trovão mediante
girar no solo acompanhado do rufar de tambores e dando golpes na terra. E se
necessitava da parada de chuva, procurava distancia-la provocando ventos
criados por meio do balanceio rítmico de leques de folhas de palmeiras.
A dança do sol – Se o desejo era que brilhasse o sol por mais tempo, para
que lhe desse maior margem para a colheita, realizava danças ao redor de uma
fogueira e saltava ou caminhava sobre ela.
A dança da lua – Nessa dança imitavam-se as fases da lua, para que esta
influenciasse as mulheres grávidas, fêmeas prenhas e ainda as sementes.
Na puberdade – Dançava para que essa forca e poder lhe acompanhasse
durante sua juventude e maturidade como guerreiro, caçador, agricultor e
progenitor.
A dança imitava os passos dos animais com o fim de atraí-los a miragem do
tiro e imitava também o seu acasalamento, para que se multiplicassem as
espécies. Na dança fazia mímica do combate e vitória.
Dançava-se nos casamentos, raptando a noiva. E nos sacrifícios, dançava-
se para satisfazer os deuses, ao redor dos enfermos para afugentar seu mal e ao
redor dos mortos para que seus espíritos se afastassem.
As danças atuais são aquelas que os alunos mais gostam de dançar. Por
isso todo trabalho de Dança na Escola, deve ser iniciado com as danças da
atualidade. Isso concerteza vai motivar a participação dos alunos, para que os
mesmos realizem posteriormente outros tipos de danças.
Assim como fora o Twist, na década de 1960 e na sua evolução, o Rock que
esteve evidente na década de 1970 e também a lambada que teve seu auge em
meados de 1990, hoje tem outras danças que estão no ápice (BREGOLATO,
2006).
Citaremos algumas delas: O Samba, que por sinal não é apenas a juventude
que dança esse ritmo, por ser a dança de maior representatividade no Brasil; O
Reggae, dança de origem jamaicana, país da África, toma conta das festas e
outros encontros da juventude; O Axé dança criada no estado da Bahia, também
tem características das danças negras, pois se integram com os batuques do
Olodum; O Funk surgiu dos bailes da periferia no Rio e São Paulo e o Street
dance também chamado de dança de rua.
Ao se falar em dança atual, podemos perceber a forte influencia das danças
com raízes africanas. São as danças originadas das batidas do atabaque do
batuque, e por sinal são as que mais contagiam o povo brasileiro, sendo elas: o
axé, olodum, samba, pagode, etc. E aí é preciso questionar, como um povo que
tanto contribuiu para a formação da cultura brasileira, é ainda tão marginalizado
socialmente.
Segundo Bregolato (2006), essas danças precisam ser valorizadas, no
sentido de conceder aos negros, seu lugar na sociedade, que por direito lhes
cabe, pois nos deram contribuições e lhes negam uma vida digna. Eles ainda são
marginalizados e vitimas de preconceito e apesar da maior parte da população
brasileira ser negra ou mulata, poucos tem chance da ascenção social.
Tanto é que para ser estudada na Escola essa cultura, primeiro teve que
ser implantada uma lei, então já que existe essa lei, ao menos agora a
oportunidade para se expandir quem sabe às danças afro-brasileiras no interior
da Escola, ao contrário de antes, as quais só eram marginalizadas.
E aproveitando o contexto das danças atuais, as quais os alunos mais se
interessam, basta o professor direcionar o trabalho, para não cair no modismo e
assim ir por água a baixo, o que poderia ser um trabalho importante de dança e
ainda entrar em uma auto-critica com eles (SEED, 2006).
Sobretudo, todas essas decisões devem ser tomadas sob uma concepção
de educação e, portanto, de Educação Física, para que efetivamente o professor
venha a escolher o caminho correto para a consecução dos seus objetivos
educacionais.
Faz-se importante ressaltar que apesar dos benefícios comprovados, a
prática da dança nas aulas de Educação Física ainda se realizam de forma muito
restrita. Isto se dá de acordo com reflexões de Vargas (2003, p.9) devido ao
despreparo na formação dos profissionais.
Este é sem dúvida um dos pontos mais críticos para Marques (1999),
quando afirma que: o ensino universitário nessa área não vem sendo capaz de
suprir as demandas do mercado, deixando em aberto as suas responsabilidades.
Tanto o professor de Educação Física como os Pedagogos vêm trabalhando com
a dança sem ter uma contextualização para isto.
Neste capítulo vamos estudar o que se pode dançar dentro de uma Escola,
quais os ritmos e as possíveis musicas para trabalhar, o que vem ser a poluição
sonora e os cuidados que devemos ter com a mídia e ainda a marginalidade que
existe na dança.
E para a compreensão dos fatores que envolvem a dança, vamos dividir
este capitulo por partes, explicando cada um deles, mas sempre entendendo que
todos atuam em unidade dos movimentos dançados.
3.1.1 Música
3.1.2 Ritmo
3.1.3 Movimento
Mas, afinal, como a dança pode ser inserida nos currículos de Educação
Física dos ensinos Fundamental e Médio?
No Brasil e no mundo a dança vem ganhando cada vez mais espaço pelos
benefícios comprovados que de acordo com Gariba (2002), vão desde a melhora
da auto-estima, passando pelo combate ao estresse, depressão, até o
enriquecimento das relações interpessoais.
Neste sentido Marques (2003, p.32) aborda que, para se fazer escolhas
significativas seria interessante levarmos em consideração o contexto dos alunos,
respeitando suas próprias escolhas, opiniões e criações.
O professor não deve ensinar o aluno como se deve dançar, mas sim
favorecer a aprendizagem. Não deve demonstrar os movimentos, mas sim criar
condições para que o aluno se movimente. Aqui, a dança não tem regras, não
tem fazer certo ou errado ( FERREIRA, 2005 ).
Agora veremos atividades que são as peças-chave para realizar nas aulas
de dança, segundo as experiências já vivenciadas por um dos pesquisadores,
pois são de extrema importância para todas as séries do ensino fundamental,
podendo ser utilizadas com as músicas e ritmos já citadas acima e após será visto
atividades direcionadas para cada série, acatadas do autor Vanja Ferreira (2005).
Se ao iniciara atividade, perceber que for uma turma que resiste a dança a
todo o momento, pode-se começar com atividades que levem ao ensino da
dança, porque assim eles (as) sentirão prazer em fazer e segundo Ferreira
(2005), logo estarão dançando e fazendo as atividades que o professor sugerir.
Vamos subdividir as atividades por ciclos da Educação básica e áreas do
conhecimento, que são de extrema importância à criança realizar, na fase de
desenvolvimento, para não ficar falho e sentir falta na fase adulta (GALLAHUE &
OZMUN, 2003).
Educação Infantil:
Ensino Fundamental:
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
BÈRGE, Y. Viver o seu corpo por uma pedagogia do movimento, 2 ed. São
Paulo: Martins Fontes, 1988.
FREIRE, J.B. Educação de Corpo Inteiro. 3 ed. São Paulo: Scipione, 1992.
MARQUES, I.A. Ensino da dança hoje: Textos e contextos. São Paulo: Cortez.
1999.
SEED. Educação Física. Livro folhas do estado. Vários autores. Curitiba: SEED-
PR, 2006.
STEINHIBER, J. Dança para acabar com a discussão. Conselho Federal de
Educação Física-CONFEF, Rio de Janeiro, n.5p. 8, nov/dez.2000.
VARGAS, L.A. A dança na escola. Revista Cinergis, Santa Cruz do Sul, v.4, n.1,
p.9-13, jan/jun., 2003.