Betuminosos PDF
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Impermeabilização Pavimentação
Definição da ASTM: " Betume é uma mistura de hidrocarbonetos pesados, obtidos em estado
natural ou por diferentes processos físicos ou químicos, com seus derivados de consistência
variável e com poder aglutinante e impermeabilizante, sendo complemente solúvel no bissulfeto de
carbono."
Inconvenientes:
a) Baixo ponto de fusão (amolecimento): deformação fácil.
b) Torna-se quebradiço quando envelhece devido à oxidação e à evaporação dos constituintes que
conferem a plasticidade.
ASFALTO
- Definição da ABNT: TB-27 (NBR 7208): " É um material sólido ou semi-sólido, de cor entre
preta e pardo escura, que ocorre na natureza ou é obtido pela destilação do petróleo, que funde
gradualmente pelo calor, e no qual os constituintes predominantes são os betumes."
- Constituido por betume + argilas, siltes, areias, impurezas minerais e orgânicas, etc.
- Encontrados no solo (asfaltos nativos ou naturais) ou obtidos durante a industrialização do
petróleo (asfaltos de petróleo ou pirogenados).
- Materiais derivados do asfalto
* Asfaltos diluídos ou soluções asfálticas: asfaltos dissolvidos em solventes orgânicos
(gasolina, querosene ou óleo mineral).
* Emulsões asfálticas ou hidroasfaltos: asfaltos “diluídos” em água.
Alcatrões: são obtidos por pirogênese (aquecimento) de hulha, madeira, turfa, linhito, etc.
São misturas de betumes com substâncias encontradas nos vegetais (essências); em desuso no
Brasil.
- Na construção, a TB-27 (NBR 7208) só aceita o alcatrão de hulha para uso em pavimentação.
- Eles possuem um teor de carbono livre maior do que nos asfaltos e menos hidrocarbonetos
complexos gerando uma diminuição da solubilidade no dissulfeto de carbono e um aumento da
fluidez em temperaturas mais baixas.
I.3- Densidade
Ela varia entre 0,9 e 1,4 kg/dm3 e permite uma avaliação grosseira da pureza do material assim
como controlar a uniformidade ou constância de propriedades em diferentes partidas de
fornecimento.
Sua determinação pode ser realizada segundo dois métodos:
Por pesagem hidrostática (método ASTM D70):
As outras condições recomendas pela norma em função da consistência do material são: carga de
200 g. durante 60 s. a 0oC ou caraga de 50 g. durante 5 s. a 46,1oC
Procuram-se asfaltos que apresentam bastante dureza depois de aplicados, para resistir às
deformações causadas pelo tráfego e compressão.
Mas, um material com maior dureza apresentará:
- uma menor plasticidade: ruim para impermeabilização, o material tornando-se mais quebradiço
- um maior ponto de amolecimento: ruim para o trabalho de aplicação (será necessário um maior
aquecimento)
I.5- Viscosidade
É a resistência à deformação oposta por um fluido à ação de uma força (resistência ao
escoamento); é a conseqüência do atrito interno que se opõe à fluidez.
É medido o tempo de escoamento do líquido por dentro de um tubo capilar sob determinadas
condições de temperatura e desnível; cada tipo de viscosímetro têm um fator de conversão que
permite transformar o tempo de escoamento em unidades de viscosidade (geralmente em
centistokes):
A NB-105 apresenta tabelas que permitem a conversão da viscosidade Saybolt-Furol em
viscosidade cinemática.
- O processo do vaso aberto Tag (ASSHO-T79) é usado para asfaltos diluídos que inflamam-se
para temperaturas mais baixas (< 80oC): o método é idêntico ao processo Cleveland, mas, neste
caso, a amostra é colocada no banho-maria.
O asfalto não é o resíduo ultimo da destilação do petróleo, ele pode ser ainda fracionado para
dar graxas, óleos pesados, negro de fumo, piche, breu, etc.
Eles apresentam um teor maior de betume que os CAN e são mais voláteis
(resíduo mineral menor).
1) Cimentos Asfálticos de Petróleo para utilização em pavimentação
As Normas Brasileiras (TB-27) chamam de cimento asfáltico preparado de petróleo (CAP), o
asfalto obtido especialmente para apresentar as qualidades e consistência própria para uso direto na
construção de pavimento
A EB-78 classifica os Cimentos Asfálticos de Petróleo para utilização em pavimentação
segundo a consistência medida:
* pela viscosidade cinemática Ver quadro 1
* pelo índice de penetração (IP) Ver quadro 2
Observação: o índice de Susceptibilidade Térmica liga o ponto de amolecimento com o ponto de
penetração.
2) Cimentos Asfálticos de Petróleo para utilização em impermeabilização
É utilizado o asfalto oxidado ou soprado: que é obtido fazendo-se passar uma corrente de ar
sobre o asfalto aquecido a 200oC ocorrendo assim uma polimerização dos resíduos e redução do
oxigênio com aumento dos asfaltenos gerando um aumento de viscosidade. É um asfalto
envelhecido artificialmente que tem:
* Uma consistência mais dura * Menor poder aglutinante e adesividade
* Menor sensibilidade à temperatura * Menor contração e fissuramento na aplicação
Ele é recomendado para impermeabilizações e não deve ser usado em pavimentação devido a
uma perda de suas propriedades aglomerantes.
A EB-635 classifica os asfaltos (oxidados) para Impermeabilizações na Construção Civil em três
tipos segundo sua aplicação:
Tipo I Tipo II Tipo III
Ponto de amolecimento 60 a 75 °C 75 a 95 °C 95 a 105 °C
Ponto de penetração 25 a 40 20 a 35 15 a 25
Ductilidade mínima 5 cm 5 cm 5 cm
Solubilidade mínima no CS2 99 % 99 % 99 %
Ponto de Fulgor mínimo 230 °C 230 °C 230 °C
Perda máx. por aquecimento (5 horas a 1% 1% 1%
163 °C)
Fundações Intermediário Coberturas
O produto obtido fica com 40-70 % de asfalto, 1-2% de emulsionante e o restante de água.
Obtenção: mistura do emulsionante e água a 90oC com um fino jato de asfalto a 120oC em
misturadores (baixa velocidade) ou homogeneizadores (alta velocidade).
Ocorre a formação da emulsão composta por microgotas de asfalto com o agente
emulsionante (diâmetro entre 1 e 15 µm) dispersas na fase continua de água:
As emulsões asfálticas são líquidas na temperatura ambiente: elas perdem a água com o tempo,
depositando o asfalto e podem ser aplicadas a frio e também sobre superfícies úmidas.
Comparado com o asfalto puro (CAP): elas têm maior plasticidade inicial e maior aderência mas
apresentam menor resistência mecânica e o resíduo de soda (que vem do sabão) pode atacar alguns
materiais em contato.
É um material já envelhecido devido ao processo de obtenção durante o qual ocorre a perda de
muitos componentes voláteis.
A emulsões asfálticas são classificadas em duas grandes famílias:
1) Emulsões aniônicas (em desuso): nas quais o agente emulsionante possui uma "cabeça" com
carga negativa (Ex.: oleato de sódio, resinato de potássio). Além da função emulsificante,
apresenta boa adesão com agregados de natureza básica (calcários e dolomitas)
2) Emulsões catiônicas (mais usadas): nas quais o agente emulsionante possui uma "cabeça" com
carga positiva (Ex.: sais de amina ou de poliaminas graxas). Apresentam boa adesão com os
agregados de natureza ácida que são os mais comuns (granitos, quartzitos, etc.).
As Normas Brasileiras classificam as emulsões asfálticas para pavimentação em função do
tempo de ruptura que é o tempo necessário para que se separem as fases aquosas e sólidas que
pode ser visualizada por uma mudança de cor que passa de marrom escura para preta. Depois deve-
se deixar curar entre 10 a 12 horas para a evaporação da água. Temos as emulsões asfálticas de:
- Ruptura rápida (RR) com tempo de ruptura de 40 minutos:
V- Misturas betuminosas
Os materiais betuminosos podem ser misturados entre si ou com outros materiais quando se
deseja modificar algumas propriedades