Circuitos de Proteção
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Tecnologias Aplicadas
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Circuitos de proteção
Aparelhos de protecção
Sobreintensidades
Sobretensões
Subtensões
Sobreintensidade
Se a corrente eléctrica de serviço (IB) ultrapassar o valor máximo (Iz) permitido nos
condutores diz-se que há uma sobreintensidade.
Se, por exemplo, dois pontos do circuito com potenciais eléctricos diferentes
entram em contacto directo entre si estamos na presença de um curto – circuito
que é uma sobreintensidade em que a corrente de serviço no circuito é muito
superior à intensidade máxima permitida nos condutores (IB>>Iz).
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EXEMPLO:
Para uma corrente estipulada do disjuntor ≤ 63A o tempo convencional é de 1 hora, para uma
corrente estipulada > 63 A o tempo convencional é de 2 horas.
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Fusíveis
Um corta – circuito fusível é constituído por um fio ou lâmina
condutora, dentro de um invólucro.
O fio ou lâmina condutora (prata, cobre, chumbo…) é
calibrado de forma a poder suportar sem fundir, a intensidade
para a qual está calibrado.
Se a intensidade ultrapassar razoavelmente esse valor, ele
deve fundir (interrompendo o circuito) tanto mais depressa
quanto maior for o valor da intensidade da corrente.
Tipos de fusíveis
00 160A 5 x 20 mm
0 200A 8,5 x 31,5 mm
1 250A 10,3 x 38 mm
2 400A 14 x 51 mm
3 630A 22 x 58 mm
4 1250A
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Curva característica do fusível
Tipos de fusíveis
Fusíveis de acção lenta – tipo gG
Fusíveis que protegem contra sobrecargas e contra curto-circuitos os circuitos com
pontas de corrente não elevadas. Por exemplo, cargas resistivas (ação lenta).
Fusíveis de acção rápida – tipo aM
Fusíveis que protegem exclusivamente contra curto-circuitos. Destinam-se à
proteção de circuitos com fortes cargas indutivas. Por exemplo, motores.
Têm ação rápida e se o circuito a proteger necessitar de proteção contra
sobrecargas, terá de ser feita por outro dispositivo (por exemplo, relé térmico).
Protecção contra sobrecargas
A protecção contra sobrecargas das canalizações eléctricas é assegurada se as
características dos aparelhos de protecção respeitarem simultaneamente as
seguintes condições:
A corrente estipulada do dispositivo de protecção (In) seja maior ou igual à corrente
de serviço da canalização respectiva (IB) e menor ou igual que a corrente máxima
admissível na canalização (IZ).
IB ≤ In ≤ IZ
A corrente convencional de funcionamento do dispositivo de protecção (I2) seja
menor ou igual que 1,45 a corrente máxima admissível na canalização (IZ).
I2 ≤ 1,45 IZ
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Exercício de aplicação
Seleccione o calibre (In) do disjuntor de protecção contra sobrecargas de uma
canalização constituída por condutores H07V-U com secção de 2,5 mm 2, em tubo,
que vai alimentar uma máquina de lavar roupa cuja intensidade de serviço (IB) é de
14,6 A.
IB = 14,6 A
s = 2,5 mm2 → IZ = 19,5 A (Quadro 52-C1 - Parte 5 / Anexos das RTIEBT)
1ª condição:
IB ≤ In ≤ IZ
A intensidade nominal do disjuntor (In) terá que ser maior ou igual a 14,6 A (IB).
Sabendo que as correntes estipuladas dos disjuntores são de 10 – 16 – 20 – 25 – 32 –
40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125 A, encontramos nessa situação o disjuntor com uma
intensidade nominal de 16 A. Assim, a 1ª condição está verificada:
14,6 < 16 < 19,5
2ª condição:
I2 ≤ 1,45 x Iz
A corrente convencional de funcionamento (I2) do disjuntor de 16 A é de 23 A (1,45 x
In). A 2ª condição está verificada já que:
23 ≤ 1,45 x 19,5
23 < 28,3
O calibre ou a intensidade nominal do disjuntor a utilizar seria de 16A.
Regra do poder de corte: o poder de corte não deve ser inferior à corrente de
curto-circuito presumida no ponto de localização.
Icc ≤ Pdc
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Exercício de aplicação
√t = K x (S / Icc)
√t = K x (S / Icc)
√t = 115 x (2,5 / 2584)
√t = 0,11
(√t)2 = (0,11)2
t = 0,0121 s
t = 12,1 ms
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Selectividade dos aparelhos de protecção
INF1 ≥ 3 x INF2
IND1 ≥ 2 x IND2
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Sobretensão
As sobretensões (aumento da tensão) podem ser de origem externa (descarga
atmosférica) ou de origem interna (falsas manobras, deficiências de isolamento com
linhas de tensão mais elevada).
Descarregador de Sobretensão
Para a protecção contra sobretensões usa-se
um descarregador de sobretensões (DST) a
instalar à entrada da instalação (a montante ou
a jusante do dispositivo diferencial). Quando o
DST for estabelecido a montante do dispositivo
diferencial o maior inconveniente é resultante do
facto desse dispositivo não proteger as
instalações associadas ao DST e, por isso, há
perigo de choque elétrico para as pessoas.
De salientar que os DST não protegem as
instalações contra as descargas atmosféricas
directas seja sobre as redes de distribuição, seja
sobre os edifícios.
Relativamente aos efeitos indirectos nas
instalações eléctricas, os níveis das
sobretensões dependem do tipo de rede e
alimentação (aérea, subterrânea) e das características da alimentação.
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Ligação de um DST na rede trifásica no regime de neutro TT.
As ligações dos DST ao terminal principal de terra devem ser feitas com condutores
de secção não inferior a 4 mm2, ou 10 mm2 no caso do edifício ser dotado de pára-
raios, devendo o seu comprimento ser o mais curto possível.
Os DST não podem ficar instalados em locais com risco de incêndio ou de explosão.
Para que seja criteriosa a seleção dos DST a instalar, apresentam-se no quadro
seguinte os valores de sobretensões presumidas nas várias zonas de cada
instalação, desde a origem até aos equipamentos especiais.
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Exigência legal de protecção
Obrigatório quando o nível das sobretensões transitórias seja superior ao nível de referência (4KV
para redes monofásicas e 6KV para as redes trifásicas).
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Subtensão
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