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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
BIOQUÍMICA TOXICOLÓGICA

Luiz Marivando Barros

CONSTITUINTES QUÍMICOS E PROPRIEDADES BIOATIVAS DE Lantana


montevidensis (SPRENG.) BRIQ. E Lantana camara L. (VERBENACEAE):
EVIDÊNCIAS PARA O USO FARMACOLÓGICO

Santa Maria, RS, Brasil,


2016
Luiz Marivando Barros

CONSTITUINTES QUÍMICOS E PROPRIEDADES BIOATIVAS DE Lantana


montevidensis (SPRENG.) BRIQ. E Lantana camara L. (VERBENACEAE):
EVIDÊNCIAS PARA O USO FARMACOLÓGICO

Tese apresentada por videoconferência ao


Programa de Pós-Graduação em Ciências
Biológicas: Bioquímica Toxicológica, da
Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM, RS), como requisito parcial para
obtenção do título de Doutor em
Bioquímica Toxicológica.

Orientador: Prof. Dr. João Batista Teixeira da Rocha


Co-orientador: Prof. Dr. Irwin Rose Alencar de Menezes

Santa Maria, RS, Brasil,


2016
Todos os direitos autorais reservados a Luiz Marivando Barros. A reprodução de partes ou
do todo deste trabalho só será feita mediante a citação da fonte.
Endereço: Rua Santa Tereza, 531, Bairro São Miguel. Juazeiro do Norte-CE
Fone: (0xx) 88.3512.2687 CEP.: 63.010-520. E-mail: [email protected];
[email protected]. Endereço Profissional: Departamento de Ciências Biológicas-URCA
DEDICATÓRIA

A minha família, minha esposa Gena e aos nossos filhos David, Nelsinho, Lula
Vinicius (in memorian) e Helô. Dedico aos meus irmãos Marizete, Marielto,
Marivaldo, Marilando, Marcondes, Marinaldo, Marlito e Márcia, pois a família é a
base para as conquistas até aqui alcançadas, por todo o incentivo, carinho e
compreensão e que estiveram ao meu lado nas decisões que culminaram com a
realização deste doutorado. Dedico também a minha mãe Dona Dita e ao meu pai
Zé Nelson que infelizmente não está mais entre nós para presenciar esse momento,
mas se faz necessário agradecer a educação recebida, o exemplo de luta, o amor
dedicado que me fez e fará fortalecido.
AGRADECIMENTOS

A concretização deste trabalho ocorreu, principalmente, pelo auxílio,


compreensão e dedicação de várias pessoas. Agradeço a todos que, de alguma
forma, contribuíram para a conclusão deste estudo e, de uma maneira especial,
agradeço:
- À Universidade Federal de Santa Maria e ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Biológica: Bioquímica Toxicológica, através do Prof. Dr.
João Batista Teixeira da Rocha por criar o DINTER na Universidade Regional do
Cariri, e oportunizar a realização deste doutorado. Pela receptividade, confiança em
mim depositada, pela pessoa humana, incentivadora, dedicada e por seus valiosos
ensinamentos, no seu Laboratório de Bioquímica em Santa Maria e por compartilhar
o conhecimento quanto às técnicas utilizadas. E ainda, não só pela orientação
nesta tese, mas também por todas as oportunidades proporcionadas, pelo carinho,
apoio e ensinamentos, decisivos, para o meu desenvolvimento profissional;
- A minha esposa Gena, pelo amor incondicional, a dedicação, o carinho,
a paciência, a compreensão e pela força diária que necessitei em todos os
momentos nessa caminhada, foi por ela que eu não desisti...
- Aos meus Filhos David, Nelsinho e Helô que são meu orgulho, minha
vida, meu amor infinito;
- Aos meus pais Zé Nelson (in memorian) e Dona Dita, por todo amor
verdadeiro e apoio e incentivo em todos os momentos, porque sempre acreditaram
na minha capacidade e tudo que conquistei na minha vida foi graças a eles;
- Aos professores que fizeram, parte desta formação: Henrique Douglas,
José Galberto, Flaviana Morais, Nadghia Leite, Natália Leite, Ivaneide Rocha e
Expedito Fidélis; ao co-orientador Irwin Rose Alencar; ao Coordenador Operacional
do DINTER, Antonio Álamo e a Manu do IFCE de Juazeiro do Norte;
- Aos meus amigos: Emily, Jean Paul, Kati, Aninha, Weverton, Adriele e
Juliana sobretudo pelo companheirismo, com orientação e ajuda nos experimentos,
pelo harmonioso convívio diário e pelos momentos de descontração. São em
momentos como estes que amizades são consolidadas. Sem o apoio destes, a
realização desta tese não seria possível. A Aline Boligon, pela disponibilidade em
ajudar.
- Aos professores da E.E.F.M. Valdicleiwtson da Silva Menezesde
Cedro-PE, na pessoa da Diretora Neiriland Turbano, Secretária Rosinha e a
Secretaria de Educação de Pernambuco na Pessoa do Sr. Governador Eduardo
Henrique Accioly Campos e Gerência Regional de Salgueiro - Waldemar Alves da
Solva Júnior (Gerente da GRE) e Maria Aldenoura dos Anjos (Chefe CDP) pela
concessão do afastamento para Cursar o Doutorado e a E.E.F.M. Figueiredo Correia
através da CREDE 19 de Juazeiro do Norte, vinculada a Secretaria de Educação do
Ceará na Pessoa dos Diretores Carlos Vidal e Diassis também pela concessão do
afastamento para Cursar o Doutorado e ao professor Ronaldo Freitas.
- As amigas Elisângela Beneval e Marlene Meneses, por todo o carinho,
apoio e caminhada neste doutorado.
- Aos companheiros de luta no doutorado Valter, Cunha, Ivanildo e
Cleidinha.
- As minhas sobrinhas Natália, Nadghia e Verinha (e Marcelo; aos meus
sobrinhos Lucas, Edson; aos meus cunhados Zequinha, Elba, Ivone e tia Tica, e ao
meu primo Paulinho (e Andréia) pelo carinho e apoio e fonte de admiração,
inspiração e perseverança.
- Em especial a Eliene Duarte por todo momento de luta, perseverança e
fazer acreditar que seríamos vitoriosos e pelo harmonioso convívio diário durante a
realização das disciplinas, viagens a Santa Maria, experimentos, preparação para
qualificação, defesa e pela boa vizinhança de sua família: Dário, Bruninha e Dudu
durante o estágio obrigatório em Santa Maria.
- A todos os professores doutores que deixaram seu ambiente de
trabalho e família para vi contribuir aqui no Cariri com a realização deste doutorado:
João Batista, Félix, Rosinha, Ester, Nilda, Roselei, Jeferson e Thaís.
- À Universidade pública, gratuita e de qualidade, pela oportunidade de
desenvolver e concretizar este estudo e em especial á Pró-Reitoria de Pesquisa e
Pós-Graduação e a Pró-Reitoria de Administração da Universidade Regional do
Cariri pela implantação do DINTER em convênio com o Programa de Pós-
Graduação em Ciências Biológicas - Bioquímica Toxicológica da Universidade
Federal de Santa Maria e, pelo apoio financeiro concedido, na professora e ex-
Reitora Antonia Otonite Cortez e Patrício Melo.
- À CAPES, pela implantação do DINTER e pelo apoio financeiro
concedido. E as demais pessoas que contribuíram para a minha formação
profissional.
- Enfim a todos àqueles que fazem parte da minha vida e que são
essenciais para eu ser, a cada dia nessa longa jornada, um ser humano melhor.
Meu sincero, muito obrigada!
“Meus filhos de uma coisa tenho certeza na
vida “o caminho para o sucesso na vida é a
educação” – Tenho aqui duas ferramentas de
trabalho: uma enxada e um lápis de carpinteiro.
A primeira representa a caneta grossa – sofrerá
a vida inteira e só terás para o “sustento”. A
segunda representa a caneta fina – a qual
usará para estudar e com o conhecimento
adquirido saberá enfrentar à vida, vencer os
obstáculos, crescer e realizar teus sonhos com
simplicidade, dignidade e felicidade para você e
sua família”.
Zé Nelson
RESUMO
CONSTITUINTES QUÍMICOS E PROPRIEDADES BIOATIVAS DE Lantana
montevidensis (SPRENG.) BRIQ. E Lantana camara L. (VERBENACEAE): EVIDÊNCIAS
PARA O USO FARMACOLÓGICO
Autor: LUIZ MARIVANDO BARROS
Orientador: Prof. Dr. João Batista Teixeira da Rocha
Co-orientador: Prof. Dr. Irwin Rose Alencar de Menezes
Acredita-se que a utilização de plantas medicinais como terapia curativa e preventiva seja
tão antiga quanto o próprio homem. No Brasil, a utilização de plantas no tratamento de
doenças apresentam influências da cultura indígena, africana e européia. Algumas dessas
plantas, como o camará-de-cheiro (Lantana camara) e o chumbinho (Lantana
montevidensis), são utilizadas no Nordeste como agentes tônicos, sudoríferos e febrífugos,
contra tosses, bronquites, reumatismo, asma, úlcera e infecções microbianas. Considerando
a não existência de tratamento eficiente contra leishmaniose e tripanossomíase devido à
resistência às drogas usadas, o pouco conhecimento sobre a toxicidade de plantas para uso
medicinal, este estudo pode contribuir para o desenvolvimento de terapias alternativas no
tratamento dessas doenças parasitárias. Neste contexto, o óleo essencial extraído por
hidrodestilação das folhas de L. camara foi testada contra a Leishmania braziliensis e
Trypanosoma cruzi. Adicionalmente, apesar do fato que as duas plantas são utilizadas para
as mesmas finalidades, pouco é conhecido sobre as atividades biológicas da L.
montevidensis, em particular, a respeito a sua toxicidade e seu potencial antioxidante. Desta
forma, outro objetivo desta tese era investigar a genotoxicidade e citotoxicidade de extratos
etanólicos (EtOH) e aquosos das folhas de L. montevidensis em leucócitos humanos, bem
como a sua possível interação com membranas de eritrócitos humanos in vitro. A atividade
antioxidante de ambos os extratos também foi investigado. Os resultados demonstraram que
a composição do óleo essencial de L. camara analisado por cromatografia gasosa por
espectrometria de massa (GC/MS) revelou a presença de (E)-cariofileno (23,75%),
biciclogermacrene (15,80%), germacreno D (11,73%), terpinoleno (6,1%), e sabineno
(5,92%). O óleo essencial de L. camara inibiu T. cruzi e L. braziliensis com IC50 de 201,94
µg/mL e 72,31 µg/mL, respectivamente. O óleo essencial de L. camara foi tóxico para os
fibroblastos NCTC929 em 500 µg/mL (IC50 = 301,42 µg/mL). Esses resultados corroboram
entre si e, pelo menos em parte, explicado pela presença dos constituintes presente no óleo
essencial. Tomados em conjunto, os nossos resultados sugerem que o óleo essencial de L.
camara pode ser uma importante fonte de agentes terapêuticos para o desenvolvimento de
medicamentos alternativos contra doenças parasitárias. A análise de HPLC-DAD dos
extratos EtOH e extratos aquosos de L. montevidensis identificou ácido clorogênico e
quercetina como os principais componentes para EtOH, enquanto os ácidos caféicos e
clorogênicos foram os principais ácidos fenólicos no extrato aquoso. Nos ensaios de
citotoxicidade, de fragilidade osmótica de eritrócitos humanos e viabilidade celular em
ensaio cometa, os extratos EtOH e extratos aquosos de L. montevidensis (1-480 µg/mL) não
demonstraram efeitos toxicos e não afetaram o índice de danos no DNA, porém,
promoveram citotoxicidade nas maiores concentrações (240-480 µg/mL). Para a atividade
antioxidante, os extratos foram capazes de sequestrar o radical DPPH e inibir a peroxidação
lipídica induzida pelo Fe2+ (10 µM) em homogenados de cérebro e fígado de rato e, esta
ação parece não ser atribuída a quelação de ferro (II). Estes resultados justificam pelo
menos em parte o uso popular desta planta na medicinal tradicional e sugerem que cuidado
deve ser tomado quanto a sua dosagem ou frequencia de uso. Contudo, espera-se que
estes resultados possam contribuir significativamente com o conhecimento fitoquímico e
atividade biológica destas espécies. Isto poderá ser de extrema importância para a região na
obtenção de novos fármacos naturais, e consequentemente melhoria da qualidade de vida
dos brasileiros.

Palavras-chave: Atividades tripanossomicida e leishmanicida. Trypanosoma cruzi.


Leishmania braziliensis. Óleo essencial. Toxicologia. Plantas. Agentes terapêuticos.
ABSTRACT

CONSTITUENTS CHEMICALS AND BIOACTIVE OF Lantana montevidensis


PROPERTIES (SPRENG.) BRIQ. AND Lantana camara L. (VERBENACEAE): EVIDENCE
FOR USE PHARMACOLOGICAL

Author: LUIZ MARIVANDO BARROS


Supervisor: Prof. Dr. João Batista Teixeira da Rocha
Co-supervisor: Prof. Dr. Irwin Rose Alencar de Menezes

Humans have been using medicinal plants for centuries as preventive or curative agents. In
Brazil, the use of plants in the treatment of diseases is influenced by Indigenous, African and
European cultures. Among these plants are Lantana camara and L. montevidensis
commonly known as “camará-de-cheiro” and “chumbinho”, respectively. They are used in the
North-eastern part of Brazil as tonic sudorific and febrifuge agent. They are also used
against, coughs, bronchitis, rheumatism, asthma, ulcer and microbial infections. Considering
that there is limited therapy against Leishmaniasis and Trypanosomiasis, due to drugs
resistance, the knowledge of the pharmacology of plants extracts can constitute a pre-
requisite for the development of alternative drugs against these parasitic diseases. In this
context, the essential oil extracted by hydrodistillation of L. camara leaf was tested against
Leishmania braziliensis and Trypanosoma cruzi. Although both plants are used for the same
purpose, there is limited information regarding the potential toxicity and antioxidant activity of
L. montevidensis. Thus, we aimed to investigate the genotoxicity and cytotoxicity of ethanolic
(EtOH) and aqueous extracts from the leaves of L. montevidensis in human leukocytes, as
well as its possible interaction with membranes from human erythrocytes in vitro. The
antioxidant activity of both extracts was also investigated. The results demonstrated that the
essential oil composition of L. camara analyzed by gas chromatography mass spectrometry
(GC/MS) showed a large amount of (E)-caryophyllene (23.75%), biciclogermacrene
(15.80%), sesquiterpene (11.73%), terpinolene (6.1%), and sabinene (5.92%). The essential
oil of L. camara inhibited T. cruzi and L. braziliensis with IC50 of 201.94 µg/mL and 72.31
µg/mL, respectively. L. camara essential oil was toxic to NCTC929 fibroblasts at 500 µg/mL
(IC50 = 301.42 µg/mL). These results corroborate each other and can be explained at least in
part, by the presence of some chemical constituents in the oil. The results suggest that L.
camara essential oil can be an important source of therapeutic agents for the development of
alternative drugs against parasitic diseases. HPLC analysis of EtOH and aqueous extracts of
L. montevidensis showed chlorogenic acid and quercetin as main components in EtOH
extract, whereas, caffeic and chlorogenic acids were the major phenolic acids in the aqueous
extract. It was observed that treatment of human leukocytes with EtOH and aqueous extracts
of L. montevidensis (1-480 µg/mL) did not affect the osmotic fragility of human erythrocytes
and DNA damage index, but, promoted cytotoxicity at higher concentrations (240-480
µg/mL). Regarding the antioxidant activity, the extracts scavenged DPPH radical and
prevented Fe2+-induced lipid peroxidation in rat brain and liver homogenates, and this action
was likely not attributed to iron (II) chelation. These results justify at least in part the use of
this plant in folk medicine and suggests that caution should be made regarding its dosage or
frequency use. All together, it is hoped that these results would contribute significantly to the
knowledge about the phytoconstituents and biological activity of these species. This finding
could be of immense importance for the region by obtaining new natural medicines from
biodiversity and consequent improvement in quality of Brazilian life’s.

Keywords: trypanocidal and leishmanicide activities. Trypanosoma cruzi.


Leishmania braziliensis. Essential oil. Toxicology. Plants. therapeutic agents.
LISTA DE ABREVIATURAS

ACR2 Enzima antimônio redutase


AGP Trifosfato de guanosina
AST Aspartato aminotransferase
ATP Trifosfato de adenosina
BHA Butil-hidroxi-anisol
BHT Butil-hidroxi-tolueno
CG/MS Cromatografia gasosa acoplada espectrometria de massa
CLAE-DAD Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC)
CNS Conselho Nacional de Saúde
COBEA Colégio Brasileiro de Experimentação Animal
CONCEA Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal
DNA Ácido desoxirribonucléico
DPPH 2,2-difeni1-1-picril-hidrazil
DTN Doenças Tropicais Negligenciadas
EAFFLC Extrato Aquoso de Folhas Frescas de Lantana camara
EAFFLM Extrato Aquoso de Folhas Frescas de Lantana montevidensis
EAFSLC Extrato Aquoso de Folhas Secas de Lantana camara
EAFSLM Extrato Aquoso de Folhas Secas de Lantana montevidensis
EALM Extratos Aquoso de Lantana montevidensis
EDTA Etileno diamino tetra acético
EEFFLC Extrato Etanólico de Folhas Frescas de Lantana camara
EEFFLM Extrato Etanólico de Folhas Frescas de Lantana montevidensis
EEFSLC Extrato Etanólico de Folhas Secas de Lantana camara
EEFSLM Extrato Etanólico de Folhas Secas de Lantana montevidensis
EELM Extrato Etanólico de Lantana montevidensis
ERs Espécies reativas
FOE Fragilidade osmótica eritrocitária
IC50 Concentração inibitória para 50% (crescimento celular)
MDA Malondialdeido
NIH National Institute of Health
OLC Óleo essencial de Lantana camara
OMS Organização Mundial da Saúde
PG Propil galato
PL Peroxidação lipídica
ROS Espécies reativas de oxigênio
T(SH) 2-tripanotiona (tiol específico do parasito leishmania)
TBARS Thiobarbituric acid reactive substances
TBHQ Terc-butil-hidroquinona
TDR1 Enzima específica do parasito
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 16
Figura 1 - Ciclo de vida Leishmania Sp. ................................................. 21
Figura 2 - Ciclo de vida do gênero Trypanosoma ................................... 24
Figura 3 - Localização da área de estudo: Chapada do Araripe, Crato-
CE ........................................................................................................... 33
Figura 4 - A) Aspecto geral da parte aérea de Lantana camara L. B)
Folha. C) Flor D) Fruto ............................................................................ 34
Figura 5 - A) Aspecto geral da parte aérea de Lantana montevidensis
Briq. B) Folha. C) Flor. D) Fruto .............................................................. 36
4 RESULTADOS ....................................................................................... 45
4.1 PRODUÇÃO CIENTÍFICA ...................................................................... 45
4.1.1 Artigo 1 .................................................................................................. 45
Table 1.- Composition of Lantana camara leaf essential oil ….………… 48
Table 2 - Activity of essential oil from leaves of L. camara against T.
cruzi …………………………………………..………………………………. 48
Table 3 - Activity of L. camara leaf essential oil against Leishmania
braziliensis .............................................................................................. 49
Table 4 - Toxicity of Effect of L. camara leaf essential oil on NCTC929
fibroblast ................................................................................................ 49
4.1.2 Artigo 2 …….…………….………………………………………………… 55
Table 1- Calibration curve of the standards used in the analysis …........ 74
Table 2 - Schedule of evaluation of oxidation or chelation of Fe 2+/Fe3+
by plant extracts ……..…………………………………………………….... 74
Table 3 - Quantitative analysis of phenolics and flavonoids from the
ethanolic and aqueous leaves extracts of L. montevidensis ………….... 75
Table 4 - Percent inhibition of DPPH radical by EtOH and aqueous
extracts from the leaves of L. montevidensis ……………………..……… 75
Fig. 1 - Phenolics and flavonoids constituents of ethanolic (A) and
aqueous (B) extracts from the leaves of L. montevidensis by high
performance liquid chromatography (HPLC). Gallic acid (peak 1),
catechin (peak 2), chlorogenic acid (peak 3), caffeic acid (peak 4),
ellagic acid (peak 5), rutin (peak 6), quercitrin (peak 7), isoquercitrin
(peak 8), quercetin (peak 9), kaempferol (peak 10), luteolin (peak 11)
and apigenin (peak 12). The retention time of each compound is
shown in Table 1 …................................................................................. 77
Fig. 2 - Oxidation of Fe2+ by EtOH (A) and aqueous (B) extracts from
the leaves of L. montevidensis. The extracts (1-60 µg/mL) were
incubated with FeSO4 (110 µM) for 10 min. The extracts (1-60 µg/mL)
were incubated with FeSO4 (110 µM) for 10 min. Then,
ortophenanthroline was added and the absorbance of the reaction
mixture was measured at 0, 10 and 20 min following its addition. After
the last reading (at 20 min), 5 mM ascorbic acid (AA) was added to
the reaction mixture, and the absorbance was read again after 5 min
(at 25 min), 10 min (at 30 min) and 20 min (at 40 min) (see Table 1 for
details). Values represent the mean ± SEM of 3 independent
experiments performed in duplicate …………………………………..…... 77
Fig. 3. Inhibitory potential of EtOH and aqueous extracts from the
leaves of L. montevidensis on Fe2+-induced lipid peroxidation in rat
brain (A and B) and liver (C and D) homogenates. The results are
expressed as mean ± SEM of n = 3 independent experiment
performed in duplicate. *p < 0. 05 vs. basal; and # p < 0.05 vs
Fe2+ ………………………………………………………………………..…. 79
Fig 4 - Effect of ethanolic and aqueous extracts from the leaves of L.
montevidensis on human leukocytes in the absence (A and B) and
presence (C and D) of H2O2. The results are expressed as percentage
of control. Each column represent the mean ± SEM of four
independent. *p < 0.05 versus control, ns-not significant ………………. 79
Fig. 5. Genotoxicity evaluation of ethanolic (A) and aqueous (B)
extracts from the leaves of L. montevidensis by the Comet assay.
MMS-methyl methanesulfonate. Results are mean ± SEM of three
independent experiments. *p < 0.05 vs. control. Fig. 6. Osmotic
fragility of erythrocytes treated with EtOH (A) and aqueous (B) extracts
from the leaves of L. montevidensis. Hemolysis was expressed in
percentage of the positive control (Triton-100). Treated erythrocytes
were added to various concentrations of NaCl (0–0.9%) and incubated
for 20 min and the absorbance of the supernatants were measured at
540 nm. The bars represent the means of n = 3 independent
experiments performed in duplicate ……………….…………………….... 80
Fig. 6. Osmotic fragility of erythrocytes treated with EtOH (A) and
aqueous (B) extracts from the leaves of L. montevidensis. Hemolysis
was expressed in percentage of the positive control (Triton-100).
Treated erythrocytes were added to various concentrations of NaCl
(0–0.9%) and incubated for 20 min and the absorbance of the
supernatants were measured at 540 nm. The bars represent the
means of n = 3 independent experiments performed in
duplicate ……………………………………………………………………. 80
SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
RESUMO
ABSTRACT
APRESENTAÇÃO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 16
1.1 DOENÇAS PARASITÁRIAS E PLANTAS COM FINS MEDICINAIS ........... 16
1.2 LEISHMANIOSE E DOENÇA DE CHAGAS ................................................. 18
1.2.1 Leishmaniose .............................................................................................. 18
1.2.2 Doença de Chagas ...................................................................................... 23
1.3 RESISTÊNCIA ÀS DROGAS ANTIPARASITÁRIAS E TERAPIAS
NATURAIS CONTRA DOENÇAS PARASITÁRIAS ...................................... 28

1.4 FAMÍLIA VERBENACEAE, GÊNERO LANTANA: Lantana camara e


Lantana montevidensis..................................................................................
31
1.5 OS RADICAIS LIVRES NO SISTEMA BIOLÓGICO e ANTIOXIDANTES
SINTÉTICOS E NATURAIS .......................................................................... 36

2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 43

3 OBJETIVOS .................................................................................................. 44
3.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 44
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 44

4 RESULTADOS ............................................................................................. 45
4.1 PRODUÇÃO CIENTÍFICA ............................................................................ 45
4.1.1 Artigo 1 - Chemical Characterization and Trypanocidal, Leishmanicidal
and Cytotoxicity Potential of Lantana camara L. (Verbenaceae) Essential
Oil …………………………….………….……......…......................................... 45
4.1.2 Artigo 2 - Safety Assessment and Antioxidative activity of Lantana
montevidensis: Contribution to its Phytochemical and Pharmacological
activity …………………………………………………………………………….. 55

5 DISCUSSÃO ................................................................................................. 81

6 CONCLUSÕES ............................................................................................. 87

7 PERSPECTIVAS .......................................................................................... 88

REFERÊNCIAS ........................................................................................... 89
APRESENTAÇÃO

No item INTRODUCÃO, contém uma Revisão da Literatura concisa sobre os


temas desenvolvidos nesta tese.

A metodologia realizada e os resultados obtidos que compõem esta TESE


estão apresentados sob a forma de artigos, os quais se encontram no item
RESULTADOS. Nestes artigos constam as seções: Introdução, Materiais e Métodos,
Resultados, Discussão, Conclusão e Referências.

Os itens DISCUSSÃO e CONCLUSÃO, encontrados no final desta tese,


apresentam descrições, interpretações e comentários gerais sobre os artigos
científicos incluídos neste trabalho.

As REFERÊNCIAS descritas correspondem somente às citações que


aparecem nos itens APRESENTAÇÃO, INTRODUÇÃO e DISCUSSÃO desta tese.

Esta tese é parte integrante dos projetos desenvolvidos no Laboratório de


Bioquímica Toxicológica da UFSM com a aprovação nº 076-2012-2 - Toxicidade in
vitro envolvendo ratos e aprovação nº 0890.243.000-07 - Toxicidade em células
humanas, do Comitê de Ética e Uso de Animais da Universidade Federal de Santa
Maria. Os animais foram mantidos e usados de acordo com os princípios éticos de
experimentação animal elaborado pelo Conselho Nacional de Controle da
Experimentação Animal (CONCEA). Todo o estudo está em conformidade com as
normas e diretrizes bioéticas vigentes para ensaios envolvendo seres vivos:
humanos (Res. Nº 196/1996 e 301/2000 do Conselho Nacional de Saúde – CNS),
animais não-humanos (Guide for the care and use of laboratory animals, do NIH -
National Institute of Health-EUA, 1996); Lei Federal Nº 11.794/2008; Princípios
Éticos da Experimentação Animal do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal –
COBEA); e integridade da fauna e flora (Lei Federal Nº 9605/1998) (BAZZANO,
2006; BRASIL, 2006, 2008; MACHADO et al., 2012; PICON, 2015).
16

1. INTRODUÇÃO

1.1 DOENÇAS PARASITÁRIAS E PLANTAS COM FINS MEDICINAIS

As doenças parasitárias são causadas pela infestação ou infecção com


parasitas, como protozoários, seres unicelulares, vermes ou insetos. Estas
doenças são comuns na África, sul da Ásia, América Central e América do Sul,
sobretudo entre as crianças. As doenças parasitárias, tais como a doença de
Chagas e a leishmaniose, chegam a causar um milhão ou mais de casos em todo
o mundo, anualmente (NEVES et al., 2005).
As doenças parasitárias são responsáveis por considerável morbidade e
mortalidade em todo o mundo, e frequentemente estão presentes com sinais e
sintomas não específicos (MILLER et al., 2003). A diversidade de manifestações
clínicas e de lesões está relacionada às características biológicas dos parasitas
(estágio de evolução, densidade populacional, localização no trato gastrointestinal,
capacidade de invasão, de migração e de consumo de nutrientes e sangue) e às
condições do hospedeiro (estado nutricional, competência imunológica e
alterações patológicas associadas) (MENEZES et al., 2008).
Nwaka e Ridley (2003), relatam que as doenças parasitárias permanecem
sendo uma barreira para o desenvolvimento social e econômico dos países mais
pobres, e são frequentemente chamadas de “doenças negligenciadas”, “doenças
órfãs” ou “doenças tropicais”. Conforme (WHO, 2010), estas doenças tropicais
negligenciadas (DTN) afetam mais de um bilhão de pessoas, especialmente nas
áreas tropicais e subtropicais do mundo e, a maioria do total das mortes ocorrem
em regiões situadas abaixo da linha do Equador (KETTER e MARJANOVIC,
2004).
As DTN são um conjunto de doenças infecciosas diferenciadas pelo alto
nível de morbidade, entretanto com baixo nível de mortalidade e dentre as 17 DTN
priorizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) estão várias doenças
parasitárias transmitidas por vetores (malária, tripanosomíases, leishmanioses,
esquistossomose e as filarioses), que afetam intensamente a qualidade de vida
(REGUERA et al., 2005, KEALEY e SMITTH, 2010). De acordo com a OMS, o
Brasil é um dos países com a maior ocorrência de DTN e o impacto dessas
17

doenças difere de região para região, mas, apresenta uma estreita relação com as
áreas de maior pobreza e menor desenvolvimento sócio-econômico, que no Brasil
se concentram nas regiões Norte e Nordeste (LINDOSO e LINDOSO, 2009).
Para YAMANAKA (2012), as doenças parasitárias devido complexidade
ecoepidemiológica, associadas as dificuldades no controle vetorial e a ausência de
vacinas eficazes para uso humano, fazem do tratamento medicamentoso uma das
únicas alternativas para enfrentar estes agravo de saúde. Além disso, o escasso
arsenal quimioterápico disponível para tratamento destas doenças, somado a
limitada eficácia e os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados na clínica e o
surgimento de parasitos resistentes aos quimioterápicos são problemas de ordem
global (LINDOSO e LINDOSO, 2009).
Conforme Lima (2014), a busca por novos fármacos para as doenças
humanas negligenciadas tem se acelerado na última década. A expansão dos
programas de descoberta e desenvolvimento de novas substâncias tem sido
apoiado pelas empresas farmacêuticas.
Os números relativos ao desenvolvimento e pesquisa de novos fármacos
para essas doenças preocupam, de 1975 até hoje, com exceção da malária,
apenas 13 novos fármacos foram aprovadas para uso na ação dessas doenças,
representando 0,9% de todos os medicamentos aprovados no período, o que está
muito abaixo da necessidade da demanda necessária atual, uma vez que as DTNs
respondem por 5% do impacto de doenças no mundo e apenas 0,1% dos
investimentos globais em pesquisa são destinados à busca de novas alternativas
terapêuticas, sendo que, 5% são oriundos de indústrias farmacêuticas, 54% de
instituições filantrópicas e 41% de instituições públicas (KETTER e MARJANOVIC,
2004; FREARSON et al., 2007).
Dada esta condição, Sangenis et al. (2014), alertam para alguns fatores que
vem contribuindo para o aumento da incidência dessas doenças tropicais:
aparecimento de parasitas resistentes aos fármacos usados em clínica; vetores com
resistência aos inseticidas e populações endêmicas (FIGUEIREDO et al., 2014)
crescentes nos países subdesenvolvidos, em desenvolvimento e desenvolvidos
devido ao processo migratório e a co-infecção devida a outras doenças (LIMA,
2014).
O uso de plantas com fins medicinais vem crescendo substancialmente nos
últimos anos devido à facilidade de acesso aos produtos naturais, o baixo custo e
18

sua compatibilidade cultural. A Caatinga e a Floresta Nacional do Araripe são


bastante diversificadas e em parte, constituídas por espécies com características
peculiares, como as que apresentam princípios ativos com potencial fitoterápico.
Entre as diversas espécies nativas encontradas nestes ecossistemas a Lantana
camara e Lantana montevidensis, popularmente conhecidas como “camará de
cheiro” e “chumbinho”, respectivamente, destacam-se por suas potencialidades
medicinais, sendo suas folhas muito utilizadas na medicina popular devido às
propriedades curativas que lhe são atribuídas (SOUSA et al., 2014; RIBEIRO et al.,
2014).
Entre as diversas atividades biológicas relatadas na literatura com L. camara
e L. montevidensis pode-se destacar a ação sobre a proliferação de microrganismos
como bactérias e fungos (BARRETO et al., 2010; SOUSA et al., 2011; NAZ e BANO,
2013).
Neste sentido, diante dos promissores relatos na literatura, a cerca desse
gênero, e levando em consideração o potencial terapêutico destas espécies é
notória a importância na continuidade de estudos envolvendo bioatividade e
toxicologia in vitro, para um possível uso no tratamento das doenças parasitárias tais
como a leishmaniose e a doença de Chagas.

1.2 LEISHMANIOSE E DOENÇA DE CHAGAS

1.2.1. Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença antroponótica e zoonótica, transmitida por um


protozoário que durante seu ciclo de vida tem como hospedeiro vertebrado o
homem (TESH, 1995; NEUBER, 2008). Um grande número de mamíferos
silvestres e domésticos como roedores, carnívoros, marsupiais, ungulados,
canídeos silvestres e primatas foram encontrados naturalmente infectados por
diferentes espécies de Leishmania (COLLA-JACQUES et al., 2010; BRASIL, 2010;
QUARESMA et al., 2011; MARCELINO et al., 2011; FREITAS et al., 2012;
CARREIRA et al., 2012). Embora estes animais sejam considerados reservatórios
silvestres do parasito, o cão doméstico possui um papel fundamental como
19

reservatório da leishmaniose visceral no ciclo de transmissão nas áreas urbanas


(WERNECK, 2010).
A leishmaniose é um dos maiores problemas de saúde pública de países
em desenvolvimento e encontra-se entre as endemias consideradas prioritárias no
mundo, sendo citada em 98 países e territórios, afetando 12 milhões de pessoas,
sendo que 350 milhões estão expostas à infecção (WHO, 2013; LIMA, 2014). A
ocorrência da doença está relacionada a múltiplos fatores: sociais, econômicos,
políticos e culturais (CARLOS et al., 2015).
No Brasil, a leishmaniose tegumentar americana apresenta ampla
distribuição, com registro de casos em todas as regiões brasileiras (BRASIL,
2007). As grandes alterações na cobertura vegetal ao longo do século XX,
influenciaram diretamente no perfil epidemiológico da leishmaniose (TOLEZANO,
2001). Essas ações provocaram modificações no ambiente natural que foram
associadas a surtos de leishmaniose.
Em um estudo realizado no período de 1998 a 2006, objetivando identificar
os fatores ambientais e sociais determinantes da leishmaniose no Vale do Ribeira
em São Paulo verificou-se que extensas áreas com remanescentes da mata
atlântica na região favoreceu a presença de flebotomíneos, isso explicaria a
presença em grande parte dos municípios da região apresentar vetores, segundo
dados da SUCEN (SILVA, LATORRE e GALATI, 2010).
Pessoas concentradas nas áreas residenciais periféricas e que tem mais
contato com a mata estão mais expostas à leishmaniose. Observou-se que muitas
moradias num dos bairros de Ubatuba – SP, mais atingidos pela doença, se
encontravam inseridas na mata, com vegetação densa ao redor. Notou-se também
a precariedade das residências, a falta de telas de proteção contra insetos, em
portas e janelas o que provavelmente favorece a invasão vetorial, especialmente
no período noturno quando os mosquitos são atraídos pela luminosidade no
interior da residência (SILVA e GURGEL, 2015). Entre a população atingida pela
leishmaniose a escolaridade parece ser um fator de influência nas pessoas
atingidas pela doença. Entre 1998 e 2006, 70% das pessoas não tinham o Ensino
Fundamental completo, 12% concluíram o Ensino Médio, máximo grau de
instrução observado entre os indivíduos notificados com a leishmaniose.
De forma geral, a transmissão urbana apresenta dois aspectos: quando há
o deslocamento do inseto transmissor das florestas para bairros próximos a mata
20

ou pela ação dos flebotomíneos adaptados a áreas arborizadas, periféricas a


cidade. Quando a mata é devastada, os animais das proximidades fogem ou
morrem deixando os flebotomíneos sem suas fontes alimentares naturais. Tal risco
se relaciona a destruição dos nichos ecológicos naturais dos flebotomíneos, que
nesses casos em geral migram para o ambiente peridomiciliar, que conta com a
presença de animais domésticos, o que pode propiciar condições favoráveis de
transmissão da doença para o homem.
Assim, surtos e epidemias de leishmaniose estão associadas as alterações
ambientais para exploração dos recursos naturais, a invasão do homem no
ambiente natural, a ocupação desordenada do espaço urbano e as precárias
condições de vida da população (RODRIGUES e LIMA, 2013).
O gênero Leishmania (Filo Protozoa: Ordem Kinetoplastidae: Família:
Trypanossomatidae) descrito por Ross em 1903, compreende protozoários
unicelulares e heteróxenos, que são transmitidos a vários mamíferos por vetores
(fêmeas infectadas) dípteros da família Psychodida, hematófagos pertencentes
aos gêneros Phlebotomus no Velho Mundo e Lutzomyia no Novo Mundo (READY,
2010; SHUKLA et al., 2010; VENDRAMETTO et al., 2010), com ampla distribuição
nas regiões com climas quentes e temperados (BORASCHI e NUNES, 2007). O
gênero abrange cerca de 20 espécies, existentes nas formas flagelada,
promastigota e amastigota, parasita intracelular obrigatório de macrófagos de
mamíferos (WHO, 2013).
Há várias espécies de leishmanias envolvidas na transmissão. Nas
Américas, são atualmente reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de Leishmania
causadoras de doença humana e 8 espécies descritas, somente em animais. No
Brasil, já foram identificadas 7 espécies, sendo 6 do subgêneros Viannia e 1 do
subgênero Leishmania. As mais importantes são Leishmania (Viannia) braziliensis,
L. (L.) amazonensis e L. (V.) guyanensis, levando o país a ser considerado
altamente endêmico (BRASIL, 2010; MOTA e MIRANDA, 2011). No Brasil é
encontrada a maior prevalência de todo continente Americano, estimando-se
65.000 novos casos por ano. A leishmaniose é a segunda doença parasitária mais
comum no mundo, estimando-se 600.000 novos casos por ano (SILVA et. al.,
2007).
As leishmanias apresentam com um ciclo de vida digenético (heteroxênico),
vivendo alternadamente em hospedeiros vertebrados e insetos vetores, estes
21

últimos sendo responsáveis pela transmissão dos parasitas de um mamífero a


outro. Nos hospedeiros mamíferos, representados na natureza por várias ordens e
espécies, os parasitas assumem a forma amastigota, arredondada e imóvel, que
se multiplica obrigatoriamente dentro de células do sistema monocítico fagocitário.
À medida que as formas amastigotas vão se multiplicando, os macrófagos se
rompem liberando parasitas que são fagocitados por outros macrófagos. Nos
flebotomíneos as leishmanias vivem no meio extracelular, na luz do trato digestivo.
Ali, as formas amastigotas, ingeridas durante o repasto sanguíneo, se diferenciam
em formas flageladas, morfológica e bioquimicamente distintas das amastigotas,
sendo posteriormente inoculadas na pele dos mamíferos durante a picada como
descrito na Figura 1.

Figura 1 - Ciclo de vida Leishmania sp.

Fonte: (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2013 (US) UNIVERSITY OF
FLORIDA. Acesso em 24/03/2016).
22

A leishmaniose é uma das afecções dermatológicas que merece atenção,


pela sua dimensão, risco de ocorrência de deformidades e envolvimento
psicológico, com reflexos no campo social e econômico (BRASIL, 2010). A OMS
divide as leishmanioses em quatro grupos clínicos: cutânea, mucocutânea,
cutâneo-difusa e visceral. A cutânea é a forma mais frequente da doença e
começa com o aparecimento de uma pápula ou nódulo no sítio de inoculação pelo
mosquito infectado (REITHINGER et al., 2007).
A estrutura e o mecanismo de ação dos antimoniais pentavalentes (Sb) são
desconhecidos, sendo prováveis a inibição das adenosina (ATP) e guanosina
trifosfatos (AGP) através da inibição do ciclo do acido cítrico e da glicólise 5 e a
ativação e conversão do antimonial para a forma trivalente (SbIII). Parece que o Sb é
capaz de alterar o potencial redox tiol da célula induzindo o efluxo de tiol intracelular
e inibindo a tripanotiona redutase. Uma enzima especifica do parasito, TDR1, pode
catalisar a conversão de SbV para Sb III usando glutationa como redutor. A enzima
antimônio redutase, ACR2, também reduz o SbV e aumenta a sensibilidade ao
mesmo. O tiol, incluindo tiol parasito-especifico como glicilcisteina, pode reduzir SbV
para Sb III de forma não enzimática.
Há possibilidade de que mais de um mecanismo seja responsável pela
ativação da droga. anfotericina B é um antibiótico polieno que interage com o
ergosterol da membrana celular, formando poros que alteram a permeabilidade
celular e o balanço iônico, causando a morte celular (LIMA et al., 2007).
Nesse contexto, Carvalho et al. (1994), Osório et al. (2007) e Goto e Lindoso
(2010), relatam que o tratamento da leishmaniose não é satisfatório em termos de
efetividade e toxicidade, sendo que o antimonial pode atingir o limiar de toxicidade,
podendo levar a alterações cardíacas ou renais que obriguem a suspensão do
tratamento. Além disso, a resistência às drogas já existentes e a sensibilidade de
diferentes cepas. Diante do exposto a busca de novas moléculas e também de
novas formas farmacêuticas para o tratamento das leishmanioses, tem sido
incentivada (MALTEZOU, 2010).
Seu tratamento é desafio porque as drogas disponíveis apresentam elevada
toxicidade, e nenhuma delas é bastante eficaz. A recidiva, a falha terapêutica em
pacientes imunodeprimidos e a resistência ao tratamento são fatores que motivam
a busca de uma droga ideal (LIMA et al., 2007). Tal toxicidade dos fármacos
23

utilizados atualmente e as formas resistentes de Leishmania têm impulsionado as


pesquisas para a síntese de novos compostos sintéticos, semissintéticos e
produtos naturais, principalmente os fitoterápicos tradicionalmente usados para o
tratamento de parasitoses (TEMPONE et al., 2005; BRASIL, 2010).

1.2.2. Doença de Chagas

A doença de Chagas é uma zoonose causada pelo protozoário


Trypanosoma cruzi pertencente ao subfilo Mastigophora, ordem Kinetoplastidae,
família Trypanosomatidae e gênero Trypanosoma. Ela é transmitida pelo inseto
triatomíneo, um hemíptero, hematófago da família Reduviidae (CHAGAS, 1909;
SCHMUNIS, 2000; LANA e TAFURI, 2001; REY, 2001). O número de mortes é
cerca de quatorze mil por ano. Ainda constitui a doença parasitária responsável
pelo maior número de mortes na América Latina, superando a malária.
A propagação da doença continua através da transfusão e dos transplantes
de órgãos em regiões endêmicas e não-endêmicas, assim como em casos isolados
pela via oral (STEINDEL et al., 2008; RASSI JUNIOR et al., 2010). Da mesma forma
como nas leishmanioses, o panorama da doença de Chagas tem relação direta com
as baixas condições socioeconômicas, o que leva a crer que a prevenção e controle
da doença dependem das condições de saúde, alimentação, educação e, sobretudo
o acesso ao diagnóstico e tratamento eficiente (VIOTTI et al., 2009).
Schmunis e Yadon (2010) e Coura e Viñas (2010), relatam que
ultimamente, a disseminação internacional da doença passou a existir através dos
viajantes e imigrantes, considerando-se que a infecção pelo T. cruzi ocorre por via
oral, transfusão de sangue e transplante de órgãos.
O ciclo de vida do Trypanosoma cruzi é heteroxeno, com hospedeiros
vertebrados e invertebrados (LANA e TAFURI, 2001) e, se inicia quando o barbeiro
(triatomíneo infectado), ao se alimentar do sangue do hospedeiro vertebrado,
elimina, em suas fezes e urina, o parasito em sua forma alongada (tripomastigotas
metacíclicos) próximo do local da picada. Através de mucosas ou por ferimentos
na pele, estes infectam células do hospedeiro, como as do coração. Dentro do
hospedeiro, os tripomastigotas invadem células próximas ao ponto de entrada
onde diferenciam-se nas formas intracelulares arredondadas, os amastigotas;
24

estes amastigotas multiplicam-se por divisão binária; então diferenciam-se em


tripomastigotas e são liberados na circulação sanguínea. Os tripomastigotas
infectam células de uma grande variedade de tecidos e transformam-se em
amastigotas intracelulares, num ciclo infectante contínuo; o triatomíneo infecta-se
ao ingerir sangue de um hospedeiro vertebrado contendo parasitas circulantes; os
tripomastigotas ingeridos transformam-se em epimastigotas no intestino médio do
vetor; multiplicando-se por divisão binária; no intestino posterior o parasita se
diferencia na forma infectante, o tripomastigota metacíclico (Figura 2) (DPDx,
2016).

Figura 2: Ciclo de vida do gênero Trypanosoma

Fonte: (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2013 (US) UNIVERSITY OF
FLORIDA. Acesso em 24/03/2016).

De acordo com Coura e Dias (2009) e Brasil (2010), a doença de Chagas


compreende duas fases clínicas distintas: aguda e crônica. A primeira fase é
caracterizada por miocardite difusa e, a segunda é responsável por consideráveis
taxas de morbidade e mortalidade (ZULANTAY et al., 2004).
25

O período de incubação do T. cruzi pode variar de 3 a 112 dias, dependendo


do modo de infecção (SHIKANAI-YASUDA e CARVALHO, 2012). Sendo assim, a
fase aguda dura de 4 a 8 semanas e se caracteriza pelo predomínio do parasita
circulante na corrente sanguínea e geralmente é assintomática ou oligossintomática,
nesse último caso Marcondes et al. (2000), relataram que a infecção pelo T. cruzi na
fase aguda está associada com anemia, hipoplasia da medula óssea,
trombocitopenia e leucopenia (PEREIRA e NAVARRO, 2013). Também são
mencionadas, febre prolongada, mal-estar, hepato e/ou esplenomegalia e
linfadenomegalia localizada na região da picada (sinal de Romaña ou chagoma de
inoculação) (RASSI JÚNIOR et al., 2010).
Rassi Júnior et al. (2010), relatam que cerca de 8 milhões de pessoas se
encontram na fase crônica sintomática da infecção, no entanto, a maioria dos
infectados são assintomáticos, podendo permanecer nesta condição por cerca de 30
anos ou mais.
A taxa de mortalidade pode variar de 5 a 10% nessa fase e geralmente
envolve crianças que morrem de miocardite e/ou mieloencefalite (MURCIA et al.,
2013). Segundo o Ministério da Saúde entre 2005 e 2009 foram notificados 455
casos da doença em fase aguda no Brasil, dos quais 389 (85,5%) ocorreram na
região norte do país, sendo 310 (68,1%) no Pará e 29 (6,3%) casos no estado do
Amazonas (MONTEIRO et al., 2010; BRASIL, 2013). O número anual de casos
agudos relatados entre 2000-2012 em El Salvador chegou a 731 entre crianças e
adultos com mais de 13 anos. Embora o número anual de pacientes com doença
de Chagas aguda tenha diminuido de 117 em 2007 para 16 em 2012, a razão para
o grande número de casos agudos em El Salvador não é clara, uma vez que, a
transmissão oral da doença não tem sido relatada no país (SASAGAWA et al.,
2014).
Segundo Soares-Sobrinho et al. (2007) e Pereira e Navarro (2013), a fase
crônica da doença é caracterizada pela baixa incidência de parasitas circulantes
na corrente sanguínea e costuma ser assintomática, o paciente não apresenta
sintomatologia importante do ponto de vista clínico ou resultados anormais no
eletrocardiograma (ECG) de repouso e no estudo radiológico de tórax, esôfago e
cólon, cerca de 60% dos pacientes apresenta 25 esse quadro conhecido como
forma indeterminada, que se mostra como o melhor prognóstico clínico para os
pacientes crônicos, uma vez que, não existe comprometimento cardíaco ou
26

digestivo podendo perdurar pelo resto da vida. No entanto, de 20 a 40% dos


pacientes evoluem para a forma cardíaca e/ou digestiva (SOARES-SOBRINHO et
al., 2007; SATHLER-AVELAR et al., 2009).
Conforme Marin-Neto et al. (2007), a patogênese da forma cardíaca ocorre
em cerca de 30% dos casos e é caracterizada por infiltrado inflamatório, morte
celular e fibrose intersticial que levam a distúrbios do sistema de condução
cardíaca, arritmia ventricular e miocardite, além de distúrbios microvasculares que
podem resultar em morte súbita. Coura (2009), em seu estudo demonstrou que a
persistência do parasita nos tecidos do hospedeiro desempenha um papel
importante na agressão do miocárdio, sendo assim, acredita-se que eliminando o
parasita, ou ao menos reduzindo sua quantidade pode-se melhorar a eficácia da
resposta imune e reduzir a progressão da doença (MARIN-NETO et al., 2009;
SOSA-ESTANI et al., 2009).
De acordo com Lescure et al. (2010), a prevalência da forma digestiva
ocorre em 10% dos casos e geralmente resulta em dilatação do trato
gastrointestinal que frequentemente, evolui para megacólon (constipação crônica,
dor abdominal e obstrução) ou megaesôfago (disfagia, dor no peito e regurgitação)
e segundo Oliveira et al. (2009), há uma estimativa de 300 mil indivíduos com
megacólon. As disfunções do esôfago também podem estar associadas às
alterações no trânsito intestinal, que se torna cada vez mais lento levando a
hipertrofia muscular e em casos mais exacerbados, a dilatação do órgão (REY,
2008).
Segundo Kirchhoff (1996), a terapia utilizada no tratamento da doença
baseia-se na eliminação do parasita durante a fase aguda e na atenuação dos
sintomas durante a fase crônica com o uso de cardiotônicos e antiarrítmicos, para
o coração, ou através de cirurgias corretivas do esôfago e do cólon. Apesar de
muitas pesquisas e de grandes progressos alcançados no estudo dessa
parasitose, o seu tratamento apresenta ainda hoje muitos problemas (SANTELLO,
2009). O principal obstáculo para o tratamento da doença de Chagas é o uso de
medicamentos tóxicos e pouco eficazes, capazes de eliminar o parasita no período
inicial da doença, porém com índices de cura muito baixos em sua fase crônica
(BRASIL, 2009a, 2009b).
No final da década de 60 surgiram, respectivamente, o nifurtimox e o
benznidazol, no entanto, nenhum destes compostos apresenta estudos
27

comprobatórios de sua efetividade durante a fase crônica da doença, além dos


sérios efeitos colaterais que ocorrem em até 40% dos pacientes tratados (COURA
e CASTRO, 2002; MARIN-NETO et al., 2009). A administração é feita por um
longo período (30-60 dias) e não garante o sucesso do tratamento, já que existe
uma grande variação na susceptibilidade de isolados do parasita a ação destes
fármacos, além da resistência a ambos compostos já terem sido descritas
(CARRILERO et al., 2011).
O tratamento específico para doença de Chagas, deve ser realizado o mais
precocemente possível quando forem identificadas a forma aguda ou congênita da
doença, ou a forma crônica recente. A droga disponível no Brasil é o Benznidazol,
um derivado nitroimidazólico, com cujo nomenclatura é 6-N-benzil-2-nitro-1-
imidazolacetamida, é ativo na fase aguda da doença de Chagas, curando cerca de
70% dos infectados, mas apresenta eficácia limitada na forma crônica da doença,
com expressivos efeitos colaterais, provavelmente como consequência de lesões
oxidativas ou redutivas nos tecidos do hospedeiro (URBINA e DO CAMPO, 2003;
SANTORO et al., 2007; BRASIL, 2010), sendo contraindicado em gestantes
(FERREIRA, 1990; BARROS et al., 2016).
O tratamento sintomático depende das manifestações clínicas, tanto na fase
aguda como na crônica. Para as alterações cardiológicas são recomendadas as
mesmas drogas que para outras cardiopatias (cardiotônicos, diuréticos,
antiarrítmicos, vasodilatadores). Nas formas digestivas, pode ser indicado
tratamento conservador (dietas, laxativos, lavagens) ou cirúrgico, dependendo do
estágio da doença. O nifurtimox, desde a década de 1980, teve a sua
comercialização descontinuada, primeiro no Brasil e em seguida em outros países
da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai (COURA e
CASTRO, 2002). Segundo Maya et al. ( 2007), seu mecanismo de ação envolve a
sua metabolização, que produz espécies reativas de oxigênio as quais são
acumuladas pelo T. cruzi, ocasionando danos na membrana e no DNA do parasito
O nifurtimox foi retirado do mercado devido aos vários efeitos colaterais
sofridos pelos pacientes (RASSI et al., 2002), como a anorexia, perda de peso,
náuseas, vômito, diarréia, excitabilidade ou sonolência e alterações psíquicas
(COURA e CASTRO, 2002). Dados da literatura mostram que o tratamento
etiológico com estes fármacos na fase aguda da doença de Chagas é superior a
80% e na fase crônica recente é de 50% a 60%, porém, diferentes estudos
28

mostraram taxas de cura de apenas 5 a 8% em pacientes crônicos adultos


tratados com benzonidazol ou nifurtimox (CANÇADO, 2002; URBINA e DO
CAMPO, 2003; COURA e DIAS, 2009). Na mesma linha, Fernandes et al. (2009),
relataram uma taxa de cura de 5% de pacientes em um período de três anos de
acompanhamento
Apesar da baixa eficácia do nifurtimox e do benzonidazol na fase crônica da
doença e dos efeitos adversos como anorexia, alterações psicológicas, erupções
cutâneas, leucopenia, polineuropatia periférica e anormalidades teciduais e sua
contra-indicação em gestantes, porém, ainda representam os únicos fármacos
hoje disponíveis para o uso clínico (BRENER, 2000). Neste sentido, apesar da
atuação de vários grupos de pesquisa, os avanços a fim de obter drogas mais
efetivas e menos tóxicas são relativamente poucos. Dentre estes os derivados
triazólicos apresentam vantagens em relação às terapias atuais, com potencial de
cura de infecções agudas e crônicas, bem como em casos de reativação da
doença em pacientes com imunossupressão (URBINA, 2009). Outra alternativa
terapêutica presente na literatura são o uso de produtos naturais, componentes
isolados e os semi-sintéticos com atividade tripanocida (COURA e CASTRO,
2002).

1.3. RESISTÊNCIA ÀS DROGAS ANTIPARASITÁRIAS E TERAPIAS NATURAIS


CONTRA DOENÇAS PARASITÁRIAS

A resistência aos medicamentos, eficácia variável, toxicidade, administração


parenteral, e a necessidade de longos cursos de administração são as principais
desvantagens de drogas antiparasitárias atuais. Os fármacos comumente
utilizados para o tratamento da leishmaniose são os antimoniais pentavalentes, os
quais exercem a toxicidade renal e cardíaca. Desse modo, existe uma forte
necessidade de tratamentos mais seguros e mais eficazes (PEREIRA et al., 2011;
MORAIS-BRAGA et al., 2013).
Wrigley et al. (1997) e Pinto et al. (2002), relatam que o significativo
desenvolvimento da pesquisa de produtos naturais nos últimos anos deve-se
especialmente ao rápido progresso de técnicas de isolamento e análise dos
compostos bioativos em plantas e pela facilidade da busca de informações em
29

diversos sistemas de bases de dados. O alvo principal da pesquisa fitoquímica é


conhecer as espécies vegetais e seus constituintes químicos através do
isolamento e identificação dos metabólitos secundários.
Até poucos anos atrás, o tratamento para Leishmaniose visceral foi um
longo curso de injeções com um antimônio pentavalente. Contudo o parasita na
Índia desenvolveu progressivamente a resistência a esta classe de drogas e hoje
praticamente, se tornou ineficaz para o tratamento clínico. Atualmente existem
opções para o tratamento como: AmBisome B® [anfotericina B lipossomal]
administrada como duas perfusões, no entanto, o tratamento ainda é muito caro,
mas a OMS vem se empenhando para obter um preço para baixo. A miltefosina é
a única droga administrada por via oral disponível contra a Leishmaniose visceral,
mas o tratamento leva tempo e tem que ser tomado duas vezes por dia durante 28
dias e, não pode ser prescrito para mulheres em idade fértil, a menos que elas
tomem precauções contraceptivas confiáveis (WHO, 2010).
Diversas classes de metabólitos, oriundos de produtos naturais, têm sido
reportadas na literatura como eficientes agentes leishmanicidas (CARVALHO e
FERREIRA, 2001). Alguns alcalóides da classe dos quinolínicos (FOURNET et al.,
1993; FOURNET et al., 1994; FOURNET et al., 1996), isoquinolínicos
(AKENDENGUE et al., 1999) e indólicos (MUNOZ et al., 1994) tem se mostrado
promissores frente a distintas espécies de Leishmania.
Devido à viabilidade restrita de agentes quimioterápicos leishmanicidas
eficazes em áreas endêmicas, uma ampla parte da população que vive nestes
lugares depende de plantas medicinais que são usadas em tratamentos populares
para tratar e aliviar os sintomas da leishmaniose (CHAN-BACAB e PENA-
RODRIGUEZ, 2001).
São poucos os estudos controlados sobre a terapêutica específica para a
doença de Chagas crônica, particularmente em áreas de campo, onde o
acompanhamento dos pacientes torna-se mais difícil, por falta de condições
laboratoriais e de profissionais capacitados para fazê-lo adequadamente. Alguns
estudos sobre tolerância e eficácia do nifurtimox e do benznidazole em pacientes
nas fases aguda e crônica da doença de Chagas foram realizados no Brasil e em
outros países do nosso continente, mostrando importantes efeitos colaterais com
as duas drogas e indícios de cura parasitológica em torno de 60% nos casos
30

agudos, porém pouco expressivos nos casos crônicos (COURA et al., 1997;
RASSI et al., 1992).
Neste contexto, Amato et al. (2008) e Schmidt et al. (2012a, 2012b),
afirmam que estes fármacos além de serem tóxicos e de alto custo apresentam
eficácia limitada, tornando urgente a busca por novas alternativas terapêuticas.
Para tanto, é necessário descobrir novas substâncias ativas em modelos in vitro e
in vivo, visando ao desenvolvimento de novos fármacos (PRITCHARD et al.,
2003). Este processo é complexo, lento e de alto custo, fatores estes que causam
grande impacto quando se trata de desenvolvimento de fármacos para doenças
neglicenciadas. Sendo assim, segundo Moran et al. (2005) e Newman e Cragg
(2012), relatam que de 1975 até 2010 apenas 13 novos fármacos para doenças
negligenciadas foram desenvolvidos.
Os produtos naturais são importantes na busca por novas substâncias
bioativas, tendo sido utilizados como base para o desenvolvimento de
medicamentos. Para se ter uma ideia, uma grande fração dos fármacos aprovados
para consumo nos últimos 30 anos tem sua origem na natureza, principalmente
nas áreas de câncer e doenças infecciosas onde mais de 60 % e 75 % destes
fármacos, respectivamente, tem origem natural (NEWMAN et al., 2003; NEWMAN
e CRAGG, 2012). Várias etapas compõem o processo de descoberta desses
novos fármacos (PRITCHARD et al., 2003). As etapas de identificação de alvos e
os estudos de mecanismos de ação são muito importantes neste processo
(SCHENONE et al., 2013). Estas informações podem contribuir para a
identificação de novos alvos farmacológicos, para o desenvolvimento de novas
abordagens terapêuticas (SEN e CHATTERJEE, 2011), bem como predizer a
seletividade, a toxicidade e auxiliar na otimização compostos promissores
(NATURE, 2010).
O uso de plantas para obtenção de novos fármacos tem aumentado pela
necessidade do combate a microorganismos resistentes aos fármacos sintéticos
atuais, pela melhora no controle de doenças endêmicas (CROFT e COOMBS,
2003; SHARIEF et al., 2006), por sua alta viabilidade e pela baixa toxicidade
também, vem sendo apoiada pela Organização Mundial de Saúde através de seu
Programa de Doenças Tropicais e, tem considerando a investigação sobre o uso
plantas no tratamento da leishmaniose e da doença de Chagas como essencial e
de alta prioridade (OMS, 2012). Neste sentido Anthony et al. (2005), já afirmava
31

que as plantas são importantes fontes para a descoberta de novas substâncias,


sobretudo com ação antiparasitária, devido à associação entre a convivência dos
parasitos, seres vivos e plantas medicinais.
Mishra et al. (2009), afirma que os produtos naturais proporcionam
moléculas com impacto intenso na saúde humana e que os metabólitos
secundários são produzidos na natureza com características biológicas distintas.
Neste sentido diversos estudos já legitimaram o efeito de produtos naturais como
potenciais fontes de novos e seletivos agentes para o tratamento de doenças
tropicais causados por protozoários e outros parasitos e especificamente,
abordando atividade tripanocida (HAMEDT et al., 2014; CARNEIRO et., 2015;
FRANÇA RODRIGUES et al., 2015).
O Brasil é o país com maior variedade genética vegetal do mundo, descrito
com mais de 55.000 espécies catalogadas (AZEVEDO e SILVA, 2006), apenas 8%
desse percentual biológico foi avaliado na procura de compostos bioativos das
1.100 espécies vegetais analisadas em suas propriedades medicinais. Sendo que
590 plantas foram registradas no Ministério da Saúde para comercialização
(SIMÕES et al., 2010). E ainda segundo Brasil (2006), as culturas tradicionais
brasileiras utilizam com frequência as plantas medicinais com propriedades
curativas, e esse conhecimento é transmitido ao longo de gerações.

1.4 FAMÍLIA VERBENACEAE, GÊNERO LANTANA: Lantana camara e Lantana


montevidensis

A família Verbenaceae compreende 100 gêneros e cerca de 2000 espécies


distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais, nas regiões temperadas do
Hemisfério Sul e Hemisfério Norte (BARROSO, 1991; BUENO e LEONHARDT,
2011). O Brasil reúne a maior riqueza da família, com 16 gêneros e 290 espécies,
sendo 191 endêmicas (SOUZA e LORENZI, 2012; SALIMENA et al., 2014), com
ocorrência principalmente na região Sul e extremo Sul do Estado da Bahia, sendo 50
dessas espécies apontadas como raras (SOUZA e LORENZI, 2012; GIULIETTI,
2009). Os gêneros mais representativos na flora brasileira são Lippia L., com 88
espécies, sendo 68 endêmicas (SALIMENA e MÚLGURA, 2014; SALIMENA e
MÚLGURA, 2015), e Stachytarpheta Vahl, representado por 81 espécies, 75
32

endêmicas (SALIMENA et al., 2014), ambos com maior riqueza nos cerrados e
campos rupestres do Planalto Central e Cadeia do Espinhaço. Lantana L. está
representado por 22 espécies na flora brasileira, das quais 12 são endêmicas
(SILVA e SALIMENA, 2014).
Nessa família estão incluídas espécies ornamentais comumente cultivadas,
como a Petrea volubilis (flor-de-miguel), Duranta repens (dourinha), pequena cerca -
viva muito comum, com folhas jovens douradas, Lantana camara (camará) e
Lantana montevidensis (chumbinho) com pequenas flores ornamentais de cores
variadas, muito atrativas às borboletas (SOUZA e LORENZI, 2012). O gênero
Lantana, foi descrito por Linnaeus em 1753 onde continhas sete espécies, seis da
América do Sul e uma da Etiópia (MUNIR, 1996). O termo Lantana (vem do latim
lento, para se dobrar) deriva, provavelmente, do antigo nome latim do gênero
Viburnum que se assemelha um pouco em folha e também em inflorescência
(GHISALBERT, 2000). Entretanto, sua classificação taxonômica apresenta grandes
variações devido ao elevado número de hibridação neste gênero, como alterações
de cor na inflorescência que podem variar com a idade e maturidade da planta.
O gênero Lantana inclui em sua maioria plantas herbáceas e arbustos,
podendo atingir até 2 m de altura (JOLY, 2002), sendo muitas vezes plantadas com
o objetivo de decoração devido à beleza de suas flores (RANJHAN e PATHAK,
1992). É nativa das Américas tropicais e subtropicais, mas poucos táxons são
originários da Ásia tropical e da África; atualmente ocorrem em aproximadamente 50
países com um número de espécies e subespécies que varia de 50-270, onde a
melhor estimativa é de 150 espécies, sendo uma espécie nativa para o Brasil
(GHISALBERT, 2000; SOUZA e LORENZI, 2012).
As espécies de Lantana são geralmente pouco palatáveis e nem todas são
tóxicas (JONES et al., 1997). São espécies conhecidas por serem praticamente
imunes ao ataque de herbívoros, devido à presença de uma grande diversidade de
substâncias naturais (KOHLI et al., 2006). Este gênero tem sido largamente
estudado em relação aos seus fito constituintes voláteis e não-voláteis. Neste
sentido, as pesquisas conduziram ao isolamento de vários compostos pertencentes
principalmente às classes de triterpenóides pentaciclicos, glicosídeos, esteróides,
irridóides, quinonas e flavonóides. As espécies Lantana camara L., típica das
Américas e África, e Lantana montevidensis Briq., nativas do Brasil e Uruguai são
arbustos introduzidas em muitos países como plantas ornamentais (DAY et al., 1998;
33

GHISALBERT, 2000), e especificamente na Chapada do Araripe, localizada ao Sul


do Estado do Ceará, no Cariri em Crato, são endêmicas (Figura 3).

Figura 3 – Localização da área de estudo: Chapada do Araripe, Crato-CE .

Fonte: (BARROS, 2015; Mapa adaptado da APA ARARIPE, 2011).

Lantana camara L., Verbenaceae é conhecida popularmente no Brasil pelo


nome de camará e camará-de-cheiro (BRITO, 2004). Ocorre em muitas regiões
tropicais e subtropicais do mundo, sendo introduzida em muitos países como plantas
34

ornamentais, devido à beleza de suas flores que possuem coloração intensa. É


usada na medicina popular como emenagoga, diurética, expectorante, febrífuga e
antirreumática. Suas raízes e folhas são atribuídas propriedades anticonvulsivantes
(SOUSA, 2010).
Sousa (2010), descreve em seus trabalhos a espécie de acordo com suas
características botânicas, onde a mesma apresenta arbusto ereto, até 2 m de altura
(mais alto quando se torna trepador); ramos quadrangulares armados de pequenos
acúleos recurvados, às vezes inermes; folhas ovado-cordiformes, opostas, serrado-
crenado, vilosa ou áspero-hirtas e híspidas na pagina superior e pálida e vilosa-hirto-
hirtusas na pagina inferior e de cheiro semelhante ao da Lippia alba (erva-cidreira);
flores primeiramente amarelas de ouro, depois cor de laranja, róseas ou vermelhas e
finalmente, vermelhão, desabrolhando do centro para a circunferência, dispostas em
capítulos longo-pedunculados frutos baga roxo-escuros (Figura 4), e pequenos e
muitíssimo apreciados pelos pássaros e quando maduro também são comidos pelos
Hindus em época de escassez.

Figura 4 - A) Aspecto geral da parte aérea de Lantana camara L. B) Folha. C) Flor


D) Fruto.

A B

C D
Fonte: (BARROS, 2015)
35

Segundo Sharma et al. (2007), os frutos verdes da planta são tóxicas para os
seres humanos.
É grande a variabilidade morfológica de L. camara (SILVA, 1999), e em outras
espécies do gênero verificou-se a ocorrência de hibridização natural, o que dificulta
a identificação de espécies no campo. Devido a problemas taxonômicos essas
plantas são frequentemente classificadas incorretamente (SILVA, 1999; SALIMENA,
2002). A separação entre algumas espécies de Lantana é normalmente realizada a
partir da análise de amostras férteis, o que é dificultado quando as plantas não
apresentam flores e frutos.
A espécie Lantana montevidensis Briq., Verbenaceae é conhecida
popularmente no Brasil como "chumbinho" (BARRETO et al., 2010), é um arbusto
nativo no Brasil e Uruguai, considerada uma espécie invasora em muitas partes do
mundo, sendo utilizada também em muitos países como uma planta ornamental em
parques e jardins, devido à beleza de suas flores. Herbácea perene semi-arbustiva
rasteira ou pendente com longa ramagem que pode atingir até 2,0 m de
comprimento. Folhas opostas curto-pecioladas, ovado-blongas, arredondadas na
base, acuminadas, crenado-serradas, reticulado-rugosas, verde escuras,
texturizadas e de odor forte característico (SOUSA et al., 2011). As flores são
tubulares, pequeninas, em branco ou violeta, reunidas em inflorescências globosas
ao longo da ramagem (Figura 5). Floresce da primavera ao outono e pode ser
cultivada em regiões de clima ameno a quente, mas é sensível a geadas e muito frio.
Produz pequenas bagas escuras não comestíveis (STUMPF, 2016).
As folhas não devem ser ingeridas, tem substâncias tóxicas e apresenta em
sua constituição química um expressivo número de compostos, principalmente os da
classe dos sesquirterpenos, aos quais são atribuídas atividades biológicas, como
antibacteriana e modificador da resistência aos antibióticos aminoglicosídeos
(MONTANARI et. al., 2011; SOUSA et. al., 2013). No entanto Deena (2000), relata
que a infusão das folhas de L. montevidensis é utilizada na medicina popular como
antipirética, carminativa, para tratar problemas respiratórios, e muitas outras
doenças. Nos estudos de Nagão et al., (2002), também relatam que o extrato
metanólico das folhas mostrou uma atividade anti-proliferativa contra as células
tumorais e a fração rica em flavonóides foi eficaz contra o adenocarcinoma gástrico
humano, carcinoma uterino humano, e linhas de células de melanoma.
36

Figura 5 - A) Aspecto geral da parte aérea de Lantana montevidensis Briq. B) Folha.


C) Flor. D) Fruto.

A B

C D
Fonte: (BARROS, 2015)

1.5 OS RADICAIS LIVRES NO SISTEMA BIOLÓGICO e ANTIOXIDANTES


SINTÉTICOS E NATURAIS.

Radicais livres são moléculas instáveis e que apresentam um elétron que


tende a se associar de maneira rápida a outras moléculas de carga positiva com as
quais pode reagir ou oxidar. No nosso organismo, os radicais livres são produzidos
pelas células, durante o processo de queima do oxigênio, utilizado para converter os
nutrientes dos alimentos absorvidos em energia (FERREIRA et al., 1997).
Os radicais livres podem danificar células sadias do nosso corpo, entretanto,
nosso organismo possui enzimas protetoras que reparam 99% dos danos causados
pela oxidação, ou seja, nosso organismo consegue controlar o nível desses radicais
produzidos através do nosso metabolismo (BARBOSA et al., 2010). Os processos
metabólicos não são a única fonte de radicais livres. Fatores externos podem
contribuir para o aumento da formação dessas moléculas. Entre esses fatores estão:
poluição ambiental; raios-X e radiação ultravioleta; cigarro; álcool; resíduos de
pesticidas; substâncias presentes em alimentos e bebidas (aditivos químicos,
hormônios, entre outros); estresse; consumo excessivo de gorduras saturadas.
37

Espécies reativas de oxigênio (EROs), tais como radical hidroxila (•OH), ânion
radical superóxido (O2 •–) e hidroperoxila (ROO•), causam danos ao DNA ou podem
oxidar lipídios e proteínas. Os EROs atacam as cadeias de ácidos graxos
poliinsaturados dos fosfolipídios e do colesterol, abstraindo um hidrogênio do grupo
metileno bis-alílico, iniciando assim o processo de peroxidação lipídica nas
membranas celulares. Os radicais de carbono formados podem reagir com oxigênio
originando radicais peroxila, que por sua vez podem atacar novas cadeias de ácidos
graxos poliinsaturados, propagando a reação. O resultado deste processo é a
oxidação de várias moléculas de ácidos graxos (VALKO et al., 2004; SOUSA et al.,
2007)
Em níveis considerados normais, os radicais livres não são prejudiciais à
saúde. Em excesso, essas moléculas podem ser tóxicas ao nosso organismo. A
oxidação é parte fundamental da vida aeróbica e do nosso metabolismo. Portanto,
os radicais livres, conhecidos comumente como espécies rativas são produzidas
naturalmente ou por alguma disfunção biológica. No organismo, encontram-se
envolvidas na produção de energia, fagocitose, regulação do crescimento celular,
sinalização e síntese de substâncias biológicas importantes. No entanto, o excesso
destas espécies pode apresentar efeitos prejudiciais, tais como a peroxidação dos
lipídios das membranas, agressão às proteínas dos tecidos e das membranas,
alteração do DNA e inativação de enzimas. Dessa forma, podem estar relacionados
com várias patologias, como por exemplo, artrite, catarata, choque hemorrágico,
problemas cardíacos, disfunções cognitivas, câncer, podendo ser a causa ou o fator
agravante do quadro geral (BARREIROS, 2006).
Segundo Cai et al. (2004), a progressão de muitas doenças crônicas em
humanos tem sido associada ao estresse oxidativo. Cai et al. (2004), Rahman e
Adcock (2006), Bhooshan Pandey e Ibrahim Rizvi (2009) e Lobo et al. (2010),
relataram que os níveis elevados de espécies reativas de oxigênio (ROS) podem
induzir a oxidação de proteínas, lipídios e DNA, levando à alteração das suas
funções normais, no entanto, o consumo a longo prazo de dietas ricas em polifenóis
de plantas tem sido associada como fator de risco reduzindo-se a cancro, doenças
cardiovasculares, diabetes e distúrbios neurológicos.
A geração de radicais livres está diretamente relacionada com a oxidação em
alimentos e sistemas biológicos. Portanto, a busca de métodos para determinação
do sequestro de radical livre é importante, cujos ensaios constituem instrumentos
38

úteis para fazer uma seleção entre diferentes espécies vegetais, variedades, grau de
maturação e condições de cultura, a fim de obter alto teor de antioxidantes naturais
em alimentos. O excesso de radicais livres no organismo é combatido por
antioxidantes produzidos pelo corpo ou absorvidos da dieta.
A produção de radicais livres é controlada nos seres vivos por diversos
compostos antioxidantes, os quais podem ter origem endógena (por ex., superóxido
dismutase), ou serem provenientes da dieta alimentar e outras fontes. Destas
últimas destacam-se tocoferóis (vitamina E), ácido ascórbico (vitamina C), polifenóis,
selênio e carotenóides (HASLAM, 1996; VALKO et al., 2004). Quando há limitação
na disponibilidade de antioxidantes podem ocorrer lesões oxidativas de caráter
cumulativo. Os antioxidantes são capazes de estabilizar ou desativar os radicais
livres antes que ataquem os alvos biológicos nas células.
De forma geral, denominam-se antioxidantes as substâncias que presentes
em concentrações baixas, comparadas ao substrato oxidável, retardam
significativamente ou inibem a oxidação do substrato. Os radicais formados a partir
de antioxidantes não são reativos para propagar a reação em cadeia, sendo
neutralizados por reação com outro radical, formando produtos estáveis ou podem
ser reciclados por outro antioxidante (SOUSA et al., 2007).
De acordo com Halliwell (1994), antioxidante é qualquer substância que,
quando presente em baixa concentração comparada à do substrato oxidável,
regenera o substrato ou previne significantemente a oxidação do mesmo. Dentre os
aspectos preventivos é interessante ressaltar a correlação existente entre atividade
antioxidante de substâncias polares e a capacidade de retardar o envelhecimento
das células, bem como inibir o aparecimento de células cancerígenas (BARREIROS,
2006). Os antioxidantes são moléculas que podem interagir de forma segura com os
radicais livres e terminar a reação em cadeia antes das moléculas vitais estarem
danificadas (HARMAN, 1992; HALLIWELL,1994).
Para Ozen et al. (2011), atualmente, existe uma procura crescente de
antioxidantes naturais, especialmente de origem vegetal, não só para proteger o
organismo contra as doenças associadas com o stress oxidativo mas, também, para
aplicação como nutracêuticos, bio-farmacêuticos e aditivos alimentares
(BRAITWAITE et al., 2014). Neste contexto, Kamdem et al. (2013) e Barbosa-Filho
et al. (2014), afirmam que para este fim, a extração e caracterização de fitoquímicos
39

é necessária e, isto é reforçado pelo uso popular do extrato de plantas, bem como
suas evidências científicas.
O estresse oxidativo decorre de um desequilíbrio entre a geração de
compostos oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante. A geração
de radicais livres e/ou espécies reativas não radicais é resultante do metabolismo de
oxigênio. A mitocôndria, por meio da cadeia transportadora de elétrons, é a principal
fonte geradora. O sistema de defesa antioxidante tem a função de inibir e/ou reduzir
os danos causados pela ação deletéria dos radicais livres e/ou espécies reativas não
radicais. Esse sistema, usualmente, é dividido em enzimático (superóxido dismutase,
catalase e glutationa peroxidase) e não-enzimático. No último caso, é constituído por
grande variedade de substâncias (BARBOSA et al., 2010).
Segundo Bailey (1996), os antioxidantes podem ser classificados em
primários, sinergistas, removedores de oxigênio, biológicos, agentes quelantes e
antioxidantes mistos. Os antioxidantes primários são compostos fenólicos que
promovem a remoção ou inativação dos radicais livres formados durante a iniciação
ou propagação da reação, através da doação de átomos de hidrogênio a estas
moléculas, interrompendo a reação em cadeia (SIMIC e JAVANOVIC, 1994).
Frankel (1980), apresentou o mecanismo de ação representado pelo átomo
de hidrogênio ativo do antioxidante é abstraído pelos radicais livres R• e ROO• com
maior facilidade que os hidrogênios alílicos das moléculas insaturadas. Assim
formam-se espécies inativas para a reação em cadeia e um radical inerte (A•)
procedente do antioxidante. Este radical, estabilizado por ressonância, não tem a
capacidade de iniciar ou propagar as reações oxidativas.
Os antioxidantes principais e mais conhecidos deste grupo são os polifenóis,
como butil-hidroxi-anisol (BHA), butil-hidroxi-tolueno (BHT), terc-butil-hidroquinona
(TBHQ) e propil galato (PG), que são sintéticos, e tocoferóis, que são naturais. Estes
últimos também podem ser classificados como antioxidantes biológicos. Os
sinergistas são substâncias com pouca ou nenhuma atividade antioxidante, que
podem aumentar a atividade dos antioxidantes primários quando usados em
combinação adequada com eles. Alguns antioxidantes primários quando usados em
combinação podem atuar sinergisticamente. Os removedores de oxigênio são
compostos que atuam capturando o oxigênio presente no meio, através de reações
químicas estáveis tornando-os, consequentemente, indisponíveis para atuarem
como propagadores da autoxidação. Ácido ascórbico, seus isômeros e seus
40

derivados são os melhores exemplos deste grupo. O ácido ascórbico pode atuar
também como sinergista na regeneração de antioxidantes primários (BAILEY, 1996).
Os antioxidantes biológicos incluem várias enzimas, como glucose oxidase,
superóxido dismurtase e catalases. Estas substâncias podem remover oxigênio ou
compostos altamente reativos de um sistema alimentício. O organismo é dotado de
mecanismos para manter o equilíbrio entre compostos pró- e antioxidantes. Quando
há insuficiência do potencial antioxidante em contrabalançar aumentos na formação
de ERO, há danos oxidativos celulares. Dos mecanismos de defesa antioxidante
para prevenir ou reduzir os efeitos do estresse oxidativo, participam enzimas
endógenas (superóxido dismutase - SOD, catalase e glutationa peroxidase) e outras
substâncias disponíveis na dieta, como os carotenoides, o alfa-tocoferol, o ácido
ascórbico e compostos fenólicos, entre outras. O sistema enzimático representa a
primeira defesa antioxidante endógena contra as ERO. No entanto, para impedir os
danos celulares decorrentes de estresse oxidativo persistente, o aporte exógeno de
substâncias com potencial antioxidante é de fundamental interesse (CATANIA et al.,
2009).
Os agentes quelantes/seqüestrantes complexam íons metálicos,
principalmente cobre e ferro, que catalisam a oxidação lipídica. Um par de elétrons
não compartilhado na sua estrutura molecular promove a ação de complexação. Os
mais comuns são ácido cítrico e seus sais, fosfatos e sais de ácido etileno diamino
tetra acético (EDTA) (BAILEY, 1996; LABUZA, 1971).
Os antioxidantes mistos incluem compostos de plantas e animais que têm
sido amplamente estudados como antioxidantes em alimentos. Entre eles estão
várias proteínas hidrolisadas, flavonóides e derivados de ácido cinâmico (ácido
caféico) (BAILEY, 1996; RAMALHO e JORGE, 2006).
Em decorrência da grande diversidade química existente, em especial entre
os compostos fenólicos, vários ensaios têm sido desenvolvidos para avaliação da
capacidade antioxidante de amostras. Estes ensaios diferem em relação ao
mecanismo de reação, às espécies-alvo, às condições reacionais e na forma com os
resultados são expressos. Não obstante a diversidade de métodos para avaliar a
capacidade antioxidante, não existe um procedimento metodológico universal. Este
fato impõe a necessidade de avaliar a capacidade antioxidante por diferentes
ensaios, com fundamentos e mecanismos de ação diferentes (DE OLIVEIRA, 2009).
41

O ferro é um metal potencialmente tóxico por ser capaz de catalisar reações


de geração de espécies reativas (ERs), devido a sua capacidade de doar e receber
elétrons, interconvertendo-se entre o estado férrico e ferroso. Consequentemente, as
ERs interagem com vários componentes celulares, ocasionando oxidação de
biomoléculas (GHOTI et al., 2010; DUARTE et al., 2016). Quando a sobrecarga de
ferro supera a capacidade de transporte de ferro da transferrina, ele é depositado
nos tecidos como ferro livre (SHANDER et al., 2009). O ferro livre participa da
reação de Fenton, que catalisa uma reação não enzimática a partir de peróxido de
hidrogênio, resultando na formação do radical hidroxila (OH-), um potente oxidante,
com capacidade de atravessar membranas e reagir com moléculas celulares
(HALLIWELL, 2006; SHANDER et al., 2009; GATTERMANN e RACHMILEWITZ,
2011).
A Toxicologia avalia a possibilidade de risco que uma substância química
pode provocar quando em contato com um organismo vivo. Qualquer substância,
dependendo das condições de exposição, pode ser considerada tóxica. Assim,
torna-se necessário conhecer as condições de uso seguro de uma substância
química para o homem. Ou seja, toda substância pode ser usada de forma segura,
desde que as condições de exposição sejam mantidas abaixo dos níveis de
tolerância (SPINDLER et al., 2000).
Sabe-se que plantas são utilizadas por automedicação a maior parte não tem
o seu perfil tóxico bem conhecido. O aumento no número de reações adversas
reportado é possivelmente justificado pelo aumento do interesse populacional pelas
terapias naturais observado nas últimas décadas. A farmacovigilância de plantas
medicinais e fitoterápicos é uma preocupação emergente e através do sistema
internacional será possível identificar os efeitos indesejáveis desconhecidos,
quantificar os riscos e identificar os fatores de riscos e mecanismos, padronizar
termos, divulgar experiências, entre outros, permitindo seu uso seguro e eficaz
(SILVEIRA et al., 2008).
Alguns fitoquímicos que são utilizados atualmente por automedicação ou por
prescrição médica não tem o seu perfil tóxico bem conhecido (VEIGA-JUNIOR,
2008). Por outro lado, a utilização inadequada de um produto, mesmo de baixa
toxicidade, pode induzir problemas graves desde que existam outros fatores de risco
tais como contra-indicações ou uso concomitante de outros medicamentos
(CORDEIRO et al., 2005; AMORIM et al., 2007).
42

Segundo Silva et al. (2006) e Alexandre et al. (2008), a crendice de que as


plantas medicinais são naturais e inofensivas, não é facilmente contradita, pois as
evidências científicas de ocorrência de intoxicações e efeitos colaterais relacionados
com o uso de plantas medicinais consistem em informações que dificilmente chegam
ao alcance dos usuários atendidos nos serviços de saúde pública como SUS e nos
Postos dos PSF, por serem caracterizado como indivíduos de baixa escolaridade e
acervo cultural. O aumento no número de reações adversas é possivelmente
justificado pelo aumento do uso de plantas medicinais (GALLO et al., 2000).
43

2. JUSTIFICATIVA

As doenças parasitárias, notadamente a leishmaniose e a doença de Chagas


representam um problema de saúde pública nos países onde elas são endêmicas. O
tratamento dessas doenças com compostos sintéticos como a Anfotericina B,
apresar de sua eficácia, tem apresentado bastante toxicidade, causando efeitos
colaterais como anafilaxia, trombocitopenia, dores generalizadas, febre, anemia,
convulsões e anorexia. No entanto, não existe um tratamento efetivo para essas
doenças principalmente na sua forma crônica. Desta forma, produtos naturais que
possuem baixa toxicidade vêm sendo avaliados como fontes potenciais de agentes
terapêuticos para o tratamento de doenças parasitárias.

Neste contexto, este estudo foi realizado com o intuito de investigar a


toxicidade do óleo essencial das folhas de Lantana camara, bem como seu potencial
anti-leishmanicida e anti-tripanocida. A L. camara é uma espécie, comum na
Chapada do Araripe, localizado no Cariri (Sul do Ceará) é utilizada com frequência
para dor de estômago, febre biliosa, dor de dente, gripe, asma, bronquite e
antisséptica para feridas e coceiras entre outros.

Embora tenham na literatura estudos comprovando as propriedades


farmacológicas da L. camara, não existe, evidência científica do seu uso em
doenças parasitárias.

Por outro lado, há poucas evidências científicas sobre o uso da espécie L.


montevidensis, em particular, a composição química e suas propriedades biológicas
(SOUZA et al., 2013a; 2013b), entre elas o potencial antioxidante e citotóxico. Dessa
forma, a segunda parte deste estudo foi realizada com o intuito de comprovar o uso
desta planta na medicina tradicional no tratamento de doenças associadas ao
estresse oxidativo. Diante desse contexto, objetivou-se com este estudo, avaliar a
atividade antiparasitária de L. camara e o perfil antioxidante e toxicológico in vitro da
espécie L. montevidensis, além disso, analisar a composição química das espécies.
44

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Caracterizar os constituintes químicos e as propriedades bioativas de Lantana


montevidensis (SPRENG.) BRIQ. e Lantana camara L. a fim de evidenciar seu uso
farmacológico.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Determinar a composição fitoquímica dos constituíntes presentes no óleo


essencial de Lantana camara e dos compostos fenólicos presentes nos extratos
aquoso (EALM) e etanólico (EELM) de Lantana montevidensis;

 Investigar a atividade tripanocida, leishmanicida e citotóxica contra fibroblastos,


pelo óleo essencial de Lantana camara em ensaios in vitro;

 Avaliar o potencial quelante de metais, dos extratos EELM e EALM de Lantana


montevidensis sobre Fe2+ bem como investigar a fragilidade osmótica, o
potencial antioxidante, citotóxico, genotóxico e antioxidante em modelos
químicos e biológicos.
45

4. RESULTADOS

4.1 PRODUÇÃO CIENTÍFICA

4.1.1 Artigo 1
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55

4.1.2 Artigo 2
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
81

5 DISCUSSÃO

Os resultados deste estudo evidenciam a relevância de modelos in vitro na


avaliação da toxicidade de produto naturais, em duas espécies do gênero Lantana.
Neste estudo, foi abordado o potencial citotóxico e antiparasitário do óleo
essencial de Lantana camara, além de caracterizá-lo quimicamente. A ação
tripanocida de plantas já foram descritas em estudos realizados por (FIGUEIREDO
et al., 2014; BEZERRA et al., 2012). O aumento do número de pessoas infectadas
com doenças negligenciadas, tais como (Leishmaniose e Doença de Chagas), aliado
ao da resistência e dos parasitas ao tratamento atual, demonstra a necessidade do
surgimento de candidatos a novos fármacos (SANTOS et al., 2013). Neste sentido,
ao investigar a citotoxicidade do óleo essencial de L. camara (OLC) demonstrou-se
que nas concentrações testadas o óleo essencial apresentou toxicidade contra
fibroblastos de mamíferos (NCTC929).
Apesar de pouco estudada, outras atividades biológicas já foram descritas
como propriedades antifúngica, antibacteriana e antiacetilcolinesterásica (SANTOS
et al., 2015), cicatrização de feridas e atividade antimicrobiana (KUMAR et al., 2015).
Sonibare e Effiong (2008), observaram em ensaio com Artemia salina (Brine shrimp
lethality test) que o óleo se apresenta como altamente tóxico, corroborando com
trabalhos anteriores que, também, mostraram que L. camara é altamente tóxico para
animais de pasto (MC LENNAN e AMOS, 1989), e chegando até mesmo causar
morte em crianças ao consumirem as bagas verdes (WOLFSON e SOLOMON,
1964).
Neste estudo, L. camara foi extremamente tóxica para fibroblastos de
mamíferos. Nas concentrações mais baixas (125 e 100 µg/mL) o óleo essencial
apresenta menor toxicidade (14,57 e 7,28%) para fibroblastos. A citotoxicidade pode
estar correlacionada com a capacidade de aumentar a permeabilidade da membrana
celular devido uma provável interação hidrofóbica dos componentes presentes no
óleo essencial com a mesma. Estes dados estão de acordo com os apresentados
nesse estudo.
Tal toxicidade também pode explicar a ação antiparasitária frente as formas
promastigota de Leishmania brasiliensis e epimastigota de Trypanosoma cruzi. Óleos
essenciais podem ser eficazes no tratamento ou prevenção de doenças parasitárias,
visto que propriedades como baixa densidade e rápida difusão através das
82

membranas celulares, em decorrência da sua lipossolubilidade podem melhorar a


inserção intracelular dos componentes ativos do óleo essencial nos parasitas
(JARAMILLO et al., 2004), além de desestabilizar as membranas, tornando-as mais
permeáveis, perdendo íons e outros conteúdos celulares, ou interrompendo a bomba
de prótons, a transferência de elétrons, o transporte ativo e a coagulação do
conteúdo celular (FRANÇA, 2011).
Observou-se neste estudo que os compostos (E)-cariofileno, germacreno D,
γ-elemeno e o sabineno, foram os constituintes majoritários presentes no óleo
essencial de Lantana camara, resultados semelhantes foram encontrados por Khan
et al. (2002), que relataram o germacreno D, 3-elemeno, β-cariofileno como
constituintes principais presente no óleo essencial de L. camara. Conforme Costa et
al. (2009), o óleo essencial de L. camara apresentou 25 constituintes, representando
99,75%, sendo os constituintes majoritários biciclogermacreno, isocariofileno,
valenceno e germacrene D. Da mesma forma, Costa et al. (2009), encontraram o
biciclogermacrene, enquanto Passos et al. (2012), observaram predominância de
mono e sesquiterpenos, tendo sido o componente majoritário, germacrene D
(19.8%). Tais diferenças podem ser atribuídas possivelmente à interação constante
entre os vegetais e os fatores ambientais: temperatura, umidade, luminosidade e
constituição química do solo.
A utilização de óleos essenciais ou extratos botânicos no controle
fitossanitário tem sido frequentemente relatada. Diversos trabalhos com óleos
essenciais têm indicado o seu potencial no controle de bactérias (SILVA et al., 2010;
DEMUNER et al., 2011; NASCIMENTO et al., 2011) e de fungos fitopatogênicos. A
inibição do desenvolvimento de fungos pode ser atribuída tanto a sua ação direta,
que inibe o crescimento micelial e a germinação de esporos, quanto à indução de
resistência a diversos patógenos (SCHWAN-ESTRADA et al., 2003; DONLAPORN e
SUNTORNSUK, 2010; DEUS et al., 2011; PERINI et al., 2011; SEIXAS et al., 2011;
GARCIA et al., 2012; PASSOS et al., 2012).
O óleo exibiu efeito inibitório do crescimento das formas promastigotas em
concentrações que variaram entre 100-250 µg/mL. Estudos anteriores relataram a
atividade leishmanicida do óleo essencial de L. camara em formas promastigotas de
L. chagasi e L. amazonensis (MACHADO et al., 2012), sendo mais eficaz contra a L.
amazonensis (IC50 = 0,25 µg/mL) e L. chagasi (IC50 = 18 µg/mL), do que a L.
braziliensis (IC50 = 72,31 µg/mL) utilizada nesse estudo.
83

A capacidade de óleo essencial de L. camara para inibir a forma


epimastigota de Trypasomia cruzi também foi avaliada. Os resultados demonstraram
que OLC apresentou ação significativa em concentração relativamente elevada (250
µg/mL) exibindo uma capacidade de inibição em 67,39% contra T. cruzi. Por outro
lado, 500 µg/mL de óleo essencial L. camara foi altamente tóxico para NCTC929
fibroblastos. A presença de terpenos, são responsáveis pela sua toxicidade (KIM et
al., 2012), cujos efeitos benéficos, também são observados.
Cunha et al. (2003) e Martínez-Díaz et al. (2015), demonstraram
recentemente que (E)-cariofileno, o principal componente do óleo essencial de L.
camara, apresenta potente efeito antiparasitário contra T. cruzi. Outros triterpenos
(ácido 3β,6β,21β-trihydroxyolean-12- ene, ácido oleanólico, acido beta-2-
methylbutanoyloxy-3-oxo olean-12-en-28-oic, ácido pomólico, ácido camarico, β-
sitosterol 3-(β-d-glucopyranoside), (E)cariofileno) com potente atividade
antitripanocida e moderada leishmanicida (MOHAMED et al., 2016). Neste caso, (E)-
cariofileno pode ser, pelo menos em parte responsável pela atividade antiparasitária
observada, embora, não se pode descartar a contribuição dos demais compostos.
O óleo de Lantana camara apresentou forte atividade contra Leishmania
brasiliensis em concentração de 250 µg/mL e moderada contra T. cruzi. A maior
resistência dos microrganismos patogênicos a baixas concentrações do OLC pode
ser uma indicação, de que tais parasitos apresentam certos níveis de resistência
natural aos compostos do óleo essencial e sua ação antiparasitária pode ser dose-
dependente. Outros estudos com os compostos isolados do óleo essencial de L.
camara, devem ser conduzidos, bem como os mecanismos relacionados à sua ação
antiparasitária. Entretanto, outras pesquisas são necessárias abordando a aplicação
dos óleos essenciais como agentes antikinetoplastídeos.
Devido às condições climáticas da Região Nordeste, em função do curto
período chuvoso, na localidade de coleta do material botânico da pesquisa que se
estendeu apenas de janeiro a março de 2012, houve dificuldade na obtenção de
material para obtenção do óleo essencial de Lantana montevidensis, o que nos levou
a fazer o cultivo da espécie no Horto de Plantas Medicinais da Universidade
Regional do Cariri - URCA. Dada esta dificuldade e o baixo rendimento (0,15%) na
obtenção do óleo essencial, optou-se por investigar o efeito tóxico das folhas de
Lantana montevidensis, as quais têm sido utilizadas na medicina tradicional
brasileira, como antiproliferativa (NAGÃO et al., 2002); larvicida (COSTA et al., 2010)
84

e antioxidante (MONTANARI et al., 2011; SOUSA et al., 2013; RODRIGUES et al.,


2015); antimicrobiana e antiprotozoária (MOHAMED et al., 2016), além das infusões
de folhas da planta serem utilizadas para tratar a febre, gripe, asma, bronquite, e
outras doenças do aparelho respiratório (MAKBOUL et al., 2012). No entanto, não há
relatos que descrevam a toxicidade dessa espécie, quer no âmbito farmacológico, ou
mesmo envolvendo a sua segurança.
Por ser uma espécie amplamente usada pela comunidade cratense, Lantana
montevidensis necessita ser investigada quanto a natureza tóxica, para assegurar o
seu uso, para fins medicinais. Neste contexto, foi determinada a composição de
polifenóis, através da caracterização dos extratos aquoso de L. montevidensis
(EALM) e etanólico de L. montevidensis (EELM); a capacidade antioxidante em
sistemas químicos e biológicos, de ensaios in vitro, e sua toxicidade em leucócitos e
eritrócitos humanos, bem como a capacidade de L. montevidensis complexar o íon
ferro (II).
A impressão digital de HPLC dos extratos, revelou a presença de compostos
fenólicos (ácido clorogênico, gálico, cafeico, elágico) e flavonóides (quercetina,
rutina, quercitrina, luteolina, apigenina, kaempferol). Sousa et al. (2015), também
demonstraram uma composição química semelhante, pois, identificaram por HPLC-
DAD a presença de compostos fenólicos e flavonóides, entre eles quercetina, rutina,
ácido gálico, ácido clorogênico e ácido cafeíco.
Costa e Sousa (2012), em seu estudo de revisão de literatura sobre o gênero
Lantana, além de outras classes químicas também relataram a presença dos
compostos identificados nesse estudo. Estes polifenóis e flavonóides, classes
químicas presente nesta espécie, demonstram um grande potencial terapêutico e,
neste sentido, destaca-se a atividade antioxidante e a ação como inibidores de
peroxidação lipídica (PL) (ALOTHMAN et al., 2009; KUMBHARE et al., 2012;
PISTÓN et al., 2014).
A exposição ao Fe2+ livre pode induzir ao estresse oxidativo, processo que
produz muitos eventos patológicos nas células e para o organismo humano (FLOYD,
1999; AKINYEMI, et al., 2015; DUARTE et al., 2016). Em ambos os tecidos, os
extratos aquoso e etanólico mostraram atividade antioxidante contra a peroxidação
lipídica (PL), induzida por Fe2+, reduzindo significativamente a formação de TBARS
em homogeneizados de cérebro e fígado de ratos. O possível potencial desses
extratos para inibir a PL induzida por Fe2+ pode ser atribuída, pela capacidade dos
85

constituintes químicos de inativar Fe2+, assim, inibir a geração de espécies reativas.


Esses dados são interessantes, e corroboram com Souza et al. (2015), que
verificaram inibição da PL induzida por Fe2+ em fosfolipídios de ovo. Uma
abordagem interessante demonstrou recentemente que o ácido clorogênico
encontrado na composição desses extratos inibe a formação de radicais livres (RNS
e ROS) (PISTÓN et al., 2014).
O ensaio colorimétrico de DPPH é uma indicação da capacidade da amostra
para eliminar os radicais livres. O extrato aquoso (EALM) e etanólico (EELM) foram
capazes de eliminar radicais livres, expressa pela redução do DPPH. Ambos os
extratos causaram uma redução dose-dependente da concentração, na cor do
radical DPPH, sugerindo a sua capacidade de doar hidrogênio. Entretanto, o extrato
aquoso (EALM), apresentou uma atividade de eliminação de radicais DPPH, maior
do que (EELM). Isto pode ser explicado pela capacidade do extrato aquoso, de
reagir com o radical DPPH. A proteção do antioxidante ácido ascórbico tem sido
registrada (BARBOSA FILHO et al., 2014; LI et al., 2015, MA et al., 2015).
Relatos demonstram que os extratos das folhas de L. montevidensis exibem
menores valores de IC50, em comparação com óleo essencial, o que indica o maior
potencial como sequestrantes de radicais livres, sendo possivelmente uma
importante fonte de fitoquímico antioxidante (SOUSA et al., 2013, RODRIGUES et
al., 2015). Esta evidência experimental sugere que devido à sua atividade
antioxidante, esta planta pode ser útil no tratamento de patologias humanas em que
a produção de radicais livres desempenha um papel fundamental. Os compostos
presentes nestes extratos, como quercetina (FOTI, 2011), ácido cafeíco (GÜLÇIN,
2006), ácido clorogênico (XIANG e NING, 2008) e rutina (YANG et al., 2008), já
tiveram sua atividade sequestrante de radicais livres comprovada.
A capacidade antioxidante pode ser correlacionada com a capacidade de
compostos para quelar metais e desativar a capacidade transição eletrônica,
evitando assim a retirada ou transferência de elétrons que está diretamente
relacionada a habilidade de gerar espécies reativas que são capazes de promover a
iniciação da PL e estresse oxidativo através da reação catalisada de metal (OBOH et
al., 2007). O ferro é um metal essencial necessário para a fisiologia celular normal, e
está presente em sistemas biológicos ligados a várias frações de proteínas, tais
como hemoglobina e ferritina. Nesse contexto, ao investigar a capacidade quelante
de Fe2+, ambos os extratos não apresentaram significativa atividade de quelação de
86

Fe2+, sugerindo que a sua capacidade antioxidante observada contra PL parece


estar associada com ação direta com os radicais livres e não a quelação de Fe2+.
Ensaios toxicológicos são importantes para avaliar a segurança de extratos
vegetais, principalmente, quando usados para fins medicinais (DE FREITAS et al.,
2008; BARBOSA-FILHO et al., 2014; WACZUCK et al., 2015; DUARTE et al., 2016).
Neste sentido, foi avaliado o efeito lesivo dos constituintes químicos presente nos
extratos das folhas de L. montevidensis através do ensaio de fragilidade osmótica
em eritrócitos humanos, conforme descrição de Sharma e Sharma (2001). Neste
estudo, não houve alteração na fragilidade osmótica, após 3 h de tratamento de
eritrócitos humanos com ambos os extratos de L. montevidensis. Neste caso, os
constituintes químicos dos extratos provavelmente não provocaram alterações nas
proteínas da membrana e na estrutura lipídica das células.
A citotoxicidade dos extratos de L. montevidensis, também foi investigada,
agora em leucócitos humanos, utilizando o método de exclusão de azul de trypan,
durante 3 h. Os dados deste estudo mostram que, assim como observado no ensaio
de fragilidade osmótica, não houve citotoxicidade de leucócitos humanos, exceto nas
concentrações mais elevadas testadas (240-480 µg/mL). Pelo menos em parte, este
resultado assemelha-se a citotoxicidade encontrada em óleo essencial, para
fibroblastos de mamíferos, investigada na primeira etapa desse estudo. Além disso,
ambos os extratos não foram eficientes na reversão da citotoxicidade induzida por
H2O2, cujo efeito tóxico, poderia ser atribuído aos fitoconstituintes presentes nas
concentrações e que não foram capazes de neutralizar o radical.
Através do ensaio cometa, um biomarcador importante de genotoxicidade,
usado para avaliar lesões primárias no DNA, foi também avaliado o efeito dos
extratos aquoso e etanólico, em leucócitos humanos. Apesar da leve citotoxicidade,
nenhum sinal de dano ao DNA foi observado em todas as concentrações testadas.
Este resultado assemelha-se com o obtido por Hernandes et al. (2014). Contudo,
nossos resultados sugerem que o cuidado deve ser tomado em relação à dosagem,
pois, doses superiores e/ou o uso frequente destes extratos de L. montevidensis, na
medicina popular na Região do Cariri, pode resultar em efeitos tóxicos.
87

6. CONCLUSÕES

 Nesta pesquisa Lantana camara não apresentou triterpenos, sugerindo que os


compostos que não sejam triterpenos podem estar envolvidos na toxicidade do
óleo essencial;

 O óleo essencial de L. camara inibiu T. cruzi e L. braziliensis, no entanto, foi


altamente tóxico para os fibroblastos (NCTC929) na concentração 500 g/mL;

 A composição química do óleo essencial de L. camara revelou uma grande


quantidade de (E) - cariofileno, biciclogermacreno e germacreno D, enquanto os
os extratos etanólico e aquoso (EELM/EALM) das folhas de L. montevidensis
mostraram a presença de compostos polifenólicos (ácidos fenólicos e
flavonóides);

 Os extratos EELM/EALM de Lantana montevidensis não quelaram o Fe (II), não


alteraram a fragilidade osmótica dos eritrócitos humanos, no entanto
apresentaram forte atividade antioxidante e inibiram a peroxidação lipídica nos
homogeneizados de cérebro e fígado de rato;

 Os leucócitos humanos em concentrações elevadas dos EELM/EALM causaram


citotoxicidade, sem qualquer sinal de danos no DNA.
88

7. PERSPECTIVAS

Nesta pesquisa constatamos que alguns resultados foram promissores e


suscitam a realização de novos estudos:

 Investigar a atividade tripanocida e leishmanicida de compostos isolados do


óleo essencial das folhas de Lantana camara;

 Avaliar a atividade tripanocida e leishmanicida do óleo essencial de Lantana


montevidensis, bem como seus componentes isolados;

 Caracterizar anatomicamente e realizar estudos histoquímicos das folhas e do


caule de Lantana montevidensis;

 Investigar a toxicidade do óleo essencial obtido das folhas de L. camara e L.


montevidensis em modelos de Drosophila melanogaster;

 Avaliar a atividade antioxidante/pró-oxidante do extrato etanólico de folhas


frescas (EEFFLM∕EEFFLC) e de folhas secas (EEFSLM∕ EEFSLC) e do extrato
aquoso de folhas frescas (EAFFLM∕EAFFLC) e de folhas secas
(EAFSLM∕EAFFLC) de L. montevidensis e L. camara, respectivamente;

 Avaliar a letalidade dos extratos EEFFLM∕EEFFLC, EEFSLM∕EEFSLC,


EAFFLM∕EAFFLC e EAFSLM∕EAFFLC, contra Artemia salina;

 Avaliar a toxicidade aguda dos extratos EEFFLM∕EEFFLC, EEFSLM∕ EEFSLC,


EAFFLM∕EAFFLC e EAFSLM∕EAFFLC, em Rhamdia quelen (jundiá) e zebra
fish.
89

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