1774 6683 1 PB
1774 6683 1 PB
1774 6683 1 PB
DISCUSS THE STUDENT PARTICIPANTION IN LEARNING THE PROCESS OF DISTANCE, PROMOTING THE
EDUCATION OF CONCEPTS 3.0
Resumo:
O presente artigo discute a participação discente neste processo fomentando os
conceitos da educação 3.0, onde o aluno em parceria com o professor que é gestor de
mudança, utilizam caminhos apropriados para a aprendizagem. Para sua consecução
procurou-se identificar quais os recursos tecnológicos utilizados para aprendizagem no
modelo semipresencial e as influências nas aulas tradicionais e presenciais, assim como
os critérios para pesquisas na internet em torno do aprendizado. O estudo foi realizado
de forma espontânea com alunos da disciplina de metodologia da pesquisa científica,
oferecida na modalidade semipresencial para quatro cursos de nível superior, e foi
realizada através de um questionário disponibilizado na sala de aula virtual. Durante o
processo discute-se que algumas instituições públicas e privadas transferem a
abordagem tradicional preparada para o modelo presencial ao EaD sem as devidas
adequações a nova modalidade, não levando em conta as necessidades de
aprendizagem do indivíduo. A interação entre o aprendiz e o professor e entre os
aprendizes devem ser realizada para que construção do conhecimento aconteça, e
atualmente as redes sociais apresentam-se como um grande facilitador ao processo.
Portanto, o desafio para a educação 3.0 reside não apenas em investir em alta
tecnologia de comunicação, mas em mudar a visão pedagógica do processo de ensino e
aprendizagem de modo a tornar as escolas e universidades ambientes mais humanos,
colaborativos, sustentáveis e alinhados às necessidades da sociedade da informação e
do conhecimento. Os resultados obtidos através da análise das contribuições dos
estudantes ao longo das atividades revelaram que os recursos e as ferramentas
potencializam o aprendizado, ficando como indicador para ações e correções na
melhoria do processo.
Abstract:
Trying to identify the role of the student in the teaching and distance learning, this article
discusses the student’s participation in this process by promoting the concepts of
education 3.0, where students in partnership with the professor who is change manager,
use appropriate ways to learning. To achieve them we tried to identify the technological
resources used for learning in blended model and the influences of traditional and face,
as well as the criteria for internet searches around learning. The study was conducted
1
8 a 27 de setembro de 2016.
1. Introdução
2
8 a 27 de setembro de 2016.
O termo Educação 3.0 foi usado pela primeira vez em 2007 pelo professor
Derek Keats, da Universidade de Witwatersrand, de Joanesburgo (África do
Sul), para definir o uso e o impacto na educação do aprendizado
colaborativo e personalizado, a reutilização de conteúdos de aprendizado e
o reconhecimento do aprendizado através de métodos formais ou
informais. (ALLAN, 2014, p. 1).
2. Problematização
Nos últimos anos, a Educação a Distância vem surgindo como uma das mais
importantes ferramentas de transmissão do conhecimento e da
3
8 a 27 de setembro de 2016.
Após a análise de Ferretti (1993), verifica-se que com o avanço tecnológico surgem
novas abordagens e formas de ensino, que estão evoluindo norteados pelos meios de
comunicação e material de apoio. As propostas existentes têm prometido o
desenvolvimento de habilidades e competências com autonomia, criatividade, capacidade
de aprender a aprender. Belloni (2008) complementa que:
A EaD tende doravante a se tornar cada vez mais um elemento regular dos
sistemas educativos, necessário não apenas para atender a demanda e: ou
grupos específicos, mas assumindo funções de crescente importância,
especialmente no ensino pós-secundário, ou seja, na educação da
população adulta, o que inclui o ensino superior regular e toda a grade e
variada demanda de formação contínua gerada pela obsolescência
acelerada da tecnologia e do conhecimento. (BELLONI, 2008, p. 4-5).
4
8 a 27 de setembro de 2016.
3. Justificativa
5
8 a 27 de setembro de 2016.
Com a abordagem de Carvalho e Araújo Jr. (2013), no estudo a distância além do uso
de tecnologia, o aluno constrói ou pode construir seu conhecimento com pesquisas na
internet, assistindo aos conteúdos em formato de vídeos, participando de fóruns de dúvidas
e temas apropriados, tornando-o independente no aprendizado e responsável por maior
parte dos conhecimentos adquiridos. E com simples ajustes, o tutor pode estabelecer novos
parâmetros de aprendizado, efetuando correções pontuais e direcionando o discente ao
aprendizado.
Manter uma equipe multidisciplinar envolvida e comprometida com o
acompanhamento e assessoramento do aprendiz permite criar mecanismos para que ele
compreenda quem é, o que faz, e qual a sua importância neste novo contexto, tornando-o
capaz de propor soluções aos novos desafios. Analisar o desempenho do aluno, integrando o
ensino mediado por tecnologias em paralelo ao modelo tradicional, e ao mesmo tempo
vinculando aos processos de ensino e aprendizagem focados com os conceitos da educação
3.0, poderemos criar alternativas de transformações da sociedade, nas organizações e no
trabalho.
Na interpretação dos aspectos pedagógicos, a educação 3.0 deve atender à
expectativa dos educadores em adaptar o ensino no formato que cada aluno compreende,
permitindo que o aprendizado seja individualizado, respeitando as características do
estudante. Desta forma, ao sofisticar os ambientes de estudo no ensino a distância, a equipe
multidisciplinar precisa oferecer soluções que promovam a pesquisa e a construção do
conhecimento alinhada às necessidades da sociedade.
4. Metodologia
Para consecução deste trabalho, foi realizada uma pesquisa com alunos
regularmente matriculados em 4 (quatro) cursos de nível superior matriculados na disciplina
de Metodologia da Pesquisa Científica, ofertada na modalidade semipresencial em um AVA
(Ambiente Virtual de Aprendizagem) e gerenciado pelo MOODLE (Modular Object Oriented
Dynamic Learning Environment). A coleta de dados foi realizada de forma espontânea no
mês de maio de 2016 para um grupo de 252 alunos distribuídos entre os cursos de
Administração, Direito, Educação Física e Tecnologia em Logística, com 30 (trinta) questões
semi estruturadas com múltiplas escolhas e perguntas abertas que são apresentadas abaixo.
6
8 a 27 de setembro de 2016.
7
8 a 27 de setembro de 2016.
Para validar os objetivos, foi realizada uma pesquisa qualitativa com dados coletados
espontaneamente, visando identificar a participação e as influencias no uso de tecnologias
no processo de ensino e aprendizagem. A abordagem qualitativa tem suas origens na
Fenomenologia, pois admite que seja possível conhecer os fenômenos a partir de contextos
menores, a partir do estudo dos significados individuais. André (1995) afirma que a
Fenomenologia enfatiza os aspectos subjetivos do comportamento humano. Desse modo,
para o sujeito chegar a entender como e que tipo de sentido ele dá aos acontecimentos, às
interações, aos fenômenos que ocorrem em sua vida diária, é necessária que ele observe e
reflita criticamente sobre os mesmos. Buscou-se compreender as experiências em uma aula
ofertada no ambiente virtual, identificando os relacionamentos ocorridos durante as
atividades desenvolvidas e a gestão do conhecimento obtido pelo aluno.
A tabela 1 representa a distribuição de alunos voluntários que participaram do
questionário proposto, que foi disponibilizado em um link no ambiente virtual de estudo,
aos matriculados no primeiro semestre da disciplina de Metodologia de Pesquisa Científica
do ano de 2016. Todas as respostas foram obtidas em horários e datas diversas.
8
8 a 27 de setembro de 2016.
5. Discussão e Resultados
9
8 a 27 de setembro de 2016.
É importante destacar que 88% dos alunos estão matriculados nas etapas iniciais dos
cursos, distribuídos em 37% para primeira etapa, 12% na segunda etapa e 39% na terceira
etapa, representado na tabela 2. Cada etapa indica o semestre letivo no respectivo curso.
10
8 a 27 de setembro de 2016.
11
8 a 27 de setembro de 2016.
79,3% - Digito na caixa de texto a palavra que estou procurando, ou várias palavras, ou
ainda frases. Se estiver procurando um autor, apenas digito o nome dele.
27,6% - Utilizo mecanismos que limitam ou expandem mais a minha busca, como por
exemplo, aspas e sinais de adição e subtração.
17,2% - Procuro evitar palavras desnecessárias como artigos e preposições.
6,9% - Utilizo os termos “and”, “or”, “not” que me ajudam a combinar os termos da
minha pesquisa e são muito úteis em pesquisas mais complexas.
0% - Normalmente não faço pesquisas na Internet.
Dentre todos os alunos, é consenso que a interação com outros alunos, o suporte
técnico para a disciplina, como feedback e participação nos fóruns de dúvidas, auxiliam
muito no processo de aprendizado e pesquisas. E além das buscas em sites confiáveis, as
indicações de bibliografia norteiam todo o processo.
12
8 a 27 de setembro de 2016.
Foi disponibilizada uma pergunta aberta, para que o aluno relate uma experiência
“positiva” que tenha encontrado ao desenvolver a disciplina nesta modalidade
semipresencial, verificamos que muitos associam a importância da tecnologia para todo seu
curso.
Muitas vezes pensamos que não somos capazes de fazer algo ou uma tarefa, mas quando
finalmente paramos um pouco para entender o que está sendo exigido de nós, eu
particularmente acabo me surpreendendo com os resultados;
De sabermos a relevância que tem essa matéria no meio e na vida acadêmica;
Comecei a pesquisar mais, quanto à confiabilidade das matérias;
Conhecimento simples que eu não prestava muita atenção;
Interagir com os colegas;
Flexibilidade de horários, permitindo encaixar o estudo da disciplina na janela de
oportunidade mais adequada da semana;
Interação com outros alunos pelo fórum;
Posso conciliar com o tempo disponível durante a semana;
Envolvimento dos colegas fora do ambiente virtual, em comentários e trocas de
informações e impressões sobre os assuntos da matéria;
Conhecimento, e aprender a fazer uso de métodos que me eram desconhecidos. Um
universo de informações e métodos úteis e interessantes;
Ajuda a desenvolver conhecimentos, fazer amizades para futuros debates, interagir com o
pessoal que também faz o curso.
13
8 a 27 de setembro de 2016.
Outro ponto relevante identificado na pesquisa foi que as redes sociais se tornaram
um grande facilitador para interação entre os alunos, para troca de experiências particulares
e profissionais, e que ao mesmo tempo auxiliam muito no processo de aprendizagem, pois
ficam sabendo do conteúdo trabalhado quando não comparecem em uma aula no modelo
presencial, ou mesmo para troca de arquivos, trabalhos e dúvidas. O Gráfico 8 representa
quais as redes sociais que mais auxiliam no estudo.
14
8 a 27 de setembro de 2016.
6. Conclusões
As escolas investem cada vez mais em plataformas de alta conectividade para dentro
e para fora do seu espaço físico, permitindo uma integração transparente de dados, vídeo e
voz. No entanto, os sistemas desenvolvidos e implantados devem atender à crescente
demanda por criação e compartilhamento de conteúdo nas diferentes mídias existentes, a
qualquer hora do dia e em qualquer lugar.
Embora o ensino a distância contemple diversos momentos de interação entre os
indivíduos, pois necessita da participação dos alunos em fóruns e trabalhos em grupos, todo
o projeto deve ser focado em uma forma que estimule o pensamento e ações do aluno na
resolução de problemas, de maneira que as atividades propostas deem um novo significado
a partir do conhecimento existente, e que consequentemente implicará novos resultados.
A partir do questionário disponibilizado, identificou-se a necessidade de correções no
ambiente de estudo para atender dificuldades apresentadas pelos discentes durante o
processo de aprendizagem, como a falta de exemplos nas tarefas que ajudem sua resolução,
a melhoria do filtro nos fóruns mantendo o foco nas questões propostas, e uma alteração no
formato do material instrucional que estimule sua leitura.
15
8 a 27 de setembro de 2016.
7. Referências
ALLAN, L.M. Educação 3.0: estamos prontos?. Educar para Crescer, 2014. Disponível em:
http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/educacao-3-0-estamos-prontos-
696380.shtml. Acesso em 02 de junho de 2016.
FAVA. R. Educação 3.0 – Aplicando o PDCA nas instituições de ensino. 1ª Edição. São Paulo:
Saraiva, 2014.
16
8 a 27 de setembro de 2016.
HALLAL, R; HELLMANN, L.; GAFFURI, S.; REINALDO, F. Blended learning: uma experiência
sobre a implantação de disciplinas na modalidade EaD em uma IES. SIED - Simpósio
Internacional de Educação a Distância. UfsCar. 2014. Disponível em: http://www.sied-
enped2014.ead.ufscar.br/ojs/index.php/2014/article/view/712. Acesso em 14 de abril de
2016.
VIDAL, E. M.; MAIA, J. E. B. Introdução à Educação a Distância. 2010. RDS Editora. Disponível
em: http://www.fe.unb.br/catedraunescoead/areas/menu/publicacoes/livros-de-interesse-
na-area-de-tics-na-educacao/introducao-a-educacao-a-distancia. Data de Acesso: 17 de
maio de 2016.
17