Regra Baiana
Regra Baiana
Regra Baiana
Art. 1 - Constitui campo a superfície plana, limitada por um retângulo demarcatório, de uma
mesa de madeira onde se pratica o Futebol de Mesa.
Parágrafo 1 - A mesa deve ter uma cor (preferencialmente verde) que contraste com a
bola, e estar apoiada em uma base de quatro pés sem tampa, ou em cavaletes, com 78 cm. se
altura, e que proporcione um correto nivelamento.
Parágrafo 2 - A mesa deve ser de compensado de madeira de lei, medindo 2,20 m. x 1,60
m., com 1,5 a 2 cm. de espessura, podendo ser complementada com um engradamento em sua
parte inferior, para evitar empenamento.
Parágrafo 3 - A mesa deve ter em torno de si uma proteção (sarrafo), com altura de 1 cm.,
cuja finalidade é impedir a queda dos botões (jogadores) no chão, apresentando em seu lado
interno um anteparo (cordão) que evite o choque do botão no sarrafo e, se possível, seu retorno
ao campo.
Parágrafo 4 - A mesa apresenta uma trave (meta, arco) embutida no campo, tangenciando
por fora a linha de fundo de cada lado do campo e eqüidistante das linhas laterais, feita
preferencialmente de madeira, composta de duas hastes (postes) verticais, distanciadas 15 cm.
entre si, legadas superiormente por um travessão situado a 6 cm. de altura da superfície do
campo, medindo todas as peças 9 mm. de diâmetro, e que servem de sustentação a uma rede
situada fora do campo.
Parágrafo 5 - A mesa deve apresentar ainda duas palhetas (de madeira, acrílico) giráveis e
facilmente removíveis, com 8 cm. de comprimento, fixadas de cada lado de fora do campo de
jogo (lateral da mesa), em frente à linha central divisória, afastadas 1 cm. desta linha, e
destinadas a indicar o lado do campo que a bola sair, quando de um lance.
Art. 2 - O campo de jogo é o retângulo de 2m. x 1,40m., traçado a 10 cm. dos extremos
laterais e de fundo da mesa, apresentando as seguintes marcações e medidas:
A) LINHA LATERAL - cada linha que vai da extremidade de uma linha de fundo a outra,
longitudinalmente ao campo;
B) LINHA DE FUNDO - cada linha que vai de uma extremidade de uma linha lateral a
outra, transversalmente ao campo;
C) LINHA DE GOL - a secção de cada linha de fundo compreendida entre os postes de
uma meta;
D) MEIO-DE-CAMPO - linha divisória transversal que divide e campo de jogo em duas
partes iguais e simétricas (1m. de cada lado);
E) MARCA DE SAÍDA - o ponto situado dentro do círculo central na linha divisória do
campo, eqüidistantes das linhas laterais;
F) CÍRCULO CENTRAL - a circunferência de 30 cm. de diâmetro, tendo como ponto
concêntrico a marca de saída de jogo;
G) ÁREA PEQUENA - o retângulo centralizado na área grande, medindo 6 cm. da linha de
fundo a uma linha de 28 cm. de comprimento, paralela à linha de fundo do campo;
H) ÁREA GRANDE - o retângulo centralizado na linha de gol, medindo 30 cm. da linha de
fundo a uma linha de 72 cm. de comprimento, paralela à linha de fundo do campo;
I) MARCA DE PÊNALTI - o ponto distanciado 16 cm. da metade da linha de gol em direção
ao centro da área grande;
J) MEIA-LUA DA ÁREA - o arco de círculo de 14 cm. centralizado na linha de comprimento
da área grande e sobressaindo 4 cm. desta linha, em direção ao meio de campo;
L) MARCA DE ESCANTEIO - o quarto de círculo de 3 cm. de raio a partir das linhas lateral
e de fundo do campo.
DO JOGO
Art. 8 - O jogo é a sucessão de lances dos técnicos, com o objetivo de impulsionar seus
jogadores para locais estratégicos do campo ou de encontro à bola, visando fazer o gol.
Parágrafo 1 - Constitui lance o ato de pressionar a unha, o pente ou a palheta sobre o
jogador, fazendo-o consequentemente, deslizar no campo.
Parágrafo 2 - O jogador só será movimentado a partir do local onde se encontrar em jogo,
contudo, em caso de infração, ocorrência, falta técnica ou falta disciplinar, o jogador poderá ser
movimentado manualmente para o local de cobrança, inclusive o jogador que estiver fora do
campo de jogo. Só será permitida uma única escolha de jogador para cobrança.
Parágrafo 3 - A cada lance regular de um técnico segue-se a vez de jogar o adversário,
exceto nos casos de infração de dois toques e na saída de jogo, tendo como tempo normal
máximo permitido de 15 segundos.
Parágrafo 4 - Qualquer lance só se dará quando a bola estiver completamente parada
sobre o campo e jamais deverá ser tocada pelo técnico enquanto em jogo.
Parágrafo 5 - Será considerado lance quando o jogador se deslocar o mínimo percebível,
ao ser pressionado.
Parágrafo 6 - O goleiro, em determinadas circunstâncias, poderá ser deslocado
manualmente no interior da pequena área, não sendo seu deslocamento, no entanto,
considerado lance.
Parágrafo 7 - O goleiro só poderá obstruir lance do adversário, caso já esteja colocado em
tal situação, quando da vez de jogar de seu técnico, o que não consiste lance, ou ao ser
anunciado arremesso a gol pelo adversário.
Parágrafo 8 - Nos lances de bola parada (saída de jogo, infração, ocorrência, falta técnica)
a bola deverá estar afastada do jogador cerca de 1 cm. de distância (tamanho da bola), no
mínimo.
Parágrafo 9 - O jogo terá a duração de 50 minutos, divididos em duas fases (tempos)
distintas de 25 minutos cada. Serão marcados, no máximo, 5 minutos de intervalo entre o término
da primeira fase e o início da segunda, e, após o final da fase inicial ocorrerá, obrigatoriamente,
mudança de lado do campo entre as equipes.
Parágrafo 10 - O final de jogo ou de meio tempo ocorrerá concomitantemente com o
alarme do relógio.
Art. 9 - Constitui saída de jogo aos dois lances iniciais e consecutivos, executados por dois
jogadores de uma mesma equipe, feitos em direção do campo contrário, com a bola
permanecendo no interior do círculo central no primeiro lance e saindo deste círculo no segundo
arremesso.
Parágrafo 1 - A escolha da equipe que terá direito à saída de jogo, será feito mediante
sorteio efetuado pelo árbitro da partida; ao perdedor da escolha de saída da primeira fase do
jogo, caberá a saída na etapa complementar.
Parágrafo 2 - Após os dois lances iniciais e consecutivos da saída de jogo, cada técnico
terá direito somente a 1 (um) lance por vez, salvo em caso de dois toques.
Parágrafo 3 - Será considerado fora de campo o jogador que ultrapassar totalmente a linha
demarcatória do campo, inclusive a linha de gol, ou tocar na palheta (divisória do campo),
mesmo que ainda assim permaneça em campo.
Parágrafo 4 - O jogador que sair regularmente de campo, a exceção do goleiro, será
recolocado em campo somente após a conclusão do lance simples ou de dois toques do outro
técnico, observando-se ainda o que se segue:
A) ficará impedido de executar o lance imediatamente seguinte de sua equipe;
B) deverá ser posicionado no local exato onde saiu, tangenciando a linha demarcatória do
campo, pelo lado de fora;
C) caso tenha saído pela área pequena ou transposto a linha de gol, será colocado
tangenciando por fora a linha demarcatória desta área pequena, no local por onde a tenha
ultrapassado;
D) caso outro jogador ou a bola impeça a recolocação do jogador que saiu, este aguardará
fora de campo até todo o local ficar desimpedido, para então poder retornar
Parágrafo 5 - Quando um jogador ao fazer um lance sai de campo, bate no sarrafo e
retorna ao campo deslocando, direta ou indiretamente, a bola e/ou jogadores que neste momento
estavam parados ou em movimentos, o árbitro os recolocará nos respectivos locais onde
estavam no instante do abalroamento e retirará de campo o jogador causador do transtorno.
Parágrafo 6 - O jogador que parar na sua própria área pequena poderá permanecer aí ou
ser retirado imediatamente - atendendo desejo do técnico - para fora da área pequena e em
condições normais de jogo; enquanto que o jogador que parar dentro da área pequena do campo
do adversário, será afastado dela imediatamente. O afastamento de um jogador para fora da
área pequena será feito de modo que seja recolocado no local onde penetrou na referida área,
tangenciando a respectiva linha demarcatória.
Parágrafo 7 - Caso a bola saia pela linha demarcatória do campo (lateral ou linha de fundo)
e, sem que bata no anteparo venha a tocar em jogador que esteja tangenciando-a por fora, o
beneficiado do lance será a equipe contrária àquela do jogador em que a bola tocou por último.
Art. 10 - Fica estabelecido em 3 (três) o número máximo de substituições de jogadores de
uma mesma equipe, permitidas em partidas de competições oficiais, podendo o jogador
substituído, no entanto, retornar ao jogo.
DAS OCORRÊNCIAS
DAS INFRAÇÕES
Art. 16 - Considera-se infração as seguintes violações das regras do jogo, que exigem
imediata punição do infrator, caracterizando-se como:
A) falta;
B) toque;
C) lateral dois-toques;
D) escanteio dois-toques.
COBRANÇA
Art. 17 - A infração pode ter cobrança direta ou indireta. Direta, quando é feita em um único
lance direto ao gol. Indireta, quando é realizada em dois lances: um jogador passa a bola a outro
e este poderá arremessar a gol, caso o técnico assim deseje e seja válido o arremesso.
Parágrafo 1 - Na cobrança indireta, se após o primeiro lance a bola sair de campo
diretamente ou tocar em jogador adversário, a equipe cobradora perderá o direito ao segundo
lance. Caso a bola toque em jogador adversário e saia pela linha lateral, será reversão de lateral;
se sair pela linha de fundo, será batido tiro-de-meta sem direito a arrumação das equipes, do
lado onde a bola saiu.
Parágrafo 2 - Quando da cobrança de uma infração, só será permitido retirar jogadores que
estejam situados a menos de 0,06 m. do local da cobrança, os quais, no entanto, retornaram aos
locais anteriores, após a cobrança do primeiro lance.
Parágrafo 3 - Na cobrança de qualquer infração, o goleiro adversário só será manuseado
após a advertência de chute a gol.
Parágrafo 4 - Caso o aviso de encerramento da fase do jogo se dá no mesmo instante de
uma infração, o técnico beneficiado ainda terá o direito de realizá-la, constituindo-se no último
lance, haja ou não gol ou mais infração.
FALTA
Art. 18 - Constitui falta o lance em que um jogador tocar em outro adversário, inclusive no
goleiro, antes de bater na bola.
Parágrafo 1 - A falta no goleiro será cobrada no interior de sua área grande em dois lances.
Parágrafo 2 - Ocorrendo falta em um jogador situado em seu meio-campo ou mesmo sobre
a linha divisória do campo, o técnico favorecido terá o direito a efetuar a cobrança em dois
lances.
Parágrafo 3 - Ocorrendo falta em um jogador situado no meio-campo do adversário, o
técnico favorecido terá o direito a optar por cobrança direta ou indireta.
PÊNALTI
Art. 19 - Constitui penalidade cada falta ou toque cometido dentro da área grande do
técnico infrator.
Parágrafo Único - Na cobrança do pênalti serão tomadas as providências que se seguem:
A) afastar para fora da área grande os jogadores que porventura se encontrem em seu
interior, indo para os locais mais próximos de onde se achavam, inclusive contornando por fora a
meia-lua da área grande;
B) após o arremesso do pênalti, e permanecendo a bola em jogo, os jogadores
participaram dos lances subsequentes nos locais onde o árbitro os colocou;
C) o goleiro em sua colocação deverá situar-se em uma posição tal que sua frente
fique tocando por fora a linha de gol.
TOQUE
Art. 20 - Constitui toque o lance em que a bola tocar em um técnico ou por ele for tocado
dentro do campo ou no espaço delimitado pela projeção vertical superior deste campo. Incluem-
se, no caso, a roupa do técnico ou qualquer objeto a ele pertencente, como: flanela, pente, etc.
Parágrafo Único - A cobrança do toque será feita a semelhança da falta.
Art. 21 - Entende-se por lateral dois-toques e escanteio dois-toques toda vez que a bola
arremessada por jogador da equipe que estiver se defendendo sair pela linha lateral ou de fundo,
respectivamente, do seu próprio campo, sem tocar em nenhum jogador e em um único toque,
sem rolar mesmo que bata na trave.
Parágrafo 1 - Caso o jogador que efetuar o lance de dois-toques ainda venha a tocar na
bola quando esta já tenha ultrapassado totalmente a linha lateral ou de fundo, o lance será
considerado dois-toques.
Parágrafo 2 - O lateral e o escanteio dois-toques terão sempre cobrança indireta.
Art. 22 - Falta técnica vem a ser todo lance inapropriado realizado por um técnico, em
desacordo com as normas do jogo.
Parágrafo Único - As faltas técnicas se caracterizam quando:
SAÍDA DE JOGO
I - Na saída de jogo:
A) após a única tentativa de saída de jogo, os jogadores não a tornam válida. Cobra-se do
local onde estiver a bola, sem arrumação de jogadores;
B) ao realizar o primeiro lance de saída, o jogador cobrador tira um adversário de campo.
Cobra-se do local onde ficou a bola.
C) sendo válida a saída, o jogador que o segundo lance desloca jogador adversário para
fora de campo. Cobra-se a depender do seguinte: se a bola permanecer em campo, o local da
cobrança será onde a bola parou; se abola sair de campo, teremos três possibilidades de
cobrança: 1) no lugar exato onde a bola transpôs a linha lateral; 2) no interior da área grande, do
lado correspondente ao da linha de fundo onde a bola saiu; 3) no interior da área grande, em
qualquer lugar, se a bola ultrapassou a linha de gol. Em todos os casos, o jogador adversário
deslocado para fora do campo, retornará imediatamente à posição que ocupava, e em condições
de jogo.
TIRO DE META
II - No tiro-de-meta
A) o jogador que cobrou o tiro-de-meta provoca um lateral a seu favor. Cobra-se, com a
bola no local exato em que transpôs a linha;
B) o jogador que cobrou o tiro-de-meta faz com que a bola bata em qualquer jogador
situado no campo adversário ou sobre a linha divisória do campo. A cobrança será feita com a
bola no quarto de círculo correspondente ao lado da linha de fundo onde a bola transpôs ou em
qualquer marca de escanteio, caso ela tenha entrado no gol;
C) o jogador que bateu o tiro-de-meta consegue que a bola toque em atacante adversário e
saia por sua linha de fundo. Cobra-se da marca de escanteio do lado onde a bola saiu;
D) o jogador que cobrou tiro-de-meta impulsiona a bola diretamente pela linha de gol ou de
fundo do campo contrário, ou seja, a bola sai de campo sem tocar em nenhum jogador. Cobra-se
com a bola no interior da área grande, do lado correspondente da linha de fundo que ela
transpôs, ou com a bola em qualquer lugar da área grande, se ela saiu pela linha de gol;
E) o jogador que cobrou tiro-de-meta desloca, direta ou indiretamente, jogador adversário
para fora de campo. Cobra-se de acordo com o que preceitua a letra “C” do inciso I deste artigo;
F) na cobrança do tiro-de-meta o jogador não consegue colocar a bola em jogo. Cobra-se
com a bola no “bico” da área grande do infrator, correspondente ao lado onde a ocorrência foi
cobrada;
G) o jogador é movimentado após cobrar tiro-de-meta, direta ou indiretamente, pelo seu
técnico entes de a bola ser tocada por qualquer outro jogador. Cobra-se com a bola na posição
onde estava em jogo e após a cobrança o jogador faltoso retornará ao local que ocupava;
H) o jogador que cobrou tiro-de-meta não consegue que a bola ultrapasse a linha divisória
do campo. Cobra-se, caso o técnico contrário faça esta opção, do lugar onde a bola parou.
LATERAL E ESCANTEIO
III - No lateral e escanteio:
A) o jogador cobrador é movimentado direta ou indiretamente pelo seu técnico antes de a
bola ser tocada por qualquer outro jogador em campo, após a cobrança. Cobra-se com a bola na
posição onde estava em jogo e, após a cobrança o jogador faltoso retornará à sua posição
anterior;
B) o jogador cobrador provoca tiro-de-meta, lateral ou escanteio a seu favor, ou desloca
jogador adversário para fora de campo. Cobra-se, nos três primeiros casos, reversão do lance,
ao passo que em caso de retirada de jogador contrário de campo, a cobrança será efetuada do
local onde a bola se encontrar;
C) na cobrança de lateral ou escanteio a bola sai diretamente pela linha de fundo ou de gol
do campo adversário, sem rolar ou tocar em nenhum jogadora. Caso isto ocorra, o lance será
revertido para o adversário e o jogador que o cobrou ficará fora de campo, só retornando ao local
de onde bateu o lateral ou escanteio, após a cobrança da falta técnica.
INFRAÇÕES
IV - Nas Infrações
A) o cobrador de qualquer umas das infrações faz a cobrança de uma falta (lance ou
toque) ou o primeiro lance de uma cobrança de dois-toques (lateral ou escanteio) e não
consegue realizá-la porque “furou”. Cobra-se com a bola na posição onde se encontrava em
campo;
B) o cobrador de qualquer infração realiza a cobrança de um toque ou o primeiro lance de
uma cobrança de dois-toques e depois é movimentado, direta ou indiretamente, por seu técnico
an antes de a bola ter sido tocada por qualquer outro jogador em campo. Cobra-se com a bola na
posição onde estava em jogo e o jogador faltoso retornará ao lugar onde se encontrava antes de
ser movimentado.
OUTRAS SITUAÇÕES
V) Outra situações:
A) quando em posição de espera, o jogador que retornou ao campo (e não ao jogo) é
movimentado direta ou indiretamente por seu técnico antes que outro jogador de sua equipe faça
um lance. Cobra-se segundo o que prescreve a letra “B” do inciso IV deste artigo;
B) quando a bola, após a cobrança de falta técnica ou do primeiro lance de infração dois-
toques, ocupa um lugar que impeça o retorno do jogador que foi retirado de campo para facilitar
a cobrança. Cobra-se com a bola no local onde ficou, retornando o jogador à sua posição inicial,
caso não tenha sido ele o executante da falta técnica;
C) quando um jogador faz um lance com a bola situada no campo do adversário e ela sai
diretamente de campo, sem rolar, pela linha de fundo ou de gol de sua própria equipe. Cobra-se
com a bola no quarto de círculo correspondente ao lado da linha de fundo que foi transposta ou
bola em qualquer quarto de círculo se ela saiu pela linha de gol;
D) quando a bola fica parada em cima ou embaixo de um jogador (bola presa). Cobra-se
contra o técnico que provocou o lance, com a bola no local do jogador, que retornará em
condições de jogo à sua posição, após a cobrança da falta técnica;
E) quando a bola for obstruída por dois jogadores da mesma equipe (a bola fica totalmente
contida entre duas linhas paralelas imaginárias que cercam os dois jogadores), e esta obstrução
não for aberta até o terceiro lance consecutivo que participarem ambas as equipes, contando o
da obstrução como primeiro lance. Cobra-se com a bola no local onde estiver. (Obs.: Não será
permitido aos mesmos jogadores fazer uma segundo obstrução da bola após a primeira abertura,
até que a bola seja lançada para outro local do campo, a uma distância de no mínimo 0,06 m..
Caso ocorra esta segunda obstrução, ainda no primeiro lance de fechamento, será marcada falta
técnica, com cobrança no local onde se encontra a bola);
F) quando da cobrança de escanteio ou lateral a bola não percorre a distância mínima de
0,12m., haverá reversão de lance;
G) quando a bola, após a execução do lance de um técnico, fica situada entre três
jogadores de sua equipe eqüidistantes, no máximo, 0,06 m. entre si ( abola fica totalmente
contida entre retas imaginarias que circundam os três jogadores). Cobra-se a falta técnica no
local onde estiver a bola;
H) quando o jogador faz um lance estando a bola situada em seu campo de defesa e ela
sai diretamente pela linha de fundo ou de gol do campo do adversário, sem rolar. Cobra-se como
tiro-de-meta, sem direito à arrumação das equipes.
Art. 23 - Assim como um técnico poderá escolher entre a cobrança de uma falta técnica,
uma ocorrência ou uma infração a seu favor, ou fazer um lance normal na partida, ele também
poderá optar por uma entre duas faltas técnicas simultâneas a seu favor.
Art. 24 - Não existe caracterização de falta técnica oriunda de cobrança de uma falta
técnica, desde que:
A) cobrança não provoque bola presa;
B) a bola não saia de campo no primeiro arremesso;
C) o jogador cobrador, após o arremesso, não ocupe a posição de qualquer jogador que
fôra afastado para facilitar a cobrança;
D) o técnico beneficiado com a cobrança não seja punido com falta disciplinar.
FALTA DISCIPLINAR
Art. 25 - Falta disciplinar vem a ser toda atitude inconveniente efetuada em desacordo com
o bom andamento da partida.
Parágrafo 1 - As faltas disciplinares se identificam quando:
A) o técnico ultrapassa o tempo regulamentar de 15 (quinze) segundos para executar
qualquer tipo de lance; normal, dois-toques ou colocação de goleiro; todavia, ao atingir esse
tempo, o árbitro deverá advertir ao técnico pela imediata efetivação do lance;
B) o técnico, ao posicionar-se para execução de um lance, utiliza meios ilícitos com a mão
ou o braço para afastar qualquer jogador, inclusive o goleiro, de seu local no campo. O árbitro
deverá impedir a consumação do arremesso ou, se não foi possível, retornar os jogadores e a
bola para suas posições primitivas. (Obs.: Caso haja afastamento de jogador no exato momento
em que o técnico executante do lance impulsione seu jogador, não será caracterizada falta
disciplinar);
C) o técnico reclama ou insinua situações de jogo sem prévia licença do árbitro, ofende-o
ou a seu adversário, comenta lances, comemora a conquista de gol de maneira mal-educada ou
ainda dificulta ou atrasa de qualquer modo o andamento normal da partida. A critério do árbitro e
dependendo da atitude inconveniente ocorrida, o técnico infrator poderá ser punido com expulsão
imediata de um jogador ou com perda dos pontos por encerramento do jogo;
D) o técnico demonstra predisposição para aplicar o anti-jogo, a “cera técnica”, cercando a
entrada do adversário para manter a bola presa até 0,6m. da linha lateral ou de fundo de campo;
E) o técnico faz a cobrança de uma ocorrência, infração ou falta técnica com seu jogador
afastado da bola menos de 0,01m., já tendo recebido a primeira e única advertência neste
particular;
F) executando-se os casos previstos de expulsão imediata de jogador e encerramento
antecipado da partida, a partir da terceira falta disciplinar de um técnico corresponderá à
expulsão de um jogador de sua equipe a cada falta disciplinar. O jogador a ser expulso,
excluindo-se o goleiro, será o que fizer o lance imediatamente anterior à falta disciplinar do
técnico de sua equipe; havendo dúvida, o técnico escolherá qualquer um. Cada técnico poderá
ter, no máximo, quatro jogadores expulsos em uma partida; a possibilidade de uma quinta
expulsão será substituída pelo encerramento da partida, com perda de pontos para o infrator.
(Obs.: Caso se caracterize a repetição imediata de falta disciplinar pelo mesmo técnico, com o
intuito de se beneficiar pelo iminente encerramento da fase de jogo, o árbitro reverterá o lance,
permitindo que o outro técnico o execute).
Parágrafo 2 - Como efetuar a cobrança de faltas disciplinares em função de determinadas
situações:
I) Quando a bola sai de campo ou está fora dele:
A) se a bola transpôs a linha de fundo do campo do técnico beneficiado, a cobrança será
feita em qualquer lugar de sua área grande; se ela ultrapassou a linha de fundo do campo do
infrator, a cobrança será feita no quarto de círculo do lado correspondente da onde ela saiu;
B) se a bola transpôs a linha de gol do campo do técnico beneficiado, a cobrança será
realizada em qualquer lugar de sua área grande; se ela ultrapassou a linha de gol do campo do
infrator (sem caracterização de gol), a cobrança será feita no “bico” da área grande da equipe
infratora, do lado onde ela saiu;
C) se a bola transpôs a linha lateral, a cobrança será executada no exato lugar onde ela
saiu.
II) Quando a vez de jogar pertencia ao técnico punido:
A) a cobrança (reversão de lance) será efetuada no lugar onde a bola estiver em campo,
seja em vaso de lance normal, lateral ou escanteio de um ou dois-toques, falta, toque, falta
técnica ou saída de jogo;
B) se o infrator for bater tiro-de-meta, a cobrança será feita no “bico desta área grande, do
lado onde seria cobrado o tiro-de-meta; contudo, se o infrator for bater tiro-de-meta (bola do
goleiro), o beneficiado pela cobrança poderá optar por qualquer “bico” daquela área.
Art. 26 - Respeitadas as ressalvas do artigo 24 , a cobrança de uma falta técnica ou
disciplinar, mesmo sendo realizada em apenas um lance, permite ao jogador cobrador;
A) provocar lateral ou escanteio a seu favor;
B) deslocar, direta ou indiretamente, jogador adversário para fora de campo;
C) intervir no próximo lance de sua equipe, mesmo antes de a bola ser tocada por qualquer
outro jogador;
D) impulsionar a bola a qualquer distância do local da cobrança.