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À procura do DNA

Relatório da Atividade Experimental 1

Escola Poeta António Aleixo

Disciplina- Biologia e Geologia

O relatório foi realizado no dia 29 de setembro de 2019 por:


Laura Gonçalves, nº14
Mafalda Barros, nº15
Rita Borges, nº20

Ano e Turma- 11ºA

À PROCURA DO DNA - ANO LETIVO 2019/2020 1


Índice
À procura do DNA 1
1. Palavras chave 3
2. Introdução 4
3. Material 5
4. Procedimento 1 6
5. Procedimento 2 7
6. Resultados 8
7. Discussão de resultados 9
8. Conclusão 11
9. Bibliografia 12

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1. Palavras chave

• ADN;
• Nucleótidos;
• Observação;
• Reagentes;
• Ascensão;
• Cadeias nucleotídicas;
• Células;
• Núcleo;
• Choque térmico.

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2. Introdução
O ADN (ácido desoxirribonucleico) é o suporte molecular da informação genética que coordena
todas as atividades celulares e define o património genético de todos os seres vivos. Apesar de ser
uma molécula biológica universal (universalidade) , apresenta algumas diferenças no que respeita à
sua quantidade, organização e localização (variabilidade). Nos seres eucariontes, o DNA encontra-
se essencialmente no núcleo, embora o possamos encontrar nas mitocôndrias e nos cloroplastros
( no caso das células eucariontes vegetais) e apresenta uma estrutura tridimensional e de dupla
hélice (A proposta deste modelo foi efetuada por Watson e Crick, como se verifica na Figura 1).
O Ácido desoxirribonucleico é uma molécula formada por 2 cadeias polinucleotídicas ligadas entre
si e em que cada uma das cadeias é constituída por uma sequência de nucleótidos. Assim o
nucleótido é a unidade básica (monómero) do DNA (Figura 2) e é formado por: uma pentose
(desoxirribose), um grupo fosfato, que confere características ácidas à molécula e por uma base
azotada ( Adenina, guanina, citosina e timina).

! !

Figura 1- Estrutura tridimensional do DNA Figura 2- Constituição de um nucleótido

Por reações de condensação, os nucleótidos podem ligar e formar


cadeias polinucleotídicas. Cada novo nucleótido liga-se pelo grupo
fosfato ao carbono 3 da pentose do último nucleótido da cadeia. Uma
vez que a molécula de DNA é formada por 2 cadeias polinucleotídicas,
estas unem-se pelas bases azotadas, através de pontes de hidrogénio e
são complementares, ou seja, ligam-se da mesma forma, como se
verifica na Figura 3.

Pretendemos com esta atividade laboratorial isolar, extrair e identificar


as moléculas de ADN presentes nas células do epitélio bocal e das
células vegetais constituintes da banana e do kiwi através de um
procedimento muito simples.

Figura 3- As duas cadeias polinucleotídicas que constituem a molécula de DNA são antiparalelas. Cada cadeia
cresce no sentido 5’-3’

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3. Material

1ª Parte (Extração de ADN das células eucarióticas animais)

• 2 Gobelés;
• Água;
• Sal (Cloreto de Sódio);
• Etanol à temperatura ambiente e refrigerado;
• Vareta de Vidro;
• 2 tubos de ensaio;
• Suporte para tubos de ensaio;
• Marcador;
• Papel;
• Passador;
• Fucsina.

2ª Parte (Extração de ADN das células eucarióticas


vegetais)

• 1 Gobelé;
• Almofariz;
• Pilão;
• Bisturi;
• 2 tubos de ensaio;
• Vareta de vidro;
• Água destilada;
• Sal (NaCl);
• Passador;
• 1 colher de sopa; Figura 4- Material utilizado na atividade experimental.
• Detergente;
Marcador;
• Etanol refrigerado (álcool etílico a 96%);
• Etanol à temperatura ambiente;
• Banana e kiwi;
• Fucsina.

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4. Procedimento 1

1ª Parte

1. Preparámos uma solução salina muito concentrada num gobelé;


2. Um membro colocou uma porção dessa solução salina na boca e bochechou vigorosamente
durante 2 minutos;
3. Colocámos o resultado anterior num gobelé e filtrámos em seguida com a ajuda do passador
(Figura 5);
4. Marcámos 2 linhas num tubo de ensaio a 1/3 do bordo e outra a 2/3 do bordo deste;
5. Transferimos o filtrado para o tubo de ensaio até à primeira linha;
6. Adicionámos o etanol refrigerado até à segunda linha;
7. Observámos com atenção o DNA a mover-se lentamente no álcool, formando pequenos
filamentos e flocos;
8. Repetimos os procedimentos de 4 a 7 usando o etanol à temperatura ambiente;
9. Colocámos 1 gota de fucsina e observámos o sucedido (Figura 9).

Figura 5- Procedimento número 3 Figura 6- Procedimento número 9

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5. Procedimento 2

2ª Parte

1. Descascámos e cortámos os materiais biológicos (banana e kiwi) com o bisturi, em pequenos


fragmentos e colocámo-los no almofariz (Figura 7);
2. Preparámos uma mistura num gobelé com 100ml de água destilada, mais uma colher de sopa de
sal e duas colheres de sopa de detergente. Misturámos suavemente com uma vareta de vidro de
modo a não fazer espuma (Figura 8);
3. Colocámos a mistura obtida no almofariz junto do material biológico e triturámos;
4. Filtrámos, em seguida, com o passador, cada solução para o outro gobelé;
5. Marcámos 2 linhas no tubo de ensaio: uma a 1/3 do bordo e outra a 2/3 do bordo deste;
6. Transferimos o filtrado obtido para um dos tubos de ensaio, até à primeira linha;
7. Adicionámos cuidadosamente, etanol refrigerado para a solução com banana e etanol à
temperatura ambiente para a solução com kiwi até à segunda linha;
8. Observámos com atenção a movimentação lenta do DNA no álcool, formando pequenos
filamentos insolúveis;
9. Observámos e comparámos os resultados obtidos no tudo de ensaio;
10. Colocámos 1 gota de fucsina em cada tubo de ensaio e observámos os resultados.

Figura 7- Procedimento 1 Figura 8- Procedimento 2

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6. Resultados

Figura 9- Resultados

1. ADN das células eucarióticas vegetais com etanol refrigerado (banana);


2. ADN das células eucarióticas animais (solução de saliva com etanol refrigerado);
3. ADN das células eucarióticas animais (solução de saliva com etanol à temperatura ambiente);
4. ADN das células eucarióticas vegetais com etanol à temperatura ambiente (kiwi).

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7. Discussão de resultados

Qual a função dos reagentes usados e dos procedimentos realizados na experiências?

• Sal- O sal( NaCl) contribui com iões com carga positiva que neutralizam a carga negativa do
grupo fosfato( componente do ADN), impedindo a repulsão elétrica entre as moléculas de ADN,
permitindo a sua agregação de modo a formar filamentos e flocos mais espessos e compridos que
são mais facilmente visíveis.

• Álcool- Utilizámos o álcool porque o ADN não é solúvel e é menos denso neste composto.
Possibilita assim a separação do ADN e desta forma estas moléculas precipitam, aglutinam e
tornam-se visíveis, surgindo mais próximo da superfície.

• A temperatura do álcool influenciou os resultados?- Sim, o álcool refrigerado possibilitou um


maior choque térmico, levando o ADN a mover-se mais rapidamente da fase aquosa para
alcoólica. As bolhas de ar que se desenvolveram devido ao choque térmico colaboraram na
ascensão do ADN.

• Detergente- O detergente ajuda a dissolver e desagregar as membranas nucleares e


citoplasmática constituídas pela bicamada fosfolipídica que compõe a membrana plasmática e as
membranas dos organelos e, misturando-se com a água, permite a extração do ADN.

• Qual o objetivo da trituração no almofariz e da filtração?- Uma vez que as células vegetais
possuem parede celular, o almofariz permite a a destruição dos tecidos vegetais e uma melhor
libertação do ADN. O objetivo da filtração é impedir a passagem de macromoléculas (prótidos,
por exemplo), atravessando apenas o ADN.

• Onde se encontra o DNA nas células?- o DNA encontra-se essencialmente no núcleo (99%),
embora o possamos encontrar nas mitocôndrias e nos cloroplastros (nas células eucarióticas
vegetais).

• Como explicas que sendo a molécula de DNA só visível ao microscópio eletrónico, seja possível
nesta atividade a observação de DNA?- Todos os reagentes utilizados nesta atividade
experimental foram importantes para a visualização do ADN. Apesar de o DNA ser a maior
molécula da célula, a sua estrutura não se pode observar a olho nu, devido ao seu tamanho
microscópico. Tal como não podemos observar a maior parte das células a olho nu, mas podemos
observar um organismo constituído por milhões de células, também não podemos observar uma
molécula de DNA mas podemos observar, como verificamos na experiência, milhões de cadeias
de DNA aglomeradas.

• Quais as semelhanças e as diferenças entre o DNA de origem animal e o de origem vegetal?-


Visivelmente o DNA das células eucarióticas animais e vegetais são iguais, porém a sequência e
quantidade de nucleótidos nas cadeias polinucleótidicas ( apesar de existirem apenas 4
nucleótidos distintos) são diferentes, dando origem a seres vivos com características diferentes.

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• Sugere uma explicação para a ascensão do ADN- Tendo em conta que observámos pequenos
filamentos de ADN após a colocação do álcool etílico, permite inferir que o ADN é menos denso
que o álcool, consequência da sua ascensão no tudo de ensaio.

Observações
• Na 1ª Parte da Atividade Experimental, tivemos repetir o procedimento 1 e 2, uma vez que não
possuíamos solução suficiente para a atividade;

• Na 2ª Parte da Atividade Experimental:

❖ Utilizámos uma vareta de vidro para melhor filtrarmos a mistura no procedimento 4 ;


❖ No procedimento 2, ao misturar o detergente com água destilada e sal, verificámos a presença
de espuma, o que não era previsto;
❖ Embora fosse previsto utilizar álcool refrigerado e à temperatura ambiente no mesmo material
biológico, optámos pela utilização do primeiro reagente para a solução com banana e o segundo
para a mistura com kiwi.

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8. Conclusão

Este trabalho laboratorial que teve como objetivo extrair e visualizar o material genético de células
eucarióticas animais e vegetais foi realizado com sucesso. Depois de seguirmos o procedimento
experimental foi possível obter o ADN das células do epitélio bocal, da banana e do kiwi num tubo
de ensaio, visível à vista desarmada sob a forma de filamentos esbranquiçados enquanto o mesmo
se encontrava suspenso no álcool. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que a molécula de
ADN é pouco densa e, por isso, foi possível observar as cadeias de ADN aglomeradas.

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9. Bibliografia

• SILVA, Amparo Dias da et al. (2019). Terra, Universo de Vida 11 (1ªEd.). Porto: Porto Editora
• DNA- https://pt.slideshare.net/crisvit/dna-2061167 (29/09/2019)
• Relatório Extração DNA- https://pt.slideshare.net/margaridabt/relatrio-extrao-dna (29/09/2019)

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