Analise Projecoes Demanda Bicicletas Eletricas PDF

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ÍNDICE

1. Introdução 3
2. Histórico das Bicicletas Elétricas 5
3. Mercado Brasileiro de Bicicletas 8
3.1. Mercado Brasileiro de Bicicletas Totais 8
3.2. Mercado Brasileiro de Bicicletas Elétricas 10
3.3. Análise das Importações de Bicicletas Elétricas 12
4. Mercado Internacional de Bicicletas 14
4.1. Estados Unidos 14
4.1.1. Mercado de Bicicletas Totais nos Estados Unidos 14
4.1.2. Mercado de Bicicletas Elétricas nos Estados Unidos 15
4.2. União Europeia 15
4.2.1. Mercado de Bicicletas Totais na União Europeia 15
4.2.2. Mercado de Bicicletas Elétricas na União Europeia 16
4.3. Japão 16
4.3.1. Mercado de Bicicletas Totais no Japão 16
4.3.2. Mercado de Bicicletas Elétricas no Japão 17
5. Perfil Consumidor e Drivers 18
5.1. Nacional 18
5.1.1. Contextualização dos Produtos Vendidos 18
5.1.2. Perfil do Consumidor 19
5.1.3. Infraestrutura 19
5.1.4. Compartilhamento de Bicicletas Elétricas 21
5.1.5. Patinetes Elétricos como Produto Similar 22
6. Motivações para uma Equiparação Tributária 23
6.1. Externalidades Positivas das Bicicletas Elétricas 23
6.2. Equiparação Tributária e Análise Comparativa Internacional 25
6.2.1. União Europeia 27
6.2.2. Estados Unidos 27
6.2.3. Japão 27
6.2.4. Brasil 27
6.3.5. Carga Tributária Excessiva 28
7. Evolução, Tendências e Incentivos 31
7.1. Programas de Políticas Públicas Recentes no Brasil 31
7.2. Incentivos na União Europeia 32
7.2.1. Suécia 32
7.2.2. França 33
7.2.3. Noruega 33
7.2.4. Áustria 33
7.2.5. Bélgica 34
7.2.6. Alemanha 34
7.2.7. Itália 34
7.2.8. Holanda 35
7.2.9. Espanha 35
7.2.10. Portugal 35
7.3. Incentivos nos Estados Unidos 35
7.4. Incentivos no Japão 36
8. Projeções de Demanda por Bicicletas Elétricas no Brasil 39
8.1. Cenários de Crescimento de Demanda 43
8.1.1. Cenário 1 43
8.1.2. Cenário 2 44
8.1.3. Equalização do IPI 44
9. Propostas para o Setor 46
10. Conclusões e Projeção do Setor a 5 Anos 48
11. Fontes e Referências Bibliográficas 50

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Sobre a Aliança Bike

Criada em 2003 e formalizada em 2009, a Aliança Bike é uma associação que tem
como missão fortalecer a economia da bicicleta e o seu uso por brasileiras e
brasileiros, atuando em diversas frentes de trabalho para promover o uso de
bicicletas como transporte, esporte, lazer e logística.

Os temas e ações que estão no dia-a-dia da Aliança Bike são: produção de dados,
informações e estatísticas do setor e da economia da bicicleta; coordenação de
frentes e grupos de trabalho, como o de Bicicletas Elétricas, por exemplo; combate
ao contrabando e descaminho; apoio a lojistas; incidência política nos governos
federal e estaduais; publicações sobre uso de bicicleta no Brasil; ações de incentivo
e apoio à mobilidade ativa; incentivo ao mountain bike e ao ciclismo de estrada;
participação em comitês de certificação e normalização (nacional e internacional);
entre outras ações.

A Aliança Bike já conta com mais de 80 associados, desde empresas do setor


produtivo da bicicleta - fabricantes, importadores, distribuidores e lojistas -, até
entidades sociais, organizadoras de eventos esportivos e empresas de mídia que
promovem o uso de bicicleta.

Sobre a Sidera Consult

Sidera Consult é uma consultoria multidisciplinar de Comércio Internacional com


sede no Brasil e escritórios em Buenos Aires, Pretoria, Brasília e Campinas. O nosso time
de quase 50 especialistas oferece aos clientes – empresas, associações e governos –
estratégias em promoção de negócios, soluções customizadas, e uma abordagem
única e de longo prazo para todos os aspectos relacionados a investimentos e à
remoção de barreiras ao comércio, resultando em expansão de mercado. Sob uma
perspectiva combinada legal-econômica-política, Sidera Consult apoia
essencialmente o desenvolvimento do comércio e liberalização, maximizando
oportunidades e replicando resultados positivos.

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1. Introdução

As bicicletas elétricas são um meio de transporte cada vez mais reconhecido. Elas
vêm conquistando participação progressivamente maior no mercado do setor de
bicicletas em diversos países, graças aos seus incontestes benefícios aos usuários,
indicados neste e em inúmeros outros estudos, bem como por sua praticidade na
superação de vários dos principais desafios urbanos.

O produto alcançou significativa evolução nos últimos anos, e o seu


desenvolvimento tecnológico lhe proporcionou melhorias essenciais ao seu
desempenho, tanto em termos de segurança, quanto na sua usabilidade.

Internacionalmente, a bicicleta elétrica está no auge histórico de sua utilização, mas


não concretizou ainda nem perto o seu potencial máximo quando analisada a sua
participação no mercado total de bicicletas. Governos de diferentes países cada
vez mais apostam e investem nesse meio de transporte promissor, que se apresenta
como solução clara para e gargalos de mobilidade urbana, para desafios de
sustentabilidade e eliminação da emissão de poluentes, aumento de saúde e bem-
estar para os seus usuários, bem como, inclusive, redução de custos.

No Brasil, entretanto, a falta de infraestrutura, questões de segurança, as altas


restrições e os impostos incorridos sobre a produção e comercialização do produto

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retardam a sua evolução, de modo que, dentro do mercado nacional, não há ainda
uma percepção clara acerca dos importantes benefícios sociais trazidos pelas
bicicletas elétricas, os quais abordaremos neste trabalho. Os ciclistas atuais estão
absolutamente limitados à diminuta população de alta renda, e, efetivamente, a
aderência das bicicletas elétricas e suas consequentes externalidades positivas no
país ainda é muito reduzida.

O presente estudo examina e informa ao leitor sobre o estado da arte do mercado


de bicicletas elétricas no mundo, com ênfase no Japão, União Europeia e Estados
Unidos. Outras economias com padrões comparáveis aos brasileiros, e que têm
dados disponíveis, são pinceladas com o objetivo de realizar uma comparação do
setor de bicicletas elétricas no Brasil e nestes outros países.

Referências a “bicicletas totais” englobam bicicletas convencionais e as elétricas,


uma vez que na maioria das vezes não foram encontrados dados relevantes
desagregados, e que estimativas foram necessárias.

Um grande desafio do setor atualmente é a ausência de dados de mercado no Brasil


e em outros países em desenvolvimento, de produção, de importações e
exportações, de montagens, de custos operacionais, entre outros, o que restringe os
players em sua atuação de estabelecimento de políticas públicas apropriadas e
efetivas, ou mesmo do simples monitoramento do mercado.

Inicia-se o presente material com um breve histórico das bicicletas elétricas, seguida
de uma segmentação introdutória e descrição dos mercados de bicicleta elétrica
nacional e internacional. Logo após, procede-se à identificação do perfil do
consumidor, seguida por uma análise do impacto dos impostos nacionais sobre o
produto em diferentes mercados, a fim de executar a comparação com outros
países. Em seguida, as tendências atuais do setor são identificadas e descritas, bem
como os programas de incentivos nos mercados internacionais, acompanhada de
projeções para o setor das bicicletas elétricas. Conclui-se o estudo com propostas
para o mercado brasileiro com base na análise realizada.

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2. Histórico das Bicicletas Elétricas

A origem da bicicleta convencional, movida à propulsão humana, remonta ao final


do século XVIII e início do século XIX. A estrutura como a conhecemos atualmente,
“duas rodas, sobre as quais se assentem uma estrutura de suporte com um selim em
cima, sendo a da frente dirigida por um guiador e a de trás ligada a um sistema de
pedais”, foi concebida inicialmente como um brinquedo e, mais tarde, passou a
figurar majoritariamente como um meio de transporte1.

A União de Ciclistas do Brasil (UCB) declara o seguinte entendimento a respeito da


bicicleta:

“não apenas um veículo material que serve para nos transportar


eficientemente de um lugar ao outro, mas um veículo ideológico que serve
para construir uma sociedade que ressignifique eticamente a vida
comunitária” (A Bicicleta no Brasil, 2015).

As bicicletas elétricas, surpreendentemente, são também uma invenção centenária,


e há relatos da primeira patente de uma bicicleta elétrica no final do século XIX. Em
1895, Ogdem Bolton Jr. inventou um modelo sem engrenagens e com um motor que
alcançava 100 amperes de uma bateria de 10 volts. Em 1946, Jesse D. Trucker
promoveu uma verdadeira revolução: um motor com engrenagens internas que

1 Tendências, 2013 e Rosemberg, 2015

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permitiam que a roda ficasse livre. Com isso, havia a opção de pedalar com ou sem
o auxílio elétrico.2

O produto existe mesmo antes dos automóveis serem produzidos em massa, mas o
sobrepeso da bicicleta retardou a sua popularização imediata. Somente nos últimos
anos a tecnologia para as bicicletas elétricas avançou, proporcionando uma melhor
experiência e desempenho para os usuários e a sua relativa popularização.

Surgiram alguns outros modelos nos anos seguintes, mas a verdadeira revolução da
bicicleta elétrica surgiu em 1946 com o Modelo Trucker, provida de um motor de
engrenagens internas que permitia com que as rodas ficassem livres para que o
piloto pudesse escolher entre pedalar com ou sem a assistência do motor.

Nos anos seguintes, os principais avanços referiram-se às baterias utilizadas. Em 1975,


a empresa japonesa Panasonic passou a usar baterias de carros, feitas de chumbo-
ácido, com 24V, em suas bicicletas elétricas. Era uma opção barata e de fácil
reciclagem, mas com vida-útil curta, e com riscos maiores associados à presença de
ácido. Em 1986, a empresa Sanyo Enacle avançou para baterias de níquel cádmio.
A vida-útil nesse caso era mais longa, mas a reciclagem era difícil e as baterias caras.

A bicicleta Zike, lançada em 1992, representou um importante progresso na redução


do peso total das bicicletas, com baterias de níquel cádmio construídas em um
membro de estrutura e motor de imã permanente, pesando 850 gramas. Entre 1993
e 1997, as primeiras bicicletas elétricas com bateria de lítio passaram a ser fabricadas.
Trata-se da mesma tecnologia utilizada em baterias de celular e, portanto, muito
mais leves e eficientes. É a tecnologia mais utilizada em baterias atualmente, mas

2 GLOBAL BICYCLE MARKET, 2018 e (Revista Bicicleta, 2013).

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com avanços levando a versões cada dia mais leves e eficientes, aumentando
sensivelmente a usabilidade das respectivas bicicletas.

Na segunda metade da década de 1990 e início dos anos 2000, grandes empresas
como Yamaha e Panasonic passaram a fabricar bicicletas elétricas em massa,
resultando em um crescimento de 35% da produção mundial em 10 anos.

Mais recentemente e, acompanhando uma tendência mundial, a bicicleta tem sido


percebida não somente como um meio de transporte importante, mas como uma
solução de mobilidade mais eficiente, além de consolidar os seus usos recreativos,
no lazer, como alternativa de atividades físicas e nos esportes.3

Há, ainda, um grande potencial inexplorado das bicicletas elétricas. Relatório da


consultoria Navigant Research intitulado “Electric Bicycles”, publicado em 2016, por
exemplo, indica que nos próximos 10 anos as bicicletas elétricas deixarão de ser uma
categoria especial para se tornar um tipo de produto-padrão, acessível a
praticamente todos os usuários de bicicletas. Ainda de acordo com este relatório,
em 2020, o número de bicicletas elétricas comercializadas deve chegar a 38 milhões
de unidades.

3 Rosemberg, 2015.

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3. Mercado Brasileiro de Bicicletas

3.1. Mercado Brasileiro de Bicicletas Totais

É curioso, e até irônico, notar que, a despeito da intensa popularização refletida por
incentivos em ciclovias e modelos de compartilhamento de bicicletas, os dados
indicam que consumo total de bicicletas no Brasil apresenta uma relativa
estabilidade na última década. Isso é demonstrado no gráfico a seguir, que
consolida os dados publicados pela Pesquisa Industrial Anual/IBGE:

V E N D A S T O T A I S D E B I C I CL E TA S N O B R A S I L
6.000

5.000

4.000
un [mil]

3.000

2.000

1.000

0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: PIA/IBGE. Elaborado por Sidera Consult. Dados acerca de bicicletas e outros ciclos, (incluindo
triciclos) sem motor.

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Essa estabilidade no consumo de bicicletas está explicada por um fator social,


cultural e estrutural: nos últimos 20 anos houve uma queda no uso de bicicleta para
fins de transporte em si. Estudo de 2016 identificou que, em 2006, as bicicletas básicas
(modelos barra forte e barra circular), comuns entre usuários baixa renda e
fortemente utilizadas para o deslocamento nas cidades e no campo, representavam
65% do mercado nacional. Em 2013, esse número já estava próximo de 43%4.

Essa queda no uso de bicicletas como meio de transporte foi acompanhada por um
aumento significativo no uso de motocicletas e motonetas, como demonstra o
gráfico a seguir. Esses dois movimentos estão relacionados:

HISTÓRICO DE EMPLACAMENTO DE
MOTOCICLETAS E MOTONETAS NO BRASIL
30.000
Unidades (Milhares)

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: DENATRAN. Elaborado por Sidera Consult.

Com políticas públicas de incentivo à indústria automotiva, aumento do crédito,


redução nas alíquotas de juros, novas possibilidades de pagamento financiado ou
parcelado, permitiu-se que uma fatia maior da população trocasse a bicicleta por
motos como meio de transporte. No caso das motocicletas, além dessas condições,
os fabricantes gozaram de incentivos fiscais no Polo Industrial de Manaus, que lhes
proporciona mais competitividade.5

Associado à estabilidade do uso da bicicleta como meio de transporte em si, um


outro movimento mostra-se igualmente importante: a demanda por bicicletas com
maior valor agregado, inclusive as elétricas, seja para a prática de esportes, lazer ou
para deslocamentos cotidianos. O gráfico a seguir compara o volume de produção
anual de bicicletas de acordo com as amostras da PIA/IBGE e o seu respectivo

4 GUTH, 2016.
5 Fonte: SCARPETTA e GONÇALVES, 2015.

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volume de faturamento, evidenciando esse movimento de demanda por produtos


premium, com maior valor agregado:

P R O D U ÇÃ O D E B I C I C LE TA S T O T A I S N O
B R A S I L V S . F A T U R A ME N T O
Produção nacional Faturamento nacional

4.200 1000,0
4.000 800,0

Milhões R$
un [mil]

3.800 600,0
3.600 400,0
3.400 200,0
3.200 0,0
2014 2015 2016

Fonte: PIA/IBGE, 2018. Elaborado por Sidera Consult.


*Bicicletas e outros ciclos, (incluindo triciclos) sem motor

3.2. Mercado Brasileiro de Bicicletas Elétricas

No Brasil, o uso da bicicleta elétrica foi regulamentado pela Resolução 465 de 2013
do Contran – Conselho Nacional de Trânsito – equiparando-o às bicicletas
convencionais.

Essa medida pôs fim à confusão entre os agentes de trânsito, e também à


insegurança entre os usuários de bicicletas elétricas, devido à falta de diferenciação
de motocicletas, motonetas e ciclomotores. Os veículos que não se enquadrarem
como bicicletas elétricas automaticamente se equiparam a ciclomotores, portanto
sujeitos à legislação estadual. Apenas o registro e licenciamento, em perímetro
urbano, dependerão do que o município estabelecer.6

Mesmo com a necessidade remanescente de ajuste em alguns pontos, a legislação


para bicicletas elétricas representou uma significativa evolução no sentido do apoio
às políticas de mobilidade sustentável. Demonstrou, ainda, atenção por parte dos
gestores do trânsito brasileiro e garantia para que o comércio das bicicletas elétricas
possa finalmente decolar no país.7

A despeito dos dados refletindo estabilidade no mercado de bicicletas como um


todo, há uma tendência mundial clara de aumento de vendas e do consumo de
bicicletas elétricas, e o Brasil registra igualmente um aumento na procura por esses
modelos.8

6 Aliança Bike, 2018, e Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (CTB).


7 Revista Bicicleta, sem data.
8 Revista Bicycle, 2018.

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Entretanto, as projeções estão substancialmente prejudicadas pela ausência de


estatísticas e dados consistentes e organizados no que se refere especificamente à
comercialização, produção, importação ou exportação das bicicletas elétricas no
Brasil.

Com base em entrevistas, reportagens e opiniões de diferentes players atuantes no


mercado, e considerando que as bicicletas elétricas representaram cerca de 0,25%
do total de bicicletas vendidas no país naquele ano, é possível estimar que cerca de
10.000 bicicletas elétricas tenham sido vendidas no mercado brasileiro em 2016.

Assumindo, de forma conservadora, que a participação de bicicletas elétricas


cresceu 15% ao ano, desde 2010, é possível apresentar um cenário histórico da
evolução e do aumento significativo do mercado de bicicletas elétricas nos últimos
anos:

ESTIMATIVA DE VENDAS DE
BICICLETAS ELÉTRICAS NO BRASIL
12,0 0,3%
10,0 0,3%
8,0 0,2%
un [mil]

6,0 0,2%
4,0 0,1%
2,0 0,1%
0,0 0,0%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Vendas % do Total d Bicicletas vendidas no Brasil

Fontes: PIA/IBGE, 2018; Folha S. Paulo, 2018; Valor Econômico, 2018. Estimativas elaboradas por Sidera
Consult.

Apesar de representar uma parcela ainda tímida em relação ao total de bicicletas


comercializadas no Brasil, a estimativa acima indica um crescimento constante, em
linha com as tendências mundiais, a despeito do custo tão alto para o consumidor
final.

Além disso, uma avaliação do cenário atual brasileiro em comparação com outros
países, como detalhado no Capítulo 7 a seguir, sinaliza que há um grande potencial
para o aumento de vendas de bicicletas elétricas no Brasil, principalmente pelo fato
dessas vendas representarem ainda percentual ínfimo do total de vendas de
bicicletas como um todo, como será demonstrado no capitulo 8 deste documento.

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3.3. Análise das Importações de Bicicletas Elétricas

O Brasil já conta uma série de empresas nacionais e até startups com projetos e
fabricação nacional de bicicletas elétricas. Apesar disto, o fato é que uma parcela
significativa das bicicletas elétricas ainda é importada ou montada localmente, a
partir de peças específicas importadas separadamente.

Até 2016, a classificação fiscal da bicicleta elétrica importada se dava no código


NCM 8711.90.00 (Outras motocicletas/ciclos, com motor auxiliar, carros laterais). A
partir de 1º de janeiro de 2017, foi criado um código NCM 8711.60.00 onde,
atualmente, o produto é classificado.9

Uma consulta aos dados de importação da Receita Federal10 nos indica o seguinte
cenário, demonstrado no gráfico a seguir:

IMPORTAÇÃO BRASILEIRA
CÓDIGOS NCM 8711.90.00 E 8711.60.00

87119000 87116000

35

30

25
un [mil]

20

15

10

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: Comex Stat, MDIC, 2018. Elaborado por Sidera Consult.

Não é possível se ter uma visão clara sobre quantas bicicletas elétricas foram
importadas desde 2010, e tampouco em 2017 e 2018, sob a nova classificação. Isso
porque, de 2010 a 2016 (sob código 8711.90.00), as bicicletas elétricas eram
classificadas juntamente com mercadorias como motocicletas, motociclos, triciclos
e outros ciclomotores. Já em 2017 e 2018, outros produtos com motores auxiliares
(como patinetes e skates elétricos) estão também sendo classificados no novo
código (8711.60.00).

Uma pesquisa no site da Receita Federal11 aos dados mensais (Fev/2018, Mar/2018 e
Abr/2018) de importação de produtos sob o código 8711.60.00 confirmam essa

9 http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/anexoOutros.action?idArquivoBinario=45387
10 http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral
11 https://siscori.receita.fazenda.gov.br/apoiosiscori/consulta.jsf

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situação, indicando que cerca de 25% dos produtos ali registrados não são bicicletas
elétricas.

Ainda assim, é inquestionável o aumento significativo da importação de produtos


registrados sob o código 8711.60.00. Em 2017, foram cerca de 5.500 unidades sob a
nova classificação. Em 2018 (até outubro), mais de 18.000 unidades. Esses dados
indicam que a importação de bicicletas elétricas já cresceu mais de 300% em 2018
em comparação a 2017:

IMPORTAÇÃO BRASILEIRA CÓDIGO NCM 87.11.60.00


bicicletas elétricas outros

25

20
un [mil]

15

10

0
2016 2017 2018

Fonte: Comex Stat, MDIC, 2018. Elaborado por Sidera Consult.

Tais números reforçam a nossa projeção e estimativa da venda de 31.000 bicicletas


elétricas no Brasil em 2018, sendo certo que mais de 60% deverão ser de bicicletas
importadas.

A ausência de códigos específicos na NCM para tratar e registrar a importação da


bicicleta elétrica (montada ou em partes) se traduz em uma deficiência de
informações paralisante, tanto para o setor privado quanto para o governo,
transformando-se certamente em entrave para o desenvolvimento do mercado.

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4. Mercado Internacional de Bicicletas

Em função da disponibilidade de dados mais precisos a respeito do mercado de


bicicletas e, em especial, de bicicletas elétricas, para esta análise comparativa, os
países/blocos escolhidos foram os Estados Unidos, União Europeia, e Japão.

Vale notar que, apesar dos maiores volumes, o mercado chinês não foi selecionado,
uma vez que seus modelos de bicicletas elétricas não são similares aos vendidos no
Brasil, e possuem especificações técnicas que as colocam mais próximas às motos,
tanto em termo de aplicação quanto de usuários.

4.1. Estados Unidos

4.1.1. Mercado de Bicicletas Totais nos Estados Unidos


Na última década, a venda de bicicletas totais nos Estados Unidos tem apresentado
uma relativa estabilidade, como demonstrado no gráfico abaixo:

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V E N D A S T O T A I S D E B I C I CL E TA S N O S E U A
20.000

15.000
un [mil]

10.000

5.000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: NBDA, 2016. Elaborado por Sidera Consult.

4.1.2. Mercado de Bicicletas Elétricas nos Estados Unidos


Apesar da estabilidade quanto a bicicletas totais, assim como nos demais países
analisados, é perceptível uma clara tendência no aumento do consumo de
bicicletas elétricas nos Estados Unidos. Os dados de vendas de bicicletas elétricas
entre 2007 e 2016 foram reunidos no gráfico a seguir:

VENDAS DE BICICLETAS ELÉTRICAS NOS EUA


700 4,0%
600
500 3,0%
un [mil]

400
2,0%
300
200 1,0%
100
0 0,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Vendas % do Total de Bicicletas vendidas nos EUA

Fonte: Presto, 2010; LEEDS, 2015; Estimativas próprias. Elaborado por Sidera Consult.

Percebe-se tanto uma constância no crescimento nas vendas das bicicletas elétricas
em termos de unidades, como a sua maior importância no universo total de
bicicletas vendidas no país, a despeito da relatada estabilidade na venda das
bicicletas totais.

4.2. União Europeia

4.2.1. Mercado de Bicicletas Totais na União Europeia


Assim como nos Estados Unidos, a venda de bicicletas na União Europeia apresenta
uma relativa estabilidade na última década, como demonstrado no gráfico abaixo:

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V E N D A S T O T A I S D E B I C I CL E TA S N A E U R O P A

20.000

15.000
un [mil]

10.000

5.000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: CONEBI, 2017, elaborado por Sidera Consult.

4.2.2. Mercado de Bicicletas Elétricas na União Europeia


Dos países e regiões selecionados para este estudo, a União Europeia apresenta, sem
sombra de dúvidas, o comportamento de maior crescimento no consumo de
bicicletas elétricas nessa última década. Os dados de vendas de bicicletas elétricas
nos países-membros da União Europeia, de 2007 a 2016, foram reunidos no gráfico a
seguir:

VENDAS DE BICICLETAS ELÉTRICAS NA EUROPA


7,0%
1400
6,0%
1200
5,0%
1000
un [mil]

800 4,0%

600 3,0%
400 2,0%
200 1,0%
0 0,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Vendas % do Total de Bicicletas vendidas na Europa

Fonte: CONEBI, 2017. Elaborado por Sidera Consult

4.3. Japão

4.3.1. Mercado de Bicicletas Totais no Japão


No Japão, o número de bicicletas totais vendidas localmente vem apresentando
uma ligeira tendência de queda na última década, como podemos concluir a partir
dos dados consolidados e apresentados no gráfico a seguir:

16/63
17/63

V E N D A S T O T A I S D E B I C I CL E TA S N O J A P Ã O
10.000
un [mil]

5.000

0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: JBPI, 2017. Elaborado por Sidera Consult.

4.3.2. Mercado de Bicicletas Elétricas no Japão


Já os dados referentes às bicicletas elétricas no Japão demonstram, assim como nos
Estados Unidos e União Europeia, uma tendência crescente na última década,
mesmo com a queda na venda de bicicletas totais. Porém, comprova também que
tal mercado já existe bem antes de 2006, o que permite uma avaliação um pouco
diferente do restante dos países:

VENDAS DE BICICLETAS ELÉTRICAS NO JAPÃO


700 10,0%
600
8,0%
500
6,0%
un [mil]

400
300 4,0%
200
2,0%
100
0 0,0%
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Vendas % do Total de Bicicletas vendidas no Japão

Fonte: JBPI, 2017. Elaborado por Sidera Consult.

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5. Perfil Consumidor e Drivers

5.1. Nacional

5.1.1. Contextualização dos Produtos Vendidos


O consumo de bicicletas tem tido mais relevância no mercado brasileiro, tanto pela
preocupação com o meio ambiente, como pelo interesse da população em se
locomover nas metrópoles de forma rápida, prática e eficiente.

Como consequência dessa alteração no modo de perceber e utilizar a bicicleta, os


produtos fabricados e vendidos estão sofrendo mudanças aceleradamente. Em
pleno processo de mutação, a identificação de vendas para diferentes perfis de
consumidores ainda não é possível para o segmento. É inegável que o Brasil segue a
tendência global de consumo de bicicletas de maior valor agregado, porém existem
algumas particularidades no perfil do consumidor que acabam refletindo se na
produção no país.

Apesar da ausência de dados oficiais, existe um movimento perceptível pelos lojistas


de que mais pessoas de classe média alta têm optado por bicicletas como meio de
transporte para a sua locomoção diária, especialmente nas grandes cidades, mas a
particularidade está nos modelos de bicicletas que são procuradas por esses
consumidores. A procura por bicicletas para a prática intensa de locomoção, aliada
à esportiva, ou seja, que tenham componentes importados e de alto valor agregado
para superar quaisquer obstáculos que possam reduzir a eficiência na locomoção,
tem crescido de maneira acentuada.

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É valido ressaltar que a tendência em se locomover de bicicleta também foi


reforçada pelos incentivos dados em cidades do país, em que a malha cicloviária
cresceu substancialmente.

5.1.2. Perfil do Consumidor


Segundo um estudo feito com mais de 7 mil ciclistas pela ONG Transporte Ativo em
parceria com a UFRJ sobre o perfil do ciclista em diversas cidades brasileiras, em
média 38,4% dos entrevistados buscam a bicicleta como meio principal de
transporte para obter maior rapidez e praticidade na locomoção. O mesmo estudo
mostra que 55% dos entrevistados procura pelas bicicletas para percorrer distâncias
curtas, entre 3 km a 8 km, ou um tempo médio que varia de 10 a 30 minutos. Um outro
dado importante fornecido pelo estudo é a quantidade de vezes por semana as
quais os consumidores utilizam a bicicleta como meio de transporte. O número de
quem utiliza 7 vezes por semana é de 46,5%,12 sugerindo o uso rotineiro.

O potencial das bicicletas elétricas no mercado fica evidente, uma vez que é muito
mais fácil percorrer distâncias maiores com bicicletas elétricas quando comparadas
às bicicletas convencionais. Ademais, é uma tendência de aumento na procura das
bicicletas por consumidores de renda mais alta, o que fornece indícios de uma
migração de um bem como o carro para uma bicicleta de mais valor agregado
como a elétrica.

O estudo “Economia da Bicicleta”, conduzido pela Aliança Bike em parceria com a


UFRJ em 2018, mostra que a economia financeira anual média de uma família em
que um único indivíduo troca o carro pela bicicleta é de aproximadamente
R$12.831,68 por ano.13

5.1.3. Infraestrutura
É necessário ter infraestrutura apropriada para o transporte por bicicleta se
desenvolver plenamente. Sem ciclovias adequadas, os cidadãos não vão considerar
seriamente trocar os seus carros ou transporte público para se locomover de
bicicleta. Em um estudo peruano, 80% dos entrevistados disseram que iriam comutar
de bicicleta apenas se houvesse vias suficientemente seguras.

Ao observar outras cidades latino-americanas, uma maior percentagem de viagens


é feita em cidades com grandes malhas cicloviárias. Por exemplo, em Rosário,
Argentina, há 100 km de ciclovias; lá, 5,3% das viagens são feitas de bicicleta. Da
mesma forma, Bogotá destaca-se com 5% das viagens feitas de bicicleta em 392 km
de ciclovias. Como demonstra o gráfico abaixo com dados de 2015, e sabendo-se

12 Pesquisa de Perfil realizada pela ONG Transporte Ativo, com apoio técnico da UFRJ, com acesso em:
http://ta.org.br/perfil/ciclista18.pdf
13 Fonte: Aliança Bike & LABMOB/UFRJ

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que as ciclovias atualmente são muito mais extensas, é evidente que existe uma
correlação positiva visível entre a infraestrutura cicloviária e o número de viagens
efetuadas por bicicleta:

PERCENTU AL DE VIAGENS DIÁRIAS ( COMMUTE) POR BICICL ETA,


2015
450

400 Bogotá
350
KM DE CICLOVIAS

300 Rio de Janeiro


São Paulo
250
Santiago
200

150
Curitiba México Buenos Aires
100 Córdoba Rosário

50 Belo Horizonte Florianópolis


Medellin Concepción
0 Mendoza
0 1 2 3 4 5 6

PERCENTUAL DE CICLISTAS QUE FAZEM DESLOCAMENTO DIÁRIO AO TRABALHO

Fonte: IABD, elaborado por Sidera Consult.14

Especificamente em São Paulo, o tamanho da malha cicloviária teve um aumento


de mais de 50% em 3 anos, chegando a 498 km de extensão em 2018, segundo a
CET-SP. De acordo com Luca Simeone, presidente da associação Italiana Dinapoli
Pedala, porém, é importante ressaltar que as ciclovias devem ser planejadas e
desenvolvidas corretamente. Na Itália, as ciclovias urbanas aumentaram em 50% de
2008 a 2015. Contudo, o número dos ciclistas permaneceu em 3,6%15, devido à falta
de qualidade na engenharia e na estruturação das ciclovias. Além disso, condutores
de automóveis não seguem as regras de trânsito, estacionam em ciclovias ou
conduzem acima do limite de velocidade, o que põe em perigo a vida dos ciclistas
que fazem o percurso ao trabalho diariamente16. Em outras palavras, a despeito da
intenção dos agentes públicos, essas ciclovias não estão melhorando a segurança
dos ciclistas. Por outro lado, este fenômeno pode ser visualizado de maneira contrária
tomando-se os EUA como exemplo: assim que o número de ciclovias seguras e
apropriadas aumentou, a quantidade de ciclistas cresceu proporcionalmente17.

14

https://publications.iadb.org/bitstream/handle/11319/6808/Ciclo_inclusion_en_America_Latina_y_el_Caribe_Guia_p
ara_impulsar_el_uso_de_la%20bicicleta.pdf
http://www.mobilize.org.br/estatisticas/28/estrutura-cicloviaria-em-cidades-do-brasil-km.html
15 http://www.ansa.it/canale_ambiente/notizie/mobilita/2018/01/25/aumentano-le-piste-ciclabili-non-gli-italiani-in-
bici_652be81a-9d82-478e-a5a6-d90515af102f.html
https://www.wired.it/lifestyle/mobilita/2018/01/26/aumentano-le-piste-calano-ciclisti-napoli-pedala/?refresh_ce=
16 https://www.wired.it/lifestyle/mobilita/2018/01/26/aumentano-le-piste-calano-ciclisti-napoli-pedala/?refresh_ce=
17 https://usa.streetsblog.org/2016/07/20/report-as-cities-add-bike-lanes-more-people-bike-and-biking-gets-safer/

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Outro aspecto importante e carente na América Latina é o número de pontos de


estacionamento para as bicicletas. Alguns dos lugares mais bem-sucedidos na
promoção do uso de bicicleta como alternativa de viagens diárias ao trabalho são
aqueles que oferecem estacionamento gratuito, juntamente com infraestrutura
cicloviária. 18

5.1.4. Compartilhamento de Bicicletas Elétricas


Os programas de compartilhamento de bicicletas elétricas tiveram origem em
Amsterdam, onde em 1965 se criou o primeiro programa de aluguel de bicicletas
elétricas. O serviço é um negócio claramente promissor, e cada vez se torna mais
acessível, graças às novas tecnologias.

Atualmente, mais de 900 cidades oferecem diversos programas de bicicletas


compartilhadas19; especificamente o compartilhamento de bicicletas elétricas é
relativamente novo, mas interessante e promissor.

Bogotá
O programa MUVO é o primeiro sistema de bicicletas elétricas compartilhadas na
América Latina, e foi implementado por um empreendedor colombiano que tomou
o exemplo de Madrid, onde observou que as bicicletas elétricas eram o melhor
método para se deslocar nas grandes avenidas. O sistema funciona por meio de um
aplicativo simples desde março de 2018.20

Madrid
O sistema de compartilhamento de bicicletas elétricas instalado em 2014 em Madrid
foi um dos pioneiros na Europa. Em uma parceria público-privada, a empresa Ride
On, também espanhola, fornece soluções de compartilhamento de bicicletas
elétricas, não só na parte de infraestrutura, mas também no quesito software e
sistemas de interligação e aplicativos.21

O programa chamado de BiciMad possui 1560 bicicletas 100% elétricas, espalhadas


em 123 estações.22 Como se trata de uma parceria público-privada e aprovada pelo
concelho municipal de Madrid, o próprio Estado oferece um seguro para acidentes
durante o uso.23

18 http://repositorio.esan.edu.pe/bitstream/handle/ESAN/1303/2018_MASCM_16-
1_05_T.pdf?sequence=1&isAllowed=y
19https://www.citylab.com/city-makers-connections/bike-share/
20 https://www.eltiempo.com/bogota/muvo-bicicletas-electricas-para-alquilar-en-bogota-192524
21 http://www.ride-on.es/en/index.html
22 https://www.accessiblemadrid.com/en/blog/bicimad-public-bike-rental-service-madrid#
23 https://www.bicimad.com/

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Paris
A agência de transportes da França (IDFM) fornecerá para setembro do próximo ano
(2019) 10 mil bicicletas elétricas para a capital francesa. O serviço Veligo de
compartilhamento de bicicletas elétricas pretende incentivar as viagens diárias de
bicicleta na cidade, o que transformará Paris na cidade com o maior programa de
bicicletas elétricas compartilhadas do mundo.24

Outros Mercados
Cada vez mais empresas multinacionais oferecem serviços de bicicleta elétrica
compartilhada em diferentes países. A LimeBike, uma empresa americana, por
exemplo, oferece o sistema de bicicletas elétricas para compartilhamento desde
2017 e já se espalhou por diversas cidades ao redor dos Estados Unidos e Europa,
como Seattle, Chicago, Miami, Madrid, Lisboa, entre outras.25

O gigante Uber oferece também o serviço de bicicletas elétricas compartilhadas por


meio da nova iniciativa “Jump” que já se espalhou em diferentes cidades dos
Estados Unidos e espera-se que chegue ao mercado brasileiro para o próximo ano
2019.

5.1.5. Patinetes Elétricos como Produto Similar


Os patinetes elétricos são uma iniciativa moderna e complementar que está se
desenhando na indústria da mobilidade. O modo mais típico de uso é semelhante
ao serviço de bicicletas compartilhadas, e consiste em alugar o serviço por um
tempo determinado através do aplicativo móvel de cada marca. Os patinetes são
desbloqueados com o mesmo aplicativo, que permite igualmente localizar os
veículos em tempo real.

Santiago de Chile é uma das principais cidades latino-americanas em que se


desenvolveu esse tipo de meio de transporte, e a evolução tem sido muito boa nos
últimos meses. Atualmente, três empresas de patinetes elétricos operam na cidade,
Bird, Lime e Scoot, todas norte-americanas. Na cidade se projeta um novo
lançamento de patinetes elétricos compartilhados para o próximo ano 2019, dessa
vez um empreendimento chileno, a empresa Hop uma equipe que busca promover
o empreendedorismo local.

Os patinetes elétricos exigem esforço para continuar andando, enquanto a bicicleta


elétrica auxilia na pedalada, permitindo uma experiência melhor em cidades com
muitas colinas. Não entanto, os patinetes elétricos oferecem vantagens diferentes
que as bicicletas elétricas ainda não conseguem fornecer como menor custo e
menor peso. Ambos produtos são meios de transporte ecológicos que se encaixam
em diferentes tipos de usuário dependendo da necessidade.

24 http://bicycling.com.br/paris-tera-a-maior-frota-de-bicicletas-eletricas-do-mundo-ate-2019/
25 https://www.li.me/es/

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6. Motivações para uma Equiparação Tributária

6.1. Externalidades Positivas das Bicicletas Elétricas

Nos países em que o uso das bicicletas elétricas foi incentivado e popularizado, e
este produto consolidou-se bem essencial à população analisada, observaram-se
vários benefícios e consequências capazes de tornar o ciclismo mais acessível:

● Outros modos de transporte: O ciclismo, além de facilitar o transporte, pode


ser uma solução para quem precisa se deslocar até estações de outros modos
de transporte, especialmente coletivos. Adicionalmente, a bicicleta elétrica
pode facilitar essa locomoção, porque permite a inclusão no ciclismo de
grupos que não o praticavam anteriormente devido à sua condição física
(como idosos, pessoas com paralisia parcial, entre outros), ou mesmo devido
à falta de conveniência percebida – por exemplo, pessoas que não desejam
transpirar muito durante o percurso até o trabalho.

● Transporte público melhor: O objetivo das bicicletas não é substituir nenhum


outro meio de transporte público, é torná-los mais eficientes e integrados. O
uso de bicicletas faz o trânsito fluir melhor, já que uma ampla variedade de
opções de transporte aumenta a capacidade, eficiência e a segurança de
todo o sistema.

● Mobilidade equitativa: De maneira geral, as bicicletas elétricas permitem que


distâncias mais longas sejam realizadas com menor nível de esforço em

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comparação com as bicicletas convencionais. Ao facilitar o deslocamento


de distâncias mais longas, faz com que seja um produto mais inclusivo frente
à realidade de adensamento e da forma urbana, sendo assim uma solução
de mobilidade equitativa.

● Declividade das vias: As bicicletas elétricas facilitam a superação dos


obstáculos naturais ao ciclismo, como ladeiras, comuns em muitos das
principais metrópoles brasileiras, como São Paulo e Belo Horizonte, ou ventos
contrários fortes.

● Sustentabilidade: Por reduzir o número de carros nas ruas, as bicicletas


elétricas apresentam inúmeros benefícios para promover a mobilidade
sustentável e alcançar os objetivos de transporte, além de melhorar os níveis
de poluição da cidade mediante a redução de emissões de CO2 e de ruídos
urbanos, com reflexos claros na saúde da população – usuária ou não das
bicicletas.

● Complementaridade ao carro: As bicicletas elétricas apresentam uma


alternativa a viagens curtas e médias de carro. Bicicletas convencionais são
mais rápidas que carros para distâncias de até 5 km. Com as bicicletas
elétricas, esse raio é ampliado para 10 km e, mesmo para distâncias maiores
de até 20 km, a diferença de velocidade com o carro (elétrico ou movido a
combustível) é marginal, mas com custos mais de 60 vezes menores.

● Mais potencial de carga: Bicicletas elétricas possibilitam o transporte de


mercadorias mais pesadas do que as bicicletas convencionais. Esta é uma
vantagem não apenas para indivíduos que realizam as suas compras de
bicicleta ou a pé, mas também para as empresas cujo propósito são entregas
e outras que dependem de soluções rápidas e baratas de logística urbana.

● Maior aderência: A possibilidade de equiparar para as bicicletas elétricas as


mesmas taxas reduzidas de IPI às aplicadas para bicicletas convencionais as
transformaria em um bem um pouco mais acessível aos consumidores
brasileiros.

Tráfego intenso: Na América Latina, um dos principais incentivos para usar


bicicletas elétricas é o tráfego intenso. Na cidade de São Paulo, aqueles que
usam bicicletas economizam até 90 minutos por semana antes perdidos no
trânsito26. Estudos demonstram que as pessoas que utilizaram bicicletas
elétricas passaram a fazer 64% mais viagens que o grupo que usava bicicletas
convencionais.27 O estudo mostra não só o aumento na quantidade, como o

26 CEBRAP, 2017.
27 ALIANCA BIKE, 2018.

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aumento na distância dos trajetos feitos - em média passaram a ser 10,3 km


com bicicletas elétricas, contra 4,1 km com bicicletas convencionais. O
estudo ressalta que o grupo que começou a utilizar a bicicleta elétrica passa
a utilizar a bicicleta não só para ir ao trabalho ou à escola, mas para outros
afazeres do dia a dia ou para momentos de lazer.

6.2. Equiparação Tributária e Análise Comparativa Internacional

Uma equiparação tributária para bicicletas elétricas ao mesmo patamar de 10%


aplicado para bicicletas convencionais apresenta um grande potencial para novos
consumidores, incluindo os que ainda não aderiram à bicicleta convencional como
meio de transporte, e mesmo para a substituição por bicicletas de maior valor
agregado. Bicicletas elétricas podem representar a solução para várias das
limitações que as bicicletas convencionais enfrentam, trazendo inúmeros benefícios
não só para o usuário, mas também para a cidade.

A tabela abaixo evidencia o impacto dos impostos nas bicicletas, tanto elétricas
como convencionais, em diferentes países. O objetivo da comparação é demonstrar
a diferença de tratamento de impostos entre os dois produtos nesses países e
ressaltar alguns pontos do mercado brasileiro, em que o mercado da bicicleta
elétrica se encontra em tratamento discriminatório e em absoluta desvantagem em
relação ao mercado da bicicleta convencional.

Para a hipótese abaixo, supõe-se o preço indistinto e exemplificativo para os dois


tipos de bicicleta (“BE” - elétrica28 e “BC” - convencional29) de US$ 1.000:

US$ EU USA Japão Brasil


BE BC BE BC BE BC BE BC
II (%) 8.00 14.00 0.00 11.00 0.00 0.00 20.00 35.00
Imposto 15.0030 15.00 6,5131 6,51 8.0032 8.00 IPI% 35 IPI% 10
nacional PIS% 2,1 PIS% 2,1
(%) COFINS% COFINS%
9,65 9,65
ICMS% ICMS%
18,00 18,00
Total 1,242 1,311 1,065.1 1,182.15 1,080 1,080 1,977 1,886.62

Fonte: OMC e Tecwin, desenvolvido por Sidera Consult.

O chamado “super-IPI”, no patamar de 35%, torna a bicicleta elétrica equiparável a


artigos de luxo ou supérfluos, como perfumes, casacos de pele, e jogos eletrônicos,
ou a produtos cujo consumo se deseja desestimular ou que são danosos à saúde da

28 NCM 8711.60.00: Motocicletas, incl. ciclomotores e ciclos equipados com um motor auxiliar, com ou sem carros
laterais.
29 NCM 8712.00.10: Bicicletas e outros ciclos (incluindo triciclos de entrega), não motorizados.
30 IVA – Imposto de Valor Agregado.
31 Média do imposto nacional.
32 Taxa de consumo.

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população, como bebidas alcoólicas, refrigerantes e seus extratos, cigarro ou armas


de fogo. Até maquiagens, estatuetas e outros objetos de ornamentação e fogos de
artifício geram tributação de IPI mais razoável em relação às bicicletas elétricas,
ainda que não pareça haver qualquer motivação que justifique esta política de
oneração excessiva a um bem essencial, com tantas externalidades positivas aos
seus usuários. Essa estruturação de tributação, enfim, precisa ser revista com máxima
urgência.

Fonte: Tecwin, desenvolvido por Sidera Consult

Com os argumentos apresentados até o presente momento no estudo, em que se


evidencia que as bicicletas elétricas apresentam a mesma praticidade e agilidade
que uma bicicleta convencional, destacando-se inclusive como solução de
mobilidade alternativa não só para o transporte motorizado particular, desafogando
o trânsito e o transporte público, não faria sentido a comparação com bens
supérfluos.

Por fim, vale ressaltar que a expectativa é de seja possível um crescimento de


arrecadação em relação à atual com a equiparação do IPI das bicicletas elétricas
ao patamar de bicicletas convencionais, sobretudo devido ao estágio inicial de
amadurecimento do mercado e potencial de crescimento acentuado de volumes
de vendas mediante os incentivos corretos.

A análise comparativa internacional, apresentada a seguir, demonstra quão


desvantajoso o cenário brasileiro é em relação aos países estudados.

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6.2.1. União Europeia


● Imposto de Importação (%): A União Europeia tem um imposto geral de
importação de 8% e 14% para bicicleta elétrica e bicicleta convencional,
respectivamente.33

● IVA (%): Segundo a regulamentação da União Europeia, atualmente aplica-


se uma taxa mínima padrão de 15% para as importações dos Estados-
Membros, com uma taxa reduzida para alguns produtos específicos que não
deve ser inferior a 5%. Essa taxa pode variar um pouco segundo as
regulamentações de cada país, mas age como piso geral para o bloco.

6.2.2. Estados Unidos


● Imposto de Importação (%): Os Estados Unidos acordaram um imposto geral
de importação de 11% para bicicletas convencionais, ao passo que as
bicicletas elétricas estão isentas de imposto de importação. 34

● Imposto Nacional (%): No caso dos Estados Unidos, os impostos nacionais ou


locais dependem da regulamentação de cada estado, mas, para efeitos da
hipótese acima, foi usada a média do imposto. A média do imposto sobre
vendas dos Estados Unidos é de 6,51%; para o cálculo desse tributo médio,
utilizou-se a soma do imposto estadual e a taxa média do imposto local.35

6.2.3. Japão
● Imposto de Importação (%): O Japão deixou ambos os produtos isentos de
imposto de importação. 36

● Imposto Nacional (%): Os produtos importados para o Japão estão sujeitos ao


imposto de consumo, atualmente de 8% sobre o preço do bem importado.

6.2.4. Brasil
O Brasil, comparado aos outros países selecionados, possui um maior número de
impostos, além de extremamente elevados, que se detalham a seguir:

● Imposto de Importação (%): O Brasil possui atualmente um imposto de


importação de 20% e 35% para bicicleta elétrica e bicicleta convencional,
respectivamente. O imposto de importação para bicicleta convencional é de
20% para todos os membros do Mercosul, mas atualmente o produto está

33 OMC – Organização Mundial do Comércio.


34 Idem.
35 https://taxfoundation.org/state-and-local-sales-tax-rates-2018/
36 OMC.

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incluído na LETEC – Lista de Exceção à Tarifa Externa Comum (Anexo II da Res.


Camex 125/2016), em que se solicitou desde 2011 o aumento temporário do
imposto de importação para o Brasil ao patamar de 35%, sendo incerta ainda
a sua duração.

● Impostos Nacionais (%):

o IPI%: Segundo o sistema facilitador de pesquisas sobre classificação de


mercadorias Tecwin, o IPI para bicicleta convencional é de 10% e o
imposto para bicicleta elétrica é de 35%.

o PIS/PASEP%: O imposto do Programa de Integração Social é de 2,1%


para ambos os produtos.37

o COFINS%: Segundo o sistema facilitador de pesquisas sobre


classificação de mercadorias Tecwin, o imposto para a Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social é de 9,65% para ambos os
produtos.

o ICMS%: O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)


afeta o produto quando ocorre a circulação da mercadoria entre os
Estados da Federação é de 18% para ambos os produtos.

6.3.5. Carga Tributária Excessiva

Impostos Bicicletas Convencionais Bicicletas Elétricas


II (%) 35% 20%
IPI (%) 10% 35%
PIS / PASEP (%) 2,1% 2,1%
COFINS (%) 9,65% 9,65%
ICMS (%) 18% 18%
Total 75% 85%
Fonte: Tecwin, desenvolvido por Sidera Consult

Como pode ser observado na hipótese descrita acima, os impostos para as


bicicletas, tanto elétricas como convencionais, são exagerados, representando de
75% a 85% de oneração sobre o custo38, em uma clara limitação para o setor e
grande impacto negativo na possibilidade e decisão de compra do consumidor.

Concretamente, em pesquisa conduzida pela Aliança Bike sobre o comércio


varejista de bicicletas, o primeiro motivo para que os comerciantes estejam fora

37 Fonte: Sistema facilitador de pesquisas sobre classificação de mercadorias Tecwin.


38
Nesta soma foram considerados todos os impostos, inclusive o II, que não necessariamente incide sobre
todas as bicicletas comercializadas no Brasil.

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deste mercado é o preço muito acima do poder aquisitivo do típico usuário desses
produtos. Das lojas entrevistadas, quase a metade explica que nem se arrisca a
comercializar bicicletas elétricas por serem excessivamente caras, mas isso poderia
ser contornado com uma estrutura de tributos mais compatível:

Desde o momento da importação de qualquer um desses dois produtos até a sua


comercialização, cinco impostos recaem sobre eles, o que coloca o mercado
brasileiro em uma desvantagem óbvia em relação ao tratamento tributário
oferecido em outros países, em que os impostos não são tantos, tampouco tão
elevados.

Um dos pontos críticos a destacar é a diferença no custo final depois da incidência


dos impostos entre bicicletas convencionais e elétricas nos diferentes países. Na
análise comparativa internacional, podemos observar que o mercado de bicicletas
elétricas é normalmente incentivado com impostos mais baixos do que as bicicletas
tradicionais, à exceção do Brasil.

Os governos de outras economias estão apoiando e fomentando cada vez mais o


consumo de bicicletas elétricas como um meio de transporte sustentável mediante
a mudança de alíquotas e outras políticas de incentivo, pois são de imensa valia na
solução de problemas de mobilidade nas grandes metrópoles, além de promover a
saúde de seus usuários.

Um exemplo que pode servir de inspiração é o da União Europeia, em que vários


países observaram o enorme potencial nas bicicletas elétricas para ajudar os Estados
Membros, cidades e regiões a atingir os parâmetros ideais em termos de qualidade

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do ar e outras metas ambientais. Países como Suécia, França e Áustria introduziram


esquemas que incentivam a compra de bicicletas elétricas. Recentemente, o
Comitê de Transportes do Parlamento espanhol votou uma moção solicitando a
introdução de vários incentivos fiscais para o ciclismo, incluindo subvenções para a
compra de bicicletas elétricas, como a redução das taxas do IVA. 39 Os Estados
Unidos também proporcionam estímulos ao mercado de bicicletas elétricas, por
meio do já citado imposto de importação de 0%.

De maneira diametralmente oposta, o Brasil é o país entre os comparáveis que mais


oneram as bicicletas - convencionais ou elétricas. A tributação deveria ser a mesma
e reduzida, porque ambos são produtos complementares. Como já mencionado,
bicicletas elétricas permitem a inclusão no mercado de bicicletas de consumidores
antes inatingíveis, como idosos e pessoas com deficiências físicas, pessoas que
percorrem diariamente percursos maiores, e cidades com terrenos mais
acidentados.

As consequências dessa elevada tributação são uma oferta limitada do produto,


com preços forçadamente exagerados, o que impacta diretamente o consumidor
e dificulta o acesso das famílias ao bem, incentivando a informalidade e a evasão
de impostos e, por fim, afetando a dinâmica do mercado de bicicletas em geral. O
mercado de bicicletas elétricas está em uma crescente ascensão mundial, mas, por
hora, esse crescimento não pode ser usufruído em um país com tantos bloqueios e
barreiras como o Brasil.

39 https://d1wa5qhtul915h.cloudfront.net/app/uploads/2018/10/Joint_ECF-CONEBI_position_paper_EU_VAT.pdf)

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7. Evolução, Tendências e Incentivos

7.1. Programas de Políticas Públicas Recentes no Brasil

O eixo cicloviário da Av. Brigadeiro Faria Lima é o mais utilizado de São Paulo,
principalmente por ser longo (13 km, da Vila Leopoldina ao Parque Ibirapuera), estar
conectado com diversas outras estruturas (como a Ciclovia do Rio Pinheiros e da Av.
Luis Carlos Berrini), com outros modos de transporte como o Metrô e a CPTM, e ter
sido implantada em um trajeto majoritariamente plano. É até comum observar
congestionamentos de bicicletas nos cruzamentos quando os sinais fecham,
sobretudo nos horários de pico. O mesmo acontece na ciclovia da Avenida Paulista,
que, apesar de ficar em uma área alta da cidade, segue pelo topo do chamado
“espigão” do planalto paulista: uma área longa, contínua e sem aclives.

Na ciclovia da Faria Lima é interessante notar o crescimento na participação de


bicicletas elétricas no universo dos ciclistas, conforme demonstram os gráficos
abaixo:

2013 2015 2018

1% 2% 8%

99% 98% 92%

Fontes: Ciclocidade, 2013, 2015 e Aliança Bike, 2018.

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Além de estar em local de grande fluxo de trabalhadores e consumidores, ambas


ciclovias servem de ligação entre diversos pontos da cidade através da ligação com
outras ciclovias, conectando Centro, Zona Oeste e Zona Sul da cidade.

As bicicletas elétricas expandem as possibilidades dos usuários e o tráfego em ruas e


avenidas com aclives, o que é particularmente relevante em cidades como São
Paulo, Belo Horizonte e Salvador.

7.2. Incentivos na União Europeia

Vários países aumentaram a procura por bicicletas elétricas para consumo pessoal
mediante a criação de incentivos econômicos. A França, a Noruega e a Suécia
dedicaram parte de seu orçamento nacional para pagar até 25% do valor de uma
bicicleta elétrica, com um limite de até €100040. Estes países obtiveram resultados
muito positivos, aumentando o número de vendas de bicicletas elétricas e reduzindo
as emissões de poluentes sonoros e atmosféricos.

Além disso, países como Áustria, Bélgica, França, Suécia, Itália, Holanda e Espanha,
que já são grandes usuários de bicicletas convencionais, têm desenvolvido diversas
estratégias para facilitar o acesso às bicicletas elétricas. Alguns desses países
optaram por estratégias mais intensas e/ou amplas que outros, mas o impacto em
seus mercados em tão curto prazo já é muito positivo.

Os benefícios socioeconômicos da utilização da bicicleta na União Europeia estão


avaliados em mais de meio bilhão de euros ao ano (cerca de 3% do PIB da UE, ou
2,5 vezes o PIB de Portugal), segundo a Associação pela Mobilidade Urbana em
Bicicleta (MUBI).41

Dentre os programas de incentivos europeus, alguns foram pontuados abaixo, como


boas políticas de fomento passíveis de réplica no Brasil, ainda que ajustadas à
realidade financeira brasileira.

7.2.1. Suécia
A Suécia começou em 2016 a reembolsar os cidadãos que compram bicicletas
elétricas por 25% do preço de compra.42 O esquema piloto nacional oferece um
desconto de até um valor total de €1000 para todos que adquirem uma bicicleta
elétrica.

40 https://futuroverde.org/2017/10/25/suecia-ofrece-subsidios-para-bicicletas-electricas/
41 https://theworldnews.net/pt-news/mubi-defende-incentivos-para-uso-de-bicicletas-electricas
42https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-

%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf

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7.2.2. França
A França, em fevereiro de 2017, ofereceu por um ano subsídio de €200 para as
compras de bicicletas elétricas.43

Além disso, Paris oferece incentivos fiscais de até €600 para os seus habitantes que
comprarem bicicletas elétricas e bicicletas de carga, ou que abandonarem os seus
carros em favor do ciclismo e outros modais de transporte público. Incentiva
igualmente com €400 os residentes que atualizam as suas bicicletas convencionais e
as substituem por bicicletas elétricas.44 Outras grandes cidades da França
atualmente oferecem esquemas de subsídios para indivíduos que queiram comprar
uma bicicleta elétrica. Esses incluem, entre outros:

• Rennes: aluguel de bicicletas elétricas por um ano (150 €); depois disso, apoio com
o preço de aquisição até 365 €
• Nantes: 25% do preço de aquisição até 300 €
• Bordeaux: 25% do preço de aquisição até 300 € por uma bicicleta elétrica e até
600 € para uma cargo-bike elétrica.
• Nice: 25% do preço de aquisição até 150 € 45

7.2.3. Noruega
A Noruega voltou seu foco para famílias ciclistas, oferecendo aos moradores até
€1.000 pela compra de uma bicicleta elétrica.46 Dado o custo típico das bicicletas
elétricas, cerca de US$ 2.500 a US$ 6.400, o crédito normalmente cobre entre 25% e
50% do custo total da bicicleta.

O país reservou US$ 1 bilhão em todo o país para novas infraestruturas relacionadas
a bicicletas, incluindo novas ciclovias e mais bicicletas elétricas. O governo acredita
que proporcionar mais bicicletas elétricas para as pessoas minimizaria a necessidade
de infraestruturas mais caras, além das outras externalidades positivas já
mencionadas.47

7.2.4. Áustria
Na Áustria, nos últimos anos, foram implementados inúmeros programas locais de
incentivos. O esquema de incentivos da capital, Viena, subsidiou mais de 2.500
bicicletas elétricas durante a fase de aceitação do mercado, em 2010, e foram

43https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-

%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf
44 Cada subsídio aplica-se a apenas uma bicicleta por pessoa. https://www.bicycling.com/news/a20049353/paris-

electric-bikes-cargo-bikes-subsidies/
45https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-

%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf
46https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-

%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf
47 https://www.businessinsider.com/oslo-electric-bike-offer-2017-2

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vendidas 20.000 bicicletas elétricas no país nesse ano. Os incentivos foram um fator
decisivo para o avanço subsequente do produto no país.

O programa austríaco de subsídios para bicicletas elétricas beneficia empresas


privadas, organizações sem fins lucrativos e religiosas, bem como autoridades locais.
O montante do subsídio para 2016 foi de € 300 para bicicletas elétricas e € 500 para
carros elétricos.

7.2.5. Bélgica
Em 2016, o Ministério da Mobilidade da Bélgica iniciou negociações com os
Ministérios de Saúde e Finanças para fazer com que os impostos pagos em bicicletas
elétricas fossem dedutíveis. Atualmente, as bicicletas elétricas são a maior categoria
de bicicletas na Bélgica, com uma participação no mercado (em unidades) de
45%.48 Essas vendas são apoiadas por incentivos fiscais do governo nacional.

Como em Bruxelas, os habitantes de Gent podem receber uma bolsa para a


aquisição de uma bicicleta elétrica se eles entregarem a placa de seu carro. O
montante do subsídio é de € 250 para bicicletas elétricas e € 400 para bicicletas
elétricas de carga.49

7.2.6. Alemanha
Em 2016, a cidade de Munique iniciou um esquema de subsídios para eletro-
mobilidade que inclui bicicletas elétricas. O subsídio é de 25% do preço de compra
do produto, e pode ser concedido a empresas privadas e organizações sem fins
lucrativos, com os seguintes valores máximos: € 500 para bicicletas elétricas; e € 1000
para bicicletas elétricas de carga.50

7.2.7. Itália
Na Itália, vários municípios oferecem esquemas de subsídio para a compra de
bicicletas elétricas, principalmente para pessoas físicas. Alguns exemplos desses
esquemas são:

• Bolonha: € 300 para bicicletas elétricas, € 600 para bicicletas elétricas de carga
• Florença: € 200
• Veneza: de € 350 a € 500
• Modena: 14% do preço de aquisição, até € 310
• L'Aquila: 10% do preço de aquisição
• Catânia: € 250

48 https://www.bike-eu.com/sales-trends/nieuws/2018/01/e-bikes-take-lead-in-belgian-market-10132617
49 https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-
%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf
50 https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-

%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf

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• Santorum: € 100
• Grosseto: de € 200 a € 25051

7.2.8. Holanda
Amplamente aclamada como a principal nação amiga do ciclismo do mundo, a
Holanda tem o maior número de bicicletas elétricas per capita (16,1 por 1000
habitantes) entre os países europeus. Nos Países Baixos, existem vários programas de
sucesso em nível regional. Por exemplo, a cidade de Utrecht oferece às empresas
um desconto de €1.000 para a aquisição de bicicletas elétricas rápidas para
funcionários que tenham que se deslocar mais de 10 km por dia.52

7.2.9. Espanha
Na Espanha, o governo nacional incluiu o ciclismo nos esquemas de subsídios anuais
para a eletro-mobilidade durante os últimos anos. Para o programa nacional, foi
atribuído um total de € 200.000, com um subsídio de € 200 por bicicleta elétrica. Além
disso, existem alguns programas locais e regionais que funcionam de forma
semelhante ao programa nacional.53

7.2.10. Portugal
A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (MUBI) está atualmente
defendendo a inclusão da bicicleta nas políticas de mobilidade no âmbito do
Orçamento do Estado (OE) para 2019, mediante o Fundo Ambiental. A MUBI pede a
inclusão da bicicleta nas políticas e medidas de incentivo à mobilidade elétrica.
Segundo a MUBI, as políticas de incentivo à mobilidade elétrica:

"têm de ter em conta todos os modos de transporte, e não ser focadas na


redução de emissões de apenas um modo, ou não ter em consideração
outros problemas da sociedade como o sedentarismo da população,
congestionamentos ou o uso do espaço público". 54

7.3. Incentivos nos Estados Unidos

As bicicletas elétricas são o segmento com o maior crescimento nas vendas de


bicicletas nos Estados Unidos: durante os últimos 12 meses, as vendas das bicicletas
elétricas aumentaram 112% no mercado. O número de consumidores está
crescendo, e as pessoas na maioria das demografias estão usando bicicletas

51 https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-
%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf
52 https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-

%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf
53 https://ecf.com/sites/ecf.com/files/FINAL%20for%20web%20170216%20ECF%20Report_E%20FOR%20ALL-

%20FINANCIAL%20INCENTIVES%20FOR%20E-CYCLING.pdf
54 https://theworldnews.net/pt-news/mubi-defende-incentivos-para-uso-de-bicicletas-electricas

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elétricas para substituir viagens de automóveis e aumentar as possibilidades de


percursos com bicicletas convencionais.55

Além de ter zerado o imposto de importação, o país ainda intenciona estender os


incentivos que dão à compra de carros elétricos para compradores de bicicletas
elétricas.

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Portland sugere que os consumidores de


bicicletas gastam mais em média do que os clientes que chegam de carro. O
governo quer dar aos moradores razões para que as pessoas saiam de suas casas,
sejam mais ativas e ainda tenham opções de transporte mais práticas. Atualmente,
existe uma ciclovia contínua de nove milhas ao norte do Brooklyn, do outro lado da
Manhattan Bridge, até a First Avenue e sobre a Willis Avenue Bridge até o Bronx..56

Neste ano de 2018, o setor de bicicletas dos EUA, tanto elétricas como
convencionais, está passando por tempos difíceis, uma vez que o maior produtor e
exportador no mundo de bicicletas e acessórios para o mercado estadunidense é a
China, e a guerra comercial entre os dois países vem acarretando uma queda
importante no setor: seus impostos de importação sofreram um acréscimo de 25%
mediante a inclusão na Section 301 - Tariffs on Chinese Products and Retaliatory Tariffs
by China on U.S. Goods.57

Em entrevistas, os jovens americanos asseguram que gostariam de morar em lugares


em que não precisassem de um automóvel para se locomover, e considerariam
mudar-se para outra cidade se tivessem mais e melhores opções de locomoção,
incluindo transporte público, compartilhamento de carros e bicicletas, além de ruas
mais favoráveis a pedestres.58 Esse comportamento é previsto em outros países de
maior desenvolvimento, bem como metrópoles brasileiras, como São Paulo, Rio de
Janeiro, Porto Alegre, Recife e Belo Horizonte.

7.4. Incentivos no Japão

Desde que o governo do Japão assinou o Protocolo de Kyoto em 2001, o país se


tornou parte interessada nos esquemas de incentivos do uso das bicicletas elétricas
para reduzir as emissões de gases e níveis de poluição atmosférica e sonora.

Além disso, o país tem implementado uma política de segurança energética desde
meados da década de 1970, que motivou o grande investimento na rede ferroviária
e no transporte público. Adicionalmente, a política promoveu o desenvolvimento

55 https://www.ocregister.com/2018/09/10/can-southern-californias-electric-bike-companies-survive-trumps-tariffs/
56 https://peopleforbikes.org/blog/long-island-bike-path-science-lovers-dream-ride/
57 https://www.ocregister.com/2018/09/10/can-southern-californias-electric-bike-companies-survive-trumps-tariffs/
58 https://peopleforbikes.org/blog/americas-best-places-bikes-new-system-rates-480-u-s-cities/

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das bicicletas elétricas como transporte sustentável: no Japão, 5 milhões de pessoas


pedalam para o sistema ferroviário a cada dia de trabalho. Segundo o Prof. Hook,
em seu paper sobre a mobilidade urbana japonesa, que permanece atual apesar
de quase 25 anos de existência:

“A bicicleta é um símbolo de sociedade capaz de satisfazer as


suas necessidades de transporte de passageiros de uma forma
mais rentável e menos prejudicial ao meio ambiente,
permitindo que recursos econômicos escassos sejam
investidos em outros lugares.”59

Ao olhar mais de perto a produção de bicicletas no Japão, é notável verificar a


importância da bicicleta elétrica para a indústria do país. Com quase 570.000
unidades, as vendas das bicicletas elétricas no ano passado (2017) atingiram uma
participação de mercado de 63,8% na produção total de bicicletas do Japão. Em
comparação com as vendas de bicicletas elétricas em 2016, o Japão aumentou
3,7% em volume e 9,3% em valor.60

O país tem vários incentivos ao consumidor de bicicletas elétricas. O subsídio máximo


disponível é equivalente a cerca de € 6.300.61 O programa do governo foi lançado
em 2009 e os apoios financeiros foram sendo gradualmente reduzidos ao longo dos
anos. De maneira permanente, entretanto, as bicicletas elétricas estão isentas do
imposto de importação no Japão.

Adicionalmente, o Japão investe na tecnologia para a evolução das bicicletas


elétricas; por exemplo, o uso de energia solar para carregar as bicicletas é um dos
projetos de interesse do país.

Considera-se que existem quatro nichos de mercado das bicicletas elétricas no


Japão, os quais poderiam ser replicados no Brasil:

● Pessoas de todas as idades que se utilizam de bicicletas elétricas


próprias ou de empresas, fábricas e escritórios com eletricidade da
rede elétrica ou carregamento de baterias solares e instalações de
armazenamento seguras.

● Viajantes e estudantes que usam bicicletas elétricas para se transportar


até estações ferroviárias e intercâmbios modais. Vale notar que grande

59 Hook, W (1994) The evolution of Japanese urban transportation and non-motorised transport, Paper No 940954.
Transport Research Board 73rd Annual meeting January 1994. Washington DC.
60 https://www.bike-eu.com/sales-trends/nieuws/2018/04/e-bikes-positive-note-on-japan-market-10133524
61 Lutsey, N. (2015), Transition to a Global Zero-Emission Vehicle Fleet: A Collaborative Agenda for Governments,

www.theicct.org/sites/ default/files/publications/ICCT_GlobalZEVAlliance_201509.pdf (accessed 16 July 2016)

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parte dos usuários precisam de uma bicicleta nas duas extremidades


de sua jornada ferroviária.

● Jovens ciclistas masculinos e femininos usando bicicletas elétricas para


reduzir o esforço físico extra de andar em cidades montanhosas, de
modo a equiparar a sua mobilidade à de ciclistas em áreas urbanas
planas.

● Os idosos para todos os tipos de viagens, especialmente para


recreação e compras: as bicicletas elétricas leves e dobráveis são
permitidas no trens-bala e cabem facilmente no porta-malas de um
carro.

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8. Projeções de Demanda por Bicicletas Elétricas no Brasil


As vendas de bicicletas elétricas ainda representam uma parcela muito pequena do
total de bicicletas vendidas no Brasil, não chegando a 0,3%. Em países como o
Bélgica e Holanda, esse percentual chega a ultrapassar 25% das vendas totais. No
entanto, enquanto as vendas de bicicletas tradicionais têm apresentado um
crescimento cada vez menor nos últimos cinco anos, estimamos que as vendas de
bicicletas elétricas têm apresentado uma taxa de crescimento anual composta 62
(CAGR) de 20% desde 2010.

Essa tendência corrobora evidências anedóticas do setor, que indicam que o perfil
de bicicletas no Brasil está passando por uma mudança importante: diminuição de
vendas de bicicletas básicas per capita e aumento de vendas de bicicletas de maior
valor agregado, como bicicletas elétricas. Essa convergência pode ser extrapolada
do comportamento das vendas e preços: o crescimento de vendas de bicicletas
(excetuando elétricas) tem caído, mas o preço médio real passa a subir a partir de
2013:

V E N D A S E P R E ÇO D E B I C I C L E TA S N O B R A S I L
Vendas Bicicletas Preço

5.500 230

Preço Médio de Venda (R$ de 2017)


5.000 220
Vendas (em milhares)

210
4.500
200
4.000
190
3.500
180
3.000 170

2.500 160
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: IBGE. Elaborado por Sidera Consult.

A falta de dados mais detalhados para o mercado de bicicletas, em especial para


as elétricas, impossibilita análises mais robustas. Esta seção explorará alguns
elementos da demanda por bicicletas elétricas e projeções de consumo para os
próximos cinco anos, ressaltando que, como apontado, um estudo mais consistente
e detalhado esbarra na indisponibilidade de dados. Sendo assim, análise será feita
com correlações simples, mas que podem guiar um entendimento do setor.

62 É uma taxa de variação suavizada.

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Comparativos internacionais agregam à análise, uma vez que dados nacionais são
escassos. Com uma amostra de 29 países, em sua maioria desenvolvidos e europeus,
observa-se que as vendas per capita de bicicletas elétricas no Brasil é muito pequena
(0,05 unidades por mil habitantes), ficando em último lugar amostral e muito abaixo
da média dos países selecionados (3,07).

UNIDADES DE VENDAS DE BICICLETAS


ELÉTRICAS POR MIL HABITANTES | 2016
16,03
14,85
9,95
7,89
7,41
5,21
4,5
3,64
2,43
2,22
2,08
2,04
1,52
1,42
1,39
1,18
1,14
0,86
0,63
0,51
0,48
0,37
0,29
0,26
0,24

0,19

0,05
0,2

0,1

Fonte: CONEBI (Países Europeus), IBGE (Brasil), Presto (EUA) e FMI. Elaborado por Sidera Consult.

Usando os mesmos países, mas levando em conta o PIB per capita, encontramos
uma correlação positiva de 0,42 entre o consumo de bicicletas elétricas e a renda
em 2016. Isso significa que, quanto maior o PIB, maior o consumo de bicicletas
elétricas. No entanto, existe uma dispersão muito grande entre os países, podendo
indicar que outros fatores também influenciam na diferença de adoção entre as
regiões, como cultura, geografia e clima.

Com uma análise simples, obtemos uma elasticidade-renda de 2,8. Isso significa que
um aumento do PIB de 1% estimularia o crescimento do consumo de bicicletas
elétricas em 2,8%. Ou seja, o consumo de bicicletas elétricas é sensível à renda,
sendo maior que bicicletas convencionais.

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RELAÇÃO PIB E VENDAS DE BICICLETAS


ELÉTRICAS PER CAPITA
Ln Vendas per capita de Bicicletas Elétricas

2,50

1,50

0,50

(0,50)

(1,50) Brasil

(2,50)
9,5 9,7 9,9 10,1 10,3 10,5 10,7 10,9 11,1 11,3 11,5
Ln PIB per capita

Fonte: CONEBI (Países Europeus), IBGE (Brasil), Presto (EUA) e FMI. Elaborado por Sidera Consult.

Ademais, quando se fala em demanda, imediatamente se imagina uma relação


entre quantidade e preço. O gráfico abaixo ilustra essa relação para bicicletas
(exceto elétricas) no Brasil entre 2006 e 2016. Uma regressão simples indica uma
possível elasticidade negativa entre preço e vendas de -0,27. Isso poderia ser
interpretado, com muitas ressalvas, que uma diminuição de 10% no preço
aumentaria as vendas em 2,7%.

Comparado a outros estudos feitos para diferentes meios de transporte no Brasil63, a


possível elasticidade-preço seria menor que a do transporte público e maior que a
de automóveis. A mesma análise não pode ser feita para bicicletas elétricas, uma
vez que dados de preços para esse produto estão indisponíveis. Uma vez que este
levantamento seja concluído, novas projeções podem ser realizadas.

No entanto, acreditamos que a elasticidade-preço para bicicletas elétricas é menor,


pelo perfil de consumo implícito no país, podendo se aproximar ao de automóveis
(a literatura aponta que, em média, é inferior a -1,2).

63 Eg. http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3024/1/TD_1947.pdf

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RELAÇÃO VENDAS E PREÇO DE BICICLETAS NO BRASIL


(2006-2016)
-3,65

-3,75
Ln venda de Bicicletas

-3,85

-3,95

-4,05

-4,15
5,1 5,15 5,2 5,25 5,3 5,35 5,4
Ln preço médio de vendas

Fonte: IBGE. Elaborado por Sidera Consult.

Com esses fatores em mente, extrapolaremos uma análise para a previsão de


crescimento de demanda para os próximos cinco anos, levando em consideração
dois cenários:

i) elasticidade-renda, com base no crescimento do PIB per capita previsto


pelo FMI – destacamos que essa é uma análise conservadora, uma vez
que os dados internacionais de países semelhantes são escassos;

ii) variação com base na taxa de crescimento anual composta.

Em ambos os casos, conjugamos a análise com a redução de IPI de 35% para 10%
em 2019. O crescimento da população também é baseado em projeções do FMI.
Os cenários são resumidos no tópico abaixo.

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8.1. Cenários de Crescimento de Demanda

8.1.1. Cenário 1
Considerando o crescimento de mercados estudados de bicicletas elétricas, é
possível fazer uma estimativa acerca do crescimento do mercado brasileiro. A
presente análise foi feita com base no mercado dos Estados Unidos, em que o share
de bicicletas elétricas (em relação ao total de bicicletas comercializadas) cresceu
de 0,7% em 2007 para 1,8% em 2011. De 2011 a 2015, experimentou um novo
crescimento, atingindo cerca de 4,0%. Apesar da falta de dados oficiais e atuais
(como apresentado no capítulo 4), nossas estimativas indicam que o share de
bicicletas elétricas superará 0,5% em 2018.

Se considerarmos que: a venda de bicicletas no Brasil crescerá cerca de 2% ao longo


dos próximos anos, e que a venda de bicicletas elétricas experimentará, de forma
conservadora, metade do crescimento que já ocorreu nos Estados Unidos até 2020;
ou seja, assumindo que o share de bicicletas elétricas saltará dos atuais 0,25% em
2016 para 2,0% em 2020, temos que o volume de bicicletas elétricas comercializadas
crescerá de 10.000 unidades em 2016 para mais de 90.000 unidades em 2020.

ESTIMATIVA
VENDAS DE BICICLETAS ELÉTRICAS NO BRASIL
300 280 7,0%
250 6,0%
200 5,0%
161
un [mil]

4,0%
150
93 3,0%
100
54 2,0%
50 18 31
10 1,0%
0 0,0%
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Vendas Bicicletas elétrica % do Total de Bicicletas vendidas no Brasil

Fonte: Estimativas elaboradas por Sidera Consult

A partir de 2020 e assumindo uma presunção de que o share de bicicletas elétricas


continue crescendo às mesmas taxas dos próximos anos, é possível estimar que, em
2022, cerca de 280.000 unidades de bicicletas elétricas sejam comercializadas.

Os números percentuais de crescimento podem dar uma percepção equivocada


de exagero, mas a base inicial é pequena, e existem inequivocamente vários nichos
em que a bicicleta elétrica vem demonstrando uma aderência promissora, como
nos do “primeiro veículo”, do público afeito à agenda de sustentabilidade, dos
consumidores em busca de práticas mais saudáveis, da população ciclista que
enfrenta dificuldades físicas com as bicicletas convencionais, dos usuários de

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motocicletas, entre muitos outros. Além disso, se levarmos em conta a baixíssima


relação de bicicletas elétricas per capita e o padrão em outros países, o crescimento
é factível.

8.1.2. Cenário 2
Levando em consideração os dados apresentados na seção anterior de
elasticidade-renda, variação com base na taxa de crescimento anual composta,
combinados com crescimento populacional, crescimento do PIB e uma possível
equiparação do IPI, os seguintes cenários de crescimento são possíveis:

PIB per População Cenários


Ano capita Crescimento PIB e Crescimento CAGR e
(US$) do PIB Equiparação CAGR Equiparação
do IPI do IPI
2018* 14,312 209,205,000 31,225 31,225 43,850 43,850
2019* 14,549 210,677,000 32,903 34,877 52,990 56,170
2020* 14,780 212,096,000 34,594 36,670 64,017 67,858
2021* 15,011 213,459,000 36,343 38,523 77,314 81,952
2022* 15,251 214,766,000 38,199 40,491 93,344 98,945
2023* 15,499 216,018,000 40,171 42,582 112,666 119,426
Crescimento 8.3% 3.3% 28.7% 36.4% 156.9% 172.4%
esperado
(2018 – 2023)
Fonte: Sidera Consult com base em dados do FMI *Projeção

O crescimento do PIB projetado pelo FMI entre 201764 e 2023 é baixo, de


aproximadamente 8,3%. Com isso, o crescimento efetivo até 2023 seria de apenas
28,7%. No entanto, se considerarmos o crescimento potencial (baseado na CAGR),
o aumento pode chegar a 172,4%.

8.1.3. Equalização do IPI


Um cenário importante é a possibilidade de equiparação do IPI sobre bicicletas
elétricas de 35% para 10%, patamar aplicável em 2019 para bicicletas
convencionais, o que levaria, tudo o mais constante, a uma redução do preço
médio do produto em 18% (exceto para os fabricados em Manaus).

Extrapolando a análise de crescimento e usando a mesma elasticidade-preço de


bicicletas convencionais (medida conservadora), o ganho efetivo a mais poderia ser
de 8 pontos percentuais (p.p.), enquanto o ganho potencial seria de 15 p.p. Ou seja,
as vendas anuais passariam de 10 mil unidades em 2016 para 43 mil ou 119 mil
unidades em 2023, respectivamente.

O gráfico abaixo contrasta os diferentes cenários de crescimento de vendas:

64 Dado de PIB para 2017 ainda sujeito a revisão.

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Cenários de Crescimento de Demanda por Bicicletas


Elétricas no Brasil

172%
157%

36%
29%

PIB CAGR PIB CAGR


Sem Redução de IPI Com Redução de IPI
Fonte: Sidera Consult

Os cenários expõem que uma redução de IPI tem um efeito positivo direto no
consumo, uma vez que torna as bicicletas elétricas mais acessíveis. A maior adoção
de bicicleta elétrica tem externalidades positivas complexas, como a melhora na
mobilidade, redução de congestionamentos, e evolução nos indicadores de saúde,
pela redução de poluentes e aumento de exercícios físicos.

Como o mercado de bicicletas elétricas no Brasil é pequeno, o impacto na


arrecadação de curto prazo é insignificante perto da redução de obrigações de
investimentos públicos no longo prazo, levando a um ganho líquido positivo. Essa é
uma política pública que estimula que cidadãos façam melhores escolhas para si.

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9. Propostas para o Setor

a. A bicicleta elétrica é um produto de custo elevado, desalentando o


consumidor para a aquisição do produto. Uma alternativa viável seria a
estruturação de um financiamento bem competitivo, como os oferecidos
pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES,
específico para a bicicleta elétrica; o mercado seria positivamente
impactado, facilitando a compra pelo consumidor.

Neste sentido, o BNDES está oferecendo financiamento para a instalação de


sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração, tanto para pessoas
físicas como jurídicas; o programa tem como objetivo incentivar o cidadão a
investir em sustentabilidade. O maior benefício do programa é o que permite
carência de 3 a 24 meses, com prazo máximo de 144 meses. Dentro dos itens
financiáveis estão:

“sistemas geradores fotovoltaicos, aerogeradores até 100kw,


motores movidos a biogás, inversores ou conversores de
frequência e coletores/aquecedores solares; ônibus e caminhões
elétricos, híbridos e outros modelos com tração elétrica; e
ônibus movidos a etanol.”65

65 https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/imprensa/noticias/conteudo/bndes-muda-regra-e-pessoas-
fisicas-podem-investir-em-energia-solar

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b. As bicicletas elétricas são produtos consideravelmente caros, ainda mais do


que as bicicletas convencionais, e os altos impostos têm nelas um impacto
negativo ainda maior. A equiparação no tratamento tributário para a
bicicleta elétrica e bicicleta convencional é essencial. Até mesmo com todos
os benefícios evidentes de andar de bicicleta elétrica – como chegar ao
trabalho livre de suor ou recebendo assistência em um percurso mais longo ou
íngreme - há um problema que o consumidor não pode evitar, que é a
diferença colossal de preços entre os dois produtos.

c. Na linha que tem sido bastante intensificada pelo governo no sentido de atrair
investimentos, é importantíssimo priorizar a estruturação de projetos de novas
ciclovias e infraestrutura, reduzindo as emissões e o congestionamento do
tráfego, além do impacto claro e inequívoco na saúde das pessoas – usuárias
ou não. O uso de materiais recicláveis como garrafas de plástico para fazer
ciclovias é uma proposta que, além de viabilizar trajetos mais seguros de
bicicleta, proporciona a redução de resíduos, e se utiliza menos energia.

d. Esquemas de subsídio de compra ajudariam a atenuar essa diferença de


preços entre os dois produtos. Sugerimos uma abordagem adaptada às
condições do mercado brasileiro e redução de custos estruturais, baseada
nas discussões apresentadas no presente estudo.

e. Nas principais cidades brasileiras em que o trânsito e a poluição são grandes


preocupações, é possível estabelecer um esquema de sustentabilidade e
antipoluição que procure reduzir os trajetos de carro e impulsionar as viagens
“verdes”, com incentivos como sorvete ou ingressos de cinema para os
participantes que completem os seus percursos de bicicleta elétrica. Esse tipo
de incentivo já foi testado em cidades europeias e a sua acolhida tem sido
muito efetiva, além de aumentar o tráfego nos varejistas participantes do
programa.

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10. Conclusões e Projeção do Setor a 5 Anos

As bicicletas elétricas são um produto relativamente inovador, mas que tem papel
fundamental no alcance de objetivos atuais de mobilidade urbana que priorizem
segurança, sustentabilidade e saudabilidade, em complementação aos outros
meios de transporte já existentes e consolidados no mercado brasileiro.

Diz-se ser um produto complementar dentro do ciclismo, uma vez que aponta para
um mercado-alvo que muitas vezes a bicicleta convencional não pode satisfazer
plenamente, como para pessoas de uma faixa etária com mais de 60 anos, pessoas
que vivem em centros urbanos com alto nível de declividade, profissionais mais
formais que devem priorizar uma vestimenta elegante e por vezes menos flexível,
entre muitos outros nichos.

Com isso, podemos concluir que a bicicleta elétrica é um produto que, por gerar
tantas externalidades positivas, deveria contar com políticas e programas de
incentivos fiscais no mínimo equivalentes aos oferecidos à bicicleta convencional,
considerando-se o custo de mercado de ambos os produtos.

Nos mercados internacionais, e particularmente na Europa, as bicicletas elétricas


recebem incentivos fiscais mais elevados e mais subsídios de compra do que as
bicicletas convencionais, porque são produtos de alto preço, mas com importantes
benefícios sociais, bem como por fazer parte de um mercado crescente que está se
tornando cada vez mais exigente.

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A bicicleta elétrica é uma tendência irreversível na mobilidade urbana de muitos


países, que deve ser acompanhada de mudanças estruturais nos regulamentos
internos e nas políticas de cada governo. Isso, a fim de obter acesso a todos os
benefícios que o produto tem a oferecer e para ser capaz de atender às demandas
desta nova tendência.

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11. Fontes e Referências Bibliográficas

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