Programa Da 3 Classe
Programa Da 3 Classe
Programa Da 3 Classe
Ministério da Educação
Reforma Educativa
Ficha Técnica
Título
Programa do Ensino Primário da 3.ª Classe.
Autores
Departamento do Ensino Geral.
Direcção-Geral
Dr.
David Leonardo Chivela; Dr.
Pedro Nsiangengo.
Coordenação
Dr.
Joaquim Cabral.
Correcção
INIDE/Departamento/Secção Língua Portuguesa.
Editora
Editora Moderna.
Impressão
GestGráfica, S.A.
Tiragem
1.500 Exemplares.
Esta opção foi feita devido à monodocência no Ensino Primário pois, neste nível, o professor é
único para todas as disciplinas. Assim, julgamos ser viável a elaboração de uma brochura única, a
fim de facilitar o seu manuseamento.
Poderá efectuar o seu trabalho tendo em atenção a interdisciplinaridade e uma melhor progressão
dos conteúdos a ministrar.
Aproveitamos a ocasião para desejar-lhe bom trabalho e sucesso, pois de si dependerá o futuro
do Homem de amanhã.
A Coordenação
Índice
Ao entrar para a escola, a criança tem já determinados conhecimentos, adquiridos a partir das
suas vivências no meio familiar e social.
É a língua veicular, através da qual se emitem e recebem mensagens e a base para a aquisição de
conhecimentos técnico-científicos e de valores éticos, cívicos e culturais. Ela desempenha também
a função de veículo para a transmissão e aquisição de conhecimentos implícitos e explícitos, sendo
um instrumento de integração.
A Língua Portuguesa não é, para a maioria das crianças angolanas, a sua língua materna, daí
o cuidado de, no Ensino Primário, se adoptarem métodos e técnicas eficazes, capazes de levar
os alunos a efectuar uma transição pacífica e consciente das aprendizagens oriundas do círculo
familiar e social para a aprendizagem e o conhecimento de conteúdos devidamente estruturados
e ministrados nas instituições de ensino. Esses conhecimentos permitirão que as novas gerações
sejam dotadas de um conhecimento lógico e de uma aprendizagem progressiva da língua, condições
necessárias para a resolução de questões próprias da vida individual e colectiva.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Na elaboração do programa de Língua Portuguesa para as classes anteriores (1.ª e 2.ª) do Ensino
Primário, teve-se em conta alguns pressupostos, a saber:
>> Considerar-se a Língua Portuguesa como língua de comunicação nas relações sócio-político-culturais,
língua de escolaridade ou de ensino, já que o nosso país é fértil em línguas nacionais;
>> Não ser a Língua Portuguesa a língua materna da maioria das crianças angolanas;
>> Considerar-se a Língua Portuguesa como o meio através do qual os alunos irão assegurar um
determinado número de funções complementares às suas respectivas línguas maternas sem, contudo,
pretender substituí-las;
>> Considerar-se a Língua Portuguesa como um meio de apoio e de articulação entre todas as disciplinas.
Nesta classe, dever-se-á ter em conta a mesma linha de orientação, para que o ensino-aprendizagem
em Língua Portuguesa e a utilização correcta da mesma permitam o desenvolvimento do vocabulário
e da compreensão e expressão oral e escrita.
Neste contexto, dever-se-á desenvolver um trabalho que assegure a progressão, dando
prioridade ao desenvolvimento das capacidades de compreensão e expressão orais, no âmbito do
desenvolvimento global do aluno.
Uma vez que nas classes anteriores se procedeu à integração da criança no “universo” da oralidade,
o que lhe permitiu familiarizar-se com a aprendizagem da escrita, esse “universo” dará de igual
modo lugar à transição gradual para a leitura e expressão escrita nesta classe.
Tendo a Língua Portuguesa carácter transdisciplinar, isto é, sendo a plataforma pela qual passa
todo o ensino das outras disciplinas, há necessidade premente de, cada vez mais, se alargarem e
aprofundarem os conhecimentos propostos no programa das classes anteriores e, simultaneamente,
desenvolver a leitura e a expressão escrita.
É a partir desta classe que se introduz o ensino da Gramática, de maneira explícita, para que o
aluno aprenda algumas regras gramaticais que regem o funcionamento de uma língua.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
No âmbito da Reforma Educativa, alargou-se o Ensino Primário para seis classes; assim, a disciplina
de Língua Portuguesa neste nível, deve proporcionar ao aluno os meios necessários tendentes a
atingir os objectivos preconizados tanto a nível pessoal, como social e cultural, nomeadamente:
>> Conhecer as características principais da língua como meio de comunicação interpessoal e objecto
de estudo;
>> Aplicar os métodos de trabalho e de pesquisa, recolha, organização e progressão para aprendizagem
dos conteúdos linguísticos e comunicativos programados;
>> Compreender assuntos e temas, palavras e frases relacionadas com o Ensino Primário;
Na terceira classe, o ensino da Língua Portuguesa visa, entre outros, os seguintes objectivos
gerais:
>> Conhecer meios de informação veiculadores de novos saberes, nomeadamente a rádio, a televisão e
os jornais;
>> Desenvolver a oralidade, a leitura e a escrita, de maneira a adquirir uma determinada competência
linguística;
>> Desenvolver atitudes, hábitos de asseio, ordem, respeito, solidariedade e gosto pelo trabalho;
>> Aplicar conhecimentos que lhe permitam a compreensão progressiva dos fenómenos, salientando os
fenómenos humanos e sociais;
>> Analisar o desenvolvimento integral da criança para a melhoria qualitativa dos resultados escolares.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Importa aqui realçar que, dada a natureza globalizante da criança face às actividades de língua,
os conteúdos da oralidade, da leitura, da escrita e da gramática, não devem ser tratados como
unidades isoladas, mas sim de maneira interligada e de prática permanente devidamente orientados
para as suas vivências.
Este programa pressupõe o desenvolvimento de um currículo em espiral que remete e alarga
progressivamente conteúdos e processos de realização, permitindo a passagem gradual de um
conhecimento mais elaborado, complexo e conceptualizado.
Os conteúdos encontram-se organizados em torno de três áreas, a saber:
>> Temas;
>> Vocabulário;
>> Gramática.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Temas
1 - A Comunidade
>> As principais profissões exercidas pela população na agricultura, na pesca, na caça e na indústria.
Vocabulário:
>> Localidade, cidade, cultura, usos, costumes, profissões da população, agricultura, pesca, caça,
indústria, quimbo, sanzala, bairro...
Verbos:
2 - A Saúde
Neste tema devem ser abordados os cuidados a ter com a higiene pessoal, a utilização da água,
a alimentação e outras precauções necessárias para a prevenção das doenças, nomeadamente as
vacinas.
Vocabulário:
>> Banho, cabelo, unhas, roupa, água, limpeza, ar livre, cozinha, cozido, posto médico, enfermeiro,
consulta, vacina e outros...
Verbos:
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
3 - Transporte e Telecomunicações
Pretende-se com este tema dar a conhecer os meios de transporte mais próximos da criança:
carro, machimbombo, autocarro, táxi, comboio, avião, helicóptero, bicicleta, moto, jangada, canoa...
Os alunos devem também conhecer outros meios de comunicação como o telefone, a rádio, a
televisão, os jornais e outros...
Vocabulário:
>> Meios de transporte: Carro, comboio, moto, bicicleta, avião, helicóptero, canoa, jangada, barco,
autocarro;
>> Meios de comunicação: Telefone, rádio, televisão, jornal, correio, selo, internet...
Verbos:
>> Ser, transportar, viajar, ter, servir, levar, ouvir, ler e outros...
4 - A Natureza
Com este tema, o aluno deve conhecer a vida vegetal (flora) e a vida animal (fauna) da localidade
e fora dela, assim como conhecer a posição do Homem na Natureza (Homem como ser social). O
aluno deve ter conhecimento da Natureza e do meio que o envolve.
Vocabulário:
>> Plantas, hortas, quintais, jardim, pomares, árvores de frutos, verduras, madeira, algodão, café,
palmeira, coqueiro;
>> Quedas, parques, serras, barragens, baías, ilhas, montanhas, planícies, vales...
Verbos
Vocabulário
O vocabulário é o conjunto de palavras que constitui uma língua. Comunicar numa língua implica
conhecer o seu vocabulário e saber organizá-lo em frases. À medida que se vai adquirindo o domínio
de uma língua, vai-se alargando o vocabulário e melhorando o seu uso.
A introdução de novos conteúdos lexicais deve ser feita numa perspectiva de aquisição e
alargamento, devendo o professor proporcionar a utilização de vocábulos já conhecidos, ao mesmo
tempo que introduz os novos. O método natural é o mais aconselhável para a aprendizagem do
vocabulário.
Gramática
É o conjunto de princípios e regras que dirigem o funcionamento de uma língua. O ensino-
aprendizagem da Gramática deve basear-se em textos e frases simples e não em exercícios de
fixação de regras.
Nesta classe, serão sistematizados todos os conteúdos apreendidos durante as classes anteriores.
De facto, os conteúdos gramaticais na 1.ª fase (1.ª e 2.ª classes) foram introduzidos de forma
implícita e importa agora tornar explícito o saber gramatical anteriormente apreendido de forma
intuitiva pelo/a aluno/a. Durante a segunda fase (3.ª e 4.ª classes), os alunos deverão ser capazes de
distinguir e aplicar correctamente conceitos gramaticais básicos da Língua Portuguesa nos seguintes
domínios:
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
TEMA: 1 - A Comunidade
>> Assinalar as principais profissões exercidas pela população: na agricultura, na pesca; na caça; e na
indústria;
TEMA: 2 - A Saúde
Os objectivos específicos e conteúdos a tratar nesta classe têm como pressupostos o alargamento
e aprofundamento das competências adquiridas nas classes anteriores. Assim sendo, pretende-se
que o aluno:
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
>> Compreenda enunciados de natureza diversificada (conversas, recados, avisos, instruções, etc.);
>> Identifique em diálogos e noutros enunciados orais os vários personagens e acções de cada um;
>> Participe em jogos de reprodução de literatura oral (trava-línguas, lengalengas, rimas, adivinhas,
cantares, contos);
>> Reconte o que observou, ouviu ou leu, desenvolvendo a capacidade de observação de gravuras,
objectos, paisagens, etc.;
>> Contacte com diversos tipos de registos e suportes de escrita (produções de outros alunos,
documentação, jornais, revistas, correspondência, notícias...);
>> Relacione o que lê com as suas vivências escolares e extra- escolares, com os seus gostos e preferências;
>> Leia textos produzidos por iniciativa própria ou pelos companheiros (para toda a turma, para um
grupo, para o professor);
>> Desenvolva progressivamente a leitura e a interpretação de texto através de: leitura expressiva;
leitura dialogada; leitura silenciosa; leitura colectiva de textos previamente escolhidos de acordo com
as unidades programadas;
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> Redija diferentes tipos de textos (fichas de identificação pessoal, recados, avisos, cartas, histórias...);
>> Desenvolva capacidades de observação através de análise e redacção de factos vividos, lidos ou
contados e da dramatização;
>> Produza pequenos textos escritos sob orientação do professor ou por iniciativa própria;
>> Produza pequenos textos sobre vivências, acontecimentos, contos, provérbios, notícias lidas, ouvidas,
etc.;
>> Desenvolva progressivamente a escrita através de: exercícios de ortografia, redacção, elaboração de
legendas, composições e resumos.
No domínio social:
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Sugestões Metodológicas
Com os objectivos propostos neste programa para o Ensino Primário, pretende-se que os alunos
desenvolvam na globalidade os domínios cognitivo, afectivo e social.
Propõe-se que o professor adopte uma metodologia de trabalho activo, centrada nos alunos,
seleccionando e organizando actividades que proporcionem a aprendizagem da língua, estimulando
o desenvolvimento das diferentes capacidades.
A ortografia ou a escrita correcta de palavras é muito importante nesta fase. Logo, quanto
mais certa e perfeita for a letra do aluno, melhor se entenderão os trabalhos escritos por ele
apresentados.
Os conteúdos gramaticais programados devem ser dados em conformidade com os textos e frases
simples e não em exercícios de fixação de regras. Faça o estudo e exploração dos mesmos com
exemplos práticos e exercícios de aplicação.
O/a professor/a terá a árdua tarefa de corrigir defeitos da língua que os alunos trazem da família
e do ambiente social e de enriquecer constantemente palavras e expressões, de acordo com a norma
comum. É necessário também que o/a professor/a ofereça aos/às alunos/as, modelos expressivos
que lhes aperfeiçoem a fala.
Na preparação e desenvolvimento da aula deve ter sempre em conta a turma, o aluno, o ambiente,
os métodos e estratégias a utilizar. Procure tirar as dúvidas que os alunos apresentem tanto a nível
da interpretação, como de vocabulário, ortografia ou gramática.
Para que eles ganhem o gosto pela redacção, habitue-os a fazer resumos do texto com frases
criadas por todos, colectiva e individualmente. Incentive-os a produzir pequenas composições a
partir de desenhos, histórias lidas, ouvidas ou inventadas por eles. Oriente-os para a exposição clara
e correcta das ideias e para a apresentação lógica de assuntos. Trabalhe com os alunos de forma a
explorar ao máximo as suas capacidades.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Materiais
Para aplicação deste programa, o professor disporá de:
>> Gramática;
>> Dicionário.
Avaliação
Todo o processo de ensino-aprendizagem requer uma avaliação. Todavia, o professor deverá não
somente avaliar os alunos, mas também o seu próprio trabalho.
A avaliação deve ser contínua e considerar sempre os objectivos definidos, obrigando o professor
a fazer, com frequência, registos dos resultados obtidos pelos alunos. Aconselha-se, pois, a prática
da avaliação de diagnóstico, formativa e sumativa.
Esta avaliação pressupõe que o professor deve planificar o seu trabalho e proceder a uma reflexão
pessoal.
Verificará se os conteúdos foram apreendidos por todos os alunos ou somente por alguns,
devendo reformular métodos e estratégias, se assim achar oportuno.
Esta reflexão pessoal permitirá ao professor, não só avaliar o seu próprio trabalho (auto-avaliar-
se), como também o trabalho dos alunos e decidir sobre a introdução ou não de novos conteúdos,
de reformulação de estratégias e de introdução de actividades de remediação que ajudem os alunos
a superar eventuais dificuldades.
Todavia, os possíveis novos conteúdos a introduzir deverão ser do interesse dos alunos ou com
utilidade para eles.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Anexo A
classes de Palavras
classes de classes de
Exemplos Exemplos
Palavras Palavras
Os nomes: Os verbos
>> Flexão em género; gato, gata; >> Noção de tempo verbos regulares
(ar-er-ir) e
>> Flexão em número; você, vocês; >> Passado irregulares – ir,
ser, ter
>> Flexão em grau gatinho, gatão; >> Presente eu vou
(diminutivo e tu vais ... nós
aumentativo). >> Futuro vamos
Nota: A aprendizagem destes conteúdos pressupõe, como pré-requisitos, os propostos para a 1.ª
fase. Compete ao professor, numa fase inicial, verificá-los e, se necessário, consolidá-los.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Anexo B
Conteúdos Gramaticais
Tipos de Frase:
Formas de Frase:
Nota: A aprendizagem destes conteúdos pressupõe, como pré-requisitos, os propostos para a 1.ª
fase. Compete ao professor, numa fase inicial, verificá-los e, se necessário, consolidá-los.
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> Estudo do Meio
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Introdução
Com o Estudo do Meio pretende-se desenvolver nos alunos as capacidades de observação e
relacionamento e favorecer a sua integração social. Por isso, o Estudo do Meio tem como finalidade
iniciar a criança no conhecimento sistematizado do ambiente que o rodeia. Para tal, o seu ensino
deve ser real e prático para que o aluno possa aprender a conhecer o seu próprio ambiente,
adquirindo capacidades que lhe permitam valorizá-lo e até amá-lo devidamente, como algo que lhe
proporciona o seu próprio bem e do agregado populacional de que faz parte.
O aluno tem, por isso, de aprender a observar metodicamente os factos e fenómenos geográficos
e não só, para poder reflectir e interpretar outros factos e outros fenómenos que tem de conhecer,
durante a permanência na classe que frequenta, mas que se encontram mais distantes e aos
quais a sua vida é, por vezes, completamente alheia. Contudo, é necessário ter-se em conta que a
compreensão de realidades que o aluno não conhece directamente é possível, a partir das referências
que o conhecimento do meio próximo lhe fornece. As crianças deste nível etário apercebem-se da
realidade como um todo globalizado. Por isso, o Estudo do Meio é apresentado como uma área para
a qual concorrem conceitos e métodos de várias disciplinas, como a História, a Geografia, as Ciências
da Natureza, a Etnografia e ainda aspectos que têm a ver com a Moral e o Civismo, procurando-se,
assim, contribuir para a compreensão progressiva das inter-relações entre a Natureza e a Sociedade.
Esta compreensão passa necessariamente pelo reforço do Estudo do Meio, efectivamente próximo,
em todos os seus ângulos.
É com base nesta linha conceptual que apresentamos o programa do Estudo do Meio, partindo
da criança, do que a rodeia, das interacções entre o que a rodeia, da descoberta dos materiais e dos
objectos (cuja principal função é desenvolver e sistematizar a curiosidade das crianças pelo mundo
físico e pelos materiais, enquanto aprendem cuidados a ter com a sua utilização e conservação, e
reconhecem a importância do trabalho manual). Pretende-se também com o Estudo do Meio que
as crianças saibam quais as principais cidades do país ou os seus rios mais importantes, as datas
históricas mais relevantes, que saibam construir o seu próprio friso cronológico a partir da história
familiar e local, e que respeitem os valores morais e culturais do nosso povo.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> Identificar elementos do meio físico envolvente (relevo, rios, fauna, flora, estado do tempo, etc.);
>> Identificar os principais elementos do meio social envolvente (família, escola, comunidade e
suas formas de organização, actividade humana) comparando e relacionando as suas principais
características;
>> Identificar problemas concretos relativos ao seu meio e colaborar em acções ligadas à melhoria do
seu quadro de vida;
>> Desenvolver e estruturar noções de espaço e de tempo e identificar alguns elementos relativos à
História e Geografia de Angola;
>> Compreender que todos os seres humanos são animais e ter uma compreensão elementar da
estrutura e funções do corpo humano;
>> Iniciar o desenvolvimento de uma maior consciência sobre os problemas da Natureza e necessidade
da sua protecção;
>> Iniciar e desenvolver a prática de técnicas simples de pesquisa (observação, entrevistas, cartazes,
etc.);
>> Desenvolver hábitos de higiene pessoal e de vida saudável, utilizando regras básicas de segurança e
assumindo uma atitude atenta em relação ao consumo;
>> Reconhecer e valorizar o seu património histórico e cultural e desenvolver o respeito por outros
povos e culturas, rejeitando qualquer tipo de descriminação.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Conteúdos Programáticos
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Subtemas:
>> Sua naturalidade e nacionalidade;
>> VIH/SIDA.
>> Hemorragias.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Objectivos Específicos
>> Reconhecer a sua naturalidade e nacionalidade;
Sugestões Metodológicas
Para este tema o professor pode verificar os conhecimentos adquiridos nas classes anteriores,
para introduzir as noções de naturalidade e nacionalidade. Utilizando figuras, imagens ou modelos,
o professor fala da constituição do corpo e localiza as funções de cada órgão ou sistema de órgãos.
Ao falar da função reprodutora, faz referência às DST, enfatizando o VIH/SIDA, como doença que
mata e não tem cura. Pode falar das formas de contaminação, prevenção e consequências sociais e
económicas da doença.
O professor deve dizer aos alunos que o Homem revela sentimentos/estados psíquicos como
tristeza, carinho, amor, afecto por alguém a quem se quer muito bem, etc., que se manifestam de
formas que diferem de pessoa para pessoa. O álcool e o tabaco contêm substâncias muito perigosas
que alteram a fisiologia do indivíduo que os consome. Assim sendo, o professor pode recolher
informações no seio dos alunos; qual de entre eles é descendente de pais com um destes problemas.
Deve ainda alertar que os meninos têm como responsabilidade social passarem esta informação às
pessoas da sua comunidade. Podem também elaborar um jornal mural com fotografias e outros
documentos que espelhem os perigos das bebidas alcoólicas e do tabaco. É importante fazer com
que os alunos conheçam as normas para procederem com segurança.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
>> Os antepassados.
Objectivos Específicos
>> Reconhecer os membros da família;
Sugestões Metodológicas
Através de figuras, gravuras, desenhos ou fotografias, o professor poderá explicar os graus
de parentesco entre as pessoas da mesma família. Classificar a família em restrita e alargada,
explicando as suas relações de parentesco.
Poderá construir uma árvore genealógica utilizando fotografias de uma família, gravuras, figuras
ou desenhos. O professor poderá salientar as relações dos alunos com os seus antepassados: avós
e bisavós.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Objectivos Específicos
>> Interpretar o passado do meio;
Sugestões Metodológicas
O professor conversa com os alunos sobre o passado da sua localidade. Através de figuras,
gravuras, fotografias, ou mesmo do meio físico (estátuas e, monumentos), conversam com pessoas
idosas, identificam e interpretam o passado da localidade, os costumes, tradições dos povos e
símbolos nacionais. A explicação do significado dos símbolos nacionais pelo professor e por pessoas
idosas e idóneas é muito importante.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
>> Os vegetais:
>> Estrutura;
>> Importância;
>> Os animais:
>> Estrutura;
>> Classificação;
>> Os astros:
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Objectivos Específicos
>> Classificar os planetas;
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Sugestões Metodológicas
O professor poderá levar os alunos a visitar uma quinta ou um parque biológico, ou outro lugar
onde se possam encontrar plantas e conversar sobre elas.
Recolher folhas, flores e raízes para posterior observação e comparação, por exemplo da cor,
forma e utilidade, através da observação pela lupa.
Com a ajuda do professor, os alunos poderão organizar um herbário com plantas da localidade.
>> Falar da utilidade das plantas na alimentação, vestuário, mobiliário, papel, etc;
>> Comparar e classificar os animais segundo as suas características. Poderão construir cadeias
alimentares simples;
>> Levar os alunos a reconhecer os diferentes tipos de solos e de rochas. Levar os alunos a visitar o
lugar mais elevado da localidade e analisar as diversas formas de relevo;
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> O comércio;
Objectivos Específicos
>> Reconhecer os espaços da localidade;
Sugestões Metodológicas
O professor poderá orientar os alunos a utilizar a bússola no interior e no exterior da sala.
Os alunos poderão representar, através de desenhos, os diferentes espaços da localidade como:
habitação, lojas, espaços de lazer, etc.
Poderá levar os alunos a recolher dados sobre os motivos que levam os animais e as pessoas a
deslocarem-se de um lado para o outro.
Levar os alunos a observar os diferentes locais de comércio. Incentivar os alunos a falarem com
pessoas mais velhas, como os avós e os vizinhos, sobre a evolução dos transportes e da comunicação.
Ensinar os alunos a escrever cartas, preencher envelopes, escrever telegramas e fazer um jornal.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Subtemas:
>> A agricultura;
>> As construções.
Objectivos Específicos
>> Compreender a inter-relação entre a Natureza e a Sociedade;
>> Identificar alguns perigos para o Homem e para o ambiente, resultantes do uso de produtos químicos
na agricultura;
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> Identificar alguns perigos para o Homem e para o ambiente, decorrentes da exploração mineral;
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Sugestões Metodológicas
O professor poderá reconhecer a agricultura como fonte de matérias-primas (ex.: o trigo, o óleo,
o tomate, etc.).
Mencionar algumas técnicas tradicionais e modernas associadas à agricultura: lavra, tractor, rega,
picote, etc.
Com ajuda do professor, os alunos poderão identificar alguns perigos para o Homem e para o
ambiente resultantes do uso de produtos químicos na agricultura (cuidados a ter com o uso de
pesticidas, herbicidas e adubos químicos).
Os alunos, sob orientação do professor, poderão fazer o levantamento das principais espécies
animais criadas na localidade. Enfatizar a criação de gado como fonte de alimento e como fonte
de matéria-prima (lacticínios, salsicharia, curtumes). Identificar alguns problemas de poluição
provocados pela criação de gado.
No subtema que trata da exploração florestal, o produto poderá reconhecer a exploração florestal,
o aluno poderá reconhecer a floresta como fonte de matérias primas (madeira, resina, cortiça).
Falar das normas de prevenção de incêndios florestais.
Com ajuda do professor, os alunos poderão fazer um levantamento das principais espécies de
pescado da localidade e enfatizar a pesca como fonte de alimento e de matérias-primas.
No que concerne a construção, os alunos poderão observar diversos materiais nela utilizados, as
profissões envolvidas, assim como falar da importância do saneamento básico e do abastecimento
de água e na necessidade dos espaços de lazer.
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> Programa de Matemática
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Introdução
A Matemática é considerada uma componente imprescindível na formação do Homem. A evolução
tecnológica e a diversidade de problemas que se colocam no dia-a-dia de qualquer sociedade
realçam a necessidade de dominar vários tipos de raciocínio e de utilizar, de diferentes formas, os
conhecimentos matemáticos.
O aluno deve ser encarado como um participante activo na construção dos conhecimentos
matemáticos. Por isso, uma das principais tarefas do professor é organizar os meios e criar um
ambiente favorável à aprendizagem, tendo presente que o alvo do processo de ensino-aprendizagem
é o aluno.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente, são finalidades do ensino da Matemática
no Ensino Primário:
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>>Aplicar procedimentos que visem desenvolver o pensamento funcional através do trabalho com
variáveis simples introduzidas de forma implícita;
>>Cilindro;
>>Paralelepípedo.
>>Quadrilátero;
>>Trapézio;
>>Paralelogramo;
>>Rectângulo;
>>Quadrado.
1.3. Linhas:
>>Segmento de recta;
>>Circunferência.
1.4. Simetria:
>>Noção de simetria;
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Objectivos Específicos
>> Reconhecer as relações no espaço entre os objectos e desenvolver estas relações no espaço;
>> Reconhecer o sentido dos seguintes vocabulários e saber utilizá-los: à frente, atrás, entre, em cima,
em baixo, dentro, fora, antes, depois, direita, esquerda, à direita, à esquerda;
>> Identificar sólidos que têm superfícies planas e sólidos com superfícies planas e curvas;
Sugestões Metodológicas
Para tratar as relações espaciais, sugerimos que o professor parta de situações concretas do meio
que circunda o aluno (colegas, carteiras, quadro, janelas, lâmpadas, etc.).
A verbalização da posição dos colegas e dos objectos em relação a si próprio, leva a que o aluno
compreenda fácil e rapidamente o significado do vocabulário. O jogo também poderá desempenhar
um papel importante na aquisição do vocabulário.
O estudo dos sólidos geométricos far-se-á de forma intuitiva, a partir de modelos de sólidos
geométricos e de objectos de uso corrente.
As figuras geométricas planas podem ser introduzidas a partir da observação dos sólidos e dos
desenhos. É sempre bom que se peça aos alunos para pintarem a região interior da linha desenhada.
É preciso que o aluno aprenda a distinguir uma linha aberta de uma linha fechada sem recorrer a
definições. O reconhecimento da região interior e da região exterior a uma linha fechada, pode ser
feito a partir de jogos.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE |Ministério da Educação
Planificação de um Subtema
Tema 1 | Geometria
Conhece:
>> Círculo;
>> Quadrado;
Pré-requisitos
>> Rectângulo;
>> Linhas;
>> Cubo.
>> Paralelepípedo.
>> Régua;
>> Esquadro;
Meios de Ensino
>> Papel quadriculado;
Instrumento de
>> Provas.
Avaliação
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Tema 2 - Grandezas
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Objectivos Específicos
>> Reconhecer a necessidade de utilização de uma unidade padronizada para efectuar medições;
>> Relacionar a hora com o minuto, o minuto com o segundo, através do uso do relógio;
Sugestões Metodológicas
Através do tratamento das grandezas, pretende-se com este tema conhecer as unidades de
comprimento, o perímetro de alguns polígonos (rectângulo, quadrado e triângulo), as unidades
de capacidade, as unidades de peso, as unidades de tempo com a utilização do relógio, e o uso do
dinheiro.
⎛1 ⎞ ⎛1 ⎞ ⎛1 ⎞
1kg : 500gr ⎜ kg ⎟ ; 250gr ⎜ kg ⎟ e 125gr ⎜ kg ⎟
⎝2 ⎠ ⎝4 ⎠ ⎝8 ⎠
Por outro lado, o cálculo com grandezas serve também para consolidação das operações de forma
escrita. Assim, o tratamento da grandeza de comprimento ou de massa, efectua-se da multiplicação
e divisão por 10, 100 e 1000, enquanto que para a grandeza tempo, multiplica-se por 7, 12, 24 e
60. Aqui, os alunos através de um relógio de cartolina por eles construído, distinguem o ponteiro
das horas e o ponteiro dos minutos e verificam que enquanto este último ponteiro dá uma volta
completa (60 minutos), o ponteiro das horas avança 1 hora.
>43<
<
Ministério da Educação| PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Planificação de um Subtema
Tema 2 | Grandezas
>> Régua;
>> Esquadro;
Meios de Ensino
>> Fita de alfaiate ou de carpinteiro;
Tempo
>> 45 minutos.
>44<
<
PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Sugestões Metodológicas
O estudo dos números deve ser feito progressivamente, tendo em conta as possibilidades e os
ritmos individuais dos alunos. A introdução dos números pode ser feita a partir de conjuntos de
objectos com uma propriedade comum aos elementos.
O número zero e o respectivo símbolo poderão ser introduzidos a partir de uma situação concreta
em que seja necessário representar a ausência de objectivos ou a partir da subtracção. A representação
de números numa recta graduada pode auxiliar o estudo da ordenação de números. A utilização dos
sinais > e < na comparação de números, não deve ser feita logo no início. A comparação deve ser
precedida da decomposição e composição de números e deve apoiar-se na manipulação de objectos.
Só posteriormente se passará à representação simbólica.
O número dez pode ser introduzido como o sucessor de nove, em actividades de contagem.
A sua representação por algarismos far-se-á seguidamente. A adição e a subtracção devem ser
introduzidas a partir da resolução de problemas simples.
A construção do algoritmo far-se-á tendo por base a utilização de material concreto. As situações
a propôr, envolvendo um raciocínio multiplicativo, devem ser resolvidas com recurso ao cálculo de
somas de parcelas iguais.
Avaliação
A avaliação como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem, tem como função principal
analisar o trabalho desenvolvido pelo professor e pelo aluno durante as actividades escolares.
Isto quer dizer que, em rigoroso acordo com o ensino desenvolvido, a avaliação em Matemática
deve dar informações sobre:
>> A perseverança e o cuidado postos na realização das tarefas, a cooperação no trabalho de grupo.
>45<
> Programa de Educação
Manual e Plástica
<
Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Introdução
A Educação Manual e Plástica é uma disciplina que, tal como o resto das disciplinas que fazem
parte do currículo, visa contribuir para a formação harmoniosa e multifacetada da personalidade
do indivíduo.
De que maneira a Educação Plástica pode contribuir para a educação da personalidade? Qual o
seu papel específico?
Antes de responder a estas perguntas, necessitamos de recordar que o ser humano que desejamos
formar tem a necessidade de desenvolver um conjunto de capacidades e habilidades, desde o
nascimento até à maturidade, cujas capacidades são processadas pelo nosso cérebro. Contudo,
sucede que a estrutura do nosso cérebro responsável pelas capacidades e habilidades educáveis pela
escola, conhecida como córtex, se encontra dividida em dois lados ou hemisférios e cada um destes
hemisférios é responsável por capacidades diferentes.
Em síntese, se o hemisfério principal do nosso cérebro é responsável por capacidades tais como
a síntese, o pensamento lógico e matemático, a recepção e emissão da linguagem, a dimensão
do tempo, etc., o hemisfério secundário é responsável por capacidades e habilidades tais como a
síntese, o sentido pictórico e musical, o pensamento visual ou por imagens, o sentido configurativo
(holístico, da totalidade), a concepção geométrica e global, as atitudes criativas e a dimensão e
concepção do espaço.
Com esta explicação é lógico deduzir que as disciplinas artísticas na escola têm por objectivo
desenvolver capacidades que são da responsabilidade do hemisfério secundário do nosso cérebro,
ao passo que disciplinas como a Matemática e a Língua Portuguesa têm por finalidade desenvolver
capacidades que são da responsabilidade do nosso hemisfério principal. Portanto, as disciplinas
artísticas devem usar métodos e meios totalmente diferentes, tanto em concepção como em
objectivos, dos regularmente utilizados pela Língua e pela Matemática.
Durante muitos anos a escola em Angola desenvolveu um currículo sem as disciplinas artísticas,
praticando uma educação unilateral, do ponto de vista das capacidades hemisféricas e, em muitos
casos, ao ensinar as artes plásticas, fazia-o apenas na sua componente matemática. Esses aspectos,
reconhecidos pelos autores deste programa, constituíram a base das reformulações que sofreram
os actuais programas e manuais correspondentes à disciplina de Educação Manual e de Educação
Visual e Plástica.
>48<
<
PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Tendo em conta que estas células são apenas moldáveis nos primeiros anos de vida do indivíduo,
até à adolescência, é importante que a criança seja educada desde os primeiros anos com uma
perspectiva multifacetada, porque seria muito difícil começar alguns conteúdos na adolescência.
Na terceira classe, a Educação Manual e Plástica vai continuar a desenvolver o aluno nesta nova
forma de comunicação, em que o grafismo é muito diferente da escrita, não só pela forma mas
também pela sua concepção e finalidade.
A aprendizagem de uma nova forma de comunicação, quer seja gráfica ou verbal, que começou no
quinto ano de vida, conhecido como bifurcação, leva o indivíduo a consolidar e inclusive a reforçar
a forma até então conhecida, já que mesmo de maneira inconsciente ele vai notar as suas diferenças
e especificidades e que o tornará mais versátil, característica muito importante na personalidade de
qualquer indivíduo.
O professor nestes primeiros anos de escolaridade deverá ter muito tacto e sentido de observação
com o objectivo de atender cada aluno a partir das suas diferenças individuais. É necessário
compreender que o menino vem do lar inserido numa comunidade, que era até ao momento todo
o seu património imagético. Portanto, o trabalho com as crianças deve compreender métodos e
actividades que devem passar pelo estabelecimento da sua zona de desenvolvimento próximo, ou
como também é chamado, o seu campo de referência. Tendo chegado a esse estado, então será
muito mais fluída a educação e a comunicação diferenciada com cada aluno.
Deve estar atento também às características do meio, para que possa aproveitar as suas
potencialidades em função da educação.
É necessário saber que a educação é uma das esferas importantes na vida de um sujeito e que
cada indivíduo potencialmente tem dentro dele um criador totalmente diferenciado do resto do
grupo.
A nossa disciplina não tem por objectivo formar artistas, mas sim preparar e desenvolver as
capacidades potenciais que por essência e filogênese todo o ser humano tem implícitas, embora
ontogeneticamente diferentes, e que só podem ser desenvolvidas através da Educação Plástica.
>49<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
>> Aprender a compor e descompor formas visuais complexas através de figuras geométricas simples;
>> Aprender a atribuir significados a símbolos ou ícons utilizados em obras criadas pelos próprios
alunos;
>> Aprender a utilizar os cinco factores das capacidades (intelectuais) produtivas, que intervêm na
criatividade artística e humana em geral (sensibilidade, fluência, flexibilidade, elaboração e
originalidade);
>> Emitir critérios avaliativos empregando termos e elementos da análise visual, sobre obras realizadas
pelos próprios alunos, por artistas locais e pelos grandes mestres da cultura universal;
>> Manejar, de acordo com os níveis adequados (nacional, conceitual e categorial), as principais
categorias estéticas, na interpretação teórica dos fenómenos visuais;
>> Transitar nos níveis reprodutivo, produtivo e criativo, dentro das fases de expressão plástica,
utilizando técnicas distintas;
>> Manejar, dentro dos processos de produção, técnicas artísticas e métodos de aprendizagem
tradicionais, das culturas locais, nacionais e universal;
>> Utilizar elementos formais e símbolos das culturas autóctones no processo de produção artística;
>> Aprender a diferenciar obras artísticas das culturas autóctones e da cultura universal, através dos
seus elementos formais e/ou símbolos artísticos;
>> Efectuar as análises das obras, seguindo padrões e modelos de análise das culturas autóctones e da
cultura universal;
>> Criar obras plásticas utilizando distintas soluções criativas para chegar a um mesmo produto artístico;
>> Aprender a sintetizar num espaço determinado (limitado), com economia de recursos, uma estrutura
formal capaz de comunicar de maneira efectiva um fenómeno apreendido;
>> Trabalhar em conjunto na realização de obras de grandes dimensões: pintura mural, papiêr marchê,
reciclagem, etc.;
>> Fomentar a aceitação e o respeito pelas diferenças e semelhanças culturais enquanto atitudes
importantes para a tolerância, convivência pacífica e integração entre as diferentes etnias.
>50<
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE |Ministério da Educação
Planificação de um Subtema
Tema 1 | Decomposição de formas tridimensionais a partir de
figuras geométricas simples.
>51<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Planificação de um Subtema
Tema 2 | O Tratamento da Área Através da Cor.
>> A aerografia;
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> Oriente um dia antes, para que os meninos tragam de casa escovas
de dentes velhas, de modo a que estas sejam usadas para aspersão
de tinta (guache ou aguarela, ou qualquer outro pigmento que
possa ser diluído em água).
>> Oriente os alunos para que tragam folhas, frutas, legumes, etc.
Tudo quanto sirva de carimbo, para que seja usado na sala de
aula. Experimente primeiro e explique o objectivo do exercício.
>53<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Planificação de um Subtema
Tema 3 | Decomposição de formas tridimensionais a partir de
figuras tridimensionais simples.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Sugestões >> Pode iniciar, contando histórias ou pedindo que os próprios alunos
Metodológicas as contem, pedindo que cada um escolha um objecto da história e
crie uma imagem sobre o mesmo;
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Planificação de um Subtema
Tema 4 | Decomposição de formas tridimensionais a partir de
figuras tridimensionais simples.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> Depois explique que cada objecto tem certas semelhanças com
outros objectos ou utensílios que usamos no dia-a-dia e que, por
esta razão, podem ser usados para representá-los;
Sugestões
>> Determine o tamanho e o espaço que vai ser usado para criar a
Metodológicas obra, para que os alunos façam um pequeno esforço em sintetizar,
ou seja, resumir o mínimo possível para criar uma obra;
>57<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Proposta de Avaliação
A avaliação em Educação Manual e Plástica deve partir de três pressupostos: das características
do programa, da actividade do professor e, por último, do resultado da aprendizagem. Portanto,
é deduzindo os dois primeiros pressupostos que é possível determinar o nível de exigência que o
professor vai ter com respeito ao resultado da aprendizagem.
A avaliação na disciplina deve ser o mais qualitativa possível, evitando-se que seja quantitativa, já
que a educação tem por objectivo a educação de certas qualidades do indivíduo.
É necessário também dar tanta importância ao processo criativo como ao produto, porque só assim
o professor poderá ter a ideia de como fazer uma avaliação objectiva, partindo das peculiaridades
próprias de cada aluno.
É muito importante ter em conta, para a avaliação, não exactamente o nível que o aluno tem no
início do ano lectivo, mas precisamente a sua trajectória e, mais exactamente, o seu desenvolvimento
no fim do ano.
Portanto, um aluno que começa com um potencial muito alto, mas que não evolui tanto quanto
aquele que tinha um potencial mais baixo pode ter uma avaliação mais baixa, caso o segundo
apresente um desenvolvimento maior do que o primeiro.
Incentive sempre a auto-avaliação e a heteroavaliação, de modo a que eles mesmos sejam sempre
os primeiros críticos dos seus próprios trabalhos.
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> Programa de Educação Física
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Introdução
A Educação Física centra-se e desenvolve-se em estreita vinculação com as necessidades reais da
Sociedade, com a sua actividade e sua produção. Ela proporciona ao Homem um desenvolvimento
multifacetado.
Através da prática sistemática da actividade física, o aluno atinge um estado óptimo que o
torna capaz de aplicar o seu talento e potencialidades na missão de transformar a Natureza. A
Educação Física é uma disciplina curricular que, pedagogicamente bem orientada, contribui para o
desenvolvimento integral do Homem. A actividade física no Ensino Primário deve permitir relações
com outras matérias de ensino e os conhecimentos devem ser reflexos imediatos das ramificações
lógicas entre as diversas aprendizagens, de modo a poder coordená-las.
Trimestres Temas
>> Desenvolver as capacidades físicas intelectuais e sociais da criança (espírito colectivo, coragem,
ordem);
>60<
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Conteúdos Programáticos
Tema 1 - Ginástica
>> Desenvolver o espírito desportivo, aprendendo o respeito pelas regras, pelos adversários e a lutar
pela vitória.
Subtemas da Ginástica
>> Preparação física de base;
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
>> Desenvolver, através dos jogos desportivos, a ética desportiva e o espírito de cooperação com os
companheiros;
Sugestões Metodológicas
Para o ensino da Educação Física, na 3.ª Classe, o educador deve trabalhar com maior profundidade
nas actividades de formações e alinhamentos, assim como incidir nos exercícios de organização e
controlo.
Os exercícios devem ter um ritmo uniformizado, de modo a que os alunos possam executá-los.
Nas aulas de ginástica devem observar-se as medidas de segurança para evitar lesões. Uma boa
disciplina e ajuda mútua limitam os acidentes. O professor deve tomar algumas medidas para evitar
acidentes, tais como:
>> Deve ter um domínio visual dos alunos durante a aula. Os alunos devem evitar o uso de jóias, anéis,
etc.
>62<
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Tema 2 - Atletismo
>> Iniciar aprendizagens técnico-desportivas durante a execução das actividades físicas relacionadas
com o Atletismo;
>> Conhecer o valor da prática sistemática do exercício físico, identificando-o como factor de saúde.
Subtemas do Atletismo:
>> Corrida de velocidade;
>> Estafetas;
>> Lançamentos.
Sugestões Metodológicas
O professor ao desenvolver a sua actividade, deve criar um ambiente de trabalho agradável
e estimulante. Na corrida de velocidade devem programar-se várias actividades dirigidas
fundamentalmente para a consecução dos factores da rapidez que influem positivamente na reacção
e frequência dos passos. Os trabalhos devem ser de uma duração curta, introduzindo entre eles
períodos de descanso activo que propiciem a recuperação do organismo da criança, alterado pelo
trabalho realizado.
Durante as corridas de distâncias curtas deve dizer-se aos alunos que mantenham o olhar dirigido
para a frente e que não se apoiem nos calcanhares. A corrida deve realizar-se na ponta dos pés com
elevação dos joelhos.
>63<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Tema 3 - Jogos
Subtemas:
>> Jogos desportivos;
Sugestões Metodológicas
O jogos na 3.ª Classe são encaminhados para o desenvolvimento físico da criança e podem ser
utilizados como actividade independente ou como formas de actividades programadas. O professor
deve procurar ensinar os jogos de estafetas com e sem bolas.
Os meios de ensino a utilizar devem compreender os diversos exercícios que se executam durante
uma determinada aula. A explicação dos jogos deve ser breve e clara para que os alunos se sintam
motivados durante as aulas. Com a ajuda dos jogos, o aluno domina as acções motoras necessárias.
Os jogos devem ser realizadas entre 6 a 15 minutos. Efectuam-se com todo o grupo ou com
grupos pequenos de alunos, mas é importante que todos participem.
Nestas classes recomendam-se jogos com imitações simples e acessíveis, cujas personagens sejam
bem conhecidas pelos alunos.
>64<
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Avaliação
O ensino é um processo cujo objectivo essencial consiste em facilitar mudanças do comportamento,
constituindo estas objectivos educacionais. A avaliação consiste em determinar em que medida cada
um dos objectivos foi atingido, comparando-os com os resultados.
>> Determinar, de uma forma clara, os objectivos que se pretendem atingir (descrevendo os objectivos
comportamentais e tornando-os observáveis, pois esta é uma maneira de se poder avaliá-los
eficazmente);
>> Determinar os parâmetros de avaliação, áreas em que se vai observar os comportamentos indicadores;
1 - Avaliar o quê?
>> O nível da condição física, observado nos alunos no início da realização das actividades;
>> As alterações do rendimento físico observadas após um dado número de sessões de actividades
físicas;
>65<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
2 - Parâmetros de Avaliação
Porque o indivíduo é uma unidade intelectual, motora e emotiva, ele expressa-se nessas vertentes.
No entanto, para facilitar a observação podemos equacionar três aspectos /parâmetros que estão
directamente relacionados com os seus objectivos:
3 - Avaliar quando?
>> No início do ano lectivo e no início de uma actividade didáctica (avaliação diagnóstica);
>> No fim de uma actividade didáctica, no fim de cada trimestre e no fim do ano lectivo (avaliação
sumativa).
>> A avaliação contínua deve ser privilegiada, permitindo assim uma avaliação completa.
5 - Avaliação Comportamental
Devem ser avaliados os seguintes comportamentos:
>> Participação;
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> Programa de Educação Musical
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Introdução
O Homem constitui um todo harmonioso. Esta harmonia deve ser estimulada logo desde a
primeira infância. A educação da criança deve decorrer num ambiente que lhe proporcione alegria.
Uma das áreas que pode completar e satisfazer este fenómeno é a EDUCAÇÃO MUSICAL.
A música actua nas emoções, nos sentimentos, na vontade, na inteligência, assim como também
favorece o sentido do colectivo. No decorrer da vida está presente em efemérides internacionais,
nacionais ou familiares, isto é, em momentos de alegria ou de tristeza, tais como: casamentos,
aniversários, óbitos, missas... Essas situações são provocadas pelo próprio indivíduo. Como?
Tocando instrumentos musicais num colectivo ou sozinho, cantando num grupo coral, ou ainda
dançando ao som de uma música.
Apesar de certas pessoas possuírem este dom musical, a música não deixa de ser uma arte, com as
suas aplicações científicas. Neste prisma, aprende-se na escola. Assim surge a tarefa do professor, de
orientar os alunos gradual e progressivamente, enquadrando-os neste domínio musical, de acordo
com as suas aspirações, dando-lhes liberdade de expressão, ajudando-os a adquirir atitudes, hábitos
e habilidades que se requerem na Educação Musical.
Assim sendo, da 1.ª à 6.ª classes, as actividades serão progressivas e ascendentes: do mais fácil
para o mais difícil, quer dizer, do simples para o complexo. Os conteúdos serão agrupados em 3
níveis: 1º nível = 1.ª e 2.ª classes: 2º nível = 3.ª e 4.ª classes e 3º nível = 5.ª e 6.ª classes.
>> Desenvolver hábitos e habilidades rítmicas musicais , a fim de adquirir as capacidades expressivas da
voz através da cultura vocal;
>> Desenvolver as atitudes e as habilidades musicais através dos movimentos corporais e dos
instrumentos musicais;
>> Expressar criatividade face às vivências musicais, mediante diversas vias, tais como:
>> O baile/dança;
>> O desenho;
>> Conhecer alguns elementos básicos da música, a fim de permitir a leitura e a escrita musicais;
>68<
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Objectivos Específicos
>> Desenvolver a capacidade de cantar bem;
>> Desenvolver a capacidade de dramatizar cenas através dos instrumentos ou situações vividas,
enfatizando-as;
>> Conhecer os grafismos próprios da música: o pentagrama ou pauta musical, as claves, os acidentes,
as notas, as figuras.
>> Saber e conhecer a realidade cultural angolana em primeiro lugar, africana em segundo lugar e dos
outros continentes em terceiro lugar;
>> Conhecer e valorizar as riquezas culturais, tradicionais e modernas do nosso país perante os outros
povos.
Objectivo Geral:
>> Desenvolver a motricidade na utilização da voz para produzir diversos sons musicais.
A voz para o ser humano é o instrumento primordial de comunicação interpessoal. A criança deve
expressar-se naturalmente, deve comunicar e exprimir os seus sentimentos. Tudo isso num quadro
familiar, jogral ou escolar.
Ora, uma mensagem não se transmite só falando, às vezes pode ser transmitida cantando. E o
cantar aprende-se: a voz pode educar-se. Na escola a criança deve desenvolver o ouvido musical. É,
efectivamente, pela voz que se adquire um repertório de canções, rimas, lengalengas, entoações,
timbre, extensão vocal, reproduções, invenções de melodias, etc.
Cabe então ao mestre vencer as dificuldades das crianças nesta área, provocando o interesse
através da sua criatividade e do espírito de jogo.
>69<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
>70<
<
PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Tema 2: O Corpo
Objectivo Geral:
>> Desenvolver a motricidade na utilização de diferentes técnicas de produção sonora, para coordenar
as acções de gesticulação e jogos.
O corpo constitui um todo. As suas partes e os seus sentidos não actuam isoladamente. Funcionam
simultaneamente em conjunto.
>71<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Tema 3 - Instrumentos
Objectivo Geral:
>> Desenvolver a motricidade na utilização de instrumentos musicais simples.
Um instrumento musical associado à voz, se for melódico, ajuda a colocá-la. Quando se canta
sem instrumento, a voz tem a tendência para desviar-se involuntariamente, mas associada a um
instrumento a voz mantém a sua intensidade e totalidade.
O professor terá a tarefa de organizar este espírito de iniciativa das crianças, tocando ou fazendo-
as a fabricar instrumentos musicais.
>72<
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
Objectivo Geral
>> Desenvolver a memória auditiva, no que concerne aos diferentes conceitos da música e sua
representação.
Desenvolvimento Auditivo
O essencial é cultivar o ouvido musical da criança ensinando a: escutar, identificar alguns sons
locais naturais e do meio; organizar sons e experiências; enriquecer a linguagem e o pensamento
musical mediante jogos de exploração e vivência musical.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Representação do Som
O surgimento do solfejo, ou representação gráfica do som, faz parte de um percurso iniciado pelo
registo do gesto livre e torna-se gradualmente mais conciso com o poder comunicativo, organizando-
se em conjuntos de sinais e símbolos. Por isso, a prática musical contemporânea realiza-se pelo
solfejo e deve ser integrada no grau terminal.
Sugestões Metodológicas
A disciplina de Educação Musical não segue uma metodologia rígida na sua administração. A sua
metodologia segue a realidade concreta e a sua adaptação aos alunos.
É da realidade musical que deve sair a regra musical. Às crianças, nunca se darão definições
abstractas dos termos musicais, antes de terem sido convidadas a cantar bastante, antes de
terem multiplicado as experiências musicais. Mais: só poderão conhecer os símbolos gráficos da
linguagem musical no momento em que tenham adquirido uma prática suficiente desta linguagem.
É somente quando a criança aprende a falar, ouvindo falar os seus próximos, que se pensa em dar-
lhe conhecimento pela aprendizagem da leitura, dos sinais gráficos que representam para os olhos
as suas palavras.
De igual modo, a criança deve aprender a cantar pela audição, deve deleitar-se nos seus cantos
antes de ser chamada a conhecer os sinais de representações sonoras. A criança deve ser bastante
madura para compreender que esta representação visual será para ela um novo instrumento de
satisfação musical e que a ajudará a fazer progressos no seu canto.
Falar da música a uma criança cujo ouvido não está suficientemente educado, cuja memória
musical elementar não é suficientemente desenvolvida, é falar-lhe numa linguagem misteriosa,
incompreensível, como as experiências diárias nos demonstram.
>74<
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> No 2º Nível: o professor começa a baixar a sua taxa de participação, deixando que os alunos tenham
algumas iniciativas, como por exemplo: imitação, fabricação de instrumentos, canto organizado em
uníssono com maior frequência.
>> No 3º Nível: os alunos já dominam a direcção de certos problemas musicais: canto, regência,
encenação, aprendizagem instrumental. O ensino de instrumentos não se vai generalizar por todos
os alunos porque nem todos o terão. Mas aproveitar-se-á a aprendizagem dos instrumentos num
grupo musical organizado na escola. Dar-se-á muita atenção ao ritmo, ao compasso de vários tipos,
às mudanças, etc. e, no fim, ao grafismo musical.
>> A Audição; entende-se a escuta musical activa e participante, sendo a compreensão estética uma
parte integrante dessa experiência;
>> A Interpretação; entende-se como a execução de qualquer obra musical, num processo interactivo,
em que a escuta de si e do outro é um elemento fundamental.
Avaliação
O professor deve esforçar-se por manter um bom relacionamento com a classe, a fim de melhor
poder orientá-la.
O primeiro elemento que se deve ter em conta antes de se iniciar o processo de ensino e
aprendizagem será o conhecimento da experiência musical, a partir da qual se vão abordar os novos
conteúdos.
A avaliação inicial pressupõe, para o professor, conhecer os interesses que têm os alunos acerca
da música, do que sabem apreciar e valorizar, das diferenças que possam aparecer na turma.
O carácter de avaliação tenderá a ser mais de diagnóstico que de controlo. O processo de avaliação
não comporta em si a realização de provas específicas. É fundamentalmente uma observação das
actividades quotidianas que se realizarão ao longo do ano lectivo. Desta maneira, poder-se-á detectar
os problemas e estabelecer as medidas necessárias para solucioná-los.
>75<
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
>> Diferenciação entre o grito do cantar através de exemplos; saber diferenciar a voz humana de
qualquer som;
>>Fabrico de certos instrumentos por exemplo uma guitarra, um quissange e alguns instrumentos
tradicionais da região;
>> Marcação de compassos simples pela cadência rítmica; avaliação da colocação da voz;
>> Tudo o que neste grau o professor achar pertinente para ser avaliado.
Como se sabe, as actividades de avaliação são as próprias actividades musicais. Devido à variedade
de procedimentos podem colocar-se actividades que requerem diversos conteúdos agrupados.
>> Testes.
>76<
> Sistema de Avaliação
das Aprendizagens
<
Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
1 - Escala de Avaliação
1. A Escala de Avaliação é numérica para todas as disciplinas e varia entre ZERO (0) e DEZ (10)
valores.
2 - Classificação
1. A classificação dos alunos das 1.ª, 3.ª e 5.ª classes, será feita através de uma apreciação global
qualitativa e de um relatório descritivo sobre o percurso escolar do aluno durante o ano lectivo,
evidenciando sobretudo aquilo que já sabe e é capaz de fazer, e os pontos fracos em que o seu
rendimento deverá melhorar.
2. Todos os alunos das 2.ª, 4.ª e 6.ª classes deverão possuir uma classificação quantitativa do
professor por disciplina em cada trimestre.
MAC + CPP
MAC =
2
Legenda:
>78<
<
PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
6. No fim do 3º trimestre, para os alunos das 2.ª, 4.ª e 6.ª classes, o professor atribuirá uma
Classificação Final por disciplina, de acordo com a seguinte fórmula:
Legenda:
7. As classificações do professor em todos os trimestres, incluindo a CAP, caso não sejam números
inteiros, não são arredondadas, isto é, mantêm-se as partes decimais.
8. A classificação final do ano lectivo por disciplina, para os alunos das 2.ª e 4.ª classes, obtém-se
de acordo com a seguinte fórmula:
Legenda:
>79<
<
Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
9. A classificação final do ano lectivo por disciplina, para os alunos da 6.ª Classe, obtém-se de
acordo com a seguinte fórmula:
Legenda:
10. Quando o número que traduz a Classificação Final(CF) por disciplina(pontos 8 e 9) não for
inteiro, proceder-se-á do seguinte modo:
>> Se a parte decimal for igual ou superior a 0,5, o arredondamento será feito para o número
imediatamente superior;
>> Se a parte decimal for inferior a 0,5, o arredondamento será feito para o número imediatamente
inferior.
>80<
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
3 - Provas
>> Todos os alunos devem realizar por disciplina, UMA PROVA do professor em cada trimestre.
>> Os alunos das 2.ª e 4.ª classes realizam ainda UMA PROVA de escola, no fim do 3º trimestre.
4 - Exames
>> No final da 6.ª Classe será realizado um Exame Final por cada disciplina;
>> Todos os alunos serão abrangidos por este exame, independentemente da classificação atribuída pelo
professor;
>> Serão objecto de avaliação no exame final, todos os objectivos/conteúdos básicos cumpridos ao longo
do ano lectivo.
5 - Condições de Transição
>> Todos os alunos das 1.ª, 3.ª e 5.ª classes transitam automaticamente para as classes seguintes,
independentemente da apreciação global qualitativa e do relatório descritivo sobre o percurso
escolar, feito pelo professor, devendo continuar com o mesmo;
>> No final das 2.ª e 4.ª classes, o aluno transita imediatamente para a classe seguinte, se obtiver
classificação final igual ou superior a CINCO (5) valores em todas as disciplinas;
>> Os alunos das 2.ª e 4.ª classes podem transitar com DUAS (2) deficiências, independentemente da
sua classificação, desde que não seja a Língua Portuguesa ou Matemática;
>> No final da 6.ª Classe, o aluno só transita para a classe seguinte se obtiver classificação igual ou
superior a CINCO (5) valores em todas as disciplinas.
6 - Deficiências
>> São consideradas deficiências as classificações finais inferiores a CINCO (5) valores.
7 - Condições de Reprovação
Os alunos das 2.ª, 4.ª e 6.ª classes reprovam numa das seguintes condições:
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
8 - Exames de Recurso
>> Serão objecto de avaliação no exame de recurso todos os objectivos/conteúdos básicos cumpridos ao
longo do ano lectivo;
>> O aluno pode recorrer a exame de recurso no final da 6.ª Classe, se obtiver DUAS (2) deficiências,
desde que não sejam simultaneamente a Língua Portuguesa e Matemática.
9 - Exames Especiais
>> Serão objecto de avaliação nos exames especiais todos os objectivos/conteúdos básicos cumpridos ao
longo do ano lectivo.
>> Estes exames destinam-se aos alunos, que em época normal e por motivos devidamente justificados,
não tenham comparecido às provas de escola ou aos exames finais.
>> Estes exames destinam-se também aos alunos externos desde que solicitem por escrito à Direcção
da Escola.
>> Beneficiam-se ainda deles todos os alunos que, não estando reprovados, pretendam proceder à
melhoria da sua nota, desde que o solicitem por carta, dirigida ao Director da Escola, com DEZ (10)
dias de antecedência, de acordo com o calendário escolar.
Disposições Finais
Os casos não previstos no presente documento, assim como as dúvidas suscitadas na aplicação ou
interpretação das suas normas, serão resolvidos pelo Departamento de Avaliação/INIDE.
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> Regulamento para as Provas
de Exame do Ensino Primário
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
Preâmbulo
A Reforma Educativa, cuja finalidade é a melhoria da qualidade do ensino, que se realiza no nosso
país, contempla a concepção e elaboração de um conjunto de documentos normativos, entre os
quais se encontram os Sistemas de Avaliação das Aprendizagens.
Considerando que no Sistema de Avaliação das Aprendizagens a prova de exame tem as funções
de classificação, selecção e certificação dos níveis de aprendizagem dos alunos, a sua efectivação
deve ser regulamentada, com vista à minimização dos efeitos de carácter subjectivo.
Para o efeito, elaborou-se este Regulamento para as Provas de Exame (um documento de
cumprimento obrigatório nas escolas).
>> Pela denominação, subentende-se que a prova de exame é de âmbito nacional; porém, atendendo à
actual realidade sócio-económica do país, a sua autoria pertencerá à Direcção Provincial da Educação.
>> Escritas;
>> Orais;
>> Práticas.
ÚNICO: realizar-se-ão exames especiais, de acordo com o ponto I.9 do Sistema de Avaliação do
Rendimento Escolar para o Ensino Primário. Estes exames, assim como os de recurso, também
obedecerão às exigências do presente Regulamento.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> Na elaboração das provas de exame deve ter-se em conta os conteúdos básicos tratados durante o
ano lectivo;
>> Toda a prova de exame elaborada deve fazer-se acompanhar da respectiva chave e cotação;
>> A prova de exame deve abarcar 20% dos conteúdos básicos do 1º trimestre, 30% do 2º e 50% do
3º trimestre.
>> As provas de exame devem ter início às 8h30 ou às 14h30 e a sua duração varia de 90 a 120
minutos, de acordo com as disciplinas e tendo em conta o horário previamente estabelecido;
>> Os alunos far-se-ão acompanhar somente do material indispensável, de acordo com a disciplina, e
deverão obrigatoriamente sentar-se, obedecendo à ordem numérica em conformidade com a lista
da turma;
>> Para além dos alunos e do júri, só é permitida a entrada na sala da prova ao Director e Subdirector
da escola e Inspector Escolar;
>> Um membro do júri fará a distribuição das folhas da prova e de rascunho carimbadas pela Direcção
da Escola e rubricadas pelo júri e Inspector Escolar;
>> Os alunos devem escrever o seu nome na folha do rascunho e, na folha da prova, o nome e número
somente no triângulo picotado;
>> O envelope contendo as provas de exame só poderá ser aberto pelo presidente do júri ou seu
substituto após o sinal para o início da prova;
>> Durante a realização da prova de exame, está expressamente proibida a troca de impressões entre
os alunos sob pena de anulação da mesma e consequente expulsão da sala;
>> Todas as dúvidas apresentadas por qualquer aluno devem ser esclarecidas em voz alta para beneficiar
a todos;
>> Não é autorizada a saída de qualquer aluno, mesmo que tenha concluído, sem tocar o sinal que dá
por terminado o tempo da prova;
>> É proibida a saída de qualquer aluno da sala da prova, salvo em caso de extrema necessidade desde
que acompanhado;
>> A realização das provas de exame deve ser acompanhada pela Inspecção Escolar.
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Ministério da Educação|PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE
>> O corpo de júri não pode ser integrado por professores da escola em que se aplicam as provas, isto
é, os seus membros devem ser provenientes de outras escolas;
>> Os membros do júri devem comparecer na escola 30 minutos antes do início da prova;
>> A entrada dos alunos na sala verificar-se-á 20 minutos antes de cada prova, mediante chamada
numérica e nominal, por um membro do júri, e a identificação do aluno através da apresentação do
Bilhete de Identidade e do cartão escolar;
>> A recolha das provas deve proceder-se segundo a ordem numérica e apenas após o sinal que indique
o seu término;
>> Conferir se o número de provas recolhidas coincide com o número de alunos presentes e se todos
observaram as instruções dadas sobre o preenchimento das folhas.
>> O corpo de júri deve ser fixo para todas as disciplinas da classe.
>> Assinar todo o expediente referente às provas de exame (pautas, termos, relatórios e outros);
>> Instruir os alunos sobre as normas a observar para a realização da prova de exame;
>> Controlar o cumprimento das normas estabelecidas para a realização da prova de exame;
>> Corrigir as provas e preencher todos os documentos referentes ao registo dos resultados;
>> Determinar a Classificação Final (CF) de cada aluno de acordo com a fórmula constante do
Sistema de Avaliação das Aprendizagens;
>> Elaborar o relatório por disciplina, enfatizando sobretudo as perguntas em que os alunos
tiveram maiores dificuldades, as dificuldades gerais constatadas durante a realização das
provas, as anomalias constatadas, etc. com vista à tomada de decisões.
>> Presidir aos trabalhos do corpo do júri referente à realização das provas de exame.
>> O presidente do júri será substituído pelo primeiro vogal, em caso de impedimento.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> Colocação dos números convencionais e a consequente extracção dos triângulos dos cantos
superiores direitos e colocados em envelopes que serão depositados em lugar seguro pelo
Subdirector Pedagógico.
>> As provas de exame são classificadas pelo corpo de júri com base na chave e na cotação das mesmas;
>> A classificação das provas de exame deve ter lugar na escola onde serão guardadas em lugar seguro
pela Direcção de Escola e não é permitida a saída de qualquer prova para o exterior da escola;
>> Todos os trabalhos de classificação devem começar e terminar, de acordo com a previsão do calendário
escolar;
>> A classificação termina com a identificação (colagem dos cantos) da prova de exame, determinação
das classificações finais dos alunos por disciplina, preenchimento de todos os documentos de registo
de resultados e afixação de pautas.
>> As pautas devem ser assinadas pelo corpo do júri, pelo Subdirector Pedagógico e pelo Director da
escola e só depois serão afixadas, de acordo com a previsão do calendário escolar;
ÚNICO: As escolas do ensino particular enviarão uma pauta para a escola pública, indicada para
efeitos de certificação.
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>> Todas as reclamações só serão aceites 72 horas após a publicação das pautas;
>> Em todas as escolas do Ensino Primário devem ser criadas comissões de revisão para atendimento
de eventuais reclamações 24 horas após a publicação das pautas;
>> A Comissão para o atendimento das reclamações deve ser composta por todos os Coordenadores de
classe, Chefes de Turno e coordenadas pelo Subdirector Pedagógico;
>> A Comissão deverá pronunciar-se sobre as reclamações 72 horas após a sua apresentação;
>> No tratamento das reclamações, a Comissão procederá à revisão da correcção da prova de exame
tendo por base a cotação, fará os cálculos necessários em função das fórmulas do Sistema de
Avaliação e decidirá sobre o assunto;
>> A decisão da Comissão de Revisão deve ser informada ao Director da escola por escrito, e este, por
sua vez, informará o reclamante e a Secção Municipal da Educação;
ÚNICO: As escolas do ensino particular estão isentas de constituir Comissões de Reclamação, pelo
que todas as reclamações devem ser encaminhadas 96 horas após a publicação das pautas para a
escola pública indicada.
>> Em caso de detecção de qualquer situação anómala dentro da sala de prova, proceder-
se-á do seguinte modo:
>> Se se tratar de um aluno, o presidente do júri ou seu substituto anulará a prova e expulsará o(s)
seu(s) autor(es) participando, de seguida, à Direcção da escola, por escrito.
>> Se se tratar de um membro do júri ou outro indivíduo, o presidente do júri ou seu substituto
informará por escrito a Direcção da escola, a quem competirá comunicar à Secção Municipal da
Educação para efeitos de tomada de medidas pertinentes.
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PROGRAMA DO ENSINO PRIMÁRIO DA 3.ª CLASSE|Ministério da Educação
>> A(s) falta(s) a prova de exame por parte do aluno, desde que devidamente justificada(s), dá direito
à realização dos exames especiais, conforme prevê o Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar;
>> A falta de um membro do júri não justificado de acordo com o previsto na Lei Geral do Trabalho
implicará descontos no subsídio do exame e será registada no processo individual.
ÚNICO: Para as escolas do ensino particular, os pontos 1 e 2 são aplicáveis conforme estão,
enquanto que no ponto 3 se aplicam as regras contratuais.
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Bibliografia
>> ASSEMBLEIA NACIONAL - Lei de Bases do Sistema da Educação, Diário da República, I Série N.º
65, Angola, 2001.
>> BERTRAND, Yves e VALOIS, Paul - Paradigmas Educacionais, Instituto Piaget - Divisão Editorial,
Lisboa, 1994.
>> FERNANDES, Domingos - O Tempo da Avaliação, IN NOESIS - A Educação em Revista, N.º 23,
Instituto de Inovação Educacional, Lisboa, 1992.
>> HAYDI, Regina Cazaux - Avaliação do Processo Ensino-Aprendizagem, Editora Ática, São Paulo,
1994.
>> MED/ANGOLA - Sistema de Avaliação das Aprendizagens para o Ensino Primário, Angola, Janeiro
de 2005.
>> AFONSO, Manuel e MFUAMSUAKA, José Kiala - Guia Metodológico para a Avaliação das
Aprendizagens, INIDE, 2004.
>> AFONSO, Manuel - A Prova como Instrumento para a Melhoria da Qualidade de Ensino, INIDE,
2004.
>> AFONSO, Manuel - A Avaliação das Aprendizagens e os Novos Sistemas de Avaliação, INIDE, 2004.
>> MARTINS, Margarida Alves - O Conceito de Avaliação, IN NOESIS - A Educação em Revista, N.º
23, Instituto de Inovação Educacional, Lisboa, Junho 1992.
>> MATOS VILAR, A. - A avaliação dos Alunos no Ensino Básico, Edições ASA, Porto, 1993.
>> NÉRICI, Imidio Giuseppe - Introdução à Didáctica Geral - Volume 2, Editora Científica, Rio de
Janeiro.
>> ABRANTES, Paulo - Avaliação das Aprendizagens – Das Concepções às Práticas, Ministério da
Educação, Departamento da Educação Básica, Lisboa, Março 2002.
>> VALADARES, Jorge e GRAÇA, Margarida - Avaliando... para Melhorar a Aprendizagem, Plátano
Edições Técnicas, Lda., Lisboa, Dezembro 1998
>> RIBEIRO, Lucie Carrilho - Avaliação da Aprendizagem, Lisboa: Texto Editora, 1993.
>> STUFFLEBEAM, Daniel e SHINKFIELD, Anthony - Evaluación Sistemática: Guia Teórica y Prática,
Barcelona: Ed. Paidós/MEC, 1993.
>> ZABALZA, Miguel - Planificação e Desenvolvimento Curricular, Edições ASA, Porto, 1992.
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