PROJECTO
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Índice
CAPÍTULO I..............................................................................................................................4
1. Introdução...........................................................................................................................4
CAPÍTULO II............................................................................................................................5
2. CASAMENTOS PREMATUROS EM MOÇAMBIQUE..................................................5
2.1 Casamentos Prematuros em Moçambique entre 2016-2019.......................................5
2.2 Justificativa..................................................................................................................5
2.3 Situação Problema.......................................................................................................5
2.4 Quais são os factores que influenciam aos casamentos prematuros em Moçambique?
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2.5 Hipótese.......................................................................................................................6
2.5.1 Mudança sociocultural.........................................................................................6
2.5.2 Manter as raparigas na escola..............................................................................6
2.5.3 Empoderamento económico da mulher................................................................7
2.5.4 Reforma legal.......................................................................................................7
2.6 Objectivos....................................................................................................................8
2.6.1 7.1 Objectivo Geral:.............................................................................................8
2.6.2 7.2 Objectivo Específico......................................................................................8
2.7 QUADOR TEÓRICO..................................................................................................8
2.8 Metodologia.................................................................................................................9
2.8.1 Tipo de abordagem na pesquisa...........................................................................9
2.8.2 Tipo de pesquisa quanto ao Nível de Investigação e objetivos............................9
2.8.3 Tipo de pesquisa quanto ao Procedimento e a Fonte de informação O tipo de
pesquisa quanto aos procedimentos e fonte temos:............................................................9
2.8.4 Técnica de coleta de dados...................................................................................9
CAPÍTULO III.........................................................................................................................10
3. Fundamentação Teórica....................................................................................................10
3.1 Casamentos Prematuros em Moçambique.................................................................10
3.1.1 Análise da Situação............................................................................................12
3.2 Abordagens positivas para reduzir os casamentos prematuros.................................13
3.3 Eixos Estratégicos.....................................................................................................14
3.3.1 Comunicação e mobilização social....................................................................14
3.3.2 Acesso à Educação de qualidade e retenção......................................................14
3.3.3 Empoderamento das crianças do sexo feminino................................................15
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Índice de Figuras
CAPÍTULO I
1. Introdução
Uma em cada dez raparigas moçambicanas está casada aos 15 anos e metade estão casadas
aos 19 anos de idade. Este índice elevado de casamentos prematuros em Moçambique tem
atraído a atenção de vários seguimentos da sociedade, instituições do Governo, organizações
da sociedade civil e parceiros no fortalecimento de acções de advocacia e sensibilização para
a eliminação desta prática. Neste trabalho vou desenvolver o tema Casamentos prematuros
em Moçambique, seus factores e esforços que estão a ser feitos para reverter esta
problemática.
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CAPÍTULO II
2.2 Justificativa
Moçambique está entre os dez países do mundo com a maior prevalência de casamentos
prematuros.
Análises baseadas em Inquéritos Demográficos e de Saúde (IDS) realizados no país mostram
que cerca de 10% das mulheres moçambicanas estão casadas aos 15 anos e metade aos 19
anos (Silva-Leander, Basak & Schneider, 2014). Esta situação expõe as jovens mulheres ao
risco de uma gravidez/maternidade precoce e suas consequências negativas para a saúde e
desenvolvimento social das jovens mães e dos seus filhos (Arnaldo, Frederico & Dade,
2014).
Estes esforços também têm sido direccionados para estudos que permitam um melhor
conhecimento da magnitude, tendências, determinantes e impacto dos casamentos
prematuros, como forma de obter informação para a concepção e desenho de políticas,
(CECAP, 2015; UNICEF, 2015).
O presente projecto de pesquisa visa aprofundar de forma clara e precisa, todos os aspectos
ligados ao fenómeno dos casamentos prematuros, procurando destacar as causas e
consequências do fenómeno em questão.
2.4 Questão Norteada: Quais são os factores que influenciam aos casamentos
prematuros em Moçambique?
A pressão económica sobre as famílias e o incentivo que é o “preço de venda” das raparigas
para o casamento em troca de valores monetários ou bens materiais, aparece como um dos
factores que faz com que os pais e ou famílias entreguem suas filhas menores para o
casamento forçado.
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2.5 Hipótese
2.6 Objectivos
Precoce: Que se produz antes do tempo normal, Imaturo (Que ainda não atingiu a
maturidade, que não é maduro)
Portanto:
Casamento prematuro: É a união voluntária entre duas pessoas imaturas, que desejam
construir uma família, porém em outros casos é a união de um adulto com uma criança, ainda
em fase de crescimento.
2.8 Metodologia
Revisão Bibliográfica
CAPÍTULO III
3. Fundamentação Teórica
3.1 Casamentos Prematuros em Moçambique
O casamento prematuro é um dos problemas mais graves de desenvolvimento humano em
Moçambique mas que ainda é largamente ignorado no âmbito dos desafios de
desenvolvimento que o país persegue – requerendo por isso uma maior atenção dos decisores
políticos.
Moçambique é um dos países ao nível mundial com as taxas mais elevadas de prevalência de
casamentos prematuros, afectando cerca de uma em duas raparigas, representando uma
grande violação dos direitos humanos das raparigas. Esta situação influencia negativamente
os esforços para a redução da pobreza e o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do
Milénio
(ODMs) - em particular influenciando para que as raparigas fiquem grávidas precocemente e
deixem ter acesso a educação, aumentando os riscos de mortalidade materna e infantil.
A pressão económica exercida sobre os agregados mais pobres e as práticas socioculturais
prevalecentes, continuam a conduzir as famílias a casarem as suas filhas cada vez mais cedo,
quando as raparigas ainda não atingiram maturidade suficiente para o casamento e para a
gravidez ou para assumirem a responsabilidade para serem esposas e mães. A maior parte das
desistências escolares estão ligadas a gravidez precoce nas raparigas, numa fase do seu
desenvolvimento físico e emocional em que elas ainda não se encontram preparadas para
gerar uma criança, com consequências bastante sérias para a sua saúde e para a sobrevivência
dos seus filhos.
Moçambique encontra-se em 10° lugar no mundo entre os países mais afectados pelos
casamentos prematuros, atendendo os dados relacionados com a proporção de raparigas com
idades entre os 20-24 anos que se casaram enquanto crianças, isto é, antes dos 18 anos de
idade. A maior parte destes casamentos são de facto uniões, mais do que casamentos
legalmente registados, mas são usualmente formalizados através de procedimentos
costumeiros como
o pagamento do lobolo para a família da rapariga.
Com a aprovação da Estratégia Nacional para a Prevenção e Combate dos Casamentos
Prematuros - 2016-2019, o Governo de Moçambique reitera o seu compromisso na
implementação dos direitos e definição de acções prioritárias a serem implementadas pelas
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Moçambique é o décimo país com a prevalência mais elevada. De acordo com o Inquérito
Demográfico e de Saúde (IDS) de 2011, 14% das mulheres entre os 20 e 24 anos de idade
casaram antes dos 15 anos e 48% antes dos 18 anos de idade, uma situação que requer uma
intervenção coordenada dos vários sectores da sociedade.
Os casamentos prematuros constituem uma violação dos direitos humanos e têm como
consequências a (i) perpetuação da pobreza, a (ii) violência contra o género, (iii) problemas
de saúde reprodutiva e a (iv) perda de oportunidades de empoderamento por parte das
crianças do sexo feminino e mulheres. Os Países que apresentam uma taxa elevada de
casamentos prematuros tendem a ter um Produto Interno Bruto baixo. A pobreza é um
determinante dos casamentos prematuros tal como a violência e a discriminação baseada no
género.
(1948) a qual, no artigo 2º, reconhece que toda a pessoa tem todos os direitos e liberdades
proclamados na Declaração, sem distinção de raça, cor, sexo, língua ou religião.
Em Moçambique, a idade núbil está fixada em 18 anos. Contudo, a Lei da Família define que
“a mulher ou homem com mais de dezasseis anos, a título excepcional, pode contrair
casamento, quando ocorram circunstâncias de reconhecido interesse público e familiar e
houver consentimento dos pais ou dos representantes legais”.
As famílias que vivem nas zonas rurais, nas regiões Norte e Centro do País e as famílias mais
pobres são as que apresentam maior tendência para a prática de casamentos prematuros.
De acordo com os dados do IDS 2011, a Província do Niassa regista 24% de mulheres entre
os 20 e 24 anos de idade casadas antes dos 15 anos de idade, seguida de Zambézia, Sofala e
Nampula com 17% cada. No concernente aos casamentos antes dos 18 anos, Nampula regista
62%, Cabo Delgado 61%, Manica 60% e Niassa (56%).
Em números absolutos, Nampula constitui a Província com mais jovens casadas antes dos 15
anos (35,365) e antes dos 18 anos (129,604), ultrapassando a Zambézia (com 34,681 e 95,525
respectivamente). O destaque das províncias de Nampula e Zambézia é claro na ilustração 1
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do gráfico abaixo, que mostra o peso de cada província no que respeita ao número de crianças
do sexo feminino casadas antes dos 18 anos de idade.
Há evidências que demonstram que as filhas dos agregados mais pobres casam mais cedo. Há
indicação de que os dois quintis de população mais rica registam uma taxa reduzida de
casamentos precoces do que os restantes três quintis mais pobres.
Muitas crianças do sexo feminino são vítimas de abuso sexual ou violência e não denunciam
o infractor às autoridades devido ao estigma que esses crimes trazem à própria vítima. A
maioria das famílias prefere resolver os casos de abuso sexual fora dos tribunais, por via de
indemnização ou casamento. As crianças, especialmente as crianças do sexo feminino e
seus/suas encarregados/as de educação, precisam de ter instrumentos e poderes para quebrar
o silêncio e denunciar às autoridades locais os casos de abuso e violência doméstica,
incluindo os casamentos prematuros. Melhorar o nível escolar, adquirir qualificações
profissionais e ter acesso ao crédito, são formas de empoderar as crianças do sexo feminino.
Direitos Humanos e do Parlamento Infantil, bem como a sensibilização para as questões dos
direitos da Criança nos meios de comunicação social.
A idade núbil em Moçambique está fixada nos 18 anos, por força da Lei da Família vigente
(Lei nº 10/2004, de 25 de Agosto) a qual também estipula que “a mulher ou o homem com
mais de dezasseis anos, a título excepcional, pode contrair casamento, quando ocorram
circunstâncias de reconhecido interesse público e familiar e houver consentimento dos pais
ou dos legais representantes”.
De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o consentimento “livre e
pleno” não pode ser reconhecido se uma das partes envolvidas não tiver maturidade para
tomar uma decisão informada sobre o parceiro para a vida.
A Carta Africana sobre os Direitos e Bem-Estar da Crianças estabelece no seu artigo 21 que
os estados signatários devem tomar medidas legais específicas para a eliminação do
casamento de crianças e a promessa de casamento de meninas e rapazes com menos de 18
anos de idade. Assim, a legislação Moçambicana deve ser revista para se adequar aos
compromissos internacionais assumidos.
Além de mais, a capacidade de implementação da lei é limitada e os casamentos prematuros
continuam a ser frequentes ao abrigo do direito consuetudinário, impondo-se a sensibilização
dos líderes tradicionais e religiosos, das mestres e das matronas sobre este assunto.
Período (Maio)
Actividades 1ª SM 2ª SM 3ª SM 4ª SM
Escolha do tema X
Levantamento Bibliográfico X
Leitura de obras X
Elaboração do projecto X
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Entrega do projecto X
Apresentação X
3.5 Orçamento
Itens Quantidade Valor Unitário Valor Total
Total 1.178,00 Mt
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4. Referencias Bibliográficas
http://www.unicef.org.mz/estrategia-nacional-de-prevencao-e-combate-aos-casamentos-
prematuros-2016-2019/ (Dia 19 de Maio de 2019 pelas 14:51h)
http://cepsamoz.org/wp-content/uploads/2017/05/CEPSA_BROCHURA-_Casamentos-
Prematuros_Completo_Final.pdf (Dia 19 de Maio de 2019 pelas 13:00h)