Turismo Educacional Ou Turismo Pedago PDF
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O turismo é uma atividade que tem uma relação dialética com a sociedade.
Do ponto de vista financeiro e dependendo da estrutura social do país em
questão, o turismo pode ser uma atividade econômica geradora de riqueza.
Pode, até, como no caso da Espanha, reerguer um país após duas guerras
consecutivas (BARRETO, 2001- p.71).
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Otto di Beltrão Turismo – A Industria do século XXI – Osasco – 2003 – p. 31 à 59
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Uma terceira tendência para educação em turismo iniciou-se nos anos 1990,
quando as mudanças geopolíticas , as novas tecnologias e as alterações
demográficas provocaram um período de constantes mudanças e levaram
inúmeros profissionais e pesquisadores a uma encruzilhada: ou eles
continuavam nos mesmo caminhos conhecidos ou explorava, a trilha
incógnita, dispostos a conhecer novos cenário ( TRIGO, 2003- p.163).
Neste conceito uma grande maioria se encaixa, porque pequenas viagens feitas
como visitas a familiares ou até mesmo a passeio independentemente de sua relação é
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Otto di Beltrão Turismo – A Industria do século XXI – Osasco – 2003 – p. 18
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Apud in - Maria Carolina da Silva Cunha, Pámela Vanessa Munhoz, Renata Ginicolo, Renata Mihua
Hirosse, Samantha Antunes Corvelo - Turismo Educacional: Que Viagem É Essa? - Alunas do 6º
período do curso de Turismo do Centro Universitário Ibero-Americano, 2002, p.1
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Maria Carolina da Silva Cunha, Pámela Vanessa Munhoz, Renata Ginicolo, Renata Mihua Hirosse,
Samantha Antunes Corvelo - Turismo Educacional: Que Viagem É Essa? - Alunas do 6º período do
curso de Turismo do Centro Universitário Ibero-Americano, 2002, p.2
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formação integral do ser humano. Sendo assim, o turismo educacional é uma das
maneiras para se alcançar essa finalidade, porque tem em si a vantagem de relacionar
aprendizagem com diversão.
Antes de prosseguir, faz-se necessário falar brevemente sobre o construtivismo,
teoria de educação contemporânea que dá embasamento à realização deste trabalho. O
construtivismo nasceu da epistemologia de Jean Piaget, sociólogo soviético, na primeira
metade do século XX e pressupõe transformação; é um movimento de mudança e, por
isso, repleto de aberturas e possibilidades (CALIGHER, 1998, p.12).
Por insinuar mudança de visão, o construtivismo busca considerar o
conhecimento a partir da interação de dois diferentes elementos: o sujeito histórico e o
objeto cultural. A leitura particular que cada indivíduo faz perante a atividade proposta
para o aprendizado é de extrema importância na concepção construtivista, pois trata-se
de uma construção peculiar, isto é, uma aprendizagem significativa, que se enquadra na
facilidade de memorizar o conteúdo, na funcionalidade e na continuidade da
aprendizagem.
Um dos caminhos mais comuns para permitir o contato dos alunos com um meio
qualquer é a realização de estudos do meio, que nada mais é que uma prática de ensino,
se constitui como elemento fundamental da interdisciplinaridade e interação do aluno
como um meio qualquer. Isto é, semelhante à atividade turística, o estudo do meio visa
transformar as aulas em passeios, transportando os alunos para diferentes lugares, com a
finalidade de estudo. Essas “aulas-passeio” colocam os alunos em interação com o
meio, gerando um círculo de relações sociais, econômicas e culturas interligadas, as
quais permitem caracterizar esse tipo de atividade como uma forma de lazer e turismo
aplicados à educação. Por esse motivo, engana-se quem pensa que o turismo
educacional é uma mera excursão. Isso porque as atividades envolvem o aprendizado e
têm horizontes bem mais amplos que uma simples saída cultural para um museu ou
parque, já que sua proposta é integrar uma ação fora dos muros da escola ao currículo,
reforçando, assim, conteúdos vistos em classe. 21
Existem agências de viagens especificas que já trabalham com pacotes
específicos para estas aulas, onde buscam o conhecimento, e aprendem de uma nova
forma, se descontraindo, brincando e vivendo o que se passa.
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Maria Carolina da Silva Cunha,et all, op cit - Turismo Educacional: Que Viagem É Essa? - Alunas do
6º período do curso de Turismo do Centro Universitário Ibero-Americano, 2002, p.3 – 4
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Este conceito de turismo que envolve não somente os profissionais da área causa
um tipo de choque, em relação a forma de adquirir conhecimentos que a educação
habitual realiza, Paulo Freire relata sobre esta inovação:
... Existe uma diferença qualitativa entre aquilo que fazem os ministérios
administrativos e aquilo que o ministério da educação deve fazer. A
diferença entre eles é simples. Os ministérios administrativos cuidam do
hardware do país. Eles lidam com a “musculatura” nacional. O ministério da
educação tem a seu cuidado o software do país. Ele cuida da “inteligência”
nacional. Seu objetivo é fazer o povo pensar. Porque um país – ao contrário
do que me ensinaram na escola – não se faz com as coisas físicas que se
encontram em seu território, mas com pensamentos de seu povo. (Alves,
2006 . p.24)
Com bases nessas definições acima podemos dizer que é importante lembrar que
um dos grandes questionamentos que podem ser levados em consideração quando se
fala em turismo educacional diz respeito aos tipos de educação (formal, não-formal).
Afinal, qual esfera da educação é mais eficaz: a educação formal, aquela que se dá pelo
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Maria Carolina da Silva Cunha,et all, op cit - Turismo Educacional: Que Viagem É Essa? - Alunas do
6º período do curso de Turismo do Centro Universitário Ibero-Americano, 2002, p.4 – 5