Equacao Diferencial PDF
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Equação diferencial é uma equação que envolve uma função incógnita e suas derivadas.
Definição: Chama-se equação diferencial a uma equação que estabelece uma relação entre a variável
independente x, a função desconhecida y = f (x ) e suas derivadas y ', y '', y ''', y 4 ,..., y n , onde: y’ é a 1a
derivada, y’’ é a 2a derivada, ..., yn é a enésima derivada.
• Todas as equações diferenciais que possuem apenas uma variável independente são ditas derivadas
ordinárias. Então, a equação é chamada equação diferencial ordinária (E.D.O.).
• Quando numa equação diferencial há mais de uma variável independente, as derivadas são parciais
e a equação é chamada equação de derivadas parciais ou equação diferencial parcial (E.D.P.).
• Uma equação diferencial também pode ser classificada quanto a ordem ou grau.
- Quanto a ordem: A ordem da equação diferencial é definida pelo maior número de derivadas de
função dentro da equação. (A ordem de uma equação diferencial é a ordem da mais alta
derivada que nela aparece)
- Quanto ao grau: O grau da equação diferencial é determinado pelo expoente da derivada que
representa a ordem da equação diferencial. (O grau de uma equação diferencial, que pode ser
escrita como um polinômio na função incógnita e suas derivadas, é a potência a que se acha
elevada a derivada de ordem mais alta)
Observação: Nem toda equação diferencial pode ser classificada segundo o grau. Por exemplo:
2
d2y ⎛ dy ⎞
ey + 2⎜ ⎟ = 1 é uma E.D.O. de 2a ordem, mas não possui grau, pois não pode
dx 2 ⎝ dx ⎠
ser escrita sob a forma de um polinômio na função incógnita e suas derivadas, em razão da presença do
termo e y .
Exemplo:
∂2 z
d) + 4x =5 Resposta: Equação diferencial parcial, 2a ordem, 10 grau.
∂x 2
∂y 2
2
⎛ d3y ⎞ dy
e) ⎜ 3 ⎟ +4 −2=0 Resposta: Equação diferencial ordinária, 3a ordem, 20 grau.
⎜ dx ⎟ dx
⎝ ⎠
2
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3
⎛ dy ⎞ d2y
f) ⎜ ⎟ + 3 2 − 4 y = 6 Resposta: Equação diferencial ordinária, 2a ordem, 10 grau.
⎝ dx ⎠ dx
dy
g) + y = 5 y2 Resposta: Equação diferencial ordinária, 1a ordem, 10 grau.
dx
Exercício:
dy
c) 3
− 2x 2
=2 +6 Resposta: E.D.O., 3a ordem, 10 grau.
dx dx dx
d) y ' ' '+4(y ' ' ) 4 + 3 x = 2 y ' Resposta: E.D.O., 3a ordem, 10 grau
∂2z ∂2z
g) + = x2 + y Resposta: E.D.P, 2a ordem, 10 grau.
∂x 2 ∂y 2
∂z ∂z
h) = z+x Resposta: E.D.P., 1a ordem, 10 grau.
∂x ∂y
d3y y
i) −=1
dx3d3y
dx3
Primeiramente devemos preparar a equação diferencial para podermos classificar sua ordem e grau:
2
⎛ d3y ⎞ d3y
⎜⎜ 3 ⎟⎟ − y = 3 Resposta: E.D.O, 3a ordem, 20 grau.
⎝ dx ⎠ dx
dy
j) ln dx2 = y Resposta: E.D.O., 1a ordem, não têm grau.
x
dy
dx
x2 dy
loge y y dy y log a
Solução: e = e ⇒ dx = e ⇒ = x 2e ; Lembre-se: ln x = log e x e b b = a
x 2
dx
dy
k) = 5x + 3 Resposta: E.D.O., 1a ordem, 10 grau.
dx
3
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5
d3y ⎛ dy ⎞
l) e y + 3⎜ ⎟ = 4 Resposta: E.D.O., 3a ordem, não têm grau.
dx3 ⎝ dx ⎠
d3y d2y
m) 4 + ( sen x) + 5 xy = 0 Resposta: E.D.O., 3a ordem, 10 grau.
dx3 dx 2
3
⎛ d2y ⎞ ⎛ dy ⎞
7
3 ⎛ dy ⎞
2
n) ⎜ ⎟ + 3 y ⎜ ⎟ + y ⎜ ⎟ = 5x Resposta: E.D.O., 2a ordem, 30 grau.
⎜ dx 2 ⎟ ⎝ dx ⎠ ⎝ dx ⎠
⎝ ⎠
⎛ ∂2 y ⎞ ⎛ ∂2 y ⎞
o) ⎜ ⎟ − 4⎜ ⎟=0 Resposta: E.D.P., 2a ordem, 10 grau.
⎜ ∂t 2 ⎟ ⎜ ∂x 2 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
Resolver a equação diferencial significa determinar todas as funções que, sob a forma finita verificam
a equação, ou seja, é obter uma função de variáveis livres que, substituída na equação, transforme-a em
uma identidade.
Exercício
⎧ x = a sent dy b2 x
c) ⎨ e =− 2 Resposta: Sim
⎩ y = b cos t dx a y
d) y = e −5x + c e y ' '+5 y ' = 0 Resposta: Sim
e) x 2 + 4 xy − y 2 = 1 e ( x + 2 y ) dx + (2 x − y ) dy = 0 Resposta: Sim
−x
f) y = −e e y ' '− y '−3 y = 0 Resposta: Sim
−x
g) y = x ⋅ e e y ' '−2 y '−3 y = 0 Resposta: Não
−3 x
h) y = 5e e y ' '−2 y '−3 y = 0 Resposta: Não
Tipos de soluções
- Solução Geral: É a solução da equação que contém tantas constantes arbitrárias quantas forem as
unidades de ordens da equação. Dessa forma: uma equação de 1a ordem apresenta uma constante
arbitrária, uma equação de 2a ordem apresenta duas constantes arbitrárias.
- Solução Singular: É a solução da equação que não pode ser deduzida da solução geral. Assim
sendo apenas alguns tipos de equações apresentam essa solução.
Família de curvas:
dy
1) = 2 x ⇒ dy = 2 x dx ⇒ ∫ dy = ∫ 2 x dx ⇒ y = x 2 + c é a solução geral e y = x 2 é solução Particular
dx
dy
2) Determine a solução da equação = 3 x 2 + 4 x para as condições iniciais x = 1 e y = 3 .
dx
Solução Geral: y = x3 + 2 x 2 + c
Solução particular: (1,3) ⇒ 3 = 1 + 2 + c ⇒ c = 0 ⇒ y = x3 + 2 x 2
ZILL, D.G.; CULLEN, M.R. Equações diferenciais. v. 1. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
Uma equação diferencial é chamada de linear quando pode ser escrita na forma
dny d n −1 y dy
an ( x) n + an −1 ( x) n −1 + ... + a1 ( x) + a0 ( x) y = g ( x)
dx dx dx
Observe que as equações diferenciais lineares são caracterizadas por duas propriedades:
(i) A variável dependente y e todas as suas derivadas são do primeiro grau; isto é, a potência
de cada termo envolvendo y é 1.
(ii) Cada coeficiente depende apenas da variável independente x.
As equações
xdy + ydx = 0 ;
y ''− 2 y '+ y = 0 e
d3y 2
2 d y dy
x3 3
− x 2
+ 3x + 5 = e x
dx dx dx
d3 y
y. y ''− 2 y ' = x + y2 = 0
e
dx3
são equações diferenciais ordinárias não-lineares de segunda e terceira ordens, respectivamente.
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PROBLEMAS RESOLVIDOS:
Classifique cada equação diferencial segundo a ordem, o grau (quando possível) e a linearidade.
Determine a função incógnita e a variável independente.
a ) y '''− 5 xy ' = e x + 1
Resolução:
- Terceira ordem: a derivada mais alta é a terceira.
- Primeiro grau: a equação tem a forma de um polinômio na função incógnita e suas derivadas e a
terceira derivada está na primeira potência.
- Linear: b3 ( x) = 1, b2 ( x) = 0, b1( x) = −5 x, g ( x) = e x + 1
- A função incógnita é y
- A variável independente é x .
b)ty + t 2 y − ( sen t) y = t 2 − t + 1
Resolução:
- Segunda ordem: a mais alta derivada é de ordem dois.
- Não possui grau: em virtude da presença do termo y , além de que a equação não pode ser escrita
como um polinômio na função incógnita y e suas derivadas.
- Não-linear: a equação não pode pôr-se na forma de equação diferencial linear.
- A função incógnita é y
- A variável independente é t .
2 ∂ 2t dt
c) s + st = s
∂s 2 ds
Resolução:
- Segunda ordem: a mais alta derivada é de ordem dois.
- Primeiro grau: a equação tem a forma de um polinômio na função incógnita t e suas derivadas (com
coeficientes em s) e a derivada segunda aparece em primeiro grau.
- Não-linear: b1 = st , que depende de s e de t.
- A função incógnita é t
- A variável independente é s .
5
⎛ ∂ 4b ⎞ ⎛ db ⎞
10
d )5 ⎜ ⎟ + 7 ⎜ ⎟ + b 7 − b5 = p
⎜ ∂p 4 ⎟ ⎝ dp ⎠
⎝ ⎠
Resolução:
- Quarta ordem: a mais alta derivada é de ordem quatro.
- Quinto grau: a equação tem a forma de um polinômio na função incógnita b e suas derivadas e a
derivada de ordem quatro aparece elevada à quinta potência.
- Não-linear.
- A função incógnita é b
- A variável independente é p .
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∂2x
e) y = y2 + 1
∂y 2
Resolução:
- Segunda ordem: a mais alta derivada é de ordem dois.
- Primeiro grau: a equação tem a forma de um polinômio na função incógnita x e suas derivadas e a
derivada de segunda ordem aparece elevada à primeira potência.
- Linear: b2 ( y ) = y, b1( y ) = 0, b0 ( y ) = 0; g ( x) = y 2 + 1
- A função incógnita é x
- A variável independente é y .
LISTA DE EXERCÍCIO PROPOSTA PARA A REVISÃO DOS CONCEITOS:
Determine, para cada uma das seguintes equações diferenciais, ordem, grau (se possível), linearidade,
função incógnita, variável independente.
respostas
Equação ordem grau linearidade Função Variável
incógnita independente
2 2 2 não-linear y x
1. ( y ") − 3 yy '+ xy = 0
4 1 linear y x
2. x 4 y (4) + xy ''' = e x
3. t 2
s − ts = 1 − sen t 2 1 linear s t
4 nenhum não-linear y x
4. y (4) + xy '''+ x 2 y "− xy '+ sen y = 0
n 1 linear x y
d nx
5. = y2 + 1
dy n
2 2 2 não-linear r y
⎛ d 2r ⎞ d 2r dr
6. ⎜ ⎟ + + y =0
⎜ dy 2 ⎟ dy 2 dy
⎝ ⎠
3/2 2 nenhum não-linear y x
⎛ d2y ⎞
7. ⎜ ⎟ +y = x
⎜ dx 2 ⎟
⎝ ⎠
7 1 linear b p
d 7b
8. = 3p
dp 7
7 1 7 não-linear b p
⎛ db ⎞
9. ⎜ ⎟ = 3 p
⎝ dp ⎠
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Muitas vezes, especialmente em problemas aplicados, uma equação diferencial é resolvida sujeita a
condições dadas que devem ser satisfeitas pela função incógnita. Como um exemplo simples,
considere o seguinte problema para discussão:
Exemplo:
Uma partícula p se move ao longo do eixo x de modo que sua aceleração em qualquer tempo t ≥ 0 é
dada por: a(t) = 16 − 24t.
a) Encontre a posição x da partícula, medida a partir da origem 0, em qualquer tempo t > 0, assumindo
que inicialmente (t = 0) ela esta localizada em x=2 e move-se com uma velocidade v=− 5.
b) Faça como no item (a) sabendo-se que a partícula está localizada em x = 2 inicialmente, e em x =
7 quando t =1.
Solução:
Considere a figura :
O P
Para formular este problema matematicamente, recordemos que a velocidade e a aceleração de uma
dx d2x
partícula que se move ao longo do eixo x são dadas por: v = e a= respectivamente. Então
dt dt 2
d2x
da primeira sentença no problema, temos: = 16 − 24 t (01) que é a equação diferencial exigida do
dt 2
movimento.
As condições sobre a função x dada no item (a) são: x = 2, v = −5 em t = 0, isto é, x (0) = 2 e v (0) =
x’ (0)= −5.
Esta constante pode ser determinada pela condição v (0)= −5. Obtemos, então: −5 = 0 + c1, isto é,
c1 = −5. Portanto:
dx
V(t)= = 16 t − 12 t 2 − 5
dt
x(t ) = 8t 2 − 4t 3 − 5t + c2 ,
onde c2 é outra constante arbitrária que pode ser determinada pela condição
x (0) = 2, assim temos:
2 = 0 + c2 → c2 = 2.
Neste item temos ainda a mesma equação diferencial para o movimento, mas as condições são
alteradas para x (0) = 2 e
x (1) = 7.
dx
Neste caso, integramos (01), como antes, entretanto, como não temos condições para , não
dt
podemos determinar c1 de imediato. Integrando então (02), obtemos: x(t ) = 8t 2 − 4t 3 + c1t + c2 .
Agora, usamos as duas condições para obter as duas constantes arbitrárias, isto nos dá:
⎧2 = 0 + c 2
⎨ ,
⎩7 = 8 − 4 + c1 + c 2
ou seja, c1 = 1 e c2 = 2, então x(t ) = 8t 2 − 4t 3 + t + 2
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Definição 02: Um problema de valor de fronteira é um problema em que se procura determinar uma
solução para uma equação diferencial sujeita às condições sobre a função incógnita especificada em
dois ou mais valores da variável independente. Tais condições são chamadas condições de fronteira.
dy
Uma equação diferencial de 1ª ordem e 1º grau pode ser escrita na forma: = F( x , y)
dx
Se F (x, y) é uma constante ou uma função apenas de x a equação diferencial pode ser resolvida
usando-se apenas os métodos de integração.
Se F (x,y) é uma função de x e y precisaremos buscar outros métodos. Neste caso procuraremos
expressar a equação diferencial na forma:
A seguir faremos uma classificação da equação acima de acordo com a forma assumida pelas funções
M e N.
Cada tipo de equação tem seu método adequado. O sucesso em resolver corretamente uma equação
diferencial está em classificá-la corretamente, para assim poder aplicar o método adequadamente.
Uma grande quantidade de equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem pode ser escrita na sua forma
normal, dada por:
y' = F(x,y)
ou quando a função F=F(x,y) pode ser escrita como o quociente de duas outras funções M=M(x,y) e
N=N(x,y), temos:
y' = M(x,y) / N(x,y)
M(x,y)dx + N(x,y)dy = 0
Exemplo:
A equação diferencial y' = cos(x+y) está em sua forma normal.
A equação diferencial y' = x/y está em sua forma normal, mas pode ser rescrita na sua forma
diferencial xdx − ydy = 0.
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Tal fato é motivado pelo fato que é possível separar as funções de modo que cada membro da
igualdade somente possua um tipo de variável e assim poderemos realizar a integração de cada
membro por um processo bastante "simples", ou seja:
∫ M ( x)dx + ∫ N ( y )dy = c
Exemplos:
x
1) Consideremos a equação diferencial y ' = na sua forma normal, que também pode ser escrita na
y
sua forma diferencial: x dx − y dy = 0 ⇒ x dx = y dy , então integrando cada termo
independentemente, teremos:
x2 y2
+ c1 = + c2
2 2
Nota: Esta relação satisfaz à equação diferencial dada (solução implícita): ∫ M ( x)dx + ∫ N ( y )dy = c .
dy
2) Resolva a equação: (1 + x 2 ) + xy = 0
dx
Solução:
dy dy
(1 + x 2 ) + xy = 0 ⇒ (1 + x 2 ) = − xy ⇒ (1 + x 2 ) dy = − xydx ⇒
dx dx
1 x x 1
dy = dx ⇒ dx + dy = 0
y (1 + x )
2
1+ x 2
( y )
x 1
Assim, M (x) = e N (y) =
1+ x2 y
Integrando, temos:
1 1 1 c
ln y + ln(1 + x 2 ) = c ⇒ ln y ⋅ (1 + x 2 ) 2 = c ⇒ y ⋅ (1 + x 2 ) 2 = ec ⇒ y ⋅ 1 + x 2 = c ⇒ y =
2 1 + x2
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As aplicações que se seguem foram retiradas do livro Equações Diferenciais de Richard Bronson
(1994) Capítulo 6.
Seja N(t) a quantidade de substância (ou população) sujeita a crescimento ou decaimento. Admitindo
dN
que , a taxa de variação da quantidade de substância em relação ao tempo, seja proporcional à
dt
dN dN
quantidade de substância presente, então = k ⋅ N ou − kN = 0 , onde k é a constante de
dt dt
proporcionalidade.
Exemplos:
1) Certo material radioativo decai a uma taxa proporcional à quantidade presente. Se existem
inicialmente 50 miligramas de material e se, após duas horas, o material perdeu 10% de sua massa
original, determine:
a) A expressão da massa remanescente em um instante arbitrário t.
b) A massa de material após quatro horas.
c) O tempo após o qual o material perde metade de sua massa original.
Solução:
dN
a) Seja N a quantidade de material presente no instante t. Então − kN = 0 . Esta equação
dt
diferencial é linear e separável e sua solução é dada por: N (t ) = c.e k .t .
Em t = 0, temos N(0) = 50.
Desta forma,
N (t ) = c.e k .t ⇒ 50 = c.e k .t ⇒ c = 50
Portanto, N (t ) = 50.e k .t .
Em t = 2, houve perda de 10% da massa original de 50 mg, ou seja, 5 mg. Logo, em t = 2, N(2) = 45.
Observação: Para resolver esta equação utilizamos as propriedades dos logaritmos naturais.
Assim, nossa equação com as duas constantes encontradas fica: N (t ) = 50 ⋅ e −0,053 t , onde t é medido
em horas.
b) Neste item precisamos encontrar o valor de N para t = 4. Basta substituir na equação encontrada e
teremos N = 40,5 mg.
c) Neste item devemos encontrar o tempo para N = 25. Substituindo na equação e utilizando as
propriedades dos logaritmos naturais encontramos t = 13 horas.
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PROBLEMAS DE TEMPERATURA
= − k (T − Tm )
dT dT
ou + kT = kTm
dt dt
Exemplos:
a) O tempo necessário para termos T = 25, será: 25 = 100.e −0, 035.t , resolvendo esta equação,
encontramos t = 39,6 min.
b) Para encontrar T quando t = 10 basta substituir na equação encontrada e teremos: T = 100.e −0, 035.10 .
E, portanto T = 70,5ºF.
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2) Um corpo à temperatura de 50ºF é colocado ao ar livre onde a temperatura é de 100ºF. Se, após 5
min, a temperatura do corpo é de 60ºF, determine:
a) O tempo necessário para que o corpo atinja a temperatura de 75ºF.
b) A temperatura do corpo após 20 minutos.
Solução:
dT
Utilizando a equação + kT = kTm e sabendo que Tm = 100 teremos:
dt
dT
+ kT = 100 k ,
dt
cuja solução é:
T = c.e − k .t + 100
60 = −50.e −5 k + 100
a) Para encontrar t quanto T = 75, basta substituir T = 75 na equação função encontrada. Assim,
75 = −50.e −0, 045.t + 100 . Utilizando as propriedades de logaritmos encontramos t = 15,4 min.
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1 1
a) y 3 dx − x 3 dy = 0 Resposta : 2
− 2 =c
x y
dy
− y = 2x 2 y Resposta : y = c.x.e x
2
b) x
dx
Resposta : y = ce x
2
c) dy = 2xydx
dy y c
d) =− Resposta : y =
dx x x
2
dy x
e) = Resposta : 3y 4 − 4 x 3 = c
dx y 3
f ) xdy − ydx = 0 Resposta : y = cx
dy
= 4 x 3 (1 + y ) Resposta : y = ce x − 1
4
g)
dx
3) Uma esfera de cobre é aquecida a uma temperatura de 100ºC. No instante t = 0 ela é imersa em água
que é mantida a uma temperatura de 30ºC. Ao fim de 3 minutos, a temperatura da esfera está reduzida
a 70ºC. Determinar o instante em que a temperatura se encontra reduzida a 31ºC.
dT
Obs. Utilizar a formulação matemática da lei do resfriamento de Newton, ou seja, = − k (T − 30)
dt
Resposta: t = 22,78 ≅ 23 minutos
4) Certo material radioativo decai a uma taxa proporcional à quantidade presente. Se inicialmente, há
100 miligramas e se, após dois anos, 5% do material decaíram, determine:
a) A expressão da massa no instante arbitrário t.
b) O tempo necessário para o decaimento de 10% do material.
Resposta: a ) N = 100.e − 0,0256 t b) 4,11 anos ≅ 4 a 1 m 10 d
5) Um corpo à temperatura de 0ºF é colocado em um quarto em que a temperatura é mantida a 100ºF.
Se, após 10 minutos a temperatura do corpo é de 25,7ºF, determine:
a) O tempo necessário para o corpo atingir a temperatura de 50ºF.
b) A temperatura do corpo após 20 minutos.
Resposta: a) 23,9 min ≅ 24 min b) 43,75ºF ≅ 44ºF
6) Um corpo com temperatura desconhecida é colocado em um refrigerador com uma temperatura
constante de 0ºF. Se após 20 minutos, a temperatura do corpo é de 40ºF e após 40 minutos é de 20 ºF,
determine a temperatura inicial. Resposta: T0 = 80ºF
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∂u ∂u ∂M ∂N
= M ( x, y ) e = N ( x, y ) tal que =
∂x ∂y ∂y ∂x
e sua solução será:
∂u
u ( x, y ) = ∫ M ( x, y ) dx + k ( y ) = ∫ dx + k ( y )
∂x
onde k ( y ) representa uma constante que depende de y.
∂M ∂N
Passo 0) Verificar se a equação diferencial dada é exata, ou seja, = .
∂y ∂x
∂u
Passo 1) Fazer = M ( x, y ) ⇒ determinar u ( x, y ) = expressão em x e y + k ( y ).
∂x
∂u
Passo 2) Fazer = N ( x, y ) ⇒ determinar k ' ( y ) e k ( y ).
∂y
Passo 3) Substituir k ( y ) em u ( x, y ).
Passo 4) Fazer u ( x, y ) = c.
Exemplos:
1) Resolva a EDO 2 xy dx + (1 + x 2 ) dy = 0.
Solução:
∂M ∂N
M ( x, y ) = 2 xy ⇒ = 2 x e N ( x, y ) = 1 + x 2 ⇒ = 2x
∂y ∂x
∂M ∂N
Como = , temos que essa equação é uma EDO exata.
∂y ∂x
∂u ∂u
Admitimos que existe uma função u ( x, y ) = c tal que =M e = N . Assim:
∂x ∂y
∂u y é cons tan te
u ( x, y ) = ∫ dx = ∫ 2 xy dx ⇒ u ( x, y ) = x 2 y + k ( y )
∂x
Portanto,
c = c 2 − c1
u ( x, y ) = x 2 y + y + c1 = c2 ⇒ x 2 y + y = c (forma implícita)
Ou,
c
x 2 y + y = c ⇒ y ( x 2 + 1) = c ⇒ y = (forma explícita)
( x + 1)
2
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2) Resolva a EDO (2 xy + x) dx + ( x 2 + y ) dy = 0.
Solução:
∂M ∂N
M ( x, y ) = 2 xy + x ⇒ = 2 x e N ( x, y ) = x 2 + y ⇒ = 2x
∂y ∂x
∂M ∂N
Como = , temos que essa equação é uma EDO exata.
∂y ∂x
∂u ∂u
Admitimos que existe uma função u ( x, y ) = c tal que =M e = N . Assim:
∂x ∂y
∂u y é cons tan te
x2
u ( x, y ) = ∫ dx = ∫ (2 xy + x) dx ⇒ u ( x, y ) = x 2 y + + k ( y)
∂x 2
∂u ∂u
= x 2 + 0 + k ' ( y) e = N = x2 + y
∂y ∂y
Desta forma,
y2
x 2 + k ' ( y ) = x 2 + y ⇒ k ' ( y ) = y ⇒ k ( y ) = ∫ y dy = + c1
2
Portanto,
c =c2 − c1
x2 y2 x2 y2
u ( x, y ) = x 2 y + + + c1 = c2 ⇒ x 2 y + + = c (forma implícita)
2 2 2 2
x dy
3) Verifique se a equação diferencial ordinária = −1 é exata e resolva-a.
y + x dx
Solução:
Como,
⎧M = y + x
= −1 ⇒ x dy = −( y + x ) dx ⇒ ( y + x ) dx + xdy = 0 ⇒ ⎨
x dy
y + x dx ⎩ N=x
então:
∂M ∂N ∂M ∂N
=1 e =1 ⇒ =
∂y ∂x ∂y ∂x
18
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
∂u ∂u x2
=M ⇒ = x + y ⇒ u ( x, y ) = ∫ ( x + y ) dx ⇒ u ( x, y ) = + xy + k ( y )
∂x ∂x 2
∂u
= N ⇒ x + k ' ( y ) = x ⇒ k ' ( y ) = 0 ⇒ k ( y ) = c1
∂y
Logo,
c = 2 c2 − 2 c1
x2
u ( x, y ) = + xy + c1 = c2 ⇒ x 2 + 2 xy = c (forma implícita)
2
ou,
c − x2 1⎛c ⎞
x 2 + 2 xy = c ⇒ 2 xy = c − x 2 ⇒ y = ⇒ y = ⎜ − x ⎟ (forma explícita)
2x 2⎝ x ⎠
y c
e) (3 x 2 y + ) dx + ( x 3 + ln x ) dy = 0 Resposta: ( x 3 + ln x) y = c ou y = 3
x x + ln x
f ) ( x.e + 2 y ). y '+ y.e = 0
xy xy
Resposta: e + y = c
xy 2
2) Verificar se as Equações Diferenciais, dadas a seguir, são exatas e determinar sua solução geral:
a) 3 x 2 r + cos ( x ) + x 3 dr = 0 Resposta: É exata, x 3 r + sen ( x ) = c
dx
du
b) (1 + u )v + (1 − 2v )u = 0 Resposta: Não é exata, An ( uv ) + u − 2v = c .
dv
3) Verificar se as Equações Diferenciais, dadas a seguir, são exatas e determinar sua solução geral:
2x y 2 − 3x 2 x2 1 3
a) 3 dx + 4
dy = 0 para y (1) = 2 Resposta : É exata, 3
− =−
y y y y 8
= 0 para y (1) = 2
dy
b) y − 3 x 2 − (4 y − x) Resposta: É exata, 2 y 2 − yx + x 3 = 7
dx
x3 −5
= 0 para y (1) = 2
dy
c) ( x 2 + y ) + ( x − 2 y ) Resposta: É exata, + yx − y 2 =
dx 3 3
19
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
x 3 3 y 2 19
para y (1) = 2
dy
d) x − 2 x 2 − (4 y − y ) =0 Resposta: É exata, + =
dx 3 2 3
⎛ 2 s⎞ ⎡3 ⎤
4) Verifique se a Equação Diferencial ⎜ 3t s + ⎟ dt + ⎣t + ln ( t ) ⎦ ds = 0 é exata e determine a
⎝ t⎠
solução geral, sabendo que s = s(t ) . Resposta: é exata, s (t 3 + ln t ) = c
cos (2 s )
6) Verifique se a Equação Diferencial dt + 2 ln (t ) sen (2 s )ds = 0 é exata e determine a
t
−4
solução geral, sabendo que s = s(t ) . Resposta: não é exata, t = csec (2 s )
[ ]
7) Resolver o seguinte problema de valor inicial 2 xydx + x 2 + π cos(πy ) dy = 0 , sabendo que y (1) = 1 .
Resposta: é exata, x 2 y + sen(π y ) = 1
8) Resolver o seguinte problema de valor inicial 9( y − 1)dy + ( x − 3)dx = 0 , sabendo que y (3) = 0 .
Resposta: não é exata, 9 y 2 − 18 y − x 2 − 6 x = −18
1) Resolva a equação diferencial ordinária y ' = y , ou seja, determinar a função cuja derivada é igual a
ela mesma.
Solução:
c3 =c2 −c1
dy dy 1
y '= y ⇒ = y ⇒ dy = y dx ⇒ = dx ⇒ ∫ dy = ∫ dx ⇒ ln y + c1 = x + c2 ⇒ ln y = x + c2 − c1 ⇒
dx y y
ln y = x + c3 ⇒ y = e x +c3 ⇒ y = e c3 ⋅ e x ⇒ y = c ⋅ e x
20
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
FATORES INTEGRANTES
Objetivo: Transformar uma equação diferencial não exata em uma equação diferencial exata.
não é exata. Por vezes, entretanto, é possível transformar essa equação em uma equação diferencial
exata, mediante multiplicação por um fator adequado.
Lamentavelmente, não existe um método simples, para obter fatores integrantes. Se existisse, nosso
trabalho seria bastante simplificado. Felizmente, entretanto, existem alguns métodos, que iremos
discutir e que aparecem com freqüência. O primeiro método que estudaremos é nada mais que um
método de separação de variáveis, em que o fator integrante é geralmente evidente, pois M e N pode,
cada um ser escrito como uma função de x vezes uma função de y.
I ( x, y ) ⋅ [ M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy ] = 0 (02)
é exata:
Exemplos:
1
1) Mostre que a função I ( x, y ) = − é um fator integrante para a equação y dx − x dy = 0.
x2
Solução:
∂M ∂N
M ( x, y ) = y ⇒ = 1 e N ( x, y ) = − x ⇒ = −1
∂y ∂x
∂M ∂N
Como ≠ , temos que essa equação é uma EDO não exata.
∂y ∂x
1
Mas, multiplicando a equação diferencial dada por I ( x, y ) = − , temos:
x2
− 2 ⋅ [ y dx − x dy ] = 0 ⇒ − 2 dx + dy = 0
1 y 1
x x x
y ∂M 1 1 ∂N 1
M ( x, y ) = − ⇒ = − 2 e N ( x, y ) = ⇒ =− 2
x 2
∂y x x ∂x x
∂M ∂N
Portanto, = , temos que essa equação é uma EDO exata e pode ser resolvida pelo método visto
∂y ∂x
em aula anterior (método da equação diferencial exata).
21
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
1
2) Mostre que a função I ( x, y ) = − é um fator integrante de y dx − x dy = 0.
xy
∂M ∂N
Solução: M ( x, y ) = y ⇒ = 1 e N ( x, y ) = − x ⇒ = −1
∂y ∂x
∂M ∂N
Como ≠ , temos que essa equação é uma EDO não exata.
∂y ∂x
1
Mas, multiplicando a equação diferencial dada por I ( x, y ) = −
, temos:
xy
∂M ∂N
− ⋅ [ y dx − x dy ] = 0 ⇒ − dx + dy = 0 ⇒ M ( x, y ) = − ⇒
1 1 1 1 1
= 0 e N ( x, y ) = ⇒ =0
xy x y x ∂y x ∂x
∂M ∂N
Portanto, = , temos que essa equação é uma EDO exata e pode ser resolvida pelo método da
∂y ∂x
EDO exata.
Observação: Os dois exemplos anteriores mostram que uma equação diferencial pode admitir mais de
um fator integrante.
Do teste dado para verificar se uma equação diferencial é exata, decorre que um fator integrante é
solução de certa equação diferencial parcial. Ora, em geral, essa equação diferencial parcial é mais
difícil de resolver do que a própria equação diferencial original. Conseqüentemente, os fatores
integrantes se obtêm, em geral, por inspeção. O êxito do método vai depender, então, da habilidade do
calculista, em reconhecer ou vislumbrar, que determinado grupo de termos constitui uma diferencial
exata dh (x, y). Para tanto, a tabela a seguir poderá constituir boa ajuda.
Por vezes, um reagrupamento dos termos da equação diferencial facilita a visualização do fator
integrante (exemplos 3, 4 e 5).
1 ⎛ ∂M ∂ N ⎞
(Caso i) Se g ( x) ≡ ⎜ − ⎟ é uma função dependente apenas da variável x, o fator integrante é
N ⎝ ∂y ∂x ⎠
determinado por:
I ( x, y ) = e ∫
g ( x).dx
(Ver exemplo 6)
1 ⎛ ∂M ∂N ⎞
(Caso ii) Se h( y ) ≡ ⎜ − ⎟ é uma função dependente apenas da variável y, o fator integrante
M ⎝ ∂y ∂x ⎠
é determinado por:
− h( y ).dy
I ( x, y ) = e ∫ (Ver exemplo 7)
1
I ( x, y ) = (Ver exemplo 8)
xM ( x, y ) − yN ( x, y )
Exemplos:
23
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
xdy − ydx
=0 (01)
x2
Como (01) é exata, pode ser resolvido pelo processo das equações diferenciais exatas.
d ⎛ y⎞
Alternativamente, pela tabela anterior, notamos que (01) pode ser escrita como ⎜ ⎟ = 0 . Logo, por
dx ⎝ x ⎠
y
integração direta, temos = c , ou y = c x como solução.
x
Como (02) é exata, pode ser resolvido pelo processo das equações diferenciais exatas.
⎡ ⎛ y ⎞⎤
Alternativamente, pela tabela anterior, notamos que (02) pode ser escrita como d ⎢ln⎜ ⎟⎥ = 0 . Logo,
⎣ ⎝ x ⎠⎦
⎛ y⎞
por integração direta, temos ln⎜ ⎟ = c1 . Tomando exponenciais em ambos os membros obtemos
⎝x⎠
y
= ec1 , ou finalmente, y = cx ( c = ec1 ).
x
3) Resolva ( y 2 − y ) dx + xdy = 0 .
Solução:
Não se reconhece imediatamente nenhum fator integrante. Se, entretanto, reagruparmos
convenientemente os termos da equação, poderemos escrevê-la.
O grupo de termos entre parênteses admite muitos fatores integrantes. Experimentando cada um deles
separadamente, verificamos que apenas um deles torna toda a equação uma diferencial exata: Esse
fator é I ( x, y ) = 1/ y 2 . Utilizando-o, podemos escrever (03) como
ydx − xdy
− + 1dx = 0 (04)
y2
Como (04) é exata, pode ser resolvida pelo processo das equações diferenciais exatas.
Alternativamente, a equação (04) pode ser escrita como − d ( x / y ) + 1dx = 0, ou como d ( x / y ) = 1dx.
Integrando, obtermos a solução:
x x
= x + c ou y =
y x+c
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OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
4) Resolva ( y − xy 2 ) dx + ( x + x 2 y 2 )dy = 0 .
Solução:
Não se reconhece de imediato nenhum fator integrante. Escrevendo, entretanto, a equação diferencial
como:
( ydx + xdy ) + ( − xy 2 dx + x 2 y 2 dy ) = 0 (05)
vê-se que o primeiro grupo de termos admite vários fatores integrantes (tabela anterior). Um deles, a
saber I ( x, y ) = 1/( xy ) 2 , é fator integrante para toda a equação. Multiplicando a equação (05) por
1/( xy ) 2 , obtemos:
ydx + xdy − xy 2 dx + x 2 y 2 dy
+ =0
( xy )2 ( xy ) 2
Ou equivalentemente
ydx + xdy 1
= dy − 1dy (06)
2 x
( xy )
Pela tabela anterior:
ydx + xdy ⎛ −1 ⎞
=d⎜ ⎟
( xy ) 2 ⎝ xy ⎠
de modo que (06) pode escrever-se como
⎛ −1 ⎞ 1
d ⎜ ⎟ = dx − 1dy
⎝ xy ⎠ x
−1
= ln x − y + c que é a solução sob forma implícita.
xy
3 yx 2
5) Resolva y ' = .
x3 + 2 y 4
Solução:
Escrevendo a equação sob forma diferencial, temos:
(3 yx 2 ) dx + ( − x3 − 2 y 4 ) dy = 0
Não se reconhece de imediato nenhum fator integrante. Podemos, no entanto, reagrupar os termos da
equação como segue:
x 2 (3 ydx − xdy ) − 2 y 4 dy = 0 (07)
O grupo entre parênteses é da forma aydx + bxdy , com a = 3 e b = − 1 , que admite x 2 y −2 como fator
integrante. Ora, como a expressão entre parênteses já está multiplicada por x 2 , tentamos um fator da
forma I ( x, y ) = y −2 , vem:
x 2 y −2 (3 ydx − xdy ) − 2 y 2 dy = 0
que pode ser simplificada (ver tabela anterior) para:
d ( x3 y −1 ) = 2 y 2 dy (08)
25
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x3 y −1 =
2 3
y + c como solução sob forma implícita.
3
6) Resolva y ' = 2 xy − x .
Solução:
Escrevendo a equação sob forma diferencial, temos:
( −2 xy + x ) dx + dy = 0 (09)
1 ⎛ ∂M ∂N ⎞ (−2 x) − (0)
⎜ − ⎟= = −2 x
N ⎝ ∂y ∂x ⎠ 1
é função de x somente. Portanto de acordo com a condição (a) para determinar o fator integrante,
temos:
−2 x.dx 2
I ( x, y ) = e ∫ = e− x é o fator integrante. Multiplicando (09) por e− x , obtemos:
2
que é exata. Resolvendo (10) pelo processo das equações diferenciais exatas, obtemos a solução:
2 1
y = ce x +
2
Observe que a equação dada é também linear. (Esse tipo de equação será objeto de estudo nos tópicos
seguintes).
7) Resolva y 2 dx + xydy = 0 .
Solução:
Aqui, M ( x, y ) = y 2 e N ( x, y ) = xy ; logo,
1 ⎛ ∂M ∂N ⎞ 2 y − y 1
⎜ − ⎟= =
M ⎝ ∂y ∂x ⎠ y2 y
é função de y somente. Portanto de acordo com a condição (b) para determinar o fator integrante,
temos:
− (1/ y ) dy − ln y
I ( x, y ) = e ∫ =e = 1/ y é o fator integrante. Multiplicando a equação diferencial dada
c
por: I ( x, y ) = 1/ y , obtemos a equação exata ydx + xdy = 0 , cuja solução é y = .
x
26
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revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
xy 2 − y
8) Resolva y ' = .
x
Solução:
Escrevendo a equação sob a forma diferencial, temos:
1 −1
I ( x, y ) = =
x[ y (1 − xy )] ( xy )2
xy − 1 1
dx − dy = 0
x2 y xy 2
que é exata. Aplicando o processo das equações diferenciais exatas, chegamos à solução
y = −1/( x ln cx ) .
( ydx + xdy ) − xy 2 dx = 0
⎧ dy 3x + xy 2
⎪ =
9) Resolva ⎨ dx y + x2 y .
⎪ y (1) = 3
⎩
Solução:
Escrevendo a equação dada na forma: (3x + xy 2 )dx − ( y + x 2 y)dy = 0 , teremos:
∂M ∂N
M ( x, y ) = 3 x + xy 2 ⇒ N ( x, y ) = − y − x 2 y ⇒ = 2 xy ⇒ = −2 xy
∂y ∂x
e a equação não é exata.
Observe que M(x,y) e N(x,y) podem ser fatoradas como produto de uma função de x e uma função de
y, isto é, x(3 + y 2 )dx − y (1 + x 2 )dy = 0 e o fator integrante é:
1
I ( x, y ) =
(3 + y )(1 + x 2 )
2
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x y
dx − dy = 0
1+ x 2
3 + y2
que é separável e exata e integrando esta expressão, temos:
1 1
ln(1 + x 2 ) − ln(3 + y 2 ) = c ou (1 + x 2 ) = c ⋅ (3 + y 2 )
2 2
1
Como y = 3 quando x =1, obtemos c = .
6
E a solução que procuramos é:
1
(1 + x 2 ) = (3 + y 2 ) ou y2 − 6x2 = 3
6
28
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Considere a equação:
M(x,y) dx + N(x,y) dy = 0
∂M ∂N
1) Calcule: (01) e (02)
∂y ∂x
2) Se (01) = (02) a equação é exata e pode ser resolvida.
3) Se (01) ≠ (02), podemos ter os seguintes casos:
1 ⎛ ∂M ∂ N ⎞
(i) Se g ( x) ≡ ⎜ − ⎟ e a função depende apenas da variável x, o fator integrante é
N ⎝ ∂y ∂x ⎠
determinado por:
I ( x, y ) = e ∫
g ( x).dx
1 ⎛ ∂M ∂N ⎞
(ii) Se h( y ) ≡ ⎜ − ⎟ e a função depende apenas da variável y, o fator integrante é
M ⎝ ∂y ∂x ⎠
determinado por:
− h( y ).dy
I ( x, y ) = e ∫
Exemplo:
⎧ dy
⎪ = x−y
1) Resolva ⎨ dx
⎪⎩ y (0) = 2
Solução:
Escrevendo a equação diferencial como ( x − y).dx − dy = 0 , temos:
∂M
M ( x, y ) = x − y = −1
∂y
∂N
N ( x, y ) = − 1 =0
∂x
e a equação não é exata.
1 ⎛ ∂M ∂ N ⎞ ( − 1 − 0)
Agora usando g ( x) = ⎜ − ⎟ isto é, g(x) = = 1 é uma função de x. Portanto
N ⎝ ∂y ∂x ⎠ −1
I ( x, y ) = e ∫ 1dx = e x é um fator integrante. Assim
dy dy
ex = e x ( x − y ) ⇒ e x . + ye x = x.e x
dx dx
resolvendo como uma solução exata, chegamos a solução geral:
x.e x − 2 y.e x − e x = C
utilizando a condição de existência , temos:
x.e x − y.e x − e x = −5
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i) I ( x, y ) = e x ; y = ce− x + 1/ 3
3 3
i )(3 x 2 y − x 2 ) dx + dy = 0
j )( y + x 4 y 2 ) dx + xdy = 0 j ) I ( x, y ) = 1/( xy ) 2 ; 1/ y = x 4 / 3 − cx
⎛ x ⎞ x2
k ) ⎜ 2 xy 2 + ⎟ dx + 4 x 2 ydy = 0 k ) I ( x, y ) = y 2 ; x 2 y 4 + =c
⎜ y ⎟⎠
2 2
⎝
l ) xy 2 dx + ( x 2 y 2 + x 2 y ) dy = 0 l ) I ( x, y ) = 1/( xy ) 2 ; ln xy =c − y
m)( y + x3 + xy 2 ) dx − xdy = 0 m) I ( x, y ) = −1/( x 2 + y 2 ); y = xtg ( x 2 / 2 + c)
3 3
n)3 x 2 y 2 dx + (2 x3 y + x3 y 4 ) dy = 0 n ) I ( x, y ) = e y / 3 ; x 3 y 2 e y / 3 = c
30
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
a0 ( x ) y '+ a1 ( x ) y = b ( x )
O melhor que podemos fazer quando a0 ( x) é não nula, é realizar a divisão de todos os termos da
equação por a0 ( x) para obter:
y ' + P( x) y = Q ( x) (01)
uma equação que pode ser escrita desta forma, onde P(x) e Q(x) são funções de x conhecidas, é
chamada uma equação diferencial linear de primeira ordem (se uma equação não pode ser escrita
dy
nesta forma, como por exemplo + xy 2 = sen x , é chamada equação diferencial de primeira ordem
dx
não-linear).
Um bom método para resolver esta equação (01) de uma forma geral é multiplicar ambos os membros
da equação por um fator integrante I ( x, y ) = e ∫
P ( x ) dx
,
Assim:
e∫ + P ( x) ⋅ y ⋅ e ∫ = Q ( x) ⋅ e ∫
P ( x ) dx dy P ( x ) dx P ( x ) dx
⋅ (1)
dx
que é equivalente a
d ⎛ ∫ P ( x ).dx ⎞ ∫ P ( x ).dx
⎜ y.e ⎟ = Q( x) ⋅ e
dx ⎝ ⎠
Prova da equivalência:
e v = e∫ ⇒ v ' = P( x) ⋅ e ∫
dy P ( x ) dx P ( x ) dx
Fazendo: u = y ⇒ u ' = y ' =
dx
'
[u ⋅ v] ' = u ' ⋅ v + u ⋅ v ' ⇒ ⎡⎢ y ⋅ e ∫
P ( x ) dx ⎤
= ⋅ e∫ + y ⋅ P ( x) ⋅ e ∫
dy P ( x ) dx P ( x ) dx
⎥ (2)
⎣ ⎦ dx
'
⎡ y ⋅ e ∫ P ( x ) dx ⎤ = Q( x) ⋅ e ∫ P ( x ) dx
⎢⎣ ⎥⎦
31
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
y ⋅ e∫ = ∫ Q ( x) ⋅ e ∫
P ( x ) dx P ( x ) dx
dx + c
e como I ( x, y ) = e ∫
P ( x ) dx
, vamos a:
y ⋅ I = ∫ Q( x) ⋅ I dx + c (3)
Exemplos:
dy
1) Resolva: + 5 y = 50
dx
Solução:
Temos uma equação diferencial linear de primeira ordem, com P(x) = 5 e Q(x) = 50.
I = e∫ = e∫
P ( x ) dx 5 dx
= e5x
e5x c
y ⋅ e 5 x = ∫ e 5 x ⋅ 50 dx ⇒ y ⋅ e 5 x = 50 ⋅ + c ⇒ y = 10 + 5 x ou y = 10 + c ⋅ e −5 x
5 e
Observação: O método de separação de variáveis também poderia ter sido utilizado na resolução desse
exemplo, como mostramos a seguir.
dy dy dy dy 1
+ 5 y = 50 ⇒ = 50 − 5 y ⇒ = dx ⇒ ∫ = ∫ dx ⇒ − ⋅ ln(50 − 5 y ) = x + c1 ⇒
dx dx (50 − 5 y ) (50 − 5 y ) 5
e −5c1 ⋅ e −5 x
ln (50 − 5 y ) = −5 x − 5c1 ⇒ 50 − 5 y = e −5 x −5c1 ⇒ 5 y = 50 − e −5 x −5c1 ⇒ y = 10 − ⇒ y = 10 + c ⋅ e −5 x
5
1
3) Resolva: y '−2 xy = x Resposta: y = − + Ce x
2
32
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
b) y '− y = e 2 x 2
c) xy'+ y + 4 = 0 b) y = ce x + e 2 x
d ) xy '+ y = sen x c
c) y = − 4
e) y '+ y tgx = sen 2 x x
1
f ) y '− y = 1 − x d ) y = (c − cos x)
x
g ) y '−4 y = 2 x − 4 x 2
e) y = C. cos x − 2 cos 2 x
h) xy '+2 y = 4 x 2
f ) y = ce x + x
i ) y '−3 y = e 3x
g ) y = ce4 x + x 2
h) y = cx −2 + x 2
i ) y = ce3 x + x.e3 x
( ) ( )
g ) y + 2 xy3 dx + 1 + 3 x 2 y 2 + x dy = 0 g )xy + x 2 y 3 + y = c
dz x2
h) − xz = − x h) z(x) = ce 2 +1
dx
33
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
Consideremos um corpo de massa m em queda vertical, influenciado apenas pela gravidade g e por
uma resistência do ar proporcional à velocidade da queda. Admitamos que tanto a gravidade como a
massa permanecem constantes e, por questão de conveniência, escolhamos a direção para baixo como
a direção positiva.
Segunda lei do movimento de Newton: A força líquida que atua sobre um corpo é igual à taxa de
dv
variação do momento do corpo em relação ao tempo, ou, para uma massa constante, F = m , onde
dt
F é a força líquida que atua sobre o corpo e v é a velocidade do corpo – ambas no instante t.
• A força devida à gravidade representada pelo peso w do corpo e que é igual a m.g
• A força devida à resistência do ar, dada por –k.v, onde k ≥ 0 é a constante de proporcionalidade.
Faz-se necessário o sinal menos porque esta força é oposta à velocidade, isto é, atua para cima, na
direção negativa.
dv dv k
m.g − k .v = m. ⇒ + v=g
dt dt m
Exemplos:
dv
1) Mostre que desprezando-se a resistência do ar (então k = 0) , teremos: = g . Determine a
dt
solução dessa equação.
Solução:
dv k dv
Inicialmente, substituindo k = 0 em + v = g , temos: =g
dt m dt
Por outro lado, podemos facilmente determinar a solução dessa equação, usando as equações lineares
separáveis, como mostramos a seguir:
dv
= g ⇒ dv = g dt ⇒ ∫ dv = ∫ g dt ⇒ v = g ⋅ t + c
dt
34
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
dv k
2) Determine a solução geral da equação diferencial + v = g.
dt m
Solução:
k
Temos uma equação diferencial linear de primeira ordem, com P(t ) = e Q (t ) = g .
m
k k k k k
⋅t ⋅t ⋅t m ⋅t m⋅ g c m⋅ g − ⋅t
v ⋅ e m = ∫ g ⋅ e m dt + c ⇒ v ⋅ e m = g ⋅ ⋅ e m + c ⇒ v = + ⇒v= + c⋅e m
k k k k
⋅t
em
m.g
3) Mostre que se k > 0, a velocidade limite da queda dos corpos é dada por vl = .
k
Solução:
⎡ − ⋅t ⎤ m ⋅ g
k
⎢ m⋅ g
vl = lim [ solução geral de v] = lim + c⋅e m ⎥ =
t →+∞ t →+∞ ⎢ k ⎥ k
⎣⎢ ⎦⎥
35
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
Observação: Estas equações são válidas apenas se as condições dadas são satisfeitas. Elas não são
válidas, por exemplo, se a resistência do ar não for proporcional à velocidade, e sim ao quadrado da
velocidade, ou se toma como direção positiva a direção para cima.
Problemas:
1) Deixa-se cair um corpo de 75 Kg de uma altura de 30 m com velocidade zero. Admitindo que não
haja resistência do ar, determine:
a) A expressão da velocidade do corpo no instante t.
b) A expressão da posição do corpo no instante t.
c) O tempo necessário para o corpo atingir o solo.
Solução:
dv
a) Como não existe resistência do ar, aplicamos a fórmula =g.
dt
Esta equação é uma equação diferencial linear separável, suja solução é v = g.t + c .
dx
b) Como a velocidade é a taxa de variação do deslocamento x em relação ao tempo, temos v = ,
dt
dx
assim = 9,81.t . Esta equação é uma equação diferencial separável, cuja solução é:
dt
x = 4 ,905 t 2 + c1
x = 4,905 t 2
c) Devemos determinar t para x = 30. Substituindo x = 30 na equação do deslocamento e resolvendo-a
encontramos t = 2,47 seg.
36
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
2) Deixa-se cair de uma altura de 1000 metros uma bola cujo peso é 1 Kgf, sem velocidade inicial. Na
1
queda, a bola sofre uma resistência do ar proporcional a v , em Kgf. Determine a equação da
4
velocidade da bola.
Solução:
1
Neste problema temos w = 1 Kgf e k = .
4
Admitindo que g = 9,81 m/s2, temos que w = m.g, então 1 = m. 9,81 ⇒ m ≅ 0,10 Kg.
Assim, teremos:
dv k dv
+ v=g⇒ + 2,5v = 9,81
dt m dt
cuja solução é:
m ⋅ g 0,10 ⋅ 9,81
Observação: vl = lim v = 3,92 m / s ou vl = = = 3,92
t →+∞ k 0,25
3) Deixa-se cair um corpo de peso w = 30 kgf de uma altura de 30 m com velocidade inicial de 3 m/s.
Admitamos que a resistência do ar seja proporcional à velocidade do corpo. Se a velocidade limite
é de 43 m/s, determine:
a) A expressão da velocidade do corpo no instante t.
b) A expressão da posição do corpo no instante t.
Solução:
a) Neste problema temos w = 30 Kg, como w = mg, temos:
m.g 30
vl = ⇒ 43 = ⇒ k = 0,70
k k
Agora levando estes substituindo estes valores na equação diferencial da velocidade temos:
dv k dv 0 ,7 dv
+ v=g⇒ + v = 9 ,81 ⇒ + 0 ,23v = 9 ,81
dt m dt 3,06 dt
cuja solução é:
3 = c + 42, 65 ⇒ c = -39,65.
dx
b) Agora precisamos encontrar a expressão do movimento. Como v = , substituindo a expressão da
dt
velocidade encontrada temos:
38
NOTAS DE AULA ELABORADA POR:
Prof. M.Sc. Armando Paulo da Silva e Prof. M.Sc. José Donizetti de Lima
1) Deixa-se cair de uma altura de 150 m um corpo de 15 kg de massa, sem velocidade inicial.
Desprezando-se a resistência do ar, determine:
a) A expressão da velocidade do corpo no instante t.
b) A expressão da posição do corpo no instante t.
c) Determine o tempo necessário para que o corpo atinja o solo.
Resposta: a) v = 9,81 t b) S = 4, 905 t 2 c) 5,53 seg
2) Deixa-se cair um corpo de uma altura de 150 m com velocidade inicial de 3 m/s. Desprezando-se a
resistência do ar, determine:
a) A expressão da velocidade do corpo no instante t.
b) O tempo necessário para o corpo atingir o solo.
Resposta: a) v(t) = 9, 81 t + 3 b) t = 5, 23 seg
3) Deixa-se cair de uma altura de 300 m uma bola cujo peso é de 75 Kg. Determine a velocidade
limite da bola se a força de resistência do ar é de – 0,5 v. Resposta: 150 m/s
4) Um corpo de 2 kg de massa é lançado de uma altura de 200 m, sem velocidade inicial. Determine a
velocidade limite do corpo, se ele encontra uma resistência do ar igual a -50 v.
Resposta: v = 0, 392 m / s com g = 9,8 m/s2
5) Deixa-se cair um corpo de 145 Kg de massa de uma altura de 300 m, sem velocidade inicial. O
corpo encontra uma resistência do ar proporcional à sua velocidade. Se a velocidade limite é de
100 m/s, determine:
a) A expressão da velocidade no instante t.
b) A expressão da posição do corpo no instante t.
c) O tempo necessário para que o corpo atinja uma velocidade de 50m/s.
−0,1 t + 98,1 b) x (t ) = 981.e −0,1 t + 98,1 t − 981 c )7,13s
Resposta: a )v = −98,1.e
39
ZILL. D. G. CULLEN. M. R. Equações diferenciais. v.1. São Paulo: MAKRON Books, 2001.
CIRCUITOS EM SÉRIE
Em um circuito em série contendo somente um resistor e um indutor, a segunda lei de Kirchhoff diz
di
que a soma da queda de tensão no indutor ( L ) e da queda de tensão no resistor ( i ⋅ R ) é igual à
dt
voltagem ( E (t ) ) no circuito. Veja a Figura 3.10.
Logo, obtemos a equação diferencial linear para a corrente i (t ) ,
di
L + Ri = E (t ) (1)
dt
em que L e R são constantes conhecidas como a indutância e a resistência, respectivamente. A corrente
é algumas vezes chamada de resposta do sistema.
A queda de potencial em um capacitor com capacitância C é dada por q (t ) / C , em que q é a carga no
capacitor. Então, para o circuito em série mostrado na Figura 3.11, a segunda lei de Kirchhoff nos dá
1
R⋅i + q = E (t ) (2)
C
dq
Mas a corrente i e a carga q estão relacionadas por i = , logo, (2) torna-se a equação diferencial
dt
linear
dq 1
R⋅ + q = E (t ) (3)
dt C
sujeita a i(0) = 0. Primeiro, multiplicamos a equação diferencial por 2 e tiramos o fator de integração
e 20t . Obtemos então
d ⎡ 20t ⎤
e i = 24e 20t
dt ⎣ ⎦
24 20t
e 20t i = e +C
20
i = + ce −20t
6
5
40
ZILL. D. G. CULLEN. M. R. Equações diferenciais. v.1. São Paulo: MAKRON Books, 2001.
6 6 −20t
i= − e
5 5
Por
y = e− ∫ p ( x)dx ∫ e ∫ p ( x) dx f ( x)dx + ce− ∫ p ( x) dx
e− ( R / L)t ( R / L)t
i(t ) = ∫e E (t )dt + ce− ( R / L)t (4)
L
Note que, quando t → ∞ , o segundo termo da equação (5) se aproxima de zero. Tal termo é
usualmente chamado de termo transitório; qualquer termo remanescente faz parte do estado
estacionário da solução. Neste caso, E0 / R também é chamado de corrente estacionária. Após um
longo período de tempo, a corrente no circuito é praticamente governada apenas pela lei de Ohm
E = i⋅ R.
EXERCÍCIOS:
1. Uma força eletromatriz (fem) de 30 volts é aplicada a um circuito em série L-R no qual a indutância
é de 0,5 henry e a resistência, 50 ohms. Encontre a corrente i(t) se i(0) = 0. Determine a corrente
quando t → ∞ .
2. Resolva a equação (1) supondo E (t ) = E0 senω t e i (0) = i0
3. Uma força eletromotiva de 100 volts é aplicada a um circuito R-C em série no qual a resistência é
de 200 ohms e a capacitância, 10−4 farad. Encontre a carga q(t) no capacitor se q(0) = 0. Encontre a
corrente i(t).
4. Uma força eletromatriz (fem) de 200 volts é aplicada a um circuito R-C em série no qual a
resistência é 1000 ohms. e a capacitância, 5 x 10−6 farad. Encontre a carga q(t) no capacitor se i(0) =
0,4. Determine a carga quando t → ∞ .
5. Uma força eletromatriz (fem)
⎧120, 0 ≤ t ≤ 20
E (t ) = ⎨
⎩ 0, t > 20
é aplicada a um circuito L-R em série no qual a indutância é de 20 henrys e a resistência, 2 ohms.
Encontre a corrente i(t) se i(0) = 0.
6. Suponha que um circuito R-C em série tenha resistência variável. Se a resistência no instante t é
dada por R = k1 + k2t , em que k1 > 0 e k2 > 0 são constantes, então (3) torna-se
dq 1
( k1 + k2t ) ⋅ + q = E (t )
dt C
41
OBSERVAÇÃO: O TEXTO A SEGUIR É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
obtida de (1) mediante substituição de y '', y ' e y por λ 2 , λ 1, λ 0 = 1, respectivamente. A equação (2)
é chamada equação característica ou auxiliar de (1).
(λ − λ1 ).(λ − λ2 ) = 0 (3)
A solução de (1) se obtém diretamente a partir das raízes de (3). Há três casos a considerar.
CASO 1. λ1 e λ2 são ambas reais e distintas. eλ1x e eλ1x são duas soluções linearmente
independentes. A solução geral é
y = c1eλ1x + c2eλ2 x (4)
y = c1e− x + c2e2 x
42
OBSERVAÇÃO: O TEXTO A SEGUIR É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
Atenção: As soluções acima não são válidas se a equação diferencial não é linear ou se não tem
coeficientes constantes. Consideremos, por exemplo, a equação y ''− x 2 y = 0. As raízes da equação
característica são λ1 = x e λ2 = − x, mas a solução não é
Equação característica: λ 2 = 0, com as raízes λ1 = λ2 = 0 são reais e iguais, a solução geral é dada
por (6):
y = c1e0 x + c2 xe0 x = c1 + c2 x
CASO 3. λ1 = a + ib , complexo. Como, em (1) e (2), a0 e a1 supõem-se reais, as raízes de (2) devem
aparecer em pares conjugados; assim, a outra raiz é λ1 = a − ib . Duas soluções linearmente
independentes são e(a + ib) x e e(a − ib) x , e a solução geral (complexa) é
y = d1e(a + ib) x + d 2e( a − ib) x
Utilizando as relações de Euler
eibx = cos bx + i.sen bx e−ibx = cos bx − i.sen bx
43
OBSERVAÇÃO: O TEXTO A SEGUIR É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
A equação (5) é real se e somente se c1 e c2 são ambas reais, o que ocorre se e somente se d1 e d 2 são
complexos conjugados. Como estamos interessados na solução geral real, devemos impor a d1 e d 2 a
restrição de serem complexos conjugados.
Observe que as raízes complexas têm ambas parte real igual a zero.
3 7 3 7
Equação característica: λ 2 − 3λ + 4 = 0, com raízes complexas λ1 = +i e λ2 = − i .
2 2 2 2
Solução geral, de acordo com (5):
7 7
y = c1e(3/ 2) x cos x + c2e(3/ 2) x sen x
2 2
j ) y ''+ y '+
1
y=0 j ) y = c1e− (1/ 2) x + c2 xe− (1/ 2) x
4
44
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
45
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
Uma equação diferencial ordinária linear de 2a Ordem com coeficientes constantes e não homogênea,
pode ser escrita na forma:
d2y
+ b y = r (x )
dy
2
+a
dx dx
onde: f1 (x ) = a e f 2 (x ) = b
Então, o método dos coeficientes a determinar é o método normalmente empregado para obter a
solução. A vantagem deste método é que ele é mais simples que o método geral e a desvantagem é que
ele não é aplicável para certas equações lineares a coeficientes não constantes. O método é
freqüentemente aplicado à engenharia.
Este método é adequado para equações lineares a coeficientes constantes, isto é, para equações do tipo:
d2y dy
2
+ f1 ( x ) + f 2 ( x) y = r ( x)
dx dx
onde: f1 (x ) = a , f 2 ( x ) = b e r ( x ) ≠ 0
Admite-se que a função procurada, y p . Possa exprimir-se como soma dos termos que compõem φ ( x )
e todas as derivadas de φ ( x ) (a menos de constantes multiplicativas).
46
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
y p = −2 x 2 + 2 x − 3
e a solução geral é
y = yh + y p = c1e− x + c2e2 x − 2 x 2 + 2 x − 3
Pela equação y ''− y '− 2 y = 0 temos que sua solução resultante da combinação linear entre as soluções
exponenciais é yh = c1e− x + c2e2 x . Na equação y ''− y '− 2 y = e3 x ,
φ ( x) = eα x pn ( x), com α = 3 e pn ( x) = 1, ou seja, φ ( x) é um polinômio grau zero. De acordo com (2)
e a partir de φ ( x) procuraremos uma solução particular da forma
y p = A0 .e3x
Assim, y ' p = 3 A0e3 x e y '' p = 9 A0e3x . Levando esses valores na equação, temos
y ''− y '− 2 y = e3 x
9 A0e3 x − 3 A0e3 x − 2 A0e3x = e3 x
ou
4 A0e3x = e3x
1 1
Decorre que 4 A0 = 1 , ou A0 = , de forma que (2) fica y p = e3 x . A solução geral é
4 4
y = yh + y p = c1e − x + c2e 2 x + e3 x
1
4
47
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
Novamente pelo equação y ''− y '− 2 y = 0 temos que sua solução resultante da combinação linear entre
as soluções exponenciais é yh = c1e− x + c2e2 x . Na equação y ''− y '− 2 y = sen 2 x ,
φ ( x) = eα x pn ( x) senβ x, com α = 0 e β =2. De acordo com (3) e a partir de φ ( x) procuraremos uma
solução particular da forma
y p = A0 sen 2x + B0 cos 2x
Assim, y ' p = 2 A0 cos 2 x − 2 B0sen 2x e y '' p = −4 A0 sen 2 x − 4 B0cos 2x. . Levando esses valores na
equação, temos
y ''− y '− 2 y = sen 2x
−4 A0 sen 2 x − 4 B0cos 2x − (2 A0 cos 2 x − 2 B0sen 2x) − 2( A0 sen 2x + B0 cos 2x) = sen 2x
ou, equivalentemente,
( −6 A0 + 2 B0 ) sen 2 x +( − 6B0 − 2 A0 )cos 2x = (1) sen 2 x + (0) cos 2x
Identificando coeficientes, obtemos
−6 A0 + 2 B0 = 1 − 2 A0 + 6B0 =0
3 1
Resolvendo o sistema, encontramos A0 = − e B0 = . Então, de y p = A0 sen 2x + B0 cos 2x ,
20 20
temos:
3 1
y p = − sen 2x + cos 2x
20 20
e a solução geral é
y = yh + y p = c1e − x + c2e 2 x −
3 1
sen 2x + cos 2x
20 20
2. MODIFICAÇÕES
48
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
12 A2 x 2 + 6 A1x + 2 A0 = 9 x 2 + 2 x − 1
3 1 1
Onde A2 = , A1 = e A0 = −
4 3 2
Pela equação y '− 5 y = 0 temos que sua solução é yh = c1e5 x . Como φ ( x ) = 2e5 x , decorreria de
modificações que a forma y p deveria ser y p = A0 .e5 x . Mas esta forma de y p é precisamente a
mesma forma de yh ; portanto devemos modificá-la. Multiplicando y p por x (m=1), obtemos
y p = A0 xe5 x (5)
49
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
Como (5) não tem nenhum termo em comum com yh , é uma possível solução particular da equação.
Substituindo (5) e y ' p = A0e5 x + 5 A0 xe5 x na equação diferencial e simplificando, obtemos
A0e5 x = 2e5 x , donde A0 = 2. A equação (5) fica então y p = 2 xe5 x , e a solução geral é
y = (c1 + 2 x)e5 x .
3. GENERALIZAÇÕES
Se φ ( x) é a soma (ou diferença) de termos dos tipos já considerados, então procuraremos determinar
y p como soma (ou diferença) das correspondentes soluções supostas, combinando-as algebricamente
com constantes arbitrárias quando possíveis.
50
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BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
− 5 E1 − F1 = 1
−5 E0 + E1 − F0 = −1
E1 − 5 F1 = 1
E0 − 5 F0 + F1 = 1
2 71 3 69
Resolvendo: E1 = − , E0 = , F1 = − , F0 = − .
13 338 13 338
Então, de y p = ( E1x + E0 ) sen x + ( F1x + F0 ) cos x , temos:
2 71 3 69
y p = (− x + ) sen x + (− x − ) cos x
13 338 13 338
e a solução geral é
2 71 3 69
y = c1e5 x + (− x + ) sen x + (− x − ) cos x
13 338 13 338
e a solução geral é
3 2 3
y = c1e5 x − e x + x + −
4 5 25
e x ( A2 x 2 + A1x + A0 )
51
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
Mas esta suposta solução tem, a menos de constantes multiplicativas, o termo e5x em comum com
yh . Devemos, pois, modifica-la para
xe5 x ( B1x + B0 ) = e5 x ( B1x 2 + B0 x)
Podemos agora tomar y p como a diferença de e x ( A2 x 2 + A1x + A0 ) e e5 x ( B1x 2 + B0 x)
y p = e x ( A2 x 2 + A1x + A0 ) − e5 x ( B1x 2 + B0 x)
Substituindo y p anterior e sua derivada na equação y '− 5 y = x 2 e x − xe5 x , e simplificando, obtemos
1 1
A1 − 4 A0 = 0 ⇒ A0 = − − 2 B1 = −1 ⇒ B1 = B0 = 0
32 2
1 2 1 1 1
y p = e x (− x − x − ) − x 2 e5 x
4 8 32 2
e a solução geral é
1 2 1 1 1
y = c1e5 x + e x (− x − x − ) − x 2 e5 x
4 8 32 2
4. LIMITAÇÕES DO MÉTODO
Em geral φ ( x) não é de um dos tipos considerados acima, ou se a equação diferencial não tem
coeficientes constantes, então é preferível o método de variação dos parâmetros, a ser apresentada em
aula posterior.
52
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
2) Determinar a solução geral das Equações Diferenciais Lineares Não - Homogêneas de 2a Ordem a
coeficientes constantes, dadas a seguir, pelo método proposto para resolver este tipo de equações.
RESPOSTAS
2
d y dy 12 x + 7
a) − 7 + 12 y = x a) y = c1 ⋅ e 3 x + c2 ⋅ e 4 x +
dx 2
dx 144
d2y ex
b) − 2a
dy
+ a2 y = ex (a ≠ 1) b) y = (c1 + c2 x ) ⋅ e ax +
dx 2
dx (a − 1)2
y = c1 ⋅ e − x + c2 ⋅ e −5 x + e 2 x
d2y dy 1
c) + 6 + 5 y = e2x c)
dx 2
dx 21
2
d y x +1
d) − a2 y = x +1 d) y = c1e ax + c2 e −ax − 2
dx 2 a
53
SODRÉ. Ulysses. Equações diferenciais ordinárias: notas de aula. Londrina: UEL, 2003.
V AB = − ∫0t E (u ) du = − V (t )
54
SODRÉ. Ulysses. Equações diferenciais ordinárias: notas de aula. Londrina: UEL, 2003.
55
SODRÉ. Ulysses. Equações diferenciais ordinárias: notas de aula. Londrina: UEL, 2003.
I (t ) = Ke − t /( RC ) = I (0)e − t /( RC )
Se o capacitor estava descarregado no instante t=0 e continua descarregado em um átomo após t=0,
então Q(0)=0 e desse modo
1 0
Vc (0) = ∫ I (u ) d u = 0
C 0
VC (t ) = E[1 − e− t /( RC ) ]
I h (t ) = ke− Rt / L
Como a parte não homogênea da EDO é uma função constante, usamos o método dos coeficientes a
determinar para procurar uma solução particular I p = I p (t ) que seja constante, assim I p '(t ) ≡ 0 e
então, RI p (t ) = E (t ) o que garante que
E
I p (t ) =
R
A solução da EDO é a soma da solução da homogênea associada com a solução particular, logo
I (t ) = I h (t ) + I p (t ) = ke − Rt / L +
E
R
57
SODRÉ. Ulysses. Equações diferenciais ordinárias: notas de aula. Londrina: UEL, 2003.
0= K+ E
R
E
Logo K = − assim
R
1 − e − Rt / L ⎤
E⎡
I (t ) =
R ⎣ ⎦
Esta função tem a mesma forma que a função VC = VC (t ) do circuito RC, apenas que a função
E
horizontal limite deve ser traçada para I = .
R
3. Circuito RC: Se o circuito elétrico possui um resistor de resistência R, um capacitor de
capacitância C e uma fonte de alimentação tem diferença de potencial E = E (t ) , a EDO linear
homogênea que rege o fenômeno é
1
RI '(t ) + I (t ) = 0
C
4. Circuito LC: Se o circuito elétrico possui um indutor de indutância L, um capacitor de
capacitância C e a diferença de potencial V AB = V (t ) , a EDO linear não homogênea que rege o
fenômeno é
1
LQ "(t ) + Q (t ) = V (t )
C
58
OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
Considerando um sistema físico cujas pequenas oscilações sejam regidas pela equação diferencial
y "+ a1 y '+ ao y = f (t )
d2y
dy
Aqui, conhecem-se a função f (t ) e as constantes a1 e a0 ; y '' e y ' representam , e
dt 2 dt
respectivamente. Dois exemplos de tais sistemas físicos são dados por uma mola com um peso e um
circuito elétrico simples.
Se f (t ) ≡ 0 e a1 = 0 , o movimento é livre e não amortecido. Se f (t ) é identicamente nula, mas a1 não
é zero, o movimento é livre e amortecido. Para o movimento amortecido, há três casos separados a
considerar, conforme as raízes da equação característica associada sejam
a. reais e distintas,
b. iguais, ou
c. complexas conjugadas.
Esse três casos se classificam, respectivamente, como
(1) superamortecido,
(2) criticamente amortecido, e
(3) oscilatório amortecido (ou, em problemas de eletricidade, subamortecido).
Se f (t ) não é identicamente nula, o movimento se diz forçado.
Um movimento ou corrente se diz transitório se se desvenece (isto é, tende a zero) quando t → ∞ . Um
movimento (ou corrente) estacionário é um movimento que não é transitório nem se torna ilimitado.
Sistemas livres amortecidos (admitindo senoidal a força exterior) originam ambos os movimentos –
transitório e estacionário.
Exemplo 1: Mostre que um circuito elétrico simples, constituído de uma resistência, um capacitor, um
indutor e uma força eletromotriz (usualmente uma bateria ou um gerador) ligados em série é regido por
y "+ a1 y '+ ao y = f (t ) . Outrossim, admitindo uma carga inicial de q0 coulombs no capacitor e uma
corrente inicial de I 0 ampères no circuito, determine as condições iniciais do sistema.
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OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
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revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
A figura acima ilustra o circuito onde R é uma resistência em ohms, C é a capacitância em farads, L é
a indutância em henries, E(t) é a força eletromotriz (fem) em volts, e I é a intensidade da corrente em
ampères. Sabe-se que as quedas de voltagem através de uma resistência, de um capacitor e de um
1 dI
indutor são, respectivamente, RI , q e L onde q é a carga no capacitor.
C dt
A queda de voltagem através de uma fem é − E (t ) . Assim, pela lei de Kirchhoff, temos
dI 1
RI + L + q − E (t ) = 0 (1)
dt C
Lembrando que
dq dI d 2 q
I= e = (2)
dt dt dt 2
d 2q R dq 1 1
+ + q = E (t ) (3)
dt 2 L dt LC L
R 1 E (t )
Definindo a1 = , a0 = e f (t ) = , então (3) é precisamente y "+ a1 y '+ ao y = f (t ) com y
L LC L
substituído por q. As condições iniciais para q são
dq
q(0) = q0 e = I (0) = I 0 (4)
dt t = 0
Para obter a equação diferencial que rege a corrente, primeiro derivamos (1) em relação a t e, em
seguida, substituímos (2) diretamente na equação resultante. A nova equação é
d 2I R dI 1 1 dE (t )
+ + I= (5)
dt 2 L dt LC L dt
R 1 1 dE (t )
Definindo agora a1 = , a0 = e f (t ) = , então (5) é precisamente
L LC L dt
y "+ a1 y '+ ao y = f (t ) com y agora substituído por I. A primeira condição inicial é I (0) = I 0 . A
dI
segunda condição inicial se obtém de (1) resolvendo-a em relação a e fazendo em seguida t=0.
dt
Assim,
dI 1 R 1
= E (0) − I 0 − q0 (6)
dt t = 0 L L LC
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revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
Vê-se que a corrente no circuito pode ser obtida seja resolvendo (5) diretamente, seja resolvendo (3)
em relação à carga e em seguida derivando a carga para obter a corrente.
Exemplo 2: Um circuito RCL tem R=180 ohms, C= 1/280 farads, L=20 henries, e uma voltagem
aplicada de E (t ) = 10 sen t . Admitindo que não haja carga inicial no capacitor, mas uma corrente
inicial de 1 ampère em t=0 quando se aplica inicialmente a voltagem, determine a carga subseqüente
no capacitor.
Substituindo as quantidades acima em (3)
d 2q R dq 1 1
+ + q = E (t ) , obtemos
dt 2 L dt LC L
d 2 q 180 dq 1 1
+ + q = 10.sen t
dt 2 20 dt 20. 1 20
280
d 2q dq 1 1
+9 + 14q = sen t ou q "+ 9q '+ 14q = sen t
dt 2 dt 2 2
A seguir será calculada a solução geral da equação homogênea associada q "+ 9q '+ 14q = 0 .
λ 2 + 9λ + 14 = 0 ⇒ S = −9 e P = 14 ⇒ λ1 = −2 e λ2 = −7
qh = c1e−2t + c2e−7t
1
Substituindo em q "+ 9q '+ 14q = sen t , temos:
2
1
− Ao ⋅ sen t − Bo ⋅ cos t + 9( Ao ⋅ cos t − Bo ⋅ sen t ) + 14( Ao ⋅ sen t + Bo ⋅ cos t ) = sen t
2
61
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1
− Ao ⋅ sen t − Bo ⋅ cos t + 9 Ao ⋅ cos t − 9 Bo ⋅ sen t + 14 Ao ⋅ sen t + 14 Bo ⋅ cos t = sen t
2
1
(13 Ao − 9 Bo) ⋅ sen t + (9 Ao + 13Bo) ⋅ cos t = sen t
2
⎧ 1
⎪⎪13 Ao − 9 Bo = 2
⎨
⎪9 Ao + 13Bo = 0 13
⇒ Ao = − Bo
⎪⎩ 9
⎛ 13 ⎞ 1 9
13 ⋅ ⎜ − ⎟ Bo − 9 Bo = ⇒ Bo = −
⎝ 9⎠ 2 500
13 13 ⎛ 9 ⎞ 13
Ao = − Bo = − ⎜ − ⎟=−
9 9 ⎝ 500 ⎠ 500
A solução geral é
9 9 9
c1 + c2 − =0 ⇒ c1 + c2 = ⇒ c1 = − c2
500 500 500
Se i (t ) = q '(t ) , então
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revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
⎛ 9 ⎞ 13
−2. ⎜ − c2 ⎟ − 7c2 + =1
⎝ 500 ⎠ 500
18 13 101
− + 2c2 − 7c2 + =1 ⇒ c2 = −
500 500 500
101 9
Se c2 = − e c1 = − c2 , então
500 500
9 ⎛ 101 ⎞ 110
c1 = −⎜− ⎟ ⇒ c1 =
500 ⎝ 500 ⎠ 500
110 101
Se c1 = e c2 = − , então,
500 500
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BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
Substituindo os valores dados no problema em (5) do exemplo 1, obtemos a equação homogênea (pois
dE
E (t ) = 12, = 0 ).as quantidades acima em (3), temos:
dt
d 2I R dI 1 1 dE (t )
+ + I=
dt 2 L dt LC L dt
d 2I 10 dI 1 1
+ + I = .0
dt 2 1 dt 1 −2 1
.10
2 2 2
d 2I dI
+ 20 + 200 I = 0
dt 2 dt
A seguir será calculada a solução geral da equação homogênea associada I "+ 20 I '+ 200 I = 0 .
As raízes da equação característica associada são complexas, com isso temos um exemplo de sistema
livre subamortecido para a corrente.
dI 1 R 1
= E (0) − I 0 − q0
dt t = 0 L L LC
dI 12 10 1
= − (0) − (0) = 24
dt t = 0 1/ 2 1/ 2 (1/ 2)(10−2 )
Se I (0) = 0 , então
Derivando I (t ) = e−10t .c1 cos 10t + e−10t .c2 sen 10t , temos:
64
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revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
d 2q 10 dq 1 1
+ + q= .12
dt 2 1/ 2 dt 1/ 2.10−2 1/ 2
d 2q dq
+ 20 + 200q = 24 ou q "+ 20q '+ 200q = 24
dt 2 dt
A seguir será calculada a solução geral da equação homogênea associada q "+ 9q '+ 14q = 0 .
q '(t ) = −10c1.e−10t cos 10t − 10c1.e−10t sen 10t − 10c2 .e−10t sen 10t + 10c2 .e−10t cos 10t
q '(0) = −10c1.e−10.0 cos 10.0 − 10c1.e−10.0 sen 10.0 − 10c2 .e−10.0 sen 10.0 + 10c2 .e−10.0 cos 10.0 = 0
−10c1 + 10c2 = 0 ⇒ −10c1 = −10c2 ⇒ c1 = c2
3
Se c1 = c2 , então c1 = c2 = − .
25
A solução geral é
3 −10t 3
q (t ) = − e (cos 10t + sen 10t ) +
25 25
e
dq 12 −10t
I (t ) = = e sen 10t
dt 5
Como anteriormente.
Note-se que, embora a corrente seja completamente transitória, a carga no capacitor é a soma de
termos transitórios e estacionários.
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OBSERVAÇÃO: O TEXTO SOBRE FATORES INTEGRANTES É ADAPTADO DO LIVRO:
BRONSON. R. Moderna introdução às equações diferenciais. tradução de Alfredo Alves de Farias,
revisão técnica Roberto Romano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
EXERCÍCIOS:
1) Um circuito RCL tem R=6 ohms, C= 0,02 farads, L=0,1 henry, e uma voltagem aplicada de
E (t ) = 6 volts. Supondo que não haja corrente inicial nem carga inicial quanto t=0, ao ser aplicada
inicialmente a voltagem, determine a carga subseqüente no capacitor e a corrente no circuito.
3 −50t 15 −10t 12
e I = (e−10t − e−50t )
3
Resposta: q = e − e +
100 100 100 2
2) Um circuito RCL tem R=6 ohms, C= 0,02 farads, L=0,1 henry, não tem voltagem aplicada.
Determine a corrente subseqüente no circuito se a carga inicial no capacitor é 1/10 coulomb e a
corrente inicial é zero. Resposta: I = (e −50t − e −10t )
5
4
3) Um circuito RCL tem R=5 ohms, C= 10−2 farads, L=0,125 henry, não tem voltagem aplicada.
Determine a corrente estacionária subseqüente no circuito. (Sugestão: condições iniciais
desnecessárias). Resposta: 0
4) Um circuito RCL tem R=5 ohms, C= 10−2 farads, L=0,125 henry, tem voltagem aplicada
E (t ) = sen t . Determine a corrente estacionária subseqüente no circuito. (Sugestão: condições iniciais
1
desnecessárias). Resposta: I= (6392 cos t + 320 sen t )
640, 001
67
ZILL. D. G. CULLEN. M. R. Equações diferenciais. v.1. São Paulo: MAKRON Books, 2001.
Nesta seção, não estudaremos nenhum tipo particular para equação diferencial. Consideraremos três
equações clássicas que podem ser transformadas em equações já estudadas nas seções anteriores.
Equação de Bernoulli
A equação diferencial
dy
+ P( x) y = f ( x) y n . (1)
dx
y−n + P ( x) y1− n = f ( x ) .
dy
(2)
dx
= (1 − n) y − n
dw dy
.
dx dx
Com essa substituição, (2) transforma-se na equação linear
dw
+ (1 − n) P ( x) w = (1 − n) f ( x) . (3)
dx
Resolvendo (3) e depois fazendo y1− n = w , obtemos uma solução para (1).
Exemplo:
dy 1
Resolva + y = xy 2 .
dx x
1
Jacques Bernoulli (1654-1705) Os Bernoullis foram uma família suíça de acadêmicos cujas contribuições à matemática, física, astronomia e história
datam do século XVI ao século XX. Jacques, o primeiro dos dois filhos do patriarca homônimo Jacques Bernoulli, deu várias contribuições ao cálculo e à
probabilidade. Originalmente, a segunda das duas divisões principais do cálculo era chamada de calculus summatorius. Em 1696, por sugestão de Jacques
Bernoulli (filho), este nome foi mudado para calculus integralis, como é conhecido atualmente.
Jacob Francesco Ricatti (1676-1754) Um conde italiano, Ricatti foi também matemático e filósofo.
Alex Claude Clairaut (1713-1765) Nascido em Paris em 1713, Clairaut foi uma criança prodígio que escreveu seu primeiro livro sobre matemática aos 11
anos. Foi um dos primeiros a descobrir soluções singulares para equações diferenciais. Como muitos matemáticos de sua época, Clairaut foi também físico
e astrônomo.
68
ZILL. D. G. CULLEN. M. R. Equações diferenciais. v.1. São Paulo: MAKRON Books, 2001.
Assim
d ⎡ −1 ⎤
x w = −1
dx ⎣ ⎦
Integrando essa última forma, obtemos
x −1w = − x + c ou w = − x 2 + cx
Como w = y −1 , então y = 1/ w ou
1
y= .
− x 2 + cx
Para n>0, note que a solução trivial y=0 é uma solução para (1). No exemplo acima, y=0 é uma
solução singular para a equação dada.
Equação de Ricatti
A equação diferencial
dy
= P ( x) + Q ( x) y + R ( x) y 2 . (4)
dx
é chamada de equação de Ricatti. Se y1 é uma solução particular para (4), então as substituições
dy dy1 du
y = y1 + u e = + .
dx dx dx
em (4) produzem a seguintes equação diferencial para u:
du
− (Q + 2 y1R )u = Ru 2 (5)
dx
Como (5) é uma equação de Bernoulli com n=2, ela pode, por sua vez, ser reduzida à equação linear
dw
+ (Q + 2 y1R ) w = − R (6)
dx
através da substituição w = u −1 .
Como o exemplo a seguir mostra, em muitos casos, uma solução para uma equação de Ricatti não
pode ser expressa em termos de funções elementares.
Exemplo
dy
Resolva = 2 − 2 xy + y 2 .
dx
Solução: Verifica-se facilmente que y1 = 2 x é uma solução particular para uma equação. Em (4),
fazemos as identificações P ( x ) = 2, Q ( x ) = −2 x e R ( x) = 1 . Resolvemos então a equação linear (6):
dw
+ ( −2 x + 4 x ) w = −1 ou
dx
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ZILL. D. G. CULLEN. M. R. Equações diferenciais. v.1. São Paulo: MAKRON Books, 2001.
dw
+ 2 xw = −1
dx
2
O fator de integração para essa última equação é − e x , assim
d ⎡ x2 ⎤ 2
⎢ e w⎥ = − e x .
dx ⎣ ⎦
2
Agora, a integral ∫ xx et dt não pode ser expressa em termos de funções elementares.2 Portanto,
0
escrevemos
2 2 2 ⎛1⎞ 2
e x w = − ∫ xx e x dt + c ou e x ⎜ ⎟ = − ∫ xx e x dt + c
0 ⎝u⎠ 0
Assim
2
ex
u= 2
c − ∫ xx et dt
0
Uma solução para a equação é então
y = 2x + u
Equação de Clairaut
Como exercício você deverá mostrar que uma solução para a equação de Clairaut
y = xy '+ f ( y ') (7)
É a família de retas y = cx + f (c ) , em que c é uma constante arbitrária.
Ainda, (7) pode também possuir uma solução em forma paramétrica:
x = − f '(t ), y = f (t ) − tf '(t ) (8)
Esta última solução é singular, pois, se f "(t ) ≠ 0, ela não pode ser obtida da família de soluções
y = cx + f (c )
Exemplo:
1
Resolva y = xy '+ ( y ') 2 .
2
Solução:
Primeiro, fazemos a identificação f ( y ') = (1/ 2)( y ') 2 , o que implica f (t ) = (1/ 2)t 2 . Segue-se da
discussão precedente que uma família de soluções é
1
y = cx + c 2 .
2
O gráfico dessa família é mostrado na Figura 2.13. Como f '(t ) = t , uma solução singular é obtida de
(8):
2
Quando uma integral ∫ f ( x ) dx não pode ser resolvida em termos de funções elementares, ela é normalmente escrita
x
como ∫ x f ( x) dt , em que x0 é uma constante. Quando a condição inicial é especificada, é imperativo que essa forma
0
seja usada.
70
ZILL. D. G. CULLEN. M. R. Equações diferenciais. v.1. São Paulo: MAKRON Books, 2001.
1 2 1
t − t x t = − t 2.
x = −t , y =
2 2
Depois de eliminar o parâmetro, vemos que esta última solução é a mesma que
1
y = − x2.
2
Percebemos facilmente que esta função não faz parte da família. Veja a Figura 2.14.
Exercícios:
1. Resolva a equação de Bernoulli dada.
dy 1 dy
a) x + y = b) − y = ex y2
dx y2 dx
dy dy
c) = y ( xy 3 − 1) d) x − (1 + x) y = xy 2
dx dx
dy dy
e) x 2 + y 2 = xy f) 3(1 + x 2 ) = 2 xy ( y 3 − 1)
dx dx
2. Resolva a equação de Ricatti dada; y1 é uma solução conhecida para a equação.
dy dy
a) = −2 − y − y 2 , y1 = 2 b) = −2 − x − y + xy 2 , y1 = 1
dx dx
dy 4 1 2 dy 1
c) =− + y + y 2 , y1 = d) = 2 x 2 + y − 2 y 2 , y1 = x
dx x2 x x dx x
dy dy
e) = e 2 x + (1 + 2e x ) y + y 2 , y1 = −e x f) = sec 2 x − (tg x ) y + y 2 , y1 = tg x
dx dx
dy dy
3. Resolva = 6 + 5 y + y2 4. Resolva = 9 + 6 y + y2
dx dx
5. Resolva a equação de Clairaut dada. Obtenha uma solução singular.
a) y = xy '+ 1 − ln y ' b) y = xy '+ (y ') −2
3
dy ⎛ dy ⎞
c) y = x − ⎜ ⎟ d) y = ( x + 4) y '+ ( y ') 2
dx ⎝ dx ⎠
e) xy '− y = e y ' f) y − xy ' = ln y '
71