Giorgio Agamben
Giorgio Agamben
Giorgio Agamben
Responsável pela edição italiana da obra de Walter Benjamin, foi professor visitante da New York
University, antes de se decidir a não mais entrar nos Estados Unidos, em protesto contra a política de
segurança do governo Bush.[2]
Entre as suas publicações principais, destacam-se Bartleby, la formula della creazione (1993) - uma análise
da figura de um escrivão que deixa de escrever («preferiria não»), que é uma quase reflexão indirecta sobre
o seu próprio método de escritor e de filósofo - e o imenso projecto, do qual se ocupa desde o início dos
anos 1990, e que se refere a uma figura jurídica singular do antigo direito romano: o homo sacer ou «homem
sagrado». A publicação de Homo sacer: Il potere sovrano e la nuda vita (Torino: Einaudi, 1995), um estudo
que o leva ao reconhecimento internacional, marca a primeira fase dessa investigação.
Índice
Sobre Agamben
Controvérsias
Obras publicadas
Referências
Ligações externas
Sobre Agamben
Há tempos, Giorgio Agamben vem construindo uma obra extensa que visa dar conta, entre outras coisas, aos
desafios próprios à ação política na contemporaneidade. Responsável pela edição italiana das obras
completas de Walter Benjamin, ex-aluno de Heidegger e autor, juntamente com Deleuze, de trabalhos sobre
teoria literária e filosofia, sua contribuição para o pensamento político tem-se revelado muito significativa,
sobretudo no âmbito da reflexão biopolítica.[carece de fontes?]
Controvérsias
Agamben, em artigo publicado por Il Manifesto no dia 26 de fevereiro de 2020, escreveu que a Pandemia de
COVID-19 era uma “invenção”,[4] “uma verdadeira necessidade de estados de pânico coletivo, para o qual a
epidemia mais uma vez oferece o pretexto ideal. Assim, em um perverso círculo vicioso, a limitação da
liberdade imposta pelos governos é aceita em nome de um desejo de segurança que foi induzido pelos
próprios governos que agora intervêm para satisfazê-lo.”[5][6]
Obras publicadas
L'uomo senza contenuto, Milano, Rizzoli, 1970 (Macerata, Quodlibet, 1994) — (edição
brasileira: O homem sem conteúdo. Tradução de Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica,
2012.);
Stanze. La parola e il fantasma nella cultura occidentale, Torino, Einaudi, 1979, reedição ed.
Einaudi, 2006 — (edição brasileira: Estâncias: A palavra e o fantasma na cultura ocidental.
Tradução de Selvino Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.);
Infanzia e storia. Distruzione dell'esperienza e origine della storia, Torino, Einaudi 1979 —
(edição brasileira: Infância e história: Destruição da experiência da história. Tradução de
Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.);
Gusto, in Ruggiero Romano (a cura di), Enciclopedia Einaudi, vol. 6, Torino: Einaudi, 1979, pp.
1019–38 — (edição brasileira: Gosto. Tradução de Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica,
2017.);
Il linguaggio e la morte, Torino, Einaudi, 1982 — (edição brasileira: Linguagem e morte: Um
seminário sobre o lugar da negatividade. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2006.);
La fine del pensiero, Paris, Le Nouveau Commerce, 1982 — (edição brasileira: O fim do
pensamento. Tradução de Alberto Pucheu Neto. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004.);
Idea della prosa, Milano, Feltrinelli, 1985 (Macerata, Quodlibet, 2002) — (edição portuguesa:
A ideia da prosa. Tradução de João Barrento. Lisboa: Cotovia, 1999; edição brasileira: Ideia
da Prosa. Tradução de João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.)
La comunità che viene, Torino, Einaudi, 1990 — (edição portuguesa: A comunidade que vem.
Tradução de António Guerreiro. Lisboa: Presença, 1993; edição brasileira: A comunidade que
vem. Tradução de Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.);
Bartleby, la formula della creazione, Macerata, Quodlibet, 1993, com Gilles Deleuze — (edição
portuguesa: Bartleby, Escrita da Potência. Tradução de Pedro A.H. Paixão e Manuel
Rodrigues. Lisboa: Assírio & Alvim, 2008; edição brasileira: Bartleby, ou da contingência
seguido de Bartleby, o escrevente: Uma história de Wall Street. Tradução de Tomaz Tadeu e
Vinícius Honesko. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.)
Homo sacer. Il potere sovrano e la nuda vita, Torino, Einaudi, 1995 — (edição portuguesa:
Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua. Tradução de António Guerreiro. Lisboa:
Presença, 1998; edição brasileira: Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2002.);
Mezzi senza fine. Note sulla politica, Torino, Bollati Boringhieri, 1996 — (edição brasileira:
Meios sem fim: Notas sobre a política. Tradução de Davi Pessoa. Belo Horizonte: Autêntica,
2015.);
Categorie italiane. Studi di poetica e di letteratura. Venezia: Marsilio, 1996 (2ª ed. ampliada:
Roma-Bari: Laterza, 2010. con posfazione di Andrea Cortelessa). — (edição brasileira:
Categorias italianas: Estudos de poética e de literatura. Tradução de Carlos Eduardo S.
Capela e Vinícius Nicastro Honesko. Florianópolis: Editora UFSC, 2015.);
Image et mémoire, Paris, Hoëbeke, 1998;
Quel che resta di Auschwitz. L'archivio e il testimone, Torino, Bollati Boringhieri, 1998 —
(edição brasileira: O que resta de Auschwitz: O aquivo e a testemunha [Homo Sacer, III].
Tradução de Selvino Assmann, apresentação de Jeanne-Marie Gagnebin. São Paulo:
Boitempo Editorial, 2008.);
Il tempo che resta, Torino, Bollati Boringhieri, 2000 — (edição brasileira: O tempo que resta:
Um comentário à Carta aos Romanos. Tradução de Davi Pessoa. Belo Horizonte: Autêntica,
2016.);
L'aperto. L'uomo e l'animale, Torino, Bollati boringhieri, 2002 — (edição portuguesa: O aberto:
O homem e o animal. Tradução de André Dias e Ana Bigotte Vieira. Lisboa: Edições 70, 2011;
edição brasileira: O aberto: O homem e o animal. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2017.);
L'ombre de l'amour, Paris, Rivages, 2003 (con Valeria Piazza);
Stato di Eccezione, Torino, Bollati Boringhieri, 2003 — (edição portuguesa: Estado de
excepção. Lisboa: Edições 70, 2010; edição brasileira: Estado de exceção (https://drive.googl
e.com/folderview?id=0B2fYI0opdjTIQmJtRXZKY2V4NmM&usp=sharing) [Homo Sacer, II, 1].
Tradução de Iraci Poletti. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.);
La potenza del pensiero. Saggi e conferenze, Neri Pozza, 2005 — (edição portuguesa: A
potência do pensamento. Tradução de António Guerreiro. Lisboa: Relógio D'Água, 2013;
edição brasileira: A potência do pensamento: Ensaios e conferências. Tradução de Antônio
Guerreiro, revista por Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2015);
Profanazioni, Nottetempo, 2005 — (edição portuguesa: Profanações. Tradução de Luísa Feijó.
Lisboa: Cotovia, 2006; edição brasileira: Profanações. Tradução de Selvino Assmann São
Paulo, Boitempo Editorial, 2007.);
Che cos'è un dispositivo?, Nottetempo, 2006 — (edição portugesa: O que é um dispositivo?.
Tradução de Nilcéia Valdati. Santa Maria: Palloti, 2006; edição brasileira: O amigo & o que é
um dispositivo? Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.);
L'Amico, Nottetempo, 2007 — (edição portuguesa: O amigo. Lisboa: Pedago, 2013; edição
brasileira: O amigo & o que é um dispositivo?. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko.
Chapecó: Argos, 2009.);
Ninfe, Torino, Bollati Boringhieri, 2007 — (edição brasileira: Ninfas. Tradução de Renato
Ambrósio. São Paulo: Hedra, 2012.);
Il regno e la gloria. Per una genealogia teologica dell'economia e del governo. Homo sacer.
Vol 2/2, Neri Pozza, 2007 — (em português: O reino e a glória: Por uma genealogia teológica
da economia e do governo [Homo Sacer, II, 2]. Tradução de Selvino Assmann. São Paulo:
Boitempo Editorial, 2011.);
Che cos'è il contemporaneo?, Nottetempo, 2008 — (edição brasileira: O que é o
contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos,
2009.);
Il sacramento del linguaggio. Archeologia del giuramento, 2008 — (edição brasileira: O
sacramento da linguagem. Arqueologia do juramento. Tradução de Selvino José Assmann.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.);
Signatura rerum. Sul Metodo, Torino, Bollati Boringhieri, 2008 — (edição brasileira: Signatura
rerum: Sobre o método. Tradução de Andrea Santurbano e Patricia Peterle. São Paulo:
Boitempo Editorial, 2019.);
Nudità. Roma: Nottetempo, 2009 — (edição portuguesa: Nudez. Tradução de Miguel Serras
Pereira. Lisboa: Relógio D'Água, 2010; edição brasileira: Nudez. Tradução de Davi Pessoa.
Belo Horizonte: Autêntica, 2014.);
Angeli. Ebraismo Cristianesimo, Islam, a cura di E. Coccia e G. Agamben. Vicenza, Neri
Pozza, 2009;
La Chiesa e il Regno, Roma, Nottetempo, 2010 — (edição brasileira: A igreja e o reino.
Tradução de Pedro Fonseca. Belo Horizonte: Âyiné, 2016.);
La ragazza indecibile. Mito e mistero di Kore (con Monica Ferrando), Milano, Electa
Mondadori, 2010;
Altissima povertà. Regola e forma di vita nel monachesimo. Homo sacer. Vol 4/1, Vicenza,
Neri Pozza, 2011 — (edição brasileira: Altíssima pobreza: Regras monásticas e formas de
vida [Homo Sacer, IV, 1]. Tradução de Selvino Assmann. São Paulo: Boitempo Editorial,
2014.);
Opus Dei. Archeologia dell’ufficio. Homo sacer. Vol 2/5, Torino, Bollati Boringhieri, 2012 —
(edição brasileira: Opus dei: Arqueologia do sacrifício [Homo Sacer, II, 5]. Tradução de Daniel
Arruda Nascimento. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013.);
Pilato e Gesù. Roma: Nottetempo, 2013 — (edição brasileira: Pilatos e Jesus. Tradução de
Patrícia Peterle e Silvana de Gaspari, apresentação de Vinícius Nicastro Honesko. São Paulo:
Boitempo Editorial e Editora UFSC, 2014.);
Il mistero del male: Benedetto XVI e la fine dei tempi. Roma: Laterza, 2013 — (edição
brasileira: O mistério do mal: Bento XVI e o fim dos tempos. Tradução de Patrícia Peterle e
Silvana de Gaspari. São Paulo: Boitempo Editorial e Editora UFSC, 2015.);
Il fuoco e il racconto. Roma: Nottetempo, 2014 — (edição brasileira: O fogo e o relato: Ensaios
sobre criação, escrita, arte e livros. São Paulo: Boitempo Editorial, 2018.);
L'Uso dei corpi. Homo Sacer IV, 2. Vicenza: Neri Pozza, 2014 — (edição brasileira: O uso dos
corpos [Homo Sacer, IV, 2]. Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo Editorial,
2017.);
L'avventura, Roma: Nottetempo, 2015 — (edição brasileira: A aventura. Tradução de Cláudio
Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2018).
Referências
1. Laterza (http://www.laterza.it/scheda-autore.asp?id_autore=4338&pr=)
2. «Giorgio Agamben, «No to Bio-Political Tattooing», in Le Monde, 10 de Janeiro 2004» (http://w
ww.ratical.org/ratville/CAH/totalControl.html)
3. Giorgio Agamben - Prix Européen de l'Essai Charles Veillon 2006 pour l’ensemble de son
oeuvre (http://www.fondation-veillon.ch/prix/g_agamben.php)
4. Frateschi, Yara (12 de maio de 2020). «Agamben sendo Agamben: o filósofo e a invenção da
pandemia» (https://blogdaboitempo.com.br/2020/05/12/agamben-sendo-agamben-o-filosofo-e-
a-invencao-da-pandemia/). Blog da Editora Boitempo. "Em suas reflexões sobre a crise do
coronavírus, Giorgio Agamben chega às raias do rompimento com a verdade factual e nem
mesmo as milhares de mortes ou o colapso dos sistemas de saúde em diversos países do
mundo o demovem da tese de que as medidas de contenção, como o distanciamento social,
sejam “irracionais” e “imotivadas”."
5. «Lo stato d'eccezione provocato da un'emergenza immotivata» (https://ilmanifesto.it/lo-stato-d
eccezione-provocato-da-unemergenza-immotivata/) (em italiano)
6. «Giorgio Agamben and the new state of exception - the coronavirus.» (http://www.ihu.unisinos.
br/78-noticias/597615-giorgio-agamben-e-o-novo-estado-de-excecao-gracas-ao-coronavirus)
(em portuguese)
Ligações externas
(em italiano)Biografia (http://www.filosofico.net/agamben.htm). Por Simone Tunesi .
Vídeo: (em inglês) State of exception in todays world of affairs (From Guantanamo to
Auschwitz) (https://web.archive.org/web/20110817060415/http://www.egs.edu/faculty/giorgio-a
gamben/videos/from-guantanamo-to-auschwitz/). Conferência de Giorgio Agamben na
European Graduate School, Saas-Fee, Suíça, 2005.
(em francês) Que l’Empire latin contre-attaque ! (http://www.liberation.fr/monde/2013/03/24/qu
e-l-empire-latin-contre-attaque_890916). Por Giorgio Agamben. Libération, 24 de março de
2013.
(em português) Entrevista com Giorgio Agamben: A crise sem fim como instrumento de poder
(http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/giorgio-agamben-a-crise-sem-fi
m-como-instrumento-de-poder/). Outras Palavras, 18 de novembro de 2013.
(em português) Por uma Teoria do Poder Destituinte (http://5dias.wordpress.com/2014/02/11/p
or-uma-teoria-do-poder-destituinte-de-giorgio-agamben/). Conferência de Giorgio Agamben
em Atenas, 16 de novembro de 2013.
(em francês) Comment l'obsession sécuritaire fait muter la démocratie (http://rebellyon.info/?C
omment-l-obsession-securitaire). Por Giorgio Agamben. Originalmente publicado por Le
Monde Diplomatique, janeiro de 2014.
(em francês) Une biopolitique mineur. (http://www.vacarme.org/article255.html) Entrevista para
a revista Vacarne, n. 10, janvier 2000.
(em francês) L'atelier absent. (http://www.vacarme.org/article837.html)Texto sobre a artista
Titina Maselli para a revista Vacarme, n. 15, printemps 2001.
(em português) O futuro segundo Giorgio Agamben (http://www.proximofuturo.gulbenkian.pt/bl
og/o-futuro-segundo-giorgio-agamben) Intervenção de Giorgio Agamben no programa "Chiodo
Fisso" da emissora de rádio "Rai 3" no dia 25/01/2012.
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Giorgio_Agamben&oldid=58265565"
Esta página foi editada pela última vez às 23h05min de 14 de maio de 2020.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da
Creative Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.